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33 GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE Objetivos • Entender o conceito e o papel sócio-econômico-cultural dos eventos. • Ser capaz de entender as diversas concepções de evento, o dimensiona- mento de suas fases de planejamento e organização, bem como associar tais conceitos à área de Esportes e Atividade Física na Saúde. • Identificar os elementos fundamentais para o gerenciamento dos eventos. • Reconhecer a dimensionamento mercadológico dos eventos. Conteúdos • Conceito, concepções e classificação dos eventos. • Planejamento e organização de eventos. • Cenário do Esporte e Fitness na perspectiva dos eventos. • Concepções mercadológicas dos eventos. Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir: 1) Não se limite a este Caderno de Referência de Conteúdo; busque outras informações em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apre- sentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, UNIDADE 2 34 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual. 2) Situe-se nos conceitos, concepções e classificação de eventos apresen- tados e siga a sequência do estudo e atividades propostas para melhor aproveitamento buscando a aplicabilidade na área gestão e marketing de eventos esportivos, de lazer e atividade física em geral. 3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conte- údo Digital Integrador. 35© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 1. INTRODUÇÃO O campo de atuação do Profissional Educação Física, como vimos na unidade anterior, apresenta grande diversidade de ocu- pações. Notadamente, neste campo, os esportes e a atividade física de modo geral, seja na perspectiva da saúde ou do lazer, estabelecem larga interface com os eventos. Isso quer dizer que, muitos projetos e programas desenvol- vidos na área exigem eventos que os reforçam. Por vezes até en- contramos artigos e bibliografias com a expressão "o rito refor- ça o mito", considerando, o rito fazendo alusão aos eventos e o mito a influência dos deuses ao resultado das disputas e compe- tições entre os homens. Neste contexto, os rituais, são eventos que cumprem funções de introduzir um elemento separado do conjunto social no grupo, abrindo ao integrado a participação na identidade coletiva, resolver momentos de crise ao fazer reen- contrar num todo harmonioso e, manter a estrutura social atra- vés de eventos cíclicos que simbolizem a coesão social. Por outro lado, o mito do progresso infinito, é marcado pela expectativa da quebra de recordes de força, velocidade e altura, e aposta em todas as possibilidades para que estes objetivos sejam alcança- dos, apostando-se na natureza aguerrida, lutadora e vencedora do ser humano e, também que os deuses interfiram no resultado e abençõe um vitorioso, de preferência com uma performance inesquecível... (RIVIÈRE, 1996). Possivelmente, um dos mais antigos eventos da epopeia humana na terra tenha ocorrido há milhões de anos quando um primitivo grupo de humanos se reuniu para comemorar uma caça. Os eventos possuem suas origens na antiguidade e viven- ciaram diversos períodos da história da civilização humana, che- gando até nossos dias. O evento vem da capacidade do homem 36 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE de criar, nasce da ideia, muitas vezes simples, e vai ganhando contornos chegando a atingir proporções internacionais. Hoje, é um veículo de comunicação de forte apelo em todas as camadas sociais. É conceituado e amplamente aceito pela sociedade. Provavelmente, a existência do evento tenha vindo da ne- cessidade do homem se socializar com outras pessoas, viver em grupos, compartilhar emoções, comemorar vitórias, homenage- ar feitos memoráveis, entre outros. Os eventos sempre fizeram parte da sociedade, desde as mais antigas até as atuais, reuniões nomeadas de eventos, com a finalidade de ampliar seus rela- cionamentos e o convívio em família, no trabalho, na escola ou no lazer, e de quebrar a rotina do dia a dia. De maneira geral, o evento tem uma característica básica - propiciar uma ocasião especial para o encontro de pessoas, que se reúnem com um objetivo específico (POIT, 2013). A partir dessas reflexões, passaremos a buscar o melhor entendimento dos eventos no terreno dos esportes, fitness, la- zer e outras atividades do gênero que importam ao campo de atuação da Educação Física, especialmente no que se refere aos aspectos gerenciais. 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su- cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú- do Digital Integrador. 37© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 2.1. ConCeitos e Definição De eventos Para melhor compreendermos os eventos e posterior- mente relacioná-los aos aspectos da gestão (planejamento e or- ganização) e mercadológicos, vamos primeiramente ao campo conceitual. Meirelles (1999, p. 21) define evento como: Um instrumento institucional e promocional utilizado na comu- nicação dirigida, com a finalidade de criar conceito e estabele- cer imagem de organizações, produtos, serviços, ideias e pes- soas por meio de um acontecimento previamente planejado a ocorrer em um em um único espaço de tempo com aproxima- ção entre os participantes, quer seja física, quer seja por meios de recursos de tecnologia. Um evento também pode ser definido como um ritual, apresentação ou celebração específica, que tenha sido planeja- da com o intuito de marcar datas especiais ou atingir objetivos e metas de cunho social, cultural ou corporativo (ALLEN et al, 2008). Os eventos são classificados como canais de comunicação não pessoais. Conforme Kotler e Armstrong (2003), os eventos são mídias que veiculam mensagens sem contato pessoal nem feedback, capazes de atingir diretamente o consumidor. Além disso, são acontecimentos planejados, como no caso das gran- des inaugurações, shows, exibições que comunicam mensagens a públicos direcionados. Os eventos são eficientes pelas diferentes formas de trans- mitir as suas mensagens publicitárias. É o local onde as pesso- as consomem as marcas por meio de experimentações, assim, sentem-se mais próximas a ela. A ferramenta eventos poderá ser produzida atendendo a vários objetivos do idealizador. Por 38 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE isso, cada evento será enquadrado na tipologia e na classificação que melhor lhe adequar. Atualmente, conforme Kotler e Keller (2006), a maior força dos canais de comunicação não pessoais está nos eventos e experiências, onde a empresa pode construir a imagem de sua marca por meio da criação ou patrocínio de eventos. Além de eventos esportivos, os profissionais de marke- ting estão partindo para outras áreas, como museus de arte e zoológicos, a fim de divertir os clientes e funcionários. Normalmente os eventos são classificados por: categoria, área de interesse, localização, características estruturais e tipo- logia. Giacaglia (2008) mostra que os eventos de cunho comer- cial e institucional podem ser classificados quanto a: finalidade, periodicidade, área de abrangência, âmbito, público alvo e nível de participação. Assim, no quadro indicado a seguir, apresentamos os tipos de eventos mais utilizados dentre eventos de cunho comercial einstitucional, citando e descrevendo quais os objetivos espera- dos de cada um. Quadro 1 Tipos de eventos e seus objetivos. TIPOLOGIA OBJETIVOS Feiras São eventos direcionados a segmentos específicos de mercado, têm duração média de uma semana e são organizados e comercializados por empresas especializadas no ramo. Convenções de Vendas São eventos destinados às equipes de venda interna, externa e aos canais de distribuição da empresa (revendedores, parceiros comerciais, representantes, etc.), em local, data e horário definido por ela. 39© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE TIPOLOGIA OBJETIVOS Congressos São eventos em que profissionais de empresas da mesma área de atuação reúnem-se, em local fechado e restrito aos participantes, para discutir sobre temas em comum como: situação de mercado, novas tendências, conceitos Workshops A definição do dicionário para workshop é: “curso intensivo ou grupo experimental”. Na prática profissional do mesmo ramo, área de negócio ou até da mesma empresa reúnem-se em determinado local com o objetivo de solucionar um problema. Eventos Sociais Existem inúmeras possibilidades de eventos que – com atividade de cunho social – permitem às empresas atingir seus propósitos de forma eficaz e prazerosa ao mesmo tempo. Eventos Culturais Para impressionar clientes e parceiros, notadamente se esses gostarem de arte, será possível convidá-los a participar de um evento cultural, já em cartaz, ou patrocinado pela empresa Eventos Desportivos Da mesma forma que nos eventos culturais, é possível organizar eventos desportivos com a participação exclusiva dos convidados da empresa, bem como aproveitar algum já existente, participando como patrocinador. Fonte: Elaborado por SILVEIRA et al, com base em GIACAGLIA, 2008. Segundo Matias (2010), quanto à classificação, os eventos podem apresentar-se de acordo com a área de interesse: 1) Artístico: qualquer manifestação de arte. 2) Científico: assuntos referentes às ciências naturais e biológicas. 3) Cultural: ressalta os aspectos de determinada cultura para conhecimento geral ou promocional. 4) Cívico: ligados à pátria. 40 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 5) Desportivo: qualquer evento esportivo, independente da modalidade. 6) Folclórico: trata de manifestação de culturas regionais de um país, abordando lendas, tradições, hábitos e costumes. 7) Lazer: proporciona entretenimento ao seu participante. 8) Promocional: promove um produto, pessoa, entidade pública ou privada, quer seja promoção da imagem ou apoio ao marketing. 9) Religioso: trata de assunto de religião, independente- mente do tipo de credo. 10) Turístico: explora os recursos turísticos de uma região ou país, por meio de viagens de conhecimento profis- sional ou não. Segundo Melo Neto (1999), o evento pode ser visto por vários pontos de vista, levando-se em conta especialmente os aspectos mercadológicos, pode ser entendido como: 1) Atividade de Marketing: pela sua capacidade de jun- tar o negócio do patrocinador com os consumidores potenciais em um ambiente interativo. 2) Atividade Econômica: que gera série de benefícios para as empresas patrocinadoras, para a cidade promotora do evento, para o comércio local e para a comunidade. 