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COMANDOS HIDRÁULICOS PNEUMÁTICOS PPrrooff aa MMaarraa NNiillzzaa EEssttaanniissllaauu RReeiiss 11ºº sseemmeessttrree 22000099 PREFÁCIO Aos meus (minhas) queridos (as) alunos (as). O material a seguir é o resultado da compilação do conteúdo de vários livros, apostilas, artigos, etc. e da experiência acumulada ao longo dos anos dentro da área de COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS. De maneira alguma, este material busca esgotar todo o conteúdo relacionado no programa da disciplina, nem tampouco é fonte única para o desenvolvimento de atividades futuras, mesmo dentro da disciplina, mas antes, é uma forma de orientar o estudo de tal disciplina fornecendo um ponto de partida para consultas e direcionamentos. Este material dá suporte às aulas teóricas da disciplina COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS do curso de Engenharia Mecânica, sendo desenvolvidas e complementadas em sala de aula. O conteúdo apresentado nas aulas expositivas deve ser enriquecido nas práticas de laboratório, visitas técnicas e através da bibliografia e referências recomendadas. O programa da disciplina acompanha o dinamismo das tecnologias, impondo revisões periódicas para atualização deste material. Espero que esta compilação oferecida a vocês possa abrir os horizontes dentro da área de COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS em geral e ajude-os (as) no dia-a-dia profissional de cada um (a). Atenciosamente, Prof .a . Mara Nilza Estanislau Reis ÍNDICE 1ª PARTE – PNEUMÁTICA 14 15 1 – Considerações Gerais 15 2 – Características do Ar Comprimido 15 2.1 – Vantagens 16 2.2 – Desvantagens 16 3 – Produção do Ar Comprimido 16 3.1 – Compressores 17 3.2 – Simbologia 17 3.3 – Tipos de Compresssores 17 3.3.1 – Compressor de Embolo 18 3.3.1.1 – Compressor de Embolo com Movimento Linear 18 3.3.1.2 – Compressores de Membrana 20 3.3.2 – Compressor Rotativo 20 3.3.2.1 – Compressor Rotativo Multicelular 20 3.3.2.2 – Compressor Rotativo de Duplo Parafuso (2 Eixos) 21 3.3.2.3 – Compressor Roots 22 3.3.3 – Turbo Compressores 22 3.4 – Diagrama de Volume e Pressão Fornecida 22 3.5 – Refrigeração 23 3.6 – Lugar de Montagem 24 3.7 – Regulagem da Capacidade 24 3.7.1 – Readmissão do Ar By-Pass 25 3.7.2 – Partida e Parada Automática do Motor Elétrico 25 3.7.3 – Alívio nas Válvulas de Adminissão 26 3.8 – Manutenção 27 4 – Resfriamento 27 4.1 Resfriamento do Ar 27 4.1.1 – Intercooler 28 4.1.2 – Aftercooler 28 5 – Armazenamento e Distribuição do Ar Comprimido 29 5.1 – Reservatório de Ar Comprimido 29 5.1.1 – Localização 30 5.2 – Rede de Distribuição de Ar Comprimido 31 5.2.1 – Vazamentos 33 5.2.2 – Material da Tubulação 34 5.2.2.1 – Tubulações Principais 34 5.2.2.2 – Tubulações Secundárias 35 5.2.3 – Conexões para Tubulações 35 5.2.3.1 – Conexões para Tubos Metálicos 35 6 – Preparação do Ar Comprimido 36 6.1 – Impurezas 36 6.1.1 – Secagem por Absorção 37 6.1.2 – Secagem por Adsorção 38 6.1.3 – Secagem por Resfriamento 39 6.1.4 – Filtro de Ar Comprimido 40 6.1.4.1 – Funcionamento do Dreno Automático 42 6.1.5 – Regulador de Pressão com Orifício de Escape 43 6.1.6 – Regulador de Pressão sem Orifício de Escape 44 6.1.7 – Lubrificador 45 6.1.7.1 – Funcionamento do Lubrificador 45 6.1.8 – Unidades de Conservação 46 6.2 – Manutenção 47 7 – Elementos Pneumáticos de Trabalho 48 7.1 – Elementos Pneumáticos de Movimento Retilíneo 48 7.1.1 – Cilindros de Simples Ação 48 7.1.2 – Cilindro de Dupla Ação 50 7.1.2.1 – Cilindro de Dupla Ação com Haste Passante 50 7.1.2.2 – Cilindro Tandem 51 7.1.2.3 – Cilindro de Dupla Ação com Amortecimento 51 7.1.2.4 – Cilindro Rotativo com Amortecimento 52 7.1.2.5 – Cilindro de Múltiplas Posições 53 7.1.2.6 – Cilindro de Membrana 54 7.1.3 – Tipos de Fixação 54 7.1.4 – Vedações 56 7.2 – Elementos Pneumáticos com Movimento Giratório 57 7.2.1 – Motores de Pistão 57 7.2.2 – Motor de Palhetas 58 7.2.3 – Motores de Engrenagem 59 7.2.4 – Turbo Motores 59 7.2.5 – Características dos Motores Pneumáticos 60 8 – Válvulas 60 8.1 – Válvulas Direcionais 61 8.1.1 – Simbologia das Válvulas 61 8.1.2 – Tipos de Acionamentos de Válvulas 64 8.1.3 – Funcionamento 67 8.1.4 – Características de Construção das Válvulas Direcionais 68 8.1.4.1 – Válvulas de Sede ou de Assento 68 8.1.4.1.1 – Válvula de Sede Esférica 68 8.1.4.1.2 – Válvula de Sede de Prato 69 8.1.4.2 – Válvulas Corrediças 76 8.1.4.2.1 – Válvula Corrediça Longitudinal 77 8.1.4.2.2 – Válvula Corrediça Giratória 80 8.2 – Válvulas de Bloqueio 82 8.2.1 – Válvula de Retenção 82 8.2.2 – Válvula Alternadora ou de Isolamento (Elemento “ou”) 83 8.2.3 – Válvula de Escape Rápido 84 8.2.4 – Expulsor Pneumático 84 8.2.5 – Válvula de Simultaneidade 85 8.3 – Válvula de Fluxo 86 8.3.1 – Válvula Reguladora de Fluxo Unidirecional 86 8.4 – Válvulas de Pressão 88 8.4.1 – Válvula de Sequência 88 8.5 – Combinações Especiais 89 8.5.1 – Acionamento Pneumático com Comutação Retardada 89 8.5.1.1 – Temporizador (Normalmente Fechado) 89 8.5.1.2 – Temporizador (Normalmente Aberto) 90 9 – Simbologia 91 10 – Comandos Pneumáticos 104 10.1 – Introdução 104 10.2 – Classificação dos Grupos 104 10.3 – Cadeia de Comandos 105 11 – Circuitos Complexos 112 11.1 – Circuito para Desligamento de Sinais 122 11.2 – Métodos Sistemáticos de Esquemas 126 11.3 – Condições Marginais 142 EXERCÍCIOS 151 2ª PARTE – HIDRÁULICA 177 12.1 – Introdução à Hidráulica 178 12.2 – Sistema Óleo Hidráulico 179 12.3 – Exemplos de Aplicações 179 12.3.1 – Hidráulica Industrial 180 12.3.2 – Hidráulica em Construções Fluviais, Lacustres e Marítimos 180 12.3.3 – Hidráulica em Aplicações Técnicas Especiais I 180 12.3.4 – Hidráulica em Aplicações Técnicas Especiais II 180 12.3.5 – Hidráulica na Indústria Naval 180 12.4 – Classificação 180 12.4.1 – Quanto à Pressão 180 12.4.2 – Quanto à Aplicação 180 12.4.3 – Quanto ao Tipo de Bomba 180 12.4.4 – Quanto ao Controle de Direção 181 12.5 – Esquema Geral de um Sistema Hidráulico 181 12.6 – Transmissão de Energia Hidráulica 181 12.7 – Vantagens e Desvantagens do Sistema Hidráulico 182 12.7.1 – Vantagens do Sistema Hidráulico 182 12.7.2 – Desvantagens do Sistema Hidráulico 183 12.8 – Um Pouco de História 183 12.8.1 – A Lei de Pascal 184 12.9 – Definição de Pressão 186 12.10 – Pressão em uma Coluna de Fluido 186 12.11 – Princípio da Multiplicação de Pressão 187 12.12 – Conservação de Energia 187 12.13 – Como é Gerada