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Unidade V Sustentabilidade e Gerenciamento de Resíduos Sólidos

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Prévia do material em texto

Responsável pelo Conteúdo: 
Profa. Ms. Carla Caprara Parizi 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta terceira unidade, abordaremos os conceitos dos Recursos Humanos utilizados na 
construção civil. 
O material foi organizado em: 
Leitura: 
1) Esquema Gráfico 
Relembrando a representação visual da organização da disciplina contemplando os conteúdos 
e suas relações. 
 A Metodologia AQUA 
 Sistema de Avaliação 
 Construções Sustentáveis 
 Introdução 
 Canteiro Sustentável 
 Água Sustentável 
 Energia Sustentável 
 Seleção de Materiais 
 Consumo de Materiais 
Compreender que melhorias no setor da Construção Civil são 
necessárias, a fim de atender à demanda de sustentabilidade. 
Compreender que a criação e adoção de sistemas de classificação do 
desempenho ambiental e da sustentabilidade do Edifício são formas 
de estabelecer parâmetros de orientação ao mercado em relação ao 
desempenho do edifício. 
 
6 
 
2) Contextualização e problematização 
Texto introdutório relembrando os conteúdos que serão abordados; 
3) Apresentação Narrada 
Apresentação que aborda os principais conceitos que serão retomados no texto teórico; 
4) TextoTeórico 
Texto base da disciplina, desenvolvido pelo tutor; 
 
Atividades: 
1) Atividade de sistematização, com autocorreção pelo Blackboard 
Atividades tipo teste de múltipla escolha, baseadas nos conteúdos estudados no “Texto 
teórico”, no livro sugerido, e leituras complementares 
2) Atividade de Fórum de discussão 
Atividade interativa, cujo objetivo é fazer com que vocês relatem experiências relativas as 
estratégias utilizadas para qualificação da mão-de-obra na construção, bem como outras 
discussões voltadas para os Recursos Humanos. 
 
Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura, na sequência as 
atividades de fixação dos conteúdos, e as atividades de interação. 
Utilize os fóruns de discussão e a lista de e-mails para sanar as dúvidas. 
Em um cenário de mudanças permanentes do mercado, a busca permanente por informações 
atualizadas pode ter um impacto positivo no nível de competitividade da empresa. 
 
 
 
 
 
 
A indústria da construção civil é o setor que causa mais impacto ao meio ambiente. 
Todas as etapas da construção são relevantes no que diz respeito ao consumo de 
recursos e geração de resíduos, embora algumas dessas etapas possam acusar apenas 
prejuízos temporários, como vibrações e ruídos, é certo que a maioria causa prejuízos 
definitivos. 
Melhorias neste setor são necessárias, a fim de atender à demanda de 
sustentabilidade. 
A criação e adoção de sistemas de classificação do desempenho ambiental e da 
sustentabilidade do Edifício são formas de estabelecer parâmetros de orientação ao 
mercado em relação ao desempenho do edifício. 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
A indústria da construção civil é o setor que causa mais impacto ao meio ambiente. 
Todas as etapas da construção, são relevantes no que diz respeito ao consumo de 
recursos e geração de resíduos, embora algumas dessas etapas possam acusar apenas 
prejuízos temporários, como vibrações e ruídos, é certo que a maioria causa prejuízos 
definitivos. Embora o objetivo da indústria da construção seja sempre prestar serviços 
para o bem estar da população, não se pode deixar de avaliar os prejuízos causados ao 
meio ambiente. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio. 
O texto a seguir tenta apresentar o tema, de forma simples, mostrando o problema 
e algumas ações voltadas à Sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
Além dos impactos ambientais, a indústria da construção civil é capaz de causar 
impactos econômicos e sociais, como apresentado na figura 1, onde mostra a participação dos 
agentes da cadeia da construção civil na geração de empregos, ou como mostra o quadro 1 
um percentual de acidentes obtidos por diversas causas, com valores significativos, ou ainda 
como mostra a figura 2, em detalhes os tipos de lesões sofridas por trabalhadores na 
construção Civil. 
 
