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www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 4: MÉDICO-LEGISTA PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA 1 Sinais de luta corporal e tentativa de esganadura/localização desses sinais: escoriações lineares e ungueais nas mãos e antebraços; escoriações em região dorsal; escoriações ungueais semilunares na região cervical esquerda, associadas a equimoses violáceas numulares e rastros escoriativos; congestão da face e das conjuntivas; equimoses violáceas puntiformes (petéquias) na face e na região cervical. 2 Lesões que indicam morte por asfixia (esganadura): ao abrir a cavidade tóraco-abdominal, é possível observar no corpo da vítima cavidades pleurais livres; pulmões róseos, com petéquias pulmonares e pequenas equimoses violáceas subpleurais bilaterais; edema pulmonar ao corte; coração com petéquias anteriores e posteriores; congestão polivisceral; sangue escuro e fluido; ao abrir a região cervical, é possível notar infiltração hemorrágica difusa no tecido subcutâneo e muscular, fraturas da cartilagem tireoide e do osso hioideo e ausência de lesões vasculares. 3 Orifício de entrada no braço direito: elíptico, regular, com aréola equimótica, enxugo, associada a pontos esparsos, avermelhados, circunjacentes, correspondentes à zona de tatuagem (sugere o tiro à curta distância); orifício de saída irregular e de maior tamanho que o de entrada. Orifício de entrada na perna: elíptico, com as mesmas características do apresentado no braço direito, porém sem a presença de zona de tatuagem (sugere tiro a distância); orifício de saída irregular, com tamanho maior que o de entrada. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 5: PERITO CRIMINAL ÁREA 1: ENGENHARIA MECÂNICA OU ENGENHARIA MECATRÔNICA PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA 1 controle para a etapa de transporte e armazenagem da matéria-prima: pavimentação e umidificação das vias de acesso aos locais de armazenamento; transporte e movimentação da argila por caminhões com caçamba; armazenamento das matérias-primas em galpões fechados e protegidas da ação do vento; barreiras vegetais ao longo das vias de transporte e junto às áreas de armazenamento; utilização de equipamento de proteção respiratória (EPR) nas atividades de supervisão da descarga e armazenamento; sinalização nos locais de armazenamento. 2 controle para a etapa de transporte e alimentação da matéria-prima: pavimentação e umidificação das vias de acesso às áreas dos moinhos; barreiras vegetais junto às áreas dos moinhos; cabine fechada com ar condicionado nas pás carregadeiras e caminhões que alimentam os processos; sistemas de ventilação local exaustora (VLE), com captores adequados e filtros manga, nas caixas de alimentação das matérias-primas; uso de EPR durante as atividades de supervisão da alimentação das matérias-primas; limpeza das áreas de alimentação dos moinhos; sinalização nas áreas dos moinhos. 3 controle para a etapa de prensa: sistemas eficientes de VLE nas prensas; enclausuramento dos coletores da massa cerâmica excedente das prensas, com VLE; sistemas de VLE nas ferramentas de acabamento inseridas na mesa das prensas e nas correias transportadoras das placas prensadas; bandejas de retenção de resíduos da massa cerâmica na parte inferior das mesas das prensas; coleta dos resíduos de chamote por meio de coletores e procedimentos que evitem a geração e dispersão de poeira; limpeza dos equipamentos, pisos e bandejas de resíduos com VLE; uso de EPR durante as atividades de limpeza e manutenção e de supervisão dos equipamentos; sinalização. