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Brazilian Journal of Development 
 
 Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 11, p.93559-93567, nov. 2020. ISSN 2525-8761 
93559 
A utilização do óleo ozonizado no processo de cicatrização pós cirurgia de 
implante dental imediato-revisão de literatura 
 
The use of ozonized oil in the healing process after dental implant surgery - 
literature review 
 
DOI:10.34117/bjdv6n11-682 
 
Recebimento dos originais: 30/10/2020 
Aceitação para publicação: 30/11/2020 
 
Mário Jorge Souza Ferreira Filho 
Doutorando em Ciências Odontológicas 
Instituição: Centro Universitário do Norte – UNINORTE 
Endereço: Av. Joaquim Nabuco, 1270 - Centro, Manaus - AM, 69020-030 
E-mail: dr.mfilho@gmail.com 
 
Tatiane Pereira Marques 
Acadêmica de Odontologia 
Instituição: Centro Universitário do Norte – UNINORTE 
Endereço: Av. Joaquim Nabuco, 1270 - Centro, Manaus - AM, 69020-030 
E-mail: dr.mfilho@gmail.com 
 
Lohana Monteiro Nogueira 
Acadêmica de Odontologia 
Instituição: Centro Universitário do Norte – UNINORTE 
Endereço: Av. Joaquim Nabuco, 1270 - Centro, Manaus - AM, 69020-030 
Email: dr.mfilho@gmail.com 
 
Yuri da Silva Pimenta 
Especialista em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial 
Instituição: Programa de Pós-graduação em Cirurgia PPGRACI/UFAM 
Endereço: R. Afonso Pena, 1053, Centro, CEP 69020-160 
E-mail: ypimenta@hotmail.com 
 
Aline Maquiné Pascareli Carlos 
Doutoranda em Ciências Odontológicas com ênfase em Pediatria 
Instituição: Centro Universitário do Norte – UNINORTE 
Endereço: Av. Joaquim Nabuco, 1270 - Centro, Manaus - AM, 69020-030 
E-mail: dr.mfilho@gmail.com 
 
Joselane Rodrigues do Nascimento 
Acadêmica de Odontologia 
Instituição: Centro Universitário FAMETRO 
Endereço: Rua Ilidio Lopes 123, Japiim, Manaus – AM, 69078-530 
E-mail: josi.rodrigues.vp@gmail.com 
 
 
Brazilian Journal of Development 
 
 Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 11, p.93559-93567, nov. 2020. ISSN 2525-8761 
93560 
Júlia Lima de Aguiar 
Acadêmica de Odontologia 
Instituição: Centro Universitário do Norte – UNINORTE 
Endereço: Av. Joaquim Nabuco, 1270 - Centro, Manaus - AM, 69020-030 
E-mail: dr.mfilho@gmail.com 
 
Luan Roberto Milério 
Acadêmico de Odontologia 
Instituição: Centro Universitário do Norte – UNINORTE 
Endereço: Av. Joaquim Nabuco, 1270 - Centro, Manaus - AM, 69020-030 
E-mail: dr.mfilho@gmail.com 
 
 
RESUMO 
A ozonioterapia tem sido utilizada em várias especialidades da área da saúde para tratamento de 
diferentes doenças há mais de 100 anos. Segundo estudos, o ozônio também está sendo inserido nas 
diferentes especialidades da Odontologia, devido às suas propriedades terapêuticas. As características 
clínicas da cicatrização cirúrgica de tecidos moles em odontologia têm sido raramente discutidas na 
literatura internacional. O objetivo deste trabalho é destacar a utilização o óleo ozonizado para a 
cicatrização de feridas cirúrgicas, especialmente na odontologia periodontal e de implantes, assim 
como procedimentos de monitoramento que devem ser seguidos. As propriedades do óleo ozonizado 
fazem dele um excelente medicamento utilizado de forma tópica para contribuição da cicatrização das 
feridas cirúrgicas. A inspeção de feridas após alimentação cuidadosa e debridamento de biofilme 
bacteriano, que é a parte essencial do monitoramento da cicatrização de feridas. O monitoramento da 
cicatrização de feridas é uma preocupação importante em todos os procedimentos cirúrgicos, pois 
permite identificar sinais ou sintomas possivelmente relacionados a complicações cirúrgicas. 
 
