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Fascículo-ZINCO

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Cominetti, Cristiane
 Zinco / Cristiane Cominetti, Bruna Zavarize Reis,
Silvia Maria Franciscato Cozzolino. -- 2. ed. --
São Paulo : ILSI Brasil-International Life Sciences
Institute do Brasil, 2017. -- (Série de publicações
ILSI Brasil : funções plenamente reconhecidas de
nutrientes ; 7)
 Bibliografia.
 
 1. Ingestão de nutrientes 2. Nutrição
3. Nutrição - Necessidades 4. Saúde - Promoção
5. Zinco - Metabolismo I. Reis, Bruna Zavarize.
II. Cozzolino, Silvia Maria Franciscato.
III. Título. IV. Série.
17-05899 CDD-613.2
Índices para catálogo sistemático:
1. Alimentos : Nutrientes : Nutrição aplicada : 
 Promoção da saúde 613.2
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comerciais de produtos não implica endosso pelo ILSI Brasil.
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
Autoras:
Cristiane Cominetti
Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Goiás.
Bruna Zavarize Reis
Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da 
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.
Silvia Maria Franciscato Cozzolino
Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da 
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.
 
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
ÍNDICE
Introdução
1. Metabolismo 
2. Funções
 2.1 Sistema imunológico
 2.2 Divisão celular
 2.3 Desenvolvimento reprodutivo
 2.4 Restabelecimento da pele e ferimentos
3. Deficiência
 
4. Avaliação do estado nutricional
5. Recomendações de ingestão
6. Fontes
7. Biodisponibilidade
8. Toxidade
9. Fortificação de alimentos
10. Situação no Brasil
11. Referências bibliográficas
12. Conselho científico e de administração do ILSI Brasil 
13. Empresas mantenedoras da Força-Tarefa de Alimentos Fortificados e Suplementos
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
INTRODUÇÃO
A essencialidade do zinco em sistemas biológicos data de 1869, comprovada por Jules 
Raulin por meio de estudos do crescimento do fungo Aspergillus Níger. Em 1926, foi 
descoberto que o elemento também era indispensável para vegetais superiores. 
Em ratos, este fato foi demonstrado no ano de 1934. Em 1955, a paraqueratose suína foi 
atribuída à deficiência de zinco e, três anos mais tarde, foi documentada a essencialidade 
do mineral para o crescimento de frangos. Até então não se acreditava na existência da 
deficiência do mineral em seres humanos, somente comprovada em 1961, pelo médico 
indiano Ananda Prasad.
De acordo com Prasad, a deficiência de zinco foi primeiramente diagnosticada em in-
divíduos iranianos e egípcios. A comprovação do papel essencial do mineral para seres 
humanos foi realizada com base no estudo de um paciente iraniano que apresentava 
crescimento e desenvolvimento bastante reduzidos em relação à idade, anemia, hipogo-
nadismo, hepatoesplenomegalia, alterações cutâneas, letargia mental e geofagia. 
A alimentação era baseada em cereais refinados e em quantidades muito pequenas de 
proteína animal. 
O tratamento inicial incluiu a suplementação com sulfato ferroso e o ofereci-
mento de alimentação com quantidade adequada de proteína de origem ani-
mal. De maneira geral, os sintomas regrediram e o desenvolvimento corporal foi 
restabelecido. Entretanto, a concentração de fosfatase alcalina no soro aumen-
tou após a intervenção, o que foi atribuído à possível contaminação do sulfato 
ferroso com zinco ou ao zinco proveniente da alimentação.
Em uma investigação mais completa sobre o metabolismo de zinco em indivíduos egíp-
cios com características bastante semelhantes àquelas observadas no Irã, demonstrou-se 
que o índice de crescimento corporal era maior em pacientes que recebiam suplemen-
tação de zinco quando comparados àqueles suplementados apenas com ferro ou dieta 
adequada em proteína animal. Até a década de 1970, a deficiência de zinco ainda era 
considerada rara. Nesse período, dois acontecimentos importantes acabaram com 
essa controvérsia. 
O primeiro foi o relato de que a acrodermatite entero-hepática, uma doença gené-
tica fatal, era causada pela deficiência de zinco. Verificou-se que os pacientes eram 
incapazes de absorver o zinco proveniente da alimentação e a suplementação com 
o mineral restabeleceu completamente essa condição. O segundo acontecimento 
foi a decisão de estabelecer uma Ingestão Dietética Recomendada (RDA) de zinco 
para humanos (Prasad, 1991; Prasad, 2001).
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
1. METABOLISMO
A absorção do zinco alimentar ocorre no intestino delgado, principalmente no duo-
deno e nas primeiras porções do jejuno, por meio de transportes ativo e passivo. 
O transporte ativo é saturável em altas concentrações do metal no lúmen do intestino 
e tem sua eficiência aumentada durante períodos de baixa ingestão. 
Em situações de alto consumo, ocorre mecanismo de difusão passiva sem saturação. 
Há também produção endógena de zinco no lúmen intestinal pelas secreções pan-
creáticas, biliar e intestinal, bem como pela descamação das células da mucosa, o qual 
é submetido ao mesmo processo homeostático que o zinco alimentar, e ao final ambos 
podem ser reabsorvidos nos segmentos distais do intestino, ou excretados por meio 
das fezes (Krebs et al., 1998) (Figura 1).
Figura 1. Diagrama ilustrativo da absorção do zinco alimentar e endógeno (Salgueiro 
et al., 2000).
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
Depois de ocorrer a absorção, a liberação do mineral das células intestinais ocorre 
com o auxílio de transportadores específicos. As proteínas transportadoras de zinco 
são proteínas de membrana que asseguram o transporte de íons de zinco através das 
diversas estruturas celulares. 
Elas são especializadas na captura, efluxo e compartimentalização do mineral, ajudan-
do a manter a homeostase intracelular e corporal (Devirgiliis et al., 2007; Liuzzi et al., 
2004; Seve et al., 2004). 
Existem duas grandes famílias de transportadores de zinco: a ZIP (Zrt- and Irt-like pro-
teins) e a ZnT (transportadores de zinco), pertencentes à mesma classe dos SLC (solute-
linked carriers ou transportadores ligados ao soluto), porém com atividades opostas na 
homeostase celular do mineral (Fukada et al., 2011; Seve et al., 2004).
