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MATERIAL COMPLEMENTAR CONTABILIDADE DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

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Boa tarde pessoal, fiz um apanhado de material 
importante para o curso de vocês, leiam e reflitam. 
LETRAS IMOBILIÁRIAS GARANTIDA - LIG 
Existem vários títulos de renda fixa diferentes ligados ao setor imobiliário a 
disposição dos investidores. Entretanto, um título desse tipo vem ganhando cada 
vez mais espaço no mercado brasileiro: a LIG, ou Letra Imobiliária Garantida. 
A Letra Imobiliária Garantida é mais uma opção para quem procura um 
investimento em ativos imobiliários. Porém, mesmo também sendo um título 
lastrado nesse setor, ela possui algumas diferenças para demais papeis desse 
segmento, como a LCI e LCA. 
O que é a Letra Imobiliária Garantida (LIG)? 
A Letra Imobiliária Garantida, também conhecida como LIG, é um título de 
renda fixa, lastrado em ativos e bens imobiliários, criado para incentivar e 
diversificar a captação de recursos do mercado de imóveis. Por oferecer uma 
garantia maior do que o normal, pode-se dizer que a LIG é a versão brasileira 
das covered bonds, um título imobiliário negociado no mercado internacional 
A LIG foi criada em 2014, por uma Medida Provisória, mas sua regulamentação 
só aconteceu três anos depois, em agosto de 2017. 
Caraterísticas da Letra Imobiliária Garantida 
O grande diferencial da LIG, em relação a outros títulos de renda fixa, é que ela 
tem uma dupla garantia. Essa vantagem atrai investidores que procuram títulos 
com segurança e menos exposição a riscos 
Outro diferencial do título é que ele não tem um limite máximo de investimento 
por CPF. Como por exemplo o do Fundo Garantidor de Crédito, onde o teto 
são 250 mil reais. Em contrapartida, a Letra Imobiliária Garantida não possui as 
mesmas garantias de ressarcimento do FGC. 
A LIG pode ser emitida por diversas instituições financeiras. É possível encontrar 
os títulos em Sociedades e Cooperativas de Crédito, Bancos e até em lotéricas. 
As facilidades de encontrar são porque há uma necessidade de recursos para o 
setor de financiamento imobiliário. 
Rentabilidade da Letra Imobiliária Garantida 
Mesmo tendo sido regulamentada em 2017, as Letras Imobiliárias Garantidas só 
começaram a ser emitidas e negociadas no mercado em dezembro de 2018. 
Logo, os títulos ainda são recentes no mercado financeiro e foram criados com 
alguns benefícios para ajudar a suprir uma necessidade no setor de 
financiamentos imobiliários. 
A rentabilidade da LIG ligada a taxa de juros SELIC e ao Índice de Preços ao 
Consumidor. Outro ponto positivo, é que a variação cambial também incide sob 
título. Isso representa uma importante possibilidade de diversificação para quem 
investe nesses papeis. 
Liquidez e vencimento da Letra Imobiliária Garantida 
Por ser uma ferramenta para incentivar o setor de financiamento imobiliário, a 
Letra Imobiliária Garantida possui um longo prazo de vencimento. De acordo 
com a lei, o prazo mínimo de vencimento da LIG é de dois anos. Além disso, 
o título tem um prazo de 12 meses de vencimento. 
Logo, a liquidez do LIG é uma das principais desvantagens do título. Isso 
porque os títulos foram criados para investimentos a longo prazo. Por isso, o 
investidor que procura um título com uma liquidez não deve investir na Letra 
Imobiliária Garantida. 
Dupla Garantia da LIG 
A Letra Imobiliária Garantida recebeu este nome devida a segurança do 
investimento. O título conta com uma dupla garantia, que assegura o 
investimento até mesmo se o banco emissor quebrar. 
Ou seja, quando há a falência de uma instituição financeira, os títulos são pagos 
com liquidação do patrimônio da instituição. Mas além disso, o título de Letra 
Imobiliária Garantida pode ser pago com um pool de créditos. 
Isso acontece porque a B3 tem acesso a todos os ativos financiados pela Letra 
Imobiliária Garantida. Assim, o proprietário de um título se torna detentor dos 
ativos. Por isso, a LIG oferece essa dupla proteção. 
A Letra Imobiliária Garantida é um tipo de investimento em renda fixa no setor 
de imóveis. 
 
 
 
 
 
 
 
LETRAS HIPOTECÁRIAS 
As Letras Hipotecárias (LH) são títulos de Renda Fixa lastreados em crédito 
imobiliários. O instrumento é emitido por instituições financeiras que emprestam 
recursos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Os emissores, portanto, 
podem ser bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, companhias 
hipotecárias, associações de poupança e empréstimo e sociedades de crédito 
imobiliário. 
A LH é garantida pela caução de créditos hipotecários. Conta ainda com a 
cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) no valor de R$ 250 mil por 
CPF ou CNPJ por instituição financeira emissora. 
A remuneração do papel pode ser pré-fixada ou pós-fixada, por exemplo, pela 
TR, IGP-M, ou INPC. Uma das principais vantagens que o título oferece para 
investidores pessoa física é a isenção de Imposto de Renda. 
 
