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Tecido Ósseo

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Tecido ósseo 
Biologia Celular e Histologia 
Letícia França 
ASPECTOS GERAIS 
▸Tipo especializado de tecido conjuntivo formado 
por células e material extracelular calcificado: matriz 
óssea. 
▸Diferente do cartilaginoso, o tecido ósseo é 
vascularizado para ter trocas de nutrientes 
▸A medula óssea, responsável pela produção das 
células sanguíneas, por isso tem que ser 
vascularizado 
▸Importância: 
↳Suporte para as partes moles, protege órgãos 
vitais, componente principal do esqueleto. 
↳Apoio aos músculos esqueléticos, aloja e protege 
a medula óssea. 
↳Depósito de cálcio, fosfato e outros íons: liberação 
contínua de cálcio quando necessário, para controlar 
os níveis séricos de Ca2+ que são importantes para 
o controle de sinais, para o processo de contração 
muscular, coagulação sanguínea. Entretanto, em altas 
concentrações se deposita em tecidos moles, como 
no rim e na vesícula calcificando. 
↳Capazes de absorver toxinas e metais pesados, 
minimizando seus efeitos adversos 
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO 
▸As células do tecido ósseo pertencem a duas 
linhagens diferentes: I) linhagem osteoblástica 
(osteoblastos e osteócitos, derivados de células 
osteoprogenitoras de origem mesenquimal); II) 
linhagem osteoclástica (osteoclastos, originados de 
monócitos produzidos na medula hematopoiética) 
Osteócito: Célula achatada em forma de amêndoa, 
importante na manutenção da matriz, mantendo-a. 
↳Localizado no interior da matriz óssea, dentro das 
lacunas (cavidade localizada na matriz) que se 
comunicam por canalículos. Cada lacuna contém 
apenas 1 osteócito. 
↳Canalículos: osteócitos estabelecem junções 
comunicantes (prolongamentos de osteócitos) para 
troca de moléculas e íons – ajudam na comunicação 
e difusão de nutrientes de forma mais eficiente. Não 
existe difusão de substâncias através da matriz, pois 
esta é impermeável. 
↳Função: essenciais para manutenção da matriz 
óssea não secreta matriz 
 
