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18 Técnicas de esterilização de materiais_100904

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Prévia do material em texto

BIOÉTICA E 
BIOSSEGURANÇA 
APLICADA
Fernanda Stapenhorst
Érica Ballestreri
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147
Revisão técnica:
Guilherme Marin Pereira
Bacharel em Filosofia 
Mestre em Sociologia da Educação
Litz Tomaschewski Lima
Graduada em Estética e Cosmética 
Pós-graduação em Cosmetologia Clínica 
Especialista em peelings faciais
B615 Bioética e biossegurança aplicada / Fernanda Stapenhorst 
 França ... [et al.] ; [revisão técnica: Litz Tomaschewski , 
 Guilherme Marin Pereira ]. – Porto Alegre: SAGAH, 
 2017.
 230 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-208-9
 1. Bioética. 2. Biossegurança. 3. Estética. I. França, 
 Fernanda Stapenhorst. 
CDU 608.1
 Técnicas de esterilização 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identi� car os conceitos relacionados às técnicas de esterilização e às 
suas diferentes classi� cações.
  Diferenciar os diferentes tipos de técnicas de esterilização dos materiais.
  Elencar a importância da higiene do local de trabalho e o seu impacto 
sobre a esterilidade dos materiais.
Introdução
As técnicas de esterilização de materiais nos estabelecimentos em estética 
possuem importância vital na prevenção e no controle das infecções. A 
transmissão de microrganismos por meio de objetos não esterilizados 
ainda é uma das principais causas de morte no mundo, portanto, todos 
os profissionais e os funcionários necessitam de treinamento adequado 
e reciclagem periódicas, fornecendo, dessa forma, assistência estética de 
qualidade e com segurança.
 Definido conceitos básicos e as classes de 
materiais
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 2009, elaborou 
o manual de referência técnica direcionado para os serviços de estética, que 
dispõem sobre os critérios mínimos para funcionamento, qualidade e avaliação 
desses serviços, visando à redução dos riscos à saúde dos pacientes/clientes e 
dos profi ssionais esteticistas. Um dos principais critérios mínimos abordados é 
a utilização de técnicas de esterilização, não apenas dos insumos de trabalho, 
mas também do ambiente de trabalho. 
O processo de esterilização de materiais possui grande impacto sobre o 
controle de infecções nos ambientes de assistência à saúde. Atualmente, os 
profissionais da saúde estão continuamente expostos a microrganismos já 
documentados, entretanto, nos últimos anos, houve um aumento considerável 
de patógenos resistentes aos tratamentos convencionais. 
Primeiramente, é importante definirmos alguns termos que serão utiliza-
dos ao longo deste capítulo. A assepsia se refere ao uso de agentes químicos 
na pele ou em outros tecidos do corpo, visando à inibição ou à eliminação 
de microrganismos, porém, sem ação esporicida (eliminação de esporos). 
A desinfecção ocorre pelo uso de processos físicos ou pelo uso de agentes 
químicos, destruindo assim a maior parte dos microrganismos. Porém, espo-
ros bacterianos, fungos e vírus podem resistir ao processo de desinfecção. 
Portanto, a desinfecção foi subdivida em três categorias: alta, intermediária 
e baixa eficiência. 
A desinfecção de alta eficiência utiliza agentes germicidas que são capazes 
de eliminar todos os microrganismos, exceto os esporos bacterianos de maior 
tamanho. O uso de um agente germicida que elimina todos os microrganis-
mos, exceto os endósporos bacterianos, é classificado como um processo de 
desinfecção intermediária. Já o processo de baixa eficácia é realizado com 
um agente germicida que elimina quase todas as bactérias vegetativas e os 
vírus envelopados. 
E por último, mas não menos importante, temos o processo de esterilização, 
que, quando utilizamos processos físicos ou químicos para eliminar todos 
os tipos de microrganismos, sejam eles bactérias, microbactérias, vírus não 
envelopados e fungos e seus esporos. 
Em 1972, foi elaborado o Sistema de Classificação de Spaulding, no qual 
equipamentos e instrumentos que devem ser esterilizados ou desinfetados 
são categorizados de acordo com o risco de infecção para o paciente. Essa 
classificação se baseia em três categorias de risco e é utilizada até hoje para 
determinar qual método deverá ser utilizado. 
Os objetos que são classificados como críticos são aqueles que são dire-
tamente introduzidos na corrente sanguínea ou em outras regiões estéreis do 
corpo, tais como instrumentos cirúrgicos, cateteres, agulhas e implantes, e 
devem ser esterilizados.
