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INFECÇÕES CONGÊNITAS TORCH AULA BRUNA THANIRA LOUISE CANDIOTTO 1 INTRODUÇÃO São geralmente infecções adquiridas dentro do útero ou no trabalho de parto. Gera alta mortalidade e morbidade apara o bebê. Essas infecções estão associadas a um trabalho de parto prematuro, malformações, óbito fetal, etc. A maioria dos bebes nascem assintomáticos Tem que ficar de olho!! Esse diagnóstico precoce é fundamental para condução do bebê Inicio de tratamento, etc. MNEMÔNICO TORCH: T Toxoplasmose O Outras (HIV, sífilis, Hepatite) R Rubéola C Citomegalovírus H Herpes TOXOPLASMOSE O Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular obrigatório. Afeta 1/3 da população mundial Principalmente em países tropicais. A infecção em indivíduos imunocompetentes pode ser assintomática. 40% das gestantes transmitem para o feto se não tratadas. O risco de transmissão para o feto aumenta com o avanço da gravidez. Considera-se os bebês como indivíduos imunossuprimidos, por isso deve ter tanta atenção, mesmo se a mãe for assintomática. RISCO DE TRANSMISSÃO 1º TRIMESTRE: 15% Maiores riscos fetais Repercussões graves Óbito fetal Sequelas 2º TRIMESTRE: 25% Manifestações subclínicas Mais leves do que a do primeiro trimestre 3º TRIMESTRE: 65% Manifestações subclínicas Raramente casos graves OBS: Quanto mais semanas o bebê tiver quando ocorrer a infecção, maior o risco de infecção, porém menor o risco de manifestações graves. TRANSMISSÃO Ocorre por meio da ingestão dos cistos do parasita, por meio da carne animal, ou dos oocistos, por meio das fezes de gato: Gato (hosp. Definitivo ) Faz o coco (oocisto) Pode infectar o alimento Ingestão do alimento Ingestão de carne mal cozida Porco, boi, etc. (oocisto) Essa transmissão está muito relacionada a condições socioeconômicas mais baixas e aos hábitos alimentares. No Brasil, a soroprevalência está entre 41,9-92%. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Quando a paciente tem toxoplasmose na gestação, observa-se elevada frequência de prematuridade, crescimento intrauterino restrito (CIUR), seuelas, etc. 70-85% das crianças acometidas são assintomáticas. Apenas 10% tem manifestação grave nos primeiros dias Sequelas mais frequentes e graves Geralmente são aqueles pacientes que se infectaram no 1º trimestre. A forma subclínica (2º e 3º trimestre) é a mais comum e mais leve: História materna Sorologia positiva Leves alterações no líquor Sequelas oculares e neurológicas Posteriormente LOUISE CANDIOTTO 2 OBS: Nos casos mais graves, pode-se evoluir para sepse like. TRÍADE CLÁSSICA: Hidrocefalia Calcificações cerebrais difusas Coriorretinite Não é comum Essa tríade é composta por sequelas tardias frequentes nas Toxo congênitas não tratadas. Apesar de ser considerada a tríade clássica, não é tão comum encontrar as 3 manifestações juntas no mesmo RN. Geralmente, não se consegue tratar as sequelas tardias. DIAGNÓSTICO NA GESTANTE TESTE SOROLÓGICO: Pede-se sempre no pré-natal 1º trimestre e 3º trimestre Acompanha-se rigorosamente as gestantes susceptíveis Estado sorológico materno IgG detectado 2 semeanas após a infecção com diminuição lenta Pico 3/6 meses A diminuição ocorre em meses/anos IgM detectado ½ semanas após a infecção Pico 2/3 meses Queda 12 meses IgM positivo pode correr antes da gestação Diagnóstico de toxoplasmose congênita Sorologias em binômio IgG passagem materna + IgM produzida pelo feto OBS: Uma paciente que teve toxoplasmose há 6 meses ainda vai apresentar IgG e IgM positivos. Nessa gestante, que chega para realização do pré-natal, precisa saber se é uma infecção de agora, de antes ou se é uma resposta Muitas não sabem que tiveram a doença Fica a dúvida pois a queda é lenta e o pico demora a ocorrer. TESTE DE AVIDEZ: Estima em que momento ocorreu a infecção Muito útil nesses casos de dúvida Resultado elevado (60%) indicam infecção aguda há 3/4 meses A infecção ocorreu há um tempo Alta avidez