a Pressão 189 12.14 – Fluxo em Paralelo 189 12.15 – Fluxo em Série 190 12.16 – Princípio de Fluxo 191 12.16.1 – Vazão de Velocidade 191 12.16.1.1 – Velocidade 191 12.16.1.2 – Vazão 192 12.16.2 – Atrito e Escoamento 194 12.16.3 – Queda de Pressão através de uma Restrição (Orifício) 195 12.16.4 – Tipos de Escoamento 197 12.16.4.1 – Fluxo Laminar 197 12.16.4.2 – Fluxo Turbulento 197 12.17 – Princípio de Bernoulli 198 12.18 – Perda de Carga na Linha de Pressão de um Sist. Hidráulico 199 12.18.1 – Determinação do Fator “f” 200 12.18.2 – Determinação de Ls,L1 e L 201 12.18.3 – Determinação de “D” 201 12.18.4 – Determinação de v 202 12.18.5 – Determinação de γ 202 12.18.6 – Procedimento de Cálculo 202 12.18.7 – Perda Térmica 203 12.18.8 – Tabela de Perda de Carga 204 12.19 – Trabalho e Energia 205 12.19.1 – Potência Hidráulica 205 12.20 – Fluidos Hidráulicos 206 12.20.1 – Funções dos Fluidos Hidráulicos 206 12.20.2 – Propriedade dos Fluidos Hidráulicos 208 12.20.2.1 – Índice de Viscosidade 209 12.20.2.1.1 – Conversão de Viscosidades 209 12.20.2.2 – Ponto de Fluidez 209 12.20.2.3 – Capacidade de Lubrificação 209 12.20.2.4 – Resistência à Oxidação 211 12.20.2.4.1 – Prevenção da Ferrugem e Corrosão 21112.20.2.5 – Demulsibilidade 212 12.20.2.6 – Uso de Aditivos 212 12.20.3 – Fluidos Resistentes ao Fogo 213 12.20.3.1 – Características 213 12.20.3.2 – Água Glicóis 214 12.20.3.3 – Emulsões de Água em Óleo 215 12.20.3.4 – Óleo em Água 216 12.20.3.5 – Outras Características 216 12.20.4 – Fluidos Sintéticos Resistentes ao Fogo 217 12.20.4.1 – Características 217 12.20.5 – Manutenção do Fluido 218 12.20.6 – Armazenagem e Manipulação 219 12.20.7 – Cuidados durante a Operação 219 12.21 – Tubulação e Vedação Hidráulica 219 12.21.1 – Tubulação 219 12.21.2 – Tubos Rígidos 220 12.21.2.1 – Vedações para Tubos Rígidos 220 12.21.2.2 – Conexões 221 12.21.3 – Tubulação semi-Rígida 222 12.21.3.1 – Especificação de Tubulação 222 12.21.3.2 – Conexões para Tubos Semi-Rígidos 223 12.21.4 – Mangueira Flexível 224 12.21.4.1 – Conexões para Mangueiras 225 12.21.5 – Consideração de Pressão e Fluxo 225 12.21.6 – Considerações sobre o Material 227 12.21.7 – Recomendações de Instalação 227 12.21.8 – Retentores de Vazamento 230 12.21.9 – Materiais de Vedação 238 12.21.10 – Como Evitar Vazamentos 240 12.22 – Reservatórios 242 12.22.1 – Armazenamento de Óleo 243 12.22.2 – Construção do Reservatório 243 12.22.3 – Acessórios 244 12.22.3.1 – Respiro 244 12.22.3.2 – Chicana 244 12.22.3.3 – Local de Enximento 245 12.22.3.4 – Indicadores de Nível 245 12.22.3.5 – Magnetos 246 12.22.4 – Conexões e Montagens de Linha 246 12.22.5 – Dimensionamento de um Reservatório 246 12.22.6 – Regra da Altura do Filtro de Sucção 247 12.22.7 – Resfriamento do Fluido 247 12.22.8 – Circulação Interna de Ar 248 12.23 – Filtros 249 12.23.1 – Filtros para Linhas de Sucção 250 12.23.2 – Filtros para Linhas de Pressão 252 12.23.3 – Filtros para Linhas de Retorno 253 12.23.4 – Materiais Filtrantes 255 12.23.5 – Os Tipos de Elementos Filtrantes 255 12.23.6 – Filtros de Fluxo Total 256 12.23.7 – Filtros Tipo Indicador 256 12.24 – A Pressão Atmosférica Alimenta a Bomba 257 12.25 – Bombas Hidráulicas 258 12.25.1 – Especificações de Bombas 259 12.25.1.1 – Pressão Nominal 259 12.25.1.2 – Deslocamento 260 12.25.1.3 – A Vazão (lpm) 260 12.25.1.4 – Rendimento Volumétrico 261 12.25.2 – Classificação e Descrição das Bombas 261 12.25.3 – Tipos de bombas 265 12.25.3.1 – Bombas Manuais 266 12.25.3.2 – Bombas de Engrenagens 267 12.25.3.3 – Bombas de Rotores Lobulares 268 12.25.3.4 – Bombas de Palhetas 269 12.25.3.4.1 – Bombas Tipo Não Balanceado 270 12.25.3.4.2 – Bombas Tipo Balanceado 270 12.25.3.4.3 – Bombas Duplas Redondas 271 12.25.3.4.4 – Bombas de Palhetas Tipo “Quadrado” 271 12.25.3.4.5 – Bombas de Palhetas de Alto Rendimento 273 12.25.3.4.5.1 – Intrapalhetas 274 12.25.3.4.5.2 – Conj. Rotativo Pré-Montado “cartucho” 275 12.25.3.4.5.3 – Posições dos Pórticos 276 12.25.3.4.5.4 – Carac. de Op. de Bombas de Palhetas 276 12.25.3.5 – Bombas de Pistão Axial com Placa Inclinada 277 12.26 – Válvulas de Pressão 280 12.26.1 – Válvula de Segurança (Alívio de Pressão) 282 12.26.1.1 – Válvula de Alívio e Seg. de Op. Direta (Simples) 283 12.26.1.2 – Válvula de Alívio e Segurança Diferencial 285 12.26.1.3 – Válvula de Alívio e Seg. de Operação Indireta 286 12.26.1.4 – Válvula de Segurança Pré-Operada 287 12.26.1.5 – Válvula Limtadora de Pressão Pré-Operada com Descarga Por Solenóide 291 12.26.2 – Válvula de Descarga 292 12.26.3 – Válvula de Sequência 292 12.26.3.1 – Válvula e Sequência de Pressão Pré-Operada 293 12.26.4 – Válvula de Contrabalanço 294 12.26.5 – Válvula Redutoras de Pressão 294 12.26.5.1 – Válvula Redutoras de Pressão de Ação Direta 295 12.26.5.2 – Válvula Redutoras de Pressão Pré-Operadas 296 12.27 – Válvulas Direcionais 297 12.27.1 – Válvulas Centradas por Molas, com Molas Fora de Centro e Sem Mola 297 12.27.1.1 – Tipos de Centros Dos Carretéis 298 12.27.2 – Válvulas de Desaceleração 300 12.28 – Válvulas de Bloqueio 301 12.28.1 – Válvulas de Retenção 301 12.28.1.1 – Válvulas de Retenção em Linha 302 12.28.1.2 – Válvulas de Retenção em Ângulo Reto 303 12.28.1.3 – Válvulas de Retenção com Desbloqueio Hidráulico 304 12.28.2 – Válvula de Sucção ou de Pré-Enximento 310 12.29 – Controle de Vazão 312 12.29.1 – Os Métodos de Controlar o Fluxo 312 12.29.2 – Válvulas de Controle de Vazão 314 12.29.3 – Válvula Contr. de Vazão com Compensação de Temp. 316 12.30 – Pressão Induzida em um Cilindro 317 12.31 – Vazão Induzida em um Cilindro 318 12.32 – Sistema Regenerativo 319 12.33 – Cálculos 320 SIMBOLOGIA 323 EXERCÍCIOS 336 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 368 Figuras e Tabelas Pneumática Figuras Figura 1 - Equipamentos e acessórios ideais na geração de ar comprimido 17 Figura 2 - Tipos de compressores 18 Figura 3 – Compressor de êmbolo de 1 estágio 19 Figura 4 – Compressor de dois estágios com refrigeração intermediária 19 Figura 5 – Compressor de membrana 20 Figura 6 – Compressor rotativo multicelular 21 Figura 7 – Compressor duplo parafuso 21 Figura 8 – Compressor Roots 21 Figura 9 – Compressor axial 22 Figura 10 – Compressor radial 22 Figura 11 – Diagrama de Volume e Pressão fornecido 23 Figura 12 – Aletas de refrigeração 24 Figura 13 – Readmissão do ar ou by-pass 25 Figura 14 – Partida e parada automática do motor elétrico 26 Figura 15 – Alívio nas válvulas