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RESUMO DO LIVRO - A RODA DA VIDA (ELIZABETH KUBLER-ROSS)

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LIVRO: A RODA DA VIDA (ELIZABETHZABETH KÜBLER-ROSS) 
"O CAMUNDONGO" - (primeiros anos de vida) 
O camundongo gosta de entrar e sair de todos os lugares, é ativo e travesso, está sempre à 
frente dos outros. 
"O URSO" - (início da meia-idade) 
O urso vive satisfeito e gosta de hibernar. Reflete sobre os primeiros anos de sua vida e ri do 
camundongo que corre de um lado para outro. 
"O BÚFALO" - (final da meia-idade) 
O búfalo adora vagar pelas pradarias. Analisa a vida de uma posição confortável e espera um 
dia livrar-se da pesada carga e tornar-se uma águia. 
"A ÁGUIA" - (últimos anos de vida) 
A águia gosta de pairar nas alturas, acima do mundo, não para ver as pessoas de cima, mas 
para estimulá-las a olhar para cima. 
 
1. Capítulo 1 
O fato de estudar bem a morte por vários anos não faz do estudioso um especialista. 
Os médicos pediram para que a Elizabeth parasse de fumar, de tomar café e de comer 
chocolate devido ao histórico pessoal de vários AVCh. Contudo ela se dava a esses “pequenos 
prazeres” já que a vida era dela, mesmo que fossem em pequenas quantidades. 
Ela comprou uma fazenda, construiu uma casa com o dinheiro proveniente das vendas dos 
livros anteriores dela, construiu um centro de tratamento, mas, ao querer adotar bebês 
soropositivos, foi duramente reprimida pelos vizinhos, que atiravam nos animais e nas janelas 
da casa dela, como forma de intimidação (preconceito velado). Atearam fogo na casa e ela 
perdeu tudo: pesquisas, +20 mil anamneses sobre processo de morte, diários pessoais, obras 
de arte... TUDO! Perdeu tudo para o fogo. Ela ficou transtornada com a situação, sem saber 
como reagir, mas o mais importante é que foram perdas pessoais, e não perda humana (ela 
nem os filhos perderam a vida nesse incidente criminoso). Porém, segundo a Elizabeth, em 
uma situação como essa ou a pessoa cai no negativismo e procura atribuir a culpa a alguém ou 
a pessoa vai optar pela recuperação e por continuar a amar, levantar a cabeça e seguir em 
frente. 
 
2. Capítulo 2 
Ao longo da vida, surgem pistas que devem ser seguidas, caso contrário, a pessoa pode ter 
uma vida infeliz caso não faça uma escolha certa: livre-arbítrio. 
A Elizabeth conta um caso que ocorre durante um jantar de família: o pai dela quis traçar o 
destino de cada uma das trigêmeas: uma iria se dedicar aos estudos, outra iria estudar em uma 
escola para moças e a outra (a Elizabeth) seria secretária na empresa do pai. Isso dá a 
entender como é a cultura suíça de que o pai decide o destino dos seus filhos, não dando 
direito ao livre-arbítrio a eles. Contudo, a Elizabeth resolveu romper com essa “tradição” já 
que desejava ser médica, apesar de o pai não concordar com a decisão dela. Ela não aceitou a 
escolha do pai na sua vida e disse a ele durante o momento. Ele explodiu com ela. 
Para ela, o fato de ser trigêmea era encarado como uma tortura já que não tinha uma 
identidade própria, pois recebia as mesmas notas escolares, vestiam as mesmas roupas... isso 
fez a Elizabeth a sempre agir diferente com o intuito de se encontrar e de construir sua própria 
identidade. 
 
3. Capítulo 3 
Ela encontrou um livro que tratava da cultura e fenótipos africanos. Como era algo 
diferente para ela, isso incentivou a criança a buscar sempre conhecer sobre essa cultura até 
então “exótica” para ela. Quando teve uma exposição da África em um zoológico local, ela 
pegou o trem e saiu escondida a encontra dessa exposição. 
Ela contraiu pneumonia e foi levada ao hospital. Foi aí que foi apresentada à medicina. 
Porém, o atendimento foi bem ao modelo biomédico: importa-se mais com a doença do que 
com o paciente. Ela foi despida, pediram a ela para que tossisse, foi pesada, não direcionaram 
a palavra a ela quando chegaram ao hospital. Esse comportamento de distanciamento se 
manteve ao longo das semanas em que ficou internada no local. 
Nessa fata de contato com adultos, ela começou a conversar com o olhar, ou seja, uma 
olhava nos olhos da outra e iniciavam a conversa que não havia sequer uma única troca de 
palavras. Essa outra criança, apesar de mais velha, não era visitada por ninguém além de estar 
em uma situação de saúde bem mais complicada que a Elizabeth. No último dia de vida da 
colega de quarto, iniciaram uma conversa na qual a colega falou que nos anjos estavam 
esperando por ela e que a Elizabeth deveria lutar pela saúde e que iria voltar para casa e para 
a família. As duas não sentiram medo da passagem, já que encaravam aquilo como algo 
natural. Esse foi o único contato realmente humano que a colega teve antes de morrer. 
A médica da Elizabeth não aceitava a visita dos pais, de modo que eles ficavam observando 
fora da sala, pelo vidro enquanto que a criança queria um contato, um abraço. Por isso, a 
menina não gostava da médica o que piorou quando a criança começou a puxar pele morta 
dos lábios (sangrava) e a médica prendeu os baços da criança na cama para que não pudesse 
mais fazer isso. Ela já ameaçou outras vezes antes de realmente cumprir com o prometido. Só 
que a criança começou a puxar a pele morta agora com os dentes, o que irritava muito a 
médica. A médica detestava ela pela teimosia e desobediência só que essas não eram 
características da criança, ela era, na verdade, uma criança doente e solitária, que estava 
necessitando de contato humano. 
Ela necessitou de transfusão sanguínea e o pai foi o doador. Nesse momento, ela ficou feliz, 
não pela transfusão e si, mas sim pelo pai que deitou na outra maca. Foi o primeiro contato 
que teve com algum familiar desde que adentou o hospital. Porém, assim que a transfusão foi 
finalizada, o pai saiu da sala, dessa forma, ela ficou sozinha mais uma vez. 
Quando ficou levemente melhor e estava quase recebendo alta, o pai a visitou. Pediu para 
ela se levantar e abrir uma mala, onde havia uma boneca negra (que ela tanto queria). Foi 
levada para casa, onde pôde receber cuidado e amor dos familiares. 
 