Palavras–chave: Ozônio, Implantes, Cicatrização. 
 
ABSTRACT 
Ozone therapy has been used in several health specialties for the treatment of different diseases for 
over 100 years. According to studies, ozone is also being inserted in the different specialties of 
Dentistry, due to its therapeutic properties. The clinical characteristics of surgical soft tissue healing in 
dentistry have rarely been discussed in the international literature. The objective of this work is to 
highlight the use of ozonized oil for the healing of surgical wounds, especially in periodontal and 
implant dentistry, as well as monitoring procedures that must be followed. The properties of ozonized 
oil make it an excellent medication used topically to contribute to the healing of surgical wounds. 
Inspection of wounds after careful feeding and debridement of bacterial biofilm, which is the essential 
part of monitoring wound healing. Monitoring wound healing is an important concern in all surgical 
procedures, as it allows the identification of signs or symptoms possibly related to surgical 
complications. 
 
Keywords: Ozone, Implants, Healing. 
Brazilian Journal of Development 
 
 Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 11, p.93559-93567, nov. 2020. ISSN 2525-8761 
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1 INTRODUÇÃO 
O ozônio (O3) é uma molécula triatômica composta por três átomos de oxigênio. Seu peso 
molecular é 47, 98 g / mol e composto termodinamicamente altamente instável que, dependendo das 
condições do sistema como temperatura e pressão, se decompõe em oxigênio puro com uma meia-vida 
curta. O ozônio é 1,6 vezes mais denso e 10 vezes mais solúvel em água (49,0 mL em 100 mL de água 
a 0 ° C) do que oxigênio. Embora o ozônio não seja uma molécula radical, é o terceiro oxidante mais 
potente (E_ 5 12,076 V) depois do flúor e por sulfato. O ozônio é um gás instável que não pode ser 
armazenado e deve ser usado imediatamente porque tem meia-vida de 40 min a 20 ° C (SAINI, 2011). 
Em mais de três décadas de evolução, como citou Abdulmajeed (2016) os implantes dentais 
revolucionaram a reabilitação oral com taxas de sucesso acima dos 90%, tendo como principal 
vantagem clínica sobre as próteses parciais, a ausência de necessidade de destruição de tecidos 
saudáveis de elementos dentais adjacentes, entretanto, Brånemark (1977) citou que a prática tradicional 
narra um período de cicatrização após a extração do elemento dental, um segundo procedimento 
cirúrgico para a colocação do implante, e após este período, uma terceira intervenção seria necessária 
para expor os implantes a fim de dar sequência a confecção de elemento protético. Apesar deste 
protocolo ser menos exigente, Froum et. al. (2011); Padhye (2020), relataram que o mesmo sujeita os 
pacientes a múltiplas intervenções cirúrgicas e que dependendo de fatores como quantidade, qualidade 
óssea, e limitações anatômicas, com o surgimento do protocolo cirúrgico imediato um implante pode 
ser conduzido exatamente após a extração dentária, reduzindo, assim, o tempo total de tratamento e a 
morbidade ligada a quantidade de procedimentos cirúrgicos envolvidos. 
A ozonioterapia vem sendo difundida e ganhando espaço dentro das práticas odontológicas por 
