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Estatuto dos Servidores Públicos Civis de Minas Gerais

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Lei 869 de 05/07/1952 – Estatuto dos Funcionários Civis do Estado de Minas Gerais
1 – Disposições Preliminares: Artigos 1 a 9 – A lei regula as condições de provimento dos cargos públicos, os direitos e vantagens, os deveres e responsabilidades dos funcionários do Estado. Funcionário Público é aquela pessoa legalmente investida em cargo público. O cargo é criado por lei em número certo, com denominação própria e pago pelos cofres do Estado. Os padrões de vencimento serão fixados em lei. 
	Os cargos podem ser de carreira, ou seja, que se integram em classes e correspondem a uma profissão e isolados, os que não podem integrar em classes e correspondam a certa e determinada função. Classe é o grupamento de cargos da mesma profissão e carreira é um conjunto de classes da mesma profissão, escalonados segundo padrões de vencimento. Quadro é um conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções gratificadas.
2 – Provimento: Artigos 10 a 13 – Os cargos de carreira são de provimento efetivo, os isolados, de provimento efetivo ou em comissão, segundo a lei que os criar. Os cargos públicos são providos por: Nomeação, Promoção, Transferência, Reintegração, Readmissão, Reversão e Aproveitamento. São requisitos: Ser brasileiro, maior de 18 anos, cumprindo obrigações militares, em gozo dos direitos políticos, boa conduta, boa saúde, habilitação em concurso, salvo quando se tratar de cargos isolados que não tenha esta exigência.
Quadro
Carreiras
Conjuntos de classes;
Mesma profissão.
Cargos Isolados
Não escalonado em classes.
Funções Gratificadas
Grupamento de cargos.
2.1 – Nomeação: Artigos 14 a 25 – Ocorrerá em caráter efetivo, se cargo de carreira ou isolado, quando a lei determinar ou em comissão, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude de lei, assim deva ser provido. A primeira investidura em cargo de carreira ocorrerá mediante concurso. Não ficarão sujeitos ao limite de idade, para inscrição em concurso e nomeação, os ocupantes de cargos efetivos ou funções públicas estaduais. O período de estágio probatório é de dois anos. Art. 35 CE e Art. 41 da CF.
2.2 – Promoção: Artigos 26 a 43 – Todos revogados.
2.3 –Transferência – Artigos 44 a 49 – O funcionário poderá ser transferido de uma para outra carreira, de um cargo isolado de provimento efetivo para outro de carreira, deste para outro isolado, desde que de provimento efetivo, de um isolado de provimento efetivo para outro da mesma natureza.
	Serão feitas a pedido do funcionário, atendida a conveniência do serviço ou ex-ofício. A transferência só poderá ser feira para cargo do mesmo padrão de vencimento ou igual remuneração, salvo a de um cargo de carreira por outro isolado de provimento efetivo, de um cargo isolado efetivo para outro da mesma natureza quando a transferência for a pedido, podendo ocorrer neste caso, para cargo de padrão de vencimento inferior. A transferência e a remoção por permuta serão processadas a pedido escrito de ambos os interessados.
2.4 – Reintegração – Artigo 50 – Decorrerá de decisão administrativa ou judicial transitada em julgado, que é ato pelo qual o funcionário demitido, reingressa ao serviço público, depois de passar por inspeção médica, com ressarcimento dos prejuízos decorrentes do afastamento. Voltará para o cargo que ocupava, ou se o cargo tiver sido transformado, para este e se provido ou extinto, para cargo de natureza, vencimento ou remuneração equivalente. Não sendo possível, será colocado em disponibilidade no cargo que exercia, com vencimento igual. Se não aprovado na inspeção médica por incapacidade será aposentado no cargo que houver sido reintegrado.
2.5 – Readmissão – Artigos 51 a 53 – Revogados.
2.6 – Reversão – Artigos 54 a 56 – É ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público, preferencialmente no mesmo cargo, após verificação em processo, de que não subsistem os motivos determinantes da aposentadoria. Pode ser a pedido ou ex-ofício. Não poderá reverter se contar com mais de 55 anos de idade. Será cassada a aposentadoria daquele que não entrar em exercício no prazo legal, constatado por perícia médica.