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 6: PERITO CRIMINAL ÁREA 2: ENGENHARIA CIVIL PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA Espera-se do candidato resposta similar ao que se segue. Quanto à análise dos argumentos emitidos pela construtora, o candidato deve considerar que (a) a contratada, durante a licitação, declara, em sua proposta, que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação, não podendo alegar falta de conhecimento para justificar o atraso no prazo de execução; (b) o granito e o mármore, embora sejam similares, não possuem equivalência técnica, pois o granito é mais resistente ao trânsito do que o mármore, de modo que a contratada deve trocar as soleiras, sem ônus para a administração pública; (c) a contratada errou ao subcontratar além dos 40% previstos no edital, mesmo assumindo a responsabilidade, que sempre será dela, pelo trabalho das subcontratadas; (d) a contratada só pode alterar o projeto mediante autorização da fiscalização; no caso específico, o projeto não poderia ser modificado, pois afetaria legislação vigente de acessibilidade. Com relação à indicação e à explicação das medidas legais que deverão ser determinadas pela fiscalização, o candidato deve mencionar que (a) a fiscalização deverá notificar e iniciar o processo de penalização, que é aplicada pela autoridade que assina o contrato — a compensação do atraso é obrigação da contratada, pois, caso persista no mês seguinte, isso caracteriza um novo atraso e, consequentemente, um novo processo de penalização; (b) a fiscalização deve determinar a troca das soleiras, mas não deve ressarcir a contratada, já que possíveis omissões da fiscalização não justificam as falhas de execução da contratada; (c) a fiscalização não deve aceitar a subcontratação além do permitido no edital para não ferir o princípio da vinculação ao instrumento convocatório ao exigir a declaração da contratada; (d) a fiscalização deve solicitar a troca da altura das bancadas, mas não deve ressarcir a contratada, pois esta não pode aceitar determinações de pessoas que não façam parte da fiscalização, mesmo que sejam servidores públicos — caso haja uma ordem escrita dos servidores, deve-se instaurar um processo administrativo para a apuração de responsabilidades, mas a construtora ainda teria de refazer o serviço, sem ônus para a administração pública. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 7: PERITO CRIMINAL ÁREA 3: ENGENHARIA ELÉTRICA, ENGENHARIA ELETRÔNICA, ENGENHARIA DE REDES DE COMUNICAÇÃO OU ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA Conceito de modulação e explicação sobre o tipo das modulações apresentadas: se analógicas ou digitais Modulação é o processo pelo qual alguma característica de uma portadora varia de acordo com um sinal modulante. As opções apresentadas para as modulações (A) e (B) são analógicas, de onda contínua, ou seja, não apresentam a forma discreta das modulações digitais. Descrição das modulações apresentadas e do transmissor e do receptor utilizados nessas tecnologias A modulação (A) apresenta uma forma de onda final em que a amplitude da portadora varia de acordo com a amplitude do sinal de áudio, ou seja, com a amplitude da informação a ser transmitida. Nesse caso, tem-se a modulação de amplitude, também designada AM — o método mais antigo de realização de modulação, de simples implementação. No transmissor, a modulação AM é realizada com a utilização de um dispositivo não linear, como, por exemplo, um modulador chaveado, no qual a soma conjunta do sinal de mensagem e da onda portadora é aplicada a um diodo. O receptor, por sua vez, pode ser construído a partir de um circuito detector de envoltória, que consiste em um diodo conectado em série com uma combinação paralela de um capacitor e um resistor. Na modulação (B), por sua vez, a frequência instantânea da portadora senoidal varia de acordo com o sinal de mensagem, ou seja, ocorre a modulação angular em frequência (FM). Enquanto a AM é uma modulação linear, a FM é não linear. Há dois métodos básicos para a geração de sinais FM: direto, no qual a frequênciada portadora é variada diretamente de acordo com o sinal de banda-base de entrada em um oscilador controlado por tensão; e o indireto, em que, de início, gera-se uma FM de banda estreita com o auxílio de um oscilador controlado por cristal e, depois, realiza-se multiplicação de frequência com um dispositivo não linear seguido de um filtro passa-faixa. O demodulador pode ser construído utilizando-se um discriminador de frequência, no método direto, ou um PLL (phase locked loop), no método indireto de demodulação em frequência. Explicação das possíveis formas de aperfeiçoamento do consumo de potência no uso das referidas tecnologias Como alternativa para o aperfeiçoamento da potência a ser transmitida, a modulação AM tem a supressão da