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TCC 20 de junho

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
Luana de Magalhães Brandão
Paloma de Paiva Reis
AGROTÓXICOS OU DEFENSIVOS AGRÍCOLAS: O USO DE CERTOS PRODUTOS AGRÍCOLAS E POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS RESPIRATÓRIAS.
POUSO ALEGRE 
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
Luana de Magalhães Brandão
Paloma de Paiva Reis
AGROTÓXICOS OU DEFENSIVOS AGRÍCOLAS: O USO DE CERTOS PRODUTOS AGRÍCOLAS E POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS RESPIRATÓRIAS.
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de bacharel em Biomedicina do centro universitário UNA.
Orientadora: Prof.ª Larissa G. V. Franceli
POUSO ALEGRE 
2021
RESUMO
O presente trabalho traz uma pesquisa realizada sobre o uso de certos produtos agrícolas, defensivos ou agrotóxicos, em lavouras de morango, na região de Pouso Alegre e seu possível impacto na qualidade de vida dos produtores. Foi feito um questionário a respeito do manuseio e aplicação desses produtos na plantação de morango para avaliar a exposição dos trabalhadores rurais e relacionar com problemas de saúde respiratória. Foram analisadas 40 respostas obtidas dos questionários aplicados e uma planilha de controle de amostras de morango coletadas pelo IMA, das fazendas da região. Diante dos dados apontados, podemos perceber que existe uma relação entre as queixas e suas condições de trabalho e manuseio de certos produtos agrícolas.	Comment by Larissa Giorgeti Veiga Franceli: Vamos melhorar essa parte final!
Palavras chaves: agrotóxicos; defensivos agrícolas; morango; sul de minas; doenças respiratórias.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho faz uso de determinados termos que são confundidos ou usados incorretamente ou ainda não compreendidos. Como são termos de grande impacto e discussão, julgamos necessário alguns esclarecimentos.
1A: Os fitossanitários
Segundo a Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF), os produtos fitossanitários têm a função de proteger as plantas do ataque de pragas, doenças e plantas daninhas, mas também podem ser perigosas se forem utilizadas de forma incorreta (ANDEF, 2009). Produtos fitossanitários, de acordo com a Lei 7.802/ 1.989, do MAPA, são os produtos e os agentes do processo físico, químico ou biológico (...), cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. A aplicação consiste na deposição de gotas sobre um alvo desejado, com tamanho e densidade adequados ao objetivo proposto. (ANDEF, 2009)
1B: Os defensivos agrícolas	Comment by lagiv: Faltou você colocar a referência de onde achou essas informações
Os defensivos agrícolas têm a função de proteger as culturas agrícolas através de tratamentos fitossanitários e assim, auxiliar no aumento da produtividade para alimentar uma população em constante crescimento. Eles estão inseridos em um mercado globalmente competitivo, onde as empresas de defensivos, em conjunto com revendas e cooperativas agrícolas são responsáveis pelas vendas e distribuição até o consumidor final, no caso o agricultor. Cumpre lembrar que todos os defensivos agrícolas autorizados para o uso em nosso país passam pelo crivo e aprovação de três ministérios: Ministério do Meio Ambiente, por meio do Ibama, que analisa e atesta a segurança ambiental dos produtos.O objetivo da aplicação de defensivos é combater pragas que atacam as lavouras, garantindo assim a produção de alimentos saudáveis para a população.	Comment by lagiv: Quais são os outros ministérios que avaliam?
1C: Os agrotóxicos
A origem do termo “agrotóxico” ocorreu nos anos 80 em discussão entre ambientalistas e pesquisadores críticos destes insumos agrícolas. Oficialmente esta denominação só aconteceu com a aprovação da Lei n° 7.802/1989, regulamentada pelo Decreto n° 4.074/2002, apresentando a seguinte definição: 
Agrotóxicos e afins – produtos e agentes de processo físico, químico ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantações, de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento (BRASIL, 1989). 
No Brasil, a introdução dos agrotóxicos ocorreu através de programas de saúde pública, no combate a vetores e controle de parasitos. Na agricultura seu uso foi ampliado nos anos sessenta, mais precisamente a partir de 1964 após o Golpe Militar, contando com o apoio do governo. O governo militar criou em 1975 o Plano Nacional de Desenvolvimento Agrícola (PNDA), trazendo incentivos para o comércio de agrotóxicos no Brasil, criando reserva de mercado para os produtos. Condicionou o crédito rural com a obrigatoriedade de uma cota para aquisição de agrotóxicos (15%) para cada financiamento requerido (BRASIL, 1997). O seguro agrícola também obrigava a compra de agrotóxicos. No caso de perda da safra por pragas, o seguro não seria pago nos casos em que o agricultor não comprovasse a compra de agrotóxicos. 
i. Classificação de Agrotóxicos
Em virtude da grande quantidade de produtos existentes, cerca de 300 princípios ativos em 2 mil formulações comerciais diferentes no Brasil, é importante conhecer a classificação dos agrotóxicos quanto à sua ação e ao grupo químico a que pertencem. Essa classificação também é importante, podendo ser útil para o diagnóstico das intoxicações e instituição de tratamento específico (ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE, 1996). 
a. Classificação dos agrotóxicos quanto a sua ação e grupo químico: 
A) Inseticidas: possuem ação de combate a insetos, larvas e formigas. Os inseticidas pertencem a quatro grupos químicos distintos: 
A.1) organofasforados: são compostos orgânicos derivados do ácido fosfórico, do ácido tiofosfórico ou do ácido ditofosfórico. Ex.: Folidol, Azodrin, Malation, Diazinon, Nuvacron, Tantaron, Rhodìatox. 
A.2) carbonatos: são derivados do ácido carbâmico. 1. Ex.: Carbaril, Tentfk, Zeclram, Furadan
A.3) organoclorados: são compostos à base de carbono, com radicais de cloro. São derivados do clorobenzeno, do ciclo-hexano ou do ciclodieno. Foram muito utilizados 28 na agricultura, como inseticidas, porém seu emprego tem sido progressivamente restringido ou mesmo proibido. Ex.: Aldrin, Endrin, MtIC, DUr, Endossulfan, Heptacloro, Lindane, Mirex
A.4) piretróides: são compostos sintéticos que apresentam estruturas semelhantes à piretrina, substâncìa existente nas flores do Chrysanthmum (pyrethrum) cinenariaefolium. 
