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SANARFLIX - OS PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA

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OS PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
DA MEDICINA: SAIBA DIFERENCIAR ALGUMAS 
DAS PATOLOGIAS QUE MAIS SE ASSEMELHAM 
NA CLÍNICA MÉDICA! 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
CARDIOLOGIA 6
Síndrome Coronariana Aguda x Miocardiopatia de Taksuboto 6
Taquicardia Supraventricular x Taquicardia Ventricular 9
Angina x Infarto Agudo do Miocárdio 15
Doença Arterial Coronariana x Refluxo Gastroesofágico 21
GASTROENTEROLOGIA 26
Apendicite Aguda x Doença Inflamatória Pélvica 26
Doença de Crohn x Retocolite Ulcerativa 30
Síndrome do Intestino Irritável x Intolerância à Lactose 34
PNEUMOLOGIA 38
Tuberculose x Aspergilose 38
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica x Asma 41
REUMATOLOGIA 45
Artrite Reumatoide x Osteoartrite 45
ENDOCRINOLOGIA 50
Tireotoxicose x Hipotireoidismo 50
Diabetes Mellitus tipo 2 x Diabetes Autoimune Latente do Adulto 55
555555555 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
INTRODUÇÃO
Que a medicina reúne uma infi nidade complexa de con-
teúdos e correlações clínicas não é nenhuma novidade, 
né?! Mas dentro desse mundo enorme de informações, é 
imprescindível que todo médico tenha domínio das enfer-
midades de maior relevância clínica e epidemiológica. 
Nesse sentido, apesar de ainda assim, ser necessário 
termos um fi ltro para as patologias que são consideradas 
as mais prevalentes, é necessário saber destrinchar o seu 
principal diagnóstico diferencial. 
E foi pensando nisso que criamos em parceria com diver-
sas ligas acadêmicas de Medicina do país este eBook feito 
para você, estudante de Medicina, que precisa de tudo 
isso reunido em um só local e de fácil acesso para revisar 
quando precisar e a hora que quiser.
Doença de Crohn x Retocolite Ulcerativa? Taquicardia 
Supraventricular ou Ventricular? Glaucoma Agudo ou Uve-
íte Anterior? Calma, respira. Chegou a hora de aprendermos 
de uma vez por todas alguns dos principais diagnósticos 
diferenciais dentro da medicina!
666666666 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Módulo de Cardiologia
A dor torácica é um tema extremamente relevante na 
prática clínica. Você sabe como prosseguir com sua inves-
tigação? Veja agora algumas diferenças entre os principais 
diagnósticos diferenciais e saiba como defi nir melhor a 
sua conduta.
Síndrome Coronariana Aguda x Miocardiopatia de Taksuboto
O que é Síndrome Coronariana Aguda?
 Compreende diversas apresentações clínicas decor-
rentes de isquemia miocárdica, devido à obstrução aguda 
de uma artéria coronária, que abrange a angina instável 
(AI), o infarto agudo do miocárdio sem supradesnivela-
mento de ST (IAMSS-ST) e o infarto agudo do miocárdio 
com supradesnivelamento de ST (IAMCS-ST). 
O que é Cardiomiopatia de Takotsubo?
 É uma disfunção transitória do ventrículo esquerdo (VE) 
após intenso estresse emocional ou físico, na ausência de 
coronariopatias signifi cantes. É decorrente de uma hipo-
cinesia da região média e acinesia ou discinesia apicais 
associadas à hipercinesia da região basal do VE, com con-
sequente formação de gradiente sistólico intraventricular, 
tendo como resultado uma redução da fração de ejeção 
desse ventrículo. Acomete, em 90% dos casos, mulheres 
em período pós-menopausa, principalmente após estresse 
emocional.
777777777 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Diferenciando os sintomas:
Síndrome Coronariana Aguda
 Dor torácica usualmente prolongada (> 20 minutos), 
podendo ser desencadeada por esforço físico, estresse 
ou ocorrer em repouso, usualmente de forte intensidade 
e com característica opressiva, em aperto, queimação ou 
peso, e pode estar associada a náuseas, vômitos, sudorese 
e dispneia.
Cardiomiopatia de Takotsubo
 As manifestações clínicas da cardiomiopatia de Takot-
subo são semelhantes às da síndrome coronariana aguda, 
com súbita dor precordial, dispneia, alterações eletrocar-
diográfi cas e elevação de biomarcadores de necrose mio-
cárdica, porém, classicamente, sem apresentar obstruções 
signifi cativas das artérias coronárias à cineangiocorona-
riografi a e reversibilidade das alterações da motilidade 
ventricular.
Tratamento
Síndrome Coronariana Aguda
 O tratamento da SCA é realizado com suporte clínico, 
principalmente com monitorização, oxigênio, nitrato, AAS, 
Clopidogrel, betabloqueador, anticoagulante e estatina. 
O tratamento defi nitivo é realizado através da reperfusão 
coronariana por trombólise, angioplastia primária ou cirur-
gia de revascularização do miocárdio.
 Cardiomiopatia de Takotsubo
 Não existe tratamento específi co já que a fi siopatolo-
gia da cardiomiopatia de Takotsubo ainda não está escla-
recida, mas sabe-se que a doença tem um curso limitado, 
em que a função cardíaca é normalizada dentro de poucas 
semanas.
888888888 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
 A principal abordagem consiste no suporte hemodinâ-
mico, muitas vezes necessário na fase aguda da doença. 
O uso de drogas fi brinolíticas, como ocorre no IAM, não 
está indicado, pois a fi siopatologia da cardiomiopatia de 
Takotsubo não envolve mecanismos tromboembólicos. 
Produzido por:
Liga: Liga Acadêmica de Cardiologia da Paraíba (CARDIOLIGA-PB)
Autores: Nathália Gabrielle Brito Bezerra e Gilvandro de Assis Abran-
tes Leite Filho
Revisores: Rayanne Kalinne Neves Dantas e Karoline Frazão Bezerra
Orientador: Ivson Cartaxo Braga
Referências
Issa AFC, Oliveira GMM, Abreu LM, Rocha RM, Esporcatte R; Sociedade 
de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro. Manual de Atualização e Con-
duta: Síndrome Coronariana Aguda (SCA). São Paulo: PlanMark; 2015. 
Nascimento et al. Manual de Cardiologia para Graduação. 1 ed. Salva-
dor: Sanar; 2018.
Reis JGV, Rosas G. Cardiomiopatia de Takotsubo: um dignóstico dife-
rencial da síndrome coronariana aguda: revisão da literatura. Rev Med 
Minas Gerais 2010; 20(4): 594-600.
999999999 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Taquicardia Supraventricular x Taquicardia Ventricular
O que é Taquicardia Supraventricular?
 Taquicardia supraventricular (TSV) é uma taquiarrit-
mia comum e de início súbito, que apresenta ritmo regular 
e pode chegar à frequência cardíaca acima de 200 bpm, 
cujos impulsos são originados acima do nó atrioventri-
cular. Usualmente, é encontrada em adultos jovens sem 
nenhuma doença cardíaca subjacente e costuma acometer 
majoritariamente mulheres. Vale salientar que, em alguns 
casos, o álcool, café ou apenas uma pura excitação ou 
ritmo de extrassístole atrial podem levar a uma TSV. O tipo 
mais comum de mecanismo gerador é a reentrada nodal.
 Caracteristicamente, se apresenta como uma taquicar-
dia de R-R regular com QRS estreito, por ser originada em 
região atrial. Entretanto, há situações em que essa arritmia 
se apresenta com QRS alargado, simulando uma taquicar-
dia ventricular.
O que é Taquicardia Ventricular?
 A taquicardia ventricular (TV) se caracteriza como uma 
taquiarritmia com no mínimo três complexos QRS alarga-
dos, cujo impulso elétrico é originado da região ventricu-
lar, em que a condução é lenta. Pode se apresentar como 
monomórfi ca (QRS semelhantes, cuja causa principal são 
infarto e doença de Chagas) ou polimórfi ca (QRS com duas 
ou mais morfologias). É importante salientar que 20% dos 
QRS largos são derivados de TSV com aberrância de con-
dução.
 A taquicardia ventricular sustentada, quando ocorre 
acima de 30 segundos, ocorre geralmente em pessoas 
com cardiopatias estruturais, como insufi ciência cardíaca e 
cardiomiopatia, sendo mais comum em idosos. Raramente 
101010101010101010 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
essa arritmia se desenvolve em jovens sem cardiopatias 
estruturais. Nessa população, pode ocorrer, por exemplo, 
devido à síndrome do QT longo (congênita ou causada 
pelo uso de medicamentos) e síndrome de Brugada.
 O Torsades de Pointes é uma TV polimórfi ca, cuja 
polaridade muda como uma espiral retorcida. Ocorre prin-
cipalmente em pacientes com Síndrome do QT longo, usu-
almente com uma frequência entre 200 e 250 bpm.
DiagnósticoSintomatologia
 Em ambas as patologias, o quadro clínico varia desde 
assintomático à presença sintomas como palpitações, disp-
neia, precordialgia, transtornos visuais e síncope. A TV 
pode levar à parada cardíaca, e sua apresentação crônica 
pode gerar insufi ciência cardíaca. A aceleração da frequ-
ência cardíaca pode persistir por poucos minutos a várias 
horas. 
 O diagnóstico deve ser iniciado pelo exame físico em 
busca de sinais de repercussão hemodinâmica, como 
rebaixamento do nível de consciência, hipotensão, edema 
agudo de pulmão, entre outros. Deve-se realizar a anam-
nese para investigar a existência de patologias associadas, 
cardiopatias, história familiar de morte súbita, atividades 
precipitantes e uso de substâncias e medicamentos.
Critérios Diagnósticos
 É importante fazer o diagnóstico diferencial entre TV 
e TSV com aberrância, que apresentam características 
semelhantes ao eletrocardiograma, com QRS alargado 
(≥120ms).
 O algoritmo de Vereckei é avaliado a partir da deriva-
ção avR e apresenta melhores resultados nesse rastreio. 
Os critérios de Brugada, por sua vez, é o algoritmo mais 
111111111111111111 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
utilizado, com sensibilidade de 98,7% e especifi cidade de 
96,5% para o diagnóstico de TV.
 
Figura 01. Critérios de Vereckei e Critérios de Brugada
Legenda: (Vi/Vt = razão da velocidade de ativação ventricular)
Figura 02. Critérios morfológicos de Brugada
 Com o intuito de testar um critério mais simples, Pava 
et al publicaram um estudo em 2010 que mostrou que, ao 
avaliar-se o complexo QRS em DII, se o intervalo de tempo 
entre o início do QRS e a primeira mudança de polaridade 
for ≥ 50ms, é uma TV. Por exemplo, se o complexo QRS 
começar por uma positiva (onda R), calcula-se o intervalo 
entre ela e a primeira mudança de polaridade da onda R, 
quando a mesma começa a se dirigir para baixo. A sensi-
bilidade do critério de Pava é de 93,2%, e a especifi cidade, 
de 99,3%.
