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Prova Discursiva PC-CE: Orientações e Avaliação

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Ebook • Professor Gustavo Brígido 
DISCURSIVAS PC-CE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ebook • Professor Gustavo Brígido 
DISCURSIVAS PC-CE 
DISCURSIVAS PC/CE 
PROFESSOR GUSTAVO BRÍGIDO 
 
PARTE I – ORIENTAÇÕES DO EDITAL 
9.11 DAS PROVAS DISCURSIVAS 
9.11.1 Serão aplicadas provas discursivas, de caráter eliminatório e classificatório, a todos os 
cargos, no mesmo dia e horário previsto no subitem 9.14.1 deste Edital de realização das 
provas objetivas, constituídas de 4 (quatro) questões, a respeito de tema constante do 
conteúdo programático de conhecimentos específicos, constante do Anexo II deste Edi-
tal. 
9.11.2 A prova discursiva terá o valor de 100 (cem) pontos, com valor de 25 (vinte e cinco) 
pontos cada questão. 
 
9.11.4 A resposta à prova discursiva deverá ser manuscrita em letra legível, com caneta es-
ferográfica de corpo transparente, de ponta grossa e de tinta azul ou preta, não sendo permi-
tida a interferência e/ou a participação de outras pessoas, salvo em caso de candidato que 
tenha solicitado tratamento diferenciado para este fim, nos termos deste Edital. Neste caso, 
o candidato será acompanhado por um fiscal do IDECAN devidamente treinado, para o qual 
deverá ditar o texto, especificando oralmente a grafia das palavras e os sinais gráficos de 
pontuação. 
 
9.11.5 A folha de textos definitivos da prova discursiva será fornecida juntamente com a folha 
de respostas da prova objetiva de múltipla escolha no dia de realização das provas, devendo 
o candidato, ao seu término, obrigatoriamente, devolver ao fiscal a folha de respostas (prova 
objetiva) e a folha de textos definitivos (prova discursiva), ambas devidamente assinadas, 
apenas, no local indicado. 
9.11.6 A folha de textos definitivos da prova discursiva será o único documento válido para a 
avaliação desta prova. O espaço reservado no caderno de provas para rascunho é de preen-
chimento facultativo e não valerá para tal finalidade. 
 
 
 
 
 
 
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Ebook • Professor Gustavo Brígido 
DISCURSIVAS PC-CE 
9.11.8 Quando da realização da prova discursiva, o candidato não poderá efetuar consulta a 
quaisquer fontes ou meios de consulta para auxílio na elaboração da dissertação. 
9.11.9 O candidato deverá observar atentamente as orientações de transcrição da sua res-
posta quando da realização da prova discursiva. Aquele que não observar tais orientações 
receberá nota 0 (zero), sendo vedado qualquer tipo de rasura e/ou adulteração na identifica-
ção das páginas, sob pena de eliminação sumária. 
 
9.11.10 O candidato, ao término da realização da prova discursiva, deverá, obrigatoriamente, 
devolver a folha de textos definitivos, sendo obrigatória a retirada e o depósito em envelope 
específico da folha de identificação anexa, pelo fiscal de sala. 
9.11.11 A prova discursiva destinar-se-á a avaliar o domínio do conteúdo dos temas aborda-
dos, a experiência prévia do candidato e sua adequabilidade quanto às atribuições do cargo. 
A resposta deverá conter a extensão mínima de 10 (dez) e máxima de 15 (quinze) linhas 
para o texto, sendo atribuída nota 0 (ZERO) ao texto que não respeitar o limite mínimo de 
linhas. 
9.11.11.1 As linhas que excederem ao limite máximo serão desconsideradas para fins de 
pontuação, bem como qualquer fragmento de texto que for escrito fora do local apropriado ou 
que ultrapassar a extensão máxima permitida. 
 
9.11.12 Para efeito de avaliação da prova discursiva serão considerados os seguintes ele-
mentos de avaliação: 
 
 
 
 
 
 
 
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DISCURSIVAS PC-CE 
9.11.12.2 Por linha efetivamente escrita, entende-se a linha com no mínimo duas palavras 
completas, excetuando-se preposições, conjunções e artigos. 
 
9.11.13 Será atribuída nota ZERO à prova discursiva do candidato que: 
a) não observar as orientações presentes no caderno de questões; 
b) contiver identificação fora do local apropriado; 
c) apresentar textos sob forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, números 
e palavras soltas ou em versos); 
d) estiver em branco; 
e) fugir à modalidade de texto solicitada e/ou ao tema proposto; 
f) apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato; 
g) for escrita a lápis, em parte ou em sua totalidade; 
h) apresentar letra ilegível e/ou incompreensível; e 
i) apresentar texto escrito com expressões injuriantes, discriminatórias ou abusivas. 
 
9.11.14 A mera referência a artigo de lei ou reprodução de seu texto, por si só, não garan-
tem a pontuação ao candidato. 
 
PARTE II – DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: 1. Estado e Constituição. 1.1. Constituição: con-
ceito, conteúdo, objeto e classificação. 1.2. Poder constituinte originário, derivado e de-
corrente. 1.3. Supremacia constitucional e hermenêutica constitucional. 2. Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988. 2.1. Preâmbulo e princípios fundamentais. 2.2. Dig-
nidade da pessoa humana e direitos humanos. 2.3. Dimensões dos direitos humanos 
no Brasil. 3. Direitos e garantias fundamentais. 3.1. Direitos e deveres individuais e coletivos, 
direitos sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos, partidos políticos. 4. Aplicabili-
dade das normas constitucionais. 4.1. Normas de eficácia plena, contida e limitada. 4.2. Nor-
mas programáticas. 4.3 Controle de constitucionalidade no Brasil. 4.3.1 Controles difuso 
e concentrado de constitucionalidade: ADI, ADC, ADPF e reclamação constitucional. 5. 
 
 
 
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Ebook • Professor Gustavo Brígido 
DISCURSIVAS PC-CE 
Remédios constitucionais: habeas data, habeas corpus, mandado de segurança, ação 
popular e mandado de injunção. 6. Organização político-administrativa do Estado. 6.1. 
Estado federal brasileiro, União, Estados, Distrito Federal, Municípios e Territórios. 7. 
Administração pública. 7.1. Disposições gerais, servidores públicos. 8. Poder Executivo. 8.1. 
Atribuições e responsabilidades do presidente da República. 9. Poder Legislativo. 9.1. Estru-
tura. 9.2. Funcionamento e atribuições. 9.3. Processo legislativo. 10. Poder Judiciário. 10.1. 
Disposições gerais. 10.2. Órgãos e competências do Poder Judiciário. 10.3 Supremo Tribunal 
Federal. 10.3.1 Composição, estrutura e competências. 10.3.2. Súmulas Vinculantes e Re-
percussão Geral. 10.4. Superior Tribunal de Justiça. 10.4.1 Composição, estrutura e compe-
tências. 11. Funções essenciais à Justiça: Advocacia, Ministério Público, Advocacia Pública 
e Defensoria Pública. 12. Defesa do Estado e das instituições democráticas. 12.1. Segurança 
pública. 12.2. Organização da segurança pública. 13. Da Ordem Econômica e Financeira. 
13.1. Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica. 14. Da Ordem Social. 14.1. Base e ob-
jetivos da ordem social. 14.2. Seguridade social. 14.3. Meio ambiente. 14.4. Família, criança, 
adolescente, idoso e índio. 
 
TOP 5 DOS TEMAS 
1. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
2. PODER CONSTITUINTE 
3. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DIREITOS HUMANOS 
4. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
5. DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Pressupostos e princípios norteadores. 
O estudo do Controle de Constitucionalidade parte de dois pressupostos básicos, bem 
como de seus princípios norteadores. São pressupostos do controle de constitucionali-
dade a supremacia de Constituição e a rigidez constitucional. São princípios norteado-
res do controle de constitucionalidade a unidade do ordenamento jurídico,a presunção 
de constitucionalidade e a dignidade da pessoa humana. 
 
