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Artigo PI- Ana Carolina B Martinuzzi

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PROTEÇÃO AO IDOSO E A UTILIZAÇÃO DOS SEUS RECURSOS
FINANCEIROS E BENS PATRIMONIAIS ANTES E DURANTE A PANDEMIA DO
COVID-19 NA CIDADE DE SANTIAGO/ RS 1
Ana Carolina Beltrão Martinuzzi2
RESUMO: Este artigo é um estudo sobre a violência financeira contra o idoso, essa muitas
vezes praticada na própria família. A metodologia do trabalho foi documentos públicos e
literários, e analisar a existência, tipos e meios necessários para combater os abusos
financeiros contra os idosos. Essa categoria de violência contra o idoso é uma violência
baseada na exploração ilegal com ou sem o consentimento da pessoa idosa em visão de seus
recursos financeiros e patrimoniais, é compreendida como sendo um resultado sob pressão
de chantagem ou ameaças para que sejam cedidos os bens ou o dinheiro do idoso, isso existe
de várias maneiras como por meio de testamento, doações, retenção de cartão e outros. Além
disso, tem como principal característica ser muito praticado no meio familiar em que os
parentes ou cuidadores do idoso se apropriam da poupança ou do rendimento do mesmo para
consumo próprio enquanto que o idoso não utiliza seu benefício material como de direito.
PALAVRAS-CHAVE: Violência financeira, idosos, direitos, exploração
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Segundo a lei número 10.741 de primeiro de outubro de 2003, e ao Princípios
das Nações Unidas para as Pessoas Idosas, o idoso goza de todos os direitos
fundamentais e além deles alguns específicos como a segurança a vida, saúde,
alimentação, liberdade, dignidade e respeito, além da garantia de não ser objeto de
negligência, descriminação, violência ou opressão por ação ou omissão, contudo
devido ao crescimento do grupo das pessoas idosas, houve um necessário aumento
de assistência e seguridade social.
Devido a isso, se faz necessário estudar a proteção jurídica do idoso devido a
ser notória a significativa parcela de idosos abusados financeiramente pela sua
própria família, que foi preocupadamente agravada em razão da pandemia do
covid-19, onde muitos se tornaram a única fonte de renda de sua casa. Devido a
isso, se faz necessário compreender a utilização dos recursos e bens patrimoniais
patrimoniais dos idosos durante a pandemia, identificar as principais causas, bem
como as particularidades do possível abuso financeiro, e seus fatores; comparar se
o endividamento da população idosa se agravou durante a pandemia da covid-19 e
2 O autor é graduando de Direito na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões -
URI - Câmpus de Santiago, RS. Email: beltraomartinuzzi@gmail.com
1 Trabalho da disciplina de Projeto Integrador do curso de Direito da Uri Câmpus Santiago
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buscar meios de proteção, como alertar a população, e os canais de apoio e
denuncias, garantindo assim sua proteção e integridade.
DESENVOLVIMENTO
Crimes financeiros cometidos contra as pessoas idosas recaem em duas
categorias: as supostas fraudes cometidas por estranhos, e a possível exploração
financeira cometida pela família. Neste artigo busca-se estudar a segunda categoria,
assim sendo, pelos parentes do idoso. A família encontra-se numa posição de
confiança para com os idosos, tornando-se assim mais acessível a utilização dos
recursos financeiros, propriedades, ou valores pertencentes aos mesmos a seu
benefício próprio e prejuízo da pessoa idosa, o que caracteriza uma exploração
financeira, e a mesma acarreta uma série de outros problemas contra a pessoa
idosa, como o abuso físico, emocional, a negligência de cuidados básicos e em
certos casos até mesmo a violência sexual. Ou seja, o inimigo financeiro do idoso
pode estar junto a ele no mesmo cômodo familiar.
Os familiares fazem uso de táticas como o engano, a coação, a intimidação e
chantagem emocional que muitas vezes se dá através da promessa de cuidados até
o final da vida do idoso, porém ao invés disso, o mesmo passa a ser explorado
financeiramente, a benefício da família.
As questões relativas ao consentimento, ou a entrega voluntária dos
benefícios torna, muitas vezes, a investigação e identificação desses casos mais
difíceis, já que estruturalmente na sociedade percebe-se um constante hábito de
troca, onde ao cuidar do idoso, a pessoa busca receber algo em troca, seja durante
a fase de cuidados, ou após o falecimento do idoso. Vale ressaltar também, que
inicialmente a família pode ser afetuosa, e possuir um vínculo de confiança e
cuidado para com o idoso, porém ao surgir a oportunidade da usurpação financeira,
esse vínculo é rapidamente quebrado.
Segundo o psicólogo Fernando Genaro, (2013) “ quando se perde a
dimensão ética do que o outro significa e o que é o idoso, geralmente se instauram
