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Gestão de Bens Patrimoniais

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Gestão de Bens Patrimoniais
			
				
					
						
							Definição
							Apresentar os conceitos de gestão patrimonial, ciclo da 
administração de recursos patrimoniais, classificação pelas 
características dos bens patrimoniais, política de manutenção e 
conservação desse bens, programas de quebras zero, inventário, avaliação
 de bens e sua depreciação.
						
						
							PROPÓSITO
							Compreender os conceitos fundamentais da gestão de bens 
patrimoniais, suas características e melhores práticas de gerenciamento,
 para um bom aproveitamento de todo o seu potencial de geração de 
vantagens econômicas para a empresa. 
						
						
					
				
			
			
				
					
						
							OBJETIVOS
						
					
					
						
								
									
										
											Módulo 1
										
										
											Definir a importância da gestão dos bens patrimoniais e seu tratamento dentro da empresa
										
									
							
						
						
							
								
									
										Módulo 2
									
									
										Identificar as classificações de gerenciamento de bens patrimoniais
									
								
							
						
						
							
								
									
										Módulo 3
									
									
										Reconhecer as diversas formas de avaliação dos bens patrimoniais
									
								
							
						
					
				
			
			
				
					
						
							Introdução
							A existência de cinco fatores é essencial para a produção de qualquer produto: natureza, capital, trabalho e tecnologia,
 que serão reunidos por uma empresa, considerado o quinto fator. A forma
 pela qual os economistas entendem a empresa está baseada na interação 
desses elementos. 
							Nessa visão, cada um desses elementos tem uma função 
específica, gerando uma simbiose que faz com que entrem x fatores e 
saiam x+1 produtos, ou seja, que seja gerada riqueza.
							Para tais economistas, a natureza é o elemento que fornece os 
insumos para a produção, tais como: matérias-primas, materiais e 
produtos (insumos), que serão transformados para que surja o produto 
final. 
						
					
					
						
							O capital será o fator financeiro que 
possibilitará essa transformação. Normalmente, ele é representado por 
máquinas, equipamentos, prédios, marcas e demais bens patrimoniais 
necessários à produção. No capital, estão também o valor do capital 
circulante, conceito que engloba todos os valores dispendidos na compra 
de materiais que viabilizam a produção. 
							Temos ainda o trabalho que representa a mão 
de obra empregada para a transformação dos materiais fornecidos pela 
natureza, utilizando as máquinas e os equipamentos fornecidos pelo 
capital. 
							Por fim, temos a tecnologia que, hoje, se 
tornou mais um dos elementos que compõem a empresa e que tem, cada vez 
mais, ganhado importância dentro do arranjo produtivo. 
					
						
					
					
						
							Todos esses elementos reunidos formam a empresa, pois esse é o fator que os integra de forma harmoniosa para a criação de valor.
						
					
					
						
							Todos esses elementos são importantes para a administração de 
uma empresa, mas, neste curso, estudaremos apenas a parte do capital 
empregado em bens patrimoniais. Estes serão definidos como todos os bens
 da empresa usados para a produção de outros bens ou serviços que, por 
sua vez, serão vendidos pela empresa para a remuneração dos sócios.
							
								
									
Fonte: Martine, Campos, 2009.
									
								
	
							
							
						
					
				
			
		
		
			
		
			
			
				
					
						
							MÓDULO 1
							
						
						
							
						
						
							Definir a importância da gestão dos bens patrimoniais e seu tratamento dentro da empresa
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							
								
									
			
										
											
										
									
								
							
							
								Gestão de Bens Patrimoniais
								
								 
			
							
			
							
								
									
								
							
						
					
			
					
					
						
							
								
							
			
							
								
							
			
							
								
								
							
			
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Gestão patrimonial 
							É o ramo da administração responsável por gerir o patrimônio 
da empresa que será utilizado na produção dos materiais e bens que 
gerarão riqueza. Essa gestão é realizada por meio de planejamento, 
estruturação de funções, conjunto racional de técnicas, operações e 
procedimentos aplicados a esse patrimônio. 
						
					
				
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Os bens patrimoniais envolvidos são classificados por suas 
características e podem ser agrupados em: tangíveis, intangíveis, 
fungíveis, infungíveis, móveis, imóveis etc.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Qual é a finalidade do controle do patrimônio?
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							O controle do patrimônio objetiva manter informações 
fidedignas dos bens da empresa, a fim de garantir que a contabilidade 
tenha pleno conhecimento das condições financeiras de cada um.
							É de responsabilidade da 
administração o controle dos valores que os bens têm no mercado, dentro 
da empresa, histórico, contábil, de uso, bem como o estado de 
conservação. Isso é o que fornecerá os documentos hábeis para que a 
contabilidade possa fazer esse registro. 
							O objetivo de toda essa vigilância é garantir que a empresa 
saiba qual é o seu valor de capital investido e quanto do seu desgaste 
está sendo aplicado ao custo dos produtos vendidos. Essa informação é 
essencial para a tomada de decisão da alta administração da empresa, 
pois indica se a empresa está tendo lucro ou prejuízo na venda de seus 
produtos. 
							Essa informação pode alterar completamente a estratégia e o 
posicionamento da empresa no mercado. Segundo Porter (2005), o custo é 
uma das possibilidades de posicionamento de vantagens competitivas para 
uma empresa frente ao mercado competidor, e, em alguns casos, pode 
representar uma barreira à entrada de novos competidores.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							É importante 
diferenciar a gestão dos bens patrimoniais da de materiais. Esta última 
está focada nos materiais e bens que serão produzidos pela empresa e 
rentabilizarão o patrimônio dos sócios, ou seja, o consumidor externo.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Já a gestão de bens patrimoniais é responsável pelo patrimônio
 que servirá para produzir esses bens a serem vendidos, ou seja, o 
consumidor interno, tendo como função principal garantir a conservação e
 manutenção dos bens da empresa.
							O bom gerenciamento dos 
bens patrimoniais repousa na busca pela continuidade da empresa, que só é
 possível se o custo de produzir estiver sempre baixo o suficiente para 
que o seu produto seja competitivo no mercado. 
							Por isso, a profissionalização dessa gestão é tão importante, 
já que pode garantir o controle da depreciação dos equipamentos e peças,
 evitando a má qualidade dos produtos produzidos. 
							Além disso, proporciona uma manutenção adequada dos 
equipamentos, verificando os níveis de utilização dos ativos, 
identificando os que não estão mais em condições de uso, mesmo que ainda
 tenham valor contábil ou vida útil ativa, e acarretando na inibição de 
fraudes ou furtos de seus patrimônios.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
					
						
							
								
								
										Manter um gerenciamento sempre atualizado dos bens 
patrimoniais garante que os custos de produção fiquem sempre sobre 
controle, pois gera informações precisas para a tomada de decisão. 
									
								
							
						
			
						
							
								
									
										Não basta iniciar a gestão com todos os dados e 
informações,
é preciso mantê-los sempre atualizados, escolhendo as 
melhores opções de manutenção, tempo de vida útil dos bens e outros 
aspectos gerenciáveis. 
									
								
							
						
			
						
							
								
									
										Conhecer bem os ativos da empresa garante um perfeito 
gerenciamento do patrimônio, possibilitando a criação de rotinas de 
inclusão de novos bens, tombamento, depreciação, registro de 
transferências, baixas e alienações desses bens. 
									
								
							
						
			
					
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Todo esse trabalho melhorará a gestão geral da empresa, 
tornando-a muito melhor. A otimização dessa gestão gerará grandes 
vantagens para a empresa, tornando-a muito mais competitiva.
							Ainda no tocante a esse gerenciamento, ele garante orçamentos 
mais enxutos, pois existe maior confiabilidade nos equipamentos. Além 
disso, os bens patrimoniais que não são mais rentáveis na produção podem
 ser vendidos, gerando receitas extras para a empresa, bem como 
segurança aos funcionários, uma vez que os bens estarão mais confiáveis.
							Uma gestão de excelência 
dos bens patrimoniais pode trazer ganhos para todos e é uma necessidade 
nos dias de hoje, por isso a boa classificação e controle devem ser 
feitos com o máximo cuidado.
							Com o avanço da tecnologia, são aplicadas grandes somas de 
capital aos bens patrimoniais. No passado, existiam empresas que contava
 com sete funcionários na linha de produção para um da manutenção. Hoje,
 já existem empresas em que essa proporção está igualada, ou seja, para 
cada funcionário dedicado à produção, temos outro para a manutenção dos 
bens patrimoniais. 
						