A família ZnT ou SLC30A é constituída por 10 proteínas queatuam transportando o 
zinco do citoplasma para fora das células ou para dentro de vesículas intracelulares, ou 
seja, que retiram o zinco do citoplasma. 
De forma contrária, a família ZIP ou SLC39A – com 14 proteínas já descritas – transporta 
o zinco do meio extracelular e de vesículas para o citoplasma (Lichten; Cousins, 2009; 
Tuerk; Fazel, 2009). 
O primeiro transportador de zinco a ser descoberto foi o ZnT1, em virtude da sua 
capacidade em conferir resistência a concentrações elevadas de zinco. Em humanos 
e roedores, esta proteína encontra-se amplamente distribuída pelos tecidos e seus 
níveis de expressão são maiores naqueles envolvidos com a absorção, como o intestino 
delgado, sendo abundante ao longo da membrana basolateral dos enterócitos, onde 
pode participar da transferência de zinco para a circulação sanguínea (Liuzzi; Cousins, 
2004; Mcmahon; Cousins, 1998).
No sangue, o zinco circula ligado principalmente à albumina. Outros ligantes plasmáti-
cos incluem alfa-macroglobulina, transferrina, cisteína e histidina. Depois de captado 
pelos hepatócitos, o mineral é finalmente distribuído aos outros tecidos-alvo (Salgueiro 
et al., 2000; Krebs, 2000; King & Keen, 2003).
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
2. FUNÇÕES
De acordo com a UK Joint Health Claims Initiative (JHCI) e a Food Standards Agency, 
as funções do zinco aceitas para efeitos de alegação de saúde (“claims”) incluem 
apenas sua participação no sistema imunológico, na divisão celular, no desenvolvi-
mento reprodutivo e no restabelecimento da pele e ferimentos. Entretanto, sabe-se 
que o zinco exerce diversas outras funções orgânicas, principalmente por ser consti-
tuinte de mais de 300 metaloenzimas. 
Assim, sua ação é amplamente distribuída em todos os sistemas do organismo, desde 
a fase de embriogênese até a senescência. Seu papel antioxidante também é reconhe-
cido, uma vez que participa do metabolismo da enzima superóxido dismutase, como 
componente estrutural. Na tabela 1 estão descritas as funções aceitas do zinco para 
fins de alegações de saúde, de acordo com a JHCI (2003).
Em 2016, a Canadian Food Inspection Agency (CFIA) publicou uma nova tabela de 
efeitos de alegação de saúde e incluiu como alegações de função aceitas para o zinco: 
contribuição para a manutenção da pele saudável, contribuição para a função normal 
do sistema imunológico, fator no metabolismo energético e na formação de tecidos 
(CFIA, 2016). Além destes, são citados ainda os efeitos do zinco como fator na ma-
nutenção da boa saúde e no crescimento e desenvolvimento normais, sendo estas 
alegações comuns a todos os nutrientes.
Tabela 1. Funções aceitas para utilização como base de alegação de saúde, de acordo 
com o UK Joint Health Claims Initiative e a Food Standards Agency.
Fonte: Adaptado de JHCI (2003).
Efeitos Necessário Contribuição
Função 
estrutural
Função 
normal
Declaração da função do 
nutriente
Sistema imune x x
O zinco é necessário para 
a função normal do 
sistema imunológico
Divisão celular x x
O zinco é necessário para 
a divisão celular normal
Desenvolvimento 
reprodutivo
x x
O zinco contribui para o 
desenvolvimento 
reprodutivo normal
Restabelecimento 
da pele e 
ferimentos
x x x
O zinco contribui para a 
estrutura normal da pele e 
para a adequada 
cicatrização
Funções aceitas
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
2.1 Sistema imunológico
Desde o período em que foram realizadas as primeiras documentações da deficiência 
de zinco em seres humanos, uma das características observadas era o fato de que 
indivíduos com status alterado do mineral apresentavam suscetibilidade aumentada 
à doenças infecciosas. A partir de então, diversos estudos foram estabelecidos com o 
objetivo de elucidar o papel do zinco no sistema imunológico.
Sabe-se que até mesmo uma deficiência leve pode prejudicar diversos mediadores da 
imunidade, desde a barreira física da pele até a imunidade celular adquirida e humoral. 
Com relação à imunidade inata (ou inespecífica), a deficiência de zinco danifica células 
da epiderme, podendo promover lesões cutâneas semelhantes àquelas observadas 
em casos de acrodermatite enteropática ou de deficiência grave do mineral. 
Outros mediadores da imunidade inata, como a função de leucócitos polimorfonucleares, de 
células natural killer e do sistema complemento, também são prejudicados na deficiência de 
zinco. Seres humanos e animais com deficiência de zinco, mesmo que leve, também podem 
apresentar linfopenia em tecidos linfoides centrais e periféricos. Em razão do envolvimento 
do zinco em vários eventos celulares, desde a expressão de genes até a estabilidade de 
membranas, podem ocorrer diversos defeitos metabólicos e estruturais em linfócitos rema-
nescentes de hospedeiros deficientes em zinco.
O timo é o órgão do sistema imune responsável pela produção de linfócitos T e pode 
ser afetado pela deficiência de zinco, a qual provoca reduções significativas em seu 
tamanho. As células epiteliais do timo também secretam o hormônio timulina, o qual 
promove a maturação dos linfócitos T. Sua atividade é dependente das concentrações 
séricas de zinco, sendo que pequenas alterações na ingestão ou na biodisponibilidade 
do mineral podem prejudicar suas funções. Em órgãos periféricos como baço, linfono-
dos e sangue, a quantidade de linfócitos T também é reduzida.
Outras características da importância para o sistema imune observadas quando há al-
terações no conteúdo corporal de zinco são razões de células CD4+:CD8+ reduzidas, 
desenvolvimento e função prejudicadas de linfócitos B na medula óssea e alterações 
nas funções de monócitos e macrófagos. O zinco também exerce papel fundamental 
na produção ou na atividade biológica de diversas interleucinas, as quais, por sua vez, 
influenciam o desenvolvimento e as funções de linfócitos T e B, macrófagos e células 
natural killer. As funções de células T helper Th1 e Th2 também são afetadas por con-
centrações reduzidas de zinco, promovendo alterações na resistência à infecções.