as violências”
É possível identificar o uso indevido dos bens, como exploração
quando:
Um parente, sem recursos substanciais apontados demonstra
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excessivo interesse nas finanças do idoso.
Um parente mostra constante preocupação em relação aos gastos
básicos do idoso, e demonstra relutância ao gastar com os mesmos.
Quando o local, e cuidados que o idoso está/ recebe são incoerentes
com sua renda e/ ou bens patrimoniais.
Quando o idoso demonstra certa confusão sobre gastos ou dinheiros
desaparecidos.
Quando ao ir no banco, o idoso é acompanhado por um familiar, e
demonstra certo medo ou nervosismo.
Quando existe movimentação anormal na conta do idoso, e grande
criação de contas conjuntas.
Quando é feito um testamento, ou procuração sem o conhecimento
total do idoso do que ali diz e consta. (GENARO, 2013)
Diante disso, fica perceptível, que a maioria das famílias que cometem esse
tipo de violência são marcadas pela instabilidade financeira, geralmente com filhos e
netos, que não possuem emprego ou renda fixa, e não demonstram apoio ou
responsabilidade para com o idoso.
Logo, é possível constatar grande intensificação desse problema durante a
pandemia da covid- 19, onde muitas pessoas perderam os empregos, e os idosos
tornaram se os únicos responsáveis pela renda total mensal da família, sendo assim,
mais suscetíveis e vulneráveis a essa exploração e uso indevido de seus benefícios,
principalmente, nas famílias e localidades mais humildes e de baixa renda, Nessas
circunstâncias muitas vezes o idoso torna-se invisível socialmente, sendo deixado
de lado mesmo com suas debilitações físicas e emocionais, e passando assim, a
não ser mais considerado um membro da família.
Segundo Pérola Melissa V. Braga(2011): “o idoso deve ser valorizado e
reconhecido como ser humano, ou seja, ele deve ter o direito de desfrutar de
qualidade de vida e de exercer sua cidadania, liberdade e autonomia”.
Seguindo essa mesma linha, vale ressaltar o que consta no artigo 230 da
Constituição Federal( BRASIL, 1998): “A família, a sociedade e o Estado têm o
dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade,
defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito”.
Assim, decorre que a família, o estado e o poder público, possuem a
responsabilidade de amparar o idoso, e lhe garantir condições apropriadas para
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uma vida digna
A pandemia da covid- 19 despertou uma grave crise econômica que
acometeu a renda de notável parte dos brasileiros e ocasionou o aumento do
número de desempregados. Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Brasil,2020), em parceria com a Offerwise Pesquisas 91% dos brasileiros com mais
de 60 anos contribuem financeiramente para o sustento da casa, sendo que 52%
são os principais responsáveis do mesmo, um aumento de 9 pontos percentuais
em relação a 2018, onde o dado era de 43%.
Expondo assim, que há demasiados casos em que a arrecadação do
aposentado é a exclusiva disposição para sustentar o domicílio de uma família que
perdeu emprego, em especial nos momentos de altos índices de desemprego.
A mesma pesquisa citada acima mostra que, dentre os idosos responsáveis
pelo sustento familiar 51% precisaram fazer empréstimos, utilizar cartão de crédito
ou cheque especial para pagar as contas e conseguir cumprir os compromissosmensais do lar.
Essas famílias são demasiadamente pobres, marcadas pela desigualdade
social e econômica, e dependem muitas vezes somente dos benefícios estatais
desses idosos, um valor muito baixo. Consequentemente, muitas vezes, essas
pessoas no âmbito familiar acabam depositando expectativas que despersonalizam
o idoso, onde o mesmo passa a ser uma fonte de renda e dinheiro, e não mais um
ente querido na família que precisa ser compreendido diante de suas necessidades
básicas e situação peculiar da idade. Esta despersonalização acaba gerando
violências contra a pessoa idosa, sendo ela principalmente patrimonial, onde a
família muitas vezes detém documentos e cartões de benefícios/ crédito do idoso,
e utiliza os mesmos para fazer empréstimos no nome dos idosos. Segundo
pesquisa da CNDL/SPC(2020) Brasil 26% dos idosos já fizeram empréstimo
pessoal ou consignado em seu nome para emprestar o dinheiro a terceiros, e na
maior parte o mesmo foi feito a pedido dos filhos.
Adriana Barreto alerta(2017): "A idade avançada traz consigo a diminuição ou
perda de determinadas aptidões físicas ou intelectuais que tornam o indivíduo mais
suscetível a práticas abusivas e até mesmo a fraudes."
Assim, traz à tona que, a idade avançada traz ao indivíduo diminuição de
suas capacidades físicas e intelectuais, o tornando mais suscetível a hábitos
abusivos e até mesmo a truques fraudulentos, ou seja, mais vulnerável e frágil a