2.7 – Aproveitamento – Artigos 57 a 60 – É o reingresso no serviço público do funcionário em disponibilidade, mediante prévia inspeção médica. Havendo mais de um concorrente a mesma vaga terá preferência o de maior tempo de disponibilidade e no caso de empate, o de maior tempo de serviço público. Se incapacitado na inspeção será aposentado.
3 – Posse – Artigos 61 a 66 – É o ato que investe o cidadão em cargo ou função gratificada. São competentes para dar posse, secretários, diretores de departamento subordinados diretamente ao governador e demais autoridades definidas em regulamentos. Será reduzida a termo, assinada pela autoridade e funcionário. Poderá ocorrer por procuração, quando o funcionário ausente do Estado, em missão do governo ou outras situações a critério da autoridade competente. Ocorrerá em 30 dias contados da publicação do decreto no órgão oficial, podendo ser prorrogado por outros 30, mediante pedido do interessado e despacho da autoridade competente. 
4 – Exercício – Artigos 68 a 79 – Será registrado nos assentos individuais do servidor. O exercício se dará em 30 dias por solicitação do interessado e a juízo da autoridade competente. Nenhum funcionário poderá ter exercício em repartição diferente daquela em que estiver lotado. O funcionário preso por crime comum ou denunciado por crime funcional ou condenado por crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia será afastado do exercício até decisão final passada em julgado. O funcionário perderá 1/3 do vencimento, tendo direito à diferença se absolvido. Se condenado e a natureza do crime for incompatível com a demissão, será afastado até o cumprimento da pena com direito a 1/3 do vencimento.
5 – Remoção – Artigo 80 – Se processará a pedido ou ex-ofício, dar-se-á de uma para outra repartição ou serviço, ou de um para outro órgão de repartição ou serviço.
6 – Readaptação – Artigos 81 a 86 – Ocorrerá nos casos de perda da capacidade funcional decorrente da modificação do estado físico ou das condições de saúde do funcionário que não justifiquem a aposentadoria. Será sempre ex-ofício e se fará nos termos de regulamento próprio.
7 – Tempo de Serviço – Artigos 87 a 91 – Será contado em dias e para efeito de aposentadoria será convertido em anos. São considerados períodos de efetivo exercício: férias, férias-prêmio, Iicença casamento, licença por morte de cônjuge, filho, pai, mãe e irmão, exercício de outro cargo estadual, convocação para serviço militar, júri e outros serviços obrigatórios por lei, exercício de funções de governo em qualquer parte do território nacional, em mandado eletivo, licença gestante, licença por acidente em serviço ou atacado de doença profissional e missão ou estudo no interesse da administração.
8 – Da Frequência e do Horário – Artigos 92 a 102 – O expediente normal será estabelecido pelo governo em decreto. Será apurada por meio de ponto. Nos dias úteis as repartições só deixarão de funcionar por determinação do governador. O funcionário perderá a remuneração do dia que não comparecer em serviço. Perderá ainda, 1/5 do vencimento do dia se tiver até 55 minutos de atraso; 4/5 do vencimento do dia quando se retirar no fim da segunda hora; 3/5 do vencimento do dia quando se retirar no princípio e fim da 3ª hora; 2/5 do vencimento da remuneração entre o princípio e o fim da quarta hora e 1/5 do vencimento quando se retirar da quinta hora em diante. Nas faltas sucessivas serão computados para efeito de descontos, os domingos e feriados intercalados. Ao estudante será possibilitada tolerância quanto ao comparecimento normal desde que forneça declaração comprovando serem aluno e horário de aulas e atestado de frequência mensal. 
9 – Vacância – Artigos 103 a 105 – O cargo ficará sem titular. Decorrerá de exoneração, demissão, promoção, transferência, aposentadoria, posse em outro cargo e falecimento. 
9.1 – Exoneração – Artigo 106 – Ocorreráa pedido do funcionário, a critério do governo quando se tratar de cargo em comissão ou interino, quando o funcionário não satisfizer as condições do estágio probatório e automaticamente após homologação do resultado de concurso para provimento do cargo ocupado interinamente pelo funcionário.