					
				
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Essa condição ocorre porque, com a automatização dos parques 
fabris, dos estoques, do transporte interno na fábrica e outras 
inovações, a importância da gestão desses bens cresceu em importância e 
quantidade. 
							A importância da boa gestão dos bens patrimoniais ganha maior 
relevância quando pensamos em sistemas modernos de administração da 
produção, como o just-in-time. Nele, o controle e o 
gerenciamento das máquinas e equipamentos dedicados à produção devem ser
 muito mais precisos, pois a quebra de um equipamento pode afetar de 
forma decisiva toda uma cadeia de produção, uma vez que existem estoques
 para compensar essa falha. 
							Nesses sistemas, a má gestão é severamente penalizada, pois a 
filosofia prega a existência da menor quantidade de estoques possível 
para a liberação de capital da empresa e redução do seu custo de 
oportunidade.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Outra possibilidade 
para empresas que não dominam a expertise do gerenciamento de seu 
patrimônio é a terceirização dessa função. Existem no mercado muitas 
empresas especializadas em prestar esse serviço e que garantem um 
gerenciamento de qualidade e com a precisão necessária.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Antes de partimos para a análise do ciclo de administração dos
 bens patrimoniais, devemos nos ater um pouco mais aos conceitos 
apresentados na introdução deste tema.
						
					
				
			
			
					
			
			
				
					
						
							O que é recurso?
							Segundo Matine e Campos (2009), “recurso é tudo que gera ou tem capacidade de gerar riqueza, em sentido econômico”. 
							Essa definição está diretamente ligada à atividade produtiva em uma empresa e dividida em cinco tipos de recursos, sendo eles: 
						
					
				
				
					
						
							
								
								Clique nas informações a seguir.
								Clique nas informações a seguir.
							
						
					
					
						
							Materiais 
						
			
						
							Patrimoniais 
						
			
						
							Humanos
						
						
							Tecnológico
						
					
				
				
					
						
							
								Materiais
								todos os recursos que fornecem condição para o processo produtivo; 
							
			
							
								Patrimoniais 
								conjunto de bens, valores, direitos e obrigações que pode ser
 avaliado monetariamente e que tem relação direta com os objetivos 
organizacionais; 
							
			
							
								Humanos 
								conjunto dos empregados ou dos colaboradores de uma organização que fornecem o input de produção; 
							
							
								Tecnológico 
								o que garante o diferencial, por meio do conjunto de 
conhecimento da Organização, em relação à concorrência, transformando o 
menor custo ou inovação em uma vantagem econômica (MARTINE; CAMPOS, 
2009).
							
						
					
				
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Ciclo da administração de recursos patrimoniais
							A gestão dos bens patrimoniais da empresa compreende desde a 
compra dos bens que comporão o patrimônio da empresa até a sua baixa e 
alienação, passando pela instalação, manutenção e identificação sobre a 
capacidade de gerar de valor econômico positivo para a empresa. 
							Isso implica em gerenciar de forma segregada os materiais de 
insumos da produção e os bens patrimoniais, pois ambos têm 
características e aplicabilidades diferentes, fora a sua complexidade 
elevada. Por exemplo, não é possível gerenciar da mesma forma o metal 
utilizado para a produção de peças de um carro e os fornos que fundem 
metal para a confecção dos blocos do motor.
							Uma característica dos bens patrimoniais é que o que é chamado
 de acessório acompanha o principal. Ou seja, o tratamento gerencial 
dispensado ao bem principal é o mesmo dispensado ao acessório, ficando 
os dois registrados como apenas um nos controles administrativos. 
							Para que isso seja 
compreendido, é necessário identificarmos o que é bem principal e o que é
 acessório. O principal é aquele que existe por si, ou seja, tem 
existência própria. O acessório é aquele bem móvel, 
que, ao ser instalado para uso, passa a fazer parte do bem principal, ou
 seja, só existe porque está incorporado a outro bem. 
						
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Como identificar esse tipo de bem?
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Um bem principal é o prédio onde a empresa está instalada. Os 
acessórios, por sua vez, são todos os bens instalados de forma fixa ao 
prédio, como as tomadas, os lustres etc.
							Ainda sobre o tópico, temos um tipo de bens acessórios 
conhecido como pertenças. Estas incorporam o principal, mas têm a função
 específica de uso, serviço ou aformoseamento. 
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								
							
						
			
						
							
								
									
										Exemplo
									
									Por exemplo, ao comprar um 
apartamento, é de costume apresentá-lo no momento da aquisição com todos
 móveis e eletrodomésticos, porém, ao tomar posse e mora do apartamento,
 os móveis utilizados como um recurso de layout não fazem parte da venda (MARTINS; CAMPOS, 2009).
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Fabricação do bem patrimonial 
							Uma das opções de aquisição dos bens patrimoniais para a 
empresa é por meio da sua fabricação. Esse tipo de aquisição pode ser 
realizada por qualquer parte integrante da empresa. Como é a própria 
empresa que produz o bem, não é necessário documento específico para o 
seu registro junto ao patrimônio da empresa. 
							Para que o bem seja precificado e possa ser ativado, temos dois métodos:
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								Clique na barra para ver as informações.
								Objeto com interação.
							
						
						
							
								A utilização do custo de produção 
								
									É, geralmente, aceito pela Receita Federal para o registro 
do valor do bem ativado e gera
menor custo alocado à produção ao longo 
do tempo, aumentado, assim, o lucro futuro da empresa; 
								
							
							
								Preço de mercado do bem
								
									Aqui, a empresa reconhece um lucro pela produção do bem no 
presente, mas diminui o lucro futuro, pois terá um maior custo alocado 
aos produtos produzidos. É mais usado pelo controle gerencial, pois gera
 um custo do produto vendido mais próximo do que realmente ocorreria se a
 empresa estivesse comprado o bem no mercado.
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Quando o bem é 
produzido internamente, não é necessário um documento formal, como a 
nota fiscal ou um contrato de compra e venda para que ele seja 
incorporado ao patrimônio da empresa.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Isso acontece porque, quando se opta por reconhecer o bem 
patrimonial pelo custo de produção, a Receita Federal, no Regulamento do
 Importo de Renda (RIR), em seu artigo 356, garante que esses gasto 
podem ser depreciados ou amortizados, quando bens intangíveis, ao longo 
do tempo de uso, seguindo as regras de padrões fixados pelo próprio 
regulamento. 
							Nesse custo de produção, serão incluídos todos os insumos 
utilizados, a mão de obra empregada, os custos indiretos como 
eletricidade, depreciação das instalações fabris e outros relacionados à
 produção do bem a ser ativado. 
							Toda essa informação é muito importante para a administração e
 para o gestor de bens patrimoniais, pois pode influir em sua decisão de
 produzir o bem internamente ou comprá-lo no mercado, quando for 
possível. 
						
					
				
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Compra de bem patrimonial
							Quando a decisão é pela compra do bem, algumas etapas precisam
 ser vencidas até que ele seja incorporado ao patrimônio da empresa. 
							Essas etapas, diretamente 
relacionadas com o gerenciamento dos bens patrimoniais, são: 
identificação do fornecedor, escolha do método de aquisição, se compra, leasing,
 ou outra modalidade, recepção, e, por fim, a inclusão no ativo ou 
tombamento do bem — que é a etapa final do processo de incorporação 
deste ao patrimônio da empresa ou do patrimônio público, onde o termo 
“tombamento” é normalmente utilizado.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Identificar o fornecedor é uma das etapas mais importante nesse processo. 
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Após a administração identificar a necessidade da aquisição, 
atendendo ao plano de negócios estabelecido, ela envia essa decisão para
 que a engenharia projete e identifique todas as características 
necessárias ao bem para atender as especificações determinadas pela 
administração.
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							Com todas essas 
informações e decisões em mãos, o pessoal do patrimônio identificará os 
possíveis fornecedores que atendam às especificações traçadas pela 
engenharia.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Esse processo pode levar um bom tempo, pois se trata de uma 
decisão estratégica muito importante. Alguns bens patrimoniais podem 
envolver vultosas somas de capital, necessitando, muitas vezes, de 
financiamentos de grande monta e até financiamentos externos ao país de 
origem da empresa. 
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								
							
						
			
						
							
								
									
										Exemplo
									
									Exemplo: Quando uma empresa, como a 
Petrobrás, resolve comprar uma nova plataforma de extração de petróleo —
 bem que será incorporado ao seu capital, por ser patrimonial — pode 
levar mais de um ano no planejamento e no ato da compra. 
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Ela pode precisar de financiamentos de organizações 
internacionais, pois dificilmente conseguirá uma empresa nacional que 
terá a capacidade de fazê-lo. Assim, poderá ser realizado por organismos
 governamentais, por se tratar de interesse nacional.
							Do processo de planejamento até a tomada de decisão, a 
responsabilidade é da administração da empresa. Normalmente, o setor de 
patrimônio se envolve no processo a partir do momento da procura do 
fornecedor. No entanto, desse ponto em diante, a responsabilidade da 
compra, recebimento, instalação e manutenção ficam a cargo do 
departamento de gestão de bens patrimoniais em parceria com o setor de 
compras na primeira etapa.
						