Alguns desses compostos são: aletrina, resmetrina, decametrina, cipermetrina e 
B) Fungicidas: combatem fungos. Os principais grupos químicos são: 
B.1) etileno-bis-ditiocarbonatos: Maneb, Mancozeb, Dithane, Zineb,Tiram
B.2) trifenilestânico: Duter e Brestan
B.3) captan:Ortocide a Merpan
B.4) hexaclorobenzeno. 
C) Herbicidas: combatem ervas daninhas. Nas últimas duas décadas, este grupo tem tido uma utilização crescente na agricultura. Seus principais representantes são: 
C.1) paraguat: comencializado com o nome de Gramoxone
C.2) glifosato: Round-up
C.3) pentacloofenol
C.4) derivados do ácido fenoxiacético: 2,4 diclorofenoxiacético (2,4 D) a 2,4,5 triclorofenoxiacético (2,4,5 T). A mistura de 2,4 D com 2,4,5 T representa o principal componente do agente laranja, utilizado como desfolhante na Guerra do Vietnã. O nome comercial dessa mistura é Tordon
C.5) dinitrofenóis: Dinoseb a DNOC. 
Outros grupos importantes compreendem: 
D) raticidas ( dicumarínicos ): utilizados no combate a roedores
E) acaricidas:ação de combate a ácaros diversos 
F) nematicidas: ação de combate a nematóides
G) molusquicidas: ação de combate a moluscos, basicamente contra o caramujo da esquistossomose 
H) fundgantes: ação de combate a insetos, bactérias: fosfetos metálicos (fosfina) brometo de metila. 
Entre os grupos de profissionais que têm contato com os agrotóxicos estão os trabalhadores dos setores agropecuários, saúde pública,transporte e comércio, indústria e formação de sínteses. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 1996).
b. Classificação dos agrotóxicos quanto a sua toxicidade: 
Os agrotóxicos são classificados ainda segundo seu poder tóxico. Esta classificação é fundamental para o conhecimento da toxicidade de um produto, do ponto de vista de seus efeitos agudos. No Brasil, a classificação toxicológica está a cargo do Ministério da Saúde (ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE, 1996). 
A classificação dos agrotóxicos é estabelecida pela Portaria nº. 04 da Divisão Nacional de Vigilância de Produtos Domissanitários de 30 de abril de 1980. Foi criada com intuito de identificar as características de natureza tóxica desses produtos e também de tornar conhecidos os seus efeitos agudos sobre a saúde. 
Classe I - Produtos Extremamente Tóxicos; (cor da faixa vermelha)
Classe II - Produtos Altamente Tóxicos;(cor da faixa amarela)
Classe III - Produtos Medianamente Tóxicos;(cor da faixa azul)
Classe IV - Produtos Pouco Tóxicos;(cor da faixa verde)
ii. Uso do agrotóxico e risco a saúde do trabalhador
A Lei de Agrotóxicos e Afins nº 7.802, de 11 de julho de 1989, estabelece que os agrotóxicos somente podem ser utilizados no país se forem registrados em órgão federal competente, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura.	
Podemos enumerar uma série de problemas ambientais e econômicos atribuídos a esses produtos. Entre 2007 e 2014 foram registrados mais de 68 mil casos de intoxicação por agrotóxicos, o que daria uma média de 23 intoxicações por dia no país. Conforme revista Apublica.org - Agencia de jornalismo investigativa de 2019 mostrou que a água do abastecimento público de 454 municípios brasileiros apresentou contaminação por uma mistura de diferentes agrotóxicos acima dos limites permitidos. 
Segundo dados apresentados no Dossiê ABRASCO (2015), o processo produtivo agrícola brasileiro está cada vez mais dependente dos agrotóxicos e fertilizantes químicos. Enquanto o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, no Brasil o crescimento foi de 190% nos últimos dez anos. Se o cenário atual já é suficientemente preocupante, do ponto de vista da saúde pública, as perspectivas são de agravamento dos problemas nos próximos anos (CARNEIRO et al, 2015).
A partir do processo de modernização, que se iniciou nos anos de 1950, a chamada “Revolução Verde” aliada ao discurso de modernização do setor rural, ocasionou mudanças nas práticas agrícolas, “[...] gerou mudanças tecnológicas nos processos de trabalho, aumentou a produtividade e, mais recentemente, a agricultura tornou-se uma importante atividade econômica, através da geração de divisas na exportação brasileira” (JACOBSON et al., 2009). Mudanças no sistema de produção agrícola acabaram por afetar de forma direta a saúde dos seres humanos e em especial dos trabalhadores rurais e dos ecossistemas, com crescimento descontrolado de pragas, como; insetos, fungos, roedores “[...] e expulsou a fauna e a flora de seus habitats, com a destruição dos ecossistemas e a substituição por áreas de expansão de atividades agropecuárias” (ROCHA, 2010, p. 12). A modernização e avanços que está inserida a agricultura brasileira, com uso de agrotóxico, sendo que atualmente o país é um dos maiores consumidores mundiais deste produto na atualidade. Segundo Domingues (2010, p. 11) o agrotóxico é considerado o “motor do agronegócio brasileiro” tendo impacto nos ecossistemas e na saúde da população. Para Freire Júnior e Viana Filho, “O exagero e a falta de controle do uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras vêm causando altos índices de intoxicação verificados entre produtores e trabalhadores rurais, provocam a contaminação dos alimentos que são consumidos pela população e causam a perda da biodiversidade se transformando em um problema de saúde pública, ecológico e econômico” (2013, p. 4).	Comment by lagiv: Confere esse parágrafo na sua referência...veja se não está faltando alguma parte...achei ele meio desconexo!
iii. Os Agrotóxicos e os agravos ao aparelho respiratório
Os impactos à saúde decorrente da aplicação dos agrotóxicos atingem desde os aplicadores deste produto até as pessoas da comunidade e consumidores destes alimentos contaminados. Dentre eles, os aplicadores são os mais afetados, tendo contato direto com o produto por longo período de tempo, acarretando problemas como: “[...] bronquite asmática e outras anomalias pulmonares, efeitos gastrointestinais, e para alguns compostos, como organofosforados e organoclorados, distúrbios musculares, debilidades motoras e fraqueza” (SOARES; ALMEIDA; MOURA, 2003, P.1118).
No geral os agrotóxicos apresentam um efeito crônico, principalmente porque existem três principais vias de absorção: a respiratória, e digestiva e a dérmica. Deste modo tal fator aumenta a área biológica de exposição a estes agentes químicos, podendo afetar toda população que resultam em uma exposição múltipla, desde a presença no ambiente aos alimentos consumidos. 