121212121212121212 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
 Mais recentemente, em 2015, o Dr. Francisco Santos 
propôs, em sua tese de doutorado, um novo algoritmo, que 
diferentemente dos demais, utiliza apenas critérios visuais 
de simples aplicabilidade. A sensibilidade desde algoritmo 
foi de 68,7%, com valor preditivo positivo de 85,8% e acu-
rácia de 73,8%. 
Figura 03. Critérios de Santos
Tratamento
Taquicardia Supraventricular
 Frequentemente, manobras vagais, que estimulam o 
sistema nervoso parassimpático, são efi cazes em extinguir 
o mecanismo causador desta taquiarritmia. As manobras 
mais utilizadas são massagem no seio carotídeo (con-
traindicada em casos de sopro audível em carótidas ou 
em pacientes idosos) e manobra de Valsalva modifi cada. 
Caso não haja reversão, administra-se:
• Adenosina 6mg IV bolus; em caso refratário, repetir 
com 12mg. Ocorre sucesso em 90% das vezes.
 Vale lembrar que o paciente deve ser comunicado sobre 
a sensação desagradável de parada, pois, a adenosina 
impede os impulsos elétricos por um curto período.
 Nos pacientes instáveis, deve-se realizar a cardiover-
são elétrica sincronizada, que consiste em uma descarga 
elétrica sincronizada à despolarização ventricular. Isso per-
131313131313131313 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
mite que o nó sinoatrial reassuma o ritmo cardíaco, fazendo 
com que o coração retorne ao ritmo sinusal. Atualmente a 
carga sugerida para tal procedimento varia de 50 a 100 J 
nos aparelhos bifásicos. Nos pacientes estáveis, conscien-
tes e orientados, deve-se realizar analgesia e sedação, se 
necessário cardiovertê-los, enquanto nos instáveis e com 
risco iminente de morte, a cardioversão deve ser realizada 
imediatamente.
 Taquicardia Ventricular
 O tratamento tem como objetivo otimizar o manejo 
das cardiopatias, atenuar sintomas das arritmias, minimi-
zar recorrência e evitar a morte súbita, indicando o car-
dioversor-desfi brilador implantável quando necessário. 
Os betabloqueadores são a droga de primeira linha para 
prevenção primária de morte súbita, tanto nas cardiopa-
tias dilatadas como nas isquêmicas. Contudo, no paciente 
que já apresentou TV ou fi brilação ventricular revertida, a 
amiodarona é a droga de escolha e a única opção quando 
há cardiopatia estrutural grave. O Sotalol pode ser utili-
zado no paciente com função ventricular preservada, e a 
lidocaína é opção na TV pós-infarto. 
 O tratamento não farmacológico feito através da abla-
ção por cateter é usualmente indicado nos pacientes com 
TV recorrente e refratária ao tratamento farmacológico, 
ou até mesmo nos pacientes que estão utilizando o CDI 
diversas vezes para ajustar a manutenção farmacológica. 
 Já o CDI, está indicado nos casos de TV espontânea 
com duração maior que 30 segundos, com fração de ejeção 
ventricular < 35% e com mais de um ano de expectativa de 
vida e na TV sustentada refratária à terapia farmacológica. 
141414141414141414 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Produzido por:
Liga: Liga Acadêmica de Cardiologia da Paraíba (CARDIOLIGA-PB)
Autores: Rayanne Kalinne Neves Dantas
Revisor: Ivson Cartaxo Braga
Orientador: Ivson Cartaxo Braga
Referências
1. AHA/ACC/HRS Guideline for Management of Patients with Ventri-
cular Arrhythmias and the Prevention of Sudden Cardiac Death: A Report 
of the American College of Cardiology/American Heart Association Task 
Force on Clinical Practice Guidelines and the Heart Rhythm Society. Cir-
culation. 2017.
2. Martins HS, Brandão Neto RA, Velasco IT. Medicina de emergência: 
abordagem prática. 12. ed. Barueri: Manole; 2017.
3. Moreira MCV, Montenegro ST, Paola AAV. Livro-texto da Sociedade 
Brasileira de Cardiologia. 2. ed. São Paulo: Manole; 2015.
4. Nascimento et al. Manual de Cardiologia para Graduação. 1 ed. Sal-
vador: Sanar; 2018.
5. Pava LF et al. R-wave peak time at DII: A new criterion for differen-
tiating between wide complex QRS tachycardias. Heart Rhythm 2010.
6. Priori SG, Blomstrom-Lundqvist C et al. 2015 ESC Guidelines for the 
management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention 
of sudden cardiac death. The Task Force for the Management of Patients 
with Ventricular Arrhythmias and the Prevention of Sudden Cardiac Death 
of the European Society of Cardiology (ESC). European Heart Journal, 
2015; 36: 2793–2867.
7. Santos Neto FR. Análise de um novo critério de interpretação no 
diagnóstico diferencial das taquicardias de complexo QRS largo [tese]. 
São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2015. 
151515151515151515 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
 Angina x Infarto Agudo do Miocárdio
O que é Angina pectoris?
 A angina de peito (ou pectoris) é defi nida como um 
desconforto no tórax ou na região precordial causado por 
isquemia miocárdica que tem como principal causa a doença 
aterosclerótica, mas que também pode advir de embolia, 
vasculite ou dissecção coronariana. Ela pode ser classi-
fi cada como estável quando a isquemia é transitória que 
ocorre devido ao estreitamento luminal progressivo e atra-
vés do aumento da demanda, ou seja, quando o paciente 
realiza algum esforço e que dura geralmente menos do que 
5 minutos, sendo aliviada ao repouso. Já a angina instável 
decorre de um estreitamento luminal abrupto com a isque-
mia devido a uma redução da oferta sanguínea, ocorrendo 
no repouso ou em mínimos esforços e que geralmente dura 
mais do que 10 minutos. 
 As anginas estáveis ainda apresentam classes funcio-
nais, sendo a classe I a angina que ocorre com esforços 
prolongados e intensos; a classe II a que apresenta uma 
discreta limitação habitual, uma angina que o ocorre ao 
subir mais de um lance de escada ou caminhar mais de dois 
quarteirões no plano; já a classe III apresenta uma limita-
ção das atividades habituais com sintomatologia ao subir 
um lance de escadas ou caminhar um quarteirão no plano; 
e por fi m, a classe IV representa a incapacidade de realizarqualquer atividade sem desconforto, podendo haver sin-
tomas no repouso, caracterizando uma angina instável. 
O que é infarto Agudo do Miocárdio (IAM)? 
 Infarto agudo do miocárdio é caracterizado pela necrose 
do tecido muscular cardíaco, em que as células atingidas 
morrem e perdem a sua função permanentemente ocasio-
nando elevação dos marcadores bioquímicos de necrose 
161616161616161616 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
miocárdica que são as troponinas cardioespecífi cas, a 
CK-MB e a mioglobina. Ocorre, na maioria dos casos, devido 
a aterotrombose, ou seja, formação de um trombo que inter-
rompe o fl uxo sanguíneo das coronárias de forma súbita 
e intensa, ou, de maneira menos comum, pode acontecer 
devido a espasmos coronarianos, uso de cocaína, dissec-
ção coronariana, vasculite coronariana, embolia corona-
riana, entre outros. 
 Como já dito, principal causa do infarto é a ateroscle-
rose, que ocorre devido ao acúmulo de placas de gordura 
na luz das artérias coronarianas, chegando a obstruí-las. 
Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompi-
mento de uma dessas placas, de modo a se formar um coá-
gulo que causa a interrupção do fl uxo sanguíneo, levando 
assim à diminuição da oxigenação das células do miocár-
dio.
 Os IAM podem ser classifi cados como: sem suprades-
nivelamento do segmento ST, quando a oclusão é subto-
tal, geralmente causada por trombos pobres em fi brina; ou 
com supradesnivelamento do segmento ST, que apresenta 
uma oclusão total por trombo com grande quantidade de 
fi brina.
Diferenciando os sintomas:
Angina pectoris
 A angina se caracteriza como um desconforto ou dor 
torácica com localização geralmente em região médio-es-
ternal, retroesternal e precordial. Esse sintoma pode se irra-
diar para o pescoço, mandíbula, ombro e braço esquerdo 
(podendo raramente acometer ambos os braços) e região 
epigástrica.
 Outros possíveis sintomas incluem dispneia, náuseas, 
sudorese e palidez. Além disso, a duração típica de um 
episódio de angina é breve, não ultrapassando a marca de 
15-20 minutos. É esperado que esses sintomas se aliviem 
com o repouso ou com o uso de nitratros sublinguais. Por 
171717171717171717 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
fi m, a angina estável é um desconforto torácico aos esfor-
ços em múltiplos episódios, sem aumento da intensidade. 
Enquanto que a instável ocorre não relacionada ao esforço.
 Ao exame físico pode estar presente desdobramento 
paradoxal de B2, ritmo de galope, B3, B4, sopros valva-
res, desvio de ictus, sopros carotídeos, pulsos reduzidos 
em membros inferiores e estertores em bases pulmonares, 
além de pressão arterial elevada. 
Infarto Agudo do Miocárdio? 
 O principal sintoma é uma dor torácica que irradia 
para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, o braço 
direito. Esse desconforto costuma ser intenso e prolon-
gado, acompanhado de sensação de peso ou aperto sobre 
tórax – semelhante à angina – contudo, é mais intenso 
e persistente, não sendo totalmente aliviado através de 
repouso e uso de nitroglicerina. 
 Outros sintomas comuns são náuseas, sudorese e, 
menos frequentemente, dor na região epigástrica e sen-
sação iminente de morte. Todavia, é importante salientar 
que cerca de 25% dos IAM são clinicamente silenciosos 
– especialmente em diabéticos ou idosos, sendo um mal-
-estar súbito dessa população motivo de preocupação car-
diovascular. Pode-se verifi car ainda achados físicos como 
palidez, taquicardia, presença de B4 e impulso cardíaco 
discinético. Quando o paciente sofre de insufi ciência car-
díaca congênita, observa-se estertores B3, ademais, vale 
lembrar que turgência jugular é comum no infarto do ven-
trículo direito.
