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CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
I – CUSTO FIXO, LUCRO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
1. Introdução 
No curso Controle de Custos estudamos os procedimentos da Contabilidade de Custos para efeito 
de avaliação de estoques e de Resultado e também foi verificado como podem ser tratados os custos de 
produção para sua incorporação aos bens fabricados. 
Entretanto, como já foi possível notar, nem sempre esses critérios são os ideais e necessários para 
outras finalidades; vamos agora analisar, criticar e estudar as necessárias adaptações, para que possamos 
obter Custos aptos para auxiliar na tomada de Decisão. 
2. Problemas da Alocação dos Custos Indiretos Fixos 
Suponhamos que uma empresa produza três produtos (L, M e N), seja constituída de um único 
Departamento (apenas para simplificação) e que tenha as seguintes características: 
Custos Indiretos de Produção: $ 3.100.000 em certo mês, dos quais $ 2.455.000 são fixos, 
compreendendo Mão-de-Obra Indireta (maior parcela), Depreciações etc. e $ 645.000 são variáveis. 
Embora todos os custos variáveis sejam sempre diretos por natureza, nem sempre vale a 
pena o sacrifício de se fazer seu acompanhamento e medição individual por produto; são tratados 
então, na prática, como indiretos. 
Esses custos Indiretos variáveis, neste exemplo, são a Energia Elétrica e os Materiais Indiretos, e 
totalizaram $ 645.000, por estar a empresa produzindo as seguintes quantidades: 
Produtos Quantidade Produzida (un.) 
 Custo Indireto Variável por 
Unidade 
Custo Indireto Variável 
Total 
L 2.000 R$ 80,00 R$ 160.000,00 
M 2.600 R$ 100,00 R$ 260.000,00 
N 2.500 R$ 90,00 R$ 225.000,00 
Total R$ 645.000,00 
 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
Custos Diretos de Produção: Matérias-primas e Mão-de-Obra Direta, no total de $700/un. para o 
Produto L, $1.000/un. para o M e $750/un. para o N. A empresa está produzindo aquelas quantidades do 
Quadro anterior e vendendo pelos preços de $ 1.550/un. o produto L, $2.000/un. o M e $1.700/un. o N. 
Esses preços de venda são os fixados pela empresa líder do mercado, e a nossa não pretende 
modificá-los, mas está fazendo um estudo para verificar qual o produto mais lucrativo para tentar 
incentivar sua venda. 
Para isso faz os seguintes cálculos: 
 
Custo Indiretos por Produto: já que a maior parte é constituída por Mão-de-Obra Indireta, decide 
por sua distribuição em função das horas de Mão-de-Obra Direta (hMOD): 
Produtos Horas de MOD por Unidade (h/un.) 
Quantidade Produzida 
(un.) 
Total de Horas de 
MOD 
L 20,00 2.000 40.000 
M 25,00 2.600 65.000 
N 20,00 2.500 50.000 
Total 155.000 
 
 
Custos Indiretos Totais = 
 
 
3.100.000 
 
20 
Nº Horas Mod 155.000 
 
A partir desse Custo Indireto por Hora de Mão-de-Obra ($20,00/hMOD), a empresa construiu o 
seguinte quadro de lucratividade por produto: 
 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
 
 
Produtos Custo Direto Unitário ($) 
Custo Indireto Unitário Hmod x 
$/Hmod 
Custo 
Total 
Preço de 
Venda 
Lucro 
($) 
L 700 400 1.100 1.550 450 
M 1.000 500 1.500 2.000 500 
N 750 400 1.150 1.700 550 
 
Temos agora o resultado por unidade de cada tipo de Produto, apresentando-se como prioritário 
para incentivo de venda o N, como mais lucrativo, ficando o L em último lugar. 
Façamos, todavia, outra análise: devido à existência dos Custos Fixos e à forma de apropriação 
dos Custos Indiretos, chegamos a esse resultado; e se utilizássemos outro critério de rateio, teríamos a 
confirmação do Produto N como o mais rentável? 
Suponhamos que essa empresa tenha tido custos por hora de Mão-de-Obra Direta diferenciados 
para cada produto e resolva atribuir, ao invés de por hora, por valor em reais de Mão-de-Obra Direta. Para 
isso verifica o quanto foi aplicado, desmembrando o Custo Direto; suponhamos: 
 
ProdutosMão-de-Obra Direta Matéria-PrimaCusto Direto Total 
L 195 505 700 
M 300 700 1.000 
N 276 474 750 
 
Para a apropriação dos $3.100.000 de CIP por reais de MOD, terá que fazer: 
 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
ProdutosMOD por UnidadeQuantidade MOD Total
L 195 2.000 390.000 
M 300 2.600 780.000 
N 276 2.500 690.000 
Total 1.860.000 
 
CIF = 3.100.000 
1,66666667 
MOD 
 
 
1.860.000 
 
 
Para cada real de MOD, deverá a empresa apropriar $1,666... de CIP. 
Produtos MOD por Unidade Apropriação do CIF/Un. CIF Fixo 
L 195 1,66667 325 
M 300 1,66667 500 
N 276 1,66667 460 
 
Este será o novo Quadro de Rentabilidade por Produto: 
Prod. Custo Direto Unitário ($) 
Custo Indireto Unitário $MOD 
x $/R$MOD 
Custo 
Total 
Preço de Venda 
($) 
Lucro 
($) 
L 700 325 1.025 1.550 525 
M 1.000 500 1.500 2.000 500 
N 750 460 1.210 1.700 490 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
O produto M continua com o mesmo lucro unitário, mas L e N mudaram. E o mais importante é 
que se inverteu a ordem! O produto menos rentável tornou-se o melhor, e o que era mais lucrativo tornou-
se o menos interessante! 
Com tão pequena mudança no critério de apropriação dos Custos Indiretos de Produção, temos 
tão dramática alteração. Seria o problema decorrente de estarmos rateando todos os CIP, sabendo que 
pelo menos os variáveis já são conhecidos por produto e não precisariam então desse tipo de rateio? 
Refazendo todos os cálculos que levaram aos Quadros anteriores de Rentabilidade por produto, 
mas dessa vez apropriando para cada produto seu Custo Indireto Variável conhecido, rateando apenas os 
Fixos ($2.455.000), teremos: 
Primeiro, rateando à base de reais de MOD, chegamos aos seguintes valores: 
 
 
CIF = 2.455.000 
1,31989247 
 
 
MOD 
 
 
1.860.000 
 
 
 
 
Produtos MOD por Unidade Apropriação do CIF/Un. CIF Fixo 
L 195 1,31989 257 
M 300 1,31989 396 
N 276 1,31989 364 
 
 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
Prod.Custo Direto Variável (Un.) 
Custo Indireto 
Variável (Un.) 
Custo Indireto 
Fixo 
Custo 
Total 
Preço de 
Venda Lucro 
L 700 80 257 1.037 1.550 513 
M 1.000 100 396 1.496 2.000 504 
N 750 90 364 1.204 1.700 496 
 
 
Continuamos com a mesma ordem do Quadro anterior, onde o melhor é o Produto L. 
Se fizéssemos à base de horas de MOD, chegaríamos a (cálculos semelhantes aos dos primeiros 
quadros). 
 
 CIF = 2.455.000 
15,8387097 
 
 
 
MOD 
 
 
155.000 
 
 
 
 
 
Produtos Horas de MOD por Unidade (h/un.) 
Apropriação 
do CIF/Un. CIF Fixo 
 
 
 L 20,00 15,83871 317 
 M 25,00 15,83871 396 
 N 20,00 15,83871 317 
 
 
 
 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
Prod. Custo Direto Variável (Un.) 
Custo Indireto Variável 
(Un.) 
Custo Indireto 
Fixo 
Custo 
Total 
Preço 
de 
Venda 
Lucro 
L 700 80 317 1.097 1.550 453 
M1.000 100 396 1.496 2.000 504 
N 750 90 317 1.157 1.700 543 
 
De novo a posição dada pelo primeiro cálculo. Afinal, qual é o produto mais lucrativo, L ou N? Ou 
será o M, mais constante em todos os critérios? 
É claro que as bases de rateio não deveriam ser estabelecidas e alteradas assim, aleatoriamente; 
porém, por melhor que seja o critério, sempre haverá certo grau de imprecisão no rateio dos custos 
indiretos. 
3. Conceito de Margem de Contribuição 
Nosso problema acima pode ser resolvido em função do seguinte: toda a dificuldade anterior 
residiu na apropriação dos Custos Indiretos Fixos, já que os Variáveis são alocáveis sem problema. Para a 
apropriação dos Fixos, existem dois tipos de problemas: o fato de serem no total independentes dos 
produtos e volumes, o que faz com que seu valor por unidade dependa diretamente da quantidade 
elaborada, e também o critério de rateio, já que, dependendo do que for escolhido, pode ser apropriado 
um valor diferente para cada unidade de cada produto. 
Em nosso exemplo podemos verificar que, supondo Matéria-Prima e Mão-de-Obra Direta 
Totalmente Variáveis, podemos identificar como sendo realmente de cada produto a soma de seus custos 
Direto mais Indireto Variável; toda a dificuldade está residindo na apropriação dos $2.455.000 de CIP Fixos. 
O Produto L traz à empresa uma receita de $1.550/un., e provoca, obrigatoriamente, um custo de 
$780/un., que é seu total variável por unidade. Cada unidade sua realmente provoca esse gasto e produz 
essa receita. Toda e qualquer parcela de Custo Fixo que lhe queiramos imputar não será existente apenas 
se houver a produção e venda desse produto; existirá independente dele. De que adianta então ficarmos 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
imputando para cada unidade de cada produto uma parcela de Custo Fixo? Essa parcela dependerá da 
quantidade de produto e da forma de rateio, e não de cada unidade em si. 
Chegamos assim ao conceito de Margem de Contribuição por Unidade, que é diferença entre o 
preço de venda e o Custo variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à 
empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro. 
Verifiquemos o seguinte: 
 