Da Frequência e do Horário
	Atraso	Desconto na remuneração ou vencimento 
	Até 55 minutos de atraso.	1/5 da R ou V do dia.
	Comparecer a repartição após 55 minutos do início do expediente.	Perde o R ou V do dia.
	Deixar a repartição até o fim da segunda hora.	4/5 da R ou V do dia.
	Deixar a repartição entre o início e o fim da terceira hora.	3/5 da R ou V do dia.
	Deixar a repartição entre o início e o fim da quarta hora.	2/5 da R ou V do dia.
	Deixar a repartição entre o início e o fim da quinta hora.	1/5 da R ou V do dia.
9.2 – Demissão – Artigo 107 – Aplicada como penalidade.
9.3 – Aposentadoria – Artigos 108 a 117 – Será aposentado compulsoriamente aos 70 anos de idade; se requerer com 30 anos de serviço quando verificada sua invalidez para o serviço público; quando inválido por acidente ou agressão não provocada no exercício de suas atribuições ou doença profissional e doenças graves.
	Depende de inspeção médica e será verificada depois de analisada a impossibilidade de readaptação do funcionário. Os proventos de aposentadoria serão revistas sempre que por motivo de alteração do poder aquisitivo da moeda, se modificar os vencimentos dos funcionários em atividade.
10 – Direitos, Vantagens e Concessões – Artigos 118 a 125 - Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo. Remuneração é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo correspondente ao padrão de vencimento e mais as quotas ou percentagens, que por lei, lhe tenham sido atribuídas.
	O vencimento ou a remuneração dos funcionários não poderão ser objeto de arresto, sequestro ou penhora, salvo quando se tratar: de prestação de alimentos na forma da lei civil e de dívida da fazenda pública.
Art. 108 – Casos de Aposentadoria:
Aposentadoria
Por motivos de saúde
- Invalidez;
- Invalidez não provocada e em serviço;
- Doenças elencadas na lei.
Obrigatória
70 anos de idade.
Facultativa
- Se requerer;
- 30 anos de serviço (exceto magistério).
11 – Abono de Família – Artigos 126 a 130 – Será concedido ao ativo ou inativo, por ter esposa, filho menor de 21 anos que não exerça profissão lucrativa, filho inválido ou mentalmente incapaz, filha solteira que não tiver profissão lucrativa, filho estudante que frequentar curso secundário ou superior em estabelecimento de ensino oficial ou particular até 24 anos. Compreendem-se filhos, enteados e adotivos. 
12 – Ajuda de Custo – Artigos 132 a 138 – Será concedida para aquele que em virtude de transferência, remoção, designação para função gratificada em nova sede, ou quando designado para serviço ou estudo fora do Estado. Indeniza o funcionário das despesas de viagem e de nova instalação. Não inferior a um mês de vencimento e não superior a três meses de vencimento, salvo para funcionário designado para serviço ou estudo no estrangeiro. Será pago adiantadamente.
13 – Diárias – Artigos 139 a 142 – O funcionário que se deslocar de sua faz jus a percepção de diária, desde que não dure menos que 6 horas, não esteja o funcionário em trânsito por motivo de transferência ou remoção, ou quando o deslocamento se der para local em que o funcionário resida. Também não será devido em sábados, domingos ou feriados salvo se conveniente e necessário ao serviço. Tem por objetivo indenizar o funcionário por despesas com alimentação e pousada. Será integral quando o afastamento se der por mais de 12 horas. É infração disciplinar grave concedê-la indevidamente.
14 – Das Gratificações – Artigos 143 a 149 – Será concedida pelo exercício de atividade em determinadas zonas ou locais; pela execução de trabalho com risco de vida ou a saúde; pela elaboração de trabalho técnico ou científico de utilidade para o serviço público; de representação quando em serviço ou estudo no estrangeiro ou no país; quando designado para compor órgão de deliberação coletiva; por serviço extraordinário (horas extras); pela execução de atividade de chefia e adicional por tempo de serviço. O valor será fixado em no máximo 1/3 da remuneração.