Tratamento
Angina pectoris 
 No caso da angina estável, o tratamento vai consistir no 
alívio dos sintomas – terapia antianginosa- e redução de 
eventos cardiovasculares. Na primeira, como medicamen-
181818181818181818 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
tos de primeira linha será prescrito nitrato de ação rápida 
para os episódios agudos de angina e o uso de betablo-
queadores para redução da angina induzida por esforço; 
como segunda linha temos a associação de betabloqueado-
res com bloqueadores do canal de cálcio, trimetazidina ou 
ivabradina; já como medicamentos de terceira linha entram 
os nitratos de ação prolongada e, por fi m, como quarta 
linha, o alopurinol. Já para a redução dos eventos cardio-
vasculares, sendo considerados redutores de mortalidade, 
são utilizados antiplaquetários (AAS) e em pacientes com 
hipersensibilidade o clopidogrel, hipolipemiante (estati-
nas) e inibidores da enzima conversora de angiotensina 
(IECA). Além disso, são necessárias mudanças do estilo de 
vida, com realização de atividade física, cessar tabagismo, 
tratar hipertensão e controlar o diabetes. Dependendo da 
presença ou severidade dos sintomas, pode-se optar por 
uma revascularização miocárdica.
 No caso de angina instável, é recomendado a monito-
rização eletrocardiográfi ca contínua, realização do acesso 
venoso periférico, caso satO2<90% deve-se iniciar oxigê-
nio (2 a 4 L/min) por cateter nasal ou máscara. Caso a dor 
continue mesmo com o uso de nitratos, pode-se adminis-
trar morfi na. Vai se utilizar nitroglicerina venosa contínua 
(se dor persistente ou hipertensão), antiplaquetários, anti-
trombóticos, anti-isquêmicos (betabloqueador), inibição do 
sistema renina-angiotensina-aldosterona e hipolipemian-
tes. O cateterismo será realizado após 48 horas da estabi-
lização do quadro ou antes caso mantenha dor anginosa.
Infarto agudo do miocárdio
 Para o alí vio da hipoxemia é recomendável a monitoriza-
ção da saturação sanguínea de oxigênio (pela oximetria de 
pulso), devendo os pacientes que apresentam hipoxemia 
arterial clinicamente evidente ou documentada (satura-
ção de O2 < 94%) receber suplementação de oxigênio por 
máscara ou cateter nasal (2 a 4 L/min). É necessária anal-
gesia adequada para o controle da dor e da ansiedade, pois 
191919191919191919 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
pacientes com IAM exibem hiperatividade do sistema ner-
voso simpático e essa descarga adrenérgica incrementa a 
necessidade de oxigênio pelo miocárdio. Importante salien-
tar que o uso rotineiro de ansiolíticos não é recomendado. 
Alguns dados de literatura demonstram que a adminis-
tração de diazepam não produz efeitos sobre ansiedade, 
pressão arterial, frequência cardíaca ou dor torácica em 
pacientes com IAM. 
 O uso de antiplaquetários tem benefício comprovado 
no tratamento do IAM. Tendo sua efi cácia e segurança 
comprovadas, bem como sua relação custo-efetividade, 
os antiplaquetários, principalmente o AAS, estão entre os 
medicamentos mais utilizados em casos como esse.
 Além disso, a infusão de heparina, anticoagulantes 
orais, betabloqueadores também fazem parte da estabili-
zação do quadro do paciente e tratamento de sua condi-
ção, sendo ainda possível fazer terapia com células-tronco 
visando a tentativa de reposição de células cardíacas per-
didas no processo de infarto. E, por fi m, é de suma impor-
tância fazer terapias de reperfusão. E o uso de fi brinolíticos 
é uma estratégia muito importante nesse sentido, parti-
cularmente em situações nas quais as Intervenções coro-
narianas percutâneas (angioplastia coronária transluminal 
percutânea (ATPC) com ou sem inserção de stent) não está 
disponível em tempo hábil e, no cenário pré-hospitalar, nas 
primeiras horas dos sintomas. 
202020202020202020 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Produzido por:
Liga: Liga Acadêmica de Cirurgia da Bahia - LACIR
Autores: Victoria Maria Arruda de Brito e Yuri Campos Lopes
Revisor: Gabriela Chaves Celino
Orientador: Dr Jorge Bastos
Referências
1. Kasper, DL. et al. Harrison Medicina Interna, v.2. 19ª edição. Porto 
Alegre: AMGH, 2017.
2. Infarto do Miocárdio - dr. Antônio Carlos Bacelar, cardiologista, atu-
alizado por Dr. Marcelo Franken,gerente médico da Cardiologia Einstein, 
Publicado em: 26/04/2012 no site do Hospital Albert Einstein
3. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento 
do Infarto Agudo do Miocá rdio com Supradesní vel do Segmento ST, Arq 
Bras Cardiol. 2015; 105(2):1-105 
4. Medicina intensiva: abordagem prática / editores Luciano César Pon-
tes de Azevedo, Leandro Utino Taniguchi, José Paulo Ladeira. – 2.ed. – 
Barueri, SP: Manole, 2015.
5. Cardiologia: CardioPapers / Eduardo Cavalcanti Lapa Santos, Fábio 
Mastrocola, Fernando Cortês Remisio Figuinha. – 1. Ed. – Rio de Janeiro: 
Atheneu, 2018.
6. GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina Interna. 24. ed. 
SaundersElsevier, 2012.
7. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Ins-
tável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST 
(II Edição, 2007)
212121212121212121 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Doença Arterial Coronariana x Refl uxo Gastroesofágico
O que é Doença Arterial Coronariana (DAC)?
 Refere-se ao comprometimento da circulação coronária 
com alterações na luz das artérias, ou seja, corresponde às 
alterações anatômicas das artérias coronárias, levando ou 
não alterações no fl uxo sanguíneo coronário. Geralmente, a 
causa é pela aterosclerose. Este diagnóstico de DAC pode 
ser: insufi ciência coronária, isquemia ou isquemia silen-
ciosa. 
 A insufi ciência coronária se caracteriza por um dese-
quilíbrio entre a oferta de oxigênio (O2) para miocárdio e 
o seu respectivo consumo. A isquemia é a desproporção 
entre a oferta e demanda de O2, causa exclusivamente 
pela incapacidade de aumento proporcional do fl uxo san-
guíneo. A isquemia silenciosa é caracteriza pela isquemia 
sem sintomatologia concomitante.
O que é Doença do Refl uxo Gastroesofágico (DRGE)?
 A doença do refl uxo gastroesofágico é uma afecção 
crônica decorrente do fl uxo retrógrado de parte do con-
teúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adja-
centes a ele, acarretando um espectro variável de sinais e 
sintomas. Esses sintomas podem ou não estar associados 
a lesões teciduais.
Diferenciando os sintomas:
Doença Arterial Coronariana
- Angina pectoris: sensação de asfi xia e ansiedade. Mas 
também, há relatos de “constrição”, “queimação”, “peso” e 
“aperto”;
222222222222222222 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
- Os locais mais comuns do desconforto são o retroes-
ternal e o precordial;
- Irradiação para superfície ulnar do antebraço esquerdo, 
membro superior direito, dorso, pescoço e, raramente, 
acima da mandíbula. 
- Um sintoma semelhante a DRGE é a queixa de somente 
dor epigástrica, ou então associada a desconforto torácico. 
- Se atentar para os chamados “equivalentes anginosos”, 
como dispneia, tontura, fadiga e eructações, frequentes 
em mulheres, idosos e diabéticos. 
Obs1.: Tabela de probabilidade de doença ar terial coronária:
Tabela 01: Retirado do livro “Clínica Médica – Medicina USP/ HC-FMUSP. Editora Manole. Volume 2, 2016” no dia 20/09/2019, 
às 16:00 horas.
Obs2.: lembrar que o diagnóstico e possíveis diagnósticos diferenciais são feitos com a ajuda dos exames complementares.
Doença do Refl uxo Gastroesofágico
- Lembrando que a intensidade e a frequência dos sinto-
mas são fracos preditores de gravidade, porém, a duração 
está associada a aumento do risco de complicações.
- Manifestações:
 - Pirose
 - Dor retroesternal
 - Sintomas que sugerem a origem esofágica: dor durante 
o sono, ter duração de horas ou dias, se precipitada por 
refeições copiosas e por líquidos muito quentes ou frios; 
porém, pacientes cardiopatas podem apresentar sintomas 
esofágicos concomitantes (lembrar que o uso de nitratos 
e bloqueadores de canais cálcio pode favorecer o refl uxo 
esofágico.
232323232323232323 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
 - Atenção: Pode simular dor anginosa típica, podendo 
se irradiar-se para pescoço, mandíbula e membro superior 
esquerdo, além de poder ocorrer durante esforço físico e 
ser precipitada por tensão emocional. Porém, são casos 
raros, sendo diagnóstico diferencial após descartar doença 
arterial coronariana.
Tratamento
Doença Arterial Coronariana
Baseia-se em cinco aspectos fundamentais:
 - Tratamento de doenças associadas que possam pre-
cipitar ou piorar a angina;
 - Controle dos fatores de risco;
 - Mudança no estilo de vida;
 - Terapia medicamentosa;
 - Revascularização miocárdica, quando indicada.
Assim, podemos traçar como objetivos fundamentais 
para o tratamento da DAC: (1) prevenção do infarto do 
miocárdio e redução da mortalidade; (2) redução dos sin-
tomas e da ocorrência da isquemia miocárdica, propiciando 
melhor qualidade de vida.
Pensando na terapêutica medicamentosa, temos que 
os antiagregantes plaquetários, os hipolipemiantes, em 
especial as estatinas, os bloqueadores beta-adrenérgicos 
após infarto agudo do miocárdio e Inibidores da Enzima 
Conversora de Angiotensina I (IECA) reduzem a incidência 
de infarto e aumentam a sobrevida, enquanto os nitratos, 
antagonistas dos canais de cálcio e trimetazidina reduzem 
os sintomas e os episódios de isquemia miocárdica, melho-
rando a qualidade de vida dos pacientes. Dessa forma, é 
prioritário e fundamental iniciar o tratamento com medi-
camentos que reduzem a morbimortalidade e associar, 
quando necessário, aos medicamentos que controlem a 
angina.
242424242424242424 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
 Doença do Refl uxo Gastroesofágico
O tratamento da DRGE tem como objetivos principais o 
alívio dos sintomas, a cicatrização das lesões e a prevenção 
de recidivas e complicações. É fundamental que o paciente 
seja esclarecido da natureza crônica de sua enfermidade 
e sobre a necessidade de modifi cações em seu estilo de 
vida para o sucesso do tratamento.