Figura 1 – Participação dos Agentes da cadeia produtiva da construção civil na geração de empregos. 
Fonte: ABRAMAT (2008, APUD ARAÚJO, 2009) 
 
 
8 
 
Quadro 1 – Distribuição de trabalhadores da construção civil acidentados, atendidos no hospital onde ocorreu o 
estudo, no período de dois anos, em relação à causa. 
 
Fonte: Silveira et al.(2005, APUD ARAÚJO, 2009) 
 
 
Figura 2 – Tipos de lesões apresentadas por trabalhadores da construção civil nos anos de 1998 e 1999. 
Fonte: Diesel et al. (s.d., ARAÚJO, 2009) 
 
9 
Para se obter portanto, uma construção sustentável, é necessário atender a: 
(BRE; CAR; ECLIPSE, 2002, APUD ARAÚJO, 2009): 
• Sustentabilidade econômica: aumentando a lucratividade pelo uso mais eficiente 
de recursos, incluindo mão-de-obra, materiais, água e energia; 
• Sustentabilidade ambiental: prevenindo impactos perigosos e potencialmente 
irreversíveis pelo uso cuidadoso de recursos naturais, pela minimização dos resíduos, 
pela proteção e, quando possível, melhora do meio ambiente; 
• Sustentabilidade social: respondendo às necessidades das pessoas envolvidas em 
todo o processo construtivo (desde o planejamento até a demolição), provendo a 
satisfação dos clientes e usuários, trabalhando em conjunto com clientes, fornecedores, 
funcionários e comunidades locais. 
Segundo Araújo (2009) 
“A sustentabilidade, vista como o equilíbrio entre o socialmente desejável, 
economicamente viável e ambientalmente sustentável hoje representa para 
todos os tipos de negócios, não mais um diferencial, e sim um limitador para 
uma empresa, alcançar destaque no mercado”. 
 
Figura: 3 - Dimensões da Sustentabilidade 
Fonte: Carneiro (2010) 
 
Há algumas décadas atrás a decisão de viabilizar uma construção não estava 
fundamentada em preocupações com as causas sociais e ambientais, e sim com o estudo e 
análise econômico-financeira, hoje não se pode mais pensar em viabilizar projetos de 
construções sem dar a devida importância as dimensões expostas na figura 3. 
 
10 
 
È fundamental que se conheça as causas dos impactos, em quais atividades estes 
ocorrem e com que intensidade, para intervenção se possível, minimizando suas 
consequências. Conhecendo os impactos ambientais pode-se optar em onde agir em primeiro 
lugar e quais são as prioridades, já que não se pode atuar sobre tudo, conciliar as três 
dimensões, não é tarefa fácil, pois os recursos disponíveis são limitados. (CARDOSO E 
ARAÚJO, 2007) 
Segundo Cardoso e Araújo (2007) 
“Priorizados os impactos que precisam ser reduzidos ou eliminados, pode-se definir as 
tecnologias e as ações de natureza gerencial necessárias, estabelecendo os recursos 
que precisam ser implementados – equipamentos a serem comprados, profissionais a 
serem treinados ou contratados, ferramentas gerenciais a serem implementadas, etc. – 
e os prazos e custo envolvidos. 
 
A Câmara da Indústria da Construção (2008 apud Araújo, 2009) destaca alguns dos 
princípios básicos da construção sustentável, são eles: 
 Aproveitar as condições naturais locais; 
 Utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural; 
 Implantação e análise do entorno; 
 Reduzir ou não provocar impactos no entorno – paisagem, temperaturas e 
concentração de calor, sensação de bem-estar; 
 Qualidade ambiental interna e externa; 
 Gestão sustentável da implantação da obra; 
 Adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários; 
 Uso de matérias-primas que contribuam com a ecoeficiência do processo; 
 Redução do consumo energético; 
 Redução do consumo de água; 
 Reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos; 
 Introduzir inovações tecnológicas sempre que possível e viável; 
 Educação ambiental: conscientização dos envolvidos no processo.11 
As principais preocupações envolvidas na construção sustentável de um empreendimento são 
(CÂMARA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, 2008, APUD ARAÚJO, 2009): 
 Sustentabilidade do canteiro de obras; 
 Gestão de água e efluentes; 
 Gestão de energia e emissões; 
 Gestão de materiais e resíduos sólidos; 
 Qualidade do ambiente interno; 
 Qualidade dos serviços. 
 
