Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Condução do Impulso Nervoso TRANSMISSÃO DO IMPULSO NERVOSO O impulso nervoso é uma corrente elétrica que vai rapidamente do axônio à região sináptica, e ocorre através da abertura e fechamento de proteínas transmembrana transportadoras de íons. Potencial de Repouso: o Estado em que a membrana precisa estar para começar o impulso. o Acontece quando a superfície interna da MP tem uma carga negativa comparada ao meio extracelular (diferença de potencial). o 3 NA+ fora para cada 2 K+ dentro. o -70mv Despolarização: o Estímulos excitatórios abrem canais de sódio na MP (proteínas transmembrana), permitindo, por transporte passivo, a entrada de Na+ na célula. ▪ Canais controlados por ligante extracelular; ▪ Canais controlados por voltagem. o O interior da membrana fica menos negativo -> DESPOLARIZAÇÃO. o A despolarização causa um fluxo de corrente elétrica que se espalha pelo axônio, chegando a -55mv -> POTENCIAL DE AÇÃO. o Com a chegada do PA (1) no terminal nervoso, os canais de Ca++ voltagem dependentes se abrem, e ocorre a difusão de Ca++ para o interior do terminal (2). O aumento de Ca++ intracelular estimula a exocitose dos NT para a fenda sináptica (3, 4). Os NT se ligam a receptores da membrana pós-sinaptica (5) e causam mudanças de permeabilidade iônica. O fluxo resultante de íons muda o potencial de membrana pós-sinaptico transitoriamente, causando uma resposta pós-sinaptica. Hiperpolarização: o Acontece quando há a abertura dos canais aniônicos, deixando o interior da membrana mais negativo ainda, em relação ao potencial de repouso. TRANSPORTE DE ORGANELAS A Exocitose acontece quando vesículas se fundem à membrana plasmática, liberando seu conteúdo no meio extracelular. A exocitose de neurônios acontece por via secretora regulada, na qual proteínas solúveis e outras substâncias são inicialmente armazenadas em vesículas secretoras para liberação posterior por exocitose. Papel do Cálcio: o Quando um potencial de ação chega a um terminal nervoso, ele causa um influxo de Ca2+ através dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem, o que aciona as vesículas sinápticas a se fundirem com a membrana plasmática e liberar seu conteúdo ao espaço extracelular. SNARE: para que a vesícula se funda com a membrana pré-sináptica, é preciso que o complexo trans-SNARE esteja completo. Esse complexo é responsável pela ancoragem da vesícula na membrana plasmática e consiste em 3 proteínas: o v-SNARE: proteína transmembrana que contribui com uma alfa-hélice ao complexo. o t-SNARE: proteína transmembrana que contribui com uma alfa-hélice ao complexo. o SNAP 25: proteína de membrana periférica que contribui com duas alfa-hélices ao complexo. o Na sinapse, a maquinaria básica da SNARE é modulada pelo sensor de Ca2+ sinaptotagmina e uma proteína adicional denominada complexina. As vesículas sinápticas primeiro se ancoram na membrana (etapa 1), e o feixe de SNARE se monta parcialmente (etapa 2), resultando em uma “vesícula preparada” que já foi puxada para perto da membrana. O feixe de SNARE é adicionalmente montado, mas a ligação adicional de complexina evita sua fusão (etapa 3). Com a chegada de um potencial de ação, o Ca2+ entra na célula e se liga à sinaptotagmina, que libera o bloqueio e abre um poro de fusão (etapa 4). Rearranjos posteriores completam a reação de fusão (etapa 5) e liberam a maquinaria de fusão, que agora pode ser reutilizada. Tal arranjo elaborado permite que a maquinaria de fusão responda na escala de milissegundos, o que é essencial para a sinalização sináptica rápida e repetitiva. POTENCIAL PÓS SINÁPTICO Os potenciais pós-sinápticos são eventos elétricos causados pela abertura de canais iônicos NT dependentes cuja amplitude é baixa mas variável. O potencial da membrana pós-sináptica é conduzido até o cone de implantação, local onde os estímulos são integrados, podendo gerar um potencial de ação. Tal fenômeno é conhecido como somação. Somação é a análise combinatória de potenciais pós-sinapticos, que pode ser: o Somatório + Inibitório o Somatório + Somatório o Inibitório + Inibitório Pode ser de dois tipos: 1. Potencial Pós-Sináptico Excitatório (PEPS): • Causa despolarização da membrana pós-sináptica pela abertura de canais de sódio. • Neurotransmissor Excitatório principal: glutamato • Pode atingir o limiar excitatório. 2. Potencial Pós-Sináptico Inibitório (PIPS): • Causa hiperpolarização da membrana pós-sináptica pela abertura de canais de cloro. • Neurotransmissor Inibitório principal: GABA • O potencial de ação se afasta do limite excitatório. EFEITOS DO ÁLCOOL Diminui o estímulo dos PEPS – inibe glutamato. Aumenta o estímulo do PIPS – estimula o GABA. o GABA: causa PIPS também pela abertura dos canais de K+. EFEITOS DA COCAÍNA A cocaína ocupa o sítio de ligação dos neurotransmissores na membrana pós-sináptica. Bloqueia a degradação de dopamina, o que causa acúmulo de neurotransmissores na fenda siáptica. *A dopamina atua, especialmente, no controle dos movimentos, memória e sensação de prazer.
Compartilhar