portadora, o que faz que os recursos sejam mais bem utilizados, embora aumente a complexidade do sistema. A banda de transmissão pode ser reduzida com as técnicas de transmissão de banda lateral única (SSB), em que somente uma banda lateral é transmitida; e vestigial (VSB), na qual somente um vestígio de uma das bandas laterais e uma versão modificada da outra banda lateral são transmitidos. No caso da FM, a otimização é feita em relação à largura de banda transmitida, pois teoricamente um sinal FM contém um número infinito de frequências laterais, o que requereria uma banda infinita. O espectro, então, é limitado a um número finito de frequências laterais significativas de acordo com a distorção especificada. Melhor opção para o desempenho do sistema sujeito a ruído Em relação ao ruído, ao serem comparadas as modulações AM e FM, percebe-se que a utilização de FM melhora o desempenho sob ruído, apesar de à custa de uma grande largura de banda de transmissão, devendo, portanto, ser a modulação escolhida de acordo com as especificações fornecidas para o projeto. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 8: PERITO CRIMINAL ÁREA 4: QUÍMICA, QUÍMICA INDUSTRIAL OU ENGENHARIA QUÍMICA PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA 1 As amostras de óxido de ferro se diferenciam pela estequiometria e, principalmente, pelas valências dos íons ferro: o Fe2O3 é formada apenas por Fe3+ (2 mol de Fe3+ por mol de Fe2O3), enquanto o Fe3O4 é formado por Fe3+ e Fe2+ (2 mol de Fe3+ e 1 mol de Fe2+ por mol de Fe3O4). 2 A técnica de dicromatometria consiste na determinação do ferro na forma de Fe2+; mais precisamente, na sua oxidação em solução ácida. Particularmente, é possível também determinar, por essa técnica, o teor de Fe3+. Para tal, o ferro total da amostra (Fe2+ e Fe3+) pode ser determinado pela prévia redução de todo o ferro da amostra a Fe2+, que é então titulado com o dicromato. Em seguida, a titulação com o dicromato é feita sem a etapa de redução para dosar o ferro que esteja exclusivamente na forma de Fe2+. A diferença entre as quantidades de ferro total e de Fe2+ é igual à quantidade de Fe3+. Isso possibilita determinar a estequiometria das duas amostras em relação aos íons Fe2+ e Fe3+ e associar esse resultado às análises feitas por difração de raios X. 3 Para a titulação, as duas amostras devem ser dissolvidas (abertas) com auxílio de um ácido não oxidante, como o ácido clorídrico, antes da análise. Para a dosagem do ferro total, um agente redutor, como um sal de estanho II, deve ser adicionado em excesso. Um sal oxidante, como os de mercúrio II, deve ser adicionado para oxidar o excesso não reagido de agente redutor adicionado, pois, caso ele fique em solução, resultaria no consumo de dicromato, o que poderia interferir na análise, levando a erros na determinação do teor de ferro na amostra. O meio deve ser acidificado e um indicador específico deve ser adicionado, para detecção do ponto final na titulação com uma solução de dicromato. Para a dosagem do Fe2+, todo processo é repetido, entretanto, sem a adição dos agentes redutores e oxidantes citados. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 9: PERITO CRIMINAL ÁREA 5: FARMÁCIA PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA Em linhas gerais, espera-se do candidato resposta que contemple as informações a seguir. A anafilaxia consiste em uma reação alérgica sistêmica, severa e rápida a determinada substância, chamada alergênio ou alérgeno. O mecanismo clássico dessa síndrome envolve a produção de anticorpos IgE. Os mediadores bioquímicos envolvidos são a histamina e os derivados do ácido araquidônico (leucotrienos, tromboxanos, prostaglandinas, fator ativador de plaquetas), os quais estão envolvidos na contratura da musculatura lisa, no aumento da permeabilidade capilar, na ativação neuronal, na aderência de plaquetas, na quimiotaxia e na ativação de eosinófilos, o que resulta nos sintomas clínicos de urticária, angiodema e hipotensão, entre outros. A histamina induz à vasodilatação e ao broncoespasmo (constrição das vias aéreas), entre outros efeitos. Outros mediadores envolvidos são as proteases neutras, como triptase, quimase, carboxipeptidase e catepsina G, que aumentam as reações de