					
				
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							A recepção e 
instalação de um bem patrimonial é muito importante. Este poderá ser 
considerado como depreciável somente quando está à disposição da 
produção para começar a produzir. Para que um bem seja incorporado ao 
patrimônio da empresa, precisa ser acompanhado de documentos fiscais 
apropriados, sendo o mais comum deles a nota fiscal. 
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Ela é a garantia de origem do bem e indica o valor-base a ser 
registrado nos controles da empresa. A este são somados todos os custos 
que a empresa teve para a sua colocação no local de produção, como 
fretes, impostos e despesas de instalação, entre outros custos 
relacionados especificamente ao bem e à sua instalação inicial. 
							Outro ponto importante a ser considerado é que os custos de 
manutenção durante o uso de um bem não serão incorporados ao custo 
depreciável, exceto se este modificar sua a vida útil ou se for 
melhorado de alguma forma, aumentando a sua capacidade de produção. 
							Um exemplo é quando fazemos um upgrade em uma máquina e ela 
passa a produzir 10% a mais que antes. Esse é um caso em que o custo do upgrade
 será incorporado ao valor depreciável do equipamento. Se essa alteração
 for apenas decorrente de falha no equipamento ou não representar nenhum
 ganho de produtividade, ela deve ser considerada como custo de 
manutenção e lançada diretamente como custo do mês/ano em que ocorrer.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
				
					
						
							Upgrade
							Processo em que as funcionalidades de um bem são melhoradas de alguma forma sem que haja mudança em sua essência.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Além da compra imediata, existem outras maneiras de se incorporar um bem à produção de uma empresa. Uma dessas modalidades é o leasing, ou seja, o arrendamento, que pode ser financeiro ou operacional.
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							Cada um desses métodos tem um tratamento diferente no registro
 do bem e em sua gestão financeira. A gestão física pouco difere de um 
bem próprio da empresa, pois estes terão de receber manutenção e ter 
seus valores de custo analisados periodicamente para determinação de sua
 viabilidade econômica. 
							O arrendamento financeiro é o mais comum 
entre os dois métodos de arrendamento. Um banco ou a própria empresa 
produtora do bem o arrenda para a empresa que o está incorporando ao seu
 patrimônio, apesar de ainda não ser a sua dona.
						
					
				
				
					
						
							
								
									
										
Fonte: totojang1977/Shutterstock
									
								
								
									Essa empresa que faz o arrendamento é chamada de arrendatária, e é a verdadeira dona do bem.
 No entanto, como o domínio e as vantagens do bem são passados para a 
empresa arrendadora, este é registrado como se fosse dela. 
								
							
						
					
				
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Esse processo está ancorado no fato de que, ao final do 
contrato, a empresa que arrendou o bem tem o direito de comprá-lo por um
 valor previamente acordado. Esse modelo de arrendamento é muito 
utilizado nas empresas de aviação,
pois todos os seus aviões são 
contratos de arrendamento, leasing, com as empresas que fabricam os 
aviões. 
							Isso acontece porque o 
valor para a compra de uma aeronave é muito elevado e a empresa aérea 
não teria como bancar todo o investimento para ter os aviões, por isso, 
ela os divide com a empresa construtora dos aviões e, muitas vezes, com 
fundos de investimento, como forma de compartilhar o risco do negócio.
							Já o arrendamento operacional é bem menos 
utilizado, mesmo figurando em nosso arcabouço jurídico. Nessa 
modalidade, os direitos e benefícios do bem não são totalmente 
transferidos para a arrendadora, pois a proprietária terá forte 
ingerência sobre a forma como o bem será administrado, seu tempo de uso,
 sua forma de manutenção e outros aspectos inerentes a ele. 
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								
							
						
			
						
							
								
									
										Exemplo
									
									Um exemplo é quando uma empresa faz o
 arrendamento e oferece também a instalação, manutenção, troca em caso 
de quebra ou gerenciamento da produtividade do equipamento. Isso 
acontece muito com contratos de máquinas de xerox. 
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							O bem é levado até a empresa que o utilizará, sendo 
disponibilizado para o seu uso interno, mas todo o processo de 
manutenção e demais problemas são resolvidos pela empresa arrendatária. 
Em alguns casos, até o abastecimento da máquina é oferecido como um 
serviço externo.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							
								
							
						
						
							
								
									Atenção
									Um ponto importante a ser 
considerado no arrendamento é que — à diferença do aluguel — o 
equipamento, mesmo não sendo da empresa, é registrado em seu patrimônio e
 sua compra é facultada ao final.
									No aluguel, essa possibilidade de 
compra ao final não existe e o contrato, normalmente, é por 30 meses, e —
 após esse prazo — se não repactuado, passa a valer com prazo 
indeterminado em casos de imóveis. 
								
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							No casso do arrendamento, o prazo final é sempre 
predeterminado desde o momento da contratação. Vale ressaltar que a 
essência da transação comercial é superior à da forma contratual, ou 
seja, vale a realidade e não o que está escrito no contrato.
							Ainda sobre arrendamento, temos a modalidade de leaserback,
 que se configura quando o cliente compra o bem e, em uma transação 
subsequente, o revende para o arrendatário, que o arrenda para o 
primeiro comprador. Esse método é muito usado por fundos de investimento
 que passam a ter a garantia do seu investimento, o patrimônio 
arrendado. 
							No caso de bens como imóveis, estes podem ser novamente arrendados em caso de quebra de contrato pelo primeiro arrendador.
							Por último, temos a figura da doação. Por 
qualquer razão, uma empresa recebe uma doação de um bem que será 
incorporado ao seu patrimônio como bem patrimonial. Este deve ser 
registrado em seus controles, inclusive na contabilidade. 
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							A forma correta desse registro para controle é sua incorporação ao patrimônio, pelo seu valor de mercado ou possível ganho futuro que irá proporcionar, e sua contrapartida como receita do período em que foi doada.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							A forma correta de recebimento dessa doação é, quando 
possível, por nota fiscal de doação, mas quando esse procedimento não 
ocorre, deve ser gerado um termo ou contrato de doação, que serve de 
documento hábil para reconhecimento do objeto pela gestão de bens 
patrimoniais.
						
					
				
			
			
			
			
			
										
					
					
					
 Gorodenkoff / Shutterstock
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							A última etapa do processo
 de compra de um bem patrimonial é o seu recebimento, seguido da 
verificação de conformidade com as especificações desenhadas pela 
engenharia e a instalação. Existem bens que não necessitam de instalação
 ou que esta é feita pelo próprio comprador, como no caso de máquinas e 
equipamentos simples. 
							Todavia, há aqueles no qual seu custo de compra está, em 
grande parte, centrado exatamente no processo de instalação. Um exemplo 
desse tipo de bem são os estoques automatizados, em que suas estruturas 
são a base para a construção do prédio. Nesses casos, é interessante que
 os gestores tenham conhecimento de todos os aspectos que envolvem a 
compra e a instalação do bem, para que possam fazer a melhor escolha. 
							Dentro dessa modalidade de bens que dependem de instalação 
para seu completo recebimento, temos os produtos que são desenvolvidos 
exclusivamente para a empresa, como alguns robôs de linha de montagem, 
em que a recepção do produto acontece ao final do processo de 
instalação, quando este está apto para o uso. 
							Isso ocorre, também, com 
produtos intangíveis como softwares, pois a entrega física pode ser um 
DVD contendo os códigos que formam o programa, ou mesmo não havendo 
entrega física. Nesses casos, é necessária uma auditoria de conformidade
 para que o produto seja considerado entregue, com testes para saber se 
todas as funções contratadas estão em correta operação e em conformidade
 com o projeto que foi comprado.
							Na recepção dos bens físicos, estes, normalmente, recebem 
códigos de identificação que serão a base para o seu controle ao longo 
do tempo. Esses códigos eram colocados em plaquetas e esse processo 
recebia o nome de emplaquetamento.
 Hoje, são usados códigos de barras, para que a leitura seja realizada 
de forma automática por meio de aparelhos de leitura móveis. 
							Vemos também o emprego de tecnologias com QRcode e RFID na busca de automatização do processo de controle dos bens patrimoniais. 
					