AÇÕES 
Ações Ordinárias (ON) 
As ações ordinárias garantem direito a voto do investidor, que pode eleger 
membros do conselho de administração de determinada empresa. 
Se uma empresa falir e for liquidada, os detentores de suas ações ordinárias só 
vão receber o dinheiro quando os detentores de ações preferenciais e 
os credores forem pagos. 
Ações Preferenciais (PN) 
As ações preferenciais possuem um grau diferenciado de direito de recebimento 
de dividendos de uma companhia, possuindo prioridade. 
Seus detentores não possuem direito de voto em uma assembleia (isso pode 
variar de acordo com a organização). 
Normalmente, esse tipo de ação dá a garantia de dividendos fixos permanentes 
aos seus acionistas. Isso acontece de forma diferente das ações ordinárias que 
possuem dividendos variáveis que não são garantidos. 
Diferentes classes de ações 
Também é possível que as organizações personalizem e criem 
diferentes classes de ações conforme as suas necessidades. 
Isso costuma acontecer, principalmente, quando a empresa quer que o poder 
de voto permaneça com um determinado grupo. Assim, as diferentes classes de 
ações acabam recebendo diferentes direitos de voto. 
Por exemplo, uma classe de ação pode ser criada a fim de dar, a um seleto 
grupo de pessoas, dez votos por ação. Outra classe pode ser emitida para a 
maioria dos acionistas que terão direito a apenas um voto por papel. 
Quando existe mais de uma classe de ações, elas são tradicionalmente 
terminadas em 5, 6, 7, e assim por diante, após a sigla da empresa, 
como USIM5 (Usiminas PNA), VALE3 (Vale PNA) e ELET6 (Eletrobras PNB), 
por exemplo. 
Além disso, as ações ordinárias terminam em 3 e as ações preferenciais, em 4. 
Qual a Diferença entre ON e PN? 
Existem algumas diferenças entre ações ordinárias (ON) e ações preferencias 
(PN). Confira: 
Controle acionário 
Em caso de mudança de controle acionário da companhia, a instituição que está 
adquirindo a parte que pertence ao bloco controlador, precisa realizar uma oferta 
pública de aquisição de todas ON que pertencem as acionistas minoritários de, 
no mínimo, 80% da quantia paga pela compra das ações do grupo controlador. 
Por exemplo, uma empresa pode ter suas ON distribuídas da seguinte forma: 
53% entre o grupo controlador, 26% destinados a um fundo de investimento e 
21% entre os investidores minoritários (acionistas que negociam ações 
diretamente na bolsa de valores). 
Dessa forma, se alguma empresa desejar adquirir a companhia em questão, ela 
vai precisar fazer uma oferta para o grupo controlador, detentor dos 53%, e 
oferecer aos acionistas minoritários no mínimo 80% do valor proposto pelos 
controladores. 
Dividendos 
Uma das maiores vantagens em adquirir uma PN é ter preferência para o 
recebimento dos dividendos corporativos. 
Pela lei, os acionistas que possuem este tipo de ação possuem o direito de 
receber dividendos no mínimo 10% maiores do que os que são pagos aos 
investidores que possuem uma ON. 
É importante que você tenha em mente as características de cada tipo de 
ação antes de optar por uma delas.Assim, é importante que você analise as regras de governança corporativa de 
cada empresa antes de investir, pois, elas definem os direitos dos investidores. 
Também é importante que você leve em consideração a liquidez desse ativo. 
Em alguns casos, uma pode ser PN mais líquida, ou seja, é negociada em maior 
volume na bolsa de valores. 
Além disso, em outros casos, você pode adquirir uma ação e ser penalizado por 
sua baixa negociação. Ou seja, você pode acabar não conseguindo vendê-la a 
qualquer momento. 
No entanto, se o seu objetivo é o longo prazo, as ações com maior liquidez 
costumam ser a melhor opção. 
Exemplos de Ações Ordinárias 
Os códigos das ações ordinárias são compostos pela sigla da empresa em 
questão mais o número 3. 
Dessa forma, temos como exemplo de uma ON as seguintes ações: 
 Natura: NATU3 
 Petrobras: PETR3 
 Bradesco: BBDC3 
 Vale: VALE3 
Exemplos de Ações Preferenciais 
Da mesma forma que acontece com as ações ordinárias, os códigos das PNs 
também são compostos pela sigla da empresa mais um número, que nesse caso 
é o 4. 
Assim, temos como exemplo de uma PN as seguintes ações: 
 Petrobras: PETR4 
 Bradesco: BBDC4 
 Vale: VALE4 
 