3) Fator de Alavancagem do Marketing Esportivo e da Indústria Esportiva: os eventos esportivos, além de divulgar as diversas modalidades esportivas, atrair pú- blicos e patrocinadores, torna o esporte um excelente produto para ser comercializado unto às empresas e a mídia em geral. 41© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 4) Fator de Alavancagem do Marketing Cultural e da Indústria Cultural: o evento cultural tem se revelado como a melhor estratégia de investimentos na área cultural. Dentre os formatos mais comuns estão a rea- lização de shows musicais, exposições e mostras. 5) Fator de Alavancagem da Indústria do Turismo: o evento pode ser criado e desenvolvido com o objetivo de divulgar e promover o desenvolvimento de uma lo- calidade (cidade ou região), levando-se em conta suas potencialidades turísticas. 6) Fator de Alavancagem da Indústria do Entretenimen- to e Lazer: destacando-se em especial os parques te- máticos, seus eventos, produtos e posicionamento na mídia. Planejamento e Organização de Eventos Watt afirma (2007) que, embora os eventos possam variar, a maioria deles segue as mesmas etapas fundamentais em sua organização, as quais são progressivas. É importante que esteja claro, pois qualquer deficiência na definição da natureza da em- presa poderá acarretar em problemas mais tarde, na identifica- ção do que ser feito e onde deve ser desenvolvido. De acordo com a National Business Travel Association - NBTA (2008), em trabalho apresentado por Ferreira e Wada (2010), o planejamento de eventos adotado-se os seguintes pas- sos iniciais passos para desenvolver um Planejamento Estratégi- co de Gestão de Eventos (PEGE) são: 1) Definir: esclarecer os problemas e as oportunidades e identificar o engajamento dos stakeholders. 42 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 2) Mensurar: pesquisar e levantar dados sobre o evento e os investimentos necessários. 3) Analisar: identificar oportunidades de melhorias na eficiência dos processos, gestão de riscos e redução de custos. 4) Construir: definir e validar as linhas estratégicas. 5) Implantar: comunicação, campanhas internas de ma- rketing, treinamento de colaboradores, monitoramen- to de cumprimento de normas e reforço de conceitos. Vencidos esses primeiros passos a gestão estratégica dos eventos contará com os seguintes componentes: a) Registro do evento: deve conter o orçamento deta- lhado, a validação das categorias de custos ou rubri- cas do orçamento. b) Aprovação: pelo nível imediatamente superior ao solicitante e ao organizador buscando autonomia para decidir sobre o evento e prosseguir com o projeto. c) Contratação e aquisição: seleção para a contrata- ção de todos os recursos (humanos e materiais) para a operacionalização do evento. d) Planejamento e execução: revisão e estabeleci- mento de processos de gerenciamento de dados, de recursos e de contratos que ocorrem antes, du- rante e depois do evento. e) Pagamento e conciliação: recursos e os meios de pagamento das despesas do evento e conciliações de contas relatados para análise pós-evento. f) Relatórios: relatórios gerados por segmento da or- ganização (serviços, finanças, volume e recursos) 43© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE com avaliação dos resultados e prestação de contas que possam respaldar decisões futuras. g) Tecnologia e política: adoção de programas ade- quados (tecnologia) que automatizem processos manuais, reduzindo o trabalho burocrático e geran- do mais eficiência dentro dos critérios (políticas) e princípios de gestão. Em geral, a bibliografia traz três grandes etapas ou fases a serem cumpridas na promoção e produção de eventos, ou seja, pré-evento, evento e pós-evento. A fase "pré-evento" vai desde o nascedouro da ideia do evento, passando por todo seu planejamento e preparação de modo geral. Nesta etapa, é fundamental que sejam estabeleci- dos os objetivos do evento para que a partir daí sejam planeja- das todas as demais atividades, em especial a promoção e di- vulgação, agendado evento e possíveis locais para o evento, o que possibilitará conseguir participantes e mensurar o grau de interesse do público potencial. Desse modo, o planejamento deve ser tratado com muita seriedade devido à importância que este processo representa para a concretização de todos os objetivos traçados para o even- to. Trata-se de uma fase essencial do evento, onde haverá a de- finição do projeto e o planejamento de todas as atividades, bem como o detalhamento de receitas e despesas esperadas, com a decisão de que tipo de fornecedores e profissionais deverá ser contratado. Também são equacionados os controles administra- tivos e financeiros. A próxima etapa é a realização do evento propriamente dita, ou seja, o "durante o evento". Essa etapa se inicia com a mobilização da organização no local do evento, com a montagem 44 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE das instalações, logística e delegação das tarefas, até a desmon- tagem do evento. Nesta etapa, é exigido maior coordenação e supervisão, pois tudo deve se apresentar em perfeito funciona- mento. É considerada a fase de execução do evento em si, onde há a montagem do evento no local escolhido e a operacionali- zação do atendimento ao público-alvo, ou seja, tudo o que se foi planejado é colocado em prática. Também, se deve sempre supervisionar a montagem, os