						
					
				
			
			
			
			
			
				
				
					
						
							Emplaquetamento 
							Ato de colocar uma identificação em um bem patrimonial, que 
consiste em uma numeração previamente codificada, ou seja, construída a 
partir de um padrão desenvolvido para diferenciar os diversos grupos de 
bens patrimoniais em uma empresa.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
				
					
						
							QRcode
							Padrão de códigos de leitura eletrônica que pode conter 
diversas informações sobre o bem no qual funciona como plaqueta de 
identificação. Ele pode ainda remeter a algum site ou banco de dados com
 capacidade infinita de armazenar informações sobre o bem em análise.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
				
					
						
							RFID
							Sistema de leitura a distância de informações baseado em 
tecnologia de rádio que pode monitorar objetos em movimentação, 
dependendo de sua capacidade e alcance.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Essa busca de aprimoramento dos meios de controle é constante e
 busca aumentar a eficiência dos processos e torná-los cada vez menos 
custosos para a empresa, além de aumentar a segurança dos bens 
patrimoniais da empresa, principalmente os de grande valor.
						
					
				
			
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Baixa do bem 
							Os bens patrimoniais que não serão mais utilizados para a 
produção devem ser baixados do patrimônio imobilizado da empresa. Isso 
quer dizer que o equipamento deve ser retirado dos registros dos bens em
 uso, com todas as implicações para a produção e para o custo da mesma, 
sendo alocado em controles apartados. 
							Esse procedimento torna a gestão dos bens patrimoniais muito 
mais efetiva, pois garante que os custos dos produtos não sejam 
distorcidos por levarem em seus valores custos que não estão diretamente
relacionados com eles.
							Toda essa postura garante à
 empresa a possibilidade de capitalizar o equipamento que ainda tem 
valor no mercado por meio de sua venda, ou mesmo desocupando espaço por 
meio da doação desses bens a instituições ou venda como sucata. 
							Para a empresa, esse bem não mais usado na produção pode 
garantir um ganho extra de recursos, deixando de ter parte de seu 
capital investido e gerando um ganho de oportunidade. 
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							A venda ou alienação 
de um bem patrimonial pela empresa é um procedimento relativamente 
simples, no entanto, devem ser considerados todos os custos que isso 
pode implicar. Os custos de desmontagem, transporte e outros valores 
gastos também devem ser considerados.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Como procedimento operacional, deve-se retirar a placa ou 
identificação do bem dentro do patrimônio da empresa e seu registro de 
ser baixado de forma correta para que não haja distorções posteriores 
dos registros de bens. 
						
					
				
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
				
				
					
						
							
								Outro procedimento 
importante é que nenhum bem da empresa deve sair sem nota fiscal, mesmo 
que seja uma doação. Nesse caso, devem ser construídos termos de doação 
ou contrato de doação, principalmente quando esses são doados para entes
 com natureza jurídica de direito público, como ONGs. 
								Mesmo quando um bem é vendido como sucata, a nota fiscal deve
 ser emitida, pois ela garante sua origem e evita possíveis problemas 
com a Receita Federal ou outros órgãos de investigação.
								O equipamento da empresa também necessitar de baixa por roubo ou extravio. O documento hábil para essa baixa é o boletim de ocorrência
 lavrado junto à autoridade competente. Isso garante aos acionistas a 
lisura dos gestores e concede às autoridades competentes a oportunidade 
de investigarem a ocorrência. 
								Temos ainda a baixa por sinistro ou avaria, quando o 
equipamento é de alguma forma inutilizado por evento não controlável 
pela empresa. Para esses casos, as empresas costumam ter seguro, pois 
esse tipo de ocorrência pode inviabilizar, inclusive, a continuidade da 
empresa. 
							
						
					
				
				
				
				
			
				
				
					
						
							
								
									
									
								
							
				
							
								
									
										
											Exemplo
										
										Um exemplo disso é que, durante o 
furação Katrina, uma empresa de componentes químicos para a indústria 
farmacêutica foi gravemente atingida, não podendo mais voltar a operar 
em curto espaço de tempo. Como ela era fornecedora quase exclusiva de 
alguns insumos básicos para outras empresas do setor, toda a cadeia de 
produção foi afetada.
									
								
							
						
					
				
			
			
				
					
						
							Verificando o aprendizado
						
						
							
							
								
									
										
										
										
									
								
							
							
								ATENÇÃO!
								
								
									Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões:
								
							
						
						
						
							
								1.
 (Quadrix, 2017- adaptada) A gestão do patrimônio, mais especificamente a
 gestão do ativo imobilizado, na maioria das organizações, é feita por 
uma unidade organizacional cuja função é _________, _________ e 
__________ os bens considerados como imobilizados e, portanto, passíveis
 de depreciação.
Listar, fazer a manutenção, inverter.
Registrar, controlar e codificar.
Listar, registrar, desenhar.
Controlar, reverter, listar.
Tentar novamenteResponder
Comentário
2.
 (Funcern, 2019) O ato de inscrever o bem no registro patrimonial, com a
 concomitante afixação do respectivo código numérico, mediante plaqueta,
 gravação, etiqueta ou qualquer outro método adequado às suas 
características, refere-se ao:
Inventário
Impairment
Goodwill
Tombamento ou incorporação do bem patrimonial.
Tentar novamenteResponder
Comentário
Gabarito1.
 (Quadrix, 2017- adaptada) A gestão do patrimônio, mais especificamente a
 gestão do ativo imobilizado, na maioria das organizações, é feita por 
uma unidade organizacional cuja função é _________, _________ e 
__________ os bens considerados como imobilizados e, portanto, passíveis
 de depreciação.
						
							A alternativa "B " está correta.
							
							O departamento de gestão dos bens patrimoniais tem, entre 
outras funções, a de registar os bens patrimoniais adquiridos pela 
empresa, controlar esses bens, determinado a forma como serão feitos a 
manutenção e seu acompanhamento, além do controle da depreciação e do 
estado desse bem, e desenvolver uma codificação padrão para os bens que 
estão sobre seu controle.
						
					
2. (Funcern, 2019)
 O ato de inscrever o bem no registro patrimonial, com a concomitante 
afixação do respectivo código numérico, mediante plaqueta, gravação, 
etiqueta ou qualquer outro método adequado às suas características, 
refere-se ao:
						
							A alternativa "D " está correta.
							
							A última etapa da compra de um bem patrimonial é seu 
tombamento ou incorporação ao patrimônio imobilizado da empresa. A 
palavra tombamento é, normalmente, utilizada em relação a bens 
patrimoniais de órgãos públicos, mas pode ser utilizada de forma similar
 nas empresas privadas, não sendo essa uma prática comum.
						
					
							
						
						
						
							
								O conteúdo ainda não acabou.
								
								
									Clique
												aqui e retorne para saber como desbloquear.
								
							
						
					
				
			
			
			
				
					
						
							
								
									
									
									
									
									
								
							
						
						
							Você chegou ao final do módulo 1!
							E, com isso, você:
							 Entendeu a importância da gestão dos bens patrimoniais e seu tratamento dentro da empresa.
							 Retornar para o
								início do módulo 1
							
						
					
				
			
		
			
			
		
			
			
				
					
						
							MÓDULO 2
							
						
						
							
						
						
							Identificar as classificações de gerenciamento de bens patrimoniais
						
					
				
			
			
		
			
			
			
			
				
					
						
							Classificação de bens patrimoniais 
							Esta etapa é uma muito importante para a sua boa gestão. 
Podemos classificar os bens patrimoniais levando diversos fatores em 
consideração e para funções bem diferentes dentro da organização da 
empresa. 
							Uma das premissas para a classificação é a situação do bem. 
Aqui, eles podem ser listados como: bons, ociosos, recuperáveis, 
antieconômicos ou irrecuperáveis. Cada classificação receberá um tipo de
 tratamento pela gestão de bens patrimoniais.
							
					
				
			
			
				
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							
								
									
			
										
											
										
									
								
							
							
								Classificação dos bens pela situação Patrimonial do Bem
								
								Os bens patrimoniais classificados como bons
 são aqueles em condições de uso normal, ou seja, estão sendo utilizados
 pela produção e compõem os registros de bens ativados e imobilizados. 
Um exemplo são as máquinas utilizadas em uma estamparia de peças em uma 
fábrica de veículos. 
			
							
			
							
								
									
								
							
						
					
			
					
					
						
							
								
							
			
							
								
							
			
							
								
								
							
			
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								Clique na barra para ver as informações.
								Objeto com interação.
							