4. Capítulo 4 
Para a Elizabeth, o Natal traz memórias afetivas importantes para ela: a mãe cozinhava, o 
pai comprava várias flores, as crianças confeccionavam presentes para membros da família. 
Além disso, tinha ceia de Natal, presentes abaixo da árvore de Natal, cantigas festivas cantadas 
pela família e histórias natalinas contadas pelo pai. 
O pai chamava cada uma de um apelido, sendo que a Elizabeth era a camundongo, pois não 
parava quieta. O irmão era o único que era chamado pelo próprio nome. Durante sessões nos 
“pequeninhos”, o irmão agia como um vigia, não deixando-a sair antes das irmãs terminar. Isso 
contribuiu para a busca da identidade da Elizabeth. 
Gostava e cuidava de animais (característica só dela, as demais irmãs não tinham esse 
desejo de cuidar de animais). Chegou a improvisar um hospital no porão da casa. Cuidava de 
coelhos, mas eram para alimentação. O pai uma vez pediu a ela para levar um dos coelhos 
para o açougueiro a caminho da escola. No jantar, ela se recusou a comer o pobre animal. 
Ela tinha um animal favorito (Blackie). O pai pediu para ela levar ao açougueiro, mas ela 
relutou quando foi buscar o animal, tentando fazer com que ele fugisse, mas ele não fugiu. 
Então ela teve que cumprir com a ordem do pai, de modo que não se despediu dele (ela se 
arrependeu muito depois). Principalmente porque o animal estava esperando bebês. Isso fez 
com que ela se sentisse bem pior do que já estava. No jantar daquela noite, ela se recusou a 
chorar para que os pais não soubessem que aquilo tinha feito ela sofrer. Isso trouxe muita 
confusão na cabeça da pobre criança, pois interpretou o ato de se desfazer dos animais que 
gostava como se os pais delas não a amassem. Então percebeu que deveria ser mais forte. 
Ao mudar-se para outra casa, buscava animais que pudesse tratar no seu novo hospital 
improvisado e, os que morriam, eram enterrados em um cemitério improvisado. 
Nesse novo local, foi morar um médico novo que teve uma filha que estudou com a 
Elizabeth. Porém, a menina não foi mais para a escola já quecontraiu meningite com queda do 
estado geral: paralisia, surdez e cegueira. Todos se afastaram dessa família por medo de que a 
doença entrasse dentro da casa delas, deixando a família sem um aparo emocional. Todos, 
exceto algumas crianças, inclusive a Elizabeth, que entregava bilhetes e desenhos para a irmã 
da enferma para que pudesse entregar à doente. Ela fazia como forma de propiciar à colega 
doente uma oportunidade para se conectar com o mundo externo, já que ela não deixou de 
ter contato com a natureza como um todo, fato esse que contribuiu para uma morte lenta e 
dolorosa. 
Quando a colega de turma morreu, a reação das pessoas da cidade foi de certo alívio já que 
a condição da menina já estava encerrada. Como eles tiveram medo de contrair essa doença, 
eles ficaram aliviados quando a menina morreu. 
Outro contato da Elizabeth com a morte foi quando um amigo do pai dela morreu 
decorrente de complicações da queda de uma macieira (quebrou o pescoço), mas não o 
matando de imediato. Os médicos disseram que não poderiam fazer mais nada por ele, assim, 
ele foi levado para casa para poder morrer lá. Assim, teve tempo de familiares e amigos se 
despedirem dele. Teve dignidade, amor e paz durante seu processo de morte já que estava 
cercado de flores. Além disso, a cama foi colocada em uma posição que favorecesse o enfermo 
observar um lindo campo. Ele morreu no dia seguinte. Para a Elizabeth, essa foi uma boa 
morte: “em casa, cercado de amor e cumulado de respeito, dignidade e afeição. Sua família 
disse tudo o que tinha a dizer e chorou sua morte sem arrependimentos ou questões mal 
resolvidas”. Bem diferente da colega de turma, que morreu sozinha. 
 
5. Capítulo 5 
Contato com religião: o pastor da cidade ensinava na escola dela à base do medo e da 
culpa. Bastava suspirar que ele batia com uma régua no braço ou outra parte do corpo. 
Enquanto as crianças temiam ele por causa desse tipo de comportamento, os adultos eram 
fascinados pelas palavras pronunciadas por ele. Além disso, ela percebia que os filhos do 
pastor eram espancados. Diante de tudo isso, ela não se identificava com o Deus dele. Fato 
esse que piorou quando o pastor bateu na irmã dela. Nesse momento, ela perdeu o controle, 
jogou o livro de salmos em direção ao pastor (atingindo a boca) e disse que não queria fazer 
parte de uma religião que ele estivesse ensinando. Ela se retirou da sala. Depois de uma 
reunião da escola com a criança, ela foi dispensada das aulas do pastor. O mesmo se aplicou à 
sua irmã quando a Elizabeth solicitou a um dos professores. 
Outro contato com a medicina foi quando a irmã foi hospitalizada por dores na perna e 
quadril, com posterior paralisia do membro e ficou mancando com o outro. Diagnóstico difícil 
fez com que a irmã ficasse anos e anos com dores. Isso era por complicações de poliomielite e 
osteomielite, que formaram uma cavidade no ilíaco. 
A irmã foi torturada no hospital ortopédico. Ao se ter um diagnóstico definitivo, pôde 
receber tratamento adequado. Para a Elizabeth, um médico tem que ser competente, 
afetuoso, compreensivo e tentar fazer de tudo para dar maior tranquilidade e conforto ao 
paciente. 
Com a II Guerra Mundial, sofreu muito com a questão dos campos de concentração, em 
saber que estava tendo racionamento de alimentos. A família começou a produzir e estocar 
sua própria comida, o que criou um sentimento de autossuficiência e confiança. 
Crismou-se, recebendo uma palavra que a personificasse, no caso, foi a palavra “amor”. 
 
6. Capítulo 6 
O pai confrontou novamente ela a respeito do que ela seria no futuro. Ela recusou em ser 
secretária. Ele então deu um ultimato: ou seria o que ele decidiu que ela fosse ou poderia sair 
da casa dele e trabalhar como uma “criada”. Ela preferiu trabalhar do que ser àquilo que o pai 
escolhera para ela. 
Ela foi trabalhar em uma casa de uma madame viúva rica, com temperamento 
desagradável. Passou fome e foi explorada. Fugiu de volta para casa, onde foi bem 
recepcionada por todos, que estavam surpresos pelo que Elizabeth passou. O pai ofereceu 
duas oportunidades: trabalhar como secretária ou buscar o próprio emprego. Ela ficou com a 
última opção. 
Acabou sendo contratada como estagiária em uma empresa bioquímica, usando, pela 
primeira vez, um jaleco branco. Pôde aprender muito com o profissional que ela estava 
acompanhando. Teve aulas de outras áreas, sendo a melhor aluna da turma. Mas o laboratório 
faliu e ela estava desempregada mais uma vez. Buscou trabalho novamente e encontrou no 
departamento de Dermatologia de um hospital. 
 
7. Capítulo 7 
Teve uma nova função: coletar sangue de pacientes em estados finais de doença venérea. 
Essas pacientes (prostitutas) eram temidas, abandonadas, desprezadas e isoladas (AIDS-like), 
apesar de serem simpáticas, educadas e afetuosas (foram rejeitadas pela família e sociedade). 
Após coletar o sangue, sentou e conversou com as pacientes. Percebeu que elas necessitavam 
de amizade, carinho e compreensão. 
Após o dia D, ocorreu uma invasão de refugiados feridos para o hospital, que ficou lotado. 
Ela removia piolhos, dava banhos, acalentava os pacientes, dava-os de comer. Deixava a 
refeição e sono para depois. 
Teve incentivo do novo diretor do departamento quando ele disse: “Você precisa cuidar de 
crianças refugiadas. É o seu destino”. Teve problemas em relação ao roubo de comida, as o Sr. 
Weitz ajudou-a ao entrar em contato com a comunidade judaica de Zurique, que realizou o 
pagamento da comida desviada. 
Voluntariou-se em um serviço voluntário, recebendo aprovação do Dr. Weitz, mas negação 
dos pais. 
 