Osteogênicas 
▸Células mesenquimais pouco diferenciadas que 
originam os osteoblastos. 
▸Com características semelhantes às dos fibrócitos, 
núcleo alongado e citoplasma escasso. 
▸Encontradas em regiões afastadas da superfície 
das trabéculas ósseas. 
Osteoblasto 
▸Células cúbicas ou prismáticas baixas, núcleo 
exocêntrico e citoplasma basófilo (osteoblastos 
ativos). Nas superfícies ósseas em repouso, os 
osteoblastos assumem uma forma mais achatada 
com núcleo alongado (osteoblasto em repouso) 
▸Osteoblasto surge a partir de mitose, ele sintetiza 
a matriz e fica em lacunas se tornando os osteócitos. 
Localizam-se nas superfícies ósseas lembrando 
epitélio simples (lado a lado). 
▸Função: síntese da parte orgânica da matriz óssea, 
chamada de osteóide, não calcificada (colágeno tipo 
I, proteoglicanos e glicoproteínas) – crescimento do 
osso, além de fatores que influenciam a função de 
outras células ósseas. 
Tecido ósseo 
Biologia Celular e Histologia 
Letícia França 
▸Participam da mineralização da matriz: concentram 
fosfato de cálcio. 
▸Intensa atividade sintética, são cuboides com 
citoplasma muito basófilo. 
▸Após sintetizar a matriz, é aprisionado pela matriz 
recém-sintetizada passa a ser denominado 
OSTEÓCITO. 
▸A matriz deposita-se ao redor do corpo e 
prolongamentos das células passando por deposição 
de cálcio, formando as lacunas que contêm os 
osteócitos e canalículos. 
▸Matriz óssea recém-formada, não calcificada 
recebe o nome de osteoide 
▸Osteogênica → Osteoblasto → Osteócito 
Osteoclasto 
▸Derivados dos monócitos (grupo de células do 
sistema imunológico) 
▸Células móveis, gigantes e muito ramificadas 
contendo muitos núcleos (multinucleadas), forma 
irregular, citoplasma com aspecto granuloso e 
acidófilo. 
▸Situam-se na superfície do tecido ósseo ou em 
túneis no interior do osso. Nas áreas de reabsorção 
do tecido ósseo, são encontrados nas lacunas de 
Howship. 
▸Tem origem na medula óssea: Fusão de 
monócitos advindos da medula, migra para o tecido 
ósseo, onde se funde e forma uma célula grande 
multinucleada formando o osteoclasto. 
▸Função: reabsorção óssea, para controlar níveis 
de cálcio, remodelar o osso 
▸Na superfície ativa apresenta prolongamentos 
vilosos irregulares voltados para matriz óssea, em 
torno desses prolongamentos há a zona clara (pobre 
em organelas e rico de filamentos de actina): 
microambiente para adesão à matriz para 
reabsorção óssea. 
▸Secretam íons H+ (ácido), colagenases e outras 
hidrolases atuam localmente, digerindo a matriz 
orgânica e dissolvendo os cristais de sais de cálcio. 
▸Atividade do osteoclasto é coordenada por 
citocinas e especialmente pelos hormônios: 
↳Calcitonina (tireoide): quando o sangue está com 
muito cálcio, ativa o osteoblasto para pegar o 
excesso e levar para a matriz 
↳Paratormônio (paratireoide): baixos níveis de cálcio 
no sangue, ativa os osteoclastos havendo a 
reabsorção. 
*O excesso de cálcio no sangue se deposita em 
outros tecidos, causando cálculos. 
▸Reabsorção óssea por osteoclastos: 
↳Transferência de enzimas lisossomais e íons 
hidrogênio para zona circunferencial clara 
↳Íons H+ produzidos pelo osteoclasto acidifica o 
microambiente→ o pH ácido promove a dissolução 
dos minerais da matriz (ambiente se torna ideal para 
a ação das enzimas hidrolíticas dos lisossomos). 
↳Remoção da matriz→capturada pelo citoplasma 
dos osteoclastos→digestão e transferência de 
produtos para capilares sanguíneos. 
▸Os osteoclastos são estimulados quando o 
membro fica imobilizado 
MATRIZÓSSEA 
▸Parte inorgânica: 
↳Íons mais encontrados: fosfato, cálcio (fosfato de 
cálcio: hidroxiapatita) e em menor quantidade: 
bicarbonato, magnésio, potássio, sódio. 
↳Cálcio e fósforo formam cristais de hidroxiapatita 
hidratado que facilita a troca de íons entre o cristal e 
o líquido intersticial 
↳Porção mineral confere dureza, rigidez e 
resistência mecânica do tecido. 
Tecido ósseo 
Biologia Celular e Histologia 
Letícia França 
▸Parte orgânica: 
↳Formada por fibras colágenas (95%): colágeno tipo 
I e pequena quantidade de proteoglicanos e 
glicoproteínas 
↳Associação hidroxiapatita (dureza) + fibras 
colágenas (flexibilidade): responsável pela dureza e 
resistência do tecido ósseo 
↳Porção orgânica confere flexibilidade. 
PERIÓSTEO E ENDÓSTEO 
▸Recobrem as superfícies externas (periósteo) e 
interna (endósteo) dos ossos: formada por células 
osteogênicas e por tecido conjuntivo 
▸Revestido por um tecido conjuntivo (periósteo) 
com canais revestidos pelo tecido endósteo. 
▸Função: nutrição do tecido ósseo e fornecimento 
de novos osteoblastos para crescimento e reparo 
ósseo. 
▸Camada mais externa: PERIÓSTEO constituído de 
tecido conjuntivo denso ordenado, contém fibras 
colágenas (fibras de sharpey- são enrugadas para 
aumentar a superfície de contato, penetram no 
tecido e prendem firmemente o periósteo ao osso 
na parte externa) e fibroblastos. 
↳Porção profunda do periósteo: justaposta ao tecido 
ósseo tem maior celularidade, apresentando células 
osteoprogenitoras (ou osteogênicas, 
morfologicamente semelhantes aos fibroblastos): 
multiplicam-se por mitose e se diferenciam em 
osteoblastos tendo papel importante no crescimento 
dos ossos por aposição. 
↳Camada superficial do periósteo: contém 
principalmente fibras colágenas e fibroblastos 
↳Importante para o crescimento ósseo (em largura 
nos ossos longos) e reparo de fraturas. 
▸ESDÓSTEO: revestimento interno, constituído por 
tecido conjuntivo frouxo, contendo fibras colágenas 
finas associadas a osteoblastos ativos, em repouso, 
osteoclastos e células osteogênicas que envolvem as 
trabéculas ósseas. 
↳Reveste a cavidade interna do osso esponjoso, 
canal medular, Canal de Havers e de Volkmann 
(canais que passam pelo osso) 
↳Fornece novos osteoblastos para o crescimento, 
remodelação e recuperação do osso. 
↳Importantes 
para nutrição 
do tecido ósseo 
devido a 
presença de 
vasos 
sanguíneos em 
seu interior. 
 
