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REDAÇÃO: OS DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO NA ERA DAS FAKE NEWS

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OS DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO NA ERA DAS FAKE NEWS
Uma vez precária, a credibilidade comunicativa no Brasil evidencia uma violação ao estado democrático de direito. Pois, em virtude de fatores com a parcialidade midiática e a disseminação de inverdades, é indubitável que o exercício dos direitos civis ultrapassa os limites legislativos, haja vista que, consoante a Constituição Federal, a livre expressão de pensamento é assegurada desde que não prejudique outra pessoa. A partir dessa perspectiva, infere-se que concepções de liberdade e o descumprimento da democracia conflitam no âmbito informativo, bem como no convívio social.
Nesse viés, convém notabilizar que a questão das “fake news” persiste intrinsicamente ligada à realidade do país devido ao caráter pernicioso dos veículos de comunicação. Dado que interesses políticos e de audiência viabilizam uma colonização ideológica das massas, as quais, pelo seu desconhecimento e infladas pelo discurso persuasivo da notícia, tornam-se coniventes com esse delito constitucional no compartilhamento da pseudo informação. Assim, a ideia de que o direito de cada um termina quando o do outro começa, amparada pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, é expressa pelo fato de tal desserviço promover uma guerra informativa e, por conseguinte, anular o senso crítico individual. Diante disso, a solidificação do estado de direito é afetada mediante ao contexto midiático-social falho, qualificado pelo uso imoral da liberdade.
Ademais, pela contestação da Constituição brasileira, salienta-se que a propagação de inverdades oportuniza um meio antidemocrático baseado na polarização social. A indício, Olavo de Carvalho defende que a moderação na defesa da verdade é serviço prestado a mentira, por isso, a sociabilidade vinculada ao cenário parcial de comunicação, destituído de compromisso com a veracidade dos fatos, concede à era digital uma natureza alienante. Logo, é cometida uma distinção de grupos que acreditam deter a verdade suprema e a intolerância germina no meio informacional enganoso. Sendo assim, depreende-se que o fenômeno das fake news equivale ao sustentáculo de uma mídia dogmática que ofende os princípios civis da legislação.
Dessarte, revogar essa dualidade proposta pela descredibilidade midiática torna-se imprescindível na democratização das informações. Em vista disso, o Ministério da educação, através de projetos na área de linguagens e códigos, deve fomentar o desenvolvimento da autonomia crítica dos jovens pelo discernimento entre uma notícia falsa e uma verídica numa análise racional dos fatos, com intuito de suprimir a disseminação e a índole enganosa do informe. Outrossim, como forma de garantir um ambiente digital confiável, compete às plataformas digitais o incentivo à denúncia de fake news aos usuários, a fim de efetivar o juízo da liberdade constitucional.

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