degranulação de mastócitos, e as proteoglicanas, como heparina e sulfato de condroitina, que têm como atividades a quimiotaxia de eosinófilos, a ligação de fosfolipase A2, a inibição do complemento, entre outras. A adrenalina é administrada devido a seus importantes efeitos na musculatura brônquica (broncodilatação) pela interação com receptores beta-2 do músculo liso, bronquial, combinada à inibição da degranulação de mastócitos, o que alivia os principais riscos e sintomas da anafilaxia. Outro importante efeito é a contração do músculo vascular ao agir sobre os receptores alfa-1, o que alivia a hipotensão. A adrenalina intramuscular justifica-se como droga de escolha por possuir rápido efeito em comparação a agentes anti-histamínicos, já que é uma droga vasoativa potente estimuladora alfa e beta adrenérgica, com notáveis ações sobre o miocárdio, os músculos vasculares e outros músculos lisos, de efeito vasopressor muito conhecido. O mecanismo da elevação da pressão arterial (PA) causado pela adrenalina deve-se a uma ação direta no miocárdio, com o aumento da contração ventricular (inotropismo positivo), o aumento da frequência cardíaca (cronotropismo positivo) e a vasoconstrição em muitos leitos vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas). Esse fármaco também eleva as concentrações de glicose (aumento da neoglicogênese e inibição da secreção de insulina) e do lactato sérico. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 10: PERITO CRIMINAL – ÁREA 6: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E BIOMEDICINA PROVA DISCURSIVA – TEXTO DISSERTATIVO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA 1 Interação de glicose com água: mistura com aspecto homogêneo e límpido, transparente, pois monossacarídeos são compostos polares de baixa massa molecular, com elevada solubilidade em água. 2 Interação entre amido e água: uma mistura turva e com aspecto heterogêneo, pois os polissacarídeos descritos, apesar de polares, são ricos em interações intramoleculares, o que reduz a probabilidade de interações entre o polissacarídeo e a água e dificulta a entrada de moléculas de água no interior dos grânulos do polissacarídeo. 3 Amido presente em água aquecida: mistura com aspecto homogêneo opalescente, pois aquecidos em meio aquoso os polissacarídeos descritos, suas ligações de hidrogênio intramoleculares passam a se romper, o que permite a hidratação dos grânulos; como consequência dessa maior interação entre a biomolécula e a água; observa-se maior homogeneidade. 4 Ovoalbumina em concentração similar à descrita em água: mistura com aspecto homogêneo pouco opalescente, pois a proteína descrita na sua forma nativa em meio aquoso permite a interação de várias moléculas de água no interior de sua estrutura terciária globular; como consequência dessa interação entre a biomolécula e a água observa-se maior homogeneidade. 5 Ovoalbuminaem concentração similar à descrita em água aquecida: mistura de aspecto heterogêneo, esbranquiçado, apresentando componentes nitidamente separados; essa separação se deve à desnaturação da proteína pela temperatura elevada, o que expõe radicais apolares de aminoácidos que se encontravam ocultos na estrutura nativa e também torna ocultos radicais polares de aminoácidos que estavam expostos na estrutura nativa, sendo, assim, drasticamente diminuída a solubilidade da proteína. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 11: PERITO CRIMINAL ÁREA 7: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO, ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO OU SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA Espera-se que, para resolver o caso, o candidato contemple em seu texto, em linhas gerais, as informações a seguir. O firewall da rede de computadores da organização deveria estar configurado de maneira restritiva para permitir que o acesso externo à rede fosse realizado somente por meio das portas respectivas para os serviços SMTP (mail) e SMTPS (mail seguro). Os clientes de correio eletrônico deveriam utilizar o protocolo POP3S ou IMAPS para receber suas mensagens, garantindo-se, assim, que as mensagens, ao serem trafegadas na rede, estivessem protegidas por criptografia. O firewall deveria ficar restrito a esses