 
 
TIPOS DE TECIDO ÓSSEO 
▸Ambos possuem as mesmascélulas e os mesmos 
constituintes da matriz óssea: 
1. Imaturo ou Primário: aparece durante o 
desenvolvimento embrionário e no reparo de 
fraturas: possui trabéculas ósseas com 
osteócitos e fibras colágenas que se dispõem 
irregularmente, sem orientação definida. 
↳É o primeiro tecido ósseo que aparece no 
organismo. 
↳Pouco frequente no adulto: em locais de 
muito impacto, presente nas suturas dos ossos 
do crânio, alvéolos dentários e em alguns 
pontos de inserção de tendões. 
↳Fibras colágenas dispostas em várias direções 
sem organização definida, tem menor 
quantidade de minerais e maior porção de 
osteócito. 
 
Tecido ósseo 
Biologia Celular e Histologia 
Letícia França 
2. Secundário ou Lamelar: substitui o primário: 
fibras se organizam em lamelas ao redor dos 
vasos formando os canais. Encontrado no 
adulto. 
↳Característica principal: fibras colágenas 
organizadas em lamelas: paralelas dispostas em 
camadas concêntricas em torno de canais 
(sistema de Havers ou ósteons). 
↳Sistemas de Havers são formados pelo 
conjunto de lamelas organizadas 
concentricamente. No centro desse cilindro há 
um canal revestido de endósteo: canal de 
Havers que contém vasos e nervos. 
Os canais de Havers comunicam-se entre si 
com a cavidade medular e com a superfície 
externa do osso por meio de túneis 
transversais ou oblíquos – Canais de Volkmann, 
não são envolvidos por lamelas. 
↳Lacunas com osteócitos entre as lamelas 
ósseas ou dentro das lamelas. 
↳Matriz mineralizada entre grupos de lamelas: 
substância cimentante. 
 
 
 