 A Resolução nº 001/1986 do CONAMA - obriga que seja feita uma avaliação mais 
completa quando os empreendimentos causarem grandes impactos ambientais, o Estudo de 
Impactos Ambientais (EIA) e o seu relatório-resumo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). 
São necessários o EIA/RIMA em projetos urbanísticos, que excedam a área de 100 ha ou 
implantados em locais considerados de relevante interesse ambiental. 
As informações relacionadas à dimensão ambiental encontram-se estruturadas segundo 
quatro grandes temas, cada qual agrupando aspectos ambientais correlacionados às 
atividades desenvolvidas nos canteiros de obras: infra-estrutura do canteiro de obras; recursos; 
resíduos; e incômodos e poluições. 
Segundo Cardoso e Araújo (2007), deve se conhecer as intensidades dos impactos e 
suas consequências para os meios físico, biótico e antrópico, para então priorizá-los. 
a) Meio físico – solo: 
 alteração das propriedades físicas; 
 contaminação química; 
 indução de processos erosivos; 
 esgotamento de reservas minerais. 
b) Meio físico – ar: 
 deterioração da qualidade do ar; 
 poluição sonora. 
c) Meio físico – água: 
 alteração da qualidade águas superficiais; 
 
12 
 
 aumento da quantidade de sólidos; 
 alteração da qualidade das águas subterrâneas; 
 alteração dos regimes de escoamento; 
 escassez de água. 
d) Meio biótico: 
 interferências na fauna local; 
 interferências na flora local; 
 alteração da dinâmica dos ecossistemas locais; 
 alteração da dinâmica do ecossistema global. 
e) Meio antrópico – trabalhadores: 
 alteração nas condições de saúde; 
 alteração nas condições de segurança. 
f) Meio antrópico – vizinhança: 
 alteração da qualidade paisagística; 
 alteração nas condições de saúde; 
 incômodo para a comunidade; 
 alteração no tráfego de vias locais; 
 pressão sobre serviços urbanos (exceto drenagem); 
 alteração nas condições de segurança; 
 danos a bens edificados; 
 interferência na drenagem urbana. 
g) Meio antrópico – sociedade: 
 escassez de energia elétrica; 
 pressão sobre serviços urbanos (exceto drenagem); 
 aumento do volume aterros de resíduos; 
 interferência na drenagem urbana. 
 
13 
O item “Resíduos” trata do atendimento às exigências da Resolução n0 307/2002 do 
CONAMA (2002). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A criação e adoção de sistemas de classificação do desempenho ambiental e da 
sustentabilidade do Edifício é uma forma de estabelecer parâmetros de orientação ao mercado 
em relação ao desempenho do edifício, alguns exemplos são mostrados no quadro 2. 
 
O quadro 2 descreve os sistemas adotados por alguns países 
Sistemas/Países Metodologia Comentários 
BREEAM (BRE 
Environmental 
Assessment 
Method) – Reino 
Unido 
Voltada para edifícios de escritórios 
novos ou em reforma. A avaliação é 
feita por pontos, o atendimento a cada 
exigência proposta vale pontos. Os 
pontos são ponderados para gerar um 
índice de desempenho ambiental do 
edifício 
 
As exigências relativas aos canteiros de 
obras aparecem em : 
a) Gestão que trata da monitoração, 
triagem e reciclagem dos resíduos dos 
canteiros de obras; das práticas 
referentes à minimização dos riscos de 
poluição do ar, do solo, dos cursos 
d’água e das redes públicas de 
infraestrutura; do uso de madeira 
proveniente de manejos sustentáveis, 
reúso ou reciclagem; qualidade da 
obra. 
b) Ecologia que trata da preservação 
de árvores com troncos de diâmetro 
acima de 100 mm, de lagoas e de 
córregos. 
 