de admissão 26 Figura 16 - Intercooler 28 Figura 17 - Aftercooler 29 Figura 18 – Reservatório de ar comprimido 30 Figura 19 – Rede de distribuição de circuito aberto 31 Figura 20 – Tubulação com circuito fechado 32 Figura 21 – Rede combinada 32 Figura 22 – Tomada de ar 33 Figura 23 - Conexão com anel de corte permite várias montagens e desmontagens 35 Figura 24 - Conexão com anel de pressão para tubos de aço e cobre com anel interno especial serve também para tubos plásticos 36 Figura 25 - Conexão com reborbo prensado 36 Figura 26 - Conexão com reborbo flangeado 36 Figura 27 – Secagem por absorção 38 Figura 28 – Secagem por adsorção 39 Figura 29 – Secagem por resfriamento 40 Figura 30 – Filtro 41 Figura 31 – Dreno automático 42 Figura 32 – Regulador de pressão com orifício de escape 43 Figura 33 – Regulador de pressão sem orifício de escape 44 Figura 34 – Princípio de Venturi 45 Figura 35 – Lubrificador 46 Figura 36 – Conjunto lubrefil 47 Figura 37 – Conjunto lubrefil (detalhado/simplificado) 47 Figura 38 – Cilindro de simples ação 49 Figura 39 – Cilindro de simples ação 49 Figura 40 – Cilindro de dupla ação 50 Figura 41 – Cilindro de dupla ação com haste passante 51 Figura 42 – Cilindro Tandem 51 Figura 43 - Cilindro de dupla ação com amortecimento nos fins de curso 52 Figura 44 - Cilindro rotativo com amortecimento nos fins de curso 53 Figura 45 – Cilindro de múltiplas posições 53 Figura 46 – Cilindro de membrana 54 Figura 47 – Tipos de fixação 55 Figura 48 – Tipos de vedações para êmbolos 57 Figura 49 – Motor radial e motor axial 58 Figura 50 – Motor de palhetas - sentido de rotação 59 Figura 51– “Esqueleto” de uma válvula direcional 67 Figura 52 – Válvulas direcionais – de sede esférica 69 Figura 53 - Válvulas direcionais (NA) – de sede de prato 69 Figura 54 - Válvulas direcionais (NF) – de sede de prato 70 Figura 55 – Válvula direcional de 3 vias por 2 posições (normal aberta) 70 Figura 56 - Válvula direcional de 3 vias (3/2) (sede de prato) acionada pneumaticamente 71 Figura 57 – Válvula direcional de 3 vias por 2 posições (acionamento pneumático) 71 Figura 58 - Válvula direcional de 3 vias por 2 posições com princípio de assento de prato 72 Figura 59 - Válvula direcional de 5 vias por 2 posições (Princípio de assento). 73 Figura 60 - Válvula direcional de 3 vias com 2 posições (acionamento eletromagnético) 73 Figura 61 – Válvula direcional de 4 vias por 2 posições (solenóide e servocomando) 74 Figura62 – Válvula direcional de 3 vias por duas posições, com acionamento por rolete, servocomandada (normal fechada) 75 Figura 63 – Válvulas direcionais de 3 vias por duas posições, com acionamento por rolete, servocomandada (normal aberta) 76 Figura 64 – Válvula direcional de 4 vias por 2 posições (servopilotada) 76 Figura 65 – Válvula direcional de 5 vias por 2 posições (princípio de corrediça longitudinal) 77 Figura 66 – Tipos de vedação entre êmbolo e corpo da válvula 78 Figura 67 – Válvula corrediça longitudinal manual. Válvula direcional de 3 vias por duas posições 79 Figura 68 – Válvula direcional corrediça plana longitudinal de 4/2 vias comando por alívio bi-lateral de pressão 80 Figura 69 - Esquema de comando por impulso negativo 80 Figura 70 – Válvulas corrediça giratória 81 Figura 71 – Válvula de retenção 83 Figura 72 – Válvula alternadora 83 Figura 73 – Válvula de escape rápido 84 Figura 74 – Expulsor pneumático 85 Figura 75 – Válvula de simultaneidade 86 Figura 76 – Válvula reguladora de fluxo unidirecional 87 Figura 77 – Válvula reguladora de fluxo unidirecional com acionamento mecânico regulável (com rolete) 87 Figura 78 – Válvula de seqüência 88 Figura 79 - Temporizador (normalmente fechado) 89 Figura 80 - Temporizador (normalmente aberto) 90 Figura 81 – Disposição segundo o esquema da cadeia de comando 106 Figura 82 – Esquema pneumático 108 Figura 83 – Representação de um elemento de sinal 110 Figura 84 – Rolete escamoteável 122 Figura 85 –Circuito temporizado 125 Figura 86 – Circuito para desligamento de sinais 125 Figura 87 - Válvulas de inversão (memória) 126 Figura 88 – “Caixa preta” 126 Tabelas Tabela1 27 Tabela 2 – Vazamentos e perda de potência em furos 34 2. Forma de tabela 113 Hidráulica Figuras Figura 1 - A pressão (força por unidade área) é transmitida em todos os sentidos de um líquido confinado 184 Figura 2 - A alavanca hidráulica 185 Figura 3 - Pressão hidrostática 186 Figura 4 - Multiplicador de pressão 197 Figura 2.1 – A energia não pode ser criada nem destruída 188 Figura 5 - Pressão causada por uma restrição e limitada por uma válvula controladora de pressão 189 Figura 6 - Fluxo em paralelo 190 Figura 7 - Fluxo em série 191 Figura 8 - Leis da vazão 193 Figura 9 - Vazão e velocidade 194 Figura 10 - Atrito e queda de pressão 194 Figura 11 - Queda de pressão e fluxo de óleo através de uma restrição 196 Figura 12 - Fluxo laminar 197 Figura 13 - Fluxo turbulento 198 Figura 14 - A altura das colunas de fluido representa as pressões em cada posição 199 Figura 15 – Propriedades de lubrificação dos óleos 210 Figura 16 - Vedações para canos 221 Figura 17 - Tipos de conexões 221 Figura 18 - Conexões flangeadas para tubos rígidos de grande diâmetro 222 Figura 19 - Conexões e adaptadores rosqueados usados com tubos semi- rígidos 223 Figura 20 - Construção das mangueiras (tubos flexíveis) 225 Figura 21 – Retentores 232 Figura 22 – Anel de secção redonda 233 Figura 23 - Anel de encosto 234 Figura 24 - Retentores de secção retangular (cortados em torno) 234 Figura 25 - Anel tipo "T" 235 Figura 26 - Retentor labial 235 Figura 27 - Retentor tipo copo 236 Figura 28 - Anéis de pistão 236 Figura 29 - Gaxetas de compressão 237 Figura 30 - Retentor de face 238 Figura 31 - Partes de reservatório 244 Figura 32 - Chicana vertical 245 Figura 33 - Bujões magnéticos 250 Figura 34 - Filtro de sucção 251 Figura 35 – O filtro de sucção (entrada) protege a bomba 252 Figura 36 - Filtro de pressão 253 Figura 37 - O filtro para linha de pressão é instalado na saída das bombas 253 Figura 38 - Filtro de retorno 254 Figura 39 - O filtro de retorno é instalado no retorno para o reservatório 254 Figura 40 - Elemento filtrante (tipo de superfície) 255 Figura 41 - Filtro de fluxo total 256 Figura 42 - Filtro tipo indicador 257 Figura 43 - Bombas centrífugas 258 Figura 44 - Bomba de êmbolo de simples efeito 263 Figura 45 - Bomba de êmbolo de simples efeito 263 Figura 46 - Bomba alternativa de pistão