15 – Da Função Gratificada – Artigos 150 e 151 – É instituída em lei para atender os encargos de chefia e outros que a lei determinar.
16 – Das Férias – Artigos 152 a 155 – O funcionário gozará de 25 dias úteis de férias por ano. No primeiro ano, só poderá gozar do direito após 11 meses de exercício. Terá direito a remuneração como se em exercício estivesse.
17 – Das Férias-Prêmio – Artigos 156 e 157 – O funcionário gozará de quatro meses de férias prêmio a cada decênio. Terá, automaticamente, contado em dobro, para fins de aposentadoria e vantagens dela decorrentes, o tempo de férias-prêmio não gozadas.
Art. 118 e seguintes - Vantagens
	Ajuda de Custo	Diárias	Abono Família	Gratificações – Máximo 1/3 vencimento
	Viagem;
 Instalação;
 > 1 Mês e < três meses de vencimento, salvo para estudo ou serviço no estrangeiro;
 Paga adiantada.	 Paga ao funcionário que se deslocar de sua sede de exercício;
 Despesas de alimentação;
 Despesa de pousada;
Valor integral quando for > 12 horas;
 Até 12 horas, apenas diária relativa a alimentação.	Esposa;
 Filho menor de 21 anos, sem profissão lucrativa;
 Filho inválido ou incapaz;
 Filho estudante , até 24 anos. 	 Exercício em determinados locais;
 Trabalho especial;
 Elaboração de trabalho científico; 
 Representação de serviço ou estudo no estrangeiro;
 Nomeado para órgão deliberativo;
 Serviço de chefia;
 Serviço extraordinário;
 Adicional de Tempo de Serviço.
Art. 118 e seguintes - Vantagens
	Honorários	Quotas Percentagens	Adicionais	Aux. Diferença Caixa
	- Quando designado para exercer, fora do período normal ou extraordinário de trabalho, as funções
de auxiliar ou membro de bancas e comissões de concursos ou provas, de professor ou auxiliar de cursos legalmente instituídos.	A LEI NÃO DESENVOLVE.	A LEI NÃO DESENVOLVE.
	Compensar diferenças de caixa.
18 – Das Licenças – Artigos 158 a 167 – Poderá ser licenciado para tratamento de saúde, quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado por doença profissional; por motivo de doença em pessoa da família; licença à gestante; quando convocado para serviço militar; para tratar de interesses particulares; e no caso de funcionária casada com servidor estadual, federa ou militar que for mandado servir em outro local. As licenças concedidas dentro de sessenta dias contados da terminação da anterior serão consideradas como prorrogação. A licença tem prazo máximo de 24 meses, salvo o portador de tuberculose, lepra ou pênfigo foliáceo que poderão ter três prorrogações de 12 meses cada uma, desde que em exames periódicos não se tenha verificado a cura. Passados tais prazos, verificado a invalidez do funcionário, este será aposentado.
19 – Licenças para Tratamento de Saúde – Artigos 168 a 174 – Será concedido a pedido ou ex-ofício. O funcionário não poderá exercer qualquer atividade remunerada. Quando para tratamento de saúde, acidente no serviço ou doença profissional, receberá integralmente o vencimento. Será convertida em aposentadoria, conforme os prazos máximos, ou mesmo antes por conclusão de junta médica, pela invalidez. 
20 – Licenças a Funcionária Gestante – Artigo 175 – A licença será de três meses com direito ao vencimento. Esse período compreenderá os últimos 45 dias de gestação e os 45 dias posteriores a ela. Deverá ser requerido até o oitavo mês de gravidez. Os pedidos feitos após serão prejudicados com relação aos dias de atraso.
21 – Licenças por Motivo de Doença em Pessoa da Família – Artigo 176 – O funcionário poderá obter licença por motivo de doença na pessoa do pai, mãe, filho ou cônjuge de que não esteja legalmente separado.
22 – Licenças para Serviço Militar – Artigo 177 e 178 – Aofuncionário convocado para serviço militar será concedida licença com os vencimentos, descontado mensalmente a importância que receber na qualidade de incorporado.