De maneira geral, a influência exercida pelo zinco em diversas funções celulares bási-
cas, como replicação de DNA, transcrição de RNA, divisão e ativação celular, bem 
como seu papel antioxidante e anti-inflamatório, dão suporte aos efeitos exercidos 
sobre os mediadores imunológicos (Shankar & Prasad, 1998; Prasad, 2008).
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
2.2 Divisão celular
O zinco tem papel essencial no crescimento e proliferação celular, uma vez que sua 
deficiência está relacionada à redução de crescimento em diversos organismos. Em 
células eucarióticas, ambos os processos de crescimento e proliferação das células 
ocorrem por meio da ação de elementos como receptores de hormônios, mensageiros 
intracelulares, cascatas de quinases e fosfatases, e fatores de transcrição que atuam em 
regiões promotoras de genes. O mineral está envolvido em todas as etapas de trans-
dução da sinalização celular, tanto como fator estrutural como regulatório. Estima-se 
que cerca de 10% do proteoma humano consiste em proteínas potencialmente ligadas 
ao zinco (Andreini; Bertini, 2012). 
O zinco também está envolvido no reconhecimento de sinais extracelulares, no me-
tabolismo de segundos mensageiros, na fosforilação de proteínas e na desfosforilação 
e atividade de fatores de transcrição. Mais de 100 desses fatores de transcrição contém 
domínios “dedos” de zinco, os quais exercem funções estruturais essenciais para esses 
elementos. 
Por participar da estrutura da cromatina, da replicação do DNA e da transcrição do 
RNA, além do reparo do DNA e da morte celular programada, o zinco está diretamente 
envolvido nos processos de síntese e estabilidade do DNA e expressão gênica (Sharif 
et al., 2012).
2.3 Desenvolvimento reprodutivo
O zinco tem importância fundamental no funcionamento do sistema reprodutivo de 
animais e de seres humanos. Em mulheres, o mineral é necessáriopara que ocorra 
a síntese e a secreção adequadas dos hormônios luteinizante, folículo estimulante e 
prolactina. No caso de deficiência, a esteroideogênese é afetada, ocorrendo redução 
na produção desses hormônios, desenvolvimento ovariano anormal e alterações no 
período da ovulação. 
Quando a deficiência ocorre durante a gestação, pode resultar em abortos frequentes, 
períodos gestacionais prolongados, teratogenicidade, nascimento de fetos com baixo 
peso ou mortos, dificuldades no parto, pré-eclâmpsia e toxemia gravídica. 
Em homens, suas principais funções consistem na diferenciação das gônadas, no 
crescimento dos testículos, na síntese e maturação dos espermatozoides, influenci-
ando, portanto, a manutenção da fertilidade. Acredita-se que o mineral aumente a vida 
útil de espermatozoides, visto que animais deficientes em zinco apresentam alterações 
nessas células. A relação existente entre o zinco e os hormônios sexuais femininos e 
masculinos baseia-se no fato de que todos os receptores nucleares de esteroides per-
tencem à família dedos de zinco. 
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
Em casos de deficiência, ocorre também alterações na atividade da enzima conversora 
de angiotensina (ECA), o que, por sua vez, provoca redução da produção de testos-
terona, com subsequente inibição da espermatogênese (Favier, 1992; Bedwal & Bahu-
guna, 1994; Henriques et al., 2003).
2.4 Restabelecimento da pele e ferimentos
Na pele, o zinco está localizado intracelularmente e também na matriz extracelular. 
Apesar de seu conteúdo ser maior na epiderme, o mineral também está presente na 
derme. Sua ação consiste em estabilizar as membranas das células, além de ter influên-
cia nos processos de mitose, migração e maturação. 
O epitélio sensorial da mucosa nasal e da língua também apresentam quantidades im-
portantes de zinco, em razão da atividade mitótica elevada, das zonas de queratinização 
e das altas quantidades de proteínas ligadas a fosfolipídeos. Essa característica também 
reflete a importância do mineral na percepção de gosto e aroma dos alimentos.
A participação essencial do zinco no restabelecimento de ferimentos se dá em 
razão de sua presença em metaloenzimas, como fosfatase alcalina, DNA e RNA 
polimerases e metaloproteinases de matriz. Qualquer alteração na expressão de 
fatores de transcrição que codificam fatores de crescimento e que sejam depen-
dentes de zinco prejudica o restabelecimento de ferimentos.
O zinco também está envolvido na queratinização e na migração de queratinócitos por 
promover a expressão das integrinas α2β1, α3β1, α6β4 e αvβ5, as quais, na pele intacta, 
são responsáveis pela adesão celular e intercelular, mas em casos de inflamação ou 
injúria tecidual, tornam-se alteradas.
De maneira geral, o papel do zinco na renovação epitelial pode ser explicado pelo con-
teúdo nuclear aumentado de metalotioneína nos queranócitos de ferimentos e em cé-
lulas mitoticamente ativas da epiderme. Além disso, íons de zinco também mimetizam 
a ação de fatores de crescimento, pois estimulam a via de sinalização mitogênica in-
tracelular. O óxido de zinco pode hiper-regular fatores de crescimento endógenos, 
como o fator de crescimento semelhante a insulina 1 (IGF-1), o qual pode aumentar o 
índice de renovação epitelial. 
Alguns estudos verificaram que o restabelecimento prejudicado de ferimentos pode 
estar relacionado a baixas concentrações séricas de zinco e que, em casos cirúrgicos, 
a suplementação pré-operatória com o mineral pode ser responsável por redução no 
número de complicações relacionadas ao restabelecimento dos ferimentos. 
A utilização tópica, principalmente de óxido de zinco, também parece auxiliar na cica-
trização de úlceras de perna, com eficácia semelhante a um agente enzimático de re-
moção de tecidos mortos no tratamento de úlceras de pressão. 
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
A utilização de um curativo oclusivo formulado com óxido de zinco foi significativa-
mente mais eficaz na remoção de tecidos mortos de úlceras de pé diabético em com-
paração a um curativo oclusivo de hidrocoloide padrão. Este efeito de remoção de 
tecidos do óxido de zinco também foi relatado em ferimentos por queimaduras.
Ainda, o zinco também tem ação contra a flora microbiana tipicamente encontrada 
em ferimentos, além de auxiliar o sistema de defesa contra infecções. Entretanto, são 
necessários mais estudos que avaliem sua ação na cicatrização de ferimentos, tanto em 
indivíduos que apresentam deficiência do mineral, como naqueles com estado nutri-
cional adequado. Para estes últimos, acredita-se que não haja benefícios da suplemen-
tação com o mineral no que se refere ao restabelecimento de ferimentos (Attia et al., 
2014; Lansdown et al., 2007; Mirastschijski et al., 2013).