possuir características que aceleram e aumentam o reparo tecidual. Rowen (2018) traduziu o ozônio 
como uma forma alotrópica de oxigênio, constituída por três átomos idênticos, um gás instável que 
ocorre naturalmente nas descargas elétricas atmosféricas ou raios ou pela ação da irradiação ultravioleta 
contra o oxigênio na atmosfera. É um potente oxidante natural, incorpora Srinivasan & Amaechi (2019) 
citando como propriedades: efeito antimicrobiano, que age sobre bactérias, vírus, protozoários e 
fungos, possui características imunomodulatórias, anti-hipóxicas, biossintéticas e anti-inflamatórias. 
Além de, segundo Ozdemir et al. (2013), promover a hemostasia, o aumento da liberação de fatores de 
crescimento e o do suprimento local de oxigênio e regular positivamente as enzimas antioxidantes 
celulares. 
Para tornar o óleo vegetal ozonizado solidificado é necessário que o ozônio borbulhe 
continuamente em óleo vegetal por dois dias, permitindo que em um grama do óleo contenha cerca de 
160 mg de ozônio. Todavia, também pode ser fabricado em menos tempo, tornando-se mais viscoso, 
menos estável e consecutivamentemenos durável foi que relataram Graiver; Patil; Narayan (2010) 
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afirmando, ainda que a estabilidade do produto resultante é fortemente influenciada pelo tamanho das 
bolhas, pela fração do gás líquido e pela circularidade das bolhas, que é o fator determinante da sua 
durabilidade, resistência e conservação. Neste contexto, a medida que as bolhas formadas são menores 
e circulares, sua distribuição é mais uniforme e controlada, tendo boa qualidade e excelente estabilidade 
e quando as bolhas perdem a forma e aumentam de tamanho a estabilidade do ozônio é perdida. 
Diante dos aspectos abordados, o objetivo deste trabalho é demonstrar através de revisão de 
literatura a utilização o ozônio em meio oleoso como potencial solução no processo de cicatrização de 
implante imediato. 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
Segundo pesquisa realizada por Bocci (2004), este autor relatou que o ozônio tem sido utilizado 
na área da medicina há mais de cem anos como desinfetante, para encendrar o sangue e, durante a 
primeira guerra mundial foi utilizado em larga escala para tratar gangrenas, queimaduras, osteomielites, 
fístulas e outras infecções. O potencial benefício da utilização do ozônio no corpo humano é relatado 
por Saini (2011) que afirmou, também, que na odontologia existe uma variedade de protocolos para 
abordar infecções dentárias e pode ser aplicado de três formas fundamentais ao tecido oral: água 
ozonizada, óleo ozonizado e na forma gasosa. Menciona, ainda, que o ozônio, nas formas de água e 
óleo ozonizados têm a capacidade de reter e liberar a mistura entre o ozônio e o oxigênio, um sistema 
de entrega ideal. 
Anzolin; Bertol; Silveira-Kaross (2020) relataram que a via tópica tem sido usada para tratar 
feridas extensas, infecções fúngicas, bacterianas e virais, lesões isquêmicas e outras afecções, 
mostrando eficiência, primariamente na desinfecção e cicatrização de feridas. E que a ozonização do 
óleo promove formulações contendo derivados de ozônio com estabilidade adequada, o que não 
acontece em meio aquoso. Relata, ainda, que o mecanismo de ação do ozônio funciona atuando como 