8. Capítulo 8 
Primeiro contato com o local pós-guerra. Cuidaram de pacientes. Passaram necessidades 
(não tinha local aconchegante pra dormir, pouca comida). 
Nazistas eram utilizados como caça-bombas. Ela se apiedou deles e incentivou a eles a 
escreverem cartas aos familiares, que puderam ser enviadas aos destinatários assim que 
Elizabeth voltou para Suíça (enviou-as escondidas). Alguns soldados retornaram vivos para 
suas casas. As famílias agradeceram de volta a Elizabeth por correspondência. Além do 
cuidado, ela e a equipe levaram amor e esperança à pequena cidade francesa. 
Retornou ao hospital e conseguiu outro emprego, dessa vez no departamento de 
oftalmologia da Universidade de Zurique, mas pediu demissão após 1 ano com o anseio de 
continuar nas atividades voluntárias. 
Foi enviada à Bélgica, onde pôde conhecer um outro voluntário que trabalhou na Polônia. 
Aproximaram-se para manter contato. Ela queria que ele a levasse lá. Esse amigo a convocou 
por meio de uma carta. 
 
9. Capítulo 9 
Conheceu 4 médicos na viagem de navio, que a convidaram para acompanhá-los até 
Varsóvia. Essa cidade estava devastada mesmo após 2 anos do fim da guerra. Não existia 
hospital e as pessoas sofriam de TB, tifo e sarampo. Trabalhou como cozinheira, pedreira... 
tudo o que aparecia. Uma moça com leucemia ensinou a Elizabeth a falar polonês. Essa moça 
em questão aceitava seu destino sem nenhuma amargura. Ela ensinou mais do que uma língua 
estrangeira. 
Ela cita uma situação: um homem cortou a perna e uma moça colocou terra. “Apesar de 
minha preocupação, os curandeiros locais eram uma espécie de xamãs. Praticavam uma 
medicina popular antiga e natural, como a homeopatia, e sabiam exatamente o que estavam 
fazendo”. Eles estranharam quando ela fez um torniquete para estancar o sangramento, 
recebendo a denominação de “Pani Doutora”. Tentou explicar o motivo de não ser médica, 
mas não conseguiu. Com esse ato, duas outras mulheres responsáveis pelo atendimento 
médico quiseram conhecer Elizabeth. A partir de então, consideraram ela como do serviço de 
saúde. Levavam pacientes com quadros que variavam de infecções a amputação de membros. 
Recebeu um local para servir como posto de saúde. Tinham poucos instrumentos e 
remédios, mas nenhum anestésico. Faziam de tudo: parto, amputação. Apesar disso, ela 
percebeu que a vontade do povo em persistir era muitoforte. Eles tinham uma fora de 
vontade de viver incrível! “Para alguém que um dia escrevera que seu objetivo era entender o 
significado da vida, aquela era uma lição das mais profundas sobre a vida e o viver”. 
Ocorreu uma vez de ela assumir o posto médico sozinha e uma mãe apareceu com o filho, 
que estava contaminado pelo tifo. Não tinha nenhum suprimento que pudesse ajudar o 
paciente. A solução encontrada foi se deslocar a pé até a cidade vizinha. Fez isso por causa da 
condição da mãe: perdeu 12 de suas 13 proles para as câmaras de gás. O bebê foi tudo o que 
restou a ela. Depois de um surto, um médico aceitou a tratar do menino, que conseguiu ser 
salvo. 
 
10. Capítulo 10 
Ela visitou um campo de concentração desativado e viu várias borboletas. Conheceu uma 
moça que teve sua família assassinada nas câmaras de gás. Ela foi a única que se safou devido 
à câmara de gás estar lotada. Foi retirada de lá e não voltaram a chamar seu nome novamente, 
porque, para os nazistas, estava morta. 
Decidiu ir para a Rússia, onde conheceu ciganos. Voltou para Varsóvia, viajou de avião até 
Berlim, foi transportada ilegalmente por um oficial inglês até uma cidade. De lá andou até cair 
de exaustão e fome. Foi socorrida elevada a um hospital alemão, onde a confundiram como 
polonesa. Um médico que realmente leva seu trabalho a sério deu medicação e a reconheceu 
como suíça. A partir daí, o preconceito que estava recebendo das enfermeiras e colega de 
quarto acabou, dando espaço a um atendimento receptivo, de modo que foi alimentada até 
receber alta. Voltou para casa de trem. 
 
11. Capítulo 11 
Admirava seu chefe (Amsler) por ser excelente em seu trabalho além de demonstrar 
compaixão e compreensão. Ele percebeu mudanças no comportamento dela, designando-a 
para a ala das crianças (oftalmia simpática ou malignidade). Ali, ela usava uma técnica, que era 
escutar, diretamente das crianças, sobre seus medos de ficar cegas, além destas responderem 
com franqueza às perguntas de Elizabeth. 
Ela levava os pacientes para um ambiente escuro com o intuito de ficarem mais à vontade, 
sem receio, de modo que se abriam para ela (ela se sentia como uma “psiquiatra mais velha e 
experiente”). 
Foi recrutava pelo serviço de voluntariado. Todos consentiram. Cumpriu sua missão na 
Polônia e já foi direcionada à Thecoslováquia. Medo, desconfiança, insegurança e receio 
estavam nos rostos dos moradores. Não pôde fazer tanto pelas crianças do orfanato, mas 
doou tudo o que trouxera consigo. 
Ao retornar para casa, o pai impediu sua entrada na casa, desertando-a por ter 
desobedecido a sua ordem de não cruzar a Cortina de Ferro. Reencontrou uma amiga e decidiu 
ir morar com ela. Estudou para o vestibular e conseguiu a aprovação. 
 
12. Capítulo 12 
Apesar de dificuldades na faculdade (professor anatomista machista), levou o curso sem 
largar o emprego no laboratório. Ajudava estudantes estrangeiros. Recebeu menção honrosa 
no Consulado Indiano por ter ajudado um aluno indiano. 
Conheceu o futuro marido (estadunidense), aproximaram-se e ela o apresentou a seus pais, 
que gostaram dele. 
Fez estágio no interior cuidando de 7 vilarejos. Não teve problemas. 
 