As intoxicações por agrotóxicos, frequente entre agricultores, são expressas a partir da diminuição das defesas imunológicas, da anemia, da cefaleia insônia, de alterações de pressão arterial, e de distúrbios de comportamento. Há um “endemia de depressão”, que é percebida por muitos profissionais como estando em estreita relação com o uso de agrotóxicos, sobretudo nas comunidades onde a atividade econômica ainda é predominantemente agrícola (LEVIGARD, 2001).
Os autores Ecobichon e Joy (1982), Gershon e Shaw (1961), Levin (1976), citados por FERREIRA et al. (2000, p.29), relatam que mudanças na personalidade e efeitos emocionais (tensão, ansiedade, apreensão, desatenção, inquietação) em função da exposição aos organofosforados, assim como os outros agrotóxicos, são bem documentados. Casos de esquizofrenia e reações depressivas podem ser relacionados a exposição a estas substâncias sendo consistentes com os níveis da colinesterase no sangue. Tais sintomas podem persistir até seis meses ou mais depois de cessada a exposição e com retorno dos níveis da colinesterase à normalidade.
Os principais sintomas decorrentes de intoxicação por inseticidas organoclorados são vômitos, náusea, vertigem, desconforto abdominal, enxaquecas, perda súbitas de consciência, convulsões e período de depressão do sistema nervoso central. 
“INTOXICAÇÃO AGUDA (ÚNICA): decorre de uma única exposição ao agente, num período de tempo de 24 horas. INTOXICAÇÃO AGUDA (REPETIDA): decorre de múltiplas exposições ao mesmo agente num período de tempo de 15 dias. INTOXICAÇÃO CRÔNICA: decorre de exposição prolongada ao mesmo agente, de forma contínua ou intermitente, por mais de 15 dias. INTOXICAÇÃO AGUDA SOBRE CRÔNICA: considerar os casos de exposição crônica que sofreram uma exposição aguda ao mesmo agente em determinado tempo (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2012).
O EPI é “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde” (PANTALEÃO, 2011, p. 1). E, os EPIs muitas vezes são mal utilizados ou estão desgastados pelo uso contínuo, não atendendo às necessidades dos trabalhadores, no contato com produtos químicos. 
O uso de agrotóxicos sem devida proteção dos Equipamentos de Proteção Individual - EPIs podem causar diferentes sintomas como: náuseas, tonturas, dores de cabeça, alergias, lesões renais e hepáticas, cânceres, alterações genéticas, doença de Parkinson, entre outros, e afeta diretamente o sistema respiratório com Traqueíte crônica, Pneumofibrose, Enfisema pulmonar, Asma brônquica. Essa ação pode ser sentida logo após o contato com o produto (efeitos agudos) ou após semanas/anos (efeitos crônicos). Segundo Tavares e Correia: 
“A realidade mostra a falta de conhecimento a respeito do perigo que esses produtos representam para a saúde e o meio ambiente. Tanto é que os agrotóxicos ainda são conhecidos pelo agricultor brasileiro como "remédio das plantas". E muitos ainda resistem ao uso de equipamentosde proteção individual (EPIs), como luvas, respirador/máscara, viseira, capuz, botas, jaleco e calças impermeáveis, obrigatório na atividade agrícola. (2013, p. 1).”
A caracterização da deficiência relacionada às doenças do aparelho respiratório pode estar ou não relacionada ao ambiente de trabalho, devendo-se atentar aos sintomas: “dispnéia, tosse, sibilância, produção de escarro, hemoptise, acompanhado ou não de avaliação objetiva da função pulmonar, que pode incluir espirometria” (IKEGAMI; CONDE, 2009, p. 13).
Deve-se lembrar que tanto fumaça, quanto poeira em excesso e substâncias químicas leva a um processo inflamatório crônico desde nariz até os alvéolos pulmonares e mau funcionamento, dilatação e destruição dos mesmos. A inalação massiva, por sua vez, pode causar danos sérios imediatos e até letais ao aparelho respiratório, como por exemplo, podendo evoluir até mesmo em um quadro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).
Segundo o Ministério da Saúde: 
“O sistema respiratório constitui uma interface importante do organismo humano com o meio ambiente, particularmente com o ar e seus constituintes, gases e aerossóis, sob a forma líquida ou sólida. A poluição do ar nos ambientes de trabalho associa-se a uma extensa gama de doenças do trato respiratório que acometem desde o nariz até o espaço pleural (MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2001, p. 307).”
Os dados revelam que seja no campo ou na cidade as formas de organização do trabalho têm cobrado preço alto para alcançar índices de produtividade e sucesso no mercado. Percebe-se que é necessária estratégia de fortalecimento e qualificação da atenção primária, para que a atenção à saúde dos trabalhadores não se restrinja à recuperação, garantindo, sobretudo, a promoção da saúde e a prevenção a agravos inevitáveis. 
As ações em Saúde do Trabalhador, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), têm se desenvolvido de forma isolada e fragmentada das demais ações de saúde. Estas ações são desenvolvidas de modo desigual nos estados e municípios. Tal atraso no cumprimento constitucional para as ações em Saúde do Trabalhador no SUS, tem se refletido em indicadores de mortalidade e gravidade elevados. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).	Comment by lagiv: Você acha relevante manter esse parágrafo?
iv. Fatores de riscos e diagnóstico relacionados à doença respiratória 
O Setor Agrícola apresenta elevado risco de produzir problemas de saúde relacionados à exposição ocupacional. No Brasil não há uma dimensão exata sobre estes problemas devido à escassez de registros e estudos sobre o tema. Neste sentido, buscou-se aprofundar dois relevantes problemas de saúde relacionados ao trabalho agrícola: intoxicações por poeira e substância química proveniente dos agrotóxicos e sintomas respiratórios. 	Comment by lagiv: Esse parágrafo é de algum texto? Se for, precisa de autor
Em relação ao diagnóstico das doenças respiratórias relacionadas ao trabalho, o Ministério da Saúde afirma que devem se basear nos seguintes procedimentos: 
“história clínica-ocupacional completa, explorando os sintomas respiratórios, sinais clínicos e exames complementares, o estabelecimento da relação temporal adequada entre o evento e as exposições a que foi submetido o trabalhador. Considerando a latência de certas patologias, como, por exemplo, as neoplasias de pulmão e pleura, são importantes as informações sobre a história ocupacional do indivíduo e de seus pais, como no caso da exposição pregressa ao asbesto trazido do local de trabalho nos uniformes profissionais, contaminando o ambiente familiar. Também devem ser consideradas a manipulação de resinas, epóxi, massas plásticas, solda, madeiras alergênicas em atividades de lazer, hobbies ou trabalho extra por conta própria (bicos, biscates), que podem esclarecer certos achados que não se explicam pela história ocupacional; informações epidemiológicas existentes e estudo do conhecimento disponível na literatura especializada; informações sobre o perfil profissional do trabalhador e sobre as avaliações ambientais, fornecidas pelo empregador ou colhidas em inspeção da empresa/local de trabalho; propedêutica complementar. (2001, p. 307) “.