 
Como medir o quão sustentável uma obra é ou possui ações que a tornem mais 
ou menos sustentáveis? 
 
14 
 
CASBEE 
(Comprehensive 
Assessment 
System for 
Building 
Environmental 
Efficiency) - Japão 
Sistema com base em critérios e 
benchmarks. 
 
Composto por várias ferramentas para 
diferentes estágios do ciclo de 
vida. 
Praticamente não inclui exigências 
referentes ao canteiro de obras. A 
exceção é o incentivo ao uso de 
materiais reciclados e o reúso de 
componentes estruturais, além do 
emprego de madeiras provenientes de 
florestas sustentáveis. São 
preocupações: 
ambiente interno, qualidade dos 
serviços, 
ambiente externo (dentro do terreno) 
energia recursos e materiais 
ambiente externo (fora do terreno) 
HQE - Haute 
Qualité 
Environnementale - 
França 
Voltada para edifícios comerciais e 
escolas, e apresenta uma categoria 
denominada “Canteiro de obras com 
baixo impacto ambiental”. A avaliação 
é feita por níveis, sendo as escalas: 
nível Base (B) - critérios baseados em 
indicadores normalizados ou 
regulamentares ou correspondentes às 
práticas usuais; 
nível Intermediário (I) - critérios 
superiores aos das práticas usuais; 
nível Superior (S) - critérios definidos a 
partir das melhores práticas 
constatadas em 
empreendimentos similares 
As duas exigências relacionadas aos 
canteiros de obras são: otimização da 
gestão do canteiro e redução dos 
incômodos, poluições e consumos 
gerados pelo canteiro. 
Certification 
Habitat et 
Environnement 
(França); 
Voltada a edifícios habitacionais, 
preocupação o “Canteiro de obras 
limpo”. 
Traz cinco exigências: 
“mecanismos para a correta 
contratação das empresas que atuam 
no canteiro; 
destinação final dos resíduos; 
preparação do canteiro; controle dos 
impactos ambientais do canteiro; e 
balanço ambiental do canteiro”. 
LEED - Leadership 
in Energy & 
Environmental 
Design – Estados 
Unidos 
Inspirado no BREEAM. Sistema com 
base em critérios e benchmarks. O 
sistema é atualizado regularmente (a 
cada 3-5 anos) 
A metodologia LEEDTM é avaliada 
por meio da soma de pontos, com um 
máximo 
atingível de 69. O projeto é avaliado 
quando alcança, no mínimo, 26 
pontos 
(certified), sendo que obtém a 
Duas exigências são feitas referentes 
ao canteiro de obras: controle de 
erosão e de 
assoreamento e gestão dos resíduos do 
canteiro. 
 
15 
avaliação máxima a partir de 52 
(platinum), existindo 
dois níveis intermediários (silver e 
gold). 
AQUA (Alta 
Qualidade 
Ambiental) - 
Brasil adaptado 
do HQE França 
Primeiro certificado brasileiro para 
construções sustentáveis. 
A avaliação é feita por níveis, sendo as 
escalas: nível Base (B) - critérios 
baseados 
em indicadores normalizados ou 
regulamentares ou correspondentes às 
práticas 
usuais; nível Intermediário (I) - critérios 
superiores aos das práticas usuais; 
nível 
Superior (S) - critérios definidos a 
partir das melhores práticas 
constatadas em 
empreendimentos similares já 
realizados no Brasil. 
A metodologia apresenta entre suas 
categorias de preocupações ambientais 
do 
edifício o item “Canteiro de obras com 
baixo impacto ambiental”. Este é 
dividido em 
duas subcategorias: otimização da 
gestão dos resíduos do canteiro de 
obras e 
redução dos incômodos, poluição e 
consumo de recursos causados pelo 
canteiro de 
obras. 
 