equipamentos e todo o material a ser utilizado, desde a entrega dos fornecedores até o momen- to da utilização dos produtos ou serviços, inspecionando cada detalhe para que estejam de acordo com as especificações so- licitadas, a fim de atuar ativamente para manter tudo como foi planejado. A etapa “pós-evento” é considerada tão importante quan- to as anteriores, uma vez que concluído o evento, torna-se im- portante avaliar e analisar seus resultados e metas alcançadas. É recomendável que esta etapa seja realizada tão logo após o encerramento do evento, pois se caracteriza pela desmontagem da estrutura, acertos financeiros, pagamentos dos fornecedores e profissionais, bem como o acerto de contas com o cliente e apresentação de relatórios de extremo valor para o conhecimen- to dos impactos obtidos pelo evento e que podem ser utilizados (MARTIN, 2007). O modelo proposto por Allen et al (2008), apresenta os componentes do sistema logístico em eventos divididos em três fases distintas, observe o Quadro 2). A primeira fase, definida como pré-evento, é o momento em que a ideia central está sen- do concebida; ela geralmente é norteada pela elaboração de um briefing desenvolvido pelo organizador do evento. 45© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE Quadro 2 Componentes do sistema de logística em eventos. Fonte: Barbosa, 2013, p. 93. A Associação Brasileira de Empresa de Eventos (ABEOC), traz orientações importantes quanto aos aspectos relativos a se- gurança no gerenciamento levando-se em conta as três etapas de planejamento e realização, ou seja, pré-evento, evento e pós- -evento (PÍPOLO, 2013), como segue: Fase Pré-Evento 1) Conceitos e Objetivos do Evento: concepção e obje- tivos do evento relacionados a definição do local e o tipo de público. 2) Política de Segurança: diretrizes da ação dos recursos humanos e utilização de recursos técnicos e organiza- cionais (proteção e controle de acesso). 3) Análise de Risco: análise em ambiente externo e in- terno, com levantamento das vulnerabilidades a serem cobertas e protegidas para controle dos riscos (riscos humanos, técnicos, naturais e biológicos). 46 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 4) Equipe de Informação e Inteligência: estabelecimento de uma rede de informação e controle sobre os aspec- tos de segurança a serem abordados e planejados. 5) Planejamento: previsões que devem tratar das autori- zações e licenças (autoridades) legislação (local regio- nal); credenciamento (organizadores e público); briga- da contra incêndio (bombeiros e especialistas); plano de contingências (minimizar riscos); Plano de Abando- no (desocupação ou evacuação). 6) Orçamento: incluir no orçamento as relações Riscos X Custo X Benefício. 7) Contratação de Equipamentos e Serviços: contratação de empresa de segurança e equipamentos segurança eletrônica, detectores de metais e comunicação. 8) Treinamento das Equipes de Segurança: informações precisas do funcionamento do evento e procedimen- tos de segurança e inspeção necessários. 9) Clientes internos: buscar a melhores soluções de rela- cionamento com os colaboradores. Fase Evento 1) Monitoramento dos Riscos: através da varredura de ambiente e controle de bilheteria e backstage (área de bastidores). 2) Distribuição das Equipes: administração e logística das equipes de segurança e brigadistas. 3) Comunicação: sistema de comunicação via rádio (equi- pe de segurança e organização). 47© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 4) Controle de Acesso: controle de acesso dos colabora- dores e do público (local do evento e áreas reservadas). 5) Start do Evento: atenção na abertura de portas e por- tões no início do evento, roteiro de tempos e movi- mentos (sincronismo de trabalho a segurança) 6) Central de Comando e Controle: concentração de to- das as informações do evento para agilizar a tomada de decisão em conjunto. 7) Brigada de Incêndio: prontidão de equipes especiali- zadas para combate a incêndio de modo preventivo e reativo. 8) Término do Evento: desmobilização das equipes de se- gurança por etapas mediante instruções. Fase Pós-Evento 1) Saída do Público: monitoramento das áreas internas e externas na saída do público. 2) Saída de Convidados e Autoridades: manter estraté- gias de controle de assédio e integridade. 3) Controle de Patrimônio: guarda à conservação do pa- trimônio e equipamentos após o evento. 4) Desmontagem da Infraestrutura: vigilância na des- montagem da estrutura e instalações. 5) Relatórios de Ocorrências: documentação das ocor- rências inerentes à execução dos serviços de seguran- ça e às alterações encontradas para futuras tomadas de providências e ajustes. 48 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 6) Avaliação de Melhorias: identificação de situações inesperadas, problemas e falhas e sugestões de melhorias. 