Devem ser realizados exames complementares, sendo que os mais utilizados nos postos de atendimento do Brasil são: 
· radiografia do tórax; 
· provas de função pulmonar (espirometria, volumes pulmonares, difusão de CO2); 
· broncoscopia com lavado bronco alveolar; 
· biópsia; 
· testes cutâneos, gasometria arterial, hemograma, entre outros. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001, p. 307)
Feitas as apresentações e diferenciação desses termos, manteremos os termos utilizados da maneira original pelos autores e tomamos a liberdade de utilizar o termo defensivo agrícola para evitar interpretações e questionamentos.	Comment by lagiv: Acho que depois de tanto esclarecimento de termos, podemos tirar esse parágrafo. Que acha?
.	Comment by lagiv: Se tirarmos o parágrafo anterior, precisamos refazer um último, tipo “fechamento” de introdução. Tipo assim “Feito todos os esclarecimentos quanto aos possíveis termos empregados na literatura, apresentaremos nossos dados fazendo uso dos termos mais adequados.”
2. 
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi feita a aplicação de um questionário que abordou questões desde o manuseio e aplicação dos defensivos agrícolas/agrotóxicos até a existência de algum problema respiratório. No aspecto investigativo, avaliamos os dados coletados sobre o uso desses produtos e qualidade de vida, saúde e segurança do produtor. Também foi feita uma pesquisa em conjunto com Emater e IMA sobre o risco dos agrotóxicos e sua utilização.
Abaixo segue modelo do questionário divulgado:
· Escolaridade:
( ) Ensino fundamental incompleto
( )Ensino fundamental completo
( )Ensino médio incompleto
( )Ensino médio completo
( )Superior incompleto
( )Superior completo
( )Sem escolaridade
· Tamanho da Propriedade:
( )de 1 a 4 hectares.
( )de 4 a 15 hectares.
( )acima de 15 hectares.
( )Outro:
· Uso da Propriedade: *
( )Proprietário
( )Arrendatário
· Utiliza defensivos agrícolas (produtos fitossanitários)? *
( )Sim
( )Não
· Qual(is) produto(s) se utiliza no morango? Pode selecionar mais de uma opção. *
( )Alion
( )Goal
( )Bunema 330 SL
( )Pirate
( )Furadan 50 G
( )Outro:
· Como é feita a aplicação do(s) defensivo(s)? Pode selecionar mais de uma opção. *
( )Pulverização
( )Atomização
( )Nebulização
( )Inoculação ou tratamento de semente;
( )Aplicação no sulco de plantio (granulados)
( )Outro:
· Sobre o tempo de carência após a aplicação, o que acham a respeito? *
( )Tempo muito curto;
( )Tempo muito longo;
( )Tempo adequado;
( )Outro:
· Após aplicação do produto, o consumo ou comercialização consegue ser feito em até quantos dias ? *
( )até 7 dias
( )até 14 dias;
( )até 21 dias ou mais;
( )Outro:
· Costumam fazer uso de algum desses produtos abaixo, antes ou após o manuseio de fitossanitários? Pode selecionar mais de uma opção. *
( )Ingestão de leite?
( )ingestão de chá?
( )Ingestão de algum medicamento/suplementos?
Outro:
· Trabalha apenas com a produção de morango? *
( )Sim
( )Não
Outro:
· A comercialização do morango é feita na nossa região? *
( )Sim
( )Não
· Se a resposta anterior for sim, quais cidades:
Questão dissertativa
· Se a resposta anterior for não, quais cidades/ estados :
Questão dissertativa
· Há quanto tempo você e/ou sua família trabalha com produção de morango? *
Questão dissertativa
· Para o plantio, fazem uso da água da propriedade?
( )Sim
( )Não
· Caso a resposta anterior seja sim, consomem essa água para uso próprio?
( )Sim
( )Não
Outro:
· Fazem análise de água ? *
( )Sim
( )Não
· Caso a resposta anterior seja sim, de quanto em quanto tempo?
Questão dissertativa
· Consomem o morango produzido em sua propriedade?
( )Sim
( )Não
Outro:
· Recebe instrução (ões) de algum profissional/consultor? *
( )Sim
( )Não
· Se sim, qual seria sua formação?( )Tecnico agrícola;
( )Vendedor de loja;
( )Engenheiro Agrônomo;
Outro:
· Quanta vez conta com a ajuda desse responsável técnico, durante o período da produção?
Questão dissertativa
· Faz uso de equipamento de proteção individual (EPI)? *
( )Sim
( )Luvas
( )Mascara
( )Óculos
( )Bota
( )Não
Outro:
· Já teve algum dos sintomas abaixo? Pode selecionar mais de uma opção. *
( )Ardência do nariz e boca, tosse, coriza, dor no peito, dificuldade de respirar;
( )Irritação na pele, ardência, desidratação, alergias;
( )Irritação da boca e garganta, dor de estômago, ânsia e vômito, diarreia;
( )Dor de cabeça após o uso dos produtos, ardência nos olhos;
Outro:
O questionário foi divulgado através do meio digital Google forms, durante 3 meses para turmas da agronomia, produtores, familiares, amigos, professores dos cursos e orientadores do TCC. 
3 . RESULTADOS E DISCUSSÕES:
A presente análise é orientada pelo questionário acima e está ordenada pela sequência em que as perguntas foram feitas aos entrevistados.
3.1 Escolaridade
De todos os entrevistados 42,5% possuem ensino superior incompleto 
3.2 Tamanho da Propriedade
 60 % dos entrevistados têm de 1 a 4 hectares de terra.
