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INTRODUÇÃO
ÀS CIÊNCIAS 
FARMACÊUTICAS
UNIDADE 1
A HISTÓRIA DA FARMÁCIA
TÓPICO 1
A EVOLUÇÃO DA FARMÁCIA NO BRASIL E NO MUNDO
A HISTÓRIA DA FARMÁCIA
a história da farmácia se confunde com a da própria
humanidade, já que a busca por remédios para combater as doenças é constante.
Na antiguidade, não havia distinção entre médicos e farmacêuticos, cabendo a um mesmo profissional diagnosticar doenças e preparar os medicamentos necessários.
A história da farmácia e medicina por muito tempo caminharam juntas, sendo conhecidas como as ciências da saúde. 
a história da farmácia compreende:
• a arte farmacêutica compreendendo, fundamentalmente, o estudo das formas farmacêuticas e dos medicamentos;
• a história das ciências farmacêuticas;
• a história das farmácias e dos farmacêuticos;
• as relações entre a medicina e a farmácia;
• a terapêutica medicamentosa e a articulação entre farmácia e as realidades sociais e culturais.
A origem da profissão remonta à Grécia antiga e seus deuses: o símbolo da farmácia ilustra o poder (cobra) da cura (taça) e era utilizado pela deusa Hígia, responsável pela saúde.
A FARMÁCIA PRÉ-HISTÓRICA
Um traço fundamental, nessa época, diz respeito à origem das doenças, que podiam ser naturais ou sobrenaturais. 
Nesse tempo, não existia diferença entre doença orgânica, funcional ou psicossomática, pois o conceito de doença era sobrenatural, mágico e misterioso, e o tratamento dessas doenças não tinha apenas como terapêutica exclusiva os rituais mágico-religiosos, mas também o uso de produtos de origem vegetal, mineral e animal.
Desde o início da humanidade, a farmácia tem feito parte da vida diária.
Escavações de alguns dos mais antigos assentamentos humanos suportam o argumento de que indivíduos pré-históricos coletavam plantas para fins medicinais. 
As poções mágicas usadas na cura de doenças eram de responsabilidade dos xamãs.
Assim, um duplo legado foi deixado: drogas como simples ferramentas e substâncias como poderes quase que sobrenaturais.
MESOPOTÂMIA
Na Mesopotâmia, acreditava-se que o comportamento dos deuses era fundamental para o bem-estar dos homens. Eles poderiam originar o bem e o mal, consequentemente, a saúde e a doença. As doenças eram interpretadas como um castigo divino. 
Para as doenças de causas terrenas bem visíveis, havia o recurso do uso de medicamentos e da cirurgia. No entanto, a utilização de medicamentos, por si só, não causaria qualquer efeito se não houvesse o acompanhamento mágico-religioso.
Hoje, a tábua de Nippur é tida como o mais antigo texto da medicina. Nela, havia receitas médicas do terceiro milênio a.C., relatando drogas de origem vegetal, mineral e animal e relatos de formas farmacêuticas de uso oral e uso tópico, como unguentos.
Na Mesopotâmia já era conhecida uma significativa variedade de drogas de origem vegetal, mineral e animal. 
Nessa época, algumas operações farmacêuticas descritas são a secagem, a pulverização, a extração de sucos, a filtração, a decantação, a maceração, a digestão, entre outros. 
ANTIGO EGITO
O Egito persistia na crença da origem divina das doenças, realizando, com frequência, sacrifícios, preces e rituais mágicos para restabelecer a saúde do doente.
Os registros sobre as práticas médicas egípcias demonstram um alto nível de sofisticação farmacêutica, com preparações manipuladas a partir de receitas detalhadas.
Os egípcios trabalharam com um rol de matérias primas de origem vegetal (drogas frescas e secas), como anis, sene, tamarindos, pepino, melão, artemísia, açafrão;
de origem animal, como gorduras diversas, leite, fígado de boi, carnes variadas, bile, sangue;
de origem mineral, como amoníaco, enxofre, ouro, prata, chumbo, ferro, cobre e mercúrio, dos quais era possível obter diversos sais, como sulfuretos de chumbo, carbonato e acetato de cálcio, nitratos de sódio e de potássio;
As formas farmacêuticas usadas pelos egípcios eram pastilhas, pílulas, supositórios, clisteres, inalações, pomadas, unguentos e colírios.
Destaca-se, nessa época, a atenção aos cosméticos, com o desenvolvimento de técnicas para a fabricação de esmaltes e a obtenção de pigmentos destinados a colorações, bem como a atenção à prática de higiene pessoal.