de simples efeito 264 Figura 47 - Bomba alternativa de pistão de duplo efeito 264 Figura 48 - Bombas rotativas 265 Figura 49 - Bomba manual de dupla ação 266 Figura 50 - Bomba de engrenagens externas 267 Figura 51 - Bombas de engrenagens internas 267 Figura 52 - Bomba de rotores lobulares 268 Figura 53 - Funcionamento de uma bomba de palhetas não balanceadas 269 Figura 54 - Deslocamento de uma bomba de palhetas 269 Figura 55 - Bomba de palhetas de deslocamento variável compensado por 270 pressão Figura 56 - Princípio de balanceamento em uma bomba de palhetas 271 Figura 57 - Bomba dupla redonda 271 Figura 58 - Bomba de palheta tipo "quadrado" 272 Figura 59 - Princípio de funcionamento 272 Figura 60 - Bomba dupla "quadrada" 273 Figura 61 - Bomba de palhetas de alta eficiência 274 Figura 62 - Construção de bomba dupla de alto rendimento 274 Figura 63 - Princípio de funcionamento 275 Figura 64 - Conjunto rotativo pré-montado 276 Figura 65 e 66 - Bomba de pistões em linha 277 Figura 67 - Princípio de funcionamento 278 Figura 68 - Variação do deslocamento da bomba de pistões em linha 279 Figura 69 - Funcionamento do compensador 280 Figura 70 – Símbolo e válvula de segurança 283 Figura 71 - Válvula de segurança composta 285 Figura 72 – Operação de válvula de segurança de pistão balanceado 287 Figura 73 - "Ventagem" de uma válvula de segurança 289 Figura 74 - Válvula de segurança simples acoplada ao pórtico de ventagem 289 Figura 75 - Válvula limitadora de pressão tipo DB, pré-operada 290 Figura 76 - Válvula limitadora de pressão pré-operada com descarga por solenóide 291 Figura 77 - Válvula de seqüência de pressão pré-operada 293 Figura 78 - Válvula redutora de pressão 295 Figura 79 – Válvula redutora de pressão operada por piloto 296 Figura 80 -Válvula redutora de pressão com válvula de retenção integral 297 Figura 81 - Válvula com mola fora de centro 298 Figura 82 - Tipos de centros dos carretéis 299 Figura 83 - Posição dos êmbolos 300 Figura 84 - Princípio de funcionamento e simbologia de uma válvula de retenção 301 Figura 85 - Válvula de retenção em linha 302 Figura 86 - Princípio de funcionamento de uma válvula de retenção em linha 302 Figura 87 - Válvula de retenção em ângulo reto 303 Figura 88 - Funcionamento de uma válvula de retenção em ângulo reto 303 Figura 89 - Placa retificadora com 4 válvulas de retenções e válvula reguladora 304 Figura 90 - Corte de uma placa retificadora tipo Z4S com indicação do sentido do fluxo 304 Figura 91 a) a esquerda: Válvula de retenção pilotada, com conexão por roscas 305 Figura 92 - Construção sem conexão para dreno 305 Figura 93 - Construção com conexão para drenos externos 308 Figura 94 - Válvula de retenção com desbloqueio hidráulico geminada 309 Figura 95 - Válvula de sucção 310 Figura 96 - Válvula de sucção em corte 311 Figura 97 - Controle de vazão na entrada (Meter-in) 312 Figura 98 - Controle de vazão na saída do atuador (Meter-Out) 313 Figura 99 - Controle de vazão em desvio (Bleed-off) 314 Figura 100 - Válvula controladora de vazão não compensada 315 Figura 101 - Válvula controladora de vazão compensada por pressão 315 Figura 102 - Válvula controladora de vazão com válvula de retenção incorporada 316 Figura 103 - Funcionamento de uma válvula controladora de vazão compensada por pressão e temperatura 317 Tabelas Tabela de perda de carga 204 Tabela 1- Compatibilidade entre os tipos de materiais e os fluidos hidráulicos 218 Tabela 2 - Tabela para selecionar diâmetro interno dos tubos 226 Tabela 3 - Dimensionamento de tubos 227 Tabela 4 – Tabela Típica de Especificações 260Hidráulica (2ª PARTE) Professora: Mara Nilza Estanislau Reis Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais IPUC - Departamento de Engenharia Mecânica Comandos Hidráulicos e Pneumáticos Professor: José Rubens 12.1- Introdução à Hidráulica A palavra hidráulica é definida da raiz grega “hidro” que significa água, “aulos” que significa cano. Compreendia-se, antigamente, por isso, todas as leis e comportamentos relativos à água. Hoje, entende-se, por hidráulica, a transmissão, controle de forças e movimentos, por meio de um fluido. No nosso estudo tratamos apenas do óleo hidráulico que é um ramo da hidráulica que utiliza o óleo como fluido. A Hidráulica consiste no estudo das características e usos dos fluidos. Desde o início, o homem serviu-se dos fluidos para facilitar o seu trabalho. A história antiga registra que dispositivos engenhosos, como bombas e rodas d'água já eram conhecidos desde épocas remotas. Entretanto, só no século XVII, o ramo da hidráulica que nos interessa, foi utilizado. Experiências têm mostrado que a hidráulica é agora indispensável como um método moderno de transmissão de energia. Acionamentos e comandos hidráulicos ganharam importância através dos tempos, com a automatização e mecanização. Grande parte das modernas e mais produtivas máquinas e instalações são hoje parcial ou totalmente comandadas por sistemas hidráulicos. Um fluido é usado como meio de transmissão de energia. Na maior parte dos casos, são usados óleo mineral, podendo, entretanto, ser um fluido sintético, ou uma emulsão óleo-água. Óleo Hidráulico ou hidráulico industrial: meio de transmitir energia através de líquido confinado sob pressão. Atualmente há milhares de máquinas operadas por pressão, que dividem a hidráulica em duas ciências: Hidrostática: mecânica dos fluidos estáticos, teoria das condições de equilíbrio dos fluidos sob pressão. A energia é transmitida empurrando um líquido confinado. O líquido precisa se mover ou fluir para causar o movimento, porém, esta é uma decorrência da força aplicada (energia potencial) sistemas de óleo hidráulicos estáticos. HIDRÁULICA Hidrodinâmica: é a ciência dos líquidos em movimento. Uma roda d’água ou turbina representa um dispositivo hidrodinâmico. A energia é transmitida pelo impacto do fluido em movimento contra lâminas ou palhetas (energia cinética, ou energia do movimento que o líquido contém) sistemas óleo hidráulicos cinéticos. Mecânica dos fluidos em movimento (teoria da vazão). Um exemplo de hidrodinâmica pura é a transformação de energia dinâmica da água, nas usinas hidrelétricas. 