						
						
							
								Ociosos
								
									Os classificados como ociosos são aqueles 
em condições de
serem utilizados pela produção, mas que não estão em 
atividade, por questões externas à sua constituição ou condição. Um 
exemplo são as máquinas não utilizadas de linhas de produção, pois a 
empresa não tem demanda para os produtos produzidos por elas. 
									Outro exemplo é quando a demanda de um certo produto está 
abaixo da programada, e parte das máquinas não está sendo usada, pois 
existe produção apenas para um equipamento daquele modelo.
								
							
							
								Recuperáveis
								
									Os bens classificados como recuperáveis são
 aqueles que, por algum tipo de defeito ou avaria, não estão sendo 
utilizados pela produção. Esse tipo de classificação implica considerar 
que o bem pode ser recuperado a um custo financeiramente viável, e que 
sua necessidade e geração de receitas viabilize o custo do conserto. 
									Esse tipo de classificação também deve levar em conta se o 
bem pode ou não ser substituído por um novo, sendo esta decisão baseada 
no cálculo de custo/benefício.
								
							
							
								Antieconômicos
								
									Os bens patrimoniais classificados como antieconômicos
 são aqueles cujo custo de mantê-los em operação é superior aos ganhos 
econômicos que irá gerar. Esse cálculo deve considerar tanto o custo de 
depreciação, quando houver, quanto os de manutenção e de oportunidade de
 um equipamento novo e mais moderno. 
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							A soma desses custos deve ser menor que os ganhos econômicos gerados pela utilização desse bem patrimonial na produção.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							O custo de oportunidade deve levar em consideração os ganhos 
de produção e o custo de compra de um equipamento novo para substituir o
 que está sendo avaliado. Essa avaliação deve ter a menor periodicidade 
possível, pois a condição pode mudar, rapidamente, de “bom” para 
“antieconômico”. 
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								
							
						
			
						
							
								
									
										Exemplo
									
									Um exemplo desse tipo de ocorrência é
 quando surge um nova tecnologia que torna a produção muito mais 
eficiente e com um custo muito inferior. Esse fato ocorreu com uma 
empresa de vidros que projetou e construiu uma enorme fábrica com 
tecnologia em que os fornos de produção só produziam vidros de uma 
bitola, que depois eram laminados na espessura que o cliente 
necessitava. 
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Naquele ano, foi desenvolvida uma tecnologia em que os fornos 
já produziam os vidros nas bitolas dos pedidos dos clientes, reduzindo, 
assim, a necessidade de laminação. 
							A fábrica que entraria em operação tornou-se obsoleta, pois os
 custos de produzir o vidro com aquela tecnologia tiravam a empresa do 
mercado internacional.
							Por fim, os bens classificados como irrecuperáveis
 são aqueles cujas avarias não podem ser sanadas ou o custo para tal é 
maior que os ganhos econômicos advindos de sua utilização. 
							Essa condição pode ocorrer após uma simples quebra quando o 
bem já está desgastado ou quando uma máquina nova tem seu custo muito 
reduzido. Esse tipo de classificação, quando tratamos de bens 
patrimoniais de pequeno valor, ocorre de forma frequente.
						
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								
							
						
			
						
							
								
									
										Exemplo
									
									Um exemplo de material classificado 
como irrecuperável é uma parafusadeira manual com defeito. Pelo valor 
reduzido de compra no mercado, quando quebra ou quando sua bateria perde
 a função de reter carga, o custo de manutenção inviabiliza esse 
processo, e a substituição, nesse caso, é menos custosa.
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Classificação pelas características dos bens patrimoniais 
							Quando são classificados considerando as suas características intrínsecas, podemos agrupá-los como móveis versus imóveis, tangíveis versus intangíveis e fungíveis versus infungíveis. 
							Essas classificações influenciarão a forma como os bens 
patrimoniais serão geridos na empresa, pois quando olhamos para um bem 
infungível, não podemos substitui-lo por outro similar devido à 
exclusividade de suas características.
							Aqui, iniciaremos definindo os bens móveis e imóveis: 
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
					
						
							
								
									
										Móveis 
										são aqueles que, em essência, podem ser transportados de uma localidade para outra sem perda de suas características; 
									
								
							
						
			
						
							
								
									
										Imóveis 
										são aqueles que, em essência, não podem ser deslocados sem 
que suas características sejam perdidas. Juridicamente, eles podem ser 
divididos conforme mostra a figura a seguir, mas seu tratamento na 
gestão de bens patrimoniais segue, normalmente, o mesmo padrão. 
									
								
							
						
			
					
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Um exemplo de bens 
patrimoniais móveis são os veículos de uma empresa de transporte, e os 
bens imóveis dessa mesma empresa são os prédios onde os veículos são 
guardados quando não estão em uso.
							Veja, a seguir, uma figura que ilustra os tipos legais de bens imóveis:
							
								
									
									
								
							
							Agora, veja uma figura que ilustra os tipos de bens móveis:
							
								
									
									
								
							
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Quando classificamos os bens patrimoniais de uma empresa como tangíveis ou intangíveis separando-os no que tange a terem corpo físico ou não.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							
								
									
										
											
												Bens patrimoniais tangíveis 
												são aqueles que, essencialmente, têm um
 corpo físico. Por exemplo, as máquinas e os equipamentos da empresa que
 serão utilizados para a produção dos bens que rentabilizarão o capital 
dos sócios.
											
										
									
								
			
								
									
								
			
								
									
										
											
												Bens intangíveis 
												são aqueles que podem trazer ganhos 
patrimoniais à empresa, têm valor econômico mensurável e não possuem 
corpo físico. Por exemplo, as marcas e patentes que a empresa possui e 
que ajudarão a aumentar as suas vendas ou o valor agregado dos seus 
produtos.
											
										
									
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Outra forma de classificarmos os bens patrimoniais de uma empresa é nas categorias de fungíveis ou infungíveis.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								Clique na barra para ver as informações.
								Objeto com interação.
							
						
						
							
								Bens fungíveis 
								
									São aqueles que podem ser substituídos por bens da mesma 
espécie, qualidade e quantidade, conforme definido no artigo 85 do 
Código Civil. Por exemplo, uma máquina simples de parafusar pode ser 
substituída de forma muito rápida por outra da mesma espécie, qualidade e
 na mesma quantidade.
									
autor/shutterstock
								
							
							
								Bem infungível 
								
									É aquele que não pode ser substituído por um bem igual em 
espécie, qualidade e quantidade, por exclusão do Código Civil. Por 
exemplo, uma marca muito forte no mercado, como a Coca-Cola, que possui 
características particulares, não pode ser substituída por outra, pois 
esta não terá a mesma qualidade para a geração de receitas da anterior.
									
autor/shutterstock
Por fim, temos alguns 
bens patrimoniais que possuem características particulares que os 
identificam de forma específica, recebendo classificações especiais para
 um melhor agrupamento.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Um exemplo disso são os bens patrimoniais classificados como semoventes,
 ou seja, que possuem movimentação própria, como os animais 
domesticados. As matrizes de reprodução de gado de corte ou leiteiro em 
uma fazenda são um exemplo típico.
							Outro exemplo de classificação especial de bens patrimoniais são os financeiros,
 definidos como bens não corpóreos, representando os investimentos que a
 empresa tem em outras empresas ou no mercado financeiro acionário. 
							
							Neste tema, esses bens não serão tratados, pois são 
administrados de forma segregada dos outros bens patrimoniais da 
empresa, em geral, por gestores financeiros especializados.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Política de manutenção e conservação dos bens patrimoniais 
							A conservação e a manutenção dos bens patrimoniais são as 
tarefas que mais ocupam a gestão do patrimônio de uma empresa. Cada vez 
mais, principalmente em sistemas mais modernos de gestão da produção, a 
opção pela manutenção preventiva é considerada uma vantagem na 
diminuição dos custos de produção. 
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Isso acontece porque, quando aumentam as manutenções 
preventivas, ocorre uma diminuição das corretivas, diminuindo as paradas
 não programadas da produção e possíveis atrasos nos cronogramas de 
produção.
						
						
							
								
									
										
Fonte: ysuel/Shutterstock
										
									
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							A política de manutenção de um parque fabril deve ser 
projetada para atender às suas necessidades, observando as suas 
características. Para a tomada dessa decisão, é necessário conhecer os 
gastos que envolvem todo esse processo, sendo eles: o custo de 
manutenção em caso de quebra, o custo que será gerado pelo atraso na 
produção por conta do equipamento em manutenção e o custo da manutenção 
preventiva. 
							O custo da correção do 
equipamento e o da não produção são somados e representam a opção pelo 
não planejamento, ou seja, são todos os custos decorrentes da quebra do 
equipamento. 
							Esses custos não podem ser determinados com precisão, por 
isso, busca-se a faixa em que esses custos serão o mínimo possível. Esse
 ponto mínimo é quando o custo de fazer a manutenção preventiva se 
encontra com o custo de uma eventual quebra dos equipamentos. 
							Como exibido nas curvas a seguir, esse é o ponto em que o 
custo total se torna o menor, sendo esse o objetivo da política de 
manutenção de uma empresa.
							