Tratamento clínico
Medidas comportamentais e dietéticas: elevar a cabe-
ceira da cama (aproximadamente 15 cm), evitar líquidos 
durante a refeição, refeições volumosas e ricas em gordu-
ras; aguardar 1 ou 2 horas após refeições antes de se deitar 
e cessar o consumo de tabaco; redução do peso corpóreo.
Tratamento medicamentoso
Inibidores da bomba de prótons (IBP): drogas de primeira 
escolha. O tratamento inicial (Omeprazol, 40mg) deve ser 
feito em dose plena, por um período de 4 a 8 semanas. 
Quando não se observa resposta satisfatória, deve ser con-
siderado o uso de dose dobrada da medicação. No caso de 
recidivas frequentes, recomenda-se a terapia de manuten-
ção com dose mínima de IBP.
Bloqueadores dos receptores H2 da histamina (ARH2): 
os mais utilizados são ranitidina, famotidina e cimatidina. 
A limitação desses medicamentos deve-se à baixa efi cácia 
e ao mecanismo de tolerância, restringindo sua utilização 
como terapia de manutenção.
Procinéticos: eleva a amplitude das contrações peristálti-
cas do corpo esofágico, acelera o esvaziamento gástrico e 
eleva a pressão no esfíncter inferior do esôfago. Ex.: meto-
clopramida é o agente procinético mais antigo; domperi-
dona tem menores efeitos colaterais.
252525252525252525 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Antiácidos, alginatos e sucralfato: usado para alívio sin-
tomático passageiro.
Esquema 1. Retirado do livro “Dani, Renato Gastroenterologia essencial I Renato Dani, Maria do Carmo Friche Passos.- 4. ed.- 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011” no dia 20/09/2019, às 21:30.
Produzido por:
Liga: Liga Acadêmica de Gastroenterologia e Hepatologia
Autores: Pedro Paulo Costa e Silva, Ana Carolina Souza Santana e Ana 
Carolina Dias Rasador
Revisor: Larrie Rabelo Laporte
Orientador: Nádia Regina Caldas Ribeiro
Referências
1. Clínica Médica – Medicina USP/ HC-FMUSP. Editora Manole. Volume 
4, 2016.
2. Clínica Médica – Medicina USP/ HC-FMUSP. Editora Manole. Volume 
2, 2016.
3. KASPER, Dennis L. et al. Medicina interna de Harrison. 19. ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2017.
4. Dani, Renato Gastroenterologia essencial I Renato Dani, Maria do 
Carmo Friche Passos.- 4. ed.- Rio deJaneiro: Guanabara Koogan, 201
262626262626262626 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Módulo de Gastroenterologia
 A dor abdominal é um tema extremamente relevante na 
prática clínica. Você sabe como prosseguir com sua inves-
tigação? Veja agora algumas diferenças entre os principais 
diagnósticos diferenciais e saiba como defi nir melhor a sua 
conduta. 
 Apendicite Aguda x Doença Infl amatória Pélvica (DIP)
O que é apendicite aguda?
A apendicite aguda consiste em uma condição infl amató-
ria decorrente da obstrução do lúmen apendicular, podendo 
ocorrer pela hiperplasia dos folículos linfoides no percurso 
de um processo infl amatório, pela obstrução por bolo de 
áscaris, por corpos estranhos ou tumores e, de forma mais 
frequente, por obstrução por fecalito.
A obstrução, por sua vez, tende a causar um aumento da 
pressão no interior do apêndice, gerando distensão, que 
irá promover a diminuição do suprimento arterial e venoso 
para o órgão. Esse processo resulta, assim, em isquemia 
do tecido apendicular, podendo evoluir com necrose e per-
furação.
O que é doença infl amatória pélvica?
A doença infl amatória pélvica consiste em uma síndrome 
clínica ocasionada por um processo infeccioso/infl amató-
rio do trato genital superior, decorrente da ascensão de 
microrganismos advindos da vagina e endocérvice. Esses 
microrganismos em ascensão podem acometer útero, trom-
pas, ovários e peritônio. Em seu espectro clínico, então, 
272727272727272727 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
podemos incluir endometrite, salpingite, abcesso tubo-o-
variano, pelviperitonite e salpingo-oforite.
Diferenciando os sintomas:
Apendicite Aguda
• Dor abdominal: inicialmente epigástrica ou periumbi-
lical, decorrente do estímulo de fi bras nervosas aferentes 
pela distensão do órgão. Posteriormente, a dor torna-se 
mais bem localizada em fossa ilíaca direita;
• Anorexia;
• Náuseas;
• Vômitos;
• Constipação e parada de eliminação de fl atos;
• Febre baixa;
• Nos casos em que a ponta do apêndice está situada 
em locais atípicos, o paciente pode apresentar: manifes-
tações urinárias, quando próximo da bexiga ou do ureter e 
toque retal e exame ginecológico dolorosos, quando situ-
ado em região pélvica;
• Ao exame físico, podemos notar, ainda:
o Dor a descompressão brusca do ponto de McBurney (Sinal de Blum-
berg);
o Dor em fossa ilíaca direita à compressão da fossa ilíaca esquerda 
(Sinal de Rovsing);
o Dor à hiperextensão da coxa direita (Sinal do psoas);
o Dor a rotação interna da coxa (Sinal do obturador).
Doença Infl amatória Pélvica
• Dor abdominal infraumbilical;
• Dor em região anexial unilateral ou bilateral;
• Dor à mobilização do colo uterino;
• Febre;
282828282828282828 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
• Dispareunia;
• Disúria;
• Descarga vaginal anormal;
• Dor lombar;
• Náuseas e vômitos.
Tratamento
Apendicite Aguda
Por se tratar de um processo infl amatório progressivo e 
de inevitável complicação, o tratamento de escolha é sem-
pre cirúrgico, através da apendicectomia. Ela pode ser rea-
lizada tanto por laparotomia quando por laparoscopia e a 
escolha entre as técnicas depende da idade do paciente, 
da existência de comorbidades associadas, da gravidade 
do quadro e da habilidade do cirurgião.
Doença Infl amatória Pélvica
O tratamento da doença infl amatória pélvica pode ser 
feito de forma ambulatorial ou hospitalar. O tratamento 
ambulatorial deve ser feito em mulheres que apresentam 
quadro clínico leve, exame abdominal e ginecológico sem 
sinais de pelviperitonite. Já o tratamento hospitalar está 
indicado para os casos graves, com suspeita de abscesso 
anexial, estado geral grave, gestação, ausência de melhora 
após 72 horas de antibioticoterapia oral e intolerância de 
medicação VO em casa.
O tratamento ambulatorial pode ser feito a partir de 3 
esquemas:
Esquema 1
• Ceftriaxone 250 mg, IM, em dose única + Doxiciclina 100 mg, por via 
oral, de 12/12 horas, por 14 dias;
• Metronidazol 500 mg, por via oral, de 12/12 horas por 14 dias (opcio-
nal).
Esquema 2
• Cefoxitina 2 g, IM, dose única + Probenecide 1g, via oral, dose única 
292929292929292929 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
+ Doxiciclina 100 mg, por via oral, de 12/12 horas, durante 14 dias;
• Metronidazol 500 mg, por via oral, de 12/12 horas, durante 14 dias 
(opcional).
Esquema 3
• Outra cefalosporina de terceira geração + Doxiciclina 100 mg, por 
via oral, de 12/12 horas, durante 14 dias;
• Metronidazol 500 mg, por via oral, de 12/12 horas, durante 14 dias 
(opcional).
O tratamento hospitalar, por sua vez, pode ser feito da seguinte maneira:
Esquema 1
• Cefotetan 2 g, IV, de 12/12 horas ou Cefoxitina 2 g, IV, de 6/6 horas 
+ Doxiciclina 100 mg, por via oral ou IV, de 12/12 horas.
Esquema 2
• Clindamicina 900 mg, IV, de 8/8 horas + Gentamicina IV ou IM, 2 mg/
kg (dose de ataque), seguida por uma dose de manutenção (1,5 mg/kg), 
de 8/8 horas.
Produzido por: 
Liga: LAGH – Liga Acadêmica de Gastroenterologia e Hepatologia
Autores: Carolina Souza Santana, Larrie Rabelo Laporte e Pedro Paulo 
Costa e Silva
Revisor: Ana Carolina Dias Rasador
Orientador: Nádia Regina Caldas Ribeiro
Referências
1. Clínica Médica – Medicina USP/ HC-FMUSP. Editora Manole. Volume 
4, 2016.
2. MATOS, M. et al. Manual de ginecologia. 1 ed. Salvador. Escola Bahiana 
de Medicina e Saúde Pública, 2017.
303030303030303030 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Doença de Crohn x Retocolite Ulcerativa
O que é a doença de Crohn?
A doença de Crohn é uma doença infl amatória crônica, 
resultante de uma ativação imune inadequada da mucosa, 
que provoca a formação de úlceras superfi ciais da mucosa. 
À medida que a doença progride, a ulceração se torna mais 
profunda, transmural e discreta, podendo ocorrer em qual-
quer porção do trato gastrointestinal, sendo mais comum 
em íleo distal e cólon proximal. A doença de Crohn pode 
ser complicada pela obstrução intestinal ou pela perfuração 
localizada com a formação de fístulas. O processo patoló-
gico da doença é descontínuo e segmentar, valendo res-
saltar que em pacientes com comprometimento do cólon, 
o fato de o reto ser poupado é característico dessa doença 
e ajuda a distingui-la da retocolite ulcerativa.
O que é a retocolite ulcerativa?
A retocolite ulcerativa, assim como a doença de Crohn, é 
um componente da Doença Infl amatória Intestinal, na qual 
os processos patológicos principais se restringem ao cólon 
e reto e estendendo-se apenas para a mucosa e submu-
cosa, sem comprometimento da camada muscular. Vale 
ressaltar que, apesar do nome, nem sempre ocorre for-
mação de úlceras na camada mucosa. Na forma leve da 
doença, a mucosa é granular, hiperêmica e edematosa em 
sua aparência. Com a progressão dela, a mucosa se ulcera e 
as úlceras podem se estender até a lâmina própria. Por fi m, 
com a forma crônica da doença, a mucosa do cólon pode 
perder o padrão normal de dobras, o cólon pode encurtar e 
parecer mais estreito. Ao contrário da doença de Crohn, a 
retocolite ulcerativa ainda é caracterizada por ser um pro-
cesso patológico contínuo, com infl amação ininterrupta da 
mucosa colônica, começando no reto distal e estendendo-
-se para uma região proximal de distância variável. 
313131313131313131 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Diferenciando os sintomas:
Tanto na doença de Crohn, quanto na retocolite ulcera-
tiva, os sinais e sintomas do paciente dependem da exten-
são e gravidade da doença. 