3. DEFICIÊNCIA
A deficiência de zinco é distribuída mundialmente, entretanto, acredita-se que a pre-
valência seja maior em regiões nas quais as proteínas alimentares são principalmente 
de origem vegetal. De acordo com Wessells et al. (2012), aproximadamente 17,3% de 
toda a população mundial apresenta risco de ingestão inadequada deste mineral. 
Em casos de deficiência leve, o diagnóstico é de difícil realização, porém, podem ocor-
rer alterações neurossensitivas, oligospermia, concentrações séricas reduzidas de tes-
tosterona, hiperamonemia, redução de massa magra corporal, atividade reduzida de 
timulina sérica, de interleucina 2 e de células natural killer, bem como alterações em 
subpopulações de células T. 
Sintomas como crescimento reduzido, hipogonadismo, alterações cutâneas, redução 
de apetite, letargia mental, adaptação anormal ao escuro e cicatrização reduzida de 
ferimentos são observados em casos de deficiência moderada. 
Os principais fatores causadores da deficiência de zinco incluem inadequações ali-
mentares, principalmente o consumo de proteínas de origem vegetal em detrimento 
daquelas de origem animal; doenças em que haja excreção excessiva ou mudanças 
na absorção, como diarreia, geofagia, exposições repetidas a vírus, bactérias e proto-
zoários, hipocloridria, síndrome do intestino curto, doença de Crohn e doença celíaca; 
e estados fisiológicos que aumentem as necessidades do mineral, entre eles, períodos 
de crescimento rápido como infância e de necessidades aumentadas, como gestação 
e lactação (Prasad, 1991; Gibson, 2006).
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
4. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
A avaliação do estado nutricional relativo ao zinco, semelhante a outros micronutri-
entes, é marcada pela falta de um biomarcador padrão, de procedimentos aceitos 
para realização das avaliações e pela dificuldade de interpretação dos resultados 
obtidos. Entretanto, em 2007, a World Health Organization (WHO), a International 
Atomic Energy Association (IAEA), o United Nations Children’s Fund (UNICEF) e 
o International Zinc Nutrition Consultative Group (IZiNCG) realizaram uma revisão 
sobre marcadores do status de zinco em nível populacional.
Esse trabalho resultou em um conjunto de recomendações a serem utilizadas inter-
nacionalmente. Com relação a biomarcadores, as concentrações de zinco sérico ou 
plasmático foram estabelecidas como o melhor indicador disponível de deficiência de 
zinco em populações, uma vez que refletem a ingestão alimentar do mineral, respon-
dem à suplementação e possuem valores de referência para diversos estágios de vida. 
De maneira geral, soro e plasma podem não apresentar as mesmas concentrações de 
zinco, porém, quando a coleta das amostras de sangue e o tempo de separação de 
ambos são bem controlados, praticamente não há diferenças entre um e outro. Hotz 
et al. (2003) propuseram pontos de corte de acordo com sexo, estágios de vida e mo-
mento da coleta de sangue baseados no percentil 2,5 da distribuição de zinco sérico 
a partir de uma população de referência saudável (Tabela 2). Gibson (1990) também 
sugere um valor de 70μg/dL de zinco no plasma ou soro como ponto de corte para 
avaliar o risco de deficiência. 
Entretanto, esse valor deve ser utilizado apenas para amostras coletadas em jejum. 
Para coletas de sangue realizadas no período da manhã sem jejum e à tarde também 
sem jejum, os valores a serem considerados são 65 μg/dL e 60 μg/dL, respectivamente. 
Para Guthrie e Picciano (1995), os valores de zinco sérico considerados normais 
variam entre 65-140 μg/dL. Quando a prevalência de valores de zinco sérico abaixo 
das referências é maior do que 20%, o risco de deficiência é considerado elevado.
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
Tabela 2. Pontos de corte para zinco sérico. 
* amostras de sangue coletadas no período da manhã, sem jejum;
** amostras de sangues coletadas no período da manhã, em jejum.
Fonte: Hotz et al. (2003).
Outro parâmetro recomendado é a avaliação da ingestão alimentar, pois fornece in-
formações sobre os padrões de alimentação, podendo auxiliar na identificação de 
populações em risco de consumo inadequado. Apesar de não ser um parâmetro de 
avaliação do estado nutricional, pode estimar o risco de deficiência de zinco, sendo 
que resultados mais conclusivos podem ser obtidos quando utilizado em conjunto com 
algum marcador bioquímico. 
Em nível populacional, deve-se utilizar a EAR (Estimated Average Requirement/Neces-
sidade Média Estimada) como parâmetro de referência, considerando a porcentagem 
de indivíduos com ingestão de zinco abaixo dos valores propostos. 
Quando a probabilidade de ingestão inadequada ultrapassa os 25%, o risco de defi-
ciência é considerado alto. Entretanto, é necessário que a metodologia utilizada seja 
adequada, com coleta de no mínimo dois dias de inquérito alimentar, e que se reali-
zem os ajustes na distribuição da ingestão para que a variabilidade intraindividual seja 
minimizada.
A terceira recomendação é a de se utilizarem indicadores funcionais, os quais, apesar 
de não serem eficientes na quantificação da prevalência de deficiência de zinco, podem 
auxiliar na identificação de populações que estejam em risco elevado de deficiência. 
Estágios de vida
Feminino 
(μg/dL)
Masculino 
(μg/dL)
< 10 anos* 64 65
> 10 anos ** 70 74
> 65 anos** 72 72
Primeiro 
trimestre**
56 –
Segundo 
trimestre**
50 –
Terceiro 
trimestre**
50 –
20 – 44 anos ** 65 –
Gestação
Mulheres com uso de anticoncepcionais
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
O índice funcional aceito para o zinco é a estatura/idade, pois geralmente responde 
a intervenções com o mineral. O ponto de corte a ser utilizado é a porcentagem de 
crianças menores de cinco anos de idade que apresentem –2 desvios-padrão abaixo 
da mediana da população de referência específica para cada idade. O risco para de-
ficiência é considerado alto quando a prevalência de índices abaixo do recomendado 
alcança 20% (Benoist et al., 2007; Hess et al., 2007; Hotz, 2007; Walker & Black, 2007).