2.2. Cerimoniais em eventos esportivos Meirelles (1999, p. 137) destaca que o: [...] protocolo, cerimonial e etiqueta constituem-se na essência de um evento para otimizar os seus resultados, determinando a sequência e o estabelecimento de precedências, tratamentos e lugares de cada participante do acontecimento. A autora conceitua cada um desses elementos como: • Cerimonial: é a sequência de acontecimentos que resul- tam em um evento. • Protocolo: é o que codifica as regras que regem o ce- rimonial e seu objeto é dar a cada um dos participan- tes as prerrogativas, privilégios e imunidades a que têm direito. • Etiqueta: é o conjunto de regras de boas maneiras que resultam no comportamento das pessoas. Os eventos esportivos são marcados por cerimoniais de grande representatividade pelos aspetos educacional, cultural e social que envolve as competições esportivas. Não podemos esquecer que estes cerimoniais também são de grande interesse dos patrocinadores do evento pelo alcance na comunicação com o público. 49© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE Tipos de Cerimônias em Eventos Esportivos Um evento esportivo normalmente conta com várioscom vários tipos de cerimoniais, que se apresentam sempre tendo como referência os ideários olímpicos. Apresentaremos a seguir, a composição e roteiro dos principais cerimoniais destacados por Poit (2010) citado por Oliveira (2011). Cerimônia de abertura de evento esportivo O Cerimonial de Abertura em eventos esportivos chama atenção pelo seu valor educativo, cultural e político. Trata-se de um momento de grande atenção por parte dos participantes e espectadores por trazer todas as expectativas de abertura do evento. Neste cerimonial encontramos alguns elementos do ce- nário olímpico, a exemplo do fogo simbólico e acendimento da pira olímpica. Apresentamos a seguir a sequência de um cerimo- nial de abertura. 1) Concentração das seleções em ordem alfabética. 2) Concentração das autoridades em área VIP. 3) Entrada da banda, fanfarra ou orquestra. 4) Entrada das delegações em ordem alfabética. 5) Entrada da delegação anfitriã. 6) Entrada dos árbitros do evento ou partida. 7) Composição da mesa ou palanque. 8) Entrada da Bandeira. 9) Hasteamento da Bandeira. 10) Execução do Hino Nacional. 11) Entrada e hasteamento da bandeira do evento (se houver). 50 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 12) Entrada do fogo simbólico (se houver ou de acordo com o tipo de vento). 13) Acendimento da Pira. 14) Declaração de abertura. 15) Juramento do atleta. 16) Juramento do árbitro. 17) Saudação aos participantes. 18) Saída das delegações. 19) Apresentação artística. 20) Encerramento do cerimonial e início da competição. Cerimônia de premiação em evento esportivo A cerimônia de premiação torna-se o ponto alto e mais emocionante de qualquer evento esportivo. Nos eventos espor- tivos, recomenda-se a criação de uma comissão para atividades da premiação, com as seguintes atribuições: 1) Obtenção e distribuição dos prêmios (medalhas, tro- féus, coroas e flores). 2) Planejar, realizar e avaliar todas as cerimônias de pre- miação do evento. 3) Elaborar check list para cada cerimônia. 4) Realizar ensaio da cerimônia. 5) Providenciar hinos e bandeiras dos países, estados, ci- dades participantes. 6) Cuidar para que o tempo de execução dos hinos não ultrapasse os 30 segundos. 7) Segundo norma internacional de brevidade. 51© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 8) Verificar a estrutura do pódio, principalmente os que receberão atletas pesados (como lutadores de sumô, por exemplo) ou equipes completas. 9) Preparar funcionários para após o apito final da competição, ordenar os atletas e autoridades para a premiação. Cerimônia de encerramento do evento esportivo A Cerimônia de Encerramento marca o término do evento e normalmente não se apresenta de modo tão atrativo quanto às anteriores, mas se configura em um momento que coroa o êxito do evento. A seguir, apresentamos a sequência da cerimônia: 1) Entrada das delegações em ordem alfabética. 2) Premiação dos destaques. 3) Premiação final. 4) Homenagem aos parceiros do evento. 5) Arriamento das bandeiras. 6) Passagem da bandeira, flâmula ou símbolo do evento aos organizadores da próxima edição do evento. 7) Saudação e agradecimento. 8) Extinção do fogo olímpico (se houver, dependendo do evento). 9) Retirada das delegações. 10) Apresentação artística e confraternização. 52 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 2.3. CENÁRIO DO ESPORTE E DO FITNESS NO BRASIL E A PERS- PECTIVA DOS EVENTOS O mercado dos esportes e da atividade física em modo ge- ral, atualmente configura-se em um cenário social e cultural al- tamente atrativo, especialmente pela representatividade merca- dológica. Assim, essas atividades, passam a ser concebidas como setores da economia de forte relação com os eventos esportivos e atividades física. Para se ter uma ideia, no ano de 2010, as atividades eco- nômicas inerentes à prática esportiva representavam 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o equivalente a R$ 72 bi- lhões, com crescimento médio de 5,77 ao ano, nos últimos 10 anos (FIESP, 2012). Em 2014 outras pesquisas apontaram que o PIB do esporte do esporte no país cresceu a taxas anuais de 7,1% entre 2007 e 2011, muito acima dos 4,2% da economia como um todo. Esses números incluem desde roupas, equipamentos e locais necessários para as práticas até serviços que dependem do esporte para sobreviver, como treinamento, apostas e trans- missões (EXAME, 2014) Outro setor que cresce em larga escala é o setor de Fitness. Segundo a Associação Brasileira de Academias (ACAD), atualmente são mais de 30 mil academias e quase 8 milhões de alunos espalhados pelo