Patologia - Inflamação

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• Inflamação: 
- Para se designar uma inflamação, usa-se o nome do tecido + ITE. 
Resposta protetora que envolve as células do hospedeiro, vasos 
sanguíneos, proteínas e outros mediadores, que é destinada a eliminar 
a causa inicial da lesão celular, bem como as células e tecidos 
necróticos que resultam da lesão original, e iniciar o processo de 
reparo. 
- Está caracterizada pela saída de líquido e células do sangue para 
o interstício. 
- Reação dos tecidos vasculares a um agente agressor (função 
protetora), por meio da diluição, destruição ou naturalização dos 
agentes nocivos (micróbios, toxinas). 
A inflamação faz parte de uma resposta mais ampla e de forma não 
padronizada, caracterizando-a como parte da resposta do sistema 
imune inato! 
• O sistema imune inato possuí células e proteínas que estão 
sempre circulando e estão prontas para combater qualquer 
micro organismo, sendo chamada para ação imediatamente em 
resposta a infecção. 
É graças a inflamação que ocorre a movimentação dos eventos que 
curam e reparam os sítios de lesão. Sem a inflamação, as infecções 
prosseguiriam sem controle e as feridas não seriam cicatrizadas. 
 
 - Ação propriamente dita do organismo; 
 - Processo normal e necessário; 
 - Resposta não específica (inata). 
 
Resposta 
Inflamatória 
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• Sinais clássicos do processo inflamatório: 
 
I) Calor: Aumento da temperatura local; 
II) Rubor (hiperemia): Vermelhidão causada pelo 
extravasamento das células sanguíneas; 
III) Tumor (edema): Extravasamento do líquido linfático e das 
células do sangue, da circulação sanguínea para os tecidos. 
IV) Dor: Repercussão nas terminações nervosas. 
V) Perda de função (functio laesa): Pode ser reversível (ex: lesão 
na derme, onde as células conseguem se multiplicar) ou 
irreversíveis (danos cerebrais, onde as células não 
conseguem mais se multiplicar). 
 Resposta humoral e resposta celular. 
Para que seja ‘’ativada’’ a resposta inflamatória, é necessário que haja 
algum estímulo (desconforto, quebra da homeostase). 
Esses estímulos podem ser: 
- Infecção (patógeno); 
- Trauma (mecânico ou químico); 
- Temperatura; 
- Radiação (quando ocorre muita exposição); 
- Doenças autoimunes; 
- Isquemias (fluxo sanguíneo reduzido); 
- Necroses. 
• Processo geral da inflamação 
Irritação: Modificações morfológicas e funcionais dos tecidos; 
- Liberação de mediadores químicos; 
- Desencadeia as demais fases inflamatórias. 
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Modificações vasculares locais: Alterações hemodinâmicas na 
circulação; 
- Aumento da permeabilidade vascular no local da agressão. 
Exsudação plasmática e celular: Formação de edemas. 
Lesões degenerativas e necróticas: Ação direta do agente agressor 
ou das modificações funcionais e anatômicas. 
Fase produtiva-regenerativa: Aumento da quantidade dos elementos 
teciduais (células); 
- Visa destruir o agente agressor e reparar o tecido injuriado. 
O processo geral da inflamação consiste também na: 
I) Resposta vascular: 
- Aumento do oxigênio; 
- Aumento dos nutrientes; 
- Diluição de toxinas; 
- Produção de fibrinogênio (proteína necessária para a coagulação); 
- Compartimentalização da inflamação; 
- Afastamento das células endoteliais. 
O neutrófilo é a principal célula envolvida, e ela aumenta para se 
preparar para o processo. 
• Os neutrófilos estão presentes no sangue, e chegam ao tecido 
por meio de rolamento e diapedese (leucócitos se estendem 
através da emissão de pseudópodes entre duas células 
endoteliais). 
24 horas após o processo de inflamação, os monócitos ativados (na 
forma de macrófagos) entram por diapedese no tecido: macrófagos 
teciduais. 
Eles passam a liberar substâncias que destroem micróbios e restos 
celulares, criam armadilhas para os micróbios, produzem mediadores 
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que ampliam a inflamação e morrem após fagocitarem o organismo 
estranho. 
 
→ Distúrbios hemodinâmicos 
São distúrbios que acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio 
hídrico, levando a um quadro patogênico. 
- Ocorre uma anormalidade na permeabilidade ou no equilíbrio 
hídrico. 
Alterações hídricas intersticiais: Edemas; 
Alterações no volume sanguíneo: Hiperemia, hemorragia e choque; 
Alterações por obstrução intravascular: Trombose, embolia, isquemia e 
infarto. 
 
Inflamação aguda: Apesar de ser uma reação natural do corpo, 
algumas substâncias podem ser lesivas. 
- O ideal é que o processo inflamatório chegue ao fim. 
- A inflamação aguda é uma resposta rápida a lesão, com duração 
relativamente curta e a resposta contra a maioria das infecções 
bacterianas piogênicas. 
Caso haja a evolução da inflamação aguda: 
A resolução é que a lesão seja limitada, envolve a normalização da 
permeabilidade vascular, produção de mediadores que inibam a 
inflamação e regeneração. 
→ Se o patógeno persistir, ocorre a destruição ampla de tecidos 
(causada pela destruição tecidual). 
Pode ocorrer a cicatrização ou fibrose (extensa destruição tecidual e 
substituição por tecido fibroso) ou uma progressão para a inflamação 
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crônica (quando o agente nocivo não é removido e ocorre um 
desequilíbrio entre os mecanismos pró e anti-inflamatórios). 
 
Inflamação crônica: É iniciada com a inflamação aguda, mas não possuí 
término. 
- Duração prolongada (semanas a anos); 
- É uma inflamação ativa, com destruição tecidual e reparação ocorrendo 
de forma simultânea; 
- Ocorre um predomínio de infiltrado inflamatório contendo macrófagos, 
plasmócitos e outras células da imunidade adaptativa; 
- Com o tempo pode resultar em necrose tecidual. 
→ Fatores etiológicos (causas): 
I) Infecções persistentes; 
II) Doenças inflamatórias imunomediadas; 
Exposição prolongada a agentes potencialmente nocivos. 
 
Tipos de inflamação crônica: 
Hiperplásica: Ocorre um espessamento e evidência de estruturas da 
mucosa (papilas, pregas); 
- Aspecto poliposo ou fibroso. 
 
 
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Esclerosante: Preferencialmente de parênquimas; 
- Produção excessiva de colágenos (fibroplastia). 
 
 
Granulomatosa: Formação de agregados celulares circunscritos e 
organizados (granuloma); 
- Predomínio de macrófagos ativados.