Outros biomarcadores que podem ser utilizados na avaliação do estado nutricional 
relativo ao zinco incluem a concentração deste elemento em cabelos, eritrócitos, pla-
quetas, leucócitos e neutrófilos. Entretanto, a concentração do mineral nos cabelos 
depende de diversos fatores, entre eles, idade, sexo, estação do ano, velocidade de 
crescimento dos fios, grau de desnutrição, e também pode sofrer influências de trata-
mentos cosméticos. 
Portanto, todos esses fatores precisam ser controlados, o que dificulta a utilização 
desse marcador. Eritrócitos, plaquetas, linfócitos e neutrófilos são índices que refletem 
o estado nutricional de períodos mais longos, mas que também possuem limitações, 
principalmente técnicas e com relação a valores de referência. 
De acordo com Gibson (2005), para os eritrócitos, por exemplo, ainda não há nenhuma 
unidade padronizada para expressão e conversão das concentrações de zinco, o que 
impõe dificuldades na comparação de valores entre estudos. Entretanto, Guthrie e Pic-
ciano (1995) estabelecem valores de 40-44 μg/g de hemoglobina como ponto de corte 
para o zinco nestas células. 
Ainda, algumas metaloenzimas são estudadas como possíveis biomarcadores, sendo 
que a fosfatase alcalina é a mais utilizada, porém sua especificidade é limitada e sua 
atividade apresenta-se reduzida apenas em casos de deficiência grave de zinco. 
A metalotioneína, proteína ligadora de zinco, pode ser um bom biomarcador, uma 
vez que suas concentrações plasmáticas e sua atividade são reduzidas à medida que 
a ingestão do mineral diminui, porém, recomenda-se seu uso em conjunto com a de-
terminação da concentração de zinco sérico, pois suas concentrações aumentam na 
presença de infecções e estresse. 
A concentração de metalotioneína eritrocitária parece não se elevar nesses casos, po-
dendo ser um marcador útil (Gibson et al., 2008).
20
Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
5. RECOMENDAÇÕES DE INGESTÃO
Considerando que não há índices funcionais adequados ou simples para avaliar o es-
tado nutricional relativo ao zinco, o indicador utilizado para definir as recomendações 
de ingestão foi a quantidade mínima absorvida do mineral suficiente para repor as 
perdas endógenas. 
A EAR para indivíduos adultos e idosos é o valor médio de ingestão de zinco que for-
nece essa quantidade. A RDA para o mesmo grupo de indivíduos foi calculada como 
120% da EAR, com arredondamento de aproximadamente 1 mg (IOM, 2000). Os valores 
de EAR e RDA para esse estágio de vida e para os demais estão descritos na tabela 3.
Tabela 3. Recomendações de ingestão de zinco em diferentes estágios de vida
Fonte: IOM, 2006.
* AI – Ingestão adequada: é utilizada quando não há dados suficientes para estabelecer 
a RDA.
EAR – Necessidade média estimada: é o valor de ingestão diária que se estima que 
supra a necessidade de metade (50%) dos indivíduos saudáveis de determinado grupo.
RDA – Ingestão dietética recomendada: é o nível de ingestão diária que é suficiente 
para atender as necessidades de praticamente todos (97 a 98%) os indivíduos saudáveis 
de determinado grupo.
UL – Limite superior tolerável de ingestão: é o valor mais alto de ingestão diária con-
tinuada que aparentemente não oferece nenhum efeito adverso à saúde em quase 
todos os indivíduos saudáveis.
Homens Mulheres Homens Mulheres
0 – 6 meses 4
7 – 12 meses 2,5 2,5 3 3 5
1 – 3 anos 2,5 2,5 3 3 7
4 – 8 anos 4 4 5 5 12
9 – 13 anos 7 7 8 8 23
14 – 18 anos 8,5 7,3 11 9 34
19 – 50 anos 9,4 6,8 11 8 40
≥ 51 anos 9,4 6,8 11 8 40
Gestantes (14 – 18 anos) - 10,5 - 12 34
Gestantes (19 – 50 anos) - 9,5 - 11 40
Lactantes (14 – 18 anos) - 10,9 - 13 34
Lactantes (19 – 50 anos) - 10,4 - 12 40
Idade
DRI (mg/dia)
EAR RDA
UL
2,0* 2,0*
21
Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
6. FONTES
As principais fontes alimentares de zinco incluem ostras; carne bovina, principalmente 
as vísceras, como fígado e rins; frutos do mar; oleaginosas; cereais integrais; legumino-
sas e leite. Frutas e verduras não apresentam quantidades importantes de zinco. 
Na tabela 4, encontram-se alguns valores de zinco em alimentos.
Tabela 4. Quantidade de zinco (mg/100 g) em alimentos.
Fonte: TACO – Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, 2006.
** USDA National Nutrient Database for Standard Reference.
Alimento Zn (mg/100g) Alimento Zn (mg/100g)
Cereal matinal milho 7,6 Lombo de porco assado 1,8
Farinha de arroz 8,5 Pernil de porco assado 3,3
Mingau em pó 15,2 Peru assado 1,2
Ostras cruas** 90,8 Leite desnatado em pó 3,8
Ostras-do-pacífico cruas** 16,6 Leite integral em pó 2,7
Caranguejo cozido 5,7 Queijo parmesão 4,4
Lambari frito 5,6 Queijo petit-suisse morango 2,7
Pintado assado 2,1 Requeijão cremoso 1,3
Carne moída cozida 8,1 Ovo de codorna cru 2,1
Costela bovina assada 5,5 Ovo de galinha cozido 2,9
Cupim bovino assado 5,3 Gema de ovo cozida 1,2
Lagarto bovino cozido 7 Chocolate ao leite 1,1
Músculo bovino cozido 6,4 Chocolate meio-amargo 1,5
Patinhogrelhado 8,1 Feijão-carioca cozido 0,7
Picanha com gordura grelhada 5,5 Feijão-carioca/preto cru 2,9
Picanha sem gordura grelhada 6,7 Feijão-fradinho cozido 1,1
Carne seca cozida 7,7 Feijão-jalo cozido 1
Hambúrguer bovino grelhado 3 Feijão-preto cozido 0,7
Dobradinha 2,7 Lentilha cozida 1,1
Peito de frango com pele assado 1 Lentilha crua 3,5
Coração de frango grelhado 3,4 Farinha de soja 4,5
Coxa de frango cozida 2,8 Amêndoa torrada 2,6
Peito de frango sem pele cozido 0,9 Amendoim cru 3,2
Sobrecoxa de frango c/ pele assada 2,2 Castanha-de-caju torrada 4,7
Linguiça de frango frita 1,2 Castanha-do-brasil crua 4,2
Linguiça de porco grelhada 3,5 Semente de linhaça 4,4
Bisteca suína assada 2,3 Frutas 0,1 – 1,0
Costela suína assada 3,1 Verduras e legumes 0,1 – 1,3
22
Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
7. BIODISPONIBILIDADE
A absorção do zinco de origem alimentar tem sido estimada em 20 a 40% (Lönerdal, 
2000). No entanto, esse processo pode ser afetado por diversos fatores que incluem 
desde o estado nutricional relativo a este mineral, até o seu conteúdo, a forma química 
disponível nos alimentos e a presença de inibidores e promotores de absorção. 