Segundo análise de Araújo (2009) as metodologias de avaliação internacionais, de 
modo geral apresentam poucas exigências em relação aos canteiros de obras, e, em alguns 
casos, nenhuma. A metodologia AQUA e o HQE, dão mais atenção ao tema, mas não o 
suficiente. As questões sociais estão ausentes em todos os exemplos do quadro acima, 
evidenciando a ênfase na dimensão ambiental da sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
A metodologia AQUA (Alta Qualidade Ambiental) é o primeiro certificado brasileiro 
para construções sustentáveis, que foi adaptado do “Démarche HQE” . O AQUA se divide ematendimento à três níveis, que são: Base, Intermediário e Superior. 
O Nível Base corresponde às práticas usuais, baseados em indicadores normalizados ou 
regulamentares. 
O nível Intermediário corresponde à critérios superiores aos das práticas usuais 
 
16 
 
O Nível Superior corresponde à critérios definidos por comparação e por experiências 
anteriores as melhores práticas Similares realizadas no Brasil. As preocupações Ambientais do 
AQUA estão expostos no Quadro 3. 
Quadro 3 Preocupações Ambientais da Metodologia AQUA, segundo Araújo (2009) 
Canteiro de Obras 
Otimização da Gestão dos 
resíduos do canteiro e obras 
Minimização da produção de resíduos gerados no 
canteiro e o beneficiamento do máximo possível 
dos resíduos, assegurando a correta destinação 
dos resíduos 
Redução de Incômodos, poluição 
e consumo de recursos (água e 
energia) causados pelo canteiro 
Os incômodos considerados são sonoros, visuais, 
circulação de veículos, ao derramamento de 
concreto, etc. Quanto à poluição envolve os 
efeitos ao solo, subsolo, água e ar 
 
Nos próximos capítulos iremos abordar os temas: Canteiro Sustentável, Água 
Sustentável, Energia Sustentável, Seleção de materiais e Consumo de Materiais. 
 
 
 
 
Cardoso e Araújo em Projeto Tecnologias para Construção Habitacional mais 
Sustentável: Estado da Arte – Canteiro de Sustentável em 2007, enunciou razões para se 
preocupar, que abrangem os seguintes Temas: Recursos, Infraestrutura, Resíduos e Incômodos 
e Poluição e relaciona-os com os quadros 4, 5, 6 e 7, respectivamente. 
Quadro 4 - Recursos 
 
 
17 
 Quadro 5 - Infraestrutura 
Remoção de Edificações a remoção de edificações gera um grande volume de resíduos, 
Supressão de Vegetação 
Gera alteração do ecossistema local 
Gera exposições de camadas inferiores de solo, que em geral 
são mais suscetíveis à erosão. 
Parte da vegetação dos canteiros deve ser preservada. 
Risco de 
desmoronamento 
Risco de Acidentes para os trabalhadores, risco às construções 
vizinhas 
Existência de ligações 
provisórias 
Ligações elétricas provisórias mal executadas podem gerar 
riscos aos trabalhadores. Ligações de água podem gerar 
escassez na vizinhança 
Esgotamento de águas 
servidas 
O esgotamento de águas servidas do canteiro quando mal feito, 
pode apresentar vazamento, podendo contaminar águas 
subterrâneas e solo. 
Risco de Perfuração de 
Redes 
Causa incômodos à comunidade, pois gerar interrupção de 
fornecimento, ou interdição de ruas, ou mesmo indução de 
processos erosivos. 
Geração de Energia no 
canteiro 
Se forem empregados geradores de combustão pode gerar 
poluição sonora 
Existência de 
Construções Provisórias 
Além do impacto paisagístico, construir provisórias mal feitas 
podem gerar riscos aos trabalhadores 
Impermeabilização de 
Superfícies 
Causa diminuição da infiltração de água pelo solo 
Ocupação da Via Pública Ou por caçambas ou instalações que avançam sobre a calçada 
Armazenamento de 
Materiais 
Armazenamento incorreto de materiais principalmente os 
perigosos pode causar contaminação do solo, água e ar 
Circulação de Máquinas, 
Materiais, Veículos e 
Equipamentos 
Podem causar poluição do ar, transtornos no trânsito e poluição 
sonora 
Manutenção de 
Máquinas, Materiais, 
Veículos e Equipamentos 
Derramamento de óleo ou produtos de limpeza podem 
contaminar água e solo 
 
 
18 
 
Quadro 6 – Resíduos 
Perdas de Materiais por 
entulho 
Além de representarem perdas significativas em termos de custo 
geram impactos ambientais. 
 
