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Duração do Trabalho ● A duração do trabalho é o gênero do qual são espécies a jornada, o horário de trabalho e os repousos (intrajornada, entre jornadas ou interjornadas, semanal e anual). Jornada de Trabalho ● Origem: do francês jour – journée; do italiano giorno – giornata; ● Para Sérgio Pinto Martins, a jornada “diz respeito ao número de horas diárias de trabalho que o trabalhador presta à empresa.”. ● Já para Maurício Godinho Delgado, a jornada de trabalho é “o lapso temporal diário em que o empregado se coloca à disposição do empregador em virtude do respectivo contrato”. “É, desse modo, a medida principal do tempo diário de disponibilidade do obreiro em face de seu empregador como resultado do cumprimento do contrato de trabalho que os vincula.”. ● A jornada mede a principal obrigação do empregado no contrato. ● Por ela mede-se, objetivamente, a extensão da transferência de força de trabalho em favor do empregador no contexto de uma relação empregatícia. ● A jornada é, ao mesmo tempo, a medida da principal obrigação obreira (prestação de serviços) e a medida da principal vantagem empresarial (apropriação dos serviços pactuados). ● Délio Maranhão “Salário é o preço atribuído à força de trabalho alienada, ao passo que a jornada é a medida dessa força que se aliena.” ● Jornadas Normais (Art. 58, CLT e Art. 7º, XIII da CF/88) - 08 Horas diárias - 44 Horas semanais, sem computar o repouso - 220 Horas mensais computando-se o repouso - ART 7º, XIII DA CRFB - XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; - Art. 58, CLT – A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. Fundamentos e Objetivos ● Um dos motivos que originou a questão social com a consequente luta dos trabalhadores, foi a excessiva jornada de trabalho exigida dos empregados que laboravam nas fábricas (Revolução Industrial); ● Houve a necessidade de impor limites à quantidade de trabalho que poderia ser despendida diariamente pelo operário à elevado índice de acidentes do trabalho por conta da fadiga física e mental provocada pelo excesso de labor; ● A regulamentação da jornada de trabalho compôs o conteúdo da primeira convenção da OIT (1919) – 8hrs diárias e 48hrs semanais; ● Brasil – CF/1934 = limitou a jornada de trabalho em “8 horas de labor dia” – art. 121, §1º, ‘c’;0 ● Em razão disso, em um primeiro momento, a limitação da jornada de trabalho é uma norma protetora típica de saúde e segurança do trabalho: ● As regras de medicina e segurança do trabalho envolvem os períodos de trabalho, os dias de descanso e as condições de trabalho. ● As normas jurídicas concernentes à duração do trabalho já não são mais – necessariamente – normas estritamente econômicas, uma vez que podem alcançar, em certos casos, a função determinante de normas de saúde e segurança laborais = normas de saúde pública. Art. 7º, XXII, CF/88 ● Normas imperativas que estabelecem direitos de ordem pública, impedindo as partes de renunciar ou dispor desses direitos. ● Esta limitação do tempo de duração do trabalho tem como fundamento três aspectos importantes: - Biológicos: O excesso de trabalho traz fadiga, estresse, cansaço ao trabalhador, atingindo sua saúde física e mental. Portanto, os fatores biológicos são extremamente importantes para limitar a quantidade de trabalho diário. - Sociais: O trabalhador que executa seus serviços em extensas jornadas tem pouco tempo para a família e amigos, o que segrega os laços íntimos com os mais próximos e exclui socialmente o trabalhador. - Econômicos: Um trabalhador cansado, estressado e sem diversões produz pouco e, portanto, não tem vantagens econômicas para o patrão. ● A legislação estabelece uma jornada considerada normal para o trabalho durante o dia e durante a semana. Como o sistema de fiscalização por parte do Estado não cumpre com eficiência sua tarefa, o legislador instituiu, também, um plus salarial para o empregado que trabalha em jornada extraordinária; ● Este acréscimo serve, também, para inibir o empregador de exigir o trabalho após a jornada normal de labor. ● Art. 74, CLT - O horário de trabalho será anotado em registro de empregados. - § 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso. - § 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste artigo. ● Exemplo: O empregado inicia seu trabalho às 08 horas da manhã, interrompe suas atividades para o almoço às 12 horas, retornando às 13 horas. No final do dia, por volta das 17 horas o empregado encerra seu trabalho. Neste caso seu horário de trabalho é das 08 às 17 horas, com 01 hora de intervalo, e sua jornada é de 08 horas. ● O horário de trabalho pode ser diurno, noturno ou misto, dependendo dos