O zinco presente em alimentos é, de certa forma, facilmente extraído em meio áci-
do e também se liga a compostos orgânicos em meio básico, o que promove absor-
ção menor quando proveniente da alimentação em comparação à administração em 
soluções aquosas. Aminoácidos e outros ácidos orgânicos aumentam sua solubilidade 
e facilitam sua absorção, enquanto outras substâncias podem formar complexos in-
solúveis com o mineral, reduzindo sua absorção. 
O composto inibidor da absorção do zinco mais estudado é o ácido fítico (fitato). Seus 
grupos fosfato podem formar complexos fortes e insolúveis com o zinco e, em razão 
da ausência de fitases no trato gastrintestinal de seres humanos, a parcela do mineral 
ligada aos fosfatos será eliminada por meio das fezes. Entretanto, o ácido fítico contido 
em alimentos apresenta diferentes formas fosforiladas, sendo que os hexafosfatos são 
os mais abundantes, não sendo, porém, os únicos. Há também a presença de penta, 
tetra e trifosfatos, com os dois últimos não interferindo na absorção do zinco, ao con-
trário dos hexa e pentafosfatos. 
Dessa maneira, é necessário considerar a quantidade de cada forma presente nos ali-
mentos e não apenas a quantidade de fitato total. De maneira geral, os efeitos do áci-
do fítico sobre a absorção de zinco são dependentes da dose, podendo-se, portanto, 
utilizar a razão molar fitato:zinco na determinação da quantidade de zinco absorvível 
proveniente de dietas específicas. As razões molares superiores a 15:1 – segundo a 
Organização Mundial da Saúde (WHO, 2006) ou de 18:1 segundo o International Zinc 
Nutrition Consultative Group (IZiNCG, 2007) determinam inibição progressiva na ab-
sorção do zinco e, consequentemente, estado nutricional inadequado do mineral em 
humanos. Por outro lado, proteínas derivadas de alimentos de origem animal auxiliam 
na redução dos efeitos negativos do ácido fítico. 
Em resumo, três fatores são considerados primordiais no efeito exercido sobre a bio-
disponibilidade do zinco: a quantidade total do mineral fornecida pela alimentação, o 
conteúdo de ácido fítico presente nos alimentos e o tipo e a quantidade de proteína 
consumida. Outros fatores de menor impacto são considerados, como a quantidade 
de cálcio, ferro e fibras. Entretanto, em níveis fisiológicos e compondo uma alimen-
tação balanceada, não há comprovação da interferência destes compostos sobre a 
biodisponibilidade do zinco (Sandtröm, 1997; Lönerdal, 2000).
23
Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
8. TOXICIDADE
O zinco alimentar não apresenta efeitos tóxicos e sua ingestão acima dos limites esta-
belecidos não é comum, à exceção de indivíduos que consomem alguns alimentos de 
origem marinha em grandes quantidades. 
Em casos de ingestão excessiva (mais de 4 g) de suplementos, podem ocorrer sinto-
mas como náuseas, vômitos, diarreia, febre e letargia. A ingestão elevada por longos 
períodos de tempo pode interferir com o metabolismo de outros nutrientes, como é 
o caso do cobre. 
Quantidades não muito superiores aos valores de UL, que foram estabelecidos em 
45 mg/dia, podem promover alterações nas concentrações sanguíneas de cobre. In-
gestões 10 vezes superiores ao valor de UL são associadas a reduções importantes 
nas concentrações de cobre, de ceruloplasmina e, por consequência, podem levar a 
anemia, visto que a ceruloplasmina é imprescindível à absorção de ferro. 
24
Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
9. FORTIFICAÇÃO DE ALIMENTOS 
De acordo com dados do IZiNCG, aproximadamente um terço de toda a população 
mundial reside em países que apresentam altos índices de deficiência de zinco. 
Nações com risco moderado de deficiência englobam cerca de metade da população. 
Locais como o sul e o sudeste da Ásia, o sul da África, da América Central e da região 
dos Andes apresentam risco elevado de deficiência. 
Considerando a prevalência de deficiência em nível mundial e a importância do zinco 
para a saúde humana, algumas estratégias podem ser utilizadas para minimizar ou ex-
cluir os riscos inerentes a essa condição. 
Para que intervenções sejam implementadas, alguns fatores devem ser considerados 
e baseados em estudos epidemiológicos. As três principais categorias de intervenção 
com zinco são a suplementação, a fortificação e a diversificação alimentar. 
Com relação à suplementação, recomenda-se a utilização de formas solúveis de sais 
de zinco, como acetato, sulfato ou gliconato. Além disso, as formulações devem ser 
administradas diariamente e entre as refeições, de maneira a melhorar a absorção. 
É necessário também incluir o cobre nas formulações naqueles lugares em que haja 
risco de concentrações deficitárias desse mineral. 
No caso de fortificação, os alimentos escolhidos como veículo de zinco devem ser 
representativos do consumo da população, suas características organolépticas não 
podem ser alteradas com a adição dos sais e devem ter a capacidade de reter 
quantidades adequadas do zinco adicionado durante seu processamento, estoque 
e preparação. Nestes casos, o óxido e o sulfato de zinco são geralmente utilizados 
como fortificantes. 
As quantidades a serem utilizadas devem ser avaliadas de acordo com cada caso espe-
cífico, entretanto, recomendam-se de 30 a 70 mg de zinco por quilograma de farinha, 
por exemplo. 