Os objetos semicríticos são aqueles que entram em contato com mucosas 
intactas, sem perfurar a pele, e devem ser esterilizados ou altamente desinfeta-
dos. Endoscópios e tubos endotraqueais são exemplos de objetos semicríticos. 
Já a classificação não crítica é destinada a objetos que não entram em contato 
com o paciente ou entram em contato apenas com a pele intacta. Esses itens 
 Técnicas de esterilização 220
podem ser higienizados e posteriormente desinfetados com soluções desin-
fetantes intermediárias ou com água e sabão. Garrotes para coleta de sangue 
e móveis são classificados como objetos não críticos. 
Para que as técnicas de esterilização sejam corretamente realizadas, o pro-
fissional deve tomar algumas precauções antes de iniciar o processamento dos 
materiais. O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é obrigatório, 
independentemente da natureza do material e da sua finalidade. Portanto, 
você deve sempre considerar que o material está contaminado, sem levar em 
consideração se ele está visivelmente sujo ou não. 
Antes do material ser enviado para esterilização ou desinfecção, ele deve, 
primeiramente, ser lavado com água, fazendo uso de fricção mecânica e de 
uma esponja ou de um pano com sabão. Nessa etapa, é importante que você 
padronize se a lavagem será realizada em uma pia específica para essa atividade 
ou dentro de algum recipiente apropriado. Em vez de usar a fricção mecânica, 
também é possível utilizar máquinas de limpeza com jatos de água quente ou 
máquinas de ultrassom com detergentes, porém, esses últimos dois tipos de 
limpeza, em geral, ficam restritos ao ambiente hospitalar. 
A descontaminação pode ser realizada de várias maneiras diferentes, 
como pela fricção mecânica com produtos destinados para essa finalidade, 
pela imersão completa em água em ebulição durante 30 minutos ou pela 
autoclavagem prévia do material ainda contaminado. A escolha do processo 
de descontaminação deve se basear nas condições do estabelecimento e em 
qual classificação do material que está sendo processado na esterilização. 
Após a realização da limpeza e/ou descontaminação, o material deve ser 
enxaguado em água corrente e seco, fazendo uso de um pano limpo, uma 
secadora de ar ou de estufas. Após todos esses procedimentos, você classificará 
o material como crítico, semicrítico ou não crítico e então, de fato, iniciará a 
esterilização (Figura 1). 
221Técnicas de esterilização
Desinfecção e descontaminação não são sinônimos! De forma geral, a descontaminação 
é o processo que tem como objetivo reduzir o número de microrganismos presentes 
nos materiais contaminados, que posteriormente serão encaminhados para o processo 
de desinfecção ou esterilização. Lembre-se: a desinfecção remove quase todos os 
microrganismos, já a esterilização destrói todas as formas de vida, inclusive os esporos!
 Técnicas de esterilização de materiais
Nos estabelecimentos de estética, é fundamental estabelecer uma padronização 
de higienização dos materiais utilizados. Todos os objetos de trabalho que 
entraram em contato direto com o paciente devem, obrigatoriamente, passar 
pelos processos de limpeza e de esterilização. Os materiais têxteis devem ser 
Figura 1. Esquema do Sistema de Classificação de Spaulding.
 Técnicas de esterilização 222
lavados em temperatura acima de 90 °C ou enviados para uma lavanderia 
especializada. 
Os materiais podem ser esterilizados com as seguintes técnicas.
Esterilização física
Os métodos físicos são aqueles que utilizam calor emdiferentes formas ou 
alguns tipos de radiação para realizar o processo de esterilização de materiais. 
Calor seco
Nessa técnica, o material é colocado dentro de uma estufa (ou forno de Pasteur). 
A eliminação dos microrganismos ocorre por meio da sua oxidação e da sua 
desidratação. O uso do calor seco é recomendado para esterilizar vidrarias, 
metais, óleos e substâncias em pó que são resistentes às altas temperaturas 
ou que poderiam oxidar caso fossem esterilizados com o uso de vapor. Como 
exemplo de material que não pode ser esterilizado com o calor úmido, temos 
os objetos cortantes, que, caso entrassem em contato com o vapor úmido, 
oxidariam e perderiam o fi o. 