horários de entrada e saída, ajustados entre o trabalhador e o patrão. É a distribuição da jornada de trabalho durante o dia. ● A CLT é omissa em relação à fixação dos horários de trabalho. Cabe aos contratantes suprir esta lacuna, com o estabelecimento, via ajuste individual, do momento de início e de término da jornada de trabalho. Duração do Trabalho Jornada de Trabalho Horário de Trabalho Gênero Espécie Espécie Conceito mais abrangente 1 dia de trabalho Horário de entrada e saída do trabalhador no emprego + delimitação do intervalo para descanso e alimentação Abrange o lapso temporal de labor ou disponibilidade do empregado perante seu empregador em virtude do contrato de trabalho, considerados distintos parâmetros de mensuração: dia (duração diária ou jornada), semana (duração semanal), mês (duração mensal), ano (duração anual) Significa duração do trabalho diário. Diz respeito ao número de horas diárias de trabalho que o trabalhador presta à empresa OBS: o legislador, ao ser pouco técnico, conferiu duplo sentido ao vocábulo jornada: limite de trabalho por dia, semana, mês ou ano ou número de horas trabalhadas em um dia. A hora de entrada e de saída do trabalhador no emprego determina seu horário de trabalho. Dependendo destes parâmetros a jornada é fixada. É a fixação dos momentos em que deve ter início e fim a jornada normal de trabalho e, se for o caso, do intervalo para descanso e alimentação. Composição da Jornada de Trabalho ● Tempo efetivamente Laborado/ Trabalhado - Excluem-se do cômputo da jornada laboral, por exemplo: + Tempo à disposição do empregador, sem labor efetivo; + Eventuais paralisações da atividade empresarial que inviabilizam a prestação de trabalho; + Qualquer tipo de intervalo intrajornada; - Ou seja, exclui-se do cálculo da jornada todo e qualquer lapso temporal que não consista em direta transferência da força de trabalho em benefício do empregador. - Rejeitado pela CLT, art. 4º - Exceção: Art. 78, CLT. ● Tempo à disposição do empregador (Art. 4º, CLT) - Brasil adotada essa Teoria - A jornada/duração de trabalho representa a quantidade de energia horária despendida pelo trabalhador, seja por dia, semana, mês ou ano, enquanto estiver à disposição do empregador, aguardando ordens, ainda que não esteja efetivamente trabalhando. - Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. + Ex: intervalos não previstos em lei, tempo de espera de serviço quando em trabalho, tempo à disposição decorrente da limitação do direito de ir e vir, sobreaviso, prontidão...+ O tempo à disposição independe das atribuições que estão sendo ou não exercidas; + O tempo à disposição independe do local onde o empregado se encontre, isto é, dentro ou fora do estabelecimento; - ART. 4º CAPUT SEM ALTERAÇÃO + § 2° Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I. práticas religiosas; II. descanso; III. lazer; IV. estudo; V. alimentação; VI. atividades de relacionamento social; VII. higiene pessoal; VIII. troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. - CASO 1: O empregado que trabalha das 7h às 19h, com intervalo das 12h às 16h para determinado empregador, sem acordo de prorrogação de intervalo, tem direito a receber duas horas extras diárias, como tempo à disposição, pois ultrapassado o limite máximo de duas horas de intervalo e ultrapassada a jornada máxima ajustada (se computadas as duas horas à disposição relativas ao intervalo) ou de 8h - Fundamentação: art. 71, CLT e Súmula 118, TST. - CASO 2: Preparado para deixar o trabalho, pois encerrada sua jornada, o patrão solicita que o trabalhador aguarde ali mesmo na porta, por que ainda iria lhe passar as tarefas do dia seguinte. Após 50 minutos, o empregador retorna e encontra o empregado, ainda na porta aguardando-o, quando, então, resolve liberá-lo. O tempo que o empregado aguardou (50 minutos) deve ser considerado como de serviço prestado, logo, remunerado como tal. Por ter ultrapassado a jornada normal, esta remuneração será acrescida de 50% - Fundamentação: art. 59, caput e §1º, CLT ● Tempo despendido no deslocamento residência – trabalho – residência* - Horas in itinere corresponde ao tempo despendido pelo trabalhador entre a sua residência e o local de trabalho e vice-versa; - CLT anterior à reforma: tal lapso temporal era computado como de efetivo serviço apenas quando o estabelecimento da empresa situava-se em local de difícil acesso ou não servido por transporte público regular, desde que transportado por condução fornecida pelo empregado – art. 58, §2, CLT sem reforma e Súmula 90, TST - Alteração da Reforma: § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. ● Tempo prontidão (ou horas prontidão); - Art. 244, §3º da CLT ● Tempo