3.3 Quais produtos se utiliza no morango?
Em relação aos defensivos/agrotoxicos, 92% dos produtores utilizam defensivos agrícolas, tais como Pirate, Alion, Bunema 330 SL, Furadan 50 g, Goal, Sialex 500, Danimen 300 EC, Abamectina, Imidacoplido, Approve, Decis, Nortox, Frowcide, Thicodermil, Beauveria, FertP, Vertimec, Okay, paraquat, Mustang, Sereneid, Amistar top, sumil e Iprodiona, conforme (tabela 1).
	Nome
	Classe
	Grupo
	Cultura
	Classe Toxicológica
	Alion
	Herbicidas Sistêmicas
	L
	Banana, café e caju
	Categoria V
	Goal
	Herbicida Seletiva
	E
	Algodão, arroz irrigado e café
	Categoria I
	Bunema 330 SL
	Fungicida
	I
	Batata, cenoura e fumo
	Categoria IV
	Pirate
	Inseticida
	13
	Algodão,alho e amendoim
	Categoria III
	Furadan 50g
	Inseticida
	GR
	Algodão,amendoim e banana
	Categoria III
	Sialex 500
	Fungicida sistêmica
	E3
	Alface,algodão e alho
	Categoria II
	Danimen 300 EC
	Inseticida
	3ª
	Algodão,berinjela e café
	Categoria II
	Abamectina
	Inseticida
	6
	Algodão,batata e café
	Categoria III
	Imidacropid
	Inseticida sistêmica
	4ª
	Algodão,feijão e fumo
	Categoria V
	Approve
	Fungicida
	B1 e C5
	Acerola,algodão e amendoim
	Categoria II
	Decis 25 EC
	Inseticidas
	3ª
	Ameixa,cebola e pimentão
	Categoria IV
	Nortox
	Herbicida Seletiva
	O
	Arroz
	Categoria I
	Clorfenapir
	Inseticida
	13
	Algodão e batata
	Categoria V
	Frowncide
	Acaricida
	C5
	Algodão,alho e ameixa
	Categoria I
	Trichodermil
	Fungicida
	I
	Todas culturas com ocorrência do alvo biológico
	Categoria IV
	Beauveria
	Inseticida microbiológico
	3ª
	Todas culturas com ocorrência do alvo biológico
	Categoria IV
	Vertimec
	Acaricida
	6
	Algodão,alho e batata
	Categoria III
	Okay
	Acaricida de contato
	25ª
	Café e maçã
	Categoria V
	Paraquat
	Herbicida 
	D
	Banana,algodão e batata
	Categoria I
	Mustang
	Inseticida 
	3ª
	Algodão e arroz
	Categoria III
	Sereneid
	Fungicida
	I
	Cebola,maçã e berinjela
	Categoria não classificada
	Amistar Top
	Fungicida sistêmica
	C3 e G1
	Abacate,abóbora e abobrinha
	Categoria V
	Iprodiona
	Fungicida de contato
	E3
	Alface,alho e batata
	Categoria V
Tabela 1 - Fitossanitários e suas classificações;
Essas variáveis coletadas revelam o que outras estatísticas e estudos já produzidos como o demonstrado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – DIEESE (2014, p.18), que aponta:
“No conjunto dos trabalhadores rurais, a grande maioria tem baixa escolaridade (72,3% possuem até sete anos de estudo, percentual que sobe para 79,4% entre os informais), o que dificulta o processo de qualificação e a conquista de melhores postos de trabalho”. DIEESE (2014, p.18)
Yamashita (2008), afirma que a tarefa de aplicar o agrotóxico exige um conhecimento aprofundado sobre o produto, o modo como ele deve ser aplicado, às precauções e os riscos à saúde do homem e ao meio-ambiente. Os rótulos e bulas têm portanto, um papel de grande importância, devendo transmitir todas as informações necessárias para a correta utilização de tais produtos e do uso dos equipamentos de proteção individual necessários. Ainda segundo a autora, o número elevado de casos de intoxicação revela um problema: ou as informações em rótulos e bulas de agrotóxicos não são lidas ou não são compreendidas pelos agricultores. A legislação federal de agrotóxicos dispõe sobre a rotulagem desses produtos e apresenta modelos de rótulo e bula que determinam certas exigências e padrões que devem ser cumpridos.
3.4 Como é feita a aplicação dos defensivos?
Na aplicação dos defensivos agrícolas, 75% utiliza a técnica de pulverização. 	Comment by lagiv: Tem algum trabalho que fala como essa técnica esta relacionada com altos índices de contaminação?
	Comment by lagiv: Fiquei com uma dúvida quanto as outras pequenas porcentagens....elas também estão começando com o termo Pulverização. Sendo assim, dari um total de quase 100%. Teria como tirar esse primeiro termo e deixar só os outros? Tipo Nebulização, Fertiirrigação, Aplicação etc...?
3.5 Sobre o tempo de carência após a aplicação, o que acham a respeito?	Comment by lagiv: Tem algum trabalho que fala sobre o perigo da aplicação do produto fora do tempo de carência e contaminação? Ou gerar doenças respiratóriasa?
Verifica-se, também, na amostra coletada na área, que 100% dos produtores de morango afirmam ter conhecimento do chamado “período de carência", onde 57% concordam que o tempo de carência é adequado após a aplicação. 
3.6 Após a aplicação do produto, o consumo e comercialização consegue ser feito em até quantos dias?
O consumo e comercialização dos produtos após a aplicação são feitos em até sete dias conforme resposta de 62,5 % dos entrevistados.	Comment by lagiv: Aqui seria ótimo falar do tempo de carência x consumo. Se o tempo de carência do produto é de 20 dias e o consumo é de sete dias após a aplicação, é certeza que estamos consumindo essas substâncias, entende?
3.7 E após aplicação e/ou manuseio dos defensivos agrícolas 32% dos produtores fazem ingestão de leite. 	Comment by lagiv: Fale um pouco do perigo de ingesta de leite após o uso desses produtos. O leite, rico em lipídios, potencializa a absorção de algumas substâncias tóxicas
3.8 Trabalha apenas com a produção de morango?
Grande parte dos produtores (40%) não trabalha somente com a produção de morango. 	Comment by lagiv: Ou seja, eles têm contato direto e constante com esses mesmos produtos sempre, ou seja, estão sujeitos à intoxicação.
3.9 A comercialização é feita em nossa região?
A comercialização do morango é feita em nossa região (70%), nas cidades de Bom Repouso, Senador Amaral, Estiva, Cambuí e Pouso Alegre e a outra parte da comercialização são feitas em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte e São José dos Campos.