13. Capítulo 13 
Percebeu que o cunhado estava declinando, suspeitando de câncer. O diagnóstico 
realmente foi confirmado, sendo realizada uma cirurgia, mas não havia mais o que fazer. Luto. 
Percebeu que, apesar de planejarmos metas e almejarmos sonhos, o destino sempre pode dar 
uma reviravolta de modo que não se pode confiar no futuro. “A vida é sobre o presente”. Ao 
acordar, o médico informou cunhado dele sobre sua condição. Ele a aceitou. Sua irmã, nos 
meses seguintes, deu cuidados, conforto e amor a ele. 
Negaram o visto para os EUA. Casou-se com Manny (civil, para que o cunhado tivesse a 
chance de ser padrinho de casamento). Trabalhou no interior. Recebeu uma ligação do 
cunhado para vê-lo, mas não poderia naquele momento por causa do trabalho. Ele faleceu na 
manhã seguinte. Ela não se perdoou em não ir visitá-lo antes da morte. “Não se pode ignorar o 
sentimento de urgência de um paciente que vai morrer”. 
Em relação à prática médica, ela gostava mais de visitar pacientes que necessitavam de 
palavras reconfortantes ou de algumas horas de companhia. “A medicina tem seus limites, um 
fato que não se ensina na faculdade. Outro fato que não é ensinado: um coração compassivo, 
sentimento que supõe ternura, compreensão e desejo de ajudar, pode curar quase tudo. Um 
bom médico nada tinha a ver com anatomia, cirurgia ou prescrição dos remédios certos. A 
melhor maneira de um médico ajudar seu paciente era ser ele uma pessoa cheia de bondade, 
zelo, sensibilidade e amor”. 
 
14. Capítulo 14 
Realizou a festa de casamento e se mudou para os EUA. Estava receosa, mas sonhou que 
estava montada em um cavalo, cruzando o deserto (era uma nova aventura). Conheceu a 
sogra e cunhada (não se deu bem com esta). Fizeram internato em um hospital próximo da 
nova casa. 
O marido tinha um espírito de detetive, meticuloso e lógico e ela era intuitiva, calma e 
tomava decisões rápidas no setor de emergência. Teve dificuldades na adaptação com a 
cultura estrangeira. O espírito capitalista a assustou: mães levavam brinquedos caros para as 
crianças, caso não levasse, a criança mimada surtava. Criticou esse tipo de comportamento, 
pois o que uma criança necessita á de carinho e apoio dos pais. 
Ambos passaram nas residências que queriam (ela queria Pediatria), porém o serviço de 
residência médica que ela escolheu não aceitava grávidas, assim ela foi desligada. Como 
precisava pagar as contas, fez entrevista para residência em Psiquiatria (era a última das 
especialidades que ela desejava). Sofreu um aborto. “Tudo o que acontecia tinha um motivo 
para acontecer”. Ficou profundamente triste quando ouviu o choro de bebê vindo da vizinha. 
 
15. Capítulo 15 
O pai mandou carta avisando que teve embolia pulmonar e que estava internado. Desejava 
vê-la. Viajou com o marido para a Suécia. Aproximou-se do pai como nunca fez antes. 
Reataram laços afetivos que estavam fracos. 
Começou sua residência. Local estava lotado, com pacientes sem devido auxílio. “Pesadelo 
num manicômio”. No prédio dela, viviam 40 mulheres esquizofrênicas, fezes e urina de gato 
por todo o local. Culpada? Enfermeira-chefe (amiga do diretor do hospital, então ela fazia suas 
próprias regras). Os profissionais batiam nos pacientes, castigavam com tratamentos com 
choque elétrico, eram colocados em banheiras cheia de água quente, onde eram deixados por 
até 24h, usados como cobaias humana em experiência com LSD e outros medicamentos. Se os 
pacientes se recusassem a ser submetidos a essas situações, eram duramente reprimidos, 
recebendo punição cada vez pior. 
A função dela era de observar os efeitos alucinógenos que essas substâncias causavam. Os 
pacientes relataram as visões que tinham, de modo que isso a fez jurar que acabaria com a 
prática e mudaria a maneira como a clínica psiquiátrica era dirigida. 
Rotina do hospital: pacientes não faziam nada, não tinham atividades ocupacionais, 
recebiam apenas medicamentos (em altas doses), que os deixavam em estupor e causava 
efeitos colaterais intensos. Percebeu que os pacientes precisavam de cuidados e bem-estar ao 
invés de remédios. Alterou a rotina ao colocar um plano de que deveriam seguir certas regras 
para ganharem dinheiro. Em uma semana, colocou moral no lugar. Levava pacientes para 
passear, os ensinava a andar de metrô, usar passagem... Ajudou uma paciente catatônica 
afalar e seguir sua vida normal quando deu atenção e a integrou às atividades. Essa paciente 
recebeu alta, sendo que estava por anos e anos jogada à própria sorte no local (diziam que ela 
era incurável, mas o amor, carinho e atenção curaram ela). 
Alegava que não sabia de nada de psiquiatria, mas sabia, antes de tudo, a ser 
verdadeiramente humana: conversava com os pacientes, que se abriam a ela. Isso fez com o 
que pacientes percebessem de que eles não estavamsozinhos nem amedrontados. Apesar 
disso, o chefe não concordava com a diminuição dos medicamentos. 
Engravidou e abortou novamente. 
Os superiores perceberam mudanças no hospital e a perguntaram qual a teoria que estava 
usando. “Faço o que acho certo depois que passo a conhecer o paciente. Não se pode enchê-
los de remédios até ficarem apáticos e querer que melhorem. É preciso tratá-los como gente”. 
Engravidou novamente e o bebe nasceu. Ao contrário dos pais dela, o casal de médicos 
decidiu que os filhos escolheriam suas próprias religiões. Foi realizada circuncisão. Era mãe, 
esposa e médica ao mesmo tempo: para ela, nunca necessitou encolher entre esses destinos. 
Era uma mulher à sua frente. 
Ao retornar ao serviço de residência, deu alta a 94% dos pacientes esquizofrênicos 
considerados “incuráveis”. Fez entrevista em outro hospital, mas o entrevistador só tinha 
conhecimento de livro: fazia perguntas muito específicas. Ela retrucou: “O conhecimento 
ajuda, mas o conhecimento sozinho não resolve os problemas de ninguém. Se você não usar 
sua cabeça, seu coração e sua alma, não conseguirá ajudar um único ser humano”. 
 