Existem diversas estratégias alimentares para aumentar o consumo de zinco, entre elas, 
técnicas agrícolas que aumentem o conteúdo total de zinco (biofortificação de alimen-
tos) ou reduzam a quantidade de fitatos dos alimentos, incentivo a estratégias comuni-
tárias que aumentem a produção ou a ingestão de alimentos ricos em zinco, além de 
métodos de processamento doméstico de alimentos, como germinação, fermentação 
e remolho, os quais podem reduzir o conteúdo de ácido fítico e, por sua vez, aumentar 
a quantidade de zinco absorvível destes alimentos (Hotz & Brown, 2004; Gibson, 2006). 
25
Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
A biofortificação de alimentos é uma estratégia que vem recebendo atenção com o de-
senvolvimento de pesquisas para sua aplicação (Haas et al., 2005; Van Jaarsveld et al., 
2005). A produção agrícola de alimentos biofortificados inicia-se com o melhoramento 
genético convencional de uma variedade de plantas, as quais são selecionadas por 
apresentarem maiores concentrações de micronutrientes.
Para que os objetivos sejam alcançados, independente da estratégia escolhida, é ne-
cessária a ação conjunta de governos, indústria alimentícia, comunidade acadêmica e 
consumidores. Nos casos de fortificação, devem ser avaliados dados sobre a biodis-
ponibilidade do composto utilizado e sua interação com outros micronutrientes. 
Além disso, aceitabilidade, vida de prateleira e custo finaldo produto também devem 
ser considerados. Todas as intervenções citadas podem apresentar bons resultados, 
desde que bem planejadas, acompanhadas e avaliadas. 
Atualmente, alguns países utilizam programas de fortificação alimentar com zinco, 
como é o caso de México, Indonésia e África do Sul, entretanto, ainda faltam estudos 
que avaliem os resultados dessas intervenções em médio e longo prazos.
26
Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
Consumo 
alimentar
Referência Zn Plasma
Zn 
Eritrócitos
(mg/dia) (EAR) (mg/dL)* (mg/gHb)**
Meninos 6,1 ± 1,3 74,8 ± 13,7 26,6 ± 5,4
Meninas 5,9 ± 1,2 73,7 ± 13,1 26,3 ± 5,8
Creche 1 5,0 ± 2,0 80,4 ± 10,6 30,1 ± 6,6
Creche 2 6,0 ± 1,1 75,2 ± 11,5 29,1 ± 5,0
Creche 3 4,4 ± 1,3 80,7 ± 11,3 30,8 ± 6,4
Fase 1 9,5 ± 4,3 84,4 ± 13,1 34,3 ± 6,7
Fase 2 7,9 ± 3,6 79,6 ± 17,6 36,2 ± 8,4
Fase 3 9,1 ± 3,9 87,8 ± 14,2 42,0 ± 7,3
Fase 1 9,8 ± 4,4 87,0 ± 11,9 30,9 ± 7,2
Fase 2 8,5 ± 3,5 82,9 ± 14,0 30,7 ± 7,3
Fase 3 9,1 ± 4,8 67,3 ± 8,4 32,9 ± 5,8
SD 4-8 anos 6,0 ± 2,1 4
SD 9 -11 anos 7,2 + 2,4 7
GC 4-8 anos 6,5 ± 1,8 4
GC 9-11 anos 7,5 ± 2,5 7
7-10 anos (meninas) 7,2 ± 2,3
11-14 anos (meninas) 8,4 ± 3,8
7-10 anos (meninos) 14,1 ± 4,6
11-14 anos (meninos) 13,1 ± 5,7
13-17 anos 9,8 ± 5,0 10,5 59,3 ± 13,0 41,8 + 9,7
1° trimestre 9,5 ± 4,3 65,5 ± 11,8 37,5 ± 6,9
2° trimestre 7,9 ± 3,6 59,6 ± 9,2 38,3 ± 6,1
Homens 7,6 ± 1,6 9,4 71,0 ± 14,2 37,1 ± 5,8
Mulheres 5,5 ± 1,5 6,8 62,5 ± 13,2 37,6 ± 5,7
21 a 50 anos (IMC ≥ 30 kg/m²) 7,6 ± 2,2 6,8 56,0 ± 8,0 45,7 ± 11,0
Adolescentes gestantes – Nogueira, Cozzolino (1997)
Gestantes – Alcântara, Cozzolino (2005)
9,5
Vegetarianos praticantes de ioga – Bortoli, Cozzolino (2005)
Mulheres obesas – Almeida, Cozzolino (2013)
7
77,2 28,5
75,4 30,4
66,2 ± 11,0 47,1 ± 7,2
72,3 ± 9,9 31,4 ± 4,7
Crianças obesas – Marreiro, Cozzolino (1999)
Escolares (9-12 anos) – escolas públicas – Michelazzo, Cozzolino (2007)
7
Escolares (9-12 anos) – escolas particulares – Michelazzo, Cozzolino (2007)
7
Crianças com síndrome de Down (SD) e Grupo-controle (GC) – Lima, Cozzolino (2002)
População
Pré-escolares (3-6 anos) – escolas públicas – Reis, Cozzolino (2014)
4
Pré-escolares (4-6 anos) – Chicourel, Cozzolino (2001)
4
10. SITUAÇÃO NO BRASIL
Os critérios de avaliação de prevalência de deficiência de zinco do IZiNCG baseiam-se 
no predomínio de crescimento deficitário observado em crianças, o qual é calculado a 
partir do índice estatura:idade, e na quantidade de zinco presente em alimentos bási-
cos de cada país. 
O Brasil enquadra-se em um nível de risco médio, sendo que uma parcela de 20,3% da 
população apresenta risco de ingestões inadequadas do mineral e 10,5% das crianças 
têm crescimento deficitário (Cominetti & Cozzolino, 2008). Alguns estudos realizados 
no Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da USP mostram dados tanto 
de consumo alimentar quanto do status plasmático e eritrocitário de zinco. 
Esses resultados estão demonstrados na tabela 5.
Tabela 5. Resumo de resultados obtidos em estudos laboratoriais – consumo e perfil 
bioquímico de zinco em diferentes populações.