								
									
Fonte: Martins e Campos, 2009.
									
								
							
							Como nosso objetivo é minimizar os custos gerais da empresa, é
 muito importante alcançar esse mínimo na manutenção dos bens 
patrimoniais. 
							Os principais gastos ligados à manutenção preventiva são: 
custo da mão de obra interna, dos materiais empregados nessa manutenção,
 dos sistemas informacionais da empresa, de serviços externos à empresa,
 de terceiros, e da existência de materiais em estoque para a 
substituição durante as manutenções. 
						
					
				
			
			
			
	
			
			
			
				
					
						
							
								
							
						
						
							
								
									Atenção
									Todos esses custos devem ser 
considerados durante o planejamento da frequência e da forma de 
manutenção preventiva do parque fabril.
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Em contraponto aos custos de uma manutenção preventiva, temos 
os de manutenção corretiva, que são: possível perda de produção por 
paradas para manutenções não programadas, de equipamentos inteiros em 
alguns casos, devido à deterioração pela impossibilidade do controle de 
certas especificações.
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								
							
						
			
						
							
								
									
										Exemplo
									
									Como exemplo, podemos citar o 
revestimento de fornos de fusão de metais, perda de qualidade nos 
produtos produzidos por questões relacionadas a falhas no processo não 
detectadas a tempo de serem corrigidas. 
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Além desses custos, temos ainda os de interrupção da produção e
 da imposição de multas contratuais por atrasos, além da perda de 
clientes em última instância.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Programas de quebras zero 
							Com o desenvolvimento dos sistemas integrados de produção, a 
busca por acabar com os estoques levou as empresas a melhorarem seus 
processos de produção.
						
					
				
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					Forte em Saint Tropez ao por do sol
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Para que os estoques sejam mínimos, ou mesmo zerados em alguns
 casos, é necessário que os equipamentos de produção sejam confiáveis. 
Com essa premissa, a política de manutenção chamada de quebra zero foi desenvolvida. 
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Essa forma de encarar a
 manutenção dos equipamentos levou os gestores a considerarem a 
possibilidade de manutenção preventiva como uma ferramenta essencial 
para o alcance desse objetivo.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Um programa chamado Total Produtive Maintenance (TPM), ou 
Manutenção Produtiva Total, foi desenvolvido abrangendo um conjunto de 
atividades voltadas para a manutenção e melhoria da produtividade dos 
bens patrimoniais utilizados no parque fabril. Esse programa visa 
assegurar que a produção não será interrompida por conta da quebra de um
 equipamento.
							
						
					
				
			
			
				
				
					
						
							
								Por esses motivos, uma política de manutenção é tão importante em uma empresa.
								
							
						
					
				
				
				
				
				
				
					
						
							
								Além da própria manutenção, devem ser levados em conta certos
 aspectos, como um parque fabril com mais máquinas de menor carga de 
uso, treinamento específico para os operadores voltado para o relato e a
 manutenção apropriada de pequenos consertos aos equipamentos, e um 
projeto robusto de todo o processo produtivo. 
							
						
					
				
				
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Para o alcance desses objetivos, podem ser usados softwares 
dedicados ao controle e planejamento de programas, como o TPM a ser 
implantado em uma empresa.
							Martins e Campos (2009) trazem o seguinte exemplo da implementação de um sistema TPM na fábrica da Pirelli em Izmit, Turquia. 
						
					
				
			
			
			
			
			
				
				
					
						
							
							Em menos de um 
ano, efeitos tangíveis começavam a surgir no resultado final e na 
eficiência da fábrica, com um ambiente muito mais limpo, redução nas 
paradas das máquinas, melhora dos processos produtivos e maior 
eficiência. Assim, hoje, a Pirelli inclui praticamente todas as suas 
fábricas no programa TPM.
							
							Martins e Campos (2009).
						
			
					
				
			
			
			
		
		
			
				
					
						Qualquer sistema moderno de manutenção preventiva está centrado
 na palavra “disponibilidade” e tem por objetivo básico atender bem ao 
cliente interno, vinculado ao sistema de produção da empresa. 
					
					
						
							
								
									
Fonte: Zapp2Photo/Shutterstock
									Forte em Saint Tropez ao por do sol
								
							
						
					
				
			
		
		
		
		
			
				
					
						Há algum tempo, a postura da manutenção
era apenas reativa. Com a mudança, duas alternativas de postura de conservação surgiram, sendo uma preventiva ou periódica, e a outra, preditiva ou monitorada. 
					
				
			
		
		
		
		
		
			
			
				
					
						
							
								
									
										
Zapp2Photo/shutterstock
										
											
											Na primeira, as manutenções são marcadas
 de forma rotineira, em intervalos constantes. Peças e ferramentas são 
trocadas de forma periódica, normalmente obedecendo às especificações 
dos fabricantes. 
										
									
								
							
		
							
								
							
		
							
								
									
										
Aunging/shutterstock
										
											
											Na segunda, os equipamentos são 
monitorados por sensores ligados a sistemas de Tecnologia da Informação 
(TI), que controlam a capacidade e longevidade dos equipamentos 
disparando alertas quando estes estão próximo ao colapso. 
										
									
								
							
						
					
				
			
		
		
		
		
		
		
			
				
					
						Esse sistema tem a restrição de possuir um custo muito elevado,
 inviabilizando o seu uso em todos os equipamentos da empresa e são, 
normalmente, usados apenas em equipamentos que representam gargalos ou 
pontos sensíveis da linha de produção.
					
				
			
		
		
		
		
		
									
				
				
				
				
			
		
		
		
		
		
		
			
				
					
						Inventário
						O inventário dos bens patrimoniais é um processo que acontece, 
no mínimo, anualmente. Essa obrigação de fazê-lo todo ano existe por 
conta do balanço patrimonial da companhia, que deve ter seus bens 
inventariados pelos gestores de bens patrimoniais e informados à 
contabilidade, para que esta proceda a possíveis ajustes em seus 
registros, por conta de alguma inconsistência existente. 
						As auditorias interna e externa fazem a conferência desse 
inventário durante seus trabalhos anuais de opinião sobre o balanço da 
empresa. Qualquer inconsistência ou mudança de critério de gestão será 
informado nas notas explicativas do balanço patrimonial da empresa.
					
				
			
		
		
		
		
		
			
				
					
						Mas o que é o inventário de bens patrimoniais de uma empresa e qual é o procedimento para a sua construção?
					
				
			
		
		
		
		
		
		
			
				
					
						Inventário é o processo de identificação e contagem dos bens 
patrimoniais de uma empresa, ele se assemelha ao inventário dos estoques
 que ocorre ao final de cada ano. 
						Em uma empresa bem estruturada, ele é constante e periódico, ou
 seja, existe um controle recorrente dos bens patrimoniais e uma 
testagem cíclica e periódica das condições e quantidades de bens 
patrimoniais na empresa. 
					
				
			
		
		
		
		
		
		
			
				
					
						
							
						
					
					
						
							
								Atenção
								Esse procedimento visa evitar a 
existência de discrepâncias entre os registros de controle e a 
existência de bens físicos na empresa. O controle e a testagem são de 
extrema importância, principalmente, em relação a equipamentos pequenos e
 portáteis, que podem ser facilmente extraídos da empresa sem que isso 
seja notado.
							
						
					
				
			
		
		
		
		
		
			
				
					
						Alguns desses equipamentos podem custar vultosas quantias e 
causar grandes prejuízos a empresa se dela extraídos sem autorização.
					
				
			
		
		
		
		
		
		
			
				
					
						O inventário anual serve apenas para atestar a
 quantidade de bens patrimoniais de uma empresa e se as depreciações ou 
exaustões estão dentro de um padrão aceito pelos controles legais da 
Receita Federal e dos órgãos competentes para tal. 
					
					
						
							
								
									
Fonte: Receita Federal
									
								
							
						
					
				
			
		
		
		
		
		
		
			
				
					
						O inventário constante e 
periódico, além de servir para a detecção de possíveis problemas 
antecipadamente ao inventário anual, serve como fonte de informações 
para os gestores tomarem uma considerável gama de decisões a respeito da
 gestão dos bens patrimoniais. 
						Uma dessas decisões a frequência com a qual se deve executar 
manutenções preventivas em determinada máquina, ou se ela terá sua 
depreciação acelerada por conta de características especiais. 
					
				
			
		
		
		
		
		
			
				
					
						Podemos ainda ter dois outros tipos de inventário: o inicial e o eventual.
					