clientes e às portas para POP3S e IMAPS. Já que o ambiente possui servidor Windows 2012 R2, deveria existir um serviço de Active Directory (AD) nesse ambiente, o que permitiria que tanto os usuários quanto os computadores da rede pudessem ser autenticados no serviço AD. Para a atualização de segurança, o serviço Windows Update deveria estar configurado nas estações Windows 7 e nos servidores de rede. Como função mais avançada, poderia ser utilizado o serviço WSUS para atualizações de redes corporativas. O OpenLDAP, que é um serviço de autenticação de usuários, pode ser removido da rede se for instalado o serviço de AD no Windows 2012 R2, porque se torna redundante na rede, gerando dois serviços com a mesma finalidade. Assim, por questões de integração de soluções de rede, já que o AD é integrado nativamente ao Windows 2012 R2 e o Windows 7 é compatível com esse serviço, o OpenLDAP pode ser removido, sem prejuízo para a autenticação dos usuários. Como o switch é gerenciável, poderiam ser criados três segmentos de rede, conforme a necessidade de uma DMZ. Nesse caso, o firewall deveria ter três interfaces de rede para serem ligadas a três VLANs distintas, que devem ser criadas, sendo cada interface do firewall ligada em uma VLAN diferente para roteamento entre as VLANs. A título de exemplo, poderia ser criada uma VLAN externa (Internet), uma VLAN interna (rede local com computadores clientes e serviços de autenticação) e uma VLAN para serviços de Internet (DMZ/email, no caso em questão). www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 12: PERITO CRIMINAL ÁREA 8: CIÊNCIAS CONTÁBEIS PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA Em linhas gerais, o candidato deve informar o que se segue. A contabilidade aplicada ao setor público mantém processo de registro apto a sustentar o dispositivo legal do regime da receita orçamentária, de forma que atenda a todas as demandas de informações da execução orçamentária, conforme dispõe o art. 35 da Lei n.º 4.320/1964. No entanto, há de se destacar que o art. 35 se refere ao regime orçamentário e não ao regime contábil (patrimonial), e a citada lei, ao abordar o tema “Da Contabilidade”, determina que as variações patrimoniais sejam evidenciadas, independentemente de serem elas independentes ou resultantes da execução orçamentária (arts. 85, 89, 100 e 104). Além do registro dos fatos ligados à execução orçamentária, deve-se proceder à evidenciação dos fatos ligados à administração financeira e patrimonial, de maneira que os fatos modificativos sejam levados à conta de resultado e que as informações contábeis permitam o conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros de determinado exercício, em atendimento ao princípio da competência. Acerca do registro contábil, apenas um lançamento deve ser efetuado no mês de janeiro de 2017: registro contábil do direito a receber em contrapartida a uma conta de variação patrimonial aumentativa, o que representa o registro da variação patrimonial aumentativa por competência. No mês de fevereiro de 2017, caso o pagamento seja realizado em parcela única, deverão ser efetuados três lançamentos: (i) registrar o ingresso do dinheiro em contrapartida à baixa do ativo (direito) registrado; (ii) registrar a realização da receita orçamentária pelo ingresso do recurso, em atendimento ao art. 35 da Lei n.º 4.320/1964: receita a realizar em contrapartida a uma conta de receita realizada; (iii) registrar o respectivo controle da disponibilidade, pelo ingresso do recurso: controle de disponibilidade de recursos em contrapartida a uma conta de disponibilidade por destinação de recursos (DDR). www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 13: PERITO CRIMINAL ÁREA 9: ENGENHARIA AGRONÔMICA, GEOLOGIA, ENGENHARIA AMBIENTAL OU ENGENHARIA FLORESTAL PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA Espera-se do candidato resposta similar ao que se segue. 