 
 
 
 
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DISCURSIVAS PC-CE 
TIPOS DE INCOSNTITUCIOBNALIDADE 
O estudo do controle de constitucionalidade perpassa pela identificação dos tipos de in-
constitucionalidade: formal ou material, total ou parcial, por ação ou por omissão. A partir da 
aferição do vício, pode-se passar para o instrumento processual adequado para sanar tal 
problema, bem como aferir os efeitos de cada decisão. 
 
A inconstitucionalidade formal divide-se em subjetiva ou objetiva. A subjetiva decorre 
de vício de iniciativa ou de competência. Dentre os principais vícios de iniciativa, deve-se 
destacar aqueles relacionados à propositura de emenda à Constituição, nos termos do artigo 
60, I, II e III, da CRFB/88, bem como das hipóteses de iniciativa privativa do Presidente da 
República, nos termos do parágrafo 1º, do artigo 61, da CRFB/88. 
 
Em razão do princípio da simetria federativa, as mesmas competências privativas do Pre-
sidente da República estendem-se aos Governadores e aos Prefeitos. Essencial que se des-
taque que eventual vício de iniciativa não será convalidado por posterior sanção do chefe do 
poder executivo. 
 
Quanto ao vício formal objetivo, trata-se de vício no rito, no procedimento, nas demais 
fases do processo legislativo, a exemplo do desrespeito ao quórum necessário para aprova-
ção de determinado projeto de lei: maioria absoluta, para as leis complementares; maioria 
simples, para as leis ordinárias; maioria qualificada, de 3/5 dos votos dos membros da Câ-
mara dos Deputados e do Senado Federal, em dois turnos de votação, para as emendas 
constitucionais. 
 
Merece destaque a doutrina do professor e ministro do STF Luís Roberto Barroso, se-
gundo a qual a inconstitucionalidade formal pode ser orgânica, quando decorrer de vício 
de competência, ou propriamente dita, em caso de inconstitucionalidade nos demais atos 
do processo legislativo, inclusive nos vícios de iniciativa, no que difere da classificação dou-
trinária clássica. 
 
 
 
 
 
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A inconstitucionalidade também poderá ser material, quando decorrer de problemas 
relacionados ao conteúdo do projeto de lei, podendo ser ofensivo tanto às regras quantos aos 
princípios norteadores do ordenamento jurídico brasileiro, a exemplo de proposta de emenda 
à constituição tendente a abolir a forma federativa de Estado, nos termos do artigo 60, pará-
grafo 4º, da CRFB/88, que constitui uma das cláusulas pétreas, as quais traduzem limitações 
materiais explícitas ao poder de emendar a Constituição. 
 
A inconstitucionalidade pode ser, ainda, total, quando engloba a totalidade do projeto 
de lei ou do ato normativo, ou parcial, quando se refere apenas a parte do projeto de lei ou 
do ato normativo. Admite-se, inclusive, em razão do princípio da parcelaridade, a declara-
ção de inconstitucionalidade de apenas uma palavra do texto do projeto de lei ou do ato nor-
mativo. Deve-se atentar para não confundir com a impossibilidade, no âmbito do processo 
legislativo, de veto parcial que atinja apenas uma palavra do projeto de lei, nos termos do 
artigo 66 do texto constitucional. 
 
Por fim, tem-se a inconstitucionalidade por ação ou por omissão. A primeira decorre 
de ato comissivo e a segunda reflete lacuna legislativa decorrente de normas constitucionais 
de eficácia limitada, cuja aplicabilidade depende, necessariamente, de norma regulamenta-
dora, a exemplo do exercício do direito de greve por parte dos servidores públicos civis, nos 
termos do artigo 37, VII, da CRFB/88. O texto constitucional de 1988 inovou no combate às 
omissões legislativas, por meio dos instrumentos do Mandado de Injunção, no âmbito do con-
trole difuso de constitucionalidade, e da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
(ADO), no âmbito do controle concentrado de constitucionalidade. 
 
 MANDADO DE INJUNÇÃO ADO 
Natureza Jurídica Remédio Constitucional que 
incide sobre a proteção de 
direito subjetivo, em face de 
caso concreto 
Ação de Controle 
Concentrado de 
Constitucionalidade, cujo 
processo é objetivo, 
sem lide e sem partes. 
Finalidade Combater lacunas legislativas 
que inviabilizam o exercício de 
direitos fundamentais, a 
exemplo do artigo 37, VII, da 
CRFB/88 
Combater lacunas 
legislativas em sentido 
amplo, a exemplo do 
previsto no Artigo 18, 
 
 
 
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parágrafo 4º, da 
CRFB/88 
Legitimidade 
Ativa 
No caso do MI Individual, tem-
se legitimidade universal; no 
caso do MI Coletivo, tem-se a 
lista do artigo 12, da Lei 
13.300/16 
Artigo 103, da CRFB/88 
 
Até 2007, a jurisprudência dominante do STF adotava posição não concretista geral em 
relação ao Mandado de Injunção, de natureza apenas declaratória: apenas declarava a mora 
legislativa, mas não fixava prazo, nem aplicação analógica de outra lei. A partir de 2007, o 
STF passou a adotar posição concretista, mudando o impacto do combate às omissões 
legislativas. O STF passou a determinar, de forma concreta, a resolução do problema. São 
duas as hipóteses de posição concretista: concretista geral, que parte da aplicação 
analógica de outra lei, como no caso do exercício do direito de greve dos servidores, previsto 
no artigo 37, VII, CRFB/88, com efeitos gerais, erga omnes; e a posição concretista 
individual direta, com efeitos apenas inter partes, como no caso das regras de 
aposentadoria especial para determinadas categorias do regime prório (RPPS), nos termos 
do artigo 40, parágrafo 4º, da CRFB/88. 
 
MODALIDADES DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Neste tópico, apresenta-se a distinção entre os controles de constitucionalidade preventivo 
e repressivo, político e jurídico, concentrado e difuso. A efetiva compreensão das modalida-
des de controle de constitucionalidade aperfeiçoa a percepção da aplicação destes mecanis-
mos de proteção do texto constitucional. 
 
Controle preventivo ou repressivo. 
A diferença sutil entre o controle preventivo e o repressivo reside no fato de o controle 
ocorrer em face de projeto de lei ou de proposta de emenda à Constituição, que configura 
controle preventivo, ou em face do texto da própria lei ou ato normativo, que configura controle 
repressivo de constitucionalidade. 
O controle preventivo de constitucionalidade, em regra, também é classificado como polí-
tico, posto que exercido no âmbito do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, a exemplo, 
respectivamente, dos pareceres das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara 
 
 
 
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dos Deputados ou do Senado Federal, e do veto presidencial exercido na fase final do pro-
cesso legislativo. 
 
O controle repressivo de constitucionalidade, por sua vez, em regra, é jurídico, posto que 
exercido pelos diferentes órgãos do Poder Judiciário, por intermédio das diferentes ações, a 
exemplos dos diferentes remédios constitucionais judiciais (Habeas Corpus, Habeas Data, 
Ação Popular, Mandado de Injunção e Mandado de Segurança), bem como das ações de 
controle concentrado de constitucionalidade ( Ações Diretas de Inconstitucionalidade, Ações 
Declaratórias de Constitucionalidade e Arguições de Descumprimento de Preceito Funda-
mental). 
 
Admite-se, em caráter excepcional, o controle repressivo político e o controle preventivo 
judicial. Embora o controle repressivo de constitucionalidade seja, em regra, jurídico, o con-
trole exercido pelo Congresso Nacional, por meio de decreto legislativo, nos termos do artigo 
49, V, da CRFB/88, configura controle repressivopolítico, posto que o Congresso Nacional 
susta os atos normativos exorbitantes ao exercício da delegação legislativa. 
 