no 1º trimestre Infecção antes Alta avidez 12/16 semanas Pode ser gestacional ou pode ser sequela Limbo Lembrar que nessa época apesar de possuir baixa transmissão, possui altas sequelas PCR LÍQUIDO AMNIÓTICO: Pode utilizar ele para ter a certeza Faz uma punção abdominal para a retirada do líquido Sensibilidade 70% e especificidade 100% Quando aparece pode ter certeza que foi uma toxo que surgiu na gravidez Usado quando sorologia comprovando o surgimento da toxo Procedimento invasivo Há riscos Geralmente não é realizado USG OBSTÉTRICA: Procura anormalidades inespecíficas que sugiram Toxo: Hidrocrfalia Calcificação cerebral e hepática Ascite Hepatoesplenomegalia Anormalidades placentárias DIAGNÓSTICO DE TOXOPLASMOSE NO RN O diagnóstico de toxoplasmose nos RNs é difícil, a não ser que ele possua a clínica ou a mãe tenha diagnóstico comprovado. LOUISE CANDIOTTO 3 Porém, quando ele é assintomático o diagnóstico é difícil. Nas crianças não infectadas os títulos de igG caem gradativamente. O IgG passa pela placenta, mas o IgM não passa pela placenta. As crianças q não são infectadas podem ter IgG alto, proveniente da mãe, e IgM negativo, pois como ela não está infectada ela não terá reação a doença Após um tempo os títulos de IgG irão cair, pois era exógenos. TABELA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE: Soroconversão gestacional Vai observar na gestante o IgM No 1º trimestre e no 3º trimestre vem positivo Teste de avidez baixo A infecção ocorreu faz pouco tempo, provavelmente aconteceu a infecção naquele momento Aumento progressivo Os estão aumentando *Imagem embaixo* EXAMES COMPLEMENTARES: Importantes nos RNs infectados, mesmo nos casos assintomáticos Precisa identificar se ele realmente não possui a doença ou se está apenas assintomático Importante o tratamento precoce Realização dos exames abaixo quando a mãe for considerada provável e tals O exame de imagem do SNC é importante para detectar o envolvimento (USGTF, TC de crânio) Fundoscopia Identificar coriorretinite (atividade ou não) Audiometria Lesões auditivas LCR Avaliar células e proteínas A toxoplasmose causa hiperproteinorraquia TRATAMENTO O objetivo do tratamento é evitar a transmissão vertical e reduzir danos. O bebê vai precisar de um acompanhamento da infectologia. Espiramicina: Reduz a transmissão vertical Diminui a passagem transplacentária 3 semanas após a infecção aguda até a resolução da gestação Sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico: Quando infecção do feto é confirmada ou altamente suspeita TOXOPLASMOSE COMPROVADA OU PROVÁVEL (MÃE): Institui o tratamento para o bebê Mesmo que se de fato venha a se descobrir que ele realmente não tinha nada Durante 12 meses Independente dos sinais e sintomas Sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico durante o ano todo LOUISE CANDIOTTO 4 Caso o bebê tenha retinocoidrite (inflamação da retina) ou proteinorraquia (aumento de proteínas no líquor) Associa a prednisona O corticoide diminui a quantidade de sequelas (exemplo: cegueira) Mantem até melhora do quadro Pode dar efeitos colaterais O tratamento pode diminuir as sequelas tardias Efeito colateral Neutropenia reversível (58%) Suspende a medicação e inicia o ácido folinico OBS: Não é o teste do olhinho Precisa ver o fundo de olho Retina Ver se tem inflamação. OBS2: Hemograma Plaquetopenia, distúrbio de coagulação, etc. OBS3: Crianças com toxoplasmose congênita comprovada deverão ser submetidas a avaliações oftalmológicas semestrais até a idadeescolar, mantendo-se exames anuais, pois podem surgir novas lesões de retina ou ocorrer recidiva de lesões cicatrizadas em qualquer momento da vida Pode possuir uma sequela muito tardia. PREVENÇÃO Orientações às gestantes para prevenção da toxoplasmose aguda gestacional: Não ingerir qualquer tipo de carne crua ou mal passada Não consumir agua que não seja filtrada ou fervida Lavar cuidadosamente frutas e verduras antes do consumo