Brasil, o que rendeu um faturamento de cerca de R$ 6,5 milhões ao setor somente no ano passado. Weymar Teixeira (JORNAL DO BRASIL, 2015), diretor de franquias na rede de academias Alta Energia Fitness, conta que: O interesse por qualidade de vida tem aumentado muito no Brasil, o que faz com que o mercado fitness cresça gradativa- mente. Somos o segundo maior no ramo do mundo, perdendo 53© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE apenas para os EUA. Este mercado está aquecido e é apontado como tendência de negócio para 2015. Segundo Getz (1998), a relação dos eventos com o marketing acontece da seguinte maneira: existem dois lados no processo, um da necessidade e outro da demanda que, por sua vez são interligados por uma variedade de aspectos intermediá- rios importantes: a necessidade pode ser caracterizada pelo local de realização do evento e do evento propriamente dito, incluindo todos os serviços do local sede, por exemplo; as transmissões da mídia representam outros tipos de suprimento que serão "con- sumidos" por diferentes tipos de espectadores e fãs; no lado da demanda o primeiro item é composto pelas equipes e o governo, que "geram" o evento, são os responsáveis diretos pelo processo de candidatura e "venda" da mesma, tendo em vista conseguir aprovação para efetivamente planejá-lo e operacionalizá-lo. Os aspectos intermediários são fundamentais para que o sistema tenha dinamicidade, a atração de turistas para assistir o evento, criando mais empregos (mesmo que momentaneamente), con- ferências televisivas, o que por sua vez fortalece a imagem do local perante os que assistem. O binômio marketing esportivo/promoção de eventos constitui na base de sustentação do desenvolvimento da indús- tria esportiva. O evento esportivo representa uma força de ala- vancagem do marketing esportivo e da indústria do esporte em geral. Pesquisas tem demonstrado que o público busca espetá- culos esportivos de primeira grandeza e prefere ver seus ídolos e equipes como estrelas de grandes eventos. Atletas e equipes somente ganham espaço publicitário e valorizam suas conquis- tas quando participam de eventos esportivos bem planejados e executados. Assim, cresce cada vez mais o número de empresas que buscam investir nesses eventos (MELO NETO, 1999). 54 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE Outra abordagem interessante e que merece destaque e atenção nas inter-relações dos eventos com o Marketing é a composição promocional e a segmentação de mercado. Os even- tos de modo geral, pela sua natureza e força de atração de públi- co, normalmente trazem também um grande volume de compo- nentes promocionais como patrocínio, propaganda e promoção de vendas. Cabe, portanto, salientar o poder de segmentação mercadológica dos eventos,seja pelos seus espectadores ou te- lespectadores. Este talvez seja o grande atrativo mercadológico, ou seja, os patrocinadores buscam eventos que se alinham com os destinatários de seus produtos e serviços, o que no campo do marketing é tratado como segmentação. Para o melhor entendi- mento do significado de segmentação na relação com os eventos vamos a algumas definições. Weinstein (1995, p. 18) define segmentação como: [...] o processo de dividir mercados em grupos de consumido- res potenciais, com necessidades e/ou características similares. O objetivo da segmentação de mercados é encontrar nichos e oportunidades e capitalizar através de uma posição competitiva superior. A segmentação de mercado consiste em um grande grupo de consumidores com as mesmas preferências, proporcionan- do benefícios à empresa e facilitando, assim, seu planejamen- to mercadológico. Segundo Kotler e Keller (2006), os principais objetivos relacionados às atividades de Eventos e Experiências e que influenciam, com maior frequência, a decisão das empresas em firmarem contratos de patrocínio são: a) criar identificação com um mercado-alvo ou com um estilo de vida específico; b) aumentar a conscientização do nome da empresa ou do produto; 55© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE c) criar ou reforçar percepções do consumidor quanto a associações-chave com a imagem da marca; d) aperfeiçoar as dimensões da imagem corporativa; e) criar experiências e provocar sensações; f) expressar compromisso com a comunidade ou com questões sociais; g) entreter os principais clientes ou recompensar funcio- nários chave; h) permitir oportunidades de divulgação ou promoções de venda. Isso nos permite inferir com segurança que, os patrocina- dores encontram nos eventos um canal de comunicação direta com os seus consumidores potenciais. Como o patrocínio é con- siderado o "combustível" dos eventos, no que se refere a susten- tação econômica, temos, portanto, uma via de mão dupla, ou seja, um excelente negócio para as duas partes e isso explica a interação harmônica evento-patrocínio. Cabe ressaltar, no que diz respeito a gestão e marketing aplicados a eventos esportivos, que seja considerada o dimen- sionamento dos eventos, uma vez que, os megaeventos mere- cem tratamento muito especial e não encontram-se na alçada de gerenciamento exclusivo de pessoas, grupos ou organizações isoladas e particulares, como ocorre em pequenos, médios e até mesmo em grandes eventos esportivos de caráter local ou regional. 