A esterilização com uso de calor seco, por necessitar de altas temperaturas, 
não é recomendada para materiais mais sensíveis, tais como produtos têxteis, 
plásticos ou emborrachados. Além da limitação citada anteriormente, o uso do 
calor seco para a esterilização é mais demorado, pois ele atua mais lentamente 
do que o calor úmido, ou seja, além de exigir altas temperaturas, também 
requer grande tempo de exposição. A temperatura utilizada nessa técnica é 
de 170 °C, durante 120 minutos. 
Autoclavagem (calor úmido)
O uso das autoclaves é recomendado para a esterilização de materiais clas-
sifi cados como críticos e que são resistentes a altas temperaturas. Materiais 
semicríticos e resistentes também podem ser submetidos ao processo de au-
toclavagem, já que esta é uma técnica de baixo custo e mais rápida do que as 
outras disponíveis no mercado. 
O processo de autoclavagem é, geralmente, realizado com vapor saturado 
sob pressão, e as proteínas dos microrganismos presentes nos materiais são 
desnaturadas e coaguladas. É importante citar que a presença da água auxilia 
na destruição das membranas e das enzimas dos microrganismos, além de 
quebrar as pontes de hidrogênio entre as moléculas orgânicas, sendo, portanto, 
223Técnicas de esterilização
o método de esterilização mais eficaz, tanto na eliminação, quanto no tempo 
de exposição necessário. Durante essa técnica, o material fica exposto ao 
vapor sob pressão a 121 °C, durante 15 minutos. 
Depois de lavar e secar os materiais, eles devem ser acondicionados em 
embalagens adequadas conforme a técnica, que devem ser fechadas e estéreis, 
garantindo, dessa forma, que o material continuará esterilizado até o momento 
do uso. No caso das autoclaves, a embalagem (invólucro) comumente utilizada 
é um filme de poliamida e papel kraft com pH de 5-8. Outros tipos de emba-
lagens também podem ser utilizados, porém, são de baixo custo benefício ou 
possuem menor eficácia na manutenção da esterilidade do material. 
Técnicas de esterilização química
As técnicas de esterilização química são realizadas utilizando soluções es-
terilizantes pela imersão do material contaminado dentro do produto. Esse 
tipo de técnica, por fazer uso de agentes químicos fortes, necessita de maiores 
cuidados em relação ao seu manuseio, ou seja, o uso dos EPIs é imprescindível. 
Esse tipo de técnica também necessita de precauções prévias com o material, 
que só então será exposto ao agente químico que realizará a esterilização. 
Primeiramente, você precisa lavar o material e secá-lo rigorosamente, assim 
você evita que a água presente na superfície do objeto não altere a concentração 
do produto químico. 
O material deve ser completamente imerso no agente químico e o recipiente 
deve ficar fechado durante o tempo que o material ficará em contato com a 
solução. Para não dar chance ao erro, marque os horários de início e término 
do processo. Para retirar o material da solução, utilize luvas estéreis. O material 
deve ser enxaguado com água destilada ou deionizada, pois o contato com 
água corrente ou até mesmo soro fisiológico pode oxidar o material. Após secar 
esse material com compressa estéril, ele deve ser utilizado imediatamente. 
Existem inúmeras soluções químicas que são utilizadas para esterilizar 
materiais, tais como o glutaraldeído, ácido peracético (0,2%), formaldeído, 
entre outros. Entretanto, são produtos altamente tóxicos, de difícil acesso, com 
alto custo e que exigem um longo período de exposição para que o material 
seja devidamente esterilizado. Existem outros produtos químicos que podem 
ser utilizados para a desinfecção dos materiais, tais com as soluções alcoólicas 
e o hipoclorito de sódio (1%), produtos de fácil acesso, com baixo custo e 
relativamente eficientes. Entretanto, esses dois produtos são desinfetantes de 
menor eficácia, então apenas fazer uso desses produtos não garante a total 
esterilização dos materiais. 
 Técnicas de esterilização 224
Precauções e recomendações sobre o uso da autoclave:
  O carregamento de materiais na autoclave não deve ultrapassar 2/3 da capacidade 
do cesto.
  A distribuição dos cestos deve ser feita de forma a garantir a circulação do vapor.
  A autoclavagem perde a eficiência se o vapor não atingir a todos os materiais.
  Não coloque hipoclorito de sódio na autoclave. Esse tipo de desinfetante é altamente 
oxidante e sua associação com material orgânico em autoclave pode ser explosiva.