HISTOGÊNESE 
▸Formação do tecido ósseo se dá por: ossificação 
intramembranosa (membrana conjuntiva) ossificação 
endocondral (dentro da cartilagem). 
▸Ambos: formados inicialmente por tecido ósseo 
primário sendo substituído mais tarde por tecido 
ósseo secundário. 
▸Processo de Calcificação: 
↳Inicia-se com a deposição de sais de cálcio sobre 
fibrilas de colágeno, parece ser induzido por 
proteoglicanos e glicoproteínas da matriz. 
↳Influenciada pela concentração de Ca2+ em 
vesícula do citoplasma de osteoblastos 
↳Participação de enzimas (fosfatase alcalina), 
sintetizada pelos osteoblastos. Ambiente alcalino 
favorece a formação da matriz. 
Ossificação Intramembranosa 
▸Ocorre em membranas de tecido conjuntivo. 
▸Crescimento dos ossos a partir do periósteo: 
crescimento intramembranos – osso surge em uma 
membrana conjuntiva. 
▸Pode ocorrer durante a formação dos ossos: 
↳Forma os ossos do crânio: frontal, parietal, partes 
do occipital, do temporal e dos maxilares superior e 
inferior 
↳Contribui no crescimento de ossos curtos e 
crescimento em espessura dos ossos longos. 
↳Massa encefálica no recém-nascido = fontanela 
(mulera), com o crescimento as placas se fecham 
formando a sutura sagital do crânio. 
▸Etapas: 
1. Formação do Centro de ossificação primária: início 
do processo de ossificação na membrana conjuntiva 
(forma “pedacinho de osso’) 
Tecido ósseo 
Biologia Celular e Histologia 
Letícia França 
2. Células mesenquimatosas → transformam-se em 
células osteoprogenitoras e osteoblastos - que dão 
origem a células sanguíneas. 
3. Osteoblastos sintetizam a matriz orgânica 
(osteóide – “parede de osso”) → espículas e 
trabéculas com superfície coberta pelos osteoblastos 
→ mineralização (centro primário de ossificação) → 
osteócitos. 
4. Células mesenquimais restantes: periósteo. 
5. Há confluência das traves ósseas→ aspecto 
esponjoso. O osteoclasto invade a matriz, abrindo 
passagem para os osteoblastos e células que darão 
origem a medula formando uma canal. 
6. Infiltração de vasos sanguíneos e células 
mesenquimatosas indiferenciadas (formarão a MO) 
→ entre as traves ósseas 
7. Centros de ossificação crescem radialmente: 
substituem a membrana conjuntiva 
8. Membrana conjuntiva que não sofre ossificação 
→ forma o endósteo e o periósteo 
Ossificação Endocondral 
▸Inicia-se sobre cartilagem hialina – osso substitui a 
cartilagem hialina. 
▸Importante na formação de ossos curtos e longos. 
▸Formada por 2 processos: 
1. Formação de molde de Cartilagem Hialina em 
miniatura: Cartilagem Hialina sofre modificações: 
↳Hipertrofia dos condrócitos e redução da 
matriz mineralização, lacunas aumentam 
↳Morte dos condrócitos 
2. Molde (cartilagem em início de calcificação) 
serve de esqueleto estrutural: 
↳Resquício de cartilagem mineralizada é 
invadida por capilares sanguíneos e células 
osteogênicas provenientes do pericôndrio. 
↳Formação dos osteoblastos e deposição da 
matriz óssea. 
▸O tecido ósseo é formado onde antes havia tecido 
cartilaginoso, por meio de uma substituição 
▸Ossificação endocondral em ossos longos. 
▸Centro de ossificação primário. 
 
▸Centro de ossificação secundário 
 
CRESCIMENTO EM COMPRIMENTO DOS 
OSSOS LONGOS 
▸Crescimento em comprimento (longitudinal) do 
osso depende da disco epifisário (anel de cartilagem 
que fica entre a epífise e a diáfise): ossificação 
endocondral: 
1. Zona de repouso: há cartilagem hialina sem 
alteração. 
2. Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: 
divisão rápida dos condrócitos formando fileiras 
paralelas de células. Lacunas expandem, para 
mineralizar 
3. Zona de cartilagem Hipertrófica: condrócitos 
volumosos 
4. Zona de cartilagem calcificada: mineralização da 
matriz cartilaginosa e apoptose de condrócitos. 
Tecido ósseo 
Biologia Celular e Histologia 
Letícia França 
↳Zona de ossificação: invasão das cavidades 
por capilares sanguíneos e células 
osteoprogenitoras do periósteo→ osteoblastos 
depositam a matriz óssea. 
 
▸Crescimento em largura dos ossos longos: a partir 
do periósteo (intramembranosa) 
*Ossículos: não possuem cartilagem, ossificação 
intramembranosa. 
CRESCIMENTO E REMODELAÇÃO ÓSSEA 
▸A partir do periósteo: ossificação 
intramembranosa. 
▸A formação e reabsorção óssea no adulto estão 
em equilíbrio: osso é remodelado de acordo com as 
forças que incidem sobre ele 
▸Jovem: formação óssea é maior que a reabsorção 
▸Adulto: formação óssea e reabsorção entram em 
equilíbrio 
1) Sistemas de Havers são substituídos 
continuamente 
2) Necessidade de reabsorção óssea de uma área e 
adicionado em outra para adequar-se as mudanças 
de tensões (peso, postura, fratura) 
▸Remodelação óssea segue por toda a vida: 
reabsorção óssea seguida de depósito e formação 
de novos sistemas de Havers. 
TECIDO ÓSSEO E SEU PAPEL 
METABÓLICO 
▸Esqueleto: contém 99% do cálcio do organismo: 
reserva para manutenção da calcemia 
▸Cálcio absorvido da alimentação: depositado 
rapidamente no tecido ósseo, quando necessário o 
cálcio ósseo é mobilizado para manter os níveis 
sanguíneos adequados. 
▸Mecanismos de mobilização de cálcio ósseo: 
1°) Mecanismo físico de transferência de cristais de 
hidroxiapatita a partir do osso esponjoso: as lamelas 
ósseas mais jovens pouco calcificadas: recebem e 
cedem Ca2+ com mais facilidade para o meio. 
2°) Ação hormonal: paratormônio (paratireoide): 
aumenta o número de osteoclastos: reabsorção da 
matriz óssea com liberação de fosfato de cálcio:  
calcemia. 
↳Estimula osteoblastos a secretarem fator 
estimulador de osteoclastos 
↳Hormônio calcitonina (células parafoliculares da 
tireoide): inibe a reabsorção da matriz e mobilização 
do cálcio → apresenta efeito inibidor sobre 
osteoclastos. 
↳Vitamina D: aumenta a captação de cálcio no 
intestino. Pode ser sintetizada na pele, no fígado e 
nos rins. 
 