Deve-se relembrar o instituto da Lei Delegada, espécie do processo legislativo, prevista 
no artigo 68 da CRFB/88. O Presidente da República pode solicitar ao Congresso Nacional 
autorização para elaborar lei delegada, a qual, nos termos do parágrafo 2º, do artigo 68, da 
CRFB/88, deve sujeitar-se aos limites estabelecidos no texto de resolução elaborada pelo 
próprio Congresso Nacional. Em caso de descumprimento dos limites impostos pela Resolu-
ção do Congresso Nacional, caberá ao próprio Congresso, no exercício de controle repressivo 
político de constitucionalidade, sustar os atos normativos exorbitantes. 
 
Embora o controle preventivo de constitucionalidade seja, em regra, político, merece des-
taque o controle exercido por parlamentar, no âmbito de votação de projeto de lei ou de pro-
posta de emenda à Constituição, na casa legislativa onde exerça seu papel legiferante. Par-
lamentar ativo, sob o argumento de defesa do direito líquido e certo ao devido processo le-
gislativo, pode impetrar Mandado de Segurança, no Supremo Tribunal Federal, em caso de 
parlamentar federal, ou no respectivo Tribunal de Justiça, em caso de parlamentar estadual. 
Se se tratar de projeto de lei, admite-se apenas apreciação formal de sua constitucionalidade; 
se se tratar de proposta de emenda à Constituição, admite-se tanto a apreciação formal 
quanto a apreciação material de constitucionalidade, posto que se engloba a proteção às 
 
 
 
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cláusulas pétreas, nos termos do parágrafo 4º, do artigo 60, da CRFB/88, as quais delineiam 
limitação material explícita ao poder de reforma da Constituição. 
 
Controle político ou jurídico. 
Após o exposto no tópico anterior, deve-se apenas relembrar que o controle político é 
exercido pelos Poderes Executivo e Legislativo, assim como o controle jurídico é exercido por 
órgãos do Poder Judiciário. Como o Brasil adota as duas formas de controle, classifica-se 
como misto o modelo adotado por aqui. 
 
Controle concentrado ou difuso. 
Esta classificação só se aplica ao exercício do controle jurídico de constitucionalidade, 
com distinções bem evidentes. O controle concentrado também é denominado abstrato, re-
servado, em tese, por ação, principal, direto, dentre outras nomenclaturas; o controle difuso 
também é denominado concreto, acessório, incidental, por exceção, dentre outras nomencla-
turas. 
 
O controle difuso encontra sua origem na jurisprudência constitucional da Suprema Corte 
dos EUA, no âmbito, em 1803, do julgamento do caso Madison x Marbury; no Brasil, apenas 
a Constituição de 1891, a primeira da República, sob forte influência do modelo adotado pela 
Constituição dos EUA, de 1787, trouxe mecanismos de controle difuso de Constitucionali-
dade, a exemplo da previsão do Habeas Corpus. 
 
O controle concentrado de constitucionalidade encontra sua gênese na Europa, em 1920, 
a partir do modelo proposto por Kelsen, no âmbito da Corte Constitucional da Áustria; no 
Brasil, apenas a Constituição de 1934 inseriu esta forma de controle, com a inserção da Re-
presentação de Inconstitucionalidade Interventiva Federal. 
 
Quanto ao órgão competente, o controle concentrado é de competência do STF, no âmbito 
federal, e dos Tribunais de Justiça, no âmbito estadual; no tocante ao controle difuso, como 
a própria nomenclatura sugere, poderá ser exercido por qualquer juiz ou tribunal, a depender 
da situação concreta em análise. 
 
 
 
 
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Quanto à legitimidade ativa, o controle difuso admite alcance amplo, de acordo com o 
direito a ser protegido, a exemplo da liberdade de locomoção, do acesso a informações pes-
soais, o exercício de direito líquido e certo, dentre outros; no âmbito do controle concentrado, 
a legitimidade ativa está prevista, de forma taxativa, no artigo 103, da CRFB, dividindo os 
legitimados em universais e especiais. Estes últimos devem apresentar pertinência temática 
para o exercício de tal atribuição. São legitimados especiais os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal, as Mesas das Assembleias Legislativas dos Estados e da Câmara Legislativa 
do Distrito Federal e as Confederações Sindicais ou Entidades de Classe de âmbito nacional, 
contemplados no artigo 103, incisos IV, V e IX, da CRFB/88. Os demais legitimados do artigo 
103 são universais, porto que não precisam identificar interesse específico na questão em 
apreço: o Presidente da República, as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Fede-
ral, o Conselho Federal da OAB, o Procurador Geral da República e os Partidos Políticos com 
representação no Congresso Nacional. 
 
Ainda no tocante à legitimidade ativa, deve-se enfatizar que que os legitimados previstos 
nos incisos VIII e IX, respectivamente Partido Político com representação no Congresso Na-
cional e as Confederações Sindicais ou Entidades de Classe de âmbito nacional, não pos-
suem capacidade postulatória para propositura das ações de controle concentrado de cons-
titucionalidade, ao passo que depende de advogado para manejar tais ações. 
 
PODER CONSTITUINTE 
Poder 
Constituinte Titular: Povo 
Origem: 
França (Abade 
Sieyès ) 
 
Originário 
Natureza Pré-
Jurídica 
Histórico 
Fundacional 
Revolucionário 
Demais 
Inicial/Autônomo/Ilimit
ado/Incondicionado 
/Permanente 
Derivado 
Natureza Jurídica 
Reformador 
Art. 60. CRFB 
Decorrente 
Art. 11. ADCT 
Revisor 
Art. 3º. ADCT 
Difuso 
Mutação 
Constitucional 
Alteração 
Informal da 
Constituição 
 
Supranacional 
Cidadania 
Universal 
Pluralismo do 
Ordenamento 
Jurídico 
Direito Comunitário 
 
 
 
 
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DISCURSIVAS PC-CE 
Em sua obra de 1789 (Qu’est-ce que le tiers état?) , o abade Sieyès reafirma a doutrina 
da soberania da Nação, dizendo que “em toda Nação livre – e toda Nação deve ser livre – 
só há uma forma de acabar com as diferenças que se produzem com respeito à 
Constituição. Não é aos notáveis que se deve recorrer, é à própria Nação”. Foi com essa 
posição que Sieyès confirma, desde uma posição racional, o princípio da soberania da 
Nação como instrumento de legitimação para a instituição de um Estado baseado no Direito 
estipulado em um contrato social que deverá ser o estabelecimento prévio das regras de 
viver em sociedade que será uma constituição escrita pelos representantes da nação. 
 
REVISÃO EMENDAS 
Art. 3º. ADCT Art. 60. CRFB/1988 
Sessão Unicameral Sessão Bicameral 
Maioria Absoluta Maioria Qualificada 
Uma única vez Sem limite de vezes 
6 emendas de Revisão 110 Emendas 
 
ADCT. Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da 
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso 
Nacional, em sessão unicameral. 
 
 
"Emenda ou revisão, como processos de mudança na Constituição, são manifestações do 
poder constituinte instituído e, por sua natureza, limitado. Está a ‘revisão’ prevista no artigo 
3º do ADCT de 1988 sujeita aos limites estabelecidos no parágrafo 4º e seus incisos do artigo 
60 da Constituição. O resultado do plebiscito de 21 de abril de 1933 não tornou sem objeto a 
revisão a que se refere o artigo 3º do ADCT. Após 5 de outubro de 1993, cabia ao Congresso 
Nacional deliberar no sentido da oportunidade ou necessidade de proceder à aludida revisão 
constitucional, a ser feita ‘uma só vez’" (ADI 981-MC, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento 
em 17-3-1993, Plenário, DJ de 5-8-1994.) 
 