sobreaviso (ou horas sobreaviso); - Deriva do contrato de trabalho o estado de subordinação do empregado, de forma que se considera, como de efetivo serviço, o período em que o empregado permanece sem trabalhar, mas fica no aguardo de ordens do seu empregador; - Em determinadas situações, o trabalhador coloca-se à disposição do empregador em sua própria residência para, em uma eventualidade, executar serviços de natureza urgente. Trata-se do tempo de sobreaviso. - Originariamente, o sobreaviso fora previsto para empregado ferroviário – art. 244, §2º, CLT. Contudo, por analogia, sua aplicação é estendida a todas as categorias profissionais + Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala organizada. + § 2º Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobreaviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas*As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal. - “Preferiu o legislador amenizar os efeitos do art. 4º, da CLT, pois não concedeu a paga da hora cheia, mas apenas 1/3 da hora normal. Isto se explica porque, apesar de limitado o direito de ir e vir, o trabalhador permanecia no conforto de seu lar, aguardando o chamado do patrão e, por se tratar de atividade pública essencial à população, passível de imprevistos” (Vólia Bonfim Cassar) - Reconhecida a hipótese de estado de sobreaviso, o trabalhador terá direito a 1/3 do salário, ou seja, a cada três horas de sobreaviso, perceberá quantia equivalente à uma hora de trabalho, sem qualquer acréscimo pecuniário, principalmente no que diz respeito aos adicionais. - O tempo que o empregado está aguardando a chamada é de sobreaviso e como tal deve ser remunerado; - Os chamados em si, ou seja, o tempo que o empregado fica ao telefone, computador ou intercomunicador resolvendo problemas da empresa é tempo de trabalho; - Se esse tempo à disposição ultrapassar o limite legal ou contratual, será considerado e pago como extra; Sobreaviso e o uso de aparelhos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ● Quando o trabalhador fica obrigado a portar qualquer tipo de intercomunicador, como BIP, celular, laptop, para ser chamado, vez ou outra, para trabalhar ou para resolver problemas da empresa à distância, terá direito à remuneração deste tempo à disposição. ● Art. 6º, parágrafo único CLT + Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. (Redação dada pela Lei nº 12.551, de 2011) Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. (Incluído pela Lei nº 12.551, de 2011) ● Súmula 428, TST ● Entende-se que não se pode comparar o empregado que, ao final da jornada, pode se desligar do trabalho e relaxar, com aquele que, apesar de ter saído do ambiente de trabalho ao final da jornada, ainda leva consigo um prolongamento do ofício, tendo que responder com habitualidade aos chamados do empregador. ● REGIME DE SOBREAVISO. PRESSUPOSTOS. Nos termos da Súmula 428, I, do TST, o uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa, por si só, não é hábil a caracterizar o regime de sobreaviso, sendo necessário, para tanto, demonstrar que referidos meios serviam para o controle patronal e inviabilizavam, por conseguinte, o descanso pleno do empregado. (TRT18 - RO: 00100484520165180191, Relator: SILENE APARECIDA COELHO, PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: 09/02/2018) ● Reforma Trabalhista: Art. 611-A: A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos III e VI do caput do art. 8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: [...] VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; Logo, norma coletiva poderá excluir ou reduzir o respectivo pagamento. Sobreaviso X Teletrabalho ● O teletrabalho foi objeto da reforma trabalhista, passando a CLT a prever esta figura jurídica em seus artigos 75-A à 75-E + Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) + Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) + Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) + Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) + Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) ● O teletrabalhador presta serviços preponderantemente fora das dependências da empresa, devendo esta modalidade de prestação de serviços constar expressamente na CTPS do empregado ● Por expressa previsão legal, o teletrabalho não é espécie de trabalho externo (art. 62, III, CLT), muito embora execute seus serviços fora da empresa ● Mesmo que tenha sua jornada controlada, o teletrabalhador não terá direito à hora extra, noturna, adicional noturno, intervalos intra e interjornada. ● Art. 6º, pú, CLT – o intérprete poderá utilizar deste dispositivo para afastar a incidência do art. 62, III, CLT, quando, pelos meios telemáticos, a jornada de trabalho