 Técnicas de desinfecção do ambiente de 
trabalho
Agora você sabe quais as técnicas que você pode utilizar para esterilizar seu 
material de trabalho e por que é importante fazer uso delas. Questione-se: do 
que adianta o meu material de trabalho ser estéril, se o ambiente de trabalho 
não está higienizado? Infelizmente, a resposta é nada. Imagine uma situação 
hipotética, na qual você realizou o procedimento de higienização das mãos 
antes de colocar as luvas, abriu o envelope com os materiais recentemente 
autoclavados e os colocou em cima de uma superfície que não foi higienizada 
entre um paciente e outro. Todos os cuidados prévios foram em vão e existe 
grande chance de que tenha ocorrido uma contaminação cruzada.
Por isso que a higiene do ambiente é considerada, pela ANVISA, como 
um dos critérios mínimos para o funcionamento e a qualidade oferecida pelos 
serviços de estética. O ambiente de trabalho é coletivo, onde várias pessoas, 
com hábitos e costumes diferentes, convivem, portanto, é necessário adotar 
procedimentos de higienização visando à redução dos riscos associados aos 
procedimentos estéticos. 
A realização da limpeza do ambiente, desde as bancadas até o chão, deve 
ser realizada seguindo princípios simples que são preconizados pelas normas 
de biossegurança. Sempre realize a limpeza no sentido da área mais limpa em 
direção a mais suja ou da área menos contaminada para a mais contaminada 
e sempre de cima para baixo, no mesmo sentido e direção, ou seja, se você 
começar pelo lado esquerdo da área, passe o pano com o produto de trás 
para frente e refaça o mesmo movimento na área adjacente àquela que foi 
225Técnicas de esterilização
higienizada. Jamais utilize movimentos de vai e vem ou circulares durante a 
higienização das bancas, pois esses movimentos espalham sujidade. 
Os processos de limpeza de superfícies em serviços de saúde envolvem 
a limpeza concorrente (diária) e limpeza terminal. A limpeza terminal não é 
muito utilizada em estabelecimentos de estética, pois é realizada com máquinas 
de lavar piso e com produtos químicos mais fortes. Os hospitais e as Unidades 
de Pronto Atendimento (UPAs) são os serviços de saúde que mais fazem uso 
desse tipo de limpeza. 
Acesse o link a seguir e veja, passo a passo, como uti-
lizar adequadamente um equipamento de autoclave: 
https://goo.gl/HbfMSh
A limpeza concorrente é aquela que deve ser realizada diariamente, com 
a finalidade de limpar e organizar o ambiente de trabalho, repor os insumos 
de consumo diário e separar e organizar os materiais que serão processados 
para a esterilização. A limpeza concorrente deve ser realizada em todas as 
superfícies horizontais de móveis e equipamentos, portas, maçanetas, piso e 
instalações sanitárias. 
A limpeza dos pisos deve ser realizada diariamente e sempre que necessário, 
primeiramente varrendo os resíduos existentes.Utilize um pano embebido 
em água e sabão e sempre faça uso de dois baldes com água: um contendo 
água limpa e o produto e o outro com água, apenas para o enxague do pano, 
para remover o excesso de sujidade. Posteriormente, o produto desinfetante, 
geralmente hipoclorito, deve ser aplicado em toda a superfície do piso, fazendo 
uso de um pano limpo. 
As bancadas devem ser higienizadas várias vezes ao dia, ao iniciar o turno 
de trabalho, entre um paciente e outro e no final do dia. A limpeza profunda 
das bancadas também é feita pelo uso de água e sabão, seguido pela aplicação 
de produto desinfetante, tal como uma solução alcoólica 70% ou hipoclorito 
1%. A maca e a mesa auxiliar utilizadas durante determinados procedimentos 
 Técnicas de esterilização 226
https://goo.gl/HbfMSh
também devem ser devidamente desinfetadas, no início do turno de trabalho, 
entre um paciente e outro e no fim do dia. Essa desinfecção pode ser realizada 
com a aplicação de solução alcoólica 70%, utilizando compressa estéril ou 
gaze, sempre do local mais para o menos contaminado.
Por fim, para contextualizar todas as informações abordadas neste texto, 
recomenda-se que todo estabelecimento elabore e deixe disponível para todos 
os funcionários um Manual de Rotinas e Procedimentos. Assim, todos os 
procedimentos de limpeza, esterilização e outras recomendações estarão 
padronizadas e descritas passo a passo, melhorando a qualidade do serviço 
prestado e reduzindo os riscos de biossegurança associados aos procedimentos 
estéticos.