23 – Licenças para Tratar de Assuntos Particulares – Artigos 179 a 185 – Depois de dois anos de exercício, o funcionário poderá obter licença sem vencimento. A autoridade competente pode nega-la se prejudicial ao serviço ou pode cassa-la desde que o interesse público exija, marcando razoável prazo para que o licenciado reassuma o exercício. 
24 – Licenças a Funcionária Casada com Funcionário – Artigo 186 – A funcionária casada com funcionário estadual, federal ou militar, terá direito a licença, sem vencimentos, quando o marido for mandado servir em outro Estado ou ponto do território nacional. A licença será concedida mediante pedido e vigorará pelo tempo que durar a função do marido.
Art. 158 e seguintes - Licenças
	Tratamento de Saúde	Tratar de Interesses Particulares	Doença em Pessoa da Família	Gestante
	A pedido ou ex-offício;
Recebe integralmente os vencimentos.
	Depois de 2 anos de efetivo exercício;
Pode ser negada, depende da conveniência do serviço;
O serviço público pode cassar a licença	Pode ser concedida por doença na pessoa do pai, mãe, filhos, cônjuge, desde que desse não esteja legalmente separado.
	Licença por 3 meses, com os vencimentos;
	Serviço Militar	Acidente em exercício ou doença profissional	À Funcionária Casada com Funcionário
	For convocado para serviço militar;
Licença com V ou R, descontada a importância mensal que receber como incorporado.
	A LEI NÃO DESENVOLVE.	À funcionária casada com funcionário estadual, federal ou militar, terá direito a licença sem vencimento ou remuneração, quando o marido for mandado servir em outro ponto do Estado ou território nacional;
À pedido e vigorará pelo tempo que durar a função do marido.
25 – Estabilidade – Artigos 187 a 189 – O funcionário a adquirirá depois de dois anos de exercício, quando nomeado em virtude de concurso. Os funcionários quando em cargos vitalícios só perderão o cargo em virtude de sentença transitada em julgado. Quando estáveis apenas perderão o cargo se este for extinto ou em caso de demissão mediante processo administrativo que lhes seja assegurada ampla defesa.
26 – Da Disponibilidade – Artigo 190 – Quando extinguir o cargo, o funcionário estável ficará em disponibilidade remunerada, com vencimento integral, até o seu obrigatório aproveitamento em outro cargo de natureza e vencimento compatível com a função anterior.
27 – Do Direito de Petição – Artigo 191 a 198 – É assegurado ao funcionário o direito requerer ou representar, sempre à autoridade competente para decidir. Do indeferimento caberá recurso à autoridade superior a que proferiu a primeira decisão. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá em 120 dias, a contar da publicação do ato impugnado ou da data da ciência do interessado, desde que não seja direito que possibilite ação judicial.
28 – Das Concessões – Artigos 201 a 207 – Sem prejuízo do vencimento, o funcionário poderá faltar ao serviço por até 8 dias por motivo de casamento, falecimento do cônjuge, filhos, pais ou irmãos. Ao funcionário estudante, se possível será concedido horário especial de trabalho que possibilite frequência regular às aulas. Ao mesmo será permitido faltar ao serviço sem prejuízo salarial, nos dias de prova ou exame.
29 – Das Responsabilidades – Artigos 208 a 212 – O funcionário pode responder pelo exercício irregular, na esfera administrativa, civil e penal. A civil decorre de procedimento doloso ou culposo que importe prejuízo a Fazenda Estadual ou terceiro. A penal abrange crimes e contravenções e a administrativa resulta de atos ou omissões praticados no desempenho de cargo ou função. Poderão cumular-se.