Doença de Crohn
Muitas vezes o início da doença é insidioso, com um curso 
longo e protraído. Ela é caracterizada por apresentar, inicial-
mente, períodos sintomáticos de dor abdominal e diarreia, 
intercalados com períodos assintomáticos. Com o passar 
do tempo, os períodos sintomáticos tornam-se mais fre-
quentes, mais graves e de duração mais longa. Dentre os 
sinais e sintomas mais comuns, temos:
• Dor abdominal intermitente e em cólica, mais comum no quadranteinferior direito;
• Diarreia, com menos evacuações quando comparado com a retocolite 
ulcerativa;
• Febre de baixo grau;
• Perda de peso;
• Perda de força;
• Mal-estar.
Como manifestações extraintestinais, ainda podemos ter: 
• Uveíte;
• Poliartrite migratória;
• Sacroileíte;
• Eritema nodoso;
• Baqueteamento digital.
Retocolite Ulcerativa
Os sintomas da retocolite ulcerativa, incluem:
• Diarreia com presença de muco;
• Dor abdominal inferior;
• Hematoquezia;
323232323232323232 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
• Tenesmo;
• Urgência para defecar;
• Perda de peso e febre, em comprometimento colônico mais grave;
• Náuseas e vômitos;
Dentre as manifestações extraintestinais, podemos ter:
• Artrite;
• Espondilite anquilosante;
• Eritema nodoso;
• Pioderma gangrenoso;
• Colangite esclerosante primária.
Tratamentos
Doença de Crohn
O tratamento clínico e cirúrgico para a doença de Crohn 
são principalmente paliativas e direcionadas para o alívio 
das exacerbações agudas ou das complicações da doença. 
Na terapêutica clínica, algumas drogas podem ser utiliza-
das para reduzir a infl amação e, consequentemente, induzir 
e manter a remissão clínica, tais como: os aminossalicilatos, 
corticosteroides, agentes imunossupressores, antibióticos, 
etc. 
Já sobre a intervenção cirúrgica, sabe-se que ela deve 
ser especifi camente direcionada para a complicação e que 
apenas o segmento comprometido, do intestino, deve ser 
ressecado. Desse modo, mesmo se áreas adjacentes do 
intestino estiverem lesadas, elas devem ser ignoradas. 
Retocolite Ulcerativa
Para a terapia clínica, há diversos medicamentos disponí-
veis para o tratamento da retocolite ulcerativa. Temos que 
eles podem ser agrupados em três categorias amplas: dos 
aminosalicilatos, corticosteroides e drogas imunomodula-
doras. 
333333333333333333 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
No caso da terapêutica cirúrgica, as operações de res-
secção de uma determinada porção do cólon e/ou reto são 
específi cas para as indicações de tratamento cirúrgico da 
retocolite ulcerativa, como nos casos da colite fulminante 
com megacólon tóxico, sangramento maciço, doença intra-
tável e displasia ou carcinoma. Dentre as opções estão 
incluídas: a proctocolectomia total com ileostomia, proc-
tocolectomia restauradora com IPAA e proctocolectomia 
total com reservatório ileal continente. 
Produzido por:
Liga: Liga Acadêmica de Cirurgia
Autores: Giovanni Silva Rocha e Júlia Magalhães Guitzel
Revisor: Gabriela Chaves Celino
Orientador: Dr. Jorge Bastos
Referências
1. SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica 
moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier.
2. GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina Interna. 24. ed. 
Saunders. Elsevier, 2012.
3. KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins patologia 
básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
343434343434343434 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Síndrome do Intestino Irritável x Intolerância à Lactose
O que é Síndrome do Intestino Irritável?
A síndrome do intestino irritável (SII) é uma condição crô-
nica que afeta cerca de 40% da população mundial e é 
descrita como uma síndrome de causa funcional, haja vista 
que não existem fatores orgânicos que justifi quem a sinto-
matologia da SII. Desta forma, exames laboratoriais ou de 
imagem não demonstram alteração. Embora não se tenha 
esclarecimento total da fi siopatologia da doença, admite-
-se que ela está diretamente associada a fatores neuroló-
gicos, que, ligados a uma hipersensibilidade dos intestinos, 
acarreta em seus sintomas, como a alternância entre perío-
dos de diarreia e constipação, por exemplo. Geralmente os 
sinais e sintomas aparecem no início da vida adulta e são 
mais comuns em mulheres ou em pessoas que já possuem 
caso familiar de SII. 
O que é Intolerância à Lactose? 
A intolerância à lactose é uma condição que afeta indiví-
duos com reduzida ou nenhuma produção da enzima lac-
tase, que por sua vez é responsável por tornar a lactose 
(um tipo de açúcar presente no leite e também em seus 
derivados) um açúcar menor e de mais fácil absorção pelo 
organismo. Assim, com tal defi ciência, a lactose chega ao 
intestino grosso sem ser devidamente digerida e as bac-
térias presentes acabam por transformá-la em ácido lático 
e gases. Deste modo, logo após a ingestão de leite, quei-
jos, iogurtes ou outros alimentos que contenham a lactose, 
a pessoa começa a apresentar os sintomas provenientes 
desta fermentação bacteriana. Existem diferentes formas 
de intolerância à lactose que devem ser diagnosticadas 
através de uma boa história com o paciente, além de exa-
mes complementares, como o teste de tolerância à lactose. 
353535353535353535 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Diferenciando os sintomas:
Síndrome do Intestino Irritável
Os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável podem 
variar de pessoa para pessoa e são infl uenciados por vários 
aspectos, como estado emocional e substâncias ingeridas, 
por exemplo. Os mais frequentes são: 
• Dor abdominal;
• Acúmulo de gases;
• Distensão abdominal;
• Constipação e/ou diarreia (podendo alternar entre si);
• Sensação de saciedade precoce.
Intolerância à Lactose
Os sintomas da intolerância à lactose costumam aparecer 
após a ingestão de alimentos que contenham essa enzima, 
como o leite e seus derivados. Os mais frequentes são:
• Dor abdominal;
• Gases;
• Desconforto abdominal;
• Diarreia;
• Mal estar;
• Cólicas;
• Náusea e vômito.
Tratamentos
Síndrome do Intestino Irritável
O tratamento da síndrome do intestino irritável vai desde 
o tratamento psicológico, passando pela mudança de hábi-
tos alimentares e chegando ao tratamento farmacológico. 
Primeiro, é importante estabelecer uma boa relação médico 
paciente a fi m de que a pessoa confi e no profi ssional que 
está tratando a doença, pois isso ajudará na boa adesão 
e evolução do tratamento. Além disso, é necessário que o 
363636363636363636 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
paciente entenda que sua condição pode ser, muitas vezes, 
desencadeada por fatores emocionais. Assim ele reconhe-
cerá a importância do tratamento psicológico para uma 
melhor qualidade de vida. Ademais, a pessoa deve estabe-
lecer mudanças nos seus hábitos de vida, buscando pra-
ticar exercícios físicos e se alimentar da melhor maneira 
possível, incluindo, por exemplo, fi bras na sua dieta, como 
as frutas e vegetais. Também é de extrema importância que 
ele evite alimentos que possam irritar seu intestino, como 
condimentos e comidas picantes. O tratamento farmacoló-
gico visa aliviar os sintomas, e o profi ssional da saúde pode 
lançar mão de anticonstipantes, antidiarreicos e antiespas-
módicos. Os probióticos podem ser efi cazes na diminuição 
da produção de gases. Fármacos com os antagonistas do 
receptor 5-HT de serotonina ajudam no alívio da hiper-
sensibilidade do intestino, e os antidepressivos tricíclicos 
podem ser benéfi cos na modulação da dor. O tratamento 
será feito avaliando o paciente em sua individualidade e 
analisando seus sintomas predominantes.
Intolerância à lactose
O tratamento da intolerância à lactose varia de acordo 
com o grau de intolerância do paciente, de forma que pes-
soas com graus mais leves não apresentam uma necessi-
dade tão grande de abolir completamente a ingestão de 
alimentos que contenham o açúcar. Ademais, para pacien-
tes com graus maiores, pode-se fazer necessário o corte 
destes alimentos da dieta, bem como o uso da enzima lac-
tase, comercializada em comprimidos, assim que ingerir o 
leite ou alimentos que contenham seus derivados. É impor-
tante que o paciente adquira os hábitos de conferir os rótu-
los dos alimentos pois muitas vezes eles podem conter 
lactose e precipitar uma crise dos sintomas. Também se 
faz muito necessário que, em caso de opção pelo não uso 
de leites e seus derivados, a pessoa busque outras formas 
de ingerir cálcio, através do consumode vegetais verdes 
escuro, como brócolis e couve, por exemplo. 
373737373737373737 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Produzido por:
Liga: NUDEMES – Núcleo de Desenvolvimento Médico 
Autores: Ana Caroline de Moraes Mittri
Revisor: Silvia Flávia Alves de Freitas
Orientador: Geison Vasconcelos Lira
Referências
1. ALBERT EINSTEIN. Intolerância à lactose. Disponível em: https://
www.einstein.br/noticias/noticia/intolerancia-a-lactose-cuidados-com-a-
-alimentacao Acesso em 05 de outubro de 2019.
2. DRAUZIO VARELLA. Intolerância à lactose. Disponível em: https://
drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/intolerancia-a-lactose/ 
Acesso em 05 de outubro de 2019.
3. DRAUZIO VARELLA. Síndrome do Intestino Irritável. Disponível em: 
https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/sindrome-do-intestino-ir-
ritavel-entrevista/ Acesso em 05 de outubro de 2019.
4. HOSPITAL INFANTIL SABARÁ. Sintomas da síndrome do intestino 
irritável. Disponível em: https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sinto-
mas-doencas-tratamentos/sindrome-do-intestino-irritavel/ Acesso em 05 
de outubro de 2019.
5. SAÚDE. O que é intolerância à lactose? Disponível em: https://saude.
abril.com.br/alimentacao/o-que-e-intolerancia-a-lactose-sintomas-diag-
nostico-e-tratamento/Acesso em 05 de outubro de 2019.
6. SOCIEDADE BRASILEIRA DE MOTILIDADE DIGESTIVA E NEURO-
GASTROENTEREOLOGIA. Síndrome do Intestino Irritável (SII). Disponível 
em: http://www.sbmdn.org.br/sindrome-do-intestino-irritavel-sii/ Acesso 
em 05 de outubro de 2019.
7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Intolerância à lactose. 
Disponível em: https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/
noticias/nid/intolerancia-a-lactose/ Acesso em 05 de outubro de 2019.