Prod. Custo Direto Variável (Un.) 
Custo Indireto 
Variável (Un.) 
Custo 
Variável Total 
Preço de 
Venda 
Margem de 
Contribuição 
L 700 80 780 1.550 770 
M 1.000 100 1.100 2.000 900 
N 750 90 840 1.700 860 
 
Cada unidade de L contribui com $770; não podemos dizer que isso seja Lucro, já que faltam os 
Custos Fixos; trata-se de sua Margem de Contribuição, para que, multiplicada pelas quantidades vendidas e 
somada à dos demais, perfaça a Margem de Contribuição Total. Desse montante, deduzindo os Custos 
Fixos, chegamos ao Resultado, que pode ser então o Lucro. 
O fundamental é que, verificando o Quadro Anterior, notamos que o produto que mais 
contribui por unidade para a empresa é o M, seguido pelo N e, finalmente, pelo L. Cada unidade de 
M provoca de fato uma “sobra” de $ 900, diferença entre receita e custo variável. 
Se existe um produto que deva ter sua venda incentivada é o M, que tem a maior Margem de 
Contribuição por Unidade. 
4. Outra Aplicação da Margem de Contribuição para Fins Decisoriais 
 
Suponhamos que uma empresa trabalhe por encomenda, produzindo com a seguinte estrutura de 
custos e despesas: 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
 
Elementos Valores 
Custos Fixos de Produção 1.400.000 Mês 
Custos Variáveis de Produção, Exceto MAT e MOD 400 Hora-Máquina 
Despesas Fixas de Administração, Vendas e Financiamentos1.200.000 Mês 
Despesas Variáveis de Vendas 0,20 Por $1,00 de Venda
 
Para poder chegar ao preço de Venda para cada encomenda, a empresa previu um volume total 
de trabalho para o Mês de 2.500 horas-máquina e fixou como meta o lucro mensal de $1.000.000; a partir 
daí, criou fórmula para a obtenção do preço: 
 
Elementos Valores 
Custo Fixo de Produção por Hora-Máquina = $1.400.000/2.500 hm 560 hm 
Custo Variável, exceto Materiais e Mão-de-Obra Direta 400 hm 
Despesas Fixas por Hora-Máquina = $1.200.000/2.500 hm 480 hm 
Total dos Custos e Despesas por Hora-Máquina 1.440 hm 
Lucro desejado por Hora-Máquina 400 hm 
Valor Total a obter, após dedução das Despesas de Vendas variáveis e dos Custos 
de Materiais e Mão-de-Obra Direta 1.840 hm 
 
Estando ociosa a firma numa determinada semana, recebe um cliente que lhe propõe uma 
encomenda com as características seguintes: 
Materiais e Mão-de-Obra Direta Previstos em Reais 96.000 
Horas-Máquina Necessárias para a Produção 50 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
Nossa empresa procede então aos seus cálculos: 
Elementos Valores 
Materiais e Mão-de-Obra Direta 96.000 
Custos, Despesas e Lucro, exceto Despesas de Venda 
Variáveis = 50 hm x $ 1.840/hm 
92.000 
Subtotal: 188.000 
Despesas Variáveis de Venda = $0,20 por $1,00 de PV 47.000 
Preço Solicitado = 188.000/80% 235.000 
 
Suponhamos, adicionalmente, que o cliente não concorde com esse preço e esteja disposto a 
pagar apenas $200.000 pela encomenda. Deverá a nossa empresa aceitar ou não o trabalho? 
Se a indústria analisar com base nos valores obtidos na tabela anterior, talvez não aceite, já que 
poderia estar computando: 
 
Elementos Valores 
Preço Ofertado pelo Cliente 200.000 
(-) Despesas de Venda Variáveis (40.000)
(=) Subtotal 160.000 
(-) Custos, Despesas e Lucro (188.000)
(=) Diferença (28.000)
 
E essa diferença é superior ao que a empresa obteria de lucro, dentro do esquema da tabela 
anterior, pois nos $188.000 estão embutidos 50hm x $400/hm = $20.000 de lucro, o que daria um prejuízo 
“real” de $8.000. 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
Verifiquemos, entretanto, o que aconteceria de fato se a empresa deixasse de aceitar esse 
trabalho numa semana ociosa: seus Custos e Despesas Fixos continuariam a existir, independentemente da 
encomenda, e ela poderia, não aceitando, deixar de gastar apenas: 
 
Elementos Valores 
Receita de Venda 200.000 
(-) Custos Variáveis 
Materiais e Mão-de-Obra Direta (96.000)
Outros Custos Variáveis (20.000)
(-) Despesas Variáveis 
De Vendas (40.000)
(=) Margem de Contribuição 44.000 
 
Deixaria de gastar essa quantia, mas deixaria de receber os $200.000. Portanto, estaria perdendo 
uma Margem de Contribuição de $44.000. 
Seu resultado anual seria, caso não aceitasse a oferta e o trabalho, reduzido nessa importância, 
pois, como já foi observado, os custos e despesas fixos continuariam a existir e estariam presentes. 
Verifiquemos assim que mais uma vez os encargos fixos podem provocar problemas nos 
momentos de decisão, e que a Margem de Contribuição tem a grande virtude de tornar mais clara a 
situação para tais finalidades. 
Vimos também que o conceito de Margem de Contribuição é um pouco mais amplo do que o 
observado anteriormente, já que é a diferença entre a Receita e a soma de Custos e Despesas Variáveis, e 
não apenas entre receita e Custos Variáveis. E deve-se lembrar, também, que a receita a considerar deve 
ser a líquida, isto é, já deduzidos os tributos incidentes sobre ela. 
 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data:Professor Esp. Salomão Soares 
 
5. Um Novo Exemplo do Uso da Margem de Contribuição 
Suponhamos, num outro exemplo, que uma indústria esteja operando no mercado brasileiro 
com as seguintes características: 
 
Elementos 
Capacidade de Produção 800.000t/ano 
Capacidade de Atendimento ao Mercado Nacional 500.000t/ano 
Custos Fixos de Produção 35.000.000/ano 
Custos Variáveis de Produção 110/t 
Despesas Fixas 21.000.000/ano 
Despesas Variáveis: 
Comissões 10/t 
Impostos 15/t 
Preço de Venda 260/t 
 
Com isso, a empresa está obtendo o seguinte resultado: 
Elementos Valores 
Vendas: 500.000t x $260/t 130.000.000
(-) Custo dos Produtos Vendidos 
Fixos -35.000.000
Variáveis -55.000.000
(=) Lucro Bruto 40.000.000
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
(-) Despesas 
Fixas -21.000.000
Variáveis: 500.000t x $25/t -12.500.000
(=) Lucro Líquido 6.500.000
 
Surge agora a oportunidade de uma venda ao exterior de 200.000 t, mas pelo preço de $180/t. 
Deve a empresa aceitar, mesmo sabendo que nessa hipótese não teria os impostos de Venda? 
Elementos P/Unidade 
Custos Fixos 70,00 
Custos Variáveis 110,00 
Despesas Fixas 42,00 
Despesas Variáveis de Vendas 10,00 
(=) Custos e Despesas Totais 232,00 
 
Esse critério, que levaria à negativa da contratação, contém um primeiro erro, que é o de não 
considerar que o aumento de 500.000 para 700.000 t acarretará uma redução do custo fixo por unidade. 
Assim, a segunda forma de procedimento poderia ser: 
Elementos P/Unidade 
Custos Fixos 50,00 
Custos Variáveis 110,00 
Despesas Fixas 30,00 
Despesas Variáveis de Vendas 10,00 
(=) Custos e Despesas Totais 200,00 
 
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
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CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
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Professor Esp. Salomão Soares 
Tal cálculo continua levando à decisão de não-atendimento da demanda externa. 
A terceira forma de cálculo seria com o uso do conceito de Margem de Contribuição; calculando-
se para o caso, teríamos: 
 
Elementos P/Unidade Total 
Preço de Venda (Exportação) 180,00 36.000.000 
(-) Custos Variáveis (110,00) (22.000.000)
(-) Despesas Variáveis (10,00) (2.000.000)
(=) Margem de Contribuição por Unidade 60,00 12.000.000 
 
Aceitando a encomenda, a empresa receberá uma Margem de Contribuição adicional de 
$12.000.000 (200.000t x $60/t), e seu resultado será acrescentado dessa importância. 
Essa prática, aliás, é bastante usada internacionalmente. No mercado do próprio país consegue-
se, com uma parte da capacidade de produção, amortizar os custos e despesas fixos, chegando-se inclusive 
a um resultado positivo. Ao vender para o mercado externo, qualquer preço acima do custo e despesa 
variáveis provocará acréscimo direto no lucro; qualquer valor de margem de contribuição é lucro, e o preço 
pode ser bastante inferior ao do mercado nacional onde está a indústria. 
 