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essas situações. Essas práticas econômicas predatórias, que muitas vezes causam
o endividamento se aproveitam também, de uma ausência de conhecimento frente
às questões jurídicas, contratuais e financeiras, já que sem o conhecimento dos
mesmos, torna-se difícil a pessoa idosa acessar os órgãos de proteção aos direitos
como defensorias públicas e Procons de seu município, e sem esse mínimo acesso
não é possível o idoso se proteger, e de certa maneira, disciplinar sua família para
que não sofra decadências por práticas abusivas.
Diante da dupla vulnerabilidade dos idosos a acadêmica realizou uma
pesquisa de dados nas informações concedidas pelo órgão de proteção do
consumidor da cidade de Santiago, o PROCON MUNICIPAL.
Percebeu-se uma grande demanda de consumidores em busca deste órgão,
ao todo as reclamações durante a pandemia da Covid- 19 somam 201, entre
ouvidorias e o site consumidor.gov. Também foi possível constatar que a grande
maioria dos atendimentos se refere às financeiras de empréstimos em bancos,
algumas vezes de forma indevida pelo mesmo, ou em outras, onde o idoso acaba
sem seu direito ou razão pois foi feito por outras partes interessadas sem informe ao
mesmo.
Assim sendo, fica evidente a grande importância desse órgão na cidade de
Santiago- RS, já que além dos atendimentos, o mesmo também realiza palestras e
campanhas preventivas com finalidade de orientação.
Adriana Barreto, fala também:
A proteção econômica não é única. A manutenção da dignidade da
pessoa humana passa a ser regra, pelo resgate da inclusão social.
Tratando-se, portanto, de consumidor idoso, sua vulnerabilidade é
potencializada. Potencializada pela vulnerabilidade fática e técnica,
pois é um leigo frente a um especialista organizado em cadeia de
fornecimento de serviços, um leigo que necessita de forma
premente dos serviços, muitas vezes frente à doença ou à morte
iminente, e que deve, tal qual se busca, ser respeitado a fim de que
finalmente seja alcançada a tão almejada Justiça.(2017)
Segundo ela, o STF já vem se fazendo a par da situação de fragilidade social
e necessidade de amparo, onde os idosos se destacam em um subgrupo de sujeitos
denominados de hipervulneráveis.
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Nas populações mais carentes, onde a renda do idoso é mais significativa,
essas vulnerabilidades tendem a ser maiores, e após a situação de
superendividamento as mesmas tendem a buscar a obtenção de outros meios, em
razão disso, se faz necessário a obtenção de mecanismos jurídicos inovadores que
compreendam a complexidade do superendividamento sofrido pela pessoa idosa, e
que disponibilizem meios para evitar esse problema.
A proteção dos idosos deve ser feita por meio de políticas públicas com
finalidade de sua integração social e solidariedade entre as diferentes gerações, e
que impeçam o idoso de sofrer violências de qualquer natureza e de qualquer
pessoa.
Diante da problemática vivenciada foi criada a Lei n° 8.842, de 04/01/1994,
que dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e
tem por objetivo assegurar os direitos sociais do mesmo, criando condições para
promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.
Para que a política nacional de proteção ao idoso seja concretizada se faz
necessário a conscientização da população sobre quem é a pessoa idosa, seus
principais direitos, e como agir com o mesmo. Devido a isso percebe-se a
importância de campanhas educativas que ajudem e informem a população geral,
que devem ser colocadas em prática através da união de município, estado e
federação..
O estatuto do idoso LEI N o 10.741, DE 1o DE OUTUBRO DE 2003. garante
direitos e afirma penalidades contra a violência financeira através dos seguintes
artigos:
Art. 102 que põe a revisão do crime de violência financeira e tem como pena
reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. “Apropriar-se de ou desviar bens,
proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação
diversa da de sua finalidade”:
Art. 104 especifica o uso indevido de terceiros sobre o salário ou
aposentadoria dos idoso e prevê detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e
multa. “Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos
ou pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de
assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida”
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Art. 106. “Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar
procuração para fins de administração de bens ou deles dispor livremente”: reclusão
de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Art. 107. “Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou
outorgar procuração”: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Os artigos 106 e 107 orientam sobre o ato de fazer uma procuração para fins