LIMITAÇÕES FORMAIS 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membrosda Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos 
respectivos membros. 
 
 
 
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§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não 
pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
 
LIMITAÇÕES CIRCUNSTANCIAIS 
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado 
de defesa ou de estado de sítio. 
 
LIMITAÇÕES MATERIAIS 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
 
ADCT. Art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a 
Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição 
Federal, obedecidos os princípios desta. 
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no prazo 
de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, 
respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição Estadual. 
 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DIREITOS HUMANOS 
Muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito importante deixar um parágrafo pronto para o tema dos direitos 
humanos, pois pode ser encaixado em várias possibilidades de discursivas, a exemplo 
da sugestão a seguir: 
 
 No contexto da proteção dos direitos humanos, dignidade da pessoa humana se 
apresenta como seu núcleo conceitual, com previsão expressa no artigo 1º, III, da 
CRFB, dentre os princípios fundamentais, mais precisamente dentre os fundamentos 
da República Federativa do Brasil. 
 
 
 
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
 
 
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 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
 
Quanto ao momento histórico em que os direitos humanos foram galgados ao 
patamar internacional, embora o direito humanitário e a Organização Internacional do 
Trabalho – OIT, já indicassem a necessidade de uma proteção de direitos que se 
sobrepusesse aos ordenamentos internos, as atrocidades cometidas durantes as Guerras 
Mundiais, notadamente na Segunda, deixou transparente a necessidade de se 
estabelecerem marcos inderrogáveis de direitos a serem obedecidos por todos Estados na 
concertação estabelecida no pós-guerra. Nesse contexto, a elaboração da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos – DUDH, em 1948, significou um marco da consagração 
da universalidade dos direitos humanos. 
 
 
CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS 
Os Direitos Humanos tratam-se de um conjunto de direitos que tem por finalidade a 
efetivação da Dignidade da Pessoa Humana. 
Dignidade da Pessoa Humana, por sua vez se consubstancia através de um valor moral 
e espiritual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, que tem 
por finalidade estabelecer sobre condições mínimas para uma existência digna às pessoas. 
Constitui o princípio máximo do estado democrático de direito. 
 
 
DIREITOS HUMANOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 Direitos Fundamentais: direitos essenciais à dignidade humana, positivados na ordem 
interna do País, previstos na Constituição dos Estados. 
 Direitos Humanos: direitos essenciais à dignidade humana, reconhecidos na ordem 
jurídica internacional com previsão nos Tratados ou outros instrumentos normativos do 
Direito Internacional, são direitos que transcendem a ordem interna dos Estados. 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
1) Historicidade 
 
 
 
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Trata-se de característica que traduz a ideia de que os Direitos Humanos não foram 
formados a partir de um único momento histórico, mas sim de vários momentos que os 
evoluíram até os patamares atuais. Outra ideia possível de ser extraída de tal característica 
é a de que os Direitos Humanos sempre se encontram em constante evolução. 
 
2) Universalidade 
Significa que os Direitos Humanos devem ser aplicados a todas as pessoas de forma 
igual, não podendo haver uma discriminação por categorias de pessoas. 
 
3) Indivisibilidade 
Traduz a ideia de que os Direitos Humanos não podem ser aplicados de uma maneira 
isolada, mas sim sempre como um conjunto, haja vista ser necessário o respeito à toda a sua 
completude para haver um real tratamento digno às pessoas. Outra ideia que está 
diretamente ligada à indivisibilidade é a ideia de interdependência 
 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
No estudo da Organização do Estado, os temas do FEDERALISMO e da REPARTIÇÃO 
DE COMPETÊNCIAS se impõe. Vocês devem ter o cuidado de lembrar que o federalismo é 
a nossa FORMA DE ESTADO e o primeiro exemplo da CLÁUSULA PÉTREA (art. 60, pará-
grafo 4º, da CRFB). 
Quanto à divisão de competências, essencial a comparação entre os artigos 22 e 24, am-
bos com competências legislativas, bem como a lista do artigo 25, com as competências 
estaduais. 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, es-
pacial e do trabalho; 
 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as admi-
nistrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades 
de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 19, de 1998) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1
 
 
 
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Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões 
específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
 
 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabe-
lecer normas gerais. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência 
suplementar dos Estados. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência le-
gislativa plena, para atender a suas peculiaridades. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei esta-
dual, no que lhe for contrário. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
 
 
DOS ESTADOS FEDERADOS 
 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, 
observados os princípios desta Constituição. 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhessejam vedadas por esta 
Constituição. 
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais 
de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regula-
mentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) 
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítro-
fes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de inte-
resse comum. 
PARTE III – DIREITO ADMINISTRATIVO 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1
 
 
 
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TOP 5 DOS TEMAS 
1. ATOS ADMINISTRATIVOS 
2. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
3. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
4. LICITAÇÕES 
5. PODERES ADMINISTRATIVOS 
 
Tema 1: Estado, Governo e Administração Pública. 
a) Modelos de Administração Pública: burocrática, patrimonialista e gerencial. 
b) Eficiência, eficácia e efetividade no setor público. 
c) Governança e accountability. 
 
De acordo com o Referencial Básico de Governança Organizacional (TCU, 2020): 
“A governança pública organizacional compreende essencialmente os mecanismos de 
liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar 
a atuação da gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de 
serviços de interesse da sociedade.” 
 
De acordo com o Banco Mundial (2007), são princípios da boa governança a: 
- Legitimidade; 
- Equidade; 
- Responsabilidade; 
- Eficiência; 
- Probidade; 
- Transparência; 
- Accountability. 
https://portal.tcu.gov.br/governanca/governancapublica/organizacional/levantamento-de-governanca/
 
 
 
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Accountability 
O termo accountability diz respeito ao dever de prestação de contas pelo administrador pú-
blico, tem como premissa a transparência dos atos de gestão do governo, permitindo a res-
ponsabilização dos gestores pelos resultados entregues à sociedade. 
 
Art. 37. § 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, 
devem realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser ava-
liado e dos resultados alcançados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 109, de 2021) 
 
Tema 2: Organização administrativa. 
a) Desconcentração. 
b) Descentraização. 
 
Art. 37. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a insti-
tuição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das en-
tidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em 
empresa privada; 
 
Para a desestatização de empresa estatal é suficiente a autorização prevista em lei que vei-
cule programa de desestatização. (...) Autorização legislativa genérica é pautada em princí-
pios e objetivos que devem ser observados nas diversas fases deliberativas do processo de 
desestatização. A atuação do Chefe do Poder Executivo vincula-se aos limites e condicionan-
tes legais previstos. 
[ADI 6.241, rel. min. Cármen Lúcia, j. 8-2-2021, P, DJE de 22-3-2021.] 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755386154
 
 
 
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A lei específica autorizadora da criação das estatais é a ordinária, restringindo-se a exigência 
de lei complementar aos casos expressamente elencados na Constituição da República. No 
inc. XIX do art. 37 da Constituição, alterado pela Emenda Constitucional 19/1998, ao ser de-
terminada a edição de lei complementar para a regulamentação das áreas de atuação, o 
poder constituinte derivado fez alusão tão somente às fundações. A interpretação gramatical 
deixa certo que a expressão ‘neste último caso’, no singular, refere-se ao antecedente ‘fun-
dação’. A interpretação sistemática da Constituição também permite concluir não ser neces-
sária a edição de lei complementar para a definição da atuação de empresas públicas ou 
sociedades de economia mista. 
[ADI 4.895, voto da rel. min. Cármen Lúcia, j. 7-12-2020, P, DJE de 4-2-2021.] 
 
Tema 3: Atos administrativos. 
a) Mérito do ato administrativo, discricionariedade. 
b) Revogação, anulação e convalidação do ato administrativo. 
 