Evitar contato com fezes de gato Evitar mexer em areia, terra ou jardins (usar luvas caso necessário) Higienizar muito bem as mãos após manipular alimentos (carnes e vegetais), terra e antes de comer Evitar acesso de insetos a cozinha Lavar muito bem facas e outros utensílios de cozinha após o uso. RUBÉOLA Vírus de RNA do gênero Rubivirus família Togaviridae. Rara em países desenvolvidos Imunização Tríplice viral. Nos países subdesenvolvidos 10-90 por 100.000 nascidos vivos. A transmissão materno fetal do vírus da rubéola ocorre via placentária, cerca de 5-7 dias após a inoculação materna. A infecção também pode ocorrer por via hematogênica. Quanto mais precoce a infecção, maior o risco de defeitos anatômicos. QUADRO CLÍNICO As manifestações clínicas dependem do período de infecção materna. Os defeitos anatômicos ocorrem majoritariamente quando a infecção se da no 1º trimestre. CLÁSSICOS DA SRC: Perda auditiva (surdez) Catarata Cardiopatia congênita Microcefalia OUTRAS MANIFESTAÇÕES: Meningoencefalite Pneumonia intersticial Lesões osteolíticas Retinopatia Glaucoma Hepatomegalia Sepse like Morte fetal Petéquias, anemia hemolítica e trombocitopenia MANIFESTAÇÕES PRECOCES: Perda auditiva 2/3 dos neonatos possuem algum grau de perda bilateral Cardiopatias congênitas 50% possuem algum defeito Mais comuns PCA e estenosse da artéria pulmonar Catarata 25% dos casos Microcefalia 27% dos casos LOUISE CANDIOTTO 5 MANIFESTAÇÕES TARDIAS: Perda auditiva A mais comum Neurossensorial, bilateral com progressão ao longo do tempo (80%) Distúrbios endócrinos 1% desenvolve DM na infância e adolescência 5% desenvolve patologias da tireoide Panencefalite A partir da 2ª década de vida Progressiva e fatal DIAGNÓSTICO Infecção congênita da rubéola deve ser suspeitada em: Mãe com rubéola documentada ou suspeitada RN com CIUR ou manifestações clínicas compatíveis com a SRC RN com alterações significativas no teste de triagem auditiva Surdez e rubéola andam de mãos dadas Testes auditivos alterados já levanta essa suspeita OBS: IgM não passa pela placenta Quando presente só pode ter sido produzido pelo RN Apesar de não ser muito comum. OBS2: No 5 mês se o IgG tiver alto ainda, confirma o caso Na rubéola o IgG cai mais rápido do que na toxoplasmose. DIAGNÓSTICO SOROLOGIA: IgM Infecção recente IgG Queda 4/8x em 3 meses Desaparece 6/12 meses de idade PCR: Identifica RNA viral secreção orofaringe, respiratórias, LA, urina e líquor ISOLAMENTO VIRAL: Não é muito utilizado Cultivado sangue periférico, placenta, urina e liquor No bebê EXAMES COMPLEMENTARES: Realizados devido a sequelas Hemograma completo Função hepática Fundoscopia Audiometria Neuroimagem USG de crânio, TC de crânio LCR ECO RN com alterações na escuta cardíaca TRATAMENTO Não existe tratamento específico. Uso de antivirais ou imunoglobulina específica não altera a evolução da doença, nem possui efeito sobre tempo de excreção do vírus. PREVENÇÃO E PROGNÓSTICO VACINAÇÃO: Única forma de prevenir a rubéola Vacina toda mulher em idade fértil ou pretendam engravidar Deve-se isolar as gestantes de pessoas com suspeita de rubéola. Na ocorrência de contato com caso confirmado Deve-se fazer a avaliação sorológica e acompanhamento. O risco de mortalidade em portadores de SRC 20%. LOUISE CANDIOTTO 6 CITOMEGALOVÍRUS O citomegalovírus (CMV) é um hepesvírus da família Herpesviridae. Em hospedeiros imunocompetentes é assintomático. Soroprevalência > 90% em países em desenvolvimento e cerca de 50% em países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento as taxas de infecção congênita são mais altas, apesar de soroimunes. Pode ter excreção viral prolongada por anos Saliva e urina. VIAS DE TRANSMISSÃO: Hematogênica (intrauterina) Perinatal (intraparto) Pós natal INFECÇÃO PRIMÁRIA: Contato pela primeira vez Excreta o vírus por muito tempo E mesmo assim, depois ele fica latente Fase virêmica Replicação viral Seguida por excreção viral persistente Fluidos