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Dor torácica - Diagnóstico diferencial - Rachell M Muccini

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Rachell Mendes Muccini 
 Medicina 
Dor torácica - diagnóstico diferencial 
Etiologias 
Cardíaca (coronariana e não coronariana) 
Coronariana 
Obstrutiva 
• Aterosclerose 
• Angina estável 
• Angina instável 
• IAM 
• Angina pós-IAM 
Não obstrutiva 
• Espasmos coronário 
• Síndrome X 
• Ponte miocárdica 
• Tortuosidade e fluxo lento 
Não coronariana 
• Dissecção de aorta (dor 10/10, rasgando o 
peito, irradiando para o dorso) 
• Estenose de aorta 
• Pericardite 
• PVM e HAS 
• Obstrução via saída VE 
• Cardiomiopatias e taquiarritmias 
Não cardíaca - 70% dos casos 
Pulmonar 
• Pneumotórax, diagnóstico clínico com hiper-
timpanismo a percussão, desvio de linha mé-
dia, estase de jugular, hipotensão* 
• Embolia pulmonar (leva a hipertensão pulmo-
nar que leva a hiperfonese de B2-TUM-TÁ – a 
carótida pulsa em sincronia com a ausculta do 
TUM mas não do TÁ) * 
• Pneumonia, pleurite, tumor 
• HAP (geralmente dor aos esforços e confunde 
com angina estável) 
*Repercutem hemodinamicamente 
Gastrointestinal 
• Espasmos e câncer esofágico (beber água 
muda a característica da dor) 
• Refluxo gastresofágico 
• Hernia hiatal 
• Doença biliar e pancreatite 
• Úlcera péptica (rompe e evolui gravemente, 
vomitando sangue, taquicardíaco, choque hi-
povolêmico) 
Músculo esquelética 
• Costocondrite (síndrome de Tietze) 
• Fibromiosite 
• Lesões traumáticas 
• Distensão muscular 
• Hernia de disco 
• Neuralgia herpética (as lesões surgem após 3 
dias do início da dor, Herpes Zoster por exem-
plo) 
• Neoplasias ósseas 
• Compressões radiculares 
• Espondiloartrose 
• Bursite subacromial 
Mediastinal 
Tumor, mediastinite, pneumo-mediastinite 
Psicogênica 
Ansiedade, depressão, síndrome do pânico 
Causas potencialmente fatais 
• Síndrome coronariana aguda (angina instá-
vel, infarto) 
• Dissecção de aorta 
• Tromboembolismo pulmonar 
*triplo descarte 
• Pneumotórax 
• Ruptura esofagiana 
Não subestimar dor “leve” →Equivalentes isquêmicos. 
Etilista, DM, idosos- não cursam com sintomatologia 
grave 
*Raramente, o diagnóstico de dor torácica ele é evo-
lutivo 
Diferenciação da dor torácica 
10 minutos 
• ECG 
• Monitorar o paciente (monitor cardíaco, oxí-
metro de pulso e PAM não invasiva) 
 Rachell Mendes Muccini 
 Medicina 
• Obter história e exame físico sucintos 
Anamnese 
• Caracterizar a dor/ tipo de dor torácica 
• Avaliação dos fatores de risco (DM, HAS, 
idoso) 
• Alergias 
Exame físico dirigido 
Inspeção geral do paciente 
• Faces de dor 
• Posição antálgica 
• Dados vitais 
Exame cardio vascular 
• Regularidade do ritmo cardíaco 
• Ausculta do precórdio e regularidade do ritmo 
• Sonoridade de bulhas 
• Bulhas extras 
• Sopros 
• Atrito pericárdico 
• EPJ 
• Pulsos 
• Avaliar estase de jugular 
• Ausculta e percussão pulmonar 
Procurar sinais de gravidade 
Má perfusão: 
• A vasoconstrição periférica ↑ enchimento ca-
pilar 
• ↓débito urinário – oligúria, ↑lactato, 
• Alteração do nível de consciência 
• Hipotensão pois a adrenal altera o eixo 
• Congestão pulmonar (pior gravidade) 
• Arritmias 
• Avaliar membros pois a dor torácica pode ser 