Lei 9784/1999. DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO 
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de 
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos. 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que fo-
ram praticados, salvo comprovada má-fé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754952951
 
 
 
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LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem 
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados 
pela própria Administração. 
 
Convalidação (Aperfeiçoamento ou Sanatória): é o processo de que se vale a Administra-
ção para aproveitar atos administrativos com vícios superáveis, de forma a confirma-los no 
todo ou em parte. Só é admissível o instituto da convalidação para a doutrina dualista, que 
aceita os atos administrativos ser nulos ou anuláveis. (José dos Santos Carvalho 
Filho) 
 
FORMAS DE CONVA-
LIDAÇÃO 
CONCEITO EXEMPLO 
- Ratificação É o ato administrativo 
pelo qual o órgão com-
petente decide sanar um 
ato inválido anterior-
mente praticado, su-
prindo a ilegalidade que 
o vicia. 
Um ato com vício de 
forma pode ser posterior-
mente ratificado com a 
adoção da forma legal. O 
mesmo se dá com o vício 
de competência. 
- Reforma Admita que novo ato su-
prima a parte inválida do 
ato anterior, mantendo 
sua parte válida. 
Ato anterior concedia li-
cença e férias a um ser-
vidor; se se verifica de-
pois que não tinha direito 
à licença. Pratica-se 
novo ato retirando a 
parte anterior e se rati-
fica a parte relativa às fé-
rias. 
- Conversão A Administração, depois 
de retirar a parte inválida 
do ato anterior, processa 
a sua substituição por 
uma nova parte, de 
modo que o novo ato 
passa a conter a parte 
válida do ato anterior e 
Um ato promoveu A e B 
por merecimento e anti-
guidade, respectiva-
mente, verificando após 
que não deveria ser B, 
mas C o promovido por 
antiguidade. Pratica-se 
novo ato mantendo a 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.784-1999?OpenDocument
 
 
 
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uma nova parte, nascida 
com o aproveitamento. 
promoção de A e insere 
a de C, retirando a de B.Tema 4: Poderes administrativos. 
a) Poder de polícia. 
b) Uso e abuso do poder. 
 
CICLOS DE POLÍCIA DELEGABILIDADE 
1º - ORDEM DE POLÍCIA NÃO 
2º - CONSENTIMENTO DE POLÍ-
CIA 
SIM 
3º - FISCLAIZAÇÃO ADMINIS-
TRATIVA 
SIM 
4º - SANÇÃO DE POLÍCIA NÃO 
 
Tese: STF: “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas 
jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social ma-
joritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Es-
tado e em regime não concorrencial”. 
 
Tema 5: Responsabilidade civil do Estado. 
a) Elementos. 
b) Teoria do Risco Administrativo. 
 
Art. 37. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
 
 
 
 
 
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Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos 14 09 
2020 
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, no caso de danos decorrentes de crime pra-
ticado por pessoa foragida do sistema prisional, só é caracterizada a responsabilidade civil 
objetiva do Estado (artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal) quando for demonstrado 
o nexo causal entre o momento da fuga e o delito. A decisão foi proferida no Recurso Extra-
ordinário (RE) 608880, com repercussão geral (Tema 362), que servirá orientará a resolução 
de casos semelhantes sobrestados em outras instâncias. O julgamento foi realizado na ses-
são virtual encerrada em 4/9. 
Tese: “Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza a res-
ponsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por 
pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto 
entre o momento da fuga e a conduta praticada”. 
 
Omissão genérica é a que não decorreu de inação do Estado, diretamente, por 
exemplo: não se pode responsabilizá-lo por atropelamento causado por motorista embria-
gado, pelo simples fato de encontrar-se nesta situação. Isto seria omissão genérica e, para 
haver responsabilidade do ente estatal, mister provar a culpa estatal. 
Agora, se o hipotético motorista houvesse passado por blitz policial antes do atrope-
lamento e os policiais não tivessem notado ou investigado o estado etílico do motorista, aí, 
sim, poderia falar-se em responsabilidade objetiva. Aqui, há Omissão específica, isto é, 
quando a inércia administrativa é causa direta e imediata do não impedimento do evento, 
como nos casos de morte de detento em penitenciária e acidente com aluno de colégio pú-
blico durante o período de aula. 
 
Tema 6: Probidade administrativa e princípios da Administração Pública. 
a) Efeitos constitucionais da improbidade administrativa. 
b) Atos de improbidade administrativa e respectivas penas. 
 
Art. 37. § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos 
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, 
na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3838114&numeroProcesso=608880&classeProcesso=RE&numeroTema=362
 
 
 
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§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, 
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de res-
sarcimento. 
 
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda 
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação 
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas 
entidades mencionadas no artigo anterior. 
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não 
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se 
beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
 
 
Dos Atos de Improbidade Administrativa 
Seção I 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito 
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito au-
ferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, man-
dato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e nota-
damente: 
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra 
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou 
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado 
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; 
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a 
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de 
usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; 
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba 
pública de qualquer natureza; 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.429-1992?OpenDocument
 
 
 
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Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer 
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, mal-
baratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, 
e notadamente: 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de 
parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação 
dada pela Lei nº 13.019, de 2014) 
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; 
 
Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação In-
devida de Benefício Financeiro ou Tributário 
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para 
conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o ca-
put e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela 
Lei Complementar nº 157, de 2016) 
 
 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Admi-
nistração Pública 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da 
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, im-
parcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: 
V - frustrar a licitude de concurso público; 
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de 
saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos ter-
mos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (In-
cluído pela Lei nº 13.650, de 2018) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm#art77
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm#art8a%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp157.htm#art4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp157.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13650.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13650.htm#art3
 
 
 
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Das Penas 
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na 
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes comi-
nações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade 
do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). 
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimô-
nio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos 
direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do 
acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; 
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pú-
blica, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até 
duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefí-
cios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de 
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; 
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função 
pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de 
até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o 
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indireta-
mente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo 
de três anos. 
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos 
políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício 
financeiro ou tributário concedido. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
 
Tema 7: Controle e responsabilização da administração. 
a) Controle administrativo. 
b) Controle judicial e Controle legislativo. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12120.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp157.htm#art4
 
 
 
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Lei 9784/1999. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eiva-
dos de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportuni-
dade, respeitados os direitos adquiridos. 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que fo-
ram praticados, salvo comprovada má-fé. 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público 
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalida-
dos pela própria Administração. 
 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio 
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante pa-
recer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e 
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades ins-
tituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a 
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e manti-
das pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, 
bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as me-
lhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; 
 
SÚMULA VINCULANTE 3 
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a am-
pla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo 
que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial 
de aposentadoria, reforma e pensão. 
 
 
 
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/seq-sumula739/false
 
 
 
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Prazo para revisão de aposentadoria de servidor é de cinco anos da chegada do ato de 
concessão à Corte de Contas 19 02 2020 
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão realizada nesta quarta-feira (19), 
decidiu que o prazo para revisão da legalidade do ato da aposentadoria pelos tribunais de 
contas é de cinco anos, contados da data de chegada do ato de concessão do direito ao 
respectivo tribunal de contas. Por maioria de votos, o Supremo negou provimento ao Recurso 
Extraordinário (RE) 636553, com repercussão geral reconhecida. 
O colegiado definiu a seguinte tese de repercussão geral (Tema 445): “Os Tribunais de Con-
tas estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de 
concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do pro-
cesso à respectiva Corte de Contas, em atenção aos princípios da segurança jurídica 
e da confiança legítima”. 
 