DEBÊNTURES 
 
O que são debêntures? 
Não se deixe assustar pelo nome. Debêntures são títulos de crédito emitidos por 
empresas e negociados no mercado de capitais. Em alguns aspectos, seu 
funcionamento lembra o dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto. Só que 
em vez de financiar o governo, quem compra debêntures empresta dinheiro para uma 
empresa construir uma nova fábrica, expandir as operações no exterior ou fazer 
qualquer outro grande investimento. 
Qual é a diferença entre debêntures e ações? 
As regras relacionadas aos prazos e ao formato da remuneração das debêntures 
estão definidas e registradas desde o momento da emissão pela empresa. Portanto, 
quem investe em uma debênture já sabe desde o início por quanto tempo o dinheiro 
precisará ficar aplicado e também de quanto serão os juros que receberá até lá. Por 
essas características, as debêntures são classificadas como investimentos de renda 
fixa, como os CDBs. 
Essa é uma diferença fundamental entre as debêntures e as ações – que, é verdade, 
também são definidas genericamente como títulos emitidos por uma empresa. Só que 
enquanto as debêntures são papéis de dívida, as ações representam frações do 
capital de uma empresa. 
Quem investe em ações se torna sócio de uma empresa – e não credor, como é o 
caso de quem compra debêntures. Se ela crescer e tiver lucro, o investidor poderá 
receber dividendos e ganhar com a valorização das ações. Já se registrar prejuízos, 
os papéis podem desvalorizar. Como o retorno do investimento pode mudar segundo 
a performance da companhia e as condições do mercado, as ações são classificadas 
como investimentos de renda variável. 
Outra diferença entre ações e debêntures está no prazo do investimento. As 
debêntures têm uma data de vencimento definida – normalmente, de pelo menos dois 
anos, podendo chegar a cinco ou dez anos. Isso não existe nas ações, que podem 
ser mantidas pelo investidor por quanto tempo quiser, se desfazendo delas no 
momento que parecer mais conveniente. 
Por que empresas emitem debêntures? 
Como as condições da emissão são definidas pela própria empresa, as debêntures 
acabam sendo uma forma mais flexível de captação de recursos – e também mais 
barata do que um financiamento bancário tradicional, com juros menores. 
Ao mesmo tempo, as debêntures não envolvem a venda de uma parte do capital para 
outras pessoas, como acontece quando uma empresa faz uma emissão de ações. 
Isso é positivo para os acionistas, que evitam ter seus investimentos diluídos. 
Quem pode emitir 
As empresas enquadradas como sociedade por ações (S/A) de capital fechado ou 
aberto podem emitir debêntures no mercado. Já para fazer ofertas públicas de 
debêntures é preciso ser uma companhia aberta e estar devidamente registrada junto 
à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
A decisão sobre emitir debêntures deve ser tomada pela assembleia geral de 
acionistas de uma empresa, que precisa fixar as condições e os critérios da operação. 
Em companhias abertas, no entanto, o próprio Conselho de Administração pode 
deliberar sobre a emissão de debêntures sem ter de consultar os acionistas antes. 
Tipos de debêntures 
Existem diferenças importantes entre as debêntures disponíveis para os investidores 
no mercado. Em função delas, os papéis podem ser classificados em alguns tipos, 
como: 
Debêntures conversíveis 
São papéis que mesclam características de renda fixa e renda variável. Isso porque, 
como o nome sugere, as debêntures conversíveis podem ser trocadas por ações da 
companhia emissora. É como se, no lugar de devolver o dinheiro dos investidores 
acrescido de juros, a empresa pudesse fazer esse pagamento por meio de uma 
participação acionária. 
Em alguma medida, o fato de serem conversíveis reduz o risco do investimento nas 
debêntures. Afinal, se numa situação limite a empresa não tivesse caixa para honrar 
os pagamentos dos juros e do principal, o investidor que se tornasse acionista evitaria 
um prejuízo maior. 
Debêntures simples 
Outra maneira de se referir às debêntures simples é como “não conversíveis”. 
Significa que elas não preveem a possibilidade de serem convertidas em ações. 
Quem investe nelas será remunerado sempre com juros sobre o principal, de acordo 
com as condições oferecidas na oferta. 
Debêntures incentivadas 
As debêntures incentivadas servem para captar recursos para projetos específicos, 
voltados ao desenvolvimento da infraestrutura do país. Foram regulamentadas pela 
lei 12.431, de 2011, e também são chamadas de debêntures de infraestrutura. Entre 
os setores prioritários para a emissão dos papéis estão logística, transporte, 
saneamento básico, energia e muitos outros. 