12.2- Sistema Óleo Hidráulico São sistemas transmissores de potência ou movimento, utilizando óleo com o movimento transmissor que é praticamente incompressível (transmite força instantaneamente). Podem ser classificados de duas formas: Estáticos: onde a energia utilizada é a potencial, com o fluido sob alta pressão e baixa velocidade (+ ou – 1000bar). Nosso estudo se voltará mais aos sistemas estáticos aplicados, por exemplo, em prensas, guindastes, máquinas, ferramentas, injetoras de plásticos, etc. Cinéticos: onde a energia utilizada é cinética, para a transmissão de potência, altas velocidades em torno de 50m/s (180km/h). 12.3- Exemplos de aplicações Para que se possa, inicialmente, fazer uma idéia geral sobre os vários campos de aplicação da hidráulica, os mesmos foram divididos em 5 setores como segue: 12.3.1 - Hidráulica Industrial Injetoras de plástico e outros materiais; Prensas; Indústria pesada (metalúrgica laminação; máquinas-ferramentas). 12.3.2 - Hidráulica em construções fluviais, lacustres e marítimas. Comportas e eclusas; Acionamento de pontes; Máquinas de mineração; Turbinas; Usinas nucleares. 12.3.3 - Hidráulica em aplicações técnicas especiais. Escavadeiras, dragas e gruas; Máquinas rodoviárias e agrícolas; Mecânica automobilística. 12.3.4 - Hidráulica em aplicações técnicas especiais. Acionadores de telescópios; antenas; bóias de investigação marítima; trens de aterrissagem e controle de aeronaves; máquinas especiais. 12.3.5 - Hidráulica na Indústria Naval. Acionamento de lemes; Guindastes de bordo; Gruas; Plataformas; Escotilhas de cargas. 12.4- Classificação 12.4.1- Quanto a pressão: 00 - 14 bar = baixa pressão 14 - 35 bar = média pressão 35 - 85 bar = média-alta pressão 85 - 210 bar = extra-alta pressão 12.4.2- Quanto a aplicação: Classificados em sistema de pressão contínua ou sistema de pressão intermitente. 12.4.3- Quanto ao tipo de bomba: Vazão constante ou vazão variável. 12.4.4- Quanto ao controle de direção: Controlado por válvulas. Controlado por bombas reversíveis. 12.5- Esquema geral de um sistema hidráulico De acordo com o tipo de aplicação, existe uma grande infinidade de tipos de circuitos hidráulicos, porém, todos eles seguem sempre um mesmo esquema, que poderíamos dividir em três partes principais. Sistema de Geração Sistema de distribuição e controle Sistema de aplicação de energia Reservatório Válvulas Atuadores: Filtros controladoras Cilindro-linear Bomba de vazão, pressão Motor hidráulico-rotativo Motor de acionamento e direcionais Acumulador Intensificador de pressão e outros acessórios 12.6- Transmissão de energia hidráulica O componente de entrada de um sistema hidráulico chama-se bomba e o de saída atuador. O sistema hidráulico não é uma fonte de energia. A fonte de energia é o acionador, tal como, o motor que gira a bomba. Então porque não esquecer a hidráulica e ligar a parte mecânica diretamente ao acionador principal? Devido a versatilidade de um sistema hidráulico, o qual oferece algumas vantagens sobre outros meios de transmissão de energia. 12.7- Vantagens e Desvantagens do sistema hidráulico 12.7.1- Vantagens do sistema hidráulico Faremos uma rápida comparação dos sistemas hidráulicos com os sistemas mecânicos ou elétricos equivalentes. - Velocidade: Consegue-se, num sistema bem dimensionado, uma variação contínua e precisa de velocidade, seja cilindro ou motor hidráulico, bastando para isto mudar a vazão da bomba ou controlá-la através da válvula adequada. - Reversibilidade: Sem desligar a máquina, bastando apenas alterar a posição do êmbolo da válvula direcional, ocorre a inversão do movimento do atuador, enquanto que para se obter, por exemplo, a inversão do sentido de rotação de um motor elétrico, é necessário desligá-lo, inverter os fios (pólos) e dar nova partida. Existem chaves especiais para este fim, mas apesar da rapidez da operação, a inversão não é suave e o pico de consumo de partida do motor não é evitado. - Proteção contra sobrecarga: Quando a carga excede os limites de trabalho ocorre o aumento da pressão do fluido a um valor limitado pela válvula de segurança, que nessa situação se abre impedindo qualquer dano ao sistema. - Limitação de força (ou torque): Há possibilidade de se limitar a força máxima de um cilindro, ou torque máximo de um motor, pela válvula de segurança, e se existir a necessidade de um limite mais baixo para um movimento do que para outro, pode-se utilizar uma válvula redutora de pressão. - Dimensões reduzidas: Como a força e a velocidade dos atuadores dependem apenas de pressão e vazão respectivamente, o peso e o tamanho dos componentes hidráulicos são reduzidos em relação aos equivalentes equipamentos mecânicos e elétricos da mesma potência. - O óleo hidráulico é um excelente condutor de calor, o que inclusive é um fator importante no dimensionamento do reservatório que poderá servir como trocador de calor, etc. - Fácil instalação dos diversos elementos, oferecendo grande flexibilidade, inclusiveem espaços reduzidos. O equivalente em sistemas mecânicos já não apresenta esta flexibilidade. - São sistemas auto-lubrificados, não ocorrendo o mesmo com os mecânicos ou elétricos. - Tem pequeno peso e tamanho com relação a potência consumida em comparação aos sistemas elétrico e mecânicos. - Parada instantânea. Se pararmos instantaneamente um motor elétrico, podemos danificá-lo ou queimar o fusível. Da mesma forma as máquinas não podem ser paradas bruscamente e ter seu sentido de rotação invertido, sem a necessidade de se dar a partida novamente. Entretanto, um atuador hidráulico pode ser parado sem danos quando sobrecarregado, e começar imediatamente assim que a carga for reduzida. Durante a parada, a válvula de segurança simplesmente desvia, a vazão da bomba ao tanque. 12.7.2- Desvantagens do sistema hidráulico - Seu custo inicial é mais alto em comparação aos sistemas mecânicos e elétricos. - Perigos de incêndios, pois o óleo, normalmente é inflamável. Atualmente tem-se empregado em certos casos fluidos resistentes ao fogo que, na realidade, apenas evitam a propagação do fogo. - O rendimento global de um sistema hidráulico, sem levar em consideração o rendimento do motor que aciona a bomba, varia, em função dos componentes especificados, de 80% a 90%. São três os fatores responsáveis pela variação do rendimento: - Vazamentos internos em todos os componentes, esses vazamentos são necessários para promover a lubrificação das partes móveis dos diversos componentes. - Perda de energia provocada pelas perdas de carga nos tubos e válvulas, com o conseqüente aquecimento do óleo. - Várias transformações do estado da potência, a bomba recebe em seu eixo potência mecânica, a transforma em potência hidráulica e o atuador recebe a potência hidráulica e a transforma novamente em mecânica. 