Elementos Valores 
Vendas Nacionais: 500.000t x $260/t 130.000.000 
Vendas Internacionais: 200.000 t x $ 180/t 36.000.000 
(-) Custo dos Produtos Vendidos 
Fixos (35.000.000)
Variáveis: 700.000 x $ 110/t (77.000.000)
 CONTABILIDADE GERENCIAL 
PROFESSOR: Salomão Soares 
CUSTO FIXO, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E FATOR 
LIMITANTE 
Data: 
 
 
Professor Esp. Salomão Soares 
(=) Lucro Bruto 54.000.000 
(-) Despesas 
Fixas (21.000.000)
Variáveis: 500.000t x $25/t (12.500.000)
Variáveis: 200.000t x $10/t (2.000.000)
(=) Lucro Líquido 18.500.000 
 
Compare com o resultado anterior de $6.500.000! Tal prática, uma das formas de dumping 
internacional, é realmente utilizada em larga escala, porque , dentro de um próprio país, seria praticamente 
impossível trabalhar-se com dois preços de venda tão diferentes para o mesmo produto. 
6. Conclusão 
A alocação de Custos Fixos é uma prática contábil que pode, para efeito de decisão, ser 
perniciosa; por sua própria natureza, o valor a ser atribuído a cada unidade depende do volume de 
produção e, o que é muito pior, do critério de rateio utilizado. Por isso, decisões tomadas com base no 
“lucro” podem não ser as mais corretas. 
A Margem de contribuição, conceituada como diferença entre Receita e soma de Custo e Despesa 
Variáveis, tem a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada produto, 
mostrando como cada um contribuiu para, primeiramente, amortizar os gastos fixos, e, depois formar o 
lucro propriamente dito. 
II – Margem de Contribuição e Limitações na Capacidade de Produção 
1. Introdução: 
Ao estudarmos a grande importância do conceito de Margem de Contribuição no capítulo 
anterior, verificamos algumas de suas aplicações, mas não atentamos ao problema decorrente da 
existência de diversos fatores que naturalmente limitam a capacidade de produção da empresa. Vamos 
agora entrar nesse tipo de problema. 
 
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2. Margem de Contribuição Antes da Existência de Limitações 
Suponhamos que uma determinada empresa fabricante de barracas para camping produza quatro 
modelos diferentes (A, B, C e D). 
Os dados de Custos que a empresa possui são bastante minuciosos: 
Produto 
Modelo 
Matéria-Prima 
- $/un. 
Mão-de-Obra 
Direta - $/un. 
Custo Direto 
Total - $/un. 
Custo Indireto 
Variável - $/un. 
Custo Variável 
Total - $/un. 
A 28 24 52 8 60 
B 24 20 44 6 50 
C 80 28 108 8 116 
D 16 20 36 4 40 
 
Os Custos Indiretos Fixos são os seguintes: 
 
Elementos Valores/Ano 
Mão-de-Obra Indireta 64.000
Aluguéis 16.000
Depreciações 12.000
Outros Indiretos Fixos 8.000
Total 100.000
 
Para efeito de avaliação de estoques, a empresa rateia os Custos Indiretos à base da Mão-de-Obra 
Direta, visto que o maior item daqueles diz respeito à supervisão de operários. Entretanto, conhecedora 
das vantagens da utilização do conceito de Margem de Contribuição, para efeito de análise e decisão, ela 
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procede como indicado na tabela anterior, alocando apenas os custos variáveis. Com isso tem ela a 
seguinte tabela com relação à Margem de Contribuição de cada um dos modelos: 
Produto 
Modelo 
Custo Variável 
Total - $/un. 
Preço de Venda 
- $/un. 
Margem de Contribuição 
- $/un. 
A 60 80 20 
B 50 72 22 
C 116 140 24 
D 40 48 8 
 
Esses preços são também aproximadamente os da concorrência para cada tipo de barraca. 
Analisando-se a coluna da Margem de Contribuição, verificamos de imediato que o modelo com 
maior capacidade de trazer recursos para a empresa é o modelo C. Entretanto, nossa firma não pode 
escolher apenas esse modelo para comercialização, precisando oferecer todos eles ao mercado. Mas é 
claro que ela tentará, sempre que possível forçar a venda do Modelo C, já que cada unidade dele produz 
maior margem de contribuição. Isso se não existir nenhum problema de limitação quanto à produção. 
3. Existência das Limitações na Capacidade Produtiva 
A nossa empresa, precisando fazer uma programação para a produção de ano de 2004, procede a 
uma pesquisa de mercado e verifica que existe uma demanda que poderá proporcionar nesse período que 
sejam vendidas as seguintes quantidades de cada modelo: 
Produto Quantidade - un. 
Modelo - A 3.300 
Modelo - B 2.800 
Modelo - C 3.600 
Modelo - D 2.000 
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Como já foi observado, tentaria ela, se possível, forçar a venda de C, mas o mercado mostra-se 
disposto a lhe consumir essas quantidades indicadas; e ela então começa a preparar sua produçãopara 
atender à demanda. 
Esbarra, todavia, num problema logo de imediato: sua capacidade não é suficiente para fornecer 
esse volume, já que ela possui um nível máximo de produção de 97.000 horas-máquina, enquanto aquela 
demanda lhe consumiria 103.150 horas-máquina, conforme o tempo de cada modelo mostrado a seguir: 
Produto 
Modelo 
Horas-Máquina 
Necessárias - $/un. 
Demanda Prevista 
- $/un. 
Total Horas-Máquina - 
$/un. 
A 9,50 3.300 31.350 
B 9,00 2.800 25.200 
C 11,00 3.600 39.600 
D 3,50 2.000 7.000 
Total 103.150 
 
Vê-se agora a fábrica na contingência de verificar qual dos modelos deixará de ser total ou 
parcialmente atendido. 
Suponhamos que a firma tenha o interesse de maximizar seu lucro nesse ano e por isso sua 
decisão será baseada nesse objetivo. (Poderia estar interessada na manutenção de alguns dos tipos de 
clientes e querer atender a essa meta mesmo à custa de redução do lucro.) 
Onde então efetuar o corte das 6.150 horas excedentes a sua capacidade (103.150 h – 97.000 h)? 
Já vimos no capítulo anterior que a decisão baseada no lucro unitário (após apropriação de todos 
os custos indiretos) não é correta, e sim a que considera a Margem de Contribuição. Com base nisso, é 
provável que a nossa empresa venha a decidir pela redução na linha do Modelo D, já que apresenta a 
menor Margem de Contribuição por unidade. Teria assim que deixar de produzir 1.757 unidades desse tipo: 
 
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 6.150h = 1.757 
3,50h/un. 
A partir dessa previsão de produção, poderia constituir um quadro projetado do resultado do ano 
de 2004: 
Produto 
Modelo Quantidade - $/un. 
Demanda 
Prevista - $/un. 
Total Horas-Máquina 
- $/un. 
A 3.300 20,00 66.000 
B 2.800 22,00 61.600 
C 3.600 24,00 86.400 
D 243 8,00 1.944 
Total da Margem de Contribuição 215.944 
(-) Custos Fixos (100.000) 
(=) Resultado 115.944 
 
4. Comprovação da Utilização do Critério Correto 
Para termos certeza de que a decisão tomada de corte do Modelo D é a correta, podemos fazer 
alguns cálculos com o resultado que seria obtido caso se decidisse de maneira diversa. Para isso, basta 
verificarmos que seria a nova Margem de Contribuição Total com a nova escolha, já que de todas as 
hipóteses possíveis interessa a que maximizar a Margem de Contribuição Total, pois o mesmo montante de 
Custo Fixos será deduzido dela para se chegar ao Resultado. 
Verifiquemos primeiramente o que teria acontecido se a empresa tivesse optado pelo corte no 
produto C, ao invés de no D. O número de unidades não produzidas de C seria: 
 
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 6.150 h = 559/un., e o resultado seria: 
11,00 h/un. 
 
Produto 
Modelo Quantidade - $/un. 
Margem de Contribuição 
Unitária - $/un. 
Margem de Contribuição 
Total - $ 
A 3.300 20,00 66.000 
B 2.800 22,00 61.600 
C 3.041 24,00 72.984 
D 2.000 8,00 16.000 
Total da Margem de Contribuição 216.584 
 
Este quadro evidencia que a Margem de Contribuição Total seria maior nessa hipótese que na 
anterior! Logo, esta última produz mais lucro, e é, portanto, melhor que aquela! 
Estará invalidado então nosso conceito de Margem de Contribuição? 
5. Margem de Contribuição e Fator de Limitação 
Analisemos a razão da discrepância acima: na primeira hipótese, deixamos de produzir 1.757 
unidades de D, o que nos eliminou a possibilidade de obtenção de uma Margem de Contribuição Total de: 
1.757 un. X $8/un. = $14.056 
Enquanto que, na segunda hipótese, cortando da linha C, diminuímos um potencial de Margem de 
Contribuição Total de : 
559 un. X $24/un. = $13.416 
 
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Apesar de por unidade o modelo C produzir muito mais de Margem de Contribuição do que o D, 
dentro das 6.150 horas cortadas ele produz menos. E isso é devido ao tempo de máquina que cada unidade 
leva para ser elaborada. 
Uma unidade de C produz $24 de Margem de Contribuição, mas leva 11 horas para ser feita. 
Assim, em cada hora a Margem de Contribuição é de $2,18, enquanto o produto D produz só $8 por 
unidade, mas leva apenas 3,5 horas para ser elaborado, fornecendo $2,29 por hora. Logo, cada hora usada 
na linha D rende mais do que na linha C. 
O resultado correto seria obtido então com o seguinte cálculo: 
Produto 
Modelo 
Margem de Contribuição 
Unitária - $/un. 
Tempo de 
Fabricação - hm 
Margem de Contribuição 
por hm 
A 20,00 9,50 2,11 
B 22,00 9,00 2,44 
C 24,00 11,00 2,18 
D 8,00 3,50 2,29 
 