56 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 2.4. os megaeventos esportivos Não temos aqui a pretensão de tratar do legado dos me- gaeventos esportivos em estudo aprofundado, uma vez que os mesmos requerem altíssimo nível de infraestrutura e investi- mentos, que fogem da esfera de planejamento e organização lo- cal e regional e da especialidade de algumas áreas. Os megaeventos podem ser caracterizados como eventos de curta e preestabelecida duração que apresentam: [...] grandiosidade em termos de público, mercado alvo, nível de envolvimento financeiro, do setor público, efeitos políticos, extensão de cobertura televisiva, construção de instalações e impacto sobre o sistema econômico e social da comunidade an- fitriã (HALL apud SILVA, 2006). Alguns importantes megaeventos esportivos da atualida- de como os Commonwealth Games, os Jogos Asiáticos, os Jogos Pan-Americanos, as Olimpíadas Militares, a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos, vêm, entre outros, atraindo impor- tantes investimentos por parte de patrocinadores e governos e cada vez mais espaço na mídia, figurando como um dos mais im- portantes fenômenos sócioculturais da atualidade. Portanto, é preciso que se tenha claro que os megaeventos esportivos não "pertencem" mais ou podem ser levados adiante apenas por profissionais ligados à área esportiva. Não que estes sejam me- nos capazes, mas porque nenhuma outra área isolada pode mais cumprir tal tarefa. E, além disso, a cada dia surgem novos signi- ficados para os megaeventos devido às amplas oportunidades e renovados retornos de tais empreendimentos (VILANO; TERRA, 2008). 57© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE Mais detalhes sobre os megaeventos esportivos, bem como os demais temas tratados nesta unidade estão disponíveis a seguir, nas indicações dos Conteúdos Digitais Integradores. 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensável para você compreender integralmen- te os conteúdos apresentados nesta unidade. O material que segue como referência foi produzido para a Rede e-Tec Brasil e traz generalidades sobre eventos e aspectos do planejamento e gestão. Reporta-se em especial ao a necessi- dade e especificidade dos recursos humanos, financeiros e estra- tégias de comunicação. • COUTINHO, H. R. M. Organização de eventos. Manaus: Centro de Educação Tecnológica do Amazonas, 2010. Disponível em: <http://redeetec.mec.gov.br/images/ stories/pdf/eixo_hosp_lazer/061112_org_eventos. pdf>. Acesso em: 16 mar. 2015. A cartilha, indicada a seguir, contém uma série de orienta- ções para quem organiza, patrocina, promove, produz ou atua em eventos. Uma amostra do que há de mais atualizado e pro- fissional para a proteção de um evento, seja qual for a natureza ou finalidade dele. Esta obra não se propõe como técnica, e sim informativa, que revela passos importantes no planejamento da segurança de eventos. • PÍPOLO, I. M. Evento seguro: orientações sobre segu- rança em eventos. Florianópolis: Associação Brasileira de Empresas de Eventos, 2013. Disponível em: <http:// www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/ cartilha_evento-seguro_web.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2015. 58 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE Já este material se trata de um artigo publicado em revis- ta científica digital, disponibilizado na internet trazendo alguns elementos importantes na organização de eventos e trantando também de cerimoniais. • SILVEIRA, Y. I. et al. O organizador de eventos e o seu papel nas associações comerciais do estado do Paraná: a importância do perfil do secretário executivo. Revista do Secretariado Executivo, Passo Fundo, n. 9, p. 65-85, 2013. Disponível em: <http://www.upf.br/seer/index. php/ser/article/view/4048/2605>. Acesso em: 19 mar. 2015. A leitura a seguir, trata-se de um material elaborado na for- ma de caderno técnico, para a Rede e-Tec Brasil e traz de modo muito completo as concepções de protocolo, cerimonias e eti- quetas, inclusive tratando de eventos esportivos. • OLIVEIRA, M. Cerimonial, protocolo e etiqueta. Curi- tiba: Instituto Federal do Paraná, 2011. Disponível em: <http://netapi.ifpi.edu.br/etapi/docs/Eventos/ Cerimonial,Protocolo%20e%20Etiqueta/Cerimonial,%20 Protocolo%20e%20Etiqueta.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2015. Esta obra está disponível na Biblioteca Virtual Pearson que você pode acessar pelo site do Claretiano, usando sua senha. Trata-se de uma coletânea de artigos trazendo as multiplas abor- dagens de várias áreas do conhecimento e atuação no que se refere a Megaeventos. • MARCELINO, N. C. Legado de mega eventos esportivos. Campinas: Papirus, 2014. Disponível em: <http:// claretianobt.com.br/biblioteca/pearson>. 59© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se encontrardificuldades em responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú- dos estudados para sanar as suas dúvidas. 1) Qual o conceito e papel social dos eventos? 2) Como são classificados os eventos? Que tipos de even- tos encontramos? 3) Por quê devemos nos preocupar com o planejamento de um evento e quais são as etapas do planejamento? 4) Quais são as fases de produção ou promoção de um evento? Qual a importância e o papel de cada uma delas? 