				
			
		
		
		
		
		
			
				
					
						
							
								
									
										
											O inventário inicial 
pode acontecer quando uma empresa cria um novo centro de custos, por 
exemplo. Ao fazê-lo, é necessário identificar todos os equipamentos que 
farão parte, pois os custos de depreciação e de manutenção destes não 
mais serão alocados ao antigo centro de custos do qual faziam parte. 
										
									
								
							
							
								
							
							
								
									
										
											O inventário eventual
 acontece quando algum tipo de alteração é identificada na gestão desses
 equipamentos, e falta alguma informação importante para a tomada de 
decisão.
										
									
								
							
						
					
				
			
		
		
			
		
		
			
				
					
						Nesse caso, é feito um inventário para que as informações 
utilizadas na tomada de decisão sejam fidedignas, em outros termos, para
 que a decisão esteja baseada em declarações precisas e em tempo 
presente, evitando o uso de afirmações defasadas ou distorcidas.
	
						Muitas vezes, quando uma empresa é negociada, é feita uma due diligence, ou seja, uma investigação de como ela está financeiramente, e um dos principais itens avaliados são seus bens patrimoniais. 
					
				
			
		
		
		
		
			
			
				
					
						Due diligence 
						Procedimento semelhante à investigação, mas sem o objetivo e o poder de polícia, a due diligence
 é um processo de certificação das condições de uma empresa que contrata
 serviços. É realizado por um empresa externa às envolvidas no negócio, 
normalmente, uma consultoria especializada, que verifica a conformidade 
financeira e operacional da empresa que está sendo avaliada.
						
					
				
			
		
		
		
		
			
				
					
						Em algumas negociações, os 
bens patrimoniais representam a maior parte do custo de compra de uma 
empresa. O método de fazer esse levantamento e certificação é por meio 
de inventário eventual dos bens patrimoniais da empresa, no qual é 
verificado se os registros e os bens físicos estão em conformidade, e 
seu real estado de conservação e manutenção.
					
				
			
		
		
			
			
			
				
					
						
							Verificando o aprendizado
						
						
							
							
								
									
										
										
										
									
								
							
							
								ATENÇÃO!
								
								
									Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões:
								
							
						
						
						
							
								1.
 (FGV, 2016) O inventário físico de bens patrimoniais é um dos 
procedimentos necessários para que se faça um controle da existência e 
do estado dos referidos bens. Este inventário pode ser realizado de 
diversas formas. Suponha que determinado ambiente possua materiais de 
custo elevado e que, por essa razão, necessitem de um controle rígido, 
inclusive quanto ao seu rastreamento. Dentre os recursos mostrados a 
seguir, assinale o mais indicado para a realização do inventário físico 
desses itens:
Código de barras alfanumérico.
Código numérico com dígito de segurança.
Código de identificação por radiofrequência (RFID).
Código QR (Quick Response COde/ Resposta Rápida).
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Comentário
2.
 (UFGD, 2019) Conforme Viana (2000): “[...] O ritmo de desenvolvimento, 
imperativo para as grandes empresas, tem como consequência a alienação 
de objetos substituídos pela inovação tecnológica, além da geração de 
uma massa ditada pelo próprio desgaste natural dos materiais utilizados.
Assim, a geração de inservíveis compreende bens móveis, sucatas 
diversas, sucatas ferrosas, sucata de material nobre, materiais usados 
diversos, materiais obsoletos sem uso, equipamentos, máquinas diversas, 
veículos, materiais precário, materiais de pouco valor etc.” 
(VIANA, J., J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000)
Diante do exposto, acerca da obsolescência e alienação de materiais inservíveis, assinale a alternativa correta.
O material excedente são as peças sobressalentes de equipamentos aguardando uso.
O
 material obsoleto não possui condições de utilização, pois foi 
substituído por outro mais moderno, o seja, se tornou um bem 
antieconômico.
O material sucatado é aquele descartado devido à existência de outros similares com reposição mais vantajosa.
O
 material inservível é aquele que, em consequência do tempo de 
utilização, avaria ou deterioração, torna-se inútil ou de recuperação 
técnica e/ou economicamente inviável.
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Comentário
Gabarito1.
 (FGV, 2016) O inventário físico de bens patrimoniais é um dos 
procedimentos necessários para que se faça um controle da existência e 
do estado dos referidos bens. Este inventário pode ser realizado de 
diversas formas. Suponha que determinado ambiente possua materiais de 
custo elevado e que, por essa razão, necessitem de um controle rígido, 
inclusive quanto ao seu rastreamento. Dentre os recursos mostrados a 
seguir, assinale o mais indicado para a realização do inventário físico 
desses itens:
						
							A alternativa "C " está correta.
							
							Para um bom inventário, com as características de controle 
rígido e rastreamento, o RFID é o sistema que garante maior segurança. 
Isso está ancorado ao fato de que ele pode ser controlado a distância, e
 uma extração não autorizada pode ser identificada por sensores que 
dispararão alarmes de segurança.
						
					
2. (UFGD, 2019) 
Conforme Viana (2000): “[...] O ritmo de desenvolvimento, imperativo 
para as grandes empresas, tem como consequência a alienação de objetos 
substituídos pela inovação tecnológica, além da geração de uma massa 
ditada pelo próprio desgaste natural dos materiais utilizados. Assim, a 
geração de inservíveis compreende bens móveis, sucatas diversas, sucatas
 ferrosas, sucata de material nobre, materiais usados diversos, 
materiais obsoletos sem uso, equipamentos, máquinas diversas, veículos, 
materiais precário, materiais de pouco valor etc.” 
(VIANA, J., J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000)
Diante do exposto, acerca da obsolescência e alienação de materiais inservíveis, assinale a alternativa correta.
						
							A alternativa "B " está correta.
							
							Quando classificamos os materiais em função de sua situação 
patrimonial, eles podem ser: bom, ociosos, recuperáveis, antieconômicos,
 sendo que os bens obsoletos se encaixam na classificação de bens 
antieconômicos. Esses bens são assim denominados, pois seu custo de 
permanência em produção supera seus ganhos econômicos. Com essa 
condição, eles são substituídos por bens novos que garantem esse ganho 
econômico em grau superior aos seus custos.
						
					
							
						
						
						
							
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							E, com isso, você:
							 Identificou as classificações de gerenciamento de bens patrimoniais. 
							 Retornar para o
								início do módulo 2
							
						
					
				
			
		
			
			
		
			
			
				
					
						
							MÓDULO 3
							
						
						
							
						
						
							Reconhecer as diversas formas de avaliação dos bens patrimoniais
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Avaliação de bens patrimoniais (impairmemt e goodwill)
							Esse procedimento acontece anualmente, quando da execução do 
balanço patrimonial, momento em que ocorre, também, o inventário anual 
dos bens patrimoniais, chamado de impairmemt. 
						
					
				
			
			
			
			
			
				
				
					
						
							Impairmemt
							Essa palavra tem origem na língua inglesa e significa, 
literalmente, imparidade, prejuízo, dano, diminuição ou enfraquecimento.
 (Fonte: Google Tradutor) 
						
					
				
			
			
			
			
				
				
					
						
							Goodwill
							Palavra inglesa que significa boa vontade, benevolência. (Fonte: Google Tradutor)
							
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							
								
									
			
										
											
										
									
								
							
							
								As características do Goodwill w do Impairment.
											