 
Remédios Cons-
titucionais 
Previsão Cons-
titucional 
Previsão Le-
gal 
De-
pende 
de Ad-
vogado 
Gratuito ou 
Oneroso 
Administrativos Art. 5º. XXXIV Não Não Gratuito 
Habeas Corpus Art. 5º. LXVIII Não Não Gratuito 
Habeas Data Art. 5º. LXXII Lei 9507/97 SIM Gratuito 
Ação Popular Art. 5º. LXXIII Lei 4717/65 SIM Gratuito 
Mandado de In-
junção 
Art. 5º. LXXI Lei 13. 300/16 SIM Oneroso 
Mandado de Se-
gurança 
Art. 5º. LXIX / 
LXX 
Lei 12.016/09 SIM Oneroso 
 
 
Tema 8: Contratos administrativos e noções de licitações públicas. 
a) Modalidades e tipos de licitações. 
b) Exceções às licitações. 
 
 
 
 
 
 
 
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LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021 
Art. 1o Esta Lei estabelece nor-
mas gerais sobre licitações e contra-
tos administrativos pertinentes a 
obras, serviços, inclusive de publici-
dade, compras, alienações e loca-
ções no âmbito dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios. 
Parágrafo único. Subordinam-se 
ao regime desta Lei, além dos órgãos 
da administração direta, os fundos es-
peciais, as autarquias, as fundações 
públicas, as empresas públicas, as 
sociedades de economia mista e de-
mais entidades controladas direta ou 
indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece 
normas gerais de licitação e contrata-
ção para as Administrações Públicas 
diretas, autárquicas e fundacionais da 
União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios, e abrange: 
I - os órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário da União, dos 
Estados e do Distrito Federal e os ór-
gãos do Poder Legislativo dos Municí-
pios, quando no desempenho de fun-
ção administrativa;II - os fundos especiais e as 
demais entidades controladas direta 
ou indiretamente pela Administração 
Pública. 
§ 1º Não são abrangidas por 
esta Lei as empresas públicas, as so-
ciedades de economia mista e as suas 
subsidiárias, regidas pela Lei nº 
13.303, de 30 de junho de 2016, res-
salvado o disposto no art. 178 desta 
Lei. 
 
 
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021 
Art. 3o A licitação destina-se a garantir 
a observância do princípio constitucio-
nal da isonomia, a seleção da proposta 
mais vantajosa para a administração e 
a promoção do desenvolvimento naci-
onal sustentável e será processada e 
julgada em estrita conformidade com 
os princípios básicos da legalidade, 
da impessoalidade, da moralidade, 
da igualdade, da publicidade, da 
Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão 
observados os princípios da legali-
dade, da impessoalidade, da morali-
dade, da publicidade, da eficiência, do 
interesse público, da probidade admi-
nistrativa, da igualdade, do planeja-
mento, da transparência, da eficácia, 
da segregação de funções, da motiva-
ção, da vinculação ao edital, do julga-
mento objetivo, da segurança jurídica, 
da razoabilidade, da competitividade, 
 
 
 
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probidade administrativa, da vincu-
lação ao instrumento convocatório, 
do julgamento objetivo e dos que 
lhes são correlatos. 
da proporcionalidade, da celeridade, 
da economicidade e do desenvolvi-
mento nacional sustentável, assim 
como as disposições do Decreto-Lei nº 
4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei 
de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro). 
 
 
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021 
 Art. 17. O processo de licita-
ção observará as seguintes fases, em 
sequência: 
I - preparatória; 
II - de divulgação do edital 
de licitação; 
III - de apresentação de pro-
postas e lances, quando for o caso; 
IV - de julgamento; 
V - de habilitação; 
VI - recursal; 
VII - de homologação. 
§ 1º A fase referida no inciso 
V docaputdeste artigo poderá, medi-
ante ato motivado com explicitação 
dos benefícios decorrentes, anteceder 
as fases referidas nos incisos III e IV 
docaputdeste artigo, desde que ex-
pressamente previsto no edital de lici-
tação. 
 
 
 
 
 
 
 
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MODALIDADES DE LICITAÇÃO 
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021 
Art. 22. São modalidades de lici-
tação: 
I - concorrência; 
II - tomada de preços; 
III - convite; 
IV - concurso; 
V - leilão. 
 
Art. 28. São modalidades de licitação: 
I - pregão; 
II - concorrência; 
III - concurso; 
IV - leilão; 
V - diálogo competitivo. 
§ 1º Além das modalidades 
referidas no caputdeste artigo, a Ad-
ministração pode servir-se dos proce-
dimentos auxiliares previstos no art. 
78 desta Lei. 
 
 
 
Art. 6º. XLII - diálogo competitivo: modalidade de licitação para contratação de 
obras, serviços e compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes 
previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou 
mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar 
proposta final após o encerramento dos diálogos; 
 
Art. 32. A modalidade diálogo competitivo é restrita a contratações em que a Admi-
nistração: 
I - vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições: 
a) inovação tecnológica ou técnica; 
b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade satisfeita sem a 
adaptação de soluções disponíveis no mercado; e 
c) impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas com precisão su-
ficiente pela Administração; 
II - verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as alternativas que 
possam satisfazer suas necessidades, com destaque para os seguintes aspectos: 
 
 
 
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a) a solução técnica mais adequada; 
b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida; 
c) a estrutura jurídica ou financeira do contrato; 
 
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021 
Art. 45. § 1o Para os efeitos 
deste artigo, constituem tipos de lici-
tação, exceto na modalidade con-
curso: 
I - a de menor preço - quando o 
critério de seleção da proposta mais 
vantajosa para a Administração deter-
minar que será vencedor o licitante 
que apresentar a proposta de acordo 
com as especificações do edital ou 
convite e ofertar o menor preço; 
II - a de melhor técnica; 
III - a de técnica e preço. 
IV - a de maior lance ou 
oferta - nos casos de alienação de 
bens ou concessão de direito real de 
uso. 
 
Art. 33. O julgamento das 
propostas será realizado de acordo 
com os seguintes critérios: 
I - menor preço; 
II - maior desconto; 
III - melhor técnica ou conte-
údo artístico; 
IV - técnica e preço; 
V - maior lance, no caso de 
leilão; 
VI - maior retorno econô-
mico. 
 
 
 
Art. 39. O julgamento por maior retorno econômico, utilizado exclusivamente para a celebra-
ção de contrato de eficiência, considerará a maior economia para a Administração, e a remu-
neração deverá ser fixada em percentual que incidirá de forma proporcional à economia efe-
tivamente obtida na execução do contrato. 
 
 
 
 
 
 
 
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8.666/1993 14.133/2021 
Art. 25. É inexigível a licitação 
quando houver inviabilidade de com-
petição, em especial: 
Art. 74. É inexigível a licitação quando 
inviável a competição, em especial 
nos casos de: 
I - para aquisição de materiais, 
equipamentos, ou gêneros que só 
possam ser fornecidos por produ-
tor, empresa ou representante co-
mercial exclusivo, vedada a prefe-
rência de marca, devendo a compro-
vação de exclusividade ser feita atra-
vés de atestado fornecido pelo órgão 
de registro do comércio do local em 
que se realizaria a licitação ou a obra 
ou o serviço, pelo Sindicato, Federa-
ção ou Confederação Patronal, ou, 
ainda, pelas entidades equivalentes; 
 
I - aquisição de materiais, 
de equipamentos ou de gêneros ou 
contratação de serviços que só pos-
sam ser fornecidos por produtor, 
empresa ou representante comer-
cial exclusivos; 
 
II - para a contratação de servi-
ços técnicos enumerados no art. 13 
desta Lei, de natureza singular, com 
profissionais ou empresas de notória 
especialização, vedada a inexigibili-
dade para serviços de publicidade e di-
vulgação; 
 
III - contratação dos se-
guintes serviços técnicos especiali-
zados de natureza predominante-
mente intelectual com profissionais ou 
empresas de notória especialização, 
vedada a inexigibilidade para serviços 
de publicidade e divulgação: 
 
III - para contratação de profissio-
nal de qualquer setor artístico, direta-
mente ou através de empresário ex-
clusivo, desde que consagrado pela 
crítica especializada ou pela opinião 
pública. 
 