5) Os eventos demandam conhecimentos especializados para sua gestão? Por quê? 6) Quais os Cerimoniais mais utilizados em Eventos Es- portivos? Quais as principais características de um Ce- rimonial de Abertura? 7) Como tem se apresentado o mercado do Esporte e do Fitness? Como podemos explicar forte relação desse mercado com os eventos? 8) Quais as exigências aos profeissionais de Educação Fí- sica frente a gestão de eventos? 9) Por quê os eventos fazem grande relação com a área de Marketing? 10) Como podemos definir um Megaevento? Quais os seus diferenciais? 60 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE 5. CONSIDERAÇÕES Nesta segunda unidade de estudos, procuramos reunir al- guns conjuntos de conhecimentos produzidos e organizados vol- tados aos eventos, na tentativa de trazer subsídios para o geren- ciamento deste campo, uma vez que, estabelece larga interface com a intervenção dos profissionais de Educação Física, devido à grande presença dos eventos nas áreas de esportes, lazer e ativi- dade física de modo geral, pelas suas especificidades e natureza. No decorrer dos Conteúdos Básicos de Referência apresen- tados, podemos perceber a pertinência de tratar os eventos de modo genérico, entendendo que os conhecimentos e recomen- dações aqui apresentadas traz exigências que podem ser esten- der a qualquer tipo de evento, no que se refere ao planejamento e organização, especialmente nos aspectos da estrutura, segu- rança, condições técnicas etc. Levando-se em conta as referências apresentadas, deve ficar claro, ainda, o entendimento de que, os eventos, depen- dendo do porte, da qualidade que se pretende e do envolvimen- to com seu público, seguramente exigirá um nível de gerencia- mento que responda à altura. Neste particular, cabe também ressaltar que, ao tratarmos dos eventos esportivos, de lazer e de atividade física de modo geral, devemos ter em mente o volu- me e a intensidade que estes se fazem presentes dentro do raio de atuação dos profissionais de Educação Física e a consequente necessidade de cuidados e especialização. No contexto do gerenciamento dos eventos na referida área, chamamos também a atenção para a importância e neces- sidade do de seu alcance promocional, como fator de sustenta- ção do evento. 61© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE Contudo, esperamos ter alcançado os objetivos centrais desta unidade que foram estabelecidos no sentido de provocar o entendimento do conceito de evento, suas concepções, exigên- cias e necessidades gerenciais. 6. e-ReFeRÊNCIAS BARBOSA, F. S. Planejamento estratégico para eventos: um estudo de caso das estratégias de marketing utilizadas para Oktoberfest de Santa Cruz do Sul/RS. Cultur – Revista Cultural e Turismo, Ilhéus, v. 7, n. 1, fev. 2013. Disponível em: <http://www. uesc.br/revistas/culturaeturismo/ano7-edicao1/5.barbosa-2.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2015. COUTINHO, H. R. M. Organização de eventos. Manaus: Centro de Educação Tecnológica do Amazonas, 2010. Disponível em: <http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/ eixo_hosp_lazer/061112_org_eventos.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2015. FIESP. Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Disponível em: <http:// www.fiesp.com.br/noticias/pratica-esportiva-representa-19-do-pib-brasileiro-afirma- professor-da-fgv-durante-reuniao-da-comissao-da-cadeia-produtiva-do-desporto-da- fiesp/>. Acesso em: 19 mar. 2015. EXAME.COM. Qual é o tamanho do esporte na economia? Disponível em: <http:// exame.abril.com.br/economia/noticias/qual-e-o-tamanho-da-importancia-do- esporte-na-economia>. Acesso em: 19 mar. 2015. JORNAL DO BRASIL. Mercado fitness é apontado como tendência de negócio para 2015. Disponível em: <http://www.jb.com.br/economia/noticias/2015/02/26/ mercado-fitness-e-apontado-como-tendencia-de-negocio-para-2015/>. Acesso em: 19 mar. 2015. OLIVEIRA, M. Cerimonial, protocolo e etiqueta. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2011. Disponível em: <http://netapi.ifpi.edu.br/etapi/docs/Eventos/ Cerimonial,Protocolo%20e%20Etiqueta/Cerimonial,%20Protocolo%20e%20Etiqueta. pdf>. Acesso em: 19 mar. 2015. PÍPOLO, I. M. Evento seguro: orientações sobre segurança em eventos. Florianópolis: Associação Brasileira de Empresas de Eventos, 2013. Disponível em: <http://www. abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2015. SILVEIRA, Y. I. et al. O organizador de eventos e o seu papel nas associações comerciais do estado do Paraná: a importância do perfil do secretário executivo. Revista do 62 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE Secretariado Executivo, Passo Fundo, n. 9, p. 65-85, 2013. Disponível em: <http:// www.upf.br/seer/index.php/ser/article/view/4048/2605>. Acesso em: 19 mar. 2015. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLEN, J.; O’TOOLE, W.; MCDONNEL, I.; HARIS, R. 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(Org.). Atlas do esporte no Brasil. Porto Alegre: CREF2, 2006. VILLANO, B.; TERRA, R. Definindo a temática de legados de megaeventos esportivos. In: RODRIGUES, R. P. et al. Legados de megaeventos esportivos. Brasília: Ministério do Esporte, 2008. WEINSTEIN, A. Segmentação de mercado. São Paulo: Atlas, 1995.
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