383838383838383838 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Módulo de Pneumologia
Tosse no departamento de emergência: você sabe como 
prosseguir com sua investigação? Veja agora algumas dife-
renças entre os principais diagnósticos diferenciais e saiba 
como defi nir melhor a sua conduta. 
 Tuberculose x Aspergilose
O que é Tuberculose?
Micobactérias são pequenos bacilos aeróbios de cresci-
mento lento. Elas se distinguem por uma complexa célula 
envelopada rica em lipídio, responsável por sua caracte-
rística “álcool-ácido resistente” (i. e., resistente à pigmen-
tação por ácido após ser corada com carbofucsina) e sua 
resistência relativa à coloração de Gram. A infecção por 
micobactéria mais comum é a tuberculose; outras são a 
hanseníase e várias infecções micobacterianas que lem-
bram tuberculose, como aquelas causadas pelo complexo 
Mycobacterium avium.
O que é Aspergilose?
Aspergilose é uma infecção oportunista causada por 
esporos inalados do fungo Aspergillus, comumente pre-
sente no ambiente; os esporos germinam e se transformam 
em hifas. que entram nos vasos sanguíneos e, com doença 
invasiva, causam necrose hemorrágica e infarto.
393939393939393939 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Diferenciando os sintomas: 
Os sintomas das duas doenças se confundem: tosse per-
sistente, com catarro ou não, com sangue ou não; história 
previa de doença pulmonar; falta de ar; baixa imunidade; e, 
no caso da arpergilose pulmonar, observa-se no exame de 
raio-x do paciente lesões com características específi cas 
de bola fúngica, além de haver um número considerável de 
co-morbidade diabetes e aspergilose pulmonar.
Tuberculose
Pode ser assintomática, exceto “não se sentir bem” junto 
com anorexia, fadiga e perda de peso, que se desenvolvem 
gradualmente ao longo de várias semanas, tosse é muito 
comum, hemoptise, febre baixa, suores noturnos e disp-
neia.
Aspergilose
Costuma causar tosse, frequentemente com hemoptise, 
dor torácica pleurítica e respiração ofegante. Se não tratada, 
a aspergilose pulmonar invasiva pode levar à insufi ciência 
respiratória rapidamente progressiva e, essencialmente, 
fatal.
Tratamento
Tuberculose
Na maior parte dos casos são utilizados dois medica-
mentos: duas cápsulas vermelhas que contém os remédios 
rifampicina e isoniazida e quatro comprimidos brancos que 
contém o medicamento pirazinamida. O tempo necessário 
para o tratamento da tuberculose é, em geral, seis meses.
404040404040404040 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Aspergilose
A Aspergilose invasiva é tratada com medicamentos 
antifúngicos como voriconazol, isavuconazol ou, às vezes, 
posaconazol ou itraconazol. Contudo, certas formas do 
Aspergillus não respondem a esses medicamentos e pode 
ser necessário o tratamento com anfotericina B ou com 
uma combinação de medicamentos.
Produzido por:
Liga: Liga Acadêmica de Imunologia e Infectologia
Autores: Grazziela Lourenço
Revisor: Lara Lourenço
Orientador: Dr Jean Goryntchen
Referências
1. https://www.msdmanuals.com/ptbr/profi ssional/doen%C3%A7as-
-infecciosas/micobact%C3%A9rias/tuberculose-tb#v1010798_pt
2. https://www.msdmanuals.com/ptbr/profi ssional/doen%C3%A7as-
-infecciosas/fungos/aspergilose?query=aspergilose 
414141414141414141 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica x Asma
O que é Asma?
É uma desordem infl amatória crônica das vias aéreas 
que causa episódios de chiado, dispneia, aperto torácico 
e tosse, com piora a noite. Caracteriza-se por obstrução 
intermitente e reversível das vias respiratórias, infl amação 
crônica dos brônquios com eosinófi los e aumento da secre-
ção mucosa, com evolução acentuadamente variável tanto 
espontaneamente quanto em resposta ao tratamento.
Em casos de asma crônica o componente de obstrução 
respiratória é irreversível.
Paciente asmático apresenta um tipo especial de infl ama-
ções das vias respiratórias que os tornam mais sensíveis 
que os indivíduos normais a ampla variedade de estímulos 
desencadeantes. 
O que é DPOC?
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma 
condição caracterizada pela limitação progressiva ao fl uxo 
aéreo, irreversível em sua maioria e associada a respostas 
infl amatórias anormais dos pulmões à inalação de partícu-
las nocivas, principalmente tabaco. A defi ciência de alfa-1 
antitripsina e exposições ocupacionais são causas menos 
comuns em pacientes não tabagistas. Ao longo do tempo 
ocorre declínio da função pulmonar, mesmo após retirada 
dos estímulos nocivos e utilização do melhor tratamento. 
Costuma aparecer a partir da meia-idade ou em idosos 
com histórico de tabagismo, podendo ou não ser atribu-
ída a outras doenças específi cas como bronquiectasia ou 
asma. Os pacientes com DPOC costumam apresentar em 
conjunto a bronquite crônica e enfi sema.
424242424242424242 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
A DPOC não acomete somente o trato respiratório, exis-
tem efeitos sistémicos devido a doença como a perda de 
massa corporal. É importante lembrar que pacientes com 
DPOC têm maior prevalência de IAM, angina, osteoporose, 
DM, infecções do trato respiratório, glaucoma, neoplasia 
pulmonar e distúrbios do sono. Representa um problema 
crescente de saúde pública mundial, sendo a quarta maior 
causa de morte do mundo, e a sexta causa do Brasil.
Diferenciando os sintomas:
Asma 
Sintomas dos pacientes asmáticos variam de acordo com 
a gravidade da doença. São eles:
• Sibilos;
• Dispneia;
• Tosse com intensidade variável;
• Difi culdade de encher os pulmões de ar;
• Produção exacerbada de muco espesso e difícil expectoração;
• Hiperventilação e utilização de musculatura acessória;
• Hipercapnia, acidose e hipóxia, que quando associados são fatais;
• Estreitamento excessivo das vias respiratórias;
• Redução do fl uxo de ar.
DPOC
As manifestações clínicas da DPOC geralmente aconte-
cem quando a função pulmonar já está muito comprome-
tida, com o VEF1 (Volume Expiratório Forçado no primeiro 
segundo) abaixo de 50%.
• Tosse crônica com expectoração
• Dispneia progressiva persistente
Devemos nos atentar para a dispneia e a tolerância das 
atividades. 
434343434343434343 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DAMEDICINA
O exame físico costuma ser normal em estágios iniciais. 
Os achados clínicos mais característicos na DPOC são:
• Tórax em barril;
• Fase expiratória prolongada;
• Uso da musculatura acessória;
• Sons pulmonares diminuídos;
• Roncos, estertores e sibilos (sibilos costumam aparecer durante a 
exacerbação da doença, mas não servem como diferencial para asma);
• Cianose;
• Caquexia e perda de apetite.
Apesar das manifestações clínicas evidentes, a espiro-
metria é necessária para se estabelecer o diagnóstico. 
Tratamento
Asma
Em pacientes asmáticos o uso de broncodilatadores é 
imprescindível, pois proporciona o alívio rápido dos sinto-
mas e o relaxamento da musculatura lisa das vias respira-
tórias. Outro fármaco bastante usado, principalmente em 
associação com os broncodilatadores para essa patologia, 
são os controladores, como corticoides inaladores que ini-
bem os processos infl amatórios subjacentes.
DPOC
Terapia Não-Farmacológica:
• Cessação do tabagismo ou outro estímulo nocivo.
• Vacinação: infl uenza, pneumocócica 23-valente (polissacarídica) e 
vacina pneumocócica 13-valente (conjugada).
A vacinação reduz sérias doenças e morte em pacientes 
com DPOC.
Terapia Farmacológica:
• Broncodilatador de ação prolongada (Beta-2-agonista – LABA)
• Droga antimuscarínica de ação prolongada (LAMA)
444444444444444444 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
• Antiinfl amatórios, se exacerbação;
• Corticoide inalatório.
A terapia se adequa as demandas do paciente e ao está-
gio ao qual se encontra.
Produzido por:
Liga: Liga Acadêmica de Medicina Generalista
Autores: Lizandra Albuquerque e Maria Luiza Cafezeiro
Revisor: Lorena Fagundes
Orientador: Mayara Leisly
Referências
1. KUMAR, V.; ABBAS A. K; ASTER, J. C. Robbins: Patológica Básica. 
9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. P. 468-470
2. LONGO, D.L. et al. Manual De Medicina De Harrison. 18.ed. Porto 
Alegre: AMGH,2013. P.907-911
3. GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Cecil Medicina. 24 ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2014.
4. MARTINS, Milton de Arruda; et al. Clínica Médica. 1 ed. v.2. São Paulo: 
Manole, 2009.
5. GLOBAL INICIATIVE FOR CHRONIC OBSTRUCTIVE LUNG DISEASE 
(GOLD). Global Strategy For The Diagnosis, Management, And Prevention: 
A Guide For Health Care Professionals. 2019 ed.
454545454545454545 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Módulo de Reumatologia
A dor torácica é um tema extremamente relevante na 
prática clínica. Você sabe como prosseguir com sua inves-
tigação? Veja agora algumas diferenças entre os principais 
diagnósticos diferentes e saiba como defi nir melhor a sua 
conduta. 
 Artrite Reumatoide x Osteoartrite
O que é Artrite Reumatoide?
A Artrite Reumatoide (AR) é uma condição de infl ama-
ção crônica que afeta cerca de 1% da população, tornan-
do-a uma das artrites infl amatórias mais comuns na prática 
médica. Ela é uma doença consequente de uma infl ama-
ção crônica com manifestações clínicas insidiosas e que 
envolvem as articulações, as quais frequentemente resul-
tam em deformidades por destruição cartilaginosa e por 
erosão óssea. O curso dessa doença é intermitente, porém 
sempre se apresenta com lesão tecidual. A patologia afeta 
a membrana sinovial (causando a sinovite) e a cartilagem 
que reveste as articulações sinoviais ou diartrodiais (ossos 
longos e de grande mobilidade).
O que é Osteoartrite?
A Osteoartrite é uma doença degenerativa que acomete 
as articulações sinoviais (geralmente, no joelho) e o osso 
subcondral, caracterizada clinicamente por dor em aperto 
desencadeada pelo próprio peso ou movimento do paciente, 
464646464646464646 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
bem como costuma ser noturna. Há uma rigidez articular 
desencadeada pelo repouso e que dura menos do que 30 
minutos. Também, há uma limitação funcional que causa ao 
paciente medo de deambular. É a reumatopatia mais fre-
quente e ela pode ser primária (idiopática) ou secundária.