Consumo 
alimentar
Referência Zn Plasma
Zn 
Eritrócitos
(mg/dia) (EAR) (mg/dL)* (mg/gHb)**
Meninos 6,1 ± 1,3 74,8 ± 13,7 26,6 ± 5,4
Meninas 5,9 ± 1,2 73,7 ± 13,1 26,3 ± 5,8
Creche 1 5,0 ± 2,0 80,4 ± 10,6 30,1 ± 6,6
Creche 2 6,0 ± 1,1 75,2 ± 11,5 29,1 ± 5,0
Creche 3 4,4 ± 1,3 80,7 ± 11,3 30,8 ± 6,4
Fase 1 9,5 ± 4,3 84,4 ± 13,1 34,3 ± 6,7
Fase 2 7,9 ± 3,6 79,6 ± 17,6 36,2 ± 8,4
Fase 3 9,1 ± 3,9 87,8 ± 14,2 42,0 ± 7,3
Fase 1 9,8 ± 4,4 87,0 ± 11,9 30,9 ± 7,2
Fase 2 8,5 ± 3,5 82,9 ± 14,0 30,7 ± 7,3
Fase 3 9,1 ± 4,8 67,3 ± 8,4 32,9 ± 5,8
SD 4-8 anos 6,0 ± 2,1 4
SD 9 -11 anos 7,2 + 2,4 7
GC 4-8 anos 6,5 ± 1,8 4
GC 9-11 anos 7,5 ± 2,5 7
7-10 anos (meninas) 7,2 ± 2,3
11-14 anos (meninas) 8,4 ± 3,8
7-10 anos (meninos) 14,1 ± 4,6
11-14 anos (meninos) 13,1 ± 5,7
13-17 anos 9,8 ± 5,0 10,5 59,3 ± 13,0 41,8 + 9,7
1° trimestre 9,5 ± 4,3 65,5 ± 11,8 37,5 ± 6,9
2° trimestre 7,9 ± 3,6 59,6 ± 9,2 38,3 ± 6,1
Homens 7,6 ± 1,6 9,4 71,0 ± 14,2 37,1 ± 5,8
Mulheres 5,5 ± 1,5 6,8 62,5 ± 13,2 37,6 ± 5,7
21 a 50 anos (IMC ≥ 30 kg/m²) 7,6 ± 2,2 6,8 56,0 ± 8,0 45,7 ± 11,0
Adolescentes gestantes – Nogueira, Cozzolino (1997)
Gestantes – Alcântara, Cozzolino (2005)
9,5
Vegetarianos praticantes de ioga – Bortoli, Cozzolino (2005)
Mulheres obesas – Almeida, Cozzolino (2013)
7
77,2 28,5
75,4 30,4
66,2 ± 11,0 47,1 ± 7,2
72,3 ± 9,9 31,4 ± 4,7
Crianças obesas – Marreiro, Cozzolino (1999)
Escolares (9-12 anos) – escolas públicas – Michelazzo, Cozzolino (2007)
7
Escolares (9-12 anos) – escolas particulares – Michelazzo, Cozzolino (2007)
7
Crianças com síndrome de Down (SD) e Grupo-controle (GC) – Lima, Cozzolino (2002)
População
Pré-escolares (3-6 anos) – escolas públicas – Reis, Cozzolino (2014)
4
Pré-escolares (4-6 anos) – Chicourel, Cozzolino (2001)
4
* Valor de referência: 70 – 110 μg/dL;
** Valor de referência: 40 – 44 μg/gHb.
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil
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Presidente do Conselho Científico 
e de Administração
- Dr. Franco Lajolo (FCF - USP)
 
Presidente
- Ary Bucione (DuPont)
 
Diretoria
- Adriana Matarazzo (Danone Ltda.)
- Alexandre Novachi (Mead Johnson)
- Elizabeth Vargas (Unilever)
- Dr. Helio Vannucchi (FMUSP - RP)
- Káthia Schmider(Nestlé)
- Dra. Maria Cecília Toledo (UNICAMP)
- Dr. Mauro Fisberg (UNIFESP)
- Dr. Paulo Stringheta (Universidade 
 Federal de Viçosa)
DIRETORIA/CONSELHO
Vice-Presidente do Conselho 
Científico e de Administração 
- Dr. Flavio Zambrone (IBTOX)
 
Diretor Financeiro
- Ilton Azevedo (Coca-Cola)
 
Diretora Executiva
- Flavia Franciscato Cozzolino Goldfinger
 
Conselho Científico e de Administração
- Alexandre Novachi (Mead Johnson)
- Amanda Poldi (Cargill)
- Ary Bucione (DuPont)
- Dra. Bernadette Franco (Fac. Ciências 
 Farmacêuticas/USP)
- Dr. Carlos Nogueira-de-Almeida 
 (Faculdade de Medicina/USP-RP)
- Cristiana Leslie Corrêa (IBTOX)
- Dra. Deise M. F. Capalbo (EMBRAPA)
- Elizabeth Vargas (Univeler)
- Dr. Felix Reyes (Fac. Eng. Alimentos/
 UNICAMP)
- Dr. Flávio Zambrone (IBTOX)
- Dr. Franco Lajolo (Fac. Ciências 
 Farmacêuticas/USP)
- Dr. Helio Vannucchi (Faculdade de 
 Medicina/USP-RP)
- Ilton Azevedo (Coca-Cola)
- Dra. Ione Lemonica (UNESP/Botucatu)
- Kathia Schimder (Nestlé Brasil Ltda.)
- Luiz Henrique Fernandes (Pfizer)
- Dra. Maria Cecília Toledo (Fac. Eng. 
 Alimentos/UNICAMP)
- Mariela Weingarten Berezovsky (Danone)
- Dr. Mauro Fisberg (UNIFESP)
- Othon Abrahão (Futuragene)
- Dr. Paulo Stringheta (Universidade 
 Federal de Viçosa)
- Dr. Robespierre Ribeiro (Sec. do Estado 
 de Minas Gerais)
- Dra. Silvia Maria Franciscato Cozzolino 
 (FCF-USP)
- Taiana Trovão (Mondelez)
- Tatiana da Costa Raposo Pires (Herbalife)
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Empresas Mantenedoras da
Força-Tarefa Alimentos Fortificados e 
Suplementos 2017
Ajinomoto do Brasil
Amway do Brasil
BASF S/A
Danone Ltda.
DSM Produtos Nutricionais Brasil S.A.
Herbalife International do Brasil Ltda.
Kerry do Brasil
Pfizer Consumer Healthcare
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