ilícitos, já que com a mesma a pessoa idosa que não quiser ou que for considerada
incapaz de gerir seus bens transfere seus direitos para outra pessoa, se tal pessoa
induzir ou obrigar a pessoa idosa a assinar uma procuração há punição.
Art. 108 trata de documentos como testamentos que só devem ser assinados
com o consentimento do idoso e possui como pena reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro)
anos. “Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus
atos, sem a devida”
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essa categoria de violencia contra o idoso é uma violência baseada na
exploração ilegal com ou sem o consentimento da pessoa idosa em visão de seus
recursos financeiros e patrimoniais, é compreendida como sendo um resultado sob
pressão de chantagem ou ameaças para que sejam cedidos os bens ou o dinheiro
do idoso, isso existe de várias maneiras como por meio de testamento, doações,
retenção de cartão e outros.
Além disso, tem como principal característica ser muito praticado no meio
familiar em que os parentes ou cuidadores do idoso se apropriam da poupança ou
do rendimento do mesmo para consumo próprio enquanto que o idoso não utiliza
seu benefício material como de direito.
Desta forma, conclui-se que a violência intrafamiliar contra a pessoa idosa é
um problema complexo e social, pois desafia o exercício dos órgãos públicos de
combater as agressões desumanas e indignas praticadas contra o mesmo, e
proteção dos idosos deve ser feita por meio de políticas públicas com finalidade de
integração social entre as diferentes gerações, e que impeçam o idoso de sofrer
violências de qualquer natureza e de qualquer pessoa.
Devido a isso, se faz necessário a conscientização da população sobre quem
é a pessoa idosa, seus principais direitos, e como agir com o mesmo. Diante disso,
percebe-se a importânciade campanhas educativas que ajudem e informem a
população geral, que devem ser colocadas em prática através da união de todas as
esferas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Civil Brasileiro. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 10 jan 2002. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm>. Acesso em:
10 jun. 2021.
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Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2008. BRAGA, Pérola Melissa Vianna.
Curso De Direito Do Idoso. São Paulo, Atlas, 2011.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm
9
BRASIL. LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003. Dispõe sobre o Estatuto do
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Federativa do Brasil, Brasília, DF, 01 out de 2003.
BRASIL. Constituição Federal da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da
União 1988. Disponível em: <http://www.truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html>.
Acesso em: 29 nov. 1998.
BRASIL. Código Civil Brasileiro. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 10 jan 2002. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2021.
BRASIL. LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003. Dispõe sobre o Estatuto do
Idoso e dá outras providências sobre a pessoa idosa. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 01 out de 2003.
BRASIL. LEI Nº 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994. Dispõe sobre a política nacional
do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências em relação à
pessoa idosa. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 04 jan
de 1994
_______. Lei no 10.741, 01 de outubro de 2003. Estatuto do Idoso. In: Vade Mecum.
4. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
_______. Lei nº 8.842, de 04 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a política nacional do
idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Disponível em: .
Acesso em: 10 jun. 2021.
http://www.in.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?ld=LEI%209887>.Acesso em: 18 jun.
2021.
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https://popcenter.org/sites/default/files/problems/pdfs/portuguese/crimes-financ
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aponta especialista [ 2017]. Disponível em:
https://www.migalhas.com.br/quentes/270855/consumidor-idoso-e-hipervulnera
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MINAYO, M. C. S. Violência contra Idosos: o avesso do respeito à experiência e à
sabedoria. [S. l.]: Secretaria de Direitos Humanos, 2005
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https://infograficos.estadao.com.br/focas/planeje-sua-vida/violencia-financeira-u
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16
10
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idoso/cuidador em convivência familiar. Textos sobre envelhecimento, Rio de
Janeiro, v.7, n. 2, 2004
 