12.8- Um pouco de História A hidráulica data de milhares de anos atrás, em sistemas de abastecimento de água e irrigação. Compreendia-se, antigamente, por isso, todas as leis e comportamentos relativos a água. Antes do século XV, época que Leonardo da Vinci era o gênio da Europa, o conceito de pressão era virtualmente desconhecido. Embora ele tivesse apresentado várias sugestões de projetos de máquinas hidráulicas, não conseguiu desenvolver um conceito claro de pressão. Mais de cem anos depois o italiano Torricelli observou o princípio de barômetro de mercúrio e relacionou ao peso da atmosfera. Baseando-se na descoberta de Torricelli, o cientista francês Blaise Pascal descobriu o princípio da alavanca hidráulica conhecido como Lei de Pascal (sec. XVII). 12.8.1- A lei de Pascal: "A Pressão exercida em um ponto qualquer de um fluido em repouso transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido e atua perpendicularmente contra as paredes do recipiente que o contém". Este preceito explica o fato de uma garrafa de vidro quebrar-se caso sua rolha seja forçada a entrar, com o recipiente completamente cheio: o fluido, praticamente incompressível, transmite a pressão aplicada pela rolha ao fundo da garrafa, como a área do fundo é muito maior que a rolha, produz-se uma força no fundo, excessivamente alta a ponto de quebrá-la. Figura 1 - A pressão (força por unidade área) é transmitida em todos os sentidos de um líquido confinado. Talvez, pela simplicidade da Lei de Pascal, é que o homem não percebeu o seu enorme potencial por dois séculos. Somente, no princípio da Revolução Industrial, é que um mecânico britânico, Joseph Bramah, veio a utilizar a descoberta de Pascal para desenvolver uma prensa hidráulica. Bramah, conclui que, se uma força moderada aplicada a uma pequena área, produz-se proporcionalmente, uma força maior numa área maior, o único limite à força de uma máquina seria a área em que se aplicasse a pressão. A figura demonstra como Bramah aplicou o princípio de Pascal à prensa hidráulica. Figura 2 - A alavanca hidráulica. A força aplicada é a mesma utilizada na rolha e o pistão menor tem a mesma área, ou seja, 1cm². O pistão maior tem 10cm². O pistão maior é empurrado com 10kgf numa área de 1cm², para que possa suportar um peso de 100kgf. Observa-se que as forças que equilibram este sistema são proporcionais às áreas dos cilindros. Assim sendo, se a área de saída for de 200 cm², a força de saída será de 200 kgf (no caso, a cada cm² correspondem 10 kgf). Este é o princípio de operação de um macaco hidráulico ou de uma prensa hidráulica. É interessante notar a semelhança entre a prensa simples e uma alavanca mecânica (vista B). 12.9- Definição de pressão Somente para sistemas estáticos: A F P Unidades: bar; 2cm kgf ; 2m N = Pa; 2ft lbf ; 2in lbf = psi ; atm ; mmHg ; mca 12.10- Pressão numa coluna de fluido Em uma coluna de fluido ocorre uma pressão como conseqüência do peso da massa de fluido sobre uma determinada área. A pressão é dependente da altura (h) da coluna, da densidade () e da aceleração da gravidade(g). Pressão de coluna = . g. h = h . Figura 3 - Pressão hidrostática. Tomando recipientes de formas diferentes, cheios com o mesmo fluido, a pressão, em um determinado ponto, dentro do fluido, depende apenas da altura da coluna acima do ponto. A pressão hidrostática exerce uma força sobre o fundo do reservatório. Caso a pressão, conforme mostra a figura, atua sobre superfícies iguais ( A1 = A2 = A3 ), as forças resultantes serão também iguais. (F1 = F2 = F3). 12.11- Princípio da multiplicação de pressão Figura 4 - Multiplicador de pressão. Dois êmbolos de diâmetros diferentes são unidos entre si por uma haste. Atuando-se com a pressão P1 sobre a área A1, temos no êmbolo maior a força F1. A força F1 é transmitida pela haste ao êmbolo menor. Essa força age sobre a superfície A2 e provoca a pressão P2. Eliminando o atrito, teremos: F1 = F2 = F P1 . A1 = P2 . A2 Com isso teremos: P1 . A1 = F1 P2 . A2 = F2 Ou então: 2 1 P P = 1 2 A A Em um multiplicador de pressão, as pressões são inversamente proporcionais às áreas. 12.12- Conservação de energia Uma lei fundamental da física afirma que a energia não pode ser nem criada nem destruída. A energia provém da natureza. Podemos fazer a transformação da energia. Um princípio anunciado por Lavoisier: “Na natureza nada se cria e nada se perde tudo se transforma”. É comum vermos em sistemas hidráulicos a energia elétrica transformada em mecânica e esta última transformada em hidráulica. A multiplicação de forças não é o caso de se obter alguma coisa por nada. O pistão maior, movido pelo fluido deslocado do pistão menor, faz com que a distância de cada pistão se movimente inversamente proporcional às suas áreas. O que se ganha com relação a força tem que ser sacrificado em distância ou velocidade. Observa-se que a hidráulica obedece ao “Princípio da Alavanca”. Figura 2.1 – A energia não pode ser criada nem destruída. 12.13- Como é gerada a pressão? A pressão resulta da restrição ou resistência oferecida ao fluxo do fluido ou da resistência à força que tenta fazer o líquido fluir. A resistência é função de: - da carga de um atuador; - de uma restrição (ou orifício) na tubulação; - estreitamento da passagem ou de obstáculos nos elementos de trabalho e nas seções de passagem dos condutores e aparelhos. Figura 5 - Pressão causada por uma restrição e limitada por uma válvula controladora de pressão. 12.14- Fluxo em paralelo Quando houver duas vias de fluxo paralelas, cada qual com resistências ao escoamento diferentes, a pressão aumentará até vencer a resistência menor, quando ocorrerá fluxo pela via correspondente. Costuma-se dizer que os fluidos "escolhem os caminhos mais fáceis".Figura 6 - Fluxo em paralelo. 12.15- Fluxo em série Quando resistências ao fluxo, estão ligadas em série, somam-se pressões. A figura mostra as mesmas válvulas da figura anterior, porém ligadas em série. Os manômetros, localizados nas linhas, indicam a pressão suficiente para superar cada resistência da válvula, mais a contrapressão que cada válvula sucessiva oferece. A pressão no manômetro da bomba indica a soma das pressões necessárias para abrir cada válvula individualmente. Figura 7 - Fluxo em série. 