 
 
Tecido ósseo 
Biologia Celular e Histologia 
Letícia França 
REPARO ÓSSEO: FRATURAS 
▸Envolve formação de cartilagem e formação 
óssea intramembranosa e endocondral. 
▸Fratura: destruição da matriz óssea, morte celular, 
rompimento do periósteo e endósteo, deslocamento 
de fragmentos ósseos, ruptura de vasos. 
▸Hemorragia no local da fratura: comprometimento 
da irrigação sanguínea local, provocando coágulos - 
morte de parte de osteócitos de sistema de Havers 
da região lesada. 
▸Região da medula: coágulo invadido por células 
osteoprogenitoras do endósteo e por célulasmultipotentes da MO: formação em 7 dias de calo 
interno de osso trabecular 
▸Após 48h: acúmulo de células osteoprogenitoras 
com intensa atividade mitótica da camada 
osteogênica do periósteo e endósteo. 
↳Formação de colar ósseo: células 
osteoprogenitoras do periósteo se diferenciam em 
osteoblasto, une o colar ósseo ao osso morto 
juntando os dois pedaços. 
↳Formação de cartilagem da parte externa do colar 
ósseo:  concentração de O2: células 
osteoprogenitoras se diferenciam em condrócitos 
▸Colar ósseo é formado por 3 regiões: 
1. camada de osso novo, cimentado ao osso 
fragmentado; 
2. camada intermediária de cartilagem 
3. camada superficial osteogênica em proliferação 
▸Formação de calo externo: fusão das 3 regiões 
do colar ósseo. 
▸Toda a cartilagem vai sendo substituída por osso 
primário (por ossificação endocondral): remodelação 
e substituição por osso secundário: calo é desfeito, 
formando o osso secundário. 
 
AS VITAMINAS E SEUS EFEITOS SOBRE O 
ESQUELETO 
▸Vitamina A: 
↳Deficiência: Inibe formação óssea: falha na 
coordenação de osteoblastos e osteoclasto 
Comprometimento da reabsorção/ remodelação da 
abóboda craniana: lesão do SNC 
↳Excesso: Erosão das colunas de cartilagem 
Fechamento das placas epifisárias: parada prematura 
do crescimento 
▸Vitamina C: 
↳Deficiência: Tecido conjuntivo incapaz de produzir 
e manter matriz extracelular ↳Deficiência de 
produção de colágeno e matriz óssea: retardo no 
crescimento e atraso na cicatrização: Escorbuto. 
▸Vitamina D: 
↳Deficiência: Comprometimento da calcificação das 
cartilagens epifisárias Ossos pouco calcificados: 
deformação (criança: raquitismo/ adulto: 
osteomalácia) 
↳Raquitismo: Raquitismo em crianças e osteomalácia 
em adultos eram muito comuns entre os séculos 
XV- XIX 
↳O raquitismo: crianças que viviam em densos 
aglomerados urbanos, longes do sol durante os 
longos meses de inverno no hemisfério norte, e com 
fortes deficiências nutricionais, como leite: 
enfraquecimento e deformações ósseas, como 
pernas tortas, dentes estragados e perda do cálcio 
do osso (osteoporose).

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