3.10 e 3.11 Especificação das cidades onde há comercialização dos produtos?
3.12 Há quanto tempo você é sua família trabalha com a produção de morango?
Os produtores e sua família trabalham a mais de cinco anos com a produção de morango.	Comment by lagiv: Vale a pena mencionar qual a porcentagem de famílias que trabalha com esse cultivo a mais de 10 anos, quantas trabalham entre 5 e 10 anos e quantas trabalham por menos de 5 anos, pra dar um ideia melhor de tempo de exposição.
3.13 Para o plantio, faz o uso da água da propriedade?
 90% dos proprietários da terra fazem o uso da própria água em sua propriedade.	Comment by lagiv: Aqui acho importante falar que alguns desses produtos podem infiltrar no solo, depois de tanto tempo de uso e contaminar reservatórios de água como lençóies freáticos. A análise da qualidade de água dessas famílias e propriedades seria fundamental!
3.14 Consomem esta agua para consumo próprio?
Mas não fazem o uso próprio (64,1%) 	Comment by lagiv: Ao invés de escrever essa frase, diga que por volta de 36% das famílias consomemessa água. Se além da contaminação via ar, também ocorrer via água, essas famílias estão mais sujeitas a problemas de saúde.
3.15 e 3.16 Fazem a analise de agua? Se sim, com qual frequência?
A maioria não faz a análise de água (67%). 	Comment by lagiv: Novamente levantando a questão de como será que está a qualidade dessa água? Será que temos outro meio de contaminação? 
	Comment by lagiv: Seria muito importante achar algum trabalho que fale de uso de agrotóxico, ainda mais algum da lista que o pessoal afirmou que faz, relacionada com contaminação da água...
3.17 Recebem instruções de algum profissional/consultor?	Comment by lagiv: Isso levanta outra questã: será que essa instrução é apenas para aplicação ou também quanto aos riscos de contaminação?
Os produtores recebem instruções de profissionais técnicos (92%) 
3.18 Qual seria a formação do seu consultor?
As maiores instruções e visitas são dos Engenheiros Agrônomos (61%)
3.19 Quantas vezes conta com a ajuda desse responsável técnico, durante o periodo de produção?
Costumam visita-los mensalmente, cabe destacar que, nessa assistência técnica, não está incluso o fornecimento de receituário agronômico.
3.20 Utilizam equipamentos de proteção individual (EPI)?
No que diz respeito à saúde e segurança do trabalho, quanto à utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), 34 dos 40 entrevistados afirmam que sempre usam os equipamentos de proteção, e os mais utilizados são máscara (55%), luvas (40%) e botas (40%).
Segundo Ikegami e Conde (2009, p. 12), os fatores que influenciam nos efeitos à exposição de agentes estão “[...] as propriedades químicas e físicas dos gases e aerossóis e as características próprias do indivíduo como herança genética, hábitos de vida, tabagismo e doenças preexistentes”. E segundo Tavares e Correia, maior consumidor de agrotóxicos no mundo, segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Brasil contabilizou, conforme dados do Anuário Estatístico da Previdência Social de 2011, do Ministério da Previdência Social, 14.988 acidentes de trabalho no setor agrícola. Nesse quadro, em que os próprios especialistas encontram dificuldades em estimar quantos trabalhadores adoecem ou morrem pela contaminação proveniente de agrotóxicos, a prevenção é ainda a melhor saída. (2013, p. 1).	Comment by lagiv: Não entendi esse parágrafo!
Para Peres (2005) o uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil resulta em níveis graves de poluição ambiental e intoxicação humana, uma vez que grande parte dos agricultores desconhece os riscos a que se expõem e, conseqüentemente, negligenciam algumas normas básicas de saúde e segurança no trabalho. Alguns estudos que avaliaram a exposição ocupacional e ambiental a agrotóxicos no Brasil registraram índices de intoxicação que variam de 3% a 23% das populações estudadas. Se aplicarmos o menor percentual encontrado (3%) ao número de trabalhadores rurais registrados no país – aproximadamente 18 milhões, dados de 1996 – o número aproximado de indivíduos contaminados por agrotóxicos no desenvolvimento de atividades de trabalho no país seria de 540.000 trabalhadores ano, com 4.000 mortes. 
3.21 Já teve algum sintoma destacado? (ardência no nariz, irritação na pele, dor de cabeça, etc...).
Quanto à intoxicação, dentre o total de 40 entrevistados os produtores já tiveram alguns sintomas na aplicação ou após que são dores de cabeça (50%) e ardência no nariz e boca (22%).
Em relação às respostas coletadas quanto ao item relativo ao consumo de morango pelos produtores, 85% afirmam que consomem o produto e 12,5% afirmam não consumir.
Pesquisas indicam que a maioria dos casos de intoxicação por agrotóxicos ocorrem em virtude de um descumprimento das normas de segurança para a sua aplicação, a irregularidades no armazenamento e na distribuição dos produtos, assim como à ausência de políticas públicas de controle (ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE, 1996). A solução para esse problema seria “educar” o usuário de agrotóxicos para o uso adequado e seguro. Evidentemente que o uso inadequado dos produtos pode ocasionar diversos problemas e ser a causa imediata de agravos à saúde. A educação dos trabalhadores que utilizam as 19 substâncias deve ser fundamental para a minimização dos problemas. No entanto, a utilização inadequada e as dificuldades que existem para se obter mudanças nas práticas de utilização dos agrotóxicos são conseqüências de diversos outros fatores nas condições e no ambiente de trabalho. Esses fatores estão intimamente ligados com o modelo de produção adotado, o qual não aborda riscos, não considera a preparação dos usuários para aplicação dos produtos, não detém de recursos materiais e humanos para o controle dessas substâncias. Há ainda o fato de existirem grande disponibilidade de produtos e fácil acesso aos mais perigosos assim como o uso excessivo de produtos oferecidos e recomendados por vendedores e propagandas. Os usuários dos produtos dificilmente tem acesso às informações técnicas e apresentam condições de trabalho, especialmente nas pequenas propriedades, precárias. Estes lidam com da instabilidade da política agrícola e em especial dos determinantes socioeconômicos dos trabalhadores rurais que normalmente possuem deficientes condições de educação, moradia e relações de trabalho (GARCIA, 2005). 