							
			
							
								
									
								
							
						
					
			
					
					
						
							
								
							
			
							
								
							
			
							
								
								
							
			
						
					
				
			
			
			
			
										
					
					
					
vectorfusionart/Shutterstock
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Essa avaliação é feita sob a responsabilidade dos gestores dos
 bens patrimoniais da empresa ou por empresa externa especializada nesse
 tipo de avaliação. Não é obrigatória a contratação dessa empresa 
externa, sendo possível a confecção interna desse relatório quando a 
empresa dispõe de quadro de pessoal qualificado para tal atestação.
							O impairment 
anual é utilizado para a avaliação do valor de mercado de um bem 
patrimonial, para que julgamentos de viabilidade sejam feitos. Também é 
utilizado para a avaliação do patrimônio real da empresa, pois 
possibilita a redução do valor dos bens patrimoniais que não podem mais 
oferecer à empresa o retorno econômico esperado.
							Podem ser realizadas escolhas técnicas da viabilidade de 
manutenção ou troca de um determinado bem em uso na empresa. Essa é uma 
das formas de compor os valores para julgamento de bens recuperáveis, 
que sofreram avarias ou necessitam de upgrades.
							O goodwill é, aqui, utilizado para representar o efeito inverso do impairment. 
							Isso acontece quando um bem patrimonial recebe, na avaliação, 
um valor superior ao seu valor histórico subtraído da depreciação 
acumulada. Esse ágio é registrado nos controles de bens patrimoniais e 
refletido no balanço da empresa, aumentando, assim, o seu valor contábil
 e de mercado. Isso acontece quando um bem patrimonial recebe, na 
avaliação, um valor superior ao seu valor histórico subtraído da 
depreciação acumulada. Esse ágio é registrado nos controles de bens 
patrimoniais e refletido no balanço da empresa, aumentando, assim, o seu
 valor contábil e de mercado. 
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Ele é muitas vezes utilizado para melhorar a avaliação da empresa em momentos de requerimento de empréstimos e financiamentos.
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Essa prática é bastante comum em empresas do setor produtivo 
que já tiveram parte dos seus bens patrimoniais totalmente depreciados, 
mas que ainda os estão utilizando em sua produção com vantagens 
econômica comprovadas. 
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							
								
							
						
						
							
								
									Atenção
									Quando uma empresa utiliza o goodwill ou o impairment,
 os valores resultantes dessa aplicação devem ser controlados e farão 
parte dos registros e da gestão desses bens. A depreciação, amortização e
 exaustão desses bens devem levar em conta esse novo valor que o bem 
passou a ter.
								
							
						
					
				
			
			
			
				
					
						
							Os cálculos desses novos valores e as regras aplicáveis à cada caso concreto de goodwill
ou impairment
 são regidos pela NBC 02 (CPC 02- IASB – IAS36), que trata da redução ao
 valor recuperável de ativos. Essa norma, apesar de contábil, fornece 
uma gama de definições importantes para o gestor de patrimônio que 
supervisionará, ou realizará, a avaliação dos bens patrimoniais. 
						
					
				
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							A depreciação de bens patrimoniais
							Os bens patrimoniais sujeitos à depreciação são classificados 
como tangíveis. Depreciação é o processo de identificação dos custos que
 serão alocados à produção e ao produto final, compondo o seu custo 
total de produção, calculado de forma anual, podendo ser linear — pela 
soma dos dígitos — ou acelerada. 
							Sua alocação aos custos de
 produção pode ser mensal ou seguir outra periodicidade. Todavia, o 
processo é composto apenas por dividir o valor anual em parcelas 
menores, por exemplo, divisão em 12 partes iguais e sua alocação mensal.
							A forma de cálculo depreciável considera como valor-base o custo histórico do bem acrescido do goodwill ou subtraído do impairment,
 quando for o caso, descontado o valor residual final. Este é o provável
 valor de mercado do bem patrimonial ao fim do processo de depreciação, e
 deve ser descontado do valor depreciável, pois esse não será 
considerado como custo de produção.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Com o valor 
depreciável determinado, deve-se optar por uma das formas de 
depreciação. Iniciaremos com a forma mais comum de depreciação de um 
bem, que é a forma linear.
							
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							
							A taxa de depreciação de um bem pode ser escolhida livremente 
pela empresa para a sua tomada de decisão gerencial, considerando suas 
características e representando a melhor alocação de seu valor 
depreciável aos bens produzidos por esse bem em determinado período. 
						
					
				
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							
							No entanto, a Receita Federal determina que os bens 
patrimoniais devem seguir um padrão de taxa anual de depreciação, quando
 da opção pelo método linear de percentual anual que segue um padrão por
 categoria.
						
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Exemplos de categorias de bens patrimoniais e suas taxas de depreciação
						
					
					
					
						
							
								
										CATEGORIAS DE BENS PATRIMONIAIS TANGÍVEIS
	Espécie de Bens	Vida útil (anos)	Taxa anua
	Edifícios	25	4%
	Bens automotores	5	20%
	Caminhões fora de estrada	4	25%
	Máquinas e equipamentos em geral	10	10%
	Construções pré-fabricadas	25	4%
	Bibliotecas	10	10%
	Britadores	5	20%
	Instalações elétricas	5	20%
								
			
								
									
										 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
								
							
						
					
				
			
		
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							O cálculo para a depreciação linear é 
bastante simples. Calcula-se o valor depreciável de um bem e aplica-se o
 percentual de depreciação anual conforme a categoria que o bem se 
enquadra, ou divide-se o valor depreciável do bem pelo número de anos da
 vida útil desse, conforme recomendado pela tabela da Receita Federal.
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								
							
						
			
						
							
								
									
										Exemplo
									
									Um exemplo é a depreciação de um 
equipamento utilizado para a produção de peças metálicas com valor de 
compra de R$100.000,00 e vida útil de 5 anos. Esse valor engloba todos 
os custos desembolsados para a colocação em uso do equipamento, como 
fretes, impostos não recuperáveis e outros custos diretos. 
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							O valor que o equipamento terá ao final de sua vida útil é de 
R$10.000,00, já descontado todos os custos de desmontagem e venda. Com 
esses dados, os cálculos serão:
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Valor histórico do equipamento = 100.000,00
Valor residual = 10.000,00
Valor depreciável = 100.000,00 – 10.000,00 = 90.000,00
Vida útil do bem = 5 anos
Valor de depreciação anual = Valor depreciável/número de anos depreciáveis
Valor de depreciação anual = 90.000,00/5 anos
Valor de depreciação anual = 18.000,00 anual
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Qualquer outro equipamento ou demais bens patrimoniais 
tangíveis seguirão esse padrão de cálculo, variando apenas os 
percentuais anuais de depreciação.
							A depreciação pelo método das somas dos dígitos
 privilegia a alocação de maior quantidade de custos aos produtos quando
 o bem é mais novo, e uma menor alocação de custos quando os bens estão 
mais desgastados. 
							Esse tipo de depreciação 
tenta equilibrar os custos que serão alocados aos produtos, pois 
considera que quanto mais usado o bem, mais necessitará de manutenção, 
aumentando, assim, os gastos dispendidos em manutenção e conservação. O 
cálculo dessa depreciação é um pouco mais complexo que o da depreciação 
linear, mas não tem segredos.
							Com o valor depreciável já calculado, identifica-se a vida 
útil do bem em anos. Essa quantidade de anos é somada, considerando cada
 ano como um valor em si. Por exemplo, em uma vida útil de 5 anos, 
somam-se os anos 1+2+3+4+5, perfazendo um total de 15. 
						
					
				
			
			
			
			
			
			
										
					
					
					
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							Após encontrar essa soma, o valor depreciável deve ser 
dividido por esse fator. O valor encontrado deve ser multiplicado pelo 
número de anos que falta para depreciar somando mais 1. 
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								
							
						
			
						
							
								
									
										Exemplo
									
									Por exemplo, no primeiro ano de 
depreciação, como ainda faltam 4 anos para depreciar, soma-se mais 1, 
perfazendo um total de 5. Esse valor é multiplicado ao valor encontrado 
na divisão do valor depreciável pelo fator da soma dos anos, informando,
 assim, o valor depreciável nesse anos.
								
							
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Vamos demonstrar esse cálculo utilizando o mesmo exemplo da depreciação linear.
						
					
				
			
			
			
			
			
				
					
						
							Valor histórico do equipamento = 100.000,00
								Valor residual = 10.000,00
								Valor depreciável = 100.000,00 – 10.000,00 = 90.000,00
								Vida útil do bem = 5 anos
								Fator da soma dos anos = 1+2+3+4+5 = 15
								Valor depreciável dividido pelo fator da soma dos anos = 90.000,00 / 15 = 6.000,00
								
								Cálculo da depreciação do primeiro ano = Nº de anos que falta depreciar + 1* “Valor depreciável/Fator”
								Cálculo da depreciação do primeiro ano = (4+1) *6000,00 = 30.000,00
								No segundo ano, teremos = (3+1) *6000,00 = 24.000,00
								No terceiro ano, teremos = (2+1) * 6.000,00 = 18.000,00
								No quarto ano, teremos = (1+1) * 6.000,00 = 12.000,00
								No quinto ano, teremos = (0+1) * 6.000,00 = 6.000,00
								Total depreciado ao final da vida útil = 30.000,00 + 24.000,00 + 18.000,00 + 12.000,00 +6.000,00 = 90.000,00
								
						
					
				
			
			
			
			
			
			
				
					
						
							
							Por fim, o método de depreciação acelerada, 
normalmente, segue um cálculo de depreciação linear, apenas diminuindo a
 vida útil do bem, o que acarreta um maior valor de custo alocado aos 
produtos produzidos. 
						
					
				
			
			
			
			
				
					
						
							
								
								
							
						
			
						
							
								
									
										Exemplo
									
									Como exemplo, podemos considerar o 
equipamento

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