O equipamento de autoclave nem sempre pode funcionar de maneira adequada e 
esterilizar os materiais corretamente. As principais falhas mecânicas são resultados da 
operação incorreta ou da falta de manutenção do equipamento. Entretanto, a principal 
causa de erros durante o processo de esterilização decorre das falhas humanas, entre 
elas a limpeza incorreta dos materiais, o uso de embalagens inadequadas, a disposição 
incorreta das embalagens na câmara, o tempo e a temperatura de esterilização serem 
insuficientes, as embalagens não estarem identificadas e o despreparo da equipe para 
usar o aparelho. Portanto, a elaboração de um Protocolo Operacional Padrão (POP), 
detalhando o passo a passo de como a autoclave deve ser utilizada, pode evitar 
possíveis complicações devido à exposição dos pacientes aos materiais não estéreis, 
tais como processos judiciais e danos à imagem e à credibilidade dos profissionais 
que trabalham no estabelecimento. 
227Técnicas de esterilização
1. Os materiais utilizados nos 
estabelecimentos de saúde 
podem ser classificados como:
a) Materiais críticos, semicríticos 
e ultracríticos.
b) Materais críticos, semicríticos 
e nada críticos.
c) Materiais semicríticos, pouco 
críticos, muito críticos.
d) Materiais críticos, semicríticos 
e não críticos.
e) Materiais críticos, não 
críticos e muito críticos.
2. Processo utilizado para destruir 
todas as formas de vida 
microbiana, por meio do uso de 
agentes físicos e químicos:
a) Descontaminação.
b) Desinfecção.
c) Limpeza.
d) Ebulição.
e) Esterilização. 
3. Técnica física ou química que elimina 
todos os microrganismos, com 
exceção dos esporos bacterianos:
a) Limpeza.
b) Degermação.
c) Esterilização.
d) Desinfecção.
e) Oxidação.
4. Os materiais classificados como 
críticos, ou seja, aqueles que 
penetram na pele, nas mucosas 
e nos tecidos, devem passar 
por qual(is) processo(s):
a) Desinfecção de alta eficiência 
ou esterilização devido ao risco 
de transmissão de infecção.
b) Limpeza com água e sabão.
c) Serem esterilizados 
apenas quando houver 
evidência da presença de 
microrganismos contagiosos.
d) Esterilização devido ao alto risco 
de transmissão e infecção.
e) Primeiramente serem lavados 
com água e sabão e então serem 
colocados em estufa para secar.
5. A limpeza do ambiente de trabalho 
tem como objetivo a remoção do 
excesso de sujidade e/ou matéria 
orgânica, reduzindo assim o número 
de microrganismos presentes. A 
sua execução necessita de técnicas 
simples. As medidas abaixo são 
fundamentais para a limpeza do 
ambiente de trabalho, exceto:
a) Iniciar do local contaminado 
para o mais limpo.
b) Utilizar equipamentos de 
proteção individual.
c) Não realizar movimentos 
circulares.
d) Utilizar dois baldes para 
aumentar a remoção da sujidade.
e) Inicialmente utilizar água e sabão 
e depois realizar a aplicação 
do produto desinfetante.
 Técnicas de esterilização 228
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Biossegurança. Revista de Saúde Pública, 
São Paulo, v. 39, n. 6, p.989-991, dez. 2005. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Referência técnica para o funcionamento 
dos serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica. Brasília, 2009. 
Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_
lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_
col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_asse-
tEntryId=419198&_101_type=document. Acesso em: 24 de Out. 2017.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de 
saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília, DF: Anvisa, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação-Geral 
das Unidades Hospitalares Próprias do Rio de Janeiro. Orientações gerais para a Central 
de Esterilização. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2001. (Série A. Normas e Manuais 
Técnicos, n. 108).
BRASIL. Ministério da Saúde. Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos 
de saúde. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1994.
HIRATA, M. H.; MANCINI FILHO, J.; HIRATA, R. D. C. Manual de biossegurança. 3. ed. São 
Paulo: Manole, 2017. 
MASTROENI, M.F. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. São Paulo: 
Atheneu, 2004.
229Técnicas de esterilização
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_
Para ver as respostas de todos os exercícios deste 
livro, acesse o link abaixo ou utilize o código QR 
ao lado.
https://goo.gl/4eL1TZ
Gabaritos
230 Gabaritos
https://goo.gl/4eL1TZ
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
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