1 Possíveis causas dos problemas verificados. I A falta de compreensão de aspectos e impactos ambientais pode ser causada, em primeira instância, pela falta de envolvimento da alta administração da empresa: se as pessoas que estão à frente da Usina Z não se comprometem com a causa ambiental, o entendimento desses fatores fica comprometido. Uma prática como o despejo de resíduos líquidos em um curso d’água que não é entendida ou compreendida como um impacto ambiental pode se tornar rotineira, pois não há compreensão de que sua continuidade pode acarretar dano ambiental. Outra análise válida considera a existência de problemas de comunicação e documentação, caso fontes e requisitos legais, como manuais, normas e relatórios técnicos, não tenham sido disponibilizados. A informação deve estar disponível para todos na organização. Por fim, a falta de treinamento ou reciclagem profissional pode também ser causa da falta de compreensão de aspectos ambientais. II Mais uma vez o não envolvimento da alta administração da empresa nas questões ambientais pode ser uma das causas. Outra causa pode ser a falta de uma política ambiental, de metas e objetivos ambientais claros. A falta de consciência ou de modelo de gestão baseado na melhoria contínua também pode ser preponderante, pois, no modelo de gestão adotado no SGA, a verificação do processo é essencial e, para isso, é imprescindível a definição de indicadores de desempenho. III A inexistência de procedimentos em casos de emergência e acidentes pode ser causada tanto pela falta de comprometimento da empresa com a questão ambiental quanto, principalmente, pela falta de planejamento, que é uma das principais etapas no SGA. Se não houver planejamento nem rotinas estabelecidas, dificilmente haverá preparo para situações extremas. A falta de comunicação interna e externa também pode ser causa desse problema, já que para que esse tipo de procedimento estabelecido seja efetivo, a comunicação é primordial. 2 Soluções dos problemas verificados. I Existem várias abordagens que podem ser utilizadas para a compreensão dos impactos ambientais de uma atividade. Entre elas, o entendimento de que existem impactos positivos e negativos, reais e potenciais, e o entendimento das partes do meio ambiente que podem ser afetadas: água, ar, solo etc. Além disso, a consideração das condições do local em que a usina se encontra, como clima, precipitações, qualidade e umidade do ar, lençol freático, bioma, entre outros, pode ajudar a empresa nessa nova compreensão. II Esses indicadoressão de suma importância na implementação de um SGA e devem ser objetivos, verificáveis e reproduzíveis. Devem se basear nos produtos e serviços oferecidos pela empresa e seu acompanhamento ajudará o acompanhamento no progresso de alcançar metas e objetivos ambientais. Devem ter custo razoável e tecnologias viáveis. Por fim, são importantes ferramentas no processo de melhoria contínua. Dessa forma, seria necessário buscar dentro da linha de produção algumas variáveis que possam ser medidas e utilizadas como indicadores, a fim de realizar um controle sobre o sistema www.pciconcursos.com.br de produção e, consequentemente, minimiza impactos ambientais. Identificadas essas variáveis, é possível, com a implementação do próprio SGA, começar a trabalhar na melhoria contínua do sistema de produção. III É necessário que a usina estabeleça procedimentos para esses casos considerando emissões atmosféricas acidentais e descargas acidentais na água e no solo, além dos efeitos específicos sobre o meio ambiente local. Também deve estudar e estabelecer o melhor método de enfrentamento de acidentes e emergência, o treinamento de pessoal para esse tipo de situação, os planos de comunicação interna e externa, e as ações de mitigação e de resposta diferentes para cada situação potencialmente arriscada, entre outros aspectos. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 14: PERITO CRIMINAL – ÁREA 10: FÍSICA PROVA DISCURSIVA – TEXTO DISSERTATIVO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA Colisão é um evento isolado: em cada uma das partículas que colidem, atuam forças relativamente grandes durante um intervalo de tempo relativamente pequeno. É possível estabelecer uma separação nítida entre o tempo antes da colisão e aquele depois da colisão. Quando, por exemplo, um taco golpeia uma bola de beisebol, pode-se determinar o início e o fim da colisão com precisão — o tempo de contato taco/bola é muito pequeno se comparado com o tempo durante o qual se observa a bola antes e após a colisão; quando uma sonda