Vemos que o modelo que menos traz Margem de Contribuição por hora-máquina é o A, e este 
deverá então ser o item a ter sua produção limitada. O modelo D, que parecia o primeiro a ser eliminado, 
só seria cortado como 3ª opção, depois de A e C. Ele é, na realidade, o segundo produto mais interessante 
nessa situação. 
Concluímos então que a Margem de Contribuição continua sendo o elemento-chave em matéria 
de decisão, só que agora não por unidade, mas pelo fator limitante da capacidade produtiva. 
Seria então, em nosso exemplo, sempre mais interessante o incentivo à produção do modelo B, já 
que é o que mais produz Margem de Contribuição por hora-máquina? 
Suponhamos que a empresa resolvesse, à custa de uma adição de custos fixos oriundos da 
aquisição de outras máquinas, aumentar sua capacidade de produção para 140.000 hm sem que nada se 
alterasse nos custos variáveis de cada produto. Poderia então agora atender a toda a demanda prevista e 
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ainda teria uma folga de quase 37.000 hm. Caso tivesse, em mente efetuar algum tipo de esforço para 
tentar vender mais do que aquela previsão, por meio, por exemplo, de uma campanha publicitária ou de 
uma motivação maior com relação à equipe de vendedores, como deveria proceder se soubesse que 
conseguiria, no máximo, aumentar em mais 10% aquele volume de vendas? 
Estando com capacidade para 140.000 hm, mesmo com adição de mais 10% em seu volume de 
trabalho, não chegará àquele limite, ficando, no máximo, ao redor de 113.500 hm. Nessa situação, deve 
forçar a venda do produto B, que dá maior Margem de Contribuição por hora-máquina, ou do modelo C, 
que fornece maior Margem por Unidade? 
Claro está que, se há no momento problema de horas-máquina, interessa que se consiga vender o 
mais possível daquele modelo que traz, por unidade, maior Margem de Contribuição. Cada unidade de C 
produz $24 de Margem de Contribuição, e, mesmo que demore mais tempo que B, deverá ser preferida, 
pois não há mais problema de tempo de máquina. 
Portanto, se não houver limitação na capacidade produtiva, interessa o produto que produz maior 
Margem de Contribuição por unidade, mas se existir, interessa o que produz maior Margem de 
Contribuição pelo fator limitante da capacidade. 
6. Outro Exemplo de Limitação na Capacidade Produtiva 
Suponhamos que uma determinada indústria automobilística fabrique dois modelos de veículos 
com as seguintes características: 
Produto ModeloPreço de Venda - un. Custo Variável - un.Margem de Contribuição - $/un.
4 Portas 26.000 20.500 5.500 
2 Portas 25.800 20.400 5.400 
 
Todas as maçanetas usadas em qualquer modelo são iguais, quer nas portas dianteiras, quer nas 
traseiras, e são importadas; cada modelo leva o mesmo tempo de produção. 
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Não havendo problema de limitação na capacidade de produção,a empresa tentará, sempre que 
possível, vender o modelo 4P, já que em cada unidade deste consegue uma Margem de Contribuição maior 
do que no outro. 
Digamos que em determinado mês haja um problema sério de obtenção de maçanetas, e a 
indústria consiga uma quantidade insuficiente delas para sua produção total. Como procederá nesse mês? 
Não há dúvida de que procurando apenas produzir e vender o modelo 2P. 
Se tiver, digamos, 8.000 maçanetas para o mês todo, conseguirá elaborar 4.000 unidades do 
modelo 2P e obter uma Margem de Contribuição Total de: 
4.000 un. X $5.400/un. = 21.600.000 
Se produzisse o modelo 4P, conseguiria apenas $11.000.000 (2.000 un. X $5.500/un.). 
O conceito de Margem de Contribuição pelo fator limitante da capacidade é o determinante da 
decisão. O modelo 4P dá Margem de Contribuição de $1.375 por maçaneta, mas o 2P dá $2.700. E a 
limitação no caso é o estoque disponível de maçanetas. 
Poderia ocorrer de o mercado consumir apenas 3.000 unidades por mês de 2P, nessa hipótese, a 
indústria faria então esse total e utilizaria as 2.000 maçanetas restantes na produção de 500 de 4P. 
O fator que limita a capacidade pode ser o mesmo durante um longo período de tempo (horas-
máquina, por exemplo), ou ser temporário (maçaneta, determinada matéria-prima, hora-homem de certa 
especialização, hora-máquina de certo equipamento ou de um departamento etc.). 
7. Alocação de Custo Fixo e Decisão 
Pelo exposto até o momento, os Custos Fixos devem, para fins decisoriais, ser tratados com muito 
cuidado. Para alguns tipos de decisão chegam a ser plenamente relegados a segundo plano, ou 
simplesmente abandonados. 
No primeiro exemplo que tratamos neste Capítulo, o das barracas, falamos da existência de 
$100.000 de custos fixos que deixariam de ser considerados em nossas decisões, o que estava realmente 
correto. Naquele caso, a atribuição dos Custos Indiretos Fixos era à base de hora de Mão-de-Obra Direta. 
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Vejamos como ficaria o custo total por unidade, supondo ainda a limitação na capacidade de produção da 
empresa. 
 
Supondo que se tivesse decidido realmente pelo corte no Produto A, por ser o de menor Margem 
de Contribuição por hora-máquina, a empresa obteria, então, o seguinte: 
 
Produto 
Modelo 
Quantidade - 
$/un. 
Margem de Contribuição Unitária 
- $/un. 
Margem de Contribuição 
Total - $ 
A 2.653 20,00 53.053 
B 2.800 22,00 61.600 
C 3.600 24,00 86.400 
D 2.000 8,00 16.000 
Total da Margem de Contribuição 217.053 
 
 
(Veja que essa Margem de Contribuição Total é maior do que a das hipóteses de corte no D 
($215.944) ou no C ($216.584), e também é maior do que se fizéssemos a redução no B ($214.974); isso 
comprova o acerto da decisão pelo corte em A). 
 
Se fizéssemos a alocação dos Custos Indiretos Fixos de $100.000 a essa produção, obteríamos o 
seguinte, sabendo que teríamos que apropriar para cada modelo a base do que cada um incorreu em Mão-
de-Obra Direta: 
 
 
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Apropriação do Custo Fixo com base na Mão-de-Obra Direta Total 
Produto 
Modelo 
Mão-de-Obra Direta - 
$/un. Quantidade 
Mão-de-Obra Direta 
Total - $ 
A 24,00 2.653 63.663 
B 20,00 2.800 56.000 
C 28,00 3.600 100.800 
D 20,00 2.000 40.000 
Total da Mão-de-Obra Direta 260.463 
Rateio do CIF = Custo Fixo/Total da Mão-de-Obra Direta 0,383931458 
 
Assim, para cada um $1,00 de Mão-de-Obra Direta, a empresa terá que apropriar 0,384 de Custos 
Indiretos de Fabricação. 
Cada modelo teria então a seguinte alocação de CIP e o seguinte custo total: 
Produto 
Modelo 
Custo Indireto Fixo 
- $/un. 
Custo Variável - 
$/un. 
Custo Total - 
$/un. 
Preço de Venda - 
$/un. 
Lucro - 
$/un. 
A 9,21 60,00 69,21 80,00 10,79 
B 7,68 50,00 57,68 72,00 14,32 
C 10,75 116,00 126,75 140,00 13,25 
D 7,68 40,00 47,68 48,00 0,32 
 
Notamos que, ao nos basearmos no critério do lucro, teríamos novamente o D como a pior das 
alternativas, e o B como a melhor. 
Mas, se fizéssemos um cálculo à base de lucro não por unidade, mas de lucro unitário por hora-
máquina, em semelhança ao critério anterior, teríamos a mesma ordem que obtivemos na tabela anterior, 
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quando definitivamente verificamos que o produto A era a pior alternativa da empresa, e por isso deveria 
ser sacrificado. Vejamos: 
Produto 
Modelo Lucro - $/un. 
Tempo de 
Fabricação - hm 
Lucro/Hora 
Máquina 
A 10,79 9,50 1,14 
B 14,32 9,00 1,59 
C 13,25 11,00 1,20 
D 0,32 3,50 0,09 
 
De novo o coitado do Modelo D em última colocação! Isso prova que nem mesmo o lucro/hora-
máquina funciona como parâmetro para esse tipo de decisão. 
Seria então o conceito de lucro sempre errado? Não poderíamos então fazer nunca a apropriação 
dos Custos Fixos? 
Resta, entretanto, uma última alternativa: E se distribuíssemos em nosso exemplo o CIP Fixo em 
função das horas-máquina? Vejamos: 
Produto Modelo Horas-Máquina Necessárias - $/un. Quantidade 
Total Horas-
Máquina - $/un. 
A 9,50 2.653 25.200 
B 9,00 2.800 25.200 
C 11,00 3.600 39.600 
D 3,50 2.000 7.000 
Total 97.000 
Rateio do CIF = Custo Fixo/Total das Horas Máquinas 
1,030927835 
 
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Teríamos, então: 
Produto 
Modelo 
Custo Indireto 
Fixo - $/un. 
Custo 
Variável - 
$/un. 
Custo 
Total - 
$/un. 
Preço de 
Venda - $/un. 
Lucro - 
$/un. 
Tempo 
Fabr. 
Lucro-
hm 
A 9,79 60,00 69,79 80,00 10,21 9,50 1,07 
B 9,28 50,00 59,28 72,00 12,72 9,00 1,41 
C 11,34 116,00 127,34 140,00 12,66 11,00 1,15 
D 3,61 40,00 43,61 48,00 4,39 3,50 1,25 
 
Notamos aqui que o lucro por unidade novamente não é bom, mas a coluna de lucro por hora-
máquina está absolutamente compatível com a Margem de Contribuição por hora-máquina da tabela 
anterior. Basta ver que o produto que agora tem menor lucro/hm é o A. Coincidência? 
Não é coincidência. Ocorre que, por atribuirmos os Custos Indiretos de Fabricação Fixos por hora-
máquina e depois dividirmos o lucro também por hora-máquina, acabamos por anular praticamente o 
efeito do rateio. Jogamos o mesmo valor por hora-máquina para cada modelo, e assim cada um tem um 
lucro/hm igual à Margem de Contribuição/hm menos o mesmo valor ($1,0309). Mudaram os números, mas 
não ficam nunca mudadas a sequência e hierarquia em termos de produtos mais interessantes nas 
circunstâncias. Basta confirmar que a diferença entre o valor de um e outro é sempre constante. 
Concluímos então que a única forma de alocação de Custos Fixos que não provoca esse tipo de 
distorção é a de se basear o critério de rateio no próprio fator limitante da capacidade. Alocando-se os 
Custos Indiretos de Fabricação à base desse recurso escasso que estiver limitando a produção, teremos 
sempre a mesma sequência que obteríamos caso fizéssemos os cálculos à base de Margem de Contribuição 
pelo mesmo fator. 
O problema reside no fato de, havendo em cada mês variação no fator de limitação, também será 
necessário alterarem-se os critérios de apropriação dos Custos Fixos. Por isso é realmente mais racional 
trabalhar-se com a MC/fator limitação. 
 