4. CONCLUSÃO	Comment by lagiv: Leio por último, assim como o resumo!
Em resumo, os resultados encontrados no presente estudo evidenciam o alto grau de risco de agravos à saúde a que estão sujeitos trabalhadores rurais em contato com agrotóxicos, e frisam a necessidade de que a informação sobre os riscos do uso inadequado de agrotóxico seja adequadamente incorporada a políticas públicas de prevenção e saúde do trabalhador rural.
O consumo cresceu vertiginosamente nas duas últimas décadas e o Brasil é hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, disputando essa posição com os EUA. A literatura mostra que os trabalhadores que lidam com agrotóxicos são na sua grande maioria homens, com baixa escolaridade ou analfabetos, o que também restou demonstrado nesta pesquisa. A utilização dos agrotóxicos pelos produtores de morango no Sul de Minas é marcante e evidente, levando em consideração que os fitossanitários não são próprios para o fruto.
O fato de se usar essas substâncias de forma expressiva e abusiva não significa que não há outra forma de lidar com as questões relacionadas ao manejo de pragas na agricultura. Por parte do poder público ações/programas podem ser implementadas com o objetivo de esclarecer a população sobre os riscos 1) do consumo de produtos agrícolas contaminados; 2) de contaminação de trabalhadores rurais por essas substâncias; 3) dos efeitos deletérios dos agrotóxicos nos cursos d´água, fauna e flora, com consequências mensuráveis e não mensuráveis. (Ações de prevenção aos riscos devem ser incentivadas e aprimoradas sob pena de criminalização de agentes do governo, são elas 1) Treinamento e capacitação de técnicos e produtores rurais; 2) Modificações e aprimoramento nas informações de rótulos e bulas de agrotóxicos com objetivo de tornar esse processo mais claro; 3) revisão da legislação pertinente e seu efetivo cumprimento; 4) Implantação de programas eficazes de monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos e ambiente que resultem em ações de continuidade na correção dos problemas observados; 5) Monitoramento constante da saúde de populações expostas aos agrotóxicos acompanhada de campanhas de esclarecimento e prevenção; 6) Treinamento constante de técnicos e produtores em técnica de cultivo livres do uso de agrotóxicos.
O cidadão, os órgãos de defesa do consumidor, ONGs e outras entidades devem abraçar campanhas de forma sistemática para divulgação dos problemas à saúde advindos do consumo de alimentos contaminados por agrotóxicos e os riscos de contaminação da água e ar. Campanhas de divulgação de alimentos saudáveis e produzidos em sistemas de cultivo livres de agrotóxicos devem estar na pauta de órgãos e entidades civis. O esclarecimentoabre novos caminhos e oportunidades de mudanças.
Importante ressaltar que pesquisa com aplicação de questionário, no caso específico da pesquisa realizada no Sul de minas gerais, pode ser contornada com a realização de levantamentos futuros e coleta de dados junto à Cooperativa de Produtores, Emater, IMA, Posto de Saúde, Secretaria de Saúde, Secretaria de Agricultura e Secretaria do Trabalho e emprego. Portanto, recomenda-se a realização de pesquisa junto aos órgãos acima citados e outras instituições, como ONGs, Associações e Sindicatos com a finalidade de comparar.
REFERÊNCIAS
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Ferreira · 2012 — Modelos de índice de difusão para prever a taxa de crescimento do PIB agrícola brasileiro. Nova econ. [online]. 2012, vol.22, n.1, pp.117-139. ISSN 0103-6351. https://www.scielo.br/j/neco/a/7tydS6phkV7cxb7LkdWXVpL/?lang=pt&format=pdf Acesso em : 30/05/21
A RELAÇÃO ENTRE O USO DE AGROTÓXICOS E A SAÚDE RESPIRATÓRIA DOS TRABALHADORES RURAIS - Ribeiro. B.R.Daniela, Uberaba, 2014- https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/relacao=entre-uso-agrotoxicos-saude-respiratoria.pdf - acesso em 15/06/21
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MAPA. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Portaria nº 201, de 24 de junho de 2020. Diário Oficial da União, 25/06/2020, Edição: 120 Seções: 1, p. 5. Brasília: MAPA, 2020b. Acesso em: 13/05/21
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A Publica - Coquetel” com 27 agrotóxicos foi achado na água de 1 em cada 4 municípios por Ana Aranha, Luana Rocha, Agência Pública/Repórter Brasil- 15 de abril 2019 https://apublica.org/2019/04/coquetel-com-27-agrotoxicos-foi-achado-na-agua-de-1-em-cada-4-municipios-consulte-o-seu/ - Acesso em:01/06/2021
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SOARES, Wagner; ALMEIDA, Renan Moritz V. R; MORO, Sueli. Trabalho rural e fatores de risco associados ao regime de uso de agrotóxicos em Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(4): 1117-1127 julgo 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/v19n4/16860.pdf - Acesso em: 11/05/21
INTOXICAÇÕES - Manual de Vigilancia: Programa municipal de prevenção e controle das intoxicações - file:///home/chronos/u-f9b5942fa51146475044b822cec9966c50009d56/MyFiles/Downloads/Manual%20Intoxica%C3%A7%C3%B5es.pdf - Acesso em 01/06/21
YAMASHITA, M. G. N. Análise de rótulos e bulas de agrotóxicos segundo dados exigidos pela legislação federal de agrotóxicos e afins e de acordo com parâmetros de legibilidade tipográfica. Dissertação (Mestrado em Design) – Universidade Estadual Paulista – UNESP. Bauru, 2008. Acesso em: 13/05/21
http://portal.unemat.br/media/oldfiles/ppgca/docs/Porque_precisamos_de_megareservas_na_Amazonia.pdf - acesso em : 19/05/21
APENDICE A - Questionário
Termo de Consentimento
Você, residente dos municípios do Sul de Minas Gerais, produtor de morango (conhecido ou familiar) está sendo convidado (a) a participar como voluntário (a), de livre e espontânea vontade, da pesquisa intitulada “Estudo sobre produtos fitossanitários no morango da região do sul de minas” a qual poderá ter interrupção a qualquer instante. 
No caso de você concordar em participar, favor CLICAR em “Sim, concordo” ao final desta página.
 Você poderá ainda, esclarecer eventuais dúvidas do projeto e de sua participação através dos telefones e dos e-mails das pesquisadoras. Sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento, onde sua recusa também não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador (a) ou com a instituição. 