II - contratação de profissio-
nal do setor artístico, diretamente ou 
por meio de empresário exclusivo, 
desde que consagrado pela crítica es-
pecializada ou pela opinião pública; 
 
 IV - objetos que devam ou 
possam ser contratados por meio 
de credenciamento; 
 V - aquisição ou locação 
de imóvel cujas características de 
 
 
 
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instalações e de localização tornem 
necessária sua escolha. (24,X, 8666) 
 
 
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
I - para obras e serviços de engenharia de 
valor até 10% (dez por cento) do limite pre-
visto na alínea "a", do inciso I do artigo ante-
rior, desde que não se refiram a parcelas de 
uma mesma obra ou serviço ou ainda paraobras e serviços da mesma natureza e no 
mesmo local que possam ser realizadas con-
junta e concomitantemente; 
II - para outros serviços e compras de va-
lor até 10% (dez por cento) do limite previsto 
na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e 
para alienações, nos casos previstos nesta 
Lei, desde que não se refiram a parcelas de 
um mesmo serviço, compra ou alienação de 
maior vulto que possa ser realizada de uma 
só vez; 
§ 1o Os percentuais referidos nos incisos 
I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte 
por cento) para compras, obras e serviços 
contratados por consórcios públicos, socie-
dade de economia mista, empresa pública e 
por autarquia ou fundação qualificadas, na 
forma da lei, como Agências Executivas. 
 
Art. 75. É dispensável a licitação: 
I - para contratação que en-
volva valores inferiores a R$ 
100.000,00 (cem mil reais), no caso de 
obras e serviços de engenharia ou de 
serviços de manutenção de veículos 
automotores; 
II - para contratação que en-
volva valores inferiores a R$ 
50.000,00 (cinquenta mil reais), no 
caso de outros serviços e compras; 
§ 2º Os valores referidos 
nos incisos I e II do caput deste artigo 
serão duplicados para compras, obras 
e serviços contratados por consórcio 
público ou por autarquia ou fundação 
qualificadas como agências executi-
vas na forma da lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
III - nos casos de guerra ou grave pertur-
bação da ordem; 
IV - nos casos de emergência ou de cala-
midade pública, quando caracterizada urgên-
cia de atendimento de situação que possa 
ocasionar prejuízo ou comprometer a segu-
rança de pessoas, obras, serviços, equipa-
mentos e outros bens, públicos ou particula-
res, e somente para os bens necessários ao 
atendimento da situação emergencial ou cala-
mitosa e para as parcelas de obras e serviços 
que possam ser concluídas no prazo máximo 
de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e 
ininterruptos, contados da ocorrência da 
emergência ou calamidade, vedada a prorro-
gação dos respectivos contratos; 
 
 
Art. 75. É dispensável a licitação: 
VII - nos casos de guerra, 
estado de defesa, estado de sítio, in-
tervenção federal ou de grave pertur-
bação da ordem; 
VIII - nos casos de emer-
gência ou de calamidade pública, 
quando caracterizada urgência de 
atendimento de situação que possa 
ocasionar prejuízo ou comprometer a 
continuidade dos serviços públicos ou 
a segurança de pessoas, obras, servi-
ços, equipamentos e outros bens, pú-
blicos ou particulares, e somente para 
aquisição dos bens necessários ao 
atendimento da situação emergencial 
ou calamitosa e para as parcelas de 
obras e serviços que possam ser con-
cluídas no prazo máximo de 1 (um) 
ano, contado da data de ocorrência da 
emergência ou da calamidade, veda-
das a prorrogação dos respectivos 
contratos e a recontratação de em-
presa já contratada com base no dis-
posto neste inciso; 
 
 
 
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Art. 17. A alienação de bens da 
Administração Pública, subordinada à 
existência de interesse público devi-
damente justificado, será precedida 
de avaliação e obedecerá às seguin-
tes normas: 
Art. 76.A alienação de bens 
da Administração Pública, subordi-
nada à existência de interesse público 
devidamente justificado, será prece-
dida de avaliação e obedecerá às se-
guintes normas: 
 
 
 
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I - quando imóveis, dependerá de 
autorização legislativa para órgãos da 
administração direta e entidades au-
tárquicas e fundacionais, e, para to-
dos, inclusive as entidades paraesta-
tais, dependerá de avaliação prévia e 
de licitação na modalidade de concor-
rência, dispensada esta nos seguin-
tes casos: 
II - quando móveis, dependerá de 
avaliação prévia e de licitação, dis-
pensada esta nos seguintes casos: 
I - tratando-se de bens imó-
veis, inclusive os pertencentes às au-
tarquias e às fundações, exigirá auto-
rização legislativa e dependerá de lici-
tação na modalidade leilão, dispen-
sada a realização de licitação nos ca-
sos de: 
II - tratando-se de bens móveis, de-
penderá de licitação na modalidade 
leilão, dispensada a realização de lici-
tação nos casos de: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES DISCURSIVAS – FGV – COMENTADAS – DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
 
QUESTÃO 01 
Enunciado Determinado Ministro de Estado editou portaria detalhando as disciplinas que 
deveriam integrar a grade curricular da Faculdade de Direito X, bem como o conteúdo 
programático de cada uma delas. Para justificar a medida adotada, informou que ela se 
justificava pelo baixo desempenho das instituição de ensino na última avaliação realizada 
pelos técnicos do Ministério. Sobre a narrativa acima, responda aos itens a seguir. 
 
A) A portaria editada pelo Ministro de Estado é materialmente constitucional? (Valor: 0,50) 
 
B) Caso a Faculdade de Direito X decida insurgir-se contra a referida portaria perante o Poder 
Judiciário, qual a ação constitucional cabível e o juízo ou Tribunal competente, ciente da 
desnecessidade de outras provas, pois estritamente documental? (Valor: 0,75) 
 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo 
legal não confere pontuação. 
 
Gabarito Comentado 
A) Não. A portaria afronta a autonomia didático-científica da Faculdade de Direito X, 
consagrada no Art. 207, caput, da CRFB/88. 
B) A Faculdade de Direito X, em razão da violação do seu direito líquido e certo à definição 
das disciplinas do currículo e do respectivo conteúdo programático, pode impetrar Mandado 
de Segurança, como dispõe o Art. 5º, inciso LXIX, da CRFB/88, perante o Superior Tribunal 
de Justiça, nos termos do Art. 105, inciso I, alínea b, da CRFB/88. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 02 
Enunciado Após o regular processo legislativo, foi promulgada a Lei nº XX/17 do Estado Alfa. 
Esse diploma normativo impôs a obrigação de o Estado custear bolsas de estudo junto à rede 
privada de ensino sempre que houvesse falta de vagas na rede pública em áreas próximas à 
residência do educando, e este demonstrasse não dispor de recursos para arcar com as 
mensalidades. A Lei nº XX/17 ainda dispôs que as bolsas de estudo poderiam ser 
direcionadas, dentre outras, a escolas que seguissem uma determinada religião, assim 
definidas em lei, desde que não tivessem fins lucrativos, aplicassem seus excedentes em 
educação e destinassem o seu patrimônio a outra escola similar, no caso de encerramento 
de atividades. Ao receber do educando João o requerimento de concessão de bolsa de 
estudo para que ele pudesse frequentar a Escola MM, que seguia a religião WW, o Secretário 
de Estado competente o indeferiu, sob o argumento de que a Lei nº XX/17 afrontava a 
Constituição da República. Considerando que João e a Escola MM preenchiam os requisitos 
da Lei nº XX/17, responda aos questionamentos a seguir. 
A) A Lei nº XX/17 é materialmente compatível com a Constituição da República? Justifique. 
(Valor: 0,70) 
 
B) Qual é a ação constitucional passível de ser ajuizada por João caso deseje insurgir-se 
contra a decisão proferida pelo Secretário de Estado? Justifique. (Valor: 0,55) 
 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo 
legal não confere pontuação. 
 