16. Capítulo 16 
Trocou de serviço de residência. Percebeu que, nesse novo local, muitos médicos tentavam 
esconder a morte do paciente ou evitavam fazer qualquer tipo de referência ao morrer. 
Pacientes terminais eram deixados de lado. Notou que todos, inclusive os pacientes terminais, 
desejavam contato físico ou alguma forma de comunicação. Quem era terminal era colocado 
em quartos distantes dos postos de enfermagem, deitados, não recebiam visitas (exceto em 
alguns momentos específicos), morriam sozinhos, como se a morte fosse “contagiosa”. Mas 
ela se negava a fazer o mesmo: ficava com seus pacientes até o fim. 
Para ela, os pacientes moribundos foram os melhores professores, pois tinham um 
processo de aceitação e negação da morte à medida que o tempo passava. 
Seu pai teve sepse por complicação de uma cirurgia. Estava ligado a máquinas. Sentia dores 
lancinantes. Queria morrer em casa, mas os médicos e o hospital não aceitavam ele sair de lá. 
O pai dele (avô da escritora) morreu em um asilo para idosos desejando ir para casa para ter 
uma morte tranquila, mas o pai da escritora não aceitava por influência dos médicos, que 
também não aceitavam que saísse do asilo. 
Elizabeth apiedou-se do pai e fizeram com que assinasse um documento eximindo-os sobre 
a responsabilidade. Foi levado para casa. Em comemoração, o pai pediu um vinho para festejar 
o que queria, porém o líquido saía pelos tubos conectados no abdome do pai. Ela percebeu 
que o fim do pai estava próximo. Com as forças restantes, apertava a mão dela em sinal de 
agradecimento pelo que ela estava fazendo. O pai recusava-se a comer por ser doloroso. Ela 
aplicou morfina. Ao aliviarem as dores, ele conversou com o pai dele, lamentando-se de tê-lo 
deixado morrer sozinho no asilo. Resolveu vários assuntos pendentes. No dia seguinte, faleceu. 
Esposa e filha se despediram dele. Prepararam o corpo para o funeral. Escreveu no diário: 
“meu pai viveu verdadeiramente até morrer”. 
 
17. Capítulo 17 
Não se sentia completa apesar de estar casada e ser mãe. Sentia que ainda existia algo que 
estava por vir. Começaram a trabalhar como professores em uma universidade, cada médico 
em sua área (neuropatologia e psiquiatria). Tentou trabalhar na área da psiquiatria clássica, 
mas não se encontrava. Gostava da psiquiatria intuitiva. Conheceu um psiquiatra com quem 
foi trabalhar. Esse professor a escolheu para substitui-lo nas aulas da faculdade de medicina. 
Escolheu trabalhar coma temática da morte por se tratar de um tabu além de ser algo em 
comum em todas as especialidades. “Minha tese era uma ideia simples: para os médicos, seria 
muito mais confortável lidar com a morte se eles a compreendessem melhor, se simplesmente 
falassem sobre o que é morrer”. Apesar disso, não tinha assunto o suficiente para abordar nas 
aulas. Foi então que atendeu uma paciente com leucemia que disse que queria visitas dos 
familiares e amigos. Essa paciente foi convidada a palestrar na aula. Ao finalizar, Elizabeth 
conduziu a discussão acerca da terminalidade da vida, de modo que os alunos ficaram 
admirados pela aula, pois “pela primeira vez, muitos deles tinham enfrentado sentimentos e 
medos relacionados à possibilidade e inevitabilidade de sua própria morte”. Frisou como seria 
se no lugar da paciente. “Agora vocês estão reagindo como seres humanos, em vez de 
cientistas”. “Há muito que aprender sobre a vida escutando pacientes terminais”. 
 
18. Capítulo 18 
A bolsa amniótica se rompeu em uma quinta-feira, mas somente na segunda foi ao obstetra 
(por ordens dele). Desenvolveu peritonite. Foi dito que, caso usassem analgésicos, o bebê não 
resistiria. As freiras prepararam uma mesa com água benta, pois achavam que o bebê 
morreria. “Em vez de se preocuparem comigo e com a minha saúde, queriam ter certeza de 
que poderiam batizar o recém-nascido antes que morresse”. Após 48h de parto, o bebê 
nasceu, mas ficou na incubadora (muito baixo peso ao nascer: <1,5 Kg). Ela mesma tirou o 
bebê do hospital ao vestir um jaleco branco. 
Mudaram-se para Chicago por ambições do marido. Recebeu ligação do Instituto de 
Psicanálise para começar análise. Não se deu bem com o psicanalista por 2x. Depois de pedir 
indicações, estabeleceu contato com Dr. Baum, com quem fez seguimento por 39 meses. 
Gostava de trabalhar com estudantes, de modo que os ouvia com paciência e 
compreensão. Assim, seu consultório funcionou como um ímã para esse público. 
 
19. Capítulo 19 
Quatro rapazes de um Seminário Teológico a procuraram para discutir uma tese: a morte 
como suprema crise com a qual as pessoas precisavam lidar. Tinham perguntas que não 
poderiam ser respondidas pela bíblia. Sentiam-se confusos e incapazes de saber o que 
responder às pessoas que os buscavam com perguntas sobrea a morte e o processo de morrer. 
Foram convidados a acompanhar a médica em visitas a pacientes terminais. 
Percebeu que o trabalho dela a expôs a pacientes terminais assustados, confusos, solitários 
e que queriam a presença de outra pessoa ali para conversar e dividir suas preocupações. 
“Bastava uma única pergunta e era como se estivesse abrindo a comporta de um dique”. 
Procurou um paciente terminal, mas os médicos repudiavam a ideia dos estudantes de 
Teologia conversarem com os pacientes, uma vez que poucos médicos naquela época 
admitiam que seus pacientes estavam morrendo e que a ideia dela era algo radical. 
Apesar disso, conseguiu um paciente terminal com enfisema, que tinha tubos saindo de seu 
corpo para ajudar a respirar. Porém, no dia seguinte, o paciente estava mais debilitado e não 
conseguia falar muitas palavras. Era tarde demais. O paciente agradeceu a presença da médica 
e dos estudantes apertando a mão dela. “Obrigado por tentar”, disse o paciente que morreu 
pouco tempo depois. Elizabeth se sentiu mal por ter dado prioridade ao seu tempo ao invés do 
paciente. O homem morreu sem poder compartilhar o que queria. Conseguiu outro paciente 
terminal para conversar com os seminaristas. 
A morte para o médico significa falha, colapso, declínio, fracasso, de modo que todos 
evitavam falar sobre o tema. A morte era encarada como algo triste, solitário e impessoal. Os 
médicos e os familiares discutiam se dava a notícia da morte iminente ou não. Adultos fogem 
do assunto, mas uma coisa é certa: a morte faz parte da vida. 
Começou a realizar seminários semanais. Todos assistiam: estudantes de medicina e 
teologia, enfermeiros, assistentes sociais, padres, rabinos, exceto outros professores. Médicos 
enxergavam os seminários como exploração e que ela era uma pessoa doentia. 
Conheceu uma senhora responsável pela limpeza que, toda vez que adentrava o quarto dos 
pacientes terminais, a médica percebia mudanças no comportamento deles. Elizabeth 
conversou com ela, que contou sobre a vida que tivera: de origem humilde, viu seu filho de 3 
anosmorrer em seus braços por complicações de uma pneumonia não tratada. Isso ocorreu 
em um serviço de emergência. Disse que não tinha medo da morte, que pegava nas mãos dos 
pacientes terminais e falava a eles para não se preocuparem. A médica promoveu-a a principal 
assistente. 
Com o auxílio de poucos médicos compreensíveis, que forneciam os pacientes terminais, 
ela iniciava a entrevista. Pedia permissão para fazer perguntas na frente dos alunos a respeito 
da doença, hospitalização, e quaisquer outros assuntos que desejassem. Evitava usar palavras 
“morte” e “morrer” antes dos pacientes falarem sobre tal. Assim que o paciente começava a 
falar, era difícil de interromper o fluxo de sentimentos que tinham disso obrigados a reprimir. 
Criticavam muito a falta de compaixão, compreensão e empatia dos médicos. Os alunos 
assistiam a tudo. Ao final da entrevista, os pacientes sentiam alívio. 
Após o retorno do paciente para o leito, era iniciada a discussão sobre análises da fala do 
paciente e as próprias reações dos ouvintes. 
“Viva de tal modo que, ao olhar para trás, não se arrependa de ter desperdiçado sua vida. 
Viva de tal modo que não se arrependa do que fez ou não deseje ter agido de outra forma. 
Viva uma vida digna e plena. Viva”. 
 