do teletrabalhador for controlado pelo empregador. Não bastaria a mera possibilidade potencial de fiscalização, como exigido para o trabalho externo, mas a efetiva fiscalização da jornada, cabendo ao empregado este ônus probatório em sede de RT. Trabalhador em Domicílio ● Art. 6º, caput, CLT - Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. ● Art. 83, CLT - É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere. ● Em regra, o empregado que trabalha em sua própria casa não tem qualquer controle de jornada e, por isso, impera a presunção da exclusão do Capítulo “Da duração do trabalho”. ● Se, entretanto, o patrão exigir-lhe o mínimo de produção diária, ou, por outros meios conseguir controlar sua jornada, o empregado terá direitos ao capítulo em questão (hora extra, noturna...) ● Ex: costureiras que recebem material em casa para a realização das costuras ● Não é trabalhador autônomo e não sofre os riscos no negócio. Tempo de Prontidão (Horas Prontidão) ● Compreende-se o período tido como integrante do contrato e do tempo de serviço obreiro em que o ferroviário fica nas dependências da empresa ou via férrea (dependências da estrada), aguardando ordens ● A integração contratual (integração à jornada) – art. 244, §3º, CLT ● Art. 244. [...] - § 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal . ● Possibilidade de aplicação analógica às demais espécies de relação de emprego, como acontece no sobreaviso: Aeronautas ● O empregado deve ficar em local destinado ao seu repouso ou descanso, mas com certa limitação ao seu direito de locomoção; ● Assim, não seria o caso de o empregado permanecer em qualquer local dentro do estabelecimento, pois nessa situação o tempo à disposição seria considerado como de efetivo serviço (art. 4º, CLT) e não como horas de prontidão; ● Aeronautas = reserva ● Quando chamados para prestar serviço, o período trabalhado será remunerado normalmente. ● HORAS DE PRONTIDÃO. ART. 244, §3º, CLT. Caso em que o empregado permanecia em alojamento fornecido pela empresa aguardando ordens, conforme escala. Devido ao pagamento de horas de prontidão, nos termos do art. 244, §3º, da CLT, analogicamente aplicado. Situação que não enseja pagamento de horas extras pela ausência de efetivo labor no período. (TRT04 - RO: 00208613820155040812, Relator: MARCELO GONÇALVES DE OLIVEIRA, QUARTA TURMA, Data de Publicação: 22/11/2017) Limite de Jornada Legal ● Jornada Normal - Art. 58, CLT/ Art. 7º, XIII CF/88 - 8 Horas Diárias - 44 Horas Semanais - 220 Horas Mensais ● A jornada normal de trabalho é de 44 horas semanais. Distribuir esta jornada durante a semana significa laborar, pelo menos, em dois períodos do dia, de segunda a sexta-feira (full time) e um período no sábado. ● Entretanto, é possível contratar legalmente um empregado para trabalhar em regime de tempo parcial, geralmente durante um turno por dia. ● Nesse caso, o salário deve ser pago de forma proporcional ao dos empregados que executam a mesma função em tempo integral ● Art. 58 – A, §1º, CLT - Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) Trabalho em Regime de Tempo Parcial ● ART 58 – A da CLT ● Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. ● Antes da Reforma Trabalhista, o limite máximo da jornada de trabalho por tempo parcial era de 25 horas semanais, vedada a prestação de horas extras pelo empregado. ● Após a Reforma Trabalhista, criou-se duas categorias de trabalho por tempo parcial: - a)Trabalho por tempo parcial sem possibilidade de horas extras – 30 horas por semana; - b)Trabalho por tempo parcial com possibilidade de até seis horas extras – 26 horas por semana; ● Alterações - § Acrescentados - § 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. - § 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3º, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais. - § 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas. - § 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.- § 7º As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação. Registro de Horário de Trabalho ● Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) ● § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) ● § 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) ● SÚMULA 338 DO TST Jornada de Trabalho ● Tempo de tolerância para cômputo de jornada . Art. 58 §1 º da CLT ● Súmula 366 do TST: CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador. ● Intervalo Interjornada (Art. 66 da CLT) - Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. - Trabalho aos domingos ● Intervalo Intrajornada (Art. 71 da CLT) - Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. ● Teração da Reforma (Art. 71, §4º da CLT): - • 4º - A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Jornada Extraordinária ● Horas Extras - Acordo de Prorrogação, individual ou coletivo (2h/d) - Art. 59, caput, §1º da CLT - Acordo individual ou coletivo de compensação (2h/d) - Art. 59, §2º da CLT - Banco de horas - acordo ou convenção coletiva (2h/d) - Necessidade Imperiosa de serviços + Força Maior + Realização de Serviços Inadiáveis (4h/d) + Serviços cuja inexecução possa acarretar prejuízos (4h/d) - Para recuperação de tempo perdido por paralisação da empresa (2h/d) ● É aquela realizada além da jornada normal contratual ,podendo ser feita antes de iniciar a jornada ou ao final da mesma. ● Deve ocorrer apenas excepcionalmente, é necessário observar alguns critérios para que se cumpra de forma regular: Art. 59 da CLT e Art. 7º, XVI da CF; ● Alteração - Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. § 1º. A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. ● Quais são os critérios para realização de Horas Extras? - acrescida de horas extras, em número não excedente de duas - acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho - A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. ● Pagamento de Horas Extras - Valor hora de trabalho + no mínimo 50% = Horas Extras - João ganha R $1750,00 trabalhando uma jornada de 8h/d, qual o valor da hora extra de João? + HE = VHT + 50% 1750 M/220 = 7,95 VHT + HE = 7,95 + 50% (7,95/2 = 3,97) + HE = 7,95 + 3,97 + HE = 11,92 ● Divisores para cálculo de Horas Extras: - JORNADA DE 44 H SEMANAIS = DIVISOR 220 - JORNADA DE 40H SEMANAIS= DIVISOR 200 S.431, TST - JORNADA DE 6H DIÁRIAS= DIVISOR DE 180 ● OJ 235 da SDI-1 do TST: ü“O empregado que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada tem direito à percepção apenas do adicional de horas extras, exceto no caso do empregado cortador de cana, a quem é devido o pagamento das horas extras e do adicional respectivo”. ● As horas extras HABITUALMENTE recebidas integram o salário do trabalhador, sendo base de cálculo para 13º salário, férias, FGTS, DSR, aviso prévio e parcelas previdenciárias. ● Súmula 376, II , TST: O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no caput do art. 59 da CLT. ● Compensação de Jornada - Compensação + Fixa ou Tradicional + Variável/ Aleatório/ Banco de Horas - ART 59 da CLT + § 2º – Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. - Alteração: + § 3º. Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2º e 5º deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. + § 4º. Revogado + § 5º. O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses + § 6º é licito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês. - Alteração: + Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. + § 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação. - Alteração: + Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. + Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas. Jornada de Trabalho ● CLASSIFICAÇÃO: As jornadas de trabalho podem ser classificadas em: - a) quanto à duração ; + Jornada ordinária: CF/1988,7º, XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; + Jornada extraordinária: CF/1988,7º, XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; - b) quanto ao período ; + DIURNO: ● Urbano: 05:00 às 22:00 horas; ● Rural-agrícola: 05:00 às 21:00 horas; ● Rural-pecuária: das 04:00 às 20:00 horas. + NOTURNO: ● Urbano: 22:00 às 05:00 horas (20%) ● Rural-agrícola: 21:00 às 05:00 horas (25%) ● Rural-pecuária: 20:00 às 04:00 horas (25%) ● Advogado : 20:00 às 05:00 horas (25%) )MENOS EMPREGADO ENTE PÚBLICO) - c) à profissão ; + BANCÁRIOS - Art. 224 da CLT - Sábado é considerado dia útil não trabalhado (S. 113 TST) - S. 287 TST - NÃO SE APLICA A REGRA DE JORNADA DE TRABALHO DEBANCÁRIO PARA: ● Quem ocupa funções de direção , gerência , fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenham outros cargos de confiança, DESDE QUE O VALOR DA GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO NÃO SEJ INFERIOR A 1/3 DO SALÁRIO DO CARGO EFETIVO. ● ART. 224§ 2º CLT. - Empresas Financeiras e de Processamento de Dados que prestam serviços aos bancos = S. 55 e 239 do TST - Cuidado S. 119 e OJ SDI-I 379 - Atenção !!! - Súmula 102 TST CATEGORIA JORNADA DIVISOR LEI/CLT ADVOGADO 4H 120 Lei 8.906/94 - Art. 20 MÚSICO 5H 150 Lei 3.857/60 - Art. 41 JORNALISTA 5H 150 Art. 303 CLT MINEIROS 6H 180 Art. 239 CLT OPERADOR CINEMATOGRÁFICO 6H 180 Art. 234 CLT BANCÁRIO 6H 180 Art. 224 CLT BANCÁRIO COM CARGO DE CONFIANÇA 8H 220 Art. 224, §2º CLT GERENTE BANCÁRIO Não Controlada 220 Art. 62, II CLT - d) à flexibilidade . ● Períodos de Repouso - Intervalo Intrajornada: são paradas obrigatórias para descanso do trabalhador dentro da jornada de trabalho