CONTINENTE AMERICANO
A cultura inca acreditava que a doença era o resultado de um pecado cometido pelo doente e uma forma de castigo dos deuses, tendo como tratamento a reconstituição da falta cometida de acordo com um ritual religioso adequado.
Esse tratamento era associado a uma terapêutica farmacológica, uma vez que os incas conheciam um número expressivo de drogas com ações terapêuticas.
As drogas mais utilizadas eram de origem vegetal, sendo a folha de coca muito utilizada contra a fadiga, a fome e a sede.
Os maias também acreditavam que a doença era o resultado de um pecado ou uma falta cometida.
Em relação à terapêutica medicamentosa, os maias usavam mistura e extração como técnicas para o preparo, resultando em unguentos e unções. Eles também deram atenção aos cuidados de embelezamento do corpo. 
Na cultura asteca, a doença também era o resultado de uma falta cometida ou de um pecado. Os astecas utilizavam da cirurgia e da terapêutica com drogas vegetais, animais e minerais, sempre em associação com rituais mágico-religiosos considerados fundamentais nas doenças mais graves. 
GRÉCIA
Nos registros da Grécia antiga, é encontrado um conceito de fármaco – ou pharmakon, uma palavra que significa ao mesmo tempo feitiço, remédio ou veneno.
A deusa da magia chamada Hecate, também conhecida como Pharmakis, era detentora do saber terapêutico das plantas medicinais e, nos templos que lhe estavam consagrados, as sacerdotisas eram apelidadas de pharmakides.
Em Roma, à semelhança do que havia acontecido na Grécia, não existia separação entre a atividade médica e a arte farmacêutica. Os médicos romanos prestavam cuidados médicos à população e faziam a preparação dos medicamentos ao público. 
Para a conservação e o armazenamento dos medicamentos, os romanos utilizaram materiais diversos e formas variadas. Eram vulgares as caixas de madeira e de metal para o acondicionamento de matérias-primas vegetais. Para os medicamentos líquidos, pastosos e perfumes, eram utilizados recipientes de vidro, de barro cozido, de osso, de prata, de bronze e de estanho.
Os romanos, assim como os gregos, também davam especial atenção à perfumaria e à cosmética. 
Por meio dos ensinamentos e das escrituras de Galeno, um médico grego que atuava em Roma no século II d.C., o sistema humoral da medicina ganhou ascendência para os próximos 1.500 anos, criando um sistema elaborado que tentava equilibrar os humores de um indivíduo doente pelo emprego de drogas de uma natureza supostamente contrária.
Galeno (200-131 a.C.), o pai da farmácia, combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se opunham diretamente aos sinais e sintomas das enfermidades, tendo sido o precursor da alopatia. 
Desse modo, Galeno é considerado o pai da farmácia, pois conseguiu instituir uma construção de medicamento, até então, nunca vista e organizou uma terapêutica medicamentosa nunca antes obtida. Ele preconizou uma farmacologia própria, à luz da qual pretendia explicar a ação dos medicamentos, organizou e classificou racionalmente os fármacos.
O conceito de medicamento de Galeno é o que temos até hoje. No medicamento, coexistem três constituintes fundamentais: as substâncias, que conferem as propriedades terapêuticas ao medicamento; os produtos, que exercem uma ação corretiva de determinada característica organoléptica; e os excipientes, que são incorporados para facilitar a administração das substâncias ativas. 
IDADE MÉDIA
O uso de drogas, para tratar doenças, sofreu mudanças devido ao fechamento de alguns templos pagãos. A terapia medicamentosa racional declinou no Ocidente, sendo substituída pelos ensinamentosda Igreja de que o pecado e a doença estavam intimamente relacionados.
à medida que seu nível de sofisticação crescia, médicos islâmicos, como Rhazes (860-932) e Avicena (980-1063), adicionavam informações aos escritos gregos. Os postos de comércio distantes das conquistas árabes também trouxeram novas drogas e condimentos aos centros de ensino. 
Os medicamentos novos e mais sofisticados exigiam técnicas de preparação elaboradas. Na cidade cosmopolita de Bagdá no século IX, essa atividade era realizada por especialistas, os antecessores dos farmacêuticos atuais. 
Na metade do século XIII, quando Frederico II, o governante do Reino das Duas Sicílias, sistematizou a prática da farmácia separada da medicina pela primeira vez na Europa, farmácias públicas tornaram-se relativamente comuns no sul da Europa. 