20. Capítulo 20 
Conversou com o reverendo do hospital sobre a morte, o processo de morrer e como as 
discussões estavam fazendo ambos a aprenderem. Perceberam que as questões que 
realmente preocupavam os pacientes eram em relação à vida e não à morte, que queriam 
franqueza, privacidade e paz. A maneira como o paciente morria dependia da maneira como 
viveram. 
O reverendo mostrou o mundo dos espíritos a quem foi ensinada a agir de acordo com a 
razão e a ciência. Resolveram trabalhar juntos: enquanto um indagava o que se passava na 
cabeça do paciente terminal, o outro indagava o que acontecia com a alma. 
Foi convidada a lecionar em um Seminário Luterano, por onde trabalhou por um tempo, 
saindo logo depois. 
Nos seminários, ocorreu de uma vez a médica ficar sem pacientes para entrevistar. 
Resolveu adotar outra dinâmica. Foi então que uma enfermeira levantou a mão e começou a 
defender um médico desesperançoso e frustrado. A psiquiatra disse para ajudá-lo e assim fez. 
 
21. Capítulo 21 
Foi à Suíça com seus filhos encontrar-se com sua mãe. Lá, a mãe comunicou o desejo que, 
caso tornar-se um vegetal, era para a filha findar com a vida de sua mãe. “Disse à minha mãe 
que era contra o suicídio e que nunca, nunca mesmo, ajudaria quem quer que fosse a cometê-
lo, muito menos minha mãe, a pessoa querida que me dera à luz e cuidara de mim para que eu 
vivesse. Se acontecer alguma coisa, vou fazer com você o que faço com todos os meus 
pacientes: vou ajudá-la a viver até a hora da sua morte”. As duas se abraçaram em seguida. 
Três dias após retornar aos EUA, uma das irmãs liga para Elizabeth comunicando que sua 
mãe foi encontrada desmaiada no banheiro. Teve AVCh. Viajou de volta à Suíça. A mãe dela 
estava internada: não conseguia se mexer nem falar, apenas olhava para sua filha. Ela sabia o 
significado daquele olhar, mas não queria realizar o pedido da mãe. Apareceram duas opções: 
continuar ali no hospital (onde todas as alternativas de tratamento seriam tentadas) ou leva-la 
para uma clínica de repouso, com menos gastos, onde receberia os cuidados necessários, mas 
não seriam utilizados recursos artificiais para prolongar a vida. Escolheram a última opção. 
Elizabeth sabia que não era o fim. Sua mãe estava aprendendo lições. “A vida termina quando 
acabamos de aprender tudo o que temos para aprender”. Com a qualidade de vida que teve 
no local associada a cuidados especiais, conseguiu manter-se viva por mais 4 anos. 
 
22. Capítulo 22 
Quando estava ficando sem pacientes terminais para atender no hospital e levá-los ao 
seminário, começou a buscar pacientes com diagnóstico de câncer em bairros perto do 
hospital. Os médicos não gostaram da ideia. 
Trabalhou em outro hospital que tratava de crianças cegas. Encontrou um caso de um bebê 
cego do sexo feminino, mas que alguns profissionais disseram que ela não teria futuro por 
causa da sua condição. A psiquiatra acalmou a mãe e disse que crianças assim sempre têm um 
talento escondido. Essa criança, ao crescer, tornou-se pianista muito aclamada. A mãe desta 
agradeceu mito à médica. 
Foi convidada a escrever um livro: “Sobre a Morte e o Morrer”. Estava sem ideia para o 
livro, quando percebeu que os pacientes passavam pelas mesmas fases: choque; negação; 
raiva (de Deus, das pessoas às sua volta); barganha (negociação); deprimidos; afastavam-se de 
tosos para alcançar um estado de paz e aceitação. 
 
23. Capítulo 23 
O reverendo saiu do hospital. Recebeu ligação para dar entrevista a uma revista. Conheceu 
um paciente terminal que se convidou para o debate (Eva, 21 anos, leucemia). O artigo saiu na 
revista, deixando-a conhecida pelo país. A publicação do livro só aumentou a fama. Eva 
recebeu alta para passar as festas de fim de ano em casa, mas foi internada no CTI. A médica 
foi vê-la. Estava deitada abaixo de uma luz forte que a incomodava. A médica percebeu e 
desligou a luz, pois o conforto e a dignidade da paciente eram mais importantes para 
Elizabeth. Os pais delas estavam fora da sala, pois só poderiam visitá-la por 5 minutos em 
determinados momentos (regra do hospital). Eva morreu no dia seguinte, isolada no quarto. 
 
24. Capítulo 24 
A medicina começou a avançar, levando mais esperanças aos doentes. Ética mudou. Não 
existia definição de “morte”. Observou que, antes da morte, havia uma serenidade. 
Questionou sobre o que havia após a morte. 
Conheceu uma paciente (Sra. Schwartz) que deu entrada mais de 10x no CTI, mas sempre 
melhorava. Não queria morrer antes de o filho completar a maioridade. Foi levada ao 
seminário. Depois de um tempo, ela retornou com uma novidade: teve uma experiência de 
quase morte (EQM). Foi a primeira vez que a médica escutava sobre esse assunto. A paciente 
saiu de seu corpo e viu a equipe de reanimação tentando trazê-la de volta à vida por 45 
minutos. Foi declarada morte, mas, 3,5h após, uma enfermeira percebeu que ela ainda estava 
viva. 
 
25. Capítulo 25 
Ela e o reverendo começaram a pesquisar sobre pacientes que tiveram EQM. Quando o 
reverendo saiu, um pastor assumiu seu lugar. Como não tinham uma química entre si, a 
médica resolveu desistir dos seminários. Quando foi comunicar isso a pastor no momento em 
que ele estava entrando em um elevador, ela viu um espírito de uma mulher se materializando 
atrás do pastor. O espírito da mulher conversou com a médica: queria uma consulta. Era o 
espírito da Sra. Schwartz, que morreu 12 meses antes. Porém, a médica a observava em carne 
e osso (meio transparente) além de conversar com ela. A senhora retornou para agradecer 
pelo que a médica e o reverendo fizeram por ela, além de dizer para que a médica não 
desistisse do trabalho sobre a morte e o morrer. A senhora escreveu um recado para o 
reverendo. Logo depois, desapareceu. 
 