um bio-regulador, liberando fatores celulares endoteliais e normalizando o equilíbrio redox quando em 
contato com um fluido biológico e também pode alterar os níveis de algumas citocinas no corpo. 
De acordo com estudos realizados por Ahmedi et al. (2016); Moezizaden (2013) estes autores 
mencionaram que o ozônio ajuda a síntese de substâncias ativadas biologicamente como interleucinas, 
leucotrienos e prostaglandinas, substâncias essas, benéficas no que se refere a redução da inflamação 
e sensibilidade dolorosa. Mencionam, ainda, que o ozônio ativa a angiogênese no tecido inflamado ao 
reagir com eritrócitos, leucócitos, plaquetas e o sistema vascular. Também tem um efeito positivo no 
metabolismo do oxigênio, energia celular e sobre o sistema de defesa antioxidante na microcirculação 
sanguínea, viabilizando entrega de oxigênio aos tecidos hipóxicos, ao incitar seu metabolismo. 
Outrossim, reiteraram que o ozônio poderia acelerar processos de cicatrização de feridas e reparação 
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óssea formando uma pseudomembrana protetora que funcionaria protegendo o leito de agressões 
mecânicas. 
Os efeitos terapêuticos do óleo ozonizado tópico foram avaliados na cicatrização de feridas em 
leitos cirúrgicos de enxerto gengival, como explicitaram Patel et al. (2012) em ensaio clínico 
randomizado, triplo-cego com 20 pacientes divididos em 2 grupos: tratamento, onde foi utilizado óleo 
ozonizado ou controle onde óleo sem passar pelo processo de ozonização foi aplicado. Eles foram 
avaliados no pós-operatório por análise citológica no início do estudo, após 24 horas, 3, 7, 14 e 21 dias 
e 2, 3, 8 e 18 meses. Nos resultados obtidos houve uma melhora significativa na cicatrização epitelial 
aos 7, 14 e 21 dias, bem como aos 2, 3 e 8 meses no grupo tratamento. A eficácia da aplicação tópica 
de óleo ozonizado em cirurgias gengivais foi comprovada. O composto promoveu melhora significativa 
na cicatrização das feridas cirúrgicas em tecido mole a nível epitelial em comparação com o grupo 
controle. A metodologia deste estudo está bem definida, mas sua limitação é não ter um cálculo 
estatístico amostral. 
O primeiro óleo ozonizado, conhecido como OLEOZON®, foi registrado como fármaco para 
fins terapêuticos orais e tópicos pelo National Center for Scientific Research em Cuba, ressaltam 
Anzolin; Bertol; Silveira-Kaross (2020), que comentam ainda, que em um estudo toxicológico, 
OLEOZON® não mostrou sinais de toxicidade, e não é classificado como substância desta natureza e 
sua segurança é superior a 2000 mg/kg de peso, ou mortes. Os animais não apresentaram anormalidade 
comportamental, não expuseram alterações macroscópicas em qualquer parte dos órgãos 
parenquimatosos tanto em grupo tratamento quanto em grupo controle. 
Silver (1972) relatou a que a produção dos óleos ozonizados estaria relacionada ao método de 
geração de espumas por meio de difusão de gás que consiste no processo de oxidação da fase líquida, 
quando um gás à base de oxigênio é injetado em um reator de coluna de bolha contendo um líquido 
orgânico oxidável. Este é um sistema de alta energia que produz bolhas uniformes de pequeno 
diâmetro, técnica esta que é conhecida como espuma de ar comprimido e tem sido usado por várias 
décadas na indústria farmacêutica e alimentícia. 
 