A fi siopatologia explica que há um desequilíbrio: a matriz 
cartilaginosa (composta por: colágeno II, ácido hialurônico, 
proteoglicanos e metaloproteinases) é muito mais degra-
dada do que produzida, pois os condrócitos tentam com-
pensar o dano, mas são insufi cientes.
Diferenciando os sintomas:
Artrite Reumatoide
Clínica:
• Sendo a idade média geralmente entre 50 e 55 anos;
• História de dor bilateral e simétrica;
• Poliarticular;
• Inchaço das articulações pequenas das mãos e pés por >6 semanas;
• Rigidez matinal que dura >1 hora;
• Nódulos reumatoides sobre as superfícies extensoras dos tendões ou 
envolvimento da pele vasculítica, podem ser observadas, mas são menos 
comuns;
• Deformidade de pescoço de cisne é observada em AR avançada (raro 
ultimamente devido ao tratamento);
• Locais mais comuns: MCF, IFP, MTF, punhos, cotovelos, ombros e 
joelhos;
• Achados sistêmicos: febre baixa, anorexia, emagrecimento, fadiga, 
adenomegalia.
Exames Laboratoriais:
• FATOR REUMATOIDE (FR) é positivo em cerca de 60% a 70% (mais 
altos os valores, pior o prognóstico). Estando negativo, não exclui diag-
nóstico. Pode estar positivo em outras condições, como sífi lis e gravidez;
• ANTI-CCP: são encontrados em cerca de 70% dos pacientes com 
AR. Podem ser positivos quando a FR for negativa e parecem ter um papel 
patogênico da AR;
• Positividade para anti-CCP é um marcador prognóstico.
474747474747474747 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
• Velocidade de Hemossedimentação (VHS) ou os níveis de proteína-
-C-reativa (PCR) também são geralmente obtidos, pois refl etem o nível de 
infl amação.
Osteoartrite
A Osteoartrite (OA) é o resultado de eventos mecânicos e 
biológicos que desestabilizam o processo normal de degra-
dação e síntese dos condrócitos da cartilagem articular, da 
matriz extracelular e do osso subcondral. A afecção induz 
à perda de cartilagem, esclerose e endurecimento do osso 
subcondral, osteófi tos e cistos subcondrais.
Clínica:
• >50 anos e em mulheres;
• Início gradativo;
• Dores articulares geralmente pioram com atividades físicas e levan-
tamento de peso;
• Dor na articulação não aparece em período de repouso ou à noite; 
(dor à noite pode ser um alerta para uma etiologia diferente ou gravidade);
• Rigidez matinal por <30 minutos;
• Normalmente, não se apresenta de forma simétrica;
• Inchaço na articulação ou difi culdades funcionais;
• Pode ser mono ou poliarticular;
• Locais mais comuns são: 1o CMP, IFP e IFD, coluna vertebral, joelho 
e coxofemorais;
• Deformidades ósseas;
• Sem achados sistêmicos;
• Amplitude de movimentos limitada (amplitude de movimento arti-
cular ativa
• como a passiva).
Exames:
• Marcadores infl amatórios: PCR e VHS;
• FATOR REUMATOIDE (FR): negativo;
• ANTI-CCP: negativo;
• RAIO X: neoformação óssea (osteófi tos), estreitamento do espaço 
articular, esclerose subcondral e cistos;
484848484848484848 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Tratamento
Artrite Reumatoide
O objetivo principal do tratamento da artrite reumatoide 
é a remissão da doença ou a menor atividade infl amatória 
possível. Para esse fi m, existem diversos medicamentos 
que possam ser utilizados, sendo o perfi l clínico do paciente 
decisivo para a escolha do esquema terapêutico. Dentre 
esses medicamentos, os antiinfl amatórios não esteroidais, 
glicocorticoides e as drogas antirreumáticas modifi cadoras 
de doença convencionais (como metotrexate, lefl unomida, 
cloroquina, hidroxicloroquina e sulfassalazina) e biológi-
cas (como infl iximab, anakinra, tocilizumab, abatacept e 
rituximab) são os mais utilizados atualmente. Apesar de 
o tratamento farmacológico ter um papel importante, os 
médicos devem recomendar medidas gerais, como fi sio-
terapia, repouso articular, psicoterapia e vacinação. Caso 
os medicamentos não sejam efetivos ou o quadro clínico 
esteja avançado, a terapia cirúrgica pode trazer alguns 
benefícios.
Osteoartrite
O esquema terapêutico da Osteoartrite (OA) é principal-
mente sintomático(amenizar a dor), porém ela tem outros 
objetivos, como: melhorar a função articular do paciente, 
regenerar as lesões dos tecidos e o retardo da evolução 
da doença. Sendo assim, o tratamento para OA pode ser 
dividido em farmacológico, não farmacológico e cirúrgico, 
sendo o perfi l clínico do paciente (gravidade do caso) defi ni-
dor da proposta terapêutica que o médico vai escolher. Em 
relação ao tratamento não farmacológico, existem diversas 
opções, como: redução de peso, uso de bengalas, anda-
dores, calçados apropriados e joelheiras, exercício físico, 
terapia ocupacional e entre outros métodos.
No tocante ao tratamento medicamentoso, podem-se 
utilizar medicamentos clássicos, como analgésicos (para-
cetamol), anti-infl amatórios não esteroidais (AINEs) e cor-
494949494949494949 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
ticoides intra-articulares, mas também novos e em estudo, 
como derivados do ácido hialurônico, sulfato de condroi-
tina, colchicina, hidroxicloroquina e diacreína. Caso o tra-
tamento farmacológico e o não farmacológico não forem 
efetivos, uma opção é o tratamento cirúrgico, podendo 
lançar mão de métodos, como: lavagem articular, debri-
damento artroscópico, remoção de osteófi tos, próteses, 
artrodese e fenestração de osso subcondral.
Produzido por:
Liga: Liga Acadêmica de Medicina Generalista
Autores: Besaliel Junior e Marina Prietto
Revisor: Lorena Fagundes
Orientador: Mayara Leisly
Referências
1. ALVES NETO, O.; et al. Dor: Princípios E Práticas. Porto Alegre : Art-
med, 2009.
2. MARTINS, M. A.; et al. Clínica Médica. FMUPS. 2a ed, v. 5.
3. www.bestpractice.bmj.com
505050505050505050 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Módulo de Endocrinologia
Os distúrbios metabólicos envolvem um tema extrema-
mente relevante na prática clínica. Você sabe como prosse-
guir com sua investigação? Veja agora algumas diferenças 
entre os principais diagnósticos diferenciais e saiba como 
defi nir melhor a sua conduta. 
 Tireotoxicose x Hipotireoidismo
O que é Tireotoxicose?
A tireotoxicose é a sí ndrome clí nica decorrente do excesso 
de hormô nios tireoidianos circulantes, secundá rio ao hiper-
tireoidismo ou nã o. Ela pode ocorrer por diversas causas, 
inclusive não associada à hiperfunção tireoidiana. Tireo-
toxicose acontece pela ingestão excessiva de hormônios 
tireoidianos, seja iatrogênica ou na tentativa de perda de 
peso, caracterizando a tireotoxicose factícia; produção 
excessiva de hormônios tireoidianos por tecido tireoidiano 
ectópico, a exemplo de metástase funcionante de carci-
noma folicular; infl amação subaguda da tireóide, em que 
ocorre destruição da glândula com liberação de hormônios 
pré-formados; bem como pode ser secundária a drogas 
como o iodo e a amiodarona.
O que é Hipertireoidismo?
Diferentemente da tireotoxicose, o hipertireoidismo é 
caracterizado pelo aumento da sí ntese e liberaç ã o dos hor-
mô nios tireoidianos pela própria glâ ndula tireoide e se não 
515151515151515151 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
tratado pode levar a outros problemas de saúde. A hiper-
função tireoidiana manifesta-se, principalmente, como 
Doença de Graves (em cerca de 80% dos casos), tumor tro-
foblástico (mola hidatiforme, coriocarcinoma) e adenoma 
hipofi sário produtor de TSH. A ocorrência de hipertireoi-
dismo é 20 vezes mais frequente em mulheres do que em 
homens.
O diagnó stico clí nico do hipertireoidismo, geralmente, 
nã o oferece difi culdade e a confi rmaç ã o diagnó stica deverá 
ser feita com as dosagens das concentraç õ es sé ricas de 
TSH e hormô nios tireoidianos.
Diferenciando os sintomas:
 Tireotoxicose
Sinais oculares como retraç ã o palpebral, olhar fi xo ou 
assustado e sinal de lid-lag sã o decorrentes da hiperati-
vidade adrené rgica e podem ser observados em qualquer 
quadro de tireotoxicose. São também achados frequentes:
• Pele quente e úmida
• Taquicardia sinusal
• Hipertensão arterial sistólica
• Fibrilação atrial (mais em idosos)
• Tremor fi no de extremidades
• Fraqueza muscular proximal
• Hiperrefl exia
• Arritmia, ICC, angina
• Bócio
As manifestaç õ es cardí acas (arritmia, ICC, angina) podem 
predominar nos idosos com tireotoxicose. Bó cio pode ser 
encontrado na tireotoxicose por amiodarona, mas é inco-
mum na tireotoxicose factí cia.
525252525252525252 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Hipertireoidismo
De modo geral, é observada uma correlaç ã o entre os ní -
veis hormonais e a apresentaç ã o clí nica, sendo que os sinais 
e sintomas secundá rios ao estí mulo adrené rgico, como 
taquicardia e ansiedade, sã o mais evidentes em pacientes 
jovens e com bó cios volumosos. São manifestações clínicas 
comumente encontradas no hipertireoidismo os seguintes 
sinais e sintomas: 
• Nervosismo
• Tremor
• Bócio 
• Sudorese excessiva
• Intolerância ao calor
• Pele quente e úmida
• Palpitação e taquicardia
• Fadiga
• Perda de peso
• Dispneia
• Fraqueza
• Aumento do apetite
• Queixas oculares
• Edema de membros inferiors
Tratamento
Tireotoxicose
Dos antitireoidianos a propiltiouracila é preferível para o 
tratamento da tireotoxicose porque a dosagem utilizada 
bloqueia, em parte, a conversão periférica de T4 em T3. O 
iodo é usado para tratamento de emergência. O proprano-
lol é indicado para tratamento sintomático de tireotoxicose, 
pois reduz rapidamente a frequência cardíaca alterada. Os 
antiarrítmicos, como bloqueadores de canais de cálcio e 
adenosina, se necessário, são opção para fi brilação atrial.
535353535353535353 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Porém, o tratamento defi nitivo da tireotoxicose consiste 
em abordar as causas precipitantes da síndrome, a exem-
plo do tratamento da infecção subjacente.