que em regra não se computam como horas trabalhadas. + Intervalo Intrajornada não remunerado: Art. 71, §2º da CLT ● Art. 71 da CLT ● Jornada de 4h até 6h/d: 15 min de descanso ● Jornada superior a 6h/d: no mínimo 1h e no máximo 2h. + O INTERVALO MÍNIMO DE 1H PARA QUEM TRABALHA MAIS DE 6H PODERÁ SER REDUZIDO POR ATO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO OUVIDA A SECRETARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO E DESDE QUE A EMPRESA TENHA REFEITÓRIO PRÓPRIO DE ACORDO COM PADRÕES EXIGIDOS E QUE OS EMPREGDOS NÃO ESTEJAM EM REGIME DE HORAS EXTRAS. ( Art. 71, § 3º da CLT) + Súmula 437, II, TST + Fracionamento do Intervalo Art. 71, § 5º da CLT + Duração de descanso superior a 2h Art. 71 caput da CLT. + Não concessão do intervalo: Art. 71, § 4º da CLT + Súmula 437, I, II e IV TST. + Repouso Remunerado Especial Atividade Duração do Trabalho Duração do Intervalo Mecanografia - Art. 72 CLT Digitadores - S. 346 TST 90 m 10m Frigoríficos Art. 253 da CLT Ambiente artificialmente frio S. 438 , TST 1h 40m 20m Minas de Subsolo Art 298 da CLT 3h 15m Telefonia Art. 229 CLT 3h 20m Amamentação Art. 396 da CLT 2 intervalos de 30 m cada - Intervalos Interjornada: são os intervalos concedidos entre o término de uma jornada e o início de outra , ou ainda entre o término de uma semana de trabalho e o início de outra. + Intervalo Interjornada não Remunerado: ● Art 66 da CLT : no mínimo de 11h consecutivas entre o final de uma jornada e o início de outra. ● O desrespeito paga o intervalo das horas não usufruídas em sua integralidade, acrescidas do adicional de 50%. S 110 , TST + Intervalo Interjornada Remunerado: ● Também conhecido como DSR é um descanso de 24h consecutivas em que o empregado não presta serviço ao empregador, um vez por semana, mas recebe a respectiva remuneração. ● Art. 7º, XV da CF, Art. 67 da CLT. ● O trabalho aos domingos depende de autorização prévia do MT Art. 68 da CLT. ● EMPRESAS COM ATIVIDADES PECULIARES E QUE PRECISAM FUNCIONAR AOS DOMINGOS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO DO MT DEVEM CONCEDER O DSR EM OUTRO DIA NA SEMANA. ● AO MENOS UMA VEZ NO MÊS O DESCANSO DEVE COINCIDIR COM O DOMINGO. (LEI 10.101/2000, Art. 6º) ● Requisitos: - Depende de cumprimento integral do trabalho durante a semana, ou seja, não possuir faltas injustificadas; ● Sem observar esses requisitos implica na perda da remuneração do dia da falta injustificada e também do DSR. ( Art.6º da Lei n. 605/49) ● Considera-se falta JUSTIFICADA as que estão presentes no Art. 473 da CLT e no Art 6º, § 1º da Lei 605/49. ● No caso de doença, a justificativa da falta depende de apresentação de atestado médico. (Art. 6º § 2º da Lei 605/49 + A concessão do DSR é obrigatória, caso o empregador exija que o empregado trabalhe no dia do seu DSR, ele deverá ter concedido um dia de folga compensatória ou pagar em dobro a remuneração pelo trabalho neste dia. ( Art. 9º da Lei 605/49) + Súmula 146 , TST. ● Pagamento do Dobro (Hora normal mais 100%) - Lei nº 605/1949, Art. 9º Nas atividades em que não for possível, em virtude das exigências técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga. ● Feriados - São dias sem trabalho em razão de comemorações cívicas ou religiosas. - Lei 605/49 e Decreto lei 27.048/49 - Feriados Cívicos: Lei n. 9093/95 , declarados em lei federal, Estadual e os dias do início e término do ano, e fixados em lei Municipal. - Feriados religiosos: dias de guarda , declarados em lei municipal, tradição local em número não superior a quatro e neste incluída a sexta feira da Paixão. - Trabalho realizado em dia de feriado civil ou religioso, se não compensado em outro dia, deverá ser remunerado em dobro. (Art. 9º , Lei n. 605/49) Férias ● Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. ● Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: [...] XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; ● Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: - I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; - II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; - III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; - IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas ● REGRAS GERAIS: - Os dias de férias variam conforme as faltas injustificadas que o empregado tiver durante o período aquisitivo. Leva-se em conta a assiduidade durante o período aquisitivo. - Faltas justificadas – art. 131, CLT; + Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: I - nos casos referidos no art. 473; Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social; III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133. - Perda das férias – art. 133, I a IV, da