3 DISCUSSÃO 
“Levando em consideração que o fator chave de insucesso dentro da prática odontológica em 
suas várias áreas de atuação se dá pela presença de microrganismos, o ozônio tem sido proposto como 
uma alternativa na terapia convencional. Estudos relacionando a ozonioterapia tópica e a odontologia 
podem ser citados: cariologia, dentística, irrigante de cavidades fechadas em tratamento de canal, 
endodontia, periodontia, prótese, cirurgia oral” (ALVES, 2017). No entanto, Almeida et al. (2019) 
discordaram em partes, pois acreditam que muito há de se investigar sobre características de aplicação, 
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concentrações e dosagens totais do ozônio para concluir sobre suas vantagens e desvantagens, por 
exemplo: em Endodontia, o ozônio é empregado durante o preparo dos canais tanto na forma de gás, 
água ozonizada como irrigante e óleo ozonizado quanto medicação intracanal, podendo essas formas 
de aplicação serem usadas individualmente ou em combinação. 
“Dentre as diferentes formas de apresentação do ozônio, estudos mostram que o óleo ozonizado 
apresenta vantagem quando comparado ao meio aquoso e gasoso, pois permanece em contato com a 
superfície por um período maior e possibilita o armazenamento do ozônio por mais tempo sem que este 
se inative. A forma gasosa tem uma meia-vida curta e necessita de um gerador para sua manutenção” 
PATTANAIK et al.,2011). Já Almeida et al. (2019) concordaram, pois de acordo com seus estudos, O 
ozônio além de ser biocompatível com os tecidos orais, possui um importante potencial antimicrobiano 
e ajuda a estimular a regeneração apical, pela maior oferta de oxigênio para os tecidos, além disso 
diminui a necessidade de cirurgias periapicais. 
“Em estudos in vitro com Enterococcusfaecalis, Pseudomonasaeruginosa e Staphylococcus 
aureus, observando a capacidade da água ozonizada nas concentrações de 5, 20 e 40 ug/mL, a 
concentração de 40 ug/mL obteve melhores resultados contra os microrganismos testados, e apesar de 
ter causado a maior diminuição de fibroblastos nas primeiras horas, também foi a concentração quemelhor estimulou a formação de novas células posteriormente” (NOGALES, 2011). Já no estudo 
clinico de Ferreira (2011) sobre reparação óssea periapical utilizando água ozonizada como irrigante e 
o óleo ozonizado como veículo de medicação intracanal no tratamento endodôntico mostrou-se eficaz 
frente a sintomatologia apesar de não influenciar na reparação óssea periapical. Estes dois estudos nos 
mostram que mesmo que não ocorra a reparação óssea almejada, os micro-organismos que podem 
acarretar em falha do tratamento são combatidos com êxito. 
“As reações inflamatórias agudas ou crônicas visam controlar as lesões, resistir ao ataque dos 
patógenos e reparar o tecido danificado. A administração terapêutica do ozônio, conhecida como 
ozonioterapia, surge como um possível tratamento para a reparação tecidual, pois promove a 
cicatrização de feridas. Possui propriedades bactericidas, antivirais e antifúngicas e tem sido utilizado 
como recurso terapêutico no tratamento de inflamações” (ANZOLIN et al.,2020). Saini (2011) 
concordaram e concluíram que a ozonioterapia tem sido mais benéfica que as modalidades terapêuticas 
convencionais que seguem uma aplicação minimamente invasiva e conservadora ao tratamento 
odontológico. A exposição dos mecanismos moleculares do ozônio beneficia ainda mais a função 
prática em odontologia. Tratar pacientes com terapia de ozônio diminui o tempo de tratamento com 
uma grande variação e erradica a contagem bacteriana mais especificamente. 
As formas de administração do ozônio usualmente indicadas para tratamentos de periimplantite 
são: gás ozônio ou água ozonizada. Para isso, a gengiva em volta do dente deve estar selada, e o pilar 
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deve ser envolvido por um material de escolha do cirurgião-dentista, a fim de impedir que tenha contato 
com o ozônio. Na curetagem, a lavagem é realizada com a água ozonizada, e o profissional pode indicar 
a colocação do óleo ozonizado de 3 a 4 vezes por dia, para que ocorra cicatrização rápida (GUPTA & 
DEEPA, 2016). No entanto, Smith et al. (2015) discordam em relação à 100% da credibilidade do 
tratamento de escolha com a ozonioterapia, pois acreditam que a eficácia do ozônio sozinho ainda é 
questionável, motivo pelo qual é importante que a terapia com ozônio esteja sempre associada a outros 
medicamentos já testados e com eficácia reconhecida. 
 
4 CONCLUSÃO 
Em síntese, apesar do ozônio ter o poder de oxidar qualquer entidade biológica conhecida e de 
seus resultados promissores relacionados ao uso clínico do ozônio em várias modalidades, bem como 
na área da implantodontia, cuja função fortaleceria o poder de cicatrização de feridas, seu uso necessita 
de estudos mais avançados através de ensaios clínicos para adequação do mesmo na prática 
odontológica convencional. 
 
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