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8. Conclusão: 
Quando não há limitação na capacidade produtiva, mais rentável é o produto que apresentar 
maior Margem de Contribuição por unidade. 
Quando existir algum fatorde limitação, mais rentável será o produto que tiver maior Margem de 
Contribuição pelo fator de limitação da capacidade produtiva. 
Os Custos Fixos só produzem valores finais de lucros unitários válidos para decisão se forem 
alocados em proporção ao que cada produto utilizar do fator de limitação da capacidade. 
 
III – Custeio Variável 
 
1. Introdução 
Devido aos problemas vistos com relação à dificuldade trazida pela apropriação dos custos Fixos 
aos produtos e em função da grande dificuldade do conhecimento do Custo Variável e da Margem de 
Contribuição, nasceu uma forma alternativa para custeamento. 
2. Custeio Variável 
No Custeio por Absorção é apropriado todos os custos de produção, quer fixos, quer variáveis, 
quer diretos ou indiretos, e tão-somente os custos de produção, aos produtos elaborados. 
Como observado, não há, normalmente, grande utilidade para fins gerenciais no uso de um valor 
em que existam custos fixos apropriados. Três grandes problemas concorrem para isso: 
Primeiro: Por sua própria natureza, os custos fixos existem independentemente da produção ou 
não desta ou daquela unidade, e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que oscilações 
(dentro de certos limites) ocorram no volume de produção; tendem os custos fixos a ser muito 
mais um encargos para que a empresa possa ter condições de produção do que sacrifício para a 
produção específica desta ou daquela unidade; são necessários muito mais para a indústria possa 
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operar, ter instalada sua capacidade de produção, do que para produzir uma unidade a mais de 
determinado produto. 
Segundo: Por não dizerem respeito a este ou àquele produto ou a esta ou àquela unidade, 
são quase sempre distribuídos à base de critérios de rateio, que contêm, em maior ou menor 
grau, arbitrariedade; quase sempre grandes graus de arbitrariedade. A maior parte das 
apropriações é feita em função de fatores de influência que, na verdade, não vinculam 
efetivamente cada custo a cada produto, porque essa vinculação é muito mais forçada do que 
costumamos acreditar. Se, a fim de avaliar um produto para efeito de estoque, isso pode ser 
uma forma de minimizar injustiças, para efeito de decisão simplesmente mais confunde do 
que auxilia; o fato de se apropriar de uma forma pode alocar mais custo em um produto do 
que em outro, e, se alterarmos o critério de rateio, talvez façamos o inverso. Por se alterar 
um procedimento de distribuição de custos fixos, pode-se fazer de um produto rentável um 
não rentável (aparentemente), ou transformar um superavitário em deficitário, e vice-versa. E 
não há lógica em se alterar o grau de rentabilidade de um produto em função de 
modificações nas formas de rateio; essa é uma maneira de se auto enganar. 
Terceiro: O valor do custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção: 
aumentando-se o volume, tem-se um menor custo fixo por unidade, e vice-versa. Se for 
decidir com base em custo, é necessário associar-se sempre ao custo global o volume que se 
tomou como base. Se a empresa estiver reduzindo um item por ser pouco lucrativo, pior 
ainda ficará sua posição, devido à diminuição do volume; ou, se um produto estiver com baixo 
lucro, o aumento de preço com base em seu alto custo poderá provocar uma diminuição de 
sua procura, e, consequentemente, reduzir seu volume, e assim aumentar ainda mais o custo 
de produção, num círculo vicioso. Pior do que tudo isso, o custo de um produto pode variar 
em função da alteração de volume de outro produto, e não da sua própria; ao se aumentar a 
quantidade dos outros bens elaborados, o montante a ser carregado para um determinado 
produto será diminuído, já que os custos fixos globais serão agora carreados mais para aquele 
item, cuja quantidade cresceu. O custo de um produto pode, então, variar em função não de 
seu volume, mas da quantidade dos outros bens fabricados. 
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Por tudo isso, chegou-se ao ponto de indagar: se todas essas desvantagens e riscos existem 
em função da apropriação dos Custos Fixos aos produtos e se são eles muito mais derivados da 
necessidade de se colocar em condições de operar uma produção muito pouco estando de fato 
vinculados a este ou àquele produto ou unidade, e, além disso, se são na maioria, senão na totalidade, 
repetitivos a cada período, por que não se deixar de apropriá-los aos produtos, tratando-se como se 
fossem despesas (encargos do período)? 
Nasceu, assim, o Custeio Variável (Custeio significa forma de apropriação de Custos). 
Com base, portanto, no Custeio Variável, só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando 
os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o Resultado; para os 
estoques só vão, como consequência, custos variáveis. 
3. Exemplo da Distinção entre Custeio Variável e Por Absorção 
Para se ter bem uma ideia de quais as diferenças que existiriam na Demonstração de Resultados e 
no Balanço com o uso alternativo de Custeio Variável e de Custeio por Absorção, façamos a seguinte 
hipótese: 
Uma indústria, elaborando um único produto, tem a seguinte movimentação: 
 
Tabela: 1 
Período 
(ano) 
Produção 
(un.) 
Vendas 
(un.) 
Estoque Final 
(un.) 
1º 60.000 40.000 20.000 
2º 50.000 60.000 10.000 
3º 70.000 50.000 30.000 
4º 40.000 70.000 - 
 
 
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As características dos custos de produção são: 
 
Elementos Valores 
Custos Variáveis 
Matéria-Prima 20un. 
Energia 4un. 
Materias Indiretos 6un. 
Total 30un. 
Custos Fixos 
Mão-de-Obra 1.300.000ano 
Depreciação e Impostos 400.000ano 
Manutenção 300.000ano 
Diversos 100.000ano 
Total 2.100.000ano 
Preço de Venda 75un. 
 
A indústria apropria seus custos pelo Custeio por Absorção e avalia seus estoques à base do 
PEPS. Os dados para a elaboração das Demonstrações de Resultado e fixação dos valores dos estoques 
finais para cada ano são calculados assim: 
1º Ano: 
Vendas: 40.000 un. X $75/un. 3.000.000 
Custo dos Produtos Vendidos: 
Custo de Produção 
Custos Variáveis = 60.000 un. X $30/un. 1.800.000 
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Custos Fixos 2.100.000 
Custo da Produção Acabada 3.900.000 
(-) Estoque Final de Produtos Acabados 
$3.900.000 X 20.000 un. = $65/un. X 20.000 un. (1.300.000) 
 60.000 
CPV 2.600.000 
 
2º Ano: 
Vendas: 60.000 un. X $75/un. 4.500.000 
Custo dos Produtos Vendidos: 
Custo de Produção 
Custos Variáveis = 50.000 un. X $30/un. 1.500.000 
Custos Fixos 2.100.000 
Custo da Produção Acabada 3.600.000 
(+) Estoque Final de Produtos Acabados 1.300.000 
(-) Estoque Final: 10.000 un. X $72/un. (720.000) 
CPV 4.180.000 
 
3º Ano: 
Vendas: 50.000 un. X $75/un. 3.750.000 
Custo dos Produtos Vendidos: 
Custo de Produção 
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Custos Variáveis = 70.000 un. X $30/un. 2.100.000 
Custos Fixos 2.100.000 
Custo da Produção Acabada 4.200.000 
Custo dos Produtos Vendidos: 
Estoque Inicial: 10.000 un. X $72/un. 720.000 
Produção do Período: 40.000 un. X $60/un. 2.400.000 
CPV 3.120.000 
Estoque Final: 30.000 un. X $60/un. 1.800.000 
4º Ano: 
Vendas: 70.000 un. X $75/un. 5.250.000 
Custo dosProdutos Vendidos: 
Estoque Anterior: 30.000 un. X $60/un. 1.800.000 
Produto do Período: 
Custos Variáveis: 40.000 x $30/un. 1.200.000 
Custos Fixos 2.100.000 
CPV 5.100.000 
Tabela 2 
Elementos 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano Total 
Vendas 3.000.000 4.500.000 3.750.000 5.250.000 16.500.000 
(-) CPV (2.600.000) (4.180.000) (3.120.000) (5.100.000) (15.000.000) 
(=) Lucro 400.000 320.000 630.000 150.000 1.500.000 
Estoque Final 1.300.000 720.000 1.800.000 - - 
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Analisando a Tabela 2 com os resultados dos quatro anos, notamos que, ao passar a empresa 
de $3.000.000 para $4.500.000 em vendas, teve seu resultado diminuído de $400.000 para $320.000. 
Houve aumento de 50% nas vendas, mas uma queda de 20% no lucro! Nada há de errado nos cálculos, 
e sabemos que o problema se deve ao seguinte: a produção foi grande no primeiro ano, com baixo 
custo unitário ($65/un.), mas foi reduzida no segundo, aumentando esse valor ($72/un.). Apesar do 
grande acréscimo das vendas, o aumento do custo unitário foi mais relevante e acabou por provocar 
esse lucro final reduzido. Quanto aos estoques, caíram 50%, de 20.000 un. para 10.000 un. do 1º para 
o 2º ano, mas não houve tal redução em reais, devido também ao mesmo problema. De qualquer 
forma, fica uma dúvida para quem não estiver totalmente acostumado com os problemas de custos, 
pois não seria de se esperar que acréscimo tão grande nas vendas não viesse também acompanhado 
de lucros maiores. 
No 3º ano houve uma redução de 16,7% nas vendas, em comparação com o 2º, mas os lucros 
aumentaram em 96,9%! As explicações são as mesmas: com a produção de 70.000 un. no 3º ano, o 
custo unitário caiu para $60/un., o que provocou um grande lucro, apesar de as primeiras vendas 
serem feita com produtos remanescentes do anos anterior. 
No 4º período há outro acréscimo violento nas vendas (40%), mas outra vez o resultado 
reagiu de forma diferente, caindo 76% (!). Vendeu-se como nunca, mas obteve-se o menor lucro. 
Em suma, os resultados não acompanham necessariamente a direção das vendas, sendo 
muitíssimo influenciados pelo volume de produção; seu montante, aliás, depende diretamente não só 
das receitas e volume produzido no período, mas também da quantidade feita no período anterior, já 
que afeta o custo unitário do estoque que passa a ser baixado no período seguinte. 
Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos sob o Custeio Variável? 
Só se agregaria ao produto seu custo variável, passando os custos fixos a serem alocados 
integralmente para o resultado do período em que tivessem sido incorridos; assim, cada unidade estocada 
estaria sempre, independentemente do volume de produção de que participou, avaliada por $30,00. 
Teríamos, então: 
 
