O TROVADORISMO

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O Trovadorismo foi a primeira escola literária
portuguesa e ocorreu entre os séculos XII e
XIV, isto é, durante a Baixa Idade Média. Este
período compreende o enfraquecimento do
feudalismo e o surgimento da burguesia
comercial, assim como a formação de Portugal
como reino independente. A população da
época dividia-se em uma pirâmide social da
seguinte maneira:
 
Contexto e períodoContexto e períodoContexto e período
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CaracterísticasCaracterísticasCaracterísticas
Na época, a educação formal estava nas mãos
da igreja e da alta nobreza, por isso a maioria
da população era analfabeta. Pelo fato das
poesias trovadorescas serem cantadas, as quais
ficaram conhecidas como cantigas, que eram
acompanhadas de instrumentos como o
alaúde e a harpa, elas foram muito difundidas,
pois eram acessíveis para os que não liam.
As cantigas eram escritas em galego-
português e feitas para serem performadas
em feiras e festividades nos castelos.
Os cantores e compositores das poesias eram
os trovadores, os quais faziam parte da alta
nobreza, como Dom Dinis, antigo rei
trovador. 
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CaracterísticasCaracterísticasCaracterísticas
Além do trovador, existia o jogral, segrel e
menestrel, que também cantavam e às vezes
compunham cantigas, mas ocupavam uma
classe social mais baixa, por isso tinham esse
trabalho como fonte de renda. 
Por fim, havia as mulheres, as quais atuavam
como backing vocal (coro de fundo). Elas eram
conhecidas por "soldadeiras".
O que marca o início dessa escola literária é a
Cantiga da Ribeirinha, escrita por Paio
Soares de Taveirós.
O fim do Trovadorismo é considerado a
transição do mundo medieval para o
moderno, pois em meados do século XIV se
inicia o Renascimento.
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SubgênerosSubgênerosSubgêneros
As cantigas trovadorescas são divididas em dois
subgêneros: lírico-amoroso e satírico. O
primeiro é subdivido em “canções de amor” e
“canções de amigo”, enquanto o satírico é
subdividido em “cantigas de escárnio” e
“cantigas de maldizer”.
As cantigas de amigo possuem um eu lírico
feminino, o qual narra uma história de
saudade do "amigo", interpretado como
namorado na época; esse amor entre os dois é
correspondido e expresso de modo
espontâneo; geralmente o lugar onde essa
história se passa é em um ambiente natural
ou rural; além disso, essas canções têm muitas
rimas, repetindo frequentemente frases no
galego-português como "ai, Deus".
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As cantigas de amor possuem um eu lírico
masculino, o qual sofre por um amor não
correspondido. Nelas, a figura masculina se
apresenta à dama de forma humilde e paciente,
exaltando a beleza da mulher amada, que se
apresenta como algo inalcançável. As canções
de amor têm menos rimas que as de amigo, e
constatemente repetem a frase "mia senhor",
se referindo à "senhora", que ainda não existia
no galego-português da época. Um exemplo de
trovador desse gênero é o rei Dom Dinis.
SubgênerosSubgênerosSubgêneros
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SubgênerosSubgênerosSubgêneros
As cantigas de escárnio se ocupam em
criticar os costumes sociais e indivíduos,
sobretudo com uso de ironia, configurando
muitas vezes uma sátira social. As cantigas de
maldizer têm a mesma função, porém são
mais diretas, algumas delas até revelam os
nomes das pessoas as quais fizeram algo
considerado errado pela sociedade do tempo.
Pelo fato de ambas serem mais informais,
eram mais comuns na classe dos trabalhadores.
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