 
 
 
Manejo de Resíduos 
Inclui as atividades de caracterização, triagem, acondicionamento 
e transporte. 
Estas atividades são fundamentais no gerenciamento de resíduos, 
possibilitando a valorização do mesmo pelo reuso e reciclagem. 
O manejo inadequado pode gerar impactos como por exemplo: 
materiais que poderiam ser reutilizados não poderão ser, e outros 
tipos de prejuízos bastante significativos 
Destinação de resíduos 
(inclui descarte de recursos 
renováveis) 
Locais inadequados contribuem para a degradação dos meios 
físico, biótico e antrópico. “Os resíduos devem ser classificados 
conforme determina a resolução CONAMA nº 307/2002 em A, 
B, C ou D e destinados ao local correto. Não é permitida a 
disposição em aterros de resíduos domiciliares, áreas de “bota 
fora”, encostas, corpos d’água, lotes vagos e áreas protegidas por 
lei”. 
 
Manejo e destinação de 
resíduos perigosos 
O manejo e a destinação incorreta trazem além de consequências 
danosas para o trabalhador e a vizinhança, trazem também para 
locais distantes. 
 
 
Queima de resíduos no 
canteiro 
“A queima de resíduos nos canteiros, além de proibida, provoca 
deterioração da qualidade do ar, 
além da possibilidade de geração sub-produtos perigosos, como 
a queima do PVC e do chumbo”. 
 
 
19 
Quadro 7 – Incômodos e Poluição 
Geração de resíduos 
perigosos 
Os resíduos perigosos podem causar impactos ao meio ambiente de 
diversas maneiras. “A geração de resíduos perigosos na construção civil, 
hoje, não pode ser totalmente evitada, porém, pode ser minimizada ou 
controlada”. 
Geração de resíduos 
sólidos 
A geração de resíduos num canteiro de obras é inevitável, no entanto, 
segundo a Resolução CONAMA nº 307/2002, a prioridade deve ser a 
não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, reutilização, 
reciclagem e destinação final. 
Emissão de vibração e 
de ruídos 
A vibração dos equipamentos e máquinas utilizados pelos trabalhadores, 
aliada ao ruído, pode causar problemas à saúde, como a diminuição da 
audição. 
Já, no caso da vizinhança, as vibrações podem causar estresse 
psicológico e problemas à saúde. 
Lançamento de 
fragmentos 
Lançamento de fragmentos demandam a utilização de equipamentos de 
proteção individual e coletiva. 
Emissão de material 
particulado 
Os materiais particulados são formados por partículas sólidas cujo 
diâmetro pode variar de 0,01 micrometros a 100 micrometros. As 
partículas entre 0,1 micrometro e 3 micrometro causam diversos 
problemas respiratórios aos seres vivos. 
Risco de geração 
faíscas onde há gases 
dispersos 
Para evitar acidentes, devem-se tomar precauções contra 
desprendimentos de gases inflamáveis e, se ocorrer, deve haver um 
procedimento pré-estabelecido de conduta 
Divulgado aos trabalhadores. 
Desprendimento de 
gases, fibras e outros 
Tanto os gases como as fibras, como amianto, sílica, asbestos, isolantes e 
lãs minerais são responsáveis por diversos males tanto para o trabalhador 
como para a vizinhança. 
Renovação do ar 
Para preservar a boa qualidade do ar interno é necessário preocupar-se 
com dois fatores: a limitação da emissão de poluição na sua origem e a 
boa ventilação. 
Manejo de materiais 
perigosos 
“No manejo destes materiais é preciso tomar as precauções 
necessárias e utilizar equipamentos de proteção de modo a evitar riscos à 
saúde”. 
 