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Tabela 3: Custeio Variável Direto 
Elementos 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano Total 
Vendas 3.000.000 4.500.000 3.750.000 5.250.000 16.500.000 
(-) Custo Variável dos 
Produtos Vendidos (1.200.000) (1.800.000) (1.500.000) (2.100.000) (6.600.000) 
(=) Margem de Contribuição 1.800.000 2.700.000 2.250.000 3.150.000 9.900.000 
(-) Custos Fixos -2.100.000 -2.100.000 -2.100.000 -2.100.000 -8.400.000
(=) Lucro/Prejuízo (300.000) 600.000 150.000 1.050.000 1.500.000 
Estoque Final 600.000 300.000 900.000 - 
 
Podemos verificar aqui que, aumentando-se as vendas, aumenta-se também o lucro; reduzindo-se 
o faturamento, cai o resultado. Não há, é claro, relacionamento igual em ambos em termos percentuais: 
aumentando-se as vendas em 50% no 2º ano, temos uma melhoria no resultado de 300%, passando de 
negativo de $300.000 para positivo de $600.000. Ao cair o faturamento em 16,7%, do 2º para o 3º ano, caiu 
o lucro em 75%. Isso é fácil de se explicar, já que, de diferentes valores de margem de contribuição é 
sempre deduzido o mesmo montante de custo fixo. Basta ver que as alterações dos valores das margens de 
contribuição são, estas sim, exatamente iguais às das vendas em termos percentuais. 
A diferença de valores de resultado entre um critério e outro está sempre localizada no custo fixo 
incorporado aos estoques. No fim do 1º ano, por exemplo, o Absorção mostra um estoque de $1.300.000, 
correspondente a 20.000 un. pelo custo unitário de $65. Pelo Variável é de $600.000, com o custo unitário 
de $30. A diferença, de 20.000 un. X $35 ($700.000), é o valor dos custos fixos incorporados pelo Absorção 
ao estoque, e é exatamente a diferença entre o lucro de um e outro critério (lucro de $400.000 para 
prejuízo de $300.000). No fim do 2º ano, o Absorção tem $720.000 de estoques, correspondentes a 10.000 
un. pelo valor unitário de $72. A diferença com o Variável é de $420.000, mas a diferença no lucro é de 
$280.000 ($320.000-$600.000), porém ocorre que no resultado pelo Absorção do 2º ano está alocados 
aqueles $700.000 de custo fixo estocado no fim do 1º. Houve, portanto, uma redução nos custos fixos do 
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estoque de $280.000 ($700.000 - $420.000), e daí a diferença no resultado. Sempre esta última está 
definida em função dos custos fixos ativados. 
4. Razões do Não-Uso do Custeio Variável nos Balanços 
Do ponto de vista decisorial, verificamos que o Custeio Variável tem condições de propiciar muito 
mais rapidamente informações vitais à empresa; também o resultado medido dentro do seu critério parece 
ser mais informativo à administração, por abandonar os custos fixos e tratá-los contabilmente como se 
fossem despesas, já que são quase sempre repetitivos e independentes dos diversos produtos e unidades. 
Mas os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso de Demonstrações de Resultados e 
de Balanços avaliados à base do Custeio Variável; por isso, esse critério de avaliar estoque e resultado não é 
reconhecido pelos Contadores, pelos Auditores Independentes e tampouco pelo Fisco. 
Ele (o Custeio Variável) de fato fere os Princípios Contábeis, principalmente o Regime de 
Competência e a Confrontação. Segundo estes, devemos apropriar as receitas e delas deduzir todos os 
sacrifícios envolvidos para sua obtenção. Ora, se produzimos hoje, incorremos hoje em custos que são 
sacrifícios para a obtenção das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos, e essas vendas poderão 
em parte vir amanhã. Não seria, dentro desse raciocínio, muito correto jogar todos os custos fixos contra as 
vendas de hoje, se parte dos produtos feitos só será vendida amanhã; deve então também ficar para 
amanhã uma parcela dos custos, quer variáveis, quer fixos, relativos a tais produtos. 
Justifica-se dessa forma a ainda não-aceitação do Custeio Variável para efeitos de Balanços e 
Resultados. Entretanto, essa situação poderá vir a mudar no futuro. 
Mas essa não-aceitação do Custeio Variável não impede que a empresa o utilize para efeito 
interno, ou mesmo que o formalize completamente na Contabilidade durante o período todo. Basta, no 
final, fazer um lançamento de ajuste para que fique tudo amoldado aos critérios exigidos. Nem a Auditoria 
Externa nem a legislação fiscal impedem a adoção de critérios durante o período diferentes dos adotados 
nas demonstrações contábeis de final de período. A Consistência é obrigatória entre as demonstrações de 
fim de cada período. 
 
 
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5. Conclusão 
Pela própria natureza dos custos fixos (invariabilidade), arbitrariedade em seu rateio e variação 
por unidade em função de oscilações do volume global, e por propiciar valores de lucro não muito úteis 
para fins decisoriais, criou-se um critério alternativo ao Custeio por Absorção. Trata-se do Custeio Variável 
(ou Direto), em que só são agregados aos produtos seus custos variáveis, considerando-se os custos fixos 
como se fossem despesas. 
Nas Demonstrações à base do Custeio Variável obtém-se um lucro que acompanha sempre a 
direção das Vendas, o que não ocorre com o Absorção. Mas, por contrariar a Competência e a 
Confrontação, o Custeio Variável não é válido para Balanços de uso externo, deixando de ser aceito tanto 
pela Auditoria Independente quanto pelo Fisco. É fácil, entretanto, trabalhar-se com ele durante o ano e 
fazer-se uma adaptação de fim de exercício para se voltar ao Absorção. 
 
IV – Margem de Contribuição, Custos Fixos Identificados e Retorno sobre o Investimento 
 
1. Margens de Contribuição e Custos Fixos Identificados 
Após tudo o que comentamos sobre os Custos Fixos, talvez tenha permanecido a ideia de que 
devam eles sempre ser abandonados nos aspectos decisoriais. Obviamente, essa hipótese não é totalmente 
correta. Afinal, eles existem, representam gastos e desembolsos e têm que ser sempre lembrados. Além 
disso, sabe-se que os custos indiretos de produção e as despesas – genericamente denominados overhead 
– vêm crescendo muito, representando proporção significativa dos custos e despesas totais de muitas 
empresas. 
De que adiantaria termos Margens de Contribuição positivas em todos os produtos se a soma de 
todas elas fosse inferior ao valor dos Custos e Despesas Fixos? O que pretendemos mostra até agora não é 
que eles devam ser omitidos, mas sim que precisam ser devidamente analisados, e não simplesmente 
rateados como custos realmente pertencentes a cada unidade de cada produto (para fins decisoriais). 
Pode ocorrer, todavia, que em algumas situações haja necessidade de se levar em conta esses 
custos. Suponhamos que uma empresa fabrique cinco produtos: A, B, C, D e E, e que haja dois 
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departamentos de produção trabalhando exclusivamente para alguns deles. O Departamento X só é 
utilizado para A e B, e o Departamento Y só para C, D e E. Estes são os seguintes dados relativos aos custos 
de produção: 
Custos 
Variáveis 
Valores em Reais 
por Unid. 
Prod. A 480un. 
Prod. B 550un. 
Prod. C 350un. 
Prod. D 410un. 
Prod. E 600un. 
 
Custos Fixos Valores Mensais 
Departamento X 540.000mês 
Departamento Y 430.000mês 
Demais Departamentos 800.400mês 
Total Fixos 1.770.400mês 
 
Durante um determinado mês, a empresa produziu e vendeu: 
Produtos Unidades Vendidas PV/u 
Vendas 
Totais 
A 1.050 860 903.000 
B 1.400 930 1.302.000 
C 980 810 793.800 
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D 1.370 830 1.137.100 
E 1.320 990 1.306.800 
Total das Vendas 
 5.442.700 
 
Tivesse a empresa rateado os custos fixos, talvez chegasse ao seguinte: 
Tabela 1 
Produtos Custo Variável (un.) 
Custo Fixo 
(un.) 
Custo Total 
(un.) 
Preço de 
Venda (un.) Lucro (un.) 
A 480 400 880 860 (20) 
B 550 340 890 930 40 
C 350 220 570 810 240 
D 410 240 650 830 180 
E 600 250 850 990 140 
 
Com base nesses valores, talvez construísse uma Demonstração de Resultado (pela Absorção) 
assim: 
Tabela 2 
Elementos
Produtos 
Total 
A B C D E 
Vendas 903.000 1.302.000 793.800 1.137.100 1.306.800 5.442.700 
(-) CPV (924.000) (1.246.000) (558.600) (890.500) (1.122.000) (4.741.100)
Lucro (21.000) 56.000 235.200 246.600 184.800 701.600 
 