26. Capítulo 26 
O marido teve IAM e ficou internado. As crianças foram levadas pelo médico para ver o pai, 
mas um guarda os barraram na porta do setor de cardiologia, mas deram um jeito de ver o pai. 
Foi indagada quanto ao motivo de não trabalhar com crianças em estado terminal. Foi aí 
que ela lembrou que desejava ser pediatra. Aceitou e foi trabalhar em um hospital pediátrico. 
Foi uma ótima experiência, pois as crianças não tinham problemas mal resolvidos ou 
deixado assuntos pendentes. Deu voz e vez para as crianças exprimirem seus sentimentos 
contidos. Para os adultos, falar sobre terminalidade da vida em crianças é algo extremamente 
dolorosos, pois são a alegria e o início da vida. 
Conheceu Jeffy, que tinha o sonho de andar de bicicleta, mas nuca pôde por causa da sua 
condição (problema no SNC, que o fazia andar como um homem bêbado). A criança pediu para 
ir para casa. A médica foi junto. A criança solicitou pai colocar rodinhas na bicicletapara que 
pudesse andar sozinho. A mãe, o pai e a médica ficaram se segurando um ao outro para não 
atrapalhar na pequena vitória de Jeffy. A médica foi para sua própria casa. Algum tempo 
depois, a mãe da criança liga para a médica para terminara a história: Jeffy pediu para que o 
pai retirasse as rodinhas e colocasse a bicicleta no seu quarto. Quando o irmão mais novo dele 
cegou, foi sozinho até o quarto. Quando saiu, o menor recusou a contar o segredo, que seria 
revelado apenas no dia no aniversário dele, que seria dali a 2 semanas. Mas Jeffy morreu 1 
semana antes do aniversário. No dia do aniversário, noticiou o segredo: Jeffy queria dar um 
presente, sua querida bicicleta, mas não poderia esperar até o aniversário para dar o presente, 
pois sabia que morreria antes. Porém havia uma condição: de que ele nunca usasse rodinhas 
na bicicleta. 
 
27. Capítulo 27 
Começou a trabalhar no primeiro workshop sobre “Vida, Morte e Transição”. Continuou 
coletando informações acerca da EQM. Pacientes relatavam que a experiência da morte era 
isenta de dor, que viajavam para um lugar onde existia amor e paz, mas ouviam “Não está na 
sua hora”. Concluiu que a morte não existe, pelo menos não de acordo com a definição 
tradicional. Dividiu a morte em fases. 
Fase 1: pessoa flutua para fora do corpo, assumindo uma forma etérea. Sabiam o que 
estava acontecendo, ouvia as pessoas falando estre si. Sensação de integridade (p.ex. quem 
era cego voltava a enxergar). 
Fase 2: encontravam um estado de vida após a morte, poderiam ir a qualquer lugar com a 
rapidez do pensamento, visitavam a família em lugares distantes. Encontravam seus anjos da 
guarda, guias espirituais. 
Fase 3: eram guiados por seus anjos da guarda para um túnel/ponte/desfiladeiro/riacho. 
Sentiam paz, tranquilidade, amor incondicional. Epifania: a luz ensinou-os que só existe uma 
explicação para o significado da vida – o amor. 
Fase 4: estavam na presença de um ser superior (Deus). Transformavam de etéreo para 
uma forma de energia espiritual. Repassavam cada momento de sua vida, cada palavra, ação e 
a consequência que esses atos tiveram nas pessoas, tanto conhecidas quanto desconhecidas. 
“Que serviço estou prestanto?”. 
 
28. Capítulo 28 
Terminou de escrever o 3º livro: Morte, o estágio final do crescimento. Recebeu a morte 
de sua mãe. Blasfemou contra Deus, mas logo em seguida agradeceu-o. 
Viajou com a família e encontrou uma desconhecida que tirava fotos com fadas. 
Fotografou um índio depois de dizer em voz que, se tivesse guias espirituais, que se 
revelassem na foto. Na imagem, havia um índio. 
 
29. Capítulo 29 
Conheceu um casal, sendo que o marido era um médium que recebia espíritos. Aparece um 
espírito ao lado dela, que falou que ela ficaria surpresa ao final, mas confusa. Apareceu outro 
espírito (Salem), com quem conversou por muito tempo. Depois de vários encontros, 
debateram sobre emoções naturais, educação de crianças e maneiras saudáveis de externar 
tristeza, raiva e ódio. 
Depois de discussões e brigas acerca desses encontros espirituais entre a médica e seu 
esposo, ele pediu o divórcio por ser cético em relação a esses assuntos, por pensar que o casal 
de médium estava enganando sua esposa além do trabalho em demais dela. Ela decidiu que 
ele ficaria com a casa. Voou para se encontrar com Salem, que sugeriu a ela abrir um centro de 
treinamento. E foi isso que ela fez. 
 
30. Capítulo 30 
Foi à Santa Bárbara, onde um médium incorporou um espírito, informando-a que deveria 
dizer a todos que a morte não existia. Chamou por Salem e ele apareceu. 
Trabalhou até a exaustão, necessitando tirar férias. Chamou por Pedro (espírito favorito 
dela) e ele a confortou. 
Teve outros contatos espirituais. Teve uma EQM. 
 
31. Capítulo 31 
Teve outra EQM com auxílio de aparelhos médicos. Mais tarde, teve pesadelos: reviveu a 
morte de todos seus pacientes: vivenciava a angústia aflição, medo, sofrimento e tristeza, 
Deve dores lancinantes e reviveu a morte seguidas vezes, sem pausas. Pediu um ombro ou 
uma mão para apertar, mas uma voz negou o pedido. Epifania: teve que passar por tudo 
sozinha sem depender de ninguém que, por ventura, viesse a ajudar. Ao final, restou a fé em 
Deus. Percebeu seu corpo vibrando, entendendo que tinha deixado o corpo físico e se 
transformado em energia. Teve uma experiência única: tudo que via vibrava a nível molecular. 
Essa sensação durou alguns dias, mas passou. Foi uma evolução espiritual. 
 
32. Capítulo 32 
Levou conhecimento no centro de treinamento e ao redor do mudo. “Não há razão para 
temer a morte. Na verdade, pode vir a ser a mais incrível experiência de sua vida. Só depende 
da maneira como você vive a sua vida agora. E a única coisa que importa neste momento é o 
amor”. 
Publicou cartilhas que ensinavam as crianças sobre a morte e a aceitação. 
Desconfiou do amigo por fraudes e crimes sexuais. 
Ideias sobre suicídio vieram à mente dela quando foi picada por uma viúva-negra, mas 
conseguiu sobreviver ao pedir a Jesus que a curasse. 
 
33. Capítulo 33 
O ex-marido vendeu as duas casas sem consultá-la. Uma chuva devastou o centro de 
treinamento. A filha mais velha foi morar com a mãe. A casa dela pegou fogo (desconfiaram de 
um incêndio criminoso colocado pelo casal de amigos). 
Teve seu primeiro paciente com AIDS, que foi rejeitado pela família e amigos. “A AIDS 
representa uma ameaça peculiar para a humanidade, mas, ao contrário das guerras, é uma 
batalha que vem de dentro... Será que vamos optar pelo ódio e pela discriminação, ou teremos 
a coragem de escolher o amor e a dedicação?". 
 