O incentivo oferecido nessas debêntures para despertar o interesse dos investidores 
é a isenção de Imposto de Renda sobre o rendimento. Essa é a principal vantagem 
do produto. 
Debêntures Comuns 
São classificadas como comuns as debêntures que não são incentivadas – ou seja, 
as não isentas de Imposto de Renda. 
Debêntures Permutáveis 
As debêntures permutáveis lembram as debêntures conversíveis, porque elas 
também são papéis que podem ser trocados por ações. A diferença é que, no caso 
das permutáveis, as ações não são da própria empresa emissora das debêntures. 
Debêntures Perpétuas 
Esse tipo de debênture não prevê um prazo de vencimento, como normalmente existe 
nesses papéis. Assim, o investidor permanece recebendo a remuneração ao longo 
do tempo, segundo o que tiver sido acordado pela empresa na época da emissão. 
Debêntures Participativas 
A remuneração oferecida aos investidores nas debêntures participativas é a 
participação nos lucros da empresa que emitiu os papéis. 
Rendimento 
Os direitos e os deveres dos debenturistas e da empresa emissoras precisam estar 
especificados na “escritura de emissão”. Entre as informações detalhadas nesse 
documento estão as formas de remuneração das debêntures. Existem três estruturas 
mais comuns: 
• Em uma debênture prefixada, o investidor recebe uma taxa de juros definida desde 
o momento da aplicação. É possível calcular exatamente quanto ele receberá até o 
vencimento. 
• Nas debêntures pós-fixadas, o investidor também conhece de antemão o 
indicador que servirá como referência para a remuneração da debênture. Pode ser 
a taxa Selic ou a taxa do CDI, por exemplo. No entanto, o retorno efetivo recebido na 
aplicação seguirá as variações impostas ao indicador. Se a Selic subir ou cair, a 
remuneração poderá ser maior ou menor. 
• Nas debêntures com remuneração híbrida, há um componente prefixado e outro 
pós-fixado. Os casos mais comuns são aqueles em que o papel assegura uma taxa 
de juros anual (de 5% ou 8%, por exemplo) mais a variação da inflação,medida 
pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou pelo IGP-M (Índice Geral de 
Preços – Mercado). 
Custos e Tributação 
Os custos envolvidos no investimento em debêntures dependem da instituição 
financeira que ajudará o investidor a fazer a aplicação. Alguns bancos e corretoras 
podem cobrar comissões. É o caso da taxa de intermediação ou de corretagem, 
aplicada a cada compra ou venda de debêntures. Também pode haver cobrança de 
taxa de custódia, que cobre os custos das instituições financeiras por “guardarem” as 
debêntures em nome do investidor. 
Por outro lado, existem casas que isentam os investidores de algumas ou de todas 
essas taxas. 
Na prática, o principal custo para investir em debêntures acaba sendo o Imposto de 
Renda, que incide sobre os rendimentos e segue a chamada tabela regressiva. Por 
essa tabela, quanto mais longo for o investimento, menor é o imposto a pagar. 
A alíquota começa em 22,5%, para aplicações de até seis meses, chegando a 15% 
caso o prazo for superior a dois anos. É a mesma sequência de alíquotas utilizada na 
tributação de outros investimentos de renda fixa. 
Lembrando que, se as debêntures forem incentivadas, não haverá incidência de 
Imposto de Renda. 
Riscos e garantias 
Como as debêntures representam um empréstimo, o principal risco do produto é o de 
“calote” das empresas emissoras – ou seja, que elas não paguem os juros prometidos 
ou devolvam o principal aplicado pelos investidores (ou ainda, as duas coisas). Isso é 
chamado de risco de crédito. Ele pode ser maior ou menor, dependendo da situação 
financeira e da credibilidade da empresa emissora. 
Ao contrário de outros investimentos de renda fixa, como os CDBs ou as letras de 
crédito, as debêntures não contam com o seguro do Fundo Garantidor de Créditos 
(FGC). No entanto, os papéis podem oferecer outros tipos de garantias aos 
investidores, que sejam acionadas para assegurar os pagamentos caso haja 
problemas com as empresas emissoras. As debêntures podem ter: 
• Garantia real, que são bens integrantes do ativo da empresa ou de terceiros, sob a 
forma de hipoteca, penhor ou anticrese. 
• Garantia flutuante, com privilégio sobre o ativo da empresa em caso de falência. 
Como os bens que servem de garantia flutuante não são vinculados à emissão das 
debêntures, a empresa pode dispor deles sem a prévia autorização dos debenturistas. 
• Garantia quirografária ou sem preferência, sem nenhum privilégio sobre o ativo da 
empresa, concorrendo pelos ativos nas mesmas condições dos outros credores em 
caso de falência. 
• Garantia subordinada, com preferência de pagamento apenas sobre o crédito dos 
acionistas, em caso de liquidação da empresa.

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