decorrência de embolia 
*3 sinais de gravidade e dor torácica ATENÇÃO 
*investigar sinais de congestão pulmonar, pois se as-
sociada a SCA é um quadro de pior gravidade 
Angina instável – paciente vai para emergência, dor 
em repouso ou aos mínimos esforços que progride ra-
pidamente 
Sopros e diagnósticos 
Insuficiência: sopro sistólico em foco mitral e tricús-
pide 
Insuficiência: sopro diastólico em foco aórtico ou pul-
monar 
Estenose: sopro sistólico em foco aórtico ou pulmonar 
Estenose: sopro diastólico em foco mitral e tricúspide 
SCA: B3 + dor, ou evolução de hipervolemia com re-
percussão cardíaca 
Atrito pericárdico: dissociado das bulhas B1 e B2. No 
contexto de dor torácica reforça a possibilidade de pe-
ricardite, o paciente relata melhora ao anteriorizar o 
tórax em direção as pernas, pois acorre a liberação do 
espaço 
Dor torácica e estase de jugular: embolia pulmonar, 
pneumotórax hipertensivo, SCA com grande repercus-
são da IC 
Dissecção de aorta: dor com divergência/ assimetria 
de pulsos ou pressão dos membros superiores 
Nem todo paciente com dor torácica vai estar com 
exame físico alterado (baixa sensibilidade), apenas 
30%, mas quando alterado tem alta especificidade 
>90% 
Casos clínicos 
44 anos, HAS, já teve aneurisma de aorta + dor no 
peito – dissecção de aorta 
67 anos, HAS, DM, doença renal crônica + dor no 
peito- IAM 
22 anos, dor torácica em uma pandemia da covid - 
embolia pulmonar 
Jovem, fratura na perna que precisou ser imobilizada, 
sem profilaxia para tromboembolismo venoso, com 3-
5 dias dor torácica – embolia pulmonar 
Nível ambulatorial, dor no peito, sopro sistólico em 
foco aórtico e aórtico acessório em diamante (sopro 
com parte descendente e ascendente), dispneia e sin-
cope há 3 meses -estenose aórtica 
Geralmente a tríade dispneia, dor torácica e sincope - 
Estenose aórtica 
Doença valvar que cursa com dor torácica é estenose 
aórtica (clássico) 
Exames complementares 
Troponina, D-dímero, eletro, raio x, ecocardiograma e 
angio bc de aorta 
 Rachell Mendes Muccini 
 Medicina 
Probabilidade de ser de origem isquêmica (é an-
gina ou não?) 
Dor torácica ou típica? 
A – Definitivamente anginosa 
• SCA sem a necessidade de exames 
• Dor na região retroesternal ou precordial em 
aperto, pressão, opressão, queimor, constri-
ção, esparramada 
• Irradiar para qualquer região como ombro, 
mandíbula, face int dos braços, é ocasionada 
por esforço dura “10 minutos”, é aliviada pelo 
repouso ou nitrato (vaso dilatador coronari-
ano) 
• Acompanha sintomas neuro vegetativos: náu-
seas, vômitos, palidez cutânea dispneia, palpi-
tações 
B – Provavelmente anginosa 
Poucas características de dor da SCA mas ainda é a 
principal suspeita, precisa de exames 
C – Provavelmente não anginosa 
Pouquíssimas características de SCA, exames comple-
mentares para descartar 
D – Definitivamente não anginosa 
Sem características de SCA e não precisa de exames 
Dor torácica isquêmica 
• SCA sem supra de ST – angina ou IAM 
• SCA com supra de ST – IAM 
• Troponina negativa → angina 
• Troponina positiva → infarto 
SCA é o contexto de dor torácica em pacientes na 
emergência 
Angina estável – dor no peito aos esforços

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