34. Capítulo 34 
Despediu o casal fraudulento. Comprou uma fazenda (a do início do livro). Jesus apareceu 
para abençoá-la e ao mestre de obras. 
Começou a receber cartas de mães que queriam que ela cuidasse de suas crianças por 
terem AIDS. 
Visitou uma prisão e viu a situação deplorável que pacientes com AIDS estavam sendo 
tratados. Escreveu o livro “AIDS: o desafio final”. O Departamento de Justiça dos EUA 
começaram a investigar sobre essa situação. Revolucionou a prisão, dando dignidade, respeito 
e cuidado aos portadores de AIDS. 
 
35. Capítulo 35 
Por querer adotar bebês com AIDS, começou a receber ameaças. Transformou sua casa em 
uma agência de facilitação de adoção de bebês com essa doença. Recebeu ajuda de várias 
pessoas de diversos países. 
Foram realizados mais Workshops acerca da AIDS. 
 
36. Capítulo 36 
Após exaustivos programas de palestras, não tinha tempo para cuidar da sua própria saúde. 
Foi à Europa realizar outro seminário e depois passou na casa da irmã. No dia em que iria 
viajar, desmaiou. Estava morrendo. Quis dar um presente para a irmã: dar a sensação de estar 
morrendo do ponto de vista do paciente. Comentou sobre o que ela estava sentindo. Porém, 
não morreu. Assim que recobro a consciência, estava ao lado da irmã. Foi uma fibrilação. Deu 
alta a si mesma. 
Em outro momento, teve AVCh. Se deu ao luxo de fumar e de dar alta a si mesma. 
“O melhor remédio de todos é o mais simples. ‘Vamos todos aprender a amar e perdoar a 
nós mesmos, a ter compaixão e compreensão’”. 
 
37. Capítulo 37 
Inaugurou um novo centro, que recebeu seu nome. Recebeu uma carta informando a 
história de uma mãe, que lidou com a morte da filha, que tinha um tumor no cérebro. 
Insistiram para que levassem a criança para casa com o intuito de que ela morresse arrodeada 
pelos familiares. A criança emitiu alguns sons, que a mãe interpretou como um “Até logo”. A 
mãe conversou com ela e disse que não tivesse medo, que ela estaria ali, que ela ficaria bem. 
Após a parida, a mãe abraçou o corpo da criança. A mãe sentia-se triste, mas estava em paz. 
Apesar de a mãe saber fazer RCP, não fez por causa das orientações que recebeu na cartilha da 
médica. Após um tempo, a mãe teve um sonho no qual pôde visitar a criança. 
 
38. Capítulo 38 
Foi à Escócia para passar 1 semana vivendo as mesmas situações as quais prisioneiros da 
prisão perpétua era submetidos.Todos se abriram com ela quando a médica tentou abordar o 
assunto pelo qual resolveram matar. 
Foi à África do Sul quando Nelson Mandela assumiu o poder. 
Manny fez cirurgia cardíaca, mas não conseguiu melhorar, de modo que ficou na casa de 
um amigo. Era visitado pela médica sempre. Foi internado por problemas renais. Levaram ele 
para casa para que tivesse uma boa morte. Ele comentou com a filha que, quando morresse, 
nevaria e flores vermelhas desabrochariam no chão foi isso que aconteceu durante seu 
funeral. Era a comprovação de que Elizabeth pediu caso seus estudos de vida após a morte 
estivessem certos. 
 
39. Capítulo 39 
Entrou em choque quando percebeu que perdeu todas as pesquisas dela no incêndio 
relatado no começo do livro. Mas agradeceu a Deus por não ter ocorrido perdas humanas, 
apenas materiais. Foi morar em Scotdalle. Teve outro derrame, mas dessa vez um grave (não 
conseguia se mexer). Foi socorrida. O filho queria leva-la ao hospital, mas a médica não queria. 
Mesmo assim, acabou aceitando ir. Fizeram TC e RM crânio, que evidenciaram AVCh no tronco 
cerebral. Saiu de lá, mas retornou em 1 semana por ITU. Recebeu alta. 
Foi atendida por um neurologista, mas não gostava dele, Conseguiu trocar de médico. 
Dessa vez, quem a atendeu foi uma amiga, que agiu verdadeiramente como deve ser um 
médico. A companhia de seguros retirou o apoio financeiro para a continuação de tratamento. 
A modernidade trouxe consigo o destino de um paciente por alguém que sequer via o 
paciente, pois o primeiro estava atrás de uma escrivaninha. 
“Era uma vez, há muito tempo, uma medicina que tinha a ver com cura, não com 
administração. A medicina de hoje precisa adotar essa missão outra vez. Médicos, enfermeiras 
e pesquisadores precisam reconhecer que são o coração da humanidade, assim como os 
sacerdotes são sua alma. Precisam fazer da ajuda a seus semelhantes - ricos ou pobres, 
brancos, pretos, amarelos ou pardos - sua mais alta prioridade”. 
“A morte em si é uma experiência positiva e maravilhosa, mas o processo de morrer, 
quando prolongado como o meu, é um pesadelo. Vai minando todas as nossas faculdades, em 
especial a paciência, a resistência e a equanimidade”. 
“Mesmo com todo o meu sofrimento, ainda sou contra Kevorkian, que tira a vida das 
pessoas prematuramente apenas porque elas estão sentindo dores ou desconforto. Ele não 
compreende que priva as pessoas das últimas lições, quaisquer que sejam, que precisam 
aprender antes de se formarem. No momento, estou aprendendo paciência e submissão. Por 
mais difíceis que sejam essas lições, sei que o Superior dos Superiores tem um plano. Sei que 
Ele reserva para mim a hora certa em que deixarei meu corpo como uma borboleta deixa seu 
casulo. Nossa única finalidade na vida é crescer. Nada acontece por acaso”. 
 
40. Capítulo 40 
Ela depende de outras pessoas, pois ao longo de dois anos, teve outros derrames. Apesar 
disso, sabe que viveu verdadeiramente. Pela condição, teve muito tempo para meditar. 
“Suponho que, depois de aconselhar tantos pacientes terminais, seja apropriado eu ter tempo 
para refletir sobre a morte quando é a minha própria que está diante de mim”. 
Ela não está satisfeita pelo mundo. O mundo passará por tribulações de proporções 
bíblicas. 
“Devemos viver verdadeiramente até a hora da morte. Ninguém morre sozinho. Todos são 
amados além do que são capazes de compreender. Todos são abençoados e guiados. É muito 
importante que você faça apenas aquilo que gosta de fazer. Pode ser pobre, pode estar 
passando fome, pode estar morando num lugar miserável, mas estará vivendo integralmente. 
E, no fim de seus dias, abençoará sua vida porque fez o que veio fazer no mundo. A lição mais 
difícil a aprender é o amor incondicional. Não há por que ter medo da morte. Pode ser a 
experiência mais deslumbrante de toda a sua vida. Depende de como você viveu. A morte é 
apenas uma transição da vida para uma outra existência onde não há mais dor nem angústia. 
Tudo é suportável quando há amor. Meu desejo é que você dê mais amor a mais pessoas. A 
única coisa que vive para sempre é o amor”.

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