corporais Seguido por latência viral Com baixa replicação INFECÇÃO NÃO PRIMÁRIA, RECORRENTE OU SECUNDÁRIA: Reativação do vírus latente ou Nova exposição a diferentes cepas do CMV Reinfecção OBS: Gestante previamente imune podem transmitir ao feto por reativação. QUADRO CLÍNICO 1 em cada 10 crianças infectadas apresenta sinais clínicos ao nascer. APRESENTAÇÃO CLÍNICA VARIA DE: Quadro leve Manifestações transitórias Acometimento sistêmico grave Com taxa de mortalidade neonatal 5- 10% SINAIS CLÍNICOS MAIS COMUNS: Petéquias Icterícia Hepatoesplenomegaia Microcefalia CIUR Prematuridade O ACOMETIMENTO DO SNC: Consiste no maior problema da infecção congênita por CMV Hipoplasia cerebelar Ventriculomegalia Calcificações periventriculares (ao redor do ventrículo) ACHADOS LABORATORIAIS: Achados em cerca de 50% das crianças sintomáticas Trombocitopenia Hiperbilirrubinemia conjugada Icterícia Elevação das enzimas hepáticas As lesões são mais graves quando a transmissão ocorre no primeiro trimestre da gestação. Em todos os períodos da gestação, a presença de calcificações periventriculares é um achado muito comum. SURDEZ NEUROSSENSORIAL: CMV como causa infecciosa não hereditária mais frequente 50% dos sintomáticos e 10-15% dos assintomáticos Pode ser uni ou bilateral Pode estar presente ao nascimento ou manifestar e progredir tardiamente INFECÇÃO PÓS-NATAL PRECOCE ADQUIRIDA ATRAVÉS DO LEITE MATERNO: Costuma ser assintomática em termos Em pré-maturos associa a quadros de gravidade variável DIAGNÓSTICO Isolamento viral em cultura de fibroblastos humanos Recurso limitado que não realiza de rotina. PCR: Detecção do DNV viral pela reação em cadeia de polimerase Realiza no cotidiano Técnica rápida e sensível Variedade de amostras clínicas Sangue, urina, saliva, liquor e biópsias TESTES SOROLÓGICOS: IgM anti CMV IgG anti CMV LOUISE CANDIOTTO 7 DETECÇÃO VIRAL: Presença do vírus na urina ou na saliva nas primeiras 3 semanas Marcador definitivo de infecção congênita por esse vírus A ausência do vírus na saliva e/ou na urina até 3 semanas de vida Exclui o diagnóstico de infecção congênita Detecção do vírus a partir da 4ª até 12 semanas Indica infecção adquirida no período perinatal ou pós-natal precoce TRATAMENTO Ganciclovir 6 mg/Kg/dose a cada 12 horas durante 6 semanas. Suprimir replicação viral durante a sua administração. RN assintomáticos: O tratamento não é indicado Efeitos adversos e ausência de comprovação de benefícios Só inicia tratamento com sintomas mais graves Faz o acompanhamento RN sintomático grave: Ganciclovir é administrado vigiando resposta clínica, exames laboratoriais e viremia Não há, até o momento, nenhuma modalidade de tratamento aprovado durante a gestação que previna ou reduza a chance de ocorrência de doença fetal. Ausência de vacinas. A melhor estratégia éa prevenção. PROGNÓSTICO 50% das crianças infectadas congenitamente por CMV podem apresentar manifestações tardias especialmente surdez neurossensorial e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Infecção intrauterina é considerada, dentre todas as formas, como a maior com potencial para gerar sequelas permanentes. LOUISE CANDIOTTO 8 HERPES SIMPLES Vírus DNA membro da família Herpesviridae. Contato com solução de continuidade. Infecta nervos terminais Transportado via axônios as raízes ganglionares Permanece latente durante toda a vida do hospedeiro. TRANSMISSÃO DA INFECÇÃO: Intrauterina Muito rara Viremia materna ou infecção ascendente do trato genital, mesmo com membranas íntegras Perinatal 85% do total Contato do RN com o trato genital infectado, com ou sem lesão Pós-natal 10% das infecções Cuidador com infecção ativa tem contato próximo com RN Exemplo: herpes labial QUADRO CLÍNICO Infecção por viremia materna Predominam alteração placentária Infarto, necrose, calcificações e envolvimento fetal grave – hidropsia. Geralmente ocorre morte fetal. Sobreviventes: Lesões na pele Vesículas, ulcerações ou cicatrizes