 
20 
 
 
 
 
Para redução do desperdício da água nos edifícios segundo Oliveira (1999, apud 
Oliveira ,Ilha e Reis, 2007) pode-se implementar: 
a) ações econômicas:. Podem ser alcançadas por meio da aquisição de sistemas e 
componentes economizadores de água e redução de tarifa. 
b) ações sociais: por meio de campanhas educativas e de sensibilização do usuário, que 
impliquem em redução de consumo. 
c) ações tecnológicas: por meio da substituição de sistemas e componentes 
convencionais por economizadores de água, da implementação de sistemas de 
medição setorizada do consumo de água, da detecção e correção de vazamentos, do 
reaproveitamento de água e da reciclagem de água servida. 
 
Uma ação tecnológica é mostrada na figura 4 que representa a Setorização do 
consumo de água – sistema com medição no Térreo 
 
Figura 4 – Exemplo de Setorização do Consumo de água 
Fonte: Oliveira (2007) 
 
21 
 
Outro exemplo de economia de água mediante uma ação tecnológicaé o sistema dual 
de descarga apresentada na figura 5 e um sistema de captação de águas pluviais para fins não 
potáveis mostrada na figura 6 e detalhada na figura 7. 
 
Figura 5 – Sistema dual de descarga 
Fonte: Oliveira (2007) 
 
Figura 6 – Sistema de captação de águas pluviais para fins não potáveis 
Fonte: Oliveira (2007) 
 
 
22 
 
 
Figura 7 – Elementos do sistema de aproveitamento de água pluvial 
Fonte: Oliveira (2007) 
 
As figuras 8 e 9 mostram Sistemas de Inflitração de água pluvial, com a utilização de 
pavimentos permeáveis, que permitem a infiltração da água. 
 
Figura 8 - Pavimento Permeável em blocos intertravados 
Fonte: Silveira (2001, APUD OLIVEIRA, 2007) 
 
23 
 
Figura 9 - Concregrama 
Fonte: Reis et al. (2002, APUD OLIVEIRA, 2007) 
 
As figuras 10 e 11 mostram plantas que consomem pouca água, para serem utilizadas 
como ornamento, ou em jardins. 
 
Figura 10 - Alecrim 
Fonte: Oliveira (2007) 
 
24 
 
 
Figura 11 – Primavera 
Fonte: Oliveira (2007) 
 
 
Oliveira ,Ilha e Reis (2007) recomendam que o sistema brasileiro de avaliação de 
sustentabilidade, no que se refere ao item “água”: 
 “exija que os materiais, componentes e equipamentos estejam em conformidade com 
as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT); 
 recomende que os procedimentos de execução, operação e manutenção sejam 
elaborados em função do sistema construtivo e respeitados pelos usuários 
(empreendedor, executor e usuário final); 
 garanta a acessibilidade e manutenabilidade dos sistemas prediais; 
 requeira dos empreendedores a execução de sistemas de suprimento de água e de 
coleta e de tratamento de esgoto sanitário com menor custo e impacto ambiental; 
 incentive o aproveitamento e a infiltração da água pluvial sem colocar em risco a saúde 
pública.” 
 
 
25 
 
 
 
Critérios como o uso da iluminação natural, iluminação eficiente e da ventilação são 
conceitos básicos na utilização de projetos sustentáveis. Assim como a utilização de 
componentes com desempenho térmico adequado dependendo da região climática também 
são fundamentais para a Sustentabilidade no que tange a Energia Sustentável. 
A figura 12 mostra um projeto de casa eficiente desenvolvido em parceria com a 
Eletrosul, Eletrobrás e PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), 
LABEEE (Laboratório de Eficiência Energética em Edificações. Universidade Federal de Santa 
Catarina). 
 
12 – Projeto de Casa Eficiente 
Fonte: Lamberts e Triana (2007) 
 
 
 
26 
 
 
 
 
Segundo John e Oliveira (2007) a construção de edificações pode consumir até 75% 
dos recursos extraídos da natureza, e a maior parte destes recursos não são renováveis. 
John e Oliveira (2007) afirmam que: 
“Uma construção mais sustentável depende, portanto, da seleção correta de materiais 
e componentes, que pode ser definida como a seleção de produtos que, combinada 
com o correto detalhamento de projetos, resulta em impactos ambientais menores e 
em maior benefício social, dentro dos limites da viabilidade econômica, para uma 
dada situação”. 
 