30 – Dos Deveres e Proibições – Artigos 216 e 217 – São deveres: Assiduidade, pontualidade, discrição, urbanidade, lealdade, observância às ordens superiores, exceto quando ilegais, levar irregularidade ao conhecimento da autoridade, zelar por tudo que lhe for confiado, manter seu assento individual em ordem, atender prontamente às requisições para defesa da Fazenda Pública. São proibições: Referir-se de modo depreciativo às autoridades, mas pode criticá-los desde que em termo assinado, retirar qualquer documento sem autorização, promover listas de donativos no recinto da repartição, lograr proveito pessoal em detrimento da função, coagir ou aliciar subordinados, participar da gerência ou administração de empresa comercial ou industrial, salvo casos expressos em lei, exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista, quotista ou comandatario, praticar usura (agiotagem), pleitear como procurador junto às repartições públicas, receber propinas, comissões e presentes em razão das atribuições e contar a pessoa estranha à repartição, o desempenho de encargo que lhe competir ou a seus subordinados.
31 – Do Processo Administrativo – Artigos 218 a 243 – O processo administrativo será anterior à demissão. Constará de duas fases: O inquérito administrativo e processo administrativo. O inquérito será sumário e sigiloso e deverá ser concluído em até 30 dias improrrogáveis após designação. Os responsáveis levarão as conclusões à autoridade competente. Nesta fase cabe repreensão, multa e suspensão. Já o processo será desenvolvido por três funcionários estáveis, que formarão uma comissão designada pela autoridade competente. Deverá ser iniciado dentro de 3 dias após a designação da comissão e terminados os trabalhos em 60 dias, prorrogáveis por mais 30 dias. 
	O funcionário tem o direito de pessoalmente ou por procurador acompanhar o processo, para defender-se. Em caso de revelia, o presidente da comissão designará um funcionário para realizar a defesa. Terminado o processo, a comissão citará o acusado em 48 horas, para apresentar defesa em 10 dias, e terão outros 10 dias após a defesa para apresentar relatório com pedido de absolvição ou punição. A autoridade julgadora promoverá providências para a execução, tais decisões serão publicadas no órgão oficial. Se se tratar de infração penal será remetido o processo à autoridade competente. A qualquer tempo pode ser requerida a revisão do processo, desde que surjam fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do acusado. O chefe da repartição designará outra comissão de três funcionários para instrução do processo, e dentro de 10 dias deverá encaminha-lo ao Governador do Estado para julgá-lo. Este terá 20 dias para julgar, e julgando procedente tornará sem efeito as penalidades aplicadas.
32 – Das Penalidades – Artigos 244 a 274 – São penas disciplinares: Repreensão, multa, suspensão, destituição de função, demissão e demissão a bem do serviço público. 
	A pena de repreensão será aplicada por escrito em caso de desobediência ou falta de cumprimento de deveres. Havendo dolo ou má-fé a falta de cumprimento de deveres será punida com a pena de suspensão. 
	A suspensão cabe em casos de falta grave, recusa do funcionário em submeter-se à inspeção médica, desrespeito ao Estatuto, reincidência em repreensão, recebimento indevido de vantagens, requisição irregular de transporte, concessão de lauto médico gracioso. Não poderá exceder 90 dias. 
	A multa será aplicada conforme lei ou regulamento.
	A destituição da função ocorrerá em casos de falta de exação (responsabilidade) em seu desempenho, por negligência ou benevolência contribui para que não apure responsabilidade de outro.
	A pena de demissão será aplicada para aquele que acumular ilegalmente cargos ou funções, incorrer em abandono de cargo ou função por não comparecimento injustificado por mais de 30 dias consecutivos ou 90 dias não consecutivos em um ano, aplicar indevidamente dinheiros públicos, exercer advocacia administrativa, receber dois conceitos insatisfatórios sucessivos em avaliação de desempenho ou três conceitos insatisfatórios em cinco avaliações consecutivas ou quatro conceitos insatisfatórios em dez avaliações consecutivas. Insatisfatórioé aquele conceito inferior a cinquenta por cento da nota máxima permitida. 
	A pena de demissão a bem do serviço ocorrerá em caso de incontinência pública e escandalosa, de vício em jogos proibidos e embriaguez habitual, praticar crime contra a administração pública, revelar segredos em razão do cargo, praticar ofensa física em serviço, receber ou solicitar propinas, comissões e presentes ou lesar os cofres públicos. 