 
 Estado do Rio Grande do Sul 
 Sistema Municipal de Defesa do Consumidor 
 Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor 
 PROCON/SANTIAGO 
 
 
 
PESQUISA DE CAMPO 
Local: Procon Municipal de Santiago-RS 
Data: 25/05/2021 
Acadêmica: Ana Carolina Beltrão Martinuzzi 
 
O Procon Santiago/RS, é um órgão municipal de proteção de defesa do consumidor que 
atua em nosso município atendendo demandas da comunidade local e regional desde ano de 
2000. 
Atualmente o órgão é coordenado pela advogada, Lívia Nascimento de Oliveira Martins, 
e tem como estagiarias as acadêmicas de Direito da URI Campus Santiago, Thaís Dalenogare 
Flores e Alice Vargas Velmude, acadêmicas do 7° semestre de Direito Diurno. 
A acadêmica do 1° semestre de Direito Diurno, Ana Carolina Beltrão Martinuzzi, 
compareceu no Procon de Santiago dia 24/05/2021 e 25/05/2021 para fazer uma pesquisa de 
campo referente ao percentual de atendimentos a idosos endividados na época de pandêmica 
do COVID-19. 
Com isso, foi disponibilizado à acadêmica arquivos de dados do Procon Municipal com 
todas as reclamações recebidas entre março de 2020 até a data atual da pesquisa, totalizando 
201 (duzentos e um) consumidores idosos endividados que buscaram ajuda neste órgão. 
Em anexo está planilha feita pela Acadêmica com os dados disponibilizados pelo 
Procon- Santiago/RS. 
 
mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20 - 
X x x x x x x x x 14 ouv. 
X x x x x x x x x x p. acordo 
9 x 6 5 5 7 8 9 12 5 Cons.gov 
 
jan/21 fev/21 mar/21 abr/21 mai/21 - 
32 15 16 23 13 ouv. 
x x x x x p.acordo 
3 5 6 7 1 cons.gov 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL GERAL 
Ouvidorias - 113 - 
Pedido de Acordo - 0 Todas Reclamações durante a 
Pandemia - 201 
Consumidor.gov - 88 - 
 
 
 Estado do Rio Grande do Sul 
 Sistema Municipal de Defesa do Consumidor 
 Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor 
 PROCON/SANTIAGO 
 
 
 
_______________________________________ 
LIVIA NASCIMENTO DE OLIVEIRA MARTINS 
Coordenadora Executiva do Procon Santiago-RS

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