 Critérios de Sustentabilidade econômica para seleção de materiais foram enunciadas 
por Silva (2003, apud John e Oliveira, 2007) ), reproduzidas abaixo. 
 Aumentar a qualidade de produtos e processos 
 Melhorar a qualidade de produtos, processos e Edifícios 
 Aumentar a vida útil das edificações, (durabilidade e adaptabilidade) 
 Aumentar eficiência na alocação de recursos (capital financeiro e ambiental) para a 
produção de materiais, e construção e uso de edifícios. 
 Internalizar custos ambientais e sociais no estabelecimento de preços, para estimular 
opção por produtos com .melhor valor. em termos de Sustentabilidade 
 
 
 
 
 
Como já foi dito no capítulo anterior a construção de edificações consome 75% de 
recursos da natureza, portanto para consumi-los é necessário gerir o consumo desses 
materiais. Para a Gestão dos materiais é necessário que se discuta as bases conceituais do 
consumo e das perdas de materiais. 
 
 
 
27 
 
 
 
Bem espero que todos vocês tenham percebido a dificuldade de conciliar todos os itens 
citados para se conceber uma construção Sustentável, e também perceber a responsabilidade 
que os atuais Engenheiros têm, e as novas gerações de Engenheiros Civis também terão para 
atender a todos os requisitos de Sustentabilidade. A necessidade de desenvolvimento de 
tecnologias e ações de natureza gerencial para serem implementadas, que permitam a 
minimização dos impactos dos canteiros de obras, dependem fundamentalmente da base 
conceitual, cultural e criativa que o profissional da área tenha ou seja capaz de adquirir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Como texto complementar desta Unidade indico consulta ao endereço abaixo que trata sobre 
a Metodologia LEED : 
http://www.gbcbrasil.org.br/?p=educacao&gclid=CKOWvMipsrkCFWXZQgodkmwANQ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.gbcbrasil.org.br/?p=educacao&gclid=CKOWvMipsrkCFWXZQgodkmwANQ
 
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ARAÚJO, V. M. Práticas Recomendadas para a Gestão mais sustentável de 
canteiros de obras. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São 
Paulo, 2004 
 
CARDOSO, F.F.; ARAÚJO, V.M. Projeto Tecnologias para Construção Habitacional 
mais Sustentável: Estado da Arte - Redução de impactos ambientais do canteiro 
de obras: USP, 2007. Disponível em http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br. 
 
JOHN, V.M.; OLIVEIRA D.P. Projeto Tecnologias para Construção Habitacional mais 
Sustentável: Estado da Arte - Critérios de sustentabilidade para a seleção de 
materiais e componentes: USP, 2007. Disponível em: 
http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br. 
 
LAMBERTS R.; TRIANA M. A. Projeto Tecnologias para Construção Habitacional 
mais Sustentável: Estado da Arte - Energia Sustentável: USP, 2007. Disponível em 
http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br. 
 
OLIVEIRA, L.H. O edifício e o ambiente - Água - Anotações de Aula EPUSP. São Paulo, 
2007. 
OLIVEIRA,L.H.; ILHA M.; R.P.A. Projeto Tecnologias para Construção Habitacional 
mais Sustentável: Estado da Arte – Água Sustentável: USP, 2007. Disponível em 
http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br. 
 
 
SILVA, V. G. Projeto Tecnologias para Construção Habitacional mais Sustentável: 
Estado da Arte: Sistemas de Avaliação Ambiental de edifícios: Estado atual e 
discussão Metodológica, USP, 2007. Disponível em: 
http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br. 
 
SOUZA, E. L. de.; DEANA D.F. Projeto Tecnologias para Construção Habitacional 
mais Sustentável: Estado da Arte: Gestão do Consumo de Materiais nos Canteiros 
de obras: USP, 2007. Disponível emhttp://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br. 
 
http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br/
http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br/
http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br/
http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br/
http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br/
http://www.habitacaosustentavel.pcc.usp.br/
 
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