CLT. + Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqüentes à sua saída; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) - Durante as férias, o empregado não pode trabalhar para outro empregador – art. 138, CLT ● Período Aquisitivo - Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; (Incluído pelo Decreto-leinº 1.535, de 13.4.1977) II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) - § 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) - § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) ● Período Concessivo - Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. ● FATOS QUE PREJUDICAM A AQUISIÇÃO DAS FÉRIAS - Ausências injustificadas: se houver mais de 32 faltas injustificadas perde o direito a férias - Se deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqüentes à sua saída; - Se permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; - Se deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; - Se tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos ● Duração das Férias - Diminuição Legal - Regra Geral + Faltas Injustificadas Duração das Férias ● Até 5 faltas 30 dias ● de 6 a 14 faltas 24 dias ● de 15 a 23 faltas 18 dias ● de 24 a 32 faltas 12 dias ● Mais de 32 faltas perde as férias - OBS: A perda de férias por ausência injustificada por mais de 32 faltas não é expressa na lei. É decorrência lógica. ● Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. § 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. ● Concessão das Férias após o prazo legal - Pagamento em Dobro - Art. 137 CLT + Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 2º - A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) - Prazo para Pagar as Férias + O empregador tem que pagar as férias até 2 dias antes do inicio do respectivo gozo (Art. 145 CLT) ● Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 ● Período Concessivo - A concessão das férias será participada por escrito, ao empregado, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.(art. 135, CLT) + Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. (Redação dada pela Lei nº 7.414, de 9.12.1985) § 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 3º Nos casos em que o empregado possua a CTPS em meio digital, a anotação será feita nos sistemas a que se refere o § 7º do art. 29 desta Consolidação, na forma do regulamento, dispensadas as anotações de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) - A escolha do período das férias cabe ao empregador (art. 136, CLT). + Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) - Exceções: + Empregado estudante, menor de 18 anos, tem direito de fazer coincidir suas férias com as férias escolares; + Empregados de uma mesma família – mesmo empregador, podem gozar as férias no mesmo período, se quiserem e desde que não seja prejudicial ao serviço. ● Forma de Pagamento - Remuneração da época da concessão ou da extinção do contrato com cômputo das parcelas salariais habitualmente pagas (Art. 142 CLT) + Terço Constitucional. (Art. 7°, XVII, CF/88) + Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 § 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 § 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a media da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 § 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 § 4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 § 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 § 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme será computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 + Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: [...] XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; - O pagamento deve ser efetuado até 2 dias antes do início das férias - Abono Constitucional - o empregadoterá que remunerar as férias com um PLUS, que corresponde ao acréscimo de ⅓ constitucional. - Solução: + SUM-81 FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro. + Os dias de férias concedidos dentro do período regular: pagamento simples. + Os dias de férias concedidos fora do período regular: pagamento dobrado. ● Férias Coletivas - Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. § 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. § 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. § 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho. - Atenção: + Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. ● Férias Proporcionais - Para cada mês ou fração superior a 14 dias de trabalho o empregado tem direito a 1/12 de férias (art. 146, parágrafo único da CLT). - Súmul.as 171 e 261 TST - O EMPREGADO SÓ PERDE AS FÉRIAS PROPORCIONAIS NA DISPENSA COM JUSTA CAUSA
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