espacial se aproxima de um grande planeta, ela sofre deflexão e continua seu curso com uma velocidade maior — não existe uma força de contato, mas uma força de campo (nesse caso, a força gravitacional). O momento linear é sempre conservado em uma colisão, seja a colisão seja elástica ou não, porque as forças envolvidas são todas forças internas (Lei da Conservação do Momento Linear). Em uma colisão elástica, por definição, a energia cinética do sistema se conserva (Lei da Conservação da Energia Cinética). Na primeira situação, o veículo B (inicialmente em movimento) para repentinamente (v2f = 0), e o veículo A (inicialmente em repouso) arranca com a velocidade que o veículo B tinha inicialmente (v if = v2i). Em outras palavras, veículos de massas iguais simplesmente trocam de velocidades. Na segunda situação, o veículo B simplesmente mantém o sentido de seu movimento com velocidade praticamente inalterada pela colisão (v2f ≈ v2i). O veículo A arranca com velocidade aproximadamente igual ao dobro da velocidade do veículo B (v1f ≈ 2v2i). www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 15: PERITO CRIMINAL ÁREA 11: ODONTOLOGIA PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA 1 Nos casos em que os acidentes de trabalho afetam a região do sistema estomatognático do trabalhador, o profissional mais competente para avaliar a lesão, suas causas e consequências é o perito odontolegista. 2 O papel do odontolegista é estabelecer entre outras coisas, o nexo causal entre a ação e a lesão sofrida e valorar e quantificar suas possíveis consequências. Ele deve observar o estado de saúde ou a capacidade fisiológica do periciando antes de sofrer as lesões e seu estado atual, comparando-os e estabelecendo se o dano causado relaciona-se ao fato alegado. 3 No momento da perícia, o perito odontolegista deve avaliar, considerando os exames e tratamentos realizados pelo paciente, as possíveis consequências das lesões ocasionadas pelo acidente, observando sempre o estado anterior do indivíduo, para que as responsabilidades sejam estabelecidas. Estabelecer o nexo causal entre o traumatismo sofrido e as lesões produzidas é a tarefa mais importante a ser realizada pelo perito. Na perícia no âmbito do trabalho, deve observar diferentes e sucessivos nexos: do trabalho com o acidente, do acidente com a lesão ou perturbação funcional e da lesão com a incapacidade para o trabalho, a redução laborativa ou a morte. 4 A adequada qualidade dos registros odontológicos permite que diversas particularidades odontológicas sejam identificadas. Sabe-se que a documentação odontológica é fonte de informações para os pacientes e serve de prova para os cirurgiões-dentistas em questões jurídicas. A maneira como cada profissional elabora seu prontuário odontológico é livre, mas alguns cuidados devem ser tomados para que o prontuário possa ser uma fonte confiável de dados. Do ponto de vista ético, o prontuário odontológico deve ser constituído por todos os documentos emitidos no ambiente clínico e de exames complementares necessários para a realização do diagnóstico pelo cirurgião-dentista. Esses documentos incluem a ficha clínica com a história médica e odontológica atual, radiografias intra e extraorais, cópias de atestados e receituários de prescrição de medicamentos, modelos de estudos e fotografias. 5 No caso em questão, estabeleceu-se um nexo causal entre o acidente e as perdas dentárias, mas também havia outro elemento a ser avaliado: uma concausa. Na situação, prescinde-se do nexo causal direto e exclusivo entre o dano e o trabalho, para a configuração do acidente. Há uma concausa preexistente ou anterior, que já existiam e foram agravadas pelo acidente. O estado anterior é toda a predisposição patológica ou diminuição funcional, conhecida ou não, que uma pessoa possui no momento em que sofre a agressão e que concorrerá para o resultado final. Por exemplo, o fumo é um fator de risco para doença periodontal e há relação dosedependente. O tabagismo aumenta o risco à doença periodontal. Ademais, a doença periodontal é mais prevalente e severa em pacientes com diabetes. 