Gabarito Comentado 
A) Sim. A Lei nº XX/17 é materialmente constitucional, pois é possível a transferência de 
recursospúblicos, sob a forma de bolsa de estudo, às escolas confessionais que preencham 
os requisitos do Art. 213 da CRFB/88. 
 
B) Como João e a Escola MM preencheram os requisitos da Lei nº XX/17 e a decisão do 
Secretário de Estado foi ilegal, é possível a impetração de mandado de segurança, nos 
termos do Art. 5º, inciso LXIX, da CRFB/88. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 03 
A Lei nº 123/2018 do Estado Alfa, com o objetivo declarado de integrar os distintos segmentos 
étnicos e ideológicos existentes em seu território, assegurou aos indígenas o direito de 
ocuparem até 10% da área das propriedades rurais produtivas, por período não superior a 
trinta dias ao ano, para que pudessem abastecer-se de gêneros alimentícios nos períodos de 
maior escassez. Para que os produtores rurais pudessem adaptar-se aos novos comandos, 
reservando as áreas que seriam ocupadas pelos indígenas, a Lei nº 123/2018 somente 
entraria em vigor um ano após a sua publicação. Sobre a hipótese apresentada, responda 
aos itens a seguir. 
 
A) A Lei nº 123/2018 é compatível com a Constituição da República? (Valor: 0,80) 
 
B) A Lei nº 123/2018 pode ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade durante o 
período de vacatio legis? (Valor: 0,45) 
 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo 
legal não confere pontuação. 
 
Gabarito Comentado 
A) Não. A Lei nº 123/2018 é formalmente inconstitucional por afrontar a competência 
legislativa privativa da União para legislar sobre Direito Civil e populações indígenas, 
conforme dispõe o Art. 22, incisos I e XIV, da CRFB/88. Além disso, é materialmente 
inconstitucional por violar o direito de propriedade dos proprietários rurais, assegurado pelo 
Art. 5º, inciso XXII, da CRFB/88. 
 
B) Sim. Com a publicação, a Lei nº 123/2018 passa a existir no ordenamento jurídico, 
podendo ser submetida ao controle concentrado de constitucionalidade, nos termos do Art. 
102, inciso I, alínea a, da CRFB/88, ainda que careça de eficácia por se encontrar no período 
de vacatio legis 
 
QUESTÃO 04 
Com o objetivo de ampliar os níveis de fiscalização sobre as atividades desenvolvidas pelo 
Poder Executivo federal, foi promulgada a Lei Federal XX/2018, a partir de projeto de lei de 
iniciativa parlamentar, dispondo que a celebração de contratos administrativos de valor 
superior a um milhão de reais deveria ser previamente autorizada pelo Congresso Nacional. 
Para facilitar a fiscalização, o referido diploma normativo ainda determinou a criação do 
Ministério de Fiscalização, definindo as atribuições do Ministro de Estado. A partir da hipótese 
apresentada, responda aos itens a seguir. 
 
 
 
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A) A autorização do Poder Legislativo, exigida pela Lei Federal XX/2018, é compatível com a 
Constituição da República? (Valor: 0,70) 
 
B) A criação do Ministério de Fiscalização, pela Lei Federal XX/2018, é compatível com a 
Constituição da República? (Valor: 0,55) 
 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo 
legal não confere pontuação. 
 
Gabarito Comentado 
 
A) Não. A lei é materialmente inconstitucional, pois a exigência de prévia autorização do 
Poder Legislativo para a celebração de certos contratos administrativos afronta a separação 
dos poderes (Art. 2º da CRFB/88) e a competência privativa do Presidente da República para 
exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal 
(Art. 84, inciso II, da CRFB/88). 
 
B) Não. A criação do Ministério de Fiscalização, a partir de projeto de lei de iniciativa 
parlamentar, afronta a iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo nessa matéria (Art. 
61, § 1º, inciso II, alínea e, da CRFB/88), logo, a lei é formalmente inconstitucional sob esse 
prisma. 
 
XXX EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
QUESTÃO 1 
A sociedade empresária X foi autuada pela fiscalização tributária do Estado Alfa sob o 
argumento de ter apresentado informações falsas por ocasião do lançamento tributário, daí 
resultando a constituição de um crédito inferior ao devido. O tributo devido, de acordo com a 
autuação do fiscal responsável, ultrapassava o montante de um milhão de reais. Ao ser 
comunicada da autuação, a sociedade empresária tomou conhecimento de que a interposição 
de recurso administrativo estava condicionada ao prévio depósito do referido montante. 
Embora tenha recorrido às instâncias superiores contra a exigência de depósito prévio, todas 
foram uníssonas em mantê-lo. Por não dispor da referida importância e ter plena consciência 
de que não fornecera qualquer informação falsa, a sociedade empresária contratou seus 
serviços. Sobre o caso narrado, você, como advogado(a), deve responder aos itens a seguir. 
A) É compatível com a Constituição da República a exigência de depósito prévio do montante 
constante da autuação para a interposição do recurso administrativo? (Valor: 0,65) 
 
 
 
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B) Há alguma medida passível de ser ajuizada, perante Tribunal Superior, para que a 
administração tributária do Estado Alfa seja compelida a examinar o recurso administrativo 
independentemente do depósito prévio? (Valor: 0,60) Obs.: o(a) examinando(a) deve 
fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. 
 
Gabarito Comentado 
A) Não, por violar a garantia da ampla defesa (Art. 5º, inciso LV, da CRFB/88), sendo a 
impossibilidade de ser exigido o depósito prévio reconhecida pela Súmula Vinculante 21 do 
STF. 
 
B) Considerando o exaurimento das instâncias administrativas, é possível o ajuizamento de 
reclamação perante o Supremo Tribunal Federal, nos termos do Art. 7º, caput e § 1º, da Lei 
nº 11.417/06 ou do Art. 103-A, § 3º, da CRFB/88. 
 
QUESTÃO 02 
 Com o objetivo de conter o avanço das organizacões criminosas em algumas associações 
de moradores, o Estado Alfa editou a Lei XX/2018, veiculando as normas a serem observadas 
para a confecção dos estatutos dessas associações e condicionando a posse da diretoria de 
cada associação à prévia autorização do Secretário de Estado de Segurança Pública, que 
verificaria a vida pregressa dos pretendentes. À luz da situação hipotética acima, responda 
aos itens a seguir. 
A) A Lei XX/2018 do Estado Alfa, ao veicular normas sobre a confecção dos estatutos das 
associações de moradores, é compatível com a Constituição da República? (Valor: 0,70) 
B) A exigência de que a posse da diretoria de cada associação de moradores seja antecedida 
de autorização do Secretário de Segurança Pública do Estado Alfa é materialmente 
compatível com a Constituição da República? (Valor: 0,55) 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo 
legal não confere pontuação. 
 
Gabarito Comentado 
A) Não. Ao dispor sobre a confecção dos estatutos das associações de moradores, a Lei 
XX/2018 afrontou a competência privativa da União para legislar sobre direito civil (Art. 22, 
inciso I, da CRFB/88), sendo formalmente inconstitucional. 
B) Não. A exigência de que a posse da diretoria da associação seja antecedida de autorização 
do Secretário de Segurança Pública afronta a vedação à interferência estatal no 
funcionamento das associações (Art. 5º, inciso XVIII, da CRFB/88). 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 03 
 A Lei XX/2015 do Estado Alfa isentou os usuários do serviço de telefonia móvel residentes 
no Estado, cuja renda familiar não superasse o valor de dois salários mínimos, do pagamento 
do respectivo

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