Lesões oculares Graves anormalidades no SNC Microcefalia e hidranencefalia INFECÇÃO PERINATAL: Primeiras 2 semanas de vida Lesões de pele e boca como vesículas com base eritematosa localizada ou disseminada ENVOLVIMENTO DO SNC: Sintomas 2/3 semanas de vida 60-70% dos RN com lesões na pele apresentam envolvimento do SNC Manifestações: Convulsões Irritabilidade Tremores Recusa alimentar Instabilidade térmica Fontanela anterior tensa LCR com aumento celularidade (mononucleares), glicose relativamente baixa e proteína moderadamente elevada Doença disseminada: 25% dos casos Envolve múltiplos órgãos Fígado, pulmão, adrenais, SNV, pele, olhos As manifestações clínicas semelhantes à sepse Febrehipotermia Apneia Letargia Irritabilidade Desconpensação respiratória DIAGNÓSTICO Isolamento do vírus em tecidos e sangue: Técnica mais específica Não disponível na prática diária PCR para detecção do HSV DNA: Método de escolha Alta sensibilidade Falsos negativos no líquor, quando grande quantidade de hemácias ou proteína elevada Sorologia: Não ajuda no diagnóstico da infecção neonatal TRATAMENTO ACICLOVIR: EV, na dose de 60mg/Kg/dia, dividido em 3 dose diárias a cada 8 horas O tempo da terapia antiviral depende do tipo de infecção Para pele, olhos e boca, o tempo mínimo é de 14 dias SNC ou sistêmico, mínimo 21 dias PREVENÇÃO E PROGNÓSTICO Disseminada: Mortalidade em 1 ano é 29% 80% sobreviventes podem apresentar exame neurológico normal SNC: Mortalidade em 1 ano é 4% Somente 30% sobreviventes apresentam exame neurológico normal Pele, olhos e boca: Mortalidade é rara, menos de 2% LOUISE CANDIOTTO 9 Apresentam retardo no desenvolvimento neuropsicomotor Gestantes com infecção ativa: Precauções de contato Parto cesariano em até 4 horas após ruptura das membranas RN com infecção ativa: Isolamento de contato No quarto com a mãe Genitoras com lesões herpética na mama: Não devem amamentar Lesões cobertas O risco de transmissão é baixo (menor que 2%) em mães com infecção recorrente. Não existem vacinas efetivas contra o vírus. ARBOVIROSES Infecção por vírus da dengue, zika ou chikungunya podem causar danos a gestante e feto. A gestante infectada, ainda que assintomática, pode transmitir o vírus para o feto. Infecção fetal pode causar abortamento, óbito fetal ou anomalias congênitas. DENGUE Pode causar sofrimento fetal, prematuridade e morte intrauterina. Transmissão vertical varia de 1,6-10,5% Além de rara, pode ser subdiagnosticada. Sintomas variáveis gestante e RN Mais comum febre e trombocitopenia. Transmissao principalmente se mãe tiver dengue próximo ao parto. Quando próximo ao parto, não há produção de anticorpos e doença neonatal pode ser grave. Malformações em tubo neural em mulheres infectadas. O RN deve ser acompanhado até a 2ª semana de vida O RN demora a ter os sintomas Até 7 dias CHIKUNGUNYA RNA vírus da família togaviridae. Passagem transplacentária é rara antes de 22 semanas de gestação. Quadros graves de meningoencefalite e CIVD em RN com mães que apresentavam viremia entende no intraparto. ZIKA Vírus da família flaviridae. Pessoa infectada Maioria assintomática (20%). Nas sintomáticas, após 3/12 dias picada: Febre baixa Enxantema Conjuntivite Artralgia Mialgia Dor abdominal Vômitos O início da febre é mais agudo e tempo mais curto e não foi observado sangramento. Faz mais conjuntivite. Acredita-se que o maior risco de malformações fetais esteja associado a infecção materna no 1º trimestre. Microcefalia Mediada da cabeça substancialmente menor por crescimento cerebral anormal ou interrompido. Consequência da microcefalia Atraso no desenvolvimento, convulsão, incapacitada física, auditiva e visual. As alterações mais encontradas na TAC de crânio ou USGTF dos RN foi encefalite com destruição cerebral, calcificações, dilatação ventricular, atrifia cerebral. Os pacientes apresentam muitas sequelas neurológicas. LOUISE CANDIOTTO 10
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