12.16- Princípio de fluxo Num sistema hidráulico a força é transmitida só pela pressão, o fluxo provoca o movimento dos atuadores. A bomba é responsável pelo fornecimento de óleo, produzindo-se assim um fluxo. Há duas maneiras para medir fluxo de um fluido: 12.16.1- Vazão e velocidade 12.16.1.1- Velocidade: É a distância que as partículas percorrem em uma unidade de tempo. Sua unidade no Sistema Internacional é (m/s). - Velocidade de um atuador: A velocidade com que um cilindro se desloca ou um motor gira depende de seu tamanho e da vazão de óleo que está recebendo. Velocidade (V) depende da vazão (Q) e independe da pressão (P) Força (F) depende da pressão (P) e independe da vazão (Q). - Velocidade na tubulação: A velocidade com que o fluido hidráulico passa pela tubulação é um fator importante de projeto, pelo efeito que a velocidade causa sobre o atrito. Geralmente, a faixa de velocidade recomendada pelo fabricante é: VICKERS - Linha de sucção = 6 a 12 dm/s - Linha de pressão e retorno = 20 a 60 dm/s RACINE - Sucção e preenchimento: 60,96 a 121,92 cm/s - Retorno: 304,8 a 457,20 cm/s - Para pressão abaixo de 210 bar: 762,2 a 914,14 cm/s - Para pressão acima de 210 bar: 457,2 a 509,6 cm/s 12.16.1.2- Vazão: É o volume que atravessa uma seção de tubo em uma unidade de tempo. Sua unidade no Sistema Internacional é (m 3 /s). Conforme varia a seção transversal de uma tubulação a velocidade média das partículas do fluido varia inversamente, apesar de a vazão ser constante. Se um fluido flui por um tubo com vários diâmetros, o volume que passa em uma unidade de tempo é o mesmo, independente da seção. A velocidade do fluxo varia, a vazão não. t V Q Onde: Q = vazão (L 3 /t) V = volume (L 3 ) t = tempo (t) A = área da seção transversal (L 2 ) s = curso (L) v = velocidade (L/t) V = (A. s) Substituindo na fórmula da vazão: t sA Q O curso s na unidade de tempo t é: t s v De onde podemos ter, com: vAQ Equação da continuidade. 2211 vAvA 21 QQ Figura 8 - Leis da vazão. Figura 9 - Vazão e velocidade. 12.16.2- Atrito e Escoamento: - Atrito: A energia hidráulica ao ser transmitida pela tubulação acarreta sempre uma perda de carga. Visto que nas paredes do tubo e no próprio líquido se produz atrito, que por sua vez, gera calor. Uma perda de energia hidráulica significa uma perda de pressão do líquido hidráulico. Figura 10 - Atrito e queda de pressão. A determinação da perda de carga é importante para saber se a pressão fornecida ao sistema é ou não suficiente para aquilo que o sistema se propõe. As restrições (curvas, estrangulamentos, etc.) contribuem grandemente para a perda de carga no sistema e conseqüentemente aquecimento do óleo. Influem na perda de carga: - Velocidade do fluxo. - Tipo de fluxo (laminar ou turbulento). - Diâmetro do tubo. - Viscosidade do líquido. - Rugosidade do tubo. - Volume de passagem. - Restrições (válvulas, acessórios, etc.). O atrito cria turbulência no fluido oferecendo resistência ao fluxo, o que resulta numa queda de pressão ao longo da linha. O ideal para circuitos óleo hidráulicos é que o regime de escoamento seja laminar, (R 2000, menor perda de carga), pois, em escoamento de regime turbulento, as perdas de carga são maiores, sempre que possível, deve-se evitar o emprego de restrições ou curvas abruptas nos circuitos. 12.16.3 - Queda de pressão através de uma restrição (orifício): Esta perda de pressão nas restrições ou estreitamentos, devido a conversão de energia de pressão em energia térmica, são provocadas em alguns casos, deliberadamente (p.ex.: na válvula redutora de pressão), mas não se deseja que nos estreitamentos, haja perda de pressão por aquecimento. Todo líquido hidráulico se aquece, pois durante o trabalho, o líquido passa por muitos estreitamentos que existem nos elementos hidráulicos. Na interrupção do fluxo, o líquido para: estando em repouso, não se produz atrito. Conseqüentemente, a pressão é a mesma antes e depois do ponto de estrangulamento. Quanto maior for o fluxo maior será a queda de pressão (P). Figura 11 - Queda de pressão e fluxo de óleo através de uma restrição. Nos líquidos em movimento, podemos notar que os processos são mais complexos, pois podemos verificar que o dobro da diferença de pressão (P), não significa que a vazão se duplique como ocorre na eletrotécnica, onde o dobro da tensão significa o dobro da corrente. Uma expressão que demonstra a relação da vazão e a queda da pressão é: Onde: = Fator hidráulico (0,6 a 0,9), valor dependente da viscosidade e da forma do estreitamento. A = Superfície do estreitamento em (m²). p = Queda de pressão em (Pa). = Massa específica ou densidade absoluta em (kg/m³). Podemos também usar a seguinte expressão reduzida: Ou seja, a vazão em um estreitamento não tem um comportamento linear em relação a queda de pressão. Notamos que a curva característica é uma parábola. Conclusão: O valor exato da vazão a ser ajustada é obtido de forma experimental. 12.16.4- Tipos de escoamentos: São dois tipos de fluxos de fluidos: 12.16.4.1- Fluxo laminar: Em um fluxo laminar, as moléculas do fluido se movem até determinadas velocidades, de uma forma mais ou menos ordenada, em camadas estáveis. Não há interferência entre as moléculas, nem tampouco influem em seu movimento. Figura 12 - Fluxo laminar. 12.16.4.2- Fluxo turbulento: Caso a velocidade aumenta a seção de passagem não varia, a partir de certa velocidade (velocidade crítica) o fluxo se transforma em um movimento desordenado, turbulento. As moléculas já não se movem mais ordenadamente em uma direção geral, mas sim de forma irregular, influenciando o movimento das outras. Figura 13 - Fluxo turbulento. As resistências ao fluxo aumentam e as perdas hidráulicas crescem. Por esses motivos, o fluxo turbulento é indesejável em instalações hidráulicas. 12.17- Principio de Bernoulli A lei da conservação da Energia nos diz que em um fluxo, a energia permanece constante, enquanto não houver troca de energia com o exterior. Deixando de lado as formas de energia que não se modificam no fluxo de um fluido, podemos dividir a energia total desta forma. Energia potencial: energia de posição em função da altura da coluna de fluido. Energia de pressão (pressão estática). Energia cinética: energia de movimento em função da velocidade do fluxo (pressão dinâmica). Equação de Bernoulli. teconsH v gz P tan 2 2 Com relação à energia de pressão estática teremos: 2 2 v P hgPP stt Onde: Pt = pressão total. Pst = pressão estática. .g.h = pressão da coluna de fluido. 