O documento nesta ocasião contém as informações necessárias sobre a pesquisa: ESTUDO SOBRE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS NO MORANGO NA REGIÃO DO SUL DE MINAS. Todos os dados referentes aos questionários serão exclusivos para a pesquisa em questão é de inteira responsabilidade das pesquisadoras, que garantem anonimato e total sigilo de todas as informações, assegurando a privacidade e o cumprimento da Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde.
PESQUISADORAS RESPONSÁVEIS: Professora Larissa Giorgeti Veiga Franceli, Paloma de Paiva Reis, Luana Magalhães Brandão.
TELEFONE DAS PESQUISADORAS: Paloma (35)997353075, Luana (35) 9839-4221.
INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL: Centro Universitário UNA Pouso Alegre.
TELEFONE DA INSTITUIÇÃO: (35) 3112-1060.
ENDEREÇODA INSTITUIÇÃO: Rua João Basílio, 420 - Centro, Pouso Alegre – MG.
PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Sua participação nesta pesquisa consistirá no preenchimento de 1 questionário disponível através da internet, respondendo às perguntas formuladas.
BENEFÍCIOS: Contribui com o conhecimento científico e percepção atual sobre o uso de produtos fitossanitários.
CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto com sua participação e você também não receberá remuneração e nenhum tipo de recompensa no decorrer da pesquisa, uma vez que sua participação é voluntária e pode ter interrupção, não acarretando penalização por parte das pesquisadoras.
CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Todos os dados referentes dos questionários, serão exclusivos para a pesquisa em questão é de inteira responsabilidade das pesquisadoras, que garantem anonimato e total sigilo de todas as suas informações, assegurando a privacidade e o cumprimento da Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. Os dados coletados poderão ter resultados divulgados em quaisquer situação e eventos de caráter científico, sob forma codificada, para que a sua identidade seja preservada e mantida sua confidencialidade. POR SE ACHAR PLENAMENTE ESCLARECIDO E EM PERFEITO ACORDO COM ESTE TERMO DE CONSENTIMENTO:
Pelo presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Eu declaro que li e compreendi a natureza e objetivo do estudo e fui devidamente informado (a) do procedimento, riscos e desconfortos, benefícios, custo/reembolso dos participantes, confidencialidade da pesquisa, da qual concordo em participar, bem como autorizo a divulgação e a publicação dos resultados em caráter científico desde que meus dados pessoais não sejam mencionados.
Eu entendi que sou livre para interromper minha participação a qualquer momento sem justificar minha decisão e sem qualquer prejuízo para mim, podendo retirar o meu consentimento a qualquer momento, sem qualquer penalidade. Declaro ainda que recebi uma cópia desse Termo de Consentimento, imprimindo ou enviando para meu e-mail. Portanto, por ser a expressão da verdade, concordo com responsabilidade, o presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Poderei ainda consultar as pesquisadoras responsáveis (acima identificadas) ou a Universidade (acima identificada) sempre que entender necessário obter informações ou esclarecimentos sobre o projeto de pesquisa e minha participação no mesmo. Portanto, por ser a expressão da verdade, concordo com responsabilidade, o presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Escolaridade:
( ) Ensino fundamental incompleto
( )Ensino fundamental completo
( )Ensino médio incompleto
( )Ensino médio completo
( )Superior incompleto
( )Superior completo
( )Sem escolaridade
Tamanho da Propriedade:
( )de 1 a 4 hectares.
( )de 4 a 15 hectares.
( )acima de 15 hectares.
( )Outro:
Uso da Propriedade: *
( )Proprietário
( )Arrendatário
Utiliza defensivos agrícolas (produtos fitossanitários)? *
( )Sim
( )Não
Qual(is) produto(s) se utiliza no morango? Pode selecionar mais de uma opção. *
( )Alion
( )Goal
( )Bunema 330 SL
( )Pirate
( )Furadan 50 G
( )Outro:
Como é feita a aplicação do(s) defensivo(s)? Pode selecionar mais de uma opção. *
( )Pulverização
( )Atomização
( )Nebulização
( )Inoculação ou tratamento de semente;
( )Aplicação no sulco de plantio (granulados)
( )Outro:
Sobre o tempo de carencia após a aplicação, o que acham a respeito? *
( )Tempo muito curto;
( )Tempo muito longo;
( )Tempo adequado;
( )Outro:
Após aplicação do produto, o consumo ou comercialização consegue ser feito em até quantos dias ? *
( )até 7 dias
( )até 14 dias;
( )até 21 dias ou mais;
( )Outro:
Costumam fazer uso de algum desses produtos abaixos, antes ou após o manuseio de fitossanitatios? Pode selecionar mais de uma opção. *
( )Ingestão de leite?
( )ingestão de chá?
( )Ingestão de algum medicamento/suplementos?
Outro:
Trabalha apenas com a produção de morango? *
( )Sim
( )Não
Outro:
A comercialização do morango é feita na nossa região? *
( )Sim
( )Não
Se a resposta anterior for sim, quais cidades:
Sua resposta
Se a resposta anterior for não, quais cidades/ estados :
Sua resposta
Há quanto tempo você e/ou sua família trabalha com produção de morango? *
Sua resposta
Para o plantio, fazem uso da água da propriedade?
( )Sim
( )Não
Caso a resposta anterior seja sim, consomem essa água para uso próprio?
( )Sim
( )Não
Outro:
Fazem análise de água ? *
( )Sim
( )Não
Caso a resposta anterior seja sim, de quanto em quanto tempo?
Sua resposta
Consomem o morango produzido em sua propriedade?
( )Sim
( )Não
Outro:
Recebe instrução (ões) de algum profissional/consultor? *
( )Sim
( )Não
Se sim, qual seria sua formação?
( )Tecnico agrícola;
( )Vendedor de loja;
( )Engenheiro Agrônomo;
Outro:
Quanta vez conta com a ajuda desse responsável técnico, durante o período da produção?
Sua resposta
Faz uso de equipamento de proteção individual (EPI)? *
( )Sim
( )Luvas
( )Mascara
( )Óculos
( )Bota
( )Não
Outro:
Já teve algum dos sintomas abaixo? Pode selecionar mais de uma opção. *
( )Ardência do nariz e boca, tosse, coriza, dor no peito, dificuldade de respirar;
( )Irritação na pele, ardência, desidratação, alergias;
( )Irritação da boca e garganta, dor de estômago, ânsia e vômito, diarreia;
( )Dor de cabeça após o uso dos produtos, ardência nos olhos;
Outro:

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