Esses pró-farmacêuticos geralmente se autodenominavam “apotecários” (ou boticários), um termo oriundo do termo grego latinizado apotheca, que significa depósito ou armazém.
O RENASCIMENTO E O INÍCIO DA EUROPA MODERNA
Em 1453, Constantinopla (atual Istambul) caiu pela conquista dos turcos, e os indivíduos remanescentes da comunidade acadêmica grega fugiram para o Ocidente, carregando seus livros e conhecimentos. 
Foi o momento ideal para se libertar dos velhos conceitos sobre doenças e drogas de Galeno. As novas drogas chegaram a terras distantes desconhecidas pelos anciões. Impressores, após terem cumprido a demanda de impressões de livros religiosos, voltaram-se a obras farmacêuticas e médicas. 
Para a farmácia, a impressão teve um profundo efeito no estudo das plantas medicinais, visto que a ilustração de plantas podia ser facilmente reproduzida.
ILUMINISMO
As alterações políticas, sociais e econômicas, verificadas no final do século XVIII, incorporaram disciplinas médicas sociais, como a higiene. Com isso, surgiu a preocupação com as condições sanitárias da população.
Um dos aspectos clínicos mais evidentes e visíveis dessa dinâmica preventiva foi a vacinação contra a varíola; a vacinação, por si só, foi uma descoberta científica de grande impacto não só na comunidade científica, mas
também na população em geral. Foi ainda na segunda metade do século XVIII que surgiu a homeopatia.
ROMANTISMO
O aparecimento de uma farmacologia científica, o surgimento de medicamentos novos e da terapêutica experimental, bem como a emergência de novas formas farmacêuticas foram alguns dos aspectos que influenciaram a revolução na farmácia e na farmacoterapia.
Uma descoberta científica marcou definitivamente a história da farmácia: a síntese em laboratório da ureia, por Friedrich Wöhler, em 1828, que abriu as portas da síntese laboratorial de substâncias orgânicas.
O desenvolvimento químico e a inovação laboratorial proporcionaram o surgimento da autêntica revolução farmacológica nos princípios do século XIX. 
POSITIVISMO
Louis Pasteur (1822-1895) e Robert Koch (1843-1910) desenvolveram metodologias laboratoriais fundamentais para o progresso da microbiologia, possibilitando a identificação de agentes causais de determinadas doenças contagiosas. 
A partir dessas descobertas e das infecções cirúrgicas, abriu-se um novo campo nas ciências da saúde. 
A antissepsia, pesquisada por Lister (1827-1912), investigou um modo de evitar as infecções decorrentes de procedimentos cirúrgicos, com a desinfecção das mãos. 
Tão importante quanto a antissepsia foi a descoberta de anestésicos.
A principal inovação, no que diz respeito à produção medicamentosa, foi o desenvolvimento da indústria farmacêutica, que retirou o lugar dos medicamentos manipulados. 
Surgiram, então, novas formas farmacêuticas, frutos do avanço tecnológico e científico, como os medicamentos injetáveis, devido às condições de assepsia para a fabricação. 
A FARMÁCIA CONTEMPORÂNEA
Após a Primeira Guerra Mundial, houve a continuação do processo de industrialização do medicamento. As farmácias produziam medicamentos magistrais, mas a indústria tinha intenção de abandoná-las. 
Os antibióticos deram o primeiro passo com a descoberta da penicilina, em 1928, pelo médico britânico Alexander Fleming (1881-1955). Essa descoberta deve ser considerada a mais importante da história da farmacologia e terapêutica.
Fleming, ao observar a contaminação por um fungo de uma das suas culturas, verificou que o fungo havia destruído as culturas microbianas.
Após a Segunda Guerra Mundial, as empresas começaram a aplicar alta tecnologia para a produção de medicamentos, o que rapidamente tornou a indústria farmacêutica em uma das mais avançadas do mundo.
Com o processo da industrialização, o farmacêutico não dominava mais o processo de produção dos medicamentos em sua totalidade e a farmácia passou a abrigar, além da prática da manipulação de produtos magistrais, a venda das especialidades farmacêuticas.
Isso gerou um afastamento do farmacêutico de seu lugar original de trabalho (a farmácia), já que a indústria passou a ser a principal área de interesse, e seu afastamento criou espaço para que leigos e comerciantes, sem qualquer conhecimento técnico, assumissem o seu “lugar”.
Por isso, a profissão farmacêutica luta na busca de que o reconhecimento do passado retorne.

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