	A demissão é de responsabilidade do Governador, a suspensão por mais de 30 dias é de responsabilidade de Secretários de Estado e Diretores diretamente subordinados ao Governador, já as penas de repreensão e suspensão até 30 dias, são de responsabilidade dos chefes de departamentos. A pena de destituição da função caberá à autoridade que houver feito à designação. 
	As penas de repreensão, multa e suspensão prescrevem no prazo de dois anos e a de demissão por abandono do cargo, no prazo de quatro anos.
33 – Das Disposições Finais e Transitórias – Artigos 275 a 295 – Os prazos previstos neste estatuto serão contados em dias corridos.
3 – De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, a vacância do cargo público decorrerá de:
a) Exoneração, demissão, promoção, transferência, aposentadoria e posse em outro cargo e falecimento.
b) Exoneração, demissão, progressão, transferência, aposentadoria, invalidez permanente e morte.
c) Exoneração, demissão, promoção, remoção, aposentadoria, invalidez permanente e morte.
d) Exoneração, expulsão, promoção, transferência, aposentadoria por invalidez e por tempo de serviço e morte.
 
4 – A Lei 869/52, Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, prevê formas de provimento e vacância do cargo público, entre elas, duas formas são ao mesmo tempo provimento e vacância, são elas: 
a) Nomeação e Aposentadoria.
b) Readmissão e Demissão.
c) Reversão e Demissão.
d) Promoção e Transferência.
5 – A Lei 869/52 traz expressamente várias penas disciplinares, salvo:
a) Multa.
b) Exoneração.
c) Demissão.
d) Demissão a bem do serviço público.
Prova Agente Penitenciário 2014 – MG
30) João Carlos, servidor público estadual, permitiu que Ana, que não é servidora pública, desempenhasse encargos que competem ao servidor público. Nessa hipótese, o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de Minas Gerais: Art. 271.
a) Não	prevê a aplicação de penalidade ao servidor.
b) Determina a pena de advertência, e, na reincidência a aplicação	de multa.
c) Estabelece a pena de multa, e, na reincidência a aplicação de suspensão por 60 (sessenta) dias.
d) Determina a pena de suspensão por 90 (noventa) dias, e, na reincidência, a demissão.
31) Após regular processo, ficou demonstrado que não eram subsistentes os motivos que determinaram a aposentadoria de Antônio, servidor público estadual. Diante de tal situação, pode-se afirmar que:
a) A concessão da aposentadoria é ato jurídico perfeito e Antônio não está obrigado a retornar ao serviço	público.
b) A concessão da aposentadoria constituiu-se em direito adquirido do servidor e Antônio não pode ser obrigado a retornar ao	serviço	público.
c) Será cassada a	aposentadoria de Antônio 	se deixar de tomar posse	e entrar	em exercício	 dentro	do prazo legal..
d) Será	suspenso o pagamento da	aposentadoria até que o servidor retorne ao exercício	das funções do cargo anteriormente ocupado.
32) A readaptação do servidor será:
a) Sempre “ex	officio” e se fará nos termos do regulamento próprio.
b) Sempre a pedido e se fará nos termos da	instrução normativa própria.
c) A pedido ou “ex officio” e se fará nos termos da lei.
d) A pedido e se fará nos termos da regulamentação própria.
33) Segundo dispõe o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais, o processo administrativo deverá ser iniciado dentro do prazo:
a) De 10 (dez) dias, contados da data da designação dos membros da comissão, e concluído no de 60 (sessenta) dias,	prorrogável por igual período, a contar da data de seu início.
b) De 05 (cinco) dias, prorrogável por igual período, contados da data da publicação da designação da comissão, e concluído no de 90 (noventa) dias, a contar da data de seu início.
c) Improrrogável de 05 (cinco) dias, contados da data da publicação da designação da comissão, e concluído no de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar de seu início.
d) Improrrogável de 03 (três) dias, contados da data da designação dos membros da comissão e concluído no de 60 (sessenta) dias, a contar da data de seu	início.
34) O requerimento de revisão do processo administrativo, previsto na Lei Estadual nº 869/1952, é dirigido:
a) À comissão revisora.
b) Ao Governador do Estado.
c) Ao Diretor de Departamento.
d) Ao Secretário Estadual que tiver proferido a decisão.

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