Hipertireoidismo
O tratamento do hipertireoidismo visa a correção do 
estado de hipermetabolismo com um mínimo de efeitos 
colaterais e menor incidência possível de hipotireoidismo, 
além de melhora rápida dos sintomas adrenérgicos através 
do uso dos beta-bloqueadores como propanolol, atenolol 
e metoprolol. O hipertireoidismo deve ser tratado, princi-
palmente em idosos, devido o risco de complicações car-
diovasculares.
Os fármacos antitireoidianos mais importantes são pro-
piltiouracil (PTU) e metimazol, ambas as drogas diminuem a 
quantidade de hormônios produzidos pela glândula tireoide 
. O PTU é o fármaco de escolha durante a gestação e a 
amamentação.
O iodo radioativo (I-131) leva à destruição permanente 
da tireoide e pode ser usado para preparação pré-ope-
ratória de pacientes com hipertireoidismo submetidos à 
tireoidectomia, diminuindo a vascularização da glândula. 
O efeito adverso mais comum dessa opção terapêutica é 
o hipotireoidismo, porém é amplamente utilizado por ser 
mais barato e associado com menos morbidade.
Além dessas opções há a remoção cirúrgica da tireoide 
(tireoidectomia); o médico pode recomendar a cirurgia 
quando os medicamentos antitireoidianos ou a terapia com 
iodo radioativo não são apropriados. Nesse procedimento 
existe o risco de desenvolver hipoparatireoidismo e lesão 
com paralisia laríngea. A cirurgia tem uma indicação espe-
cial quando existe obstrução esofageana.
545454545454545454 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Produzido por:
Liga: LIEMS - Liga Acadêmica de Endocrinologia e Metabologia de Sobral
Autor: Amanda Beatriz Sobreira de Carvalho
Revisor: Lúcio Soares e Silva Neto 
Orientador: Prof. José Roberto Frota Gomes Capote Júnior 
Referências
1. https://aps.bvs.br/aps/existe-diferenca-entre-dizer-que-um-pacien-
te-tem-tireotoxicose-ou-hipertireoidismo-quais-sao-as-principais-cau-
sas-de-tireotoxicose/
2. https://aps.bvs.br/aps/quais-os-objetivos-do-tratamento-para-o-hi-
pertireoidismo-e-quais-as-principais-medicacoes/
3. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profi ssional/distúrbios-endócri-
nos-e-metabólicos/distúrbios-da-tireoide/hipertireoidismo#v981761_pt
4. http://www.scielo.br/pdf/abem/v57n3/v57n3a06.pdf
555555555555555555PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
Diabetes Mellitus tipo 2 x Diabetes Autoimune Latente do Adulto
O que é Diabetes Mellitus tipo 2?
O diabetes tipo 2 perfaz cerca de 90% dos casos de dia-
betes e é uma entidade heterogênea, caracterizada por 
distúrbios da ação e secreção da insulina, com predomínio 
de um ou outro componente. A etiologia específi ca deste 
tipo de diabetes ainda não está claramente estabelecida e a 
destruição autoimune do pâncreas não está envolvida. Sua 
causa está diretamente relacionada ao sobrepeso, seden-
tarismo, hipertrigliceridemia, hipertensão e hábitos alimen-
tares inadequados.
É também chamado de diabetes não insulinodependente 
ou diabetes do adulto e ocorre geralmente em pessoas 
obesas com mais de 40 anos de idade, embora na atuali-
dade se vê com maior frequência em jovens, em virtude de 
maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse da vida 
urbana. Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de 
insulina, porém sua ação é difi cultada pela obesidade, o 
que é conhecido como resistência insulínica, uma das cau-
sas de hiperglicemia. Por ser pouco sintomática, o diabe-
tes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem 
diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência 
de suas complicações cardiovasculares e cerebrais.
O que é Diabetes Autoimune Latente do Adulto?
A diabetes autoimune latente do adulto (LADA) é uma 
doença autoimune (DAI), com defi ciência de insulina por 
destruição progressiva dos ilhéus pancreáticos. O diagnós-
tico baseia-se nos critérios de Fourlanos de 2006: idade 
inferior a 50 anos ao diagnóstico; presença de sintomas 
agudos, índice de massa corporal < 25 kg/m2, história pes-
soal ou familiar de outras DAI. A presença de pelo menos 
duas destas características clínicas justifi ca o pedido de 
565656565656565656 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA MEDICINA
anticorpos anti glutamato descarboxilase (GADA). Na 
LADA os anticorpos anti-insulina (IAA) sã o raros, enquanto 
os GADA são caracterí sticos (90% de positividade), mas 
estes podem-se tornar negativos ao longo do tempo. Clini-
camente, os indivíduos com LADA representam um grupo 
heterogêneo de doentes com títulos variá veis de anticor-
pos, índice de massa corporal (IMC) e progressão para insu-
linoterapia. 
É importante clarifi car que a obesidade não exclui a pre-
sença de LADA. Diabéticos, obesos com presença de auto 
anticorpos também apresentam disfunção progressiva da 
célula ẞ com defi ciência de insulina. Comparativamente 
com a DM2, os indivíduos com LADA tendem a apresen-
tar um melhor perfi l metabólico, IMC mais baixo e tensão 
arterial mais controlada.
Na LADA a disfunção da célula ẞ tem sido reportada 
como intermediária entre os dois principais subtipos de 
diabetes. Fenômenos genéticos, imunológicos e metabó-
licos parecem convergir com outros processos de doença, 
como a insulinorresistê ncia, condicionando a apoptose da 
célula ẞ e contribuindo para o aparecimento da LADA.
Diferenciando os sintomas:
Diabetes Mellitus tipo 2
Também chamado de doença silenciosa ou doença assin-
tomática, pois na maioria dos casos os pacientes demoram 
muito para perceber ou identifi car os sinais do diabetes, 
fato que pode gerar um impacto devastador na qualidade 
de vida destes. Quando se deve suspeitar da doença:
• Polifagia;
• Polidipsia;
• Formigamento nos pés e mãos;
• Poliúria;
• Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
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• Feridas que demoram para cicatrizar;
• Visão embaçada.
Diabetes Autoimune Latente do Adulto
Comparado ao diabetes tipo 1 juvenil, que frequente-
mente começa com um episódio brusco de cetoacidose dia-
bética, os sintomas de LADA se desenvolvem muito mais 
lentamente durante um período de pelo menos seis meses. 
Enquanto os diabéticos tipo 2 costumam ter sobrepeso, a 
maioria do tipo LADA tem IMC normal ou abaixo do normal. 
É comum perder muitos quilos um ano antes do diagnós-
tico, pela redução na produção de insulina, essencial para a 
captação de açúcar. Importante ressaltar que os primeiros 
sintomas são semelhantes aos de outros tipos de diabetes:
• Polidipsia;
• Poliúria;
• Polifagia;
• Cansaço;
• Visão turva.
Tratamento
Diabetes Mellitus tipo 2
O Diabetes tipo 2 não depende da aplicação de insulina e 
seu tratamento consiste na identifi cação do grau de neces-
sidade de cada pessoa, indicando, conforme cada caso, os 
seguintes medicamentos:
• Inibidores da a glicosidase: impedem a digestão e absorção de car-
boidratos no intestino;
• Sulfoniluréias: estimulam a produção pancreática de insulina pelas 
células;
• Glinidas: agem também estimulando a produção de insulina pelo 
pâncreas.
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Dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle 
da doença, assim como a orientação de um nutricionista e 
acompanhamento psicológico, que pode contribuir muito 
para a redução do peso. Como consequência, cria-se a pos-
sibilidade de usar doses menores de medicamentos. Ativi-
dade física também é de extrema importância para reduzir 
a hiperglicemia existente na doença.
O Diabetes tipo 2 normalmente vem acompanhado de 
outros problemas de saúde, como obesidade, sobrepeso, 
sedentarismo, hipertrigliceridemia e hipertensão. Por isso, 
é essencial manter acompanhamento médico para tratar 
também essas outras doenças. 
Diabetes Autoimune Latente do Adulto
Em comum com o diabetes tipo 2, o tratamento do LADA 
também tem início com medicamentos orais, mas a neces-
sidade de passar para insulina pode ocorrer mais rapida-
mente do que no tipo 2.
O processo de agressão ao sistema imunológico que des-
trói as células ẞ, responsáveis pela produção de insulina 
em nosso corpo, ocorre de maneira bem mais lenta que 
no diabetes tipo 1, o que permite controlar a glicemia com 
medicamentos orais por mais tempo.
Indivíduos com título elevado de GADA ou com posi-
tividade para maior número de anticorpos, geralmente 
apresentam um IMC inferior, menor secreção endógena 
de insulina e progressão mais rápida para insulinoterapia. 
Assim, o título de GADA pode permitir identifi car indiví-
duos que respondem pior à terapêutica com antidiabéticos 
orais e que apresentam maior risco de cetoacidose.
Algumas evidências indicam que os doentes com LADA 
devem ser tratados com insulina como primeira escolha 
quando apresentem deterioração do controle metabólico. 
A terapêutica com sensibilizadores da insulina poderá́ ter 
algum benefício, dado que alguns doentes com LADA apre-
sentam características de síndrome metabólica e algum 
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grau de insulinorresistê ncia. Estes fármacos atuam melho-
rando a ação periférica da insulina e protegendo indireta-
mente a célula ẞ da hiperestimulaç ã o continua. No entanto, 
o papel específi co da metformina na LADA é desconhecido 
uma vez que não existem estudos acerca da sua utiliza-
ção. As tiazolidinedionas parecem prevenir a progressão 
da diabetes, pela proteção do stress oxidativo da célula ẞ 
e pelo efeito anti-infl amatório. Supõem-se ainda que estes 
fármacos podem facilitar a proliferação das células ẞ.
Ressalta-se que, apesar da efi cácia inicial das sulfo-
niluréias na LADA, existe uma redução progressiva da 
capacidade de produção de insulina, conduzindo a uma 
deterioração do controle glicêmico ao longo do tempo, o 
que sugere que seu uso deve ser contraindicado.
Qualquer terapêutica nos doentes com LADA deve ter 
como objetivo, não só a otimização do controle metabólico, 
mas também a preservação da função residual da célula ẞ.
Produzido por:
Liga: LIEMS - Liga de Endocrinologia e Metabologia de Sobral
Autores: Letícia Maia Vasconcelos
Revisor: 
Orientador:
Referências
1. h t t p : //w w w. s c i e l o . b r /s c i e l o . p h p? s c r i p t = s c i _a r t t ex t & p i -
d=S0004-27302002000100004
2. http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/diabetes

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