 
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Já sabemos que o corte do produto A pode não ser uma solução muito indicada, já que, apesar de 
estar apresentando um “prejuízo” unitário de $20 e global de $21.000, talvez venha seu corte a reduzir 
mais o resultado global; isso porque, se for cortado, deixarão realmente de entrar receitas de $903.000, 
mas não deixarão de existir $924.000 de custos. Apenas deixarão de existir os custos variáveis de $480 X 
1.050 un. = 504.000, já que, provavelmente, nada se conseguirá reduzir dos custos fixos. 
Logo, se for cortado o produto A, o resultado cairá $399.000 ($903.000 - $504.000)! Compare-se 
com o lucro total de $701.600 e verifique-se a importância de uma decisão errada. 
Esses $399.000 nada mais são do que a Margem de Contribuição Total do Produto A: 
 
Preço de Venda $860/un. 
Custo Variável $480/un. 
Margem de Contribuição Unitária $380/un. 
Margem de Contribuição Total: 1.050 un. x $380 = $399.000 
Poderia ocorrer de a empresa pensar de outra forma: já que os lucros de A e B reunidos dão 
apenas $35.000 ((-) $21.000 + $56.000), por que não cortar a ambos, já que temos um Departamento com 
custos fixos altos de $540.000 só para eles? 
De fato, talvez o corte dos produtos A e B conseguisse reduzir os custos fixos em $540.000. Mas, 
ainda assim, seria correta a decisão? 
Basta continuarmos analisando as Margens de Contribuição: 
Produto A: Margem de Contribuição Total $399.000 
Produto B: Margem de Contribuição Total (1.400 un. x ($930 - $550)/un.) $532.000 
Margem de Contribuição de Ambos $931.000 
 
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Assim, podemos de fato eliminar os $540.000, mas deixaremos de receber uma margem de 
contribuição de $931.000, e continuamos a ter uma redução no lucro total, agora de $391.000. 
Uma forma rápida de identificarmos as posições de cada produto e grupo de produtos que 
possuem custos fixos comuns, identificados com eles, é a elaboração de uma sequência de Margens de 
Contribuição. Para o nosso exemplo em questão, poderíamos ter: 
Tabela 3 
Elementos 
Produtos 
Total 
A B C D E 
Vendas 903.000 1.302.000 793.800 1.137.100 1.306.800 5.442.700 
(-) CVPV (504.000) (770.000) (343.000) (561.700) (792.000) (2.970.700) 
1ª MC 399.000 532.000 450.800 575.400 514.800 
SOMA 931.000 1.541.000 2.472.000 
(-) Cfid (540.000) (430.000) (970.000) 
2ª MC 391.000 1.111.000 1.502.000 
(-) CFNI (800.400) 
(=) Lucro 701.600 
 
CVPV: Custo Variável dos Produtos Vendidos 
1ª MC: Primeira Margem de Contribuição Total 
Cfid: Custos Fixos Identificados 
CFNI: Custos Fixos Não Identificados, Comuns a Todos 
A análise fica bem mais fácil. O primeiro grupo contribui com $391.000 de MC, e o segundo com 
$1.111.000; juntos conseguem amortizar os custos fixos comuns a todos de $800.400 e ainda produzir um 
lucro de $701.600. 
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Dentro do 2º grupo, por exemplo, o produto D é quem mais contribui para a formação da MC 
Total de $1.541.000 do grupo. Não se faz o rateio dos custos fixos, quer identificados, quer não. Isso 
acabaria por “embaçar” a apresentação anterior, totalmente auto-explicativa. 
Os Custos Fixos são deduzidos – se identificados com um produto ou grupo deles – desses itens, e, 
se forem comuns, da somade todas as Margens de Contribuição. 
2. Valores que Integram o Cálculo da Margem de Contribuição 
Temos utilizado, até aqui, o conceito de Margem de Contribuição como sendo a diferença entre o 
Preço de Venda (líquido dos tributos incidentes sobre ele) e a soma dos Custos Variáveis. Esse conceito é 
correto, mas não completo. Já verificamos, aliás, anteriormente, que, para o cálculo dessa Margem, devem 
também ser consideradas as Despesas Variáveis, quer de Vendas, Financiamento ou outras; normalmente 
as que predominam são as de vendas (comissões, impostos etc.). 
Cabe aqui esclarecer que, apesar de as Despesas Variáveis integrarem o cálculo da Margem de 
Contribuição, não são agregadas ao produto para fins de avaliação dos estoques, quando do uso interno do 
Custeio Variável. O mais correto é o tratamento seu como redução do valor de venda, o que não altera em 
nada o cálculo da Margem, mas facilita a solução do problema relativo ao que quantificar como custo do 
produto. 
3. Margem de Contribuição e Taxa de Retorno 
A melhor maneira de se avaliar o grau de sucesso de um empreendimento é calcular o seu 
retorno sobre o investimento realizado. 
Sem entrarmos em muitos detalhes sobre esse conceito, definimos como a forma ideal de se 
avaliar a taxa de retorno a divisão do lucro obtido antes do imposto de renda e antes das despesas 
financeiras pelo ativo total utilizado para a obtenção do produto. 
Taxa de Retorno = Lucro Antes do Imposto de Renda e Antes da Despesa Financeira 
 Ativo Total 
Para o cálculo do retorno, do lucro não devem constar as Despesas Financeiras, já que estas são 
derivadas do Passivo (Financiamento), e não do Ativo (Investimento). Do retorno dado pelo Investimento, 
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parte será utilizada para remunerar o capital de terceiros (Despesas Financeiras), e parte para remunerar o 
capital próprio (Lucro Líquido do proprietário). O retorno total, soma dos dois, é o que melhor define o 
desempenho global. 
O problema da utilização dessa ideia consiste não só na apuração do lucro, mas também na 
separação de que investimento pertence a cada produto. É muito comum (mas não correto) proceder-se da 
seguinte forma: rateia-se a Despesa de Venda e a de Administração também aos produtos, com base em 
critérios os mais variados (proporcionalmente a preço de venda, lucro bruto, tempo de fabricação etc.), 
como se fizessem parte do custo propriamente dito, chegando-se assim ao “lucro líquido” antes das 
Despesas Financeiras e Imposto de Renda de cada produto. Rateia-se também o investimento (ativo) total 
pelos produtos, com base em critérios igualmente pré-estudados, atribuindo-se parte dele a cada produto. 
Faz-se assim o cálculo da taxa de retorno. Isso também pode ser feito não só por produto, mas por 
Departamento, Divisão etc. 
Não é necessário discutir o quanto esses procedimentos podem mais atrapalhar do que ajudar a 
administração, já que em todos eles estão presentes os valores fixos e as arbitrariedades dos critérios de 
rateio. 
Outra vez a Margem de Contribuição e o conceito dos encargos e valores fixos identificados ou 
comuns podem melhorar e ajudar nas finalidades gerenciais de custos. Vejamos um exemplo: 
Uma empresa, fabricando os produtos L, M e N, tem os seguintes custos de produção, despesas 
de funcionamento, preços de venda e investimentos: 
Prod. 
Custos de Produção Despesas 
Preço de 
Venda 
(un.) 
Variáveis 
(un.) Fixos/Mensais (un. Vendas Administrativas 
L 150 20.000 
Não Identificados, 
comuns a todos os 
três: 
Variáveis - (%) 
do Preço de 
Venda 
Fixas - Mensal - 
Comum aos três 
produtos 
Fixas - Mensal - 
Comum aos três 
produtos 
250 
M 280 10.000 420 
N 210 - 330 
 70.000 10% 20.000 40.000 
 
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A empresa vende em média 1.000 unidades de cada produto por mês. Seu investimento (Ativo) 
total é assim composto: 
Investimentos (Ativos) 
Identificado com os Produtos 
Comum Total 
L M N 
Disponibilidades - - - 15.000 15.000 
Estoque 30.000 110.000 100.000 20.000 260.000 
Valor a Receber Líquido 35.000 60.000 70.000 - 165.000 
Imobilizado Líquido 40.000 90.000 - 230.000 360.000 
Total 105.000 260.000 170.000 265.000 800.000 
 
(As Disponibilidades são gerais; os Estoques contêm Matéria-Prima, Produtos Acabados e 
Embalagens identificáveis com cada produto, e materiais diversos de consumo industrial comuns a todos; 
Valores a Receber são todos identificados; finalmente, parte do Imobilizado é para máquinas e instalações 
identificadas com L, parte só para M e a maior parte é comum a todos). 
Trabalhando à base da sequência de Margens de Contribuição e efetuando a análise dos retornos 
sobre investimentos identificados, temos: 
Tabela 5: Demonstração de Resultados 
Elementos 
Produção (un.) 1.000 
Total 
L M N 
Receita Total 250.000 420.000 330.000 1.000.000
(-) Despesas Variáveis (25.000) (42.000) (33.000) (100.000)
(-) Custo Variável (150.000) (280.000) (210.000) (640.000)
1ª Margem de Contribuição 75.000 98.000 87.000 260.000
(-) Custos Fixos (20.000) (10.000) - (30.000)
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2ª Margem de Contribuição 55.000 88.000 87.000 230.000
(-) Custos Fixos Comuns (70.000)
(-) Desp. Vendas Comuns (20.000)
(-) Desp. Adm. Comuns (40.000)
(=) Lucro 100.000 
 