6 Após a realização do exame pericial, em seu laudo, o perito pode concluir que o acidente do trabalho não foi o responsável pela mobilidade e perda dos dentes, pois já existia uma concausa anterior, suscitando que o acidente relatado e documentado não é causador da patologia de base (periodontite) do reclamante, sendo o nexo causal inconsistente — podendo, no máximo, ter colaborado para o comprometimento dos incisivos inferiores, como concausa. Ademais o autor já havia tratado de uma periodontite severa por mais de três anos conforme informado no exame admissional. Pode concluir, ainda, pela inexistência de incapacidade laborativa. www.pciconcursos.com.br CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 16: PERITO CRIMINAL ÁREA 12: MEDICINA VETERINÁRIA PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA Em linhas gerais, o candidato deve apresentar solução para o estudo de caso em comento, abordando as seguintes informações. A confirmação diagnóstica no caso clínico apresentado pode ser feita por testes clínicos laboratoriais do líquido cerebroespinhal (LCE) e exames sorológicos (ELISA, anticorpo fluorescente indireto, hemoaglutinação indireta, entre outros) do plasma e do LCE. Por se tratar de um paciente com quadro neurológico/oftálmico, sugere-se a avaliação do LCE, que poderá indicar aumento dos níveis de proteína e leucócitos, especialmente por uma população mista de mononucleares grandes e pequenos, e aumento no número de neutrófilos. Também poderá haver aumento na concentração dos anticorpos específicos no LCE. Quanto a esse aspecto, recomenda-se comparar os níveis de anticorpos no LCE e no plasma pela mesma técnica. A relação de anticorpo LCE/plasma superior a 1, e especialmente superiora 8, demonstra forte evidência de produção local de anticorpo contra toxoplasma e infecção associada. A avaliação fecal em busca de oocistos não é muito confiável, uma vez que os felinos os eliminam por apenas 7 a 14 dias. Após esse período, raramente se encontram oocistos fecais nos exames de rotina. Considerando-se que a toxoplasmose, muitas vezes, está relacionada com a infecção pelo vírus de imunodeficiência felina (FIV), sugere-se investigação concomitante para essa doença. Menos comumente, pode ser feita a inoculação de tecidos ou líquidos contaminados, originários do paciente, em camundongos. A PCR pode ser realizada, mas se recomenda a sua associação com a sorologia, pois sozinha essa não distingue a infecção subclínica encistada aguda ou crônica. Embora existam algumas possibilidades, os fármacos disponíveis não são completamente eficazes para eliminar o agente do organismo do felino. A clindamicina é o fármaco de primeira escolha, devendo ser usado sistemicamente por período que varia de 1 a 24 semanas, embora a melhora clínica possa ocorrer já entre as primeiras 24 a 48 horas, após o início da terapia. Pode demorar algumas semanas para que os sinais neurológicos sejam revertidos ou melhorem. No caso dos sinais oftálmicos, pode haver a necessidade de uso de glicocorticoides tópicos para o tratamento das repercussões, como no caso da uveíte anterior, embora boa parte dos animais responda bem ao tratamento com clindamicina. Poderão ser administrados outros fármacos, como sulfonamidas em combinação com pirimetamina, monezin, toltrazuril (de difícil disponibilidade), doxiciclina, roxitromicina, atovaquona, azitromicina, claritromicina. As principais vias de transmissão da toxoplasmose são infecção congenital, ingestão de tecidos e de alimento infectado ou de água contaminada com oocistos, além de amamentação, transfusão de líquidos corporais ou transplante de tecidos ou órgãos. As medidas de prevenção adotadas para se evitar a contaminação de cães e gatos pelo agente etiológico dessa doença incluem oferecer-lhes alimentação apenas com ração seca ou enlatada, processada comercialmente; evitar que saiam para caçar e comer potenciais hospedeiros intermediários ou vetores mecânicos, como baratas, minhocas e roedores, entre outros; se forem alimentados com carne, essa deverá ser sempre bem cozida, mesmo que esteja congelada, antes de ser-lhes oferecida. Por fim, caso os animais necessitem de transfusão de líquidos corporais ou de transplante de tecidos ou órgãos, deve-se exigir a triagem dos doadores de sangue ou órgãos, nas situações pertinentes.
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