Tabela 6: Análise do Retorno sobre o Investimento 
Elementos L M N Total 
2ª Margem de Contribuição 55.000 88.000 87.000 230.000
Investimento Identificado 105.000 260.000 170.000 535.000
Taxa Ret. Identificada 52,4% 33,8% 51,2% 43,0%
Lucro 100.000 
Taxa de Retorno sobre Investimento 
Total 
12,5%
A Taxa de Retorno Identificada evidencia o quanto cada produto conseguiu gerar de Margem de 
Contribuição (2ª) sobre o investimento que é realmente seu. Na média, houve retorno de 43%, o que nos 
fornece a visão de que o produto M está participando bastante na redução dessa taxa; é o de menor 
retorno, estando L e N quase na mesma situação. O retorno global é de 12,5%, após cômputo dos custos, 
despesas e investimentos comuns aos três produtos. 
4. Outro Exemplo da Aplicação da Margem de Contribuição ao Cálculo da Taxa de 
Retorno 
Apresentamos um exemplo usando inclusive um caso de empresa não industrial. Suponhamos 
que uma empresa comercial trabalhe basicamente com quatro linhas de artefatos de couro (A), de 
borracha (B), de madeira (C) e de plástico (D); são três filiais e uma matriz (a matriz inclui uma das filiais no 
seu andar térreo). Analisando a composição do seu resultado, a empresa resolve apropriar todas as suas 
despesas à base dos critérios de rateio usados em indústrias semelhantes para melhor verificar o 
comportamento de cada linha em cada filiar. Seu critério de rateio é o seguinte: as despesas de 
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funcionamento de cada filial, após somadas àquela parcela recebida da matriz, são distribuídas às linhas em 
função também do faturamento de cada uma. O Custo das Mercadorias Vendidas, as Comissões e os 
Impostos de Venda estão atribuídos diretamente a cada linha, e representam as únicas despesas variáveis 
das filiais. O resultado final é visto na Tabela 7. 
Analisando essa tabela, verificamos que a Filial 3 é extremamente rentável (62,6% do lucro total); 
as outras duas, somadas, não dão dois terçosdo seu lucro. 
Na Filial 1, notamos que há duas linhas deficitárias, C e D, sendo esta última responsável por um 
prejuízo de $10.000.000 (5% do resultado global de $190 milhões). Por que não eliminamos essa linha 
nessa Filial? E por que não ambas (C e D)? Por que não encerramos as atividades das Filiais 1 e 2, pouco 
lucrativas? 
 
Lojas Despesa Fixa Rateio as 
Filiais 
Total das 
Despesas Fixas Matriz 500 
Filial 1 160 164 324 
Filial 2 150 145 295 
Filial 3 140 191 331 
Total 950 500 950 
 
Tabela 7: Receitas, Despesas e Lucro por Filial e por Linha 
Elementos 
Linhas de Produtos 
Totais Filial 1 Filial 2 Filial 3 
A B C D A B C D A B C D 
Receita 300 100 250 230 250 90 310 130 310 180 190 350 2.690
(-) Despesa Variável 170 40 160 155 150 40 185 70 160 75 110 235 1.550
(-) Despesa Fixa 110 37 92 85 95 34 117 49 100 58 61 112 950
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(-) Despesa Total 280 77 252 240 245 74 302 119 260 133 171 347 2.500
(=) Lucro 20 23 (2) (10) 5 16 8 11 50 47 19 3 190
Receita p/ Filial 880 780 1.030 2.690
(-) Despesa Total p/Filial 849 740 911 2.500
(=) Lucro Total p/ Filial 31 40 119 190
 
Sabemos que esses raciocínios não são válidos; se a Filial 1 eliminar a linha D, dificilmente deixará 
de continuar arcando com suas despesas fixas de $160 milhões. Talvez ocorra de, por faturar menos, 
receber menos despesas fixas da Matriz, o que talvez lhe melhore o resultado de rentabilidade. Mas 
sabemos que, no total, as despesas da Matriz não serão provavelmente diminuídas, e, por isso, passarão a 
ser distribuídas às outras duas filiais. No total, as despesas fixas serão as mesmas. Como então dispor os 
dados para melhor análise? Basta voltarmos aos conceitos de sequências de Margens de Contribuição na 
Tabela seguinte. 
Tabela 8: Margens de Contribuição por Linha e Filial 
Elementos 
Linhas de Produtos 
TotaisFilial 1 Filial 2 Filial 3 
A B C D A B C D A B C D 
Receita 300 100250 230 250 90310130310180 190350 2.690
(-) Despesa Variável 170 40 160 155 150 40185 70 160 75 110235 1.550
(=) 1ª Margem de Contrib. 130 60 90 75 100 50125 60 150105 80 115 1.140
Margem Contrib. Por Filial 355 335 450 1.140
(-) Desp. Fixa Por Filial 160 150 140 450
(=) 2ª Margem de Contrib. 195 185 310 690
(-) Despesa Fixas: Matriz 500 500
(=) Lucro Total 190 190
 
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Fica bastante fácil visualizar agora que a Filial 1, antes classificada por lucro em último lugar, 
apresentou MC melhor do que a Filial 2. Vemos também que a situação dessas duas Filiais não é assim tão 
disparadamente ruim como parecia; juntas, forneciam apenas 37,4% do lucro total ($71/$190). Mas, na 
realidade, contribuem, juntas, com 55,1% da MC Total; a Filial 3, que aparecia sozinha com 62,6% do lucro, 
na verdade contribuiu com 44,9% da MC Total. Isso já nos alerta do engano a que podemos ser levados 
pela análise do “Lucro”. 
Na Filial 1, o produto D, com “prejuízo” de $10.000.000, tem, agora mais bem analisado, MC de 
$75.000.000, com posição melhor inclusive que o produto B nessa Filial. Talvez uma boa forma para análise 
seja a Tabela a seguir. 
 
Linha 
Por Lucro 
Linha 
Por Lucro 
Filial 1Filial 2Filial 3SomaClassif. Filial 1Filial 2Filial 3SomaClassif.
A 20 5 50 75 2ª A 130 100 150 380 1ª 
B 23 16 47 86 1ª B 60 50 105 215 4ª 
C (2) 8 19 25 3ª C 90 125 80 295 2ª 
D (10) 11 3 4 4ª D 75 60 115 250 3ª 
Soma 31 40 119 190 
 
Soma 355 335 450 1.140
 Classif. 3ª 2ª 1ª Classif. 2ª 3ª 1ª 
 
Extremamente fácil agora verificar que o produto B, por exemplo, primeiro classificado por lucro, 
é o último por Margem de Contribuição! E sabemos que, se mudássemos os critérios de rateio de Custos 
Fixos, teríamos talvez outras classificações para o ranking por lucro, mas nunca outra por Margem de 
Contribuição. 
Já temos a resposta à pergunta sobre o corte do Produto D na Filial 1: com sua supressão, não 
deixará de haver um prejuízo de $10.000.000, mas sim a falta de Margem de Contribuição de $75.000.000! 
Isto significa que o seu corte fará com que na realidade o lucro caia nessa importância. 
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Entretanto, um ponto precisa ser bem colocado: a Filial 3 é realmente a melhor por Margem de 
Contribuição e Lucro; mas é a que melhor remunera o investimento feito? 
Para responder a essa indagação, seria necessário conhecermos o investimento filial por filial, e, 
se houvesse possibilidades, linha por linha. Suponhamos, para facilidade de cálculos, que, como não se 
apurou despesa fixa por linha, não haja também possibilidade de se conhecer investimento por linha de 
produto, sabendo-se apenas por Filial: 
Investimento Valores em Mil 
Filial 1 243.000
Filial 2 256.000
Filial 3 394.000
Matriz 307.000
Total 1.200.000
 
Poderia nossa empresa fazer o rateio do investimento na matriz para poder comparar com o 
lucro; suponhamos que o rateio fosse proporcional ao próprio investimento em cada Filial. Teríamos: 
Rateio do Investimento da Matriz para as Filiais 
Filial Investimento Partic. Rateio Total 
1 243.000 27,2% 83.540 326.540 
2 256.000 28,7% 88.009 344.009 
3 394.000 44,1% 135.451 529.451 
Total 893.000 100,0% 307.000 1.200.000 
Matriz 307.000 
 
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O Retorno sobre o Investimento ficaria (com base no “lucro”) 
Tabela 10: Taxa de Retorno sobre o Investimento por Filial 
Elementos 
Filiais 
1 2 3 Total 
Lucro 31.000 40.000 119.000 190.000 
Investimento 326.540 344.009 529.451 1.200.000 
Retorno sobre o Investimento 9,5% 11,6% 22,5% 15,8% 
 
A tabela fica deveras bonita! E, se fosse válida, mostraria que a Filial 2 é mesmo melhor do que a 
1, não só pelo valor absoluto do resultado, mas também pela taxa de retorno do investimento feito, o que 
é muito mais importante. 
Mas nós já sabemos que esta forma é bem passível de erros. Como procederíamos à análise da 
Taxa de Retorno com base na Margem de Contribuição? 
Faríamos a análise em função da Margem e de Investimento Identificados, isto é, Margem de cada 
Filial com o Investimento pertencente de fato a cada uma, identificável com ela (e não rateado). 
Tabela 11 
Elementos 
Filiais 
Matriz Total 
1 2 3 
Receita 880 780 1.030 - 2.690 
(-) Despesas Variáveis 525 445 580 - 1.550 
(=) MC Linhas 355 335 450 - 1.140 
(-) Despesas Fixas das Filiais 160 150 140 - 450 
(=) MC Filiais (a) 195 185 310 690 
(-) Despesas Fixas Matriz - - - 500 500 
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(=) Lucro (c) 190 
Investimentos nas Filiais (b) 243 256 394 - 893 
Investimentos na Matriz 307 307 
Investimento Total (d) 1.200 
Taxa de Retorno das Filiais = MC/Investimento 
= (a)/(b) 80,2% 72,3% 78,7% 
77,3%
Taxa de Retorno Final = Lucro/Invest. Total = 
(c)/(d) 
15,8%
 
A Taxa de Retorno (Margem de Contribuição Por Filial/Investimento Por Filial) nos dá uma taxa 
global de 77,3% ($690/$893), em que verificamos que a de maior expressão é a Filial 1, e não a 3, situada 
agora em 2º lugar. Portanto, aquela é a que melhor retorno está propiciando aos recursos investidos pela 
empresa. A alocação dos investimentos da Matriz às Filiais é também um erro para essa finalidade, já que 
representam valores que são gastos para se montar uma estrutura para

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