2 2 v P = pressão dinâmica. Observando-se a equação da continuidade e a equação de energia, podemos deduzir que quando se diminui a seção transversal de passagem, a velocidade aumenta, com isso aumenta também a energia cinética. Já que a quantidade de energia total permanece constante, é necessário que se reduzam a energia de posição ou de pressão, ou ambas. A energia de posição, no entanto, varia de forma desprezível nestes casos. Com isso a pressão estática tem que variar em funçãoda pressão dinâmica e esta em função da velocidade. Figura 14 - A altura das colunas de fluido representa as pressões em cada posição. 12.18- Perda de carga na linha de pressão de um sistema hidráulico Durante o escoamento do fluido através do sistema hidráulico, pode ocorrer uma perda de pressão (mais comumente denominada perda de carga), que é devida a vários fatores. Todos esses fatores entram no cálculo de perda de carga no sistema hidráulico que é feito da seguinte maneira: 215915 1 . 9266 . .. 2 v D L f Onde: P = perda de carga do sistema em (bar) f = fator de fricção (número puro) L = L1 + Ls = comprimento total da tubulação em (cm) L1 = comprimento da tubulação retilínea em (cm) Ls = comprimento equivalente das singularidades em (cm) D = diâmetro interno da tubulação em (cm) v = velocidade de escoamento do fluido em (cm/s) = massa específica ou densidade absoluta do fluído em (kg/m 3 ). 215915x9266 = fator de conversão para a uniformização das unidades. 12.18.1- Determinação do fator “f”: Esse fator “f” é devido a temperatura do fluido e rugosidade interna do duto, isto é quanto mais rugoso for internamente o duto, maior dificuldade terá o óleo para escoar. R X f X = 64 para tubos rígidos e temperatura constante. X = 75 para tubos rígidos e temperatura variável ou para tubos flexíveis e temperatura constante. X = 90 para tubos flexíveis e temperatura variável. Re = número de Reynolds Re = Dv. , onde: v = velocidade do fluido em (cm/s). D = diâmetro interno da tubulação em (cm). = viscosidade cinemática do fluido em Stokes (cm²/s). 0 Re 2300 escoamento laminar. 2300 Re 4000 zona de transição. Re 4000 escoamento turbulento. 12.18.2- Determinação de Ls, L1 e L: Como salientamos anteriormente, restrições, curvas, bifurcações, etc., causam perda de carga e aquecimento do fluido. A esse tipo de perda de carga, damos o nome de perda de carga localizada. Podemos observar, então, que as curvas de 90,45 ou 30, bifurcações, cotovelos, etc., também fornecem certa resistência ao fluxo de óleo, ocasionando, portanto, outra perda de carga localizada. Como é muito difícil se estabelecer uma queda de pressão para cada tipo de cotovelo ou curva, etc., o que se costuma fazer é transformar, em cálculos, esse cotovelo ou curva em um “comprimento equivalente” de canalização retilínea, e para tal, existem tabelas que nos auxiliam nestas transformações. Saliente-se que estes cotovelos, curvas, registros, etc., são denominados de singularidades. 12.18.3- Determinação de “D”: O diâmetro da tubulação é determinado a partir do cálculo da área da seção do duto “A” obtido através da vazão e velocidade do fluxo do fluido. Assim, temos que: Q = v. A A = v Q Como a perda de carga que está nos interessando ocorre em linhas de pressão, adotamos a velocidade “v” recomendada de 15 ft/s ou 457,20 cm/s. Portanto, A = 20,457 )/( 15 )/( 33 scmQ Aou sftQ Uma vez determinado “A”, sabemos que: A = . . .D D A D A2 2 4 4 4 Ou ainda, D = 1,128 A 12.18.4- Determinação de v: A velocidade do fluido deverá ser aquela recomendada (15ft/s ou 457,20cm/s em linhas de pressão). Existe um motivo para essa recomendação. Como vimos anteriormente, para que não ocorra uma grande perda de carga no sistema, o escoamento deverá ser laminar e o número de Reynolds deverá estar abaixo de 2300. Experimentalmente verificou-se que para que essa condição seja observada, as velocidades deveriam ser aquelas recomendadas pelos fabricantes. 12.18.5- Determinação de : Gama ( ) é o peso específico do fluido em (Kgf/m 3 ). 12.18.6- Procedimento de cálculo: 1. Determine “f”. 2. Determine “Ls” e as perdas localizadas em válvulas especiais, através dos catálogos do fabricante. Adicione “Ls” a “L1” para obter “L”. 3. Determine P e efetue a soma deste cálculo com as perdas de carga localizadas nas válvulas especiais para obter a perda de carga total no sistema. 4. Uma vez determinada a perda de carga total, verifique se a mesma não influirá no sistema. Por exemplo, se nosso sistema precisa de 190 bar para executar um determinado trabalho enquanto que fornecemos 210 bar e temos uma perda de carga de 30 bar a pressão útil disponível será: P = 210 - 30 = 180 bar, insuficiente para o trabalho que o sistema hidráulico se propõe a fazer, pois é menor do que a pressão necessária de 190 bar. 12.18.7- Perda térmica: A perda térmica gerada em um sistema hidráulico caracteriza-se pela perda de potência que pode ser vista em termos de taxa de calor gerada devido às perdas de carga. É importante salientar que essa taxa de calor propaga-se pelas tubulações por meio do sistema, elevando a temperatura do fluido em movimento. Daí a necessidade das chicanas (aletas) no interior do reservatório. Porém, se a magnitude dessa taxa de calor atinge valores relativamente grandes e não consegue ser dissipada na recirculação pelo tanque, tornar-se-á necessário o uso de um trocador de calor, que pode ser dimensionado a partir dessa taxa de calor conhecida. Assim: q = 1,434 *PT* QB Em que: PT = Perda de carga total [bar] QB = Vazão fornecida pela bomba hidráulica [l/min] q = Perda térmica [Kcal/h] 1,434 = Fator de Conversão Observação: Apesar de parecer trabalhoso efetuar o dimensionamento dos atuadores, tubulações e perda de carga, de acordo com esses procedimentos, é certo que eles conduzem a uma completa otimização do sistema. Em outras palavras, o sistema resultará mais compacto e certamente de custo menor. 12.18.8- Tabela de perda de Carga: Comprimentos Equivalentes a perdas localizadas (em polegadas de canalização retilínea) DIÂMETRO Cotovelo 90º Cotovelo 90º Cotovelo 90º Cotovelo 45º Curva 90º Curva 90º Curva 45º Entrada normal Entrada de borda mm Pol. Raio Longo Raio Médio Raio Curto Raio Longo Raio Curto 3,175 1/8 3,94 3,94 3,94 3,94 3,94 3,94 3,94 3,94 3,94 6,350 1/4 7,87 7,87 11,81 3,94 3,94 7,87 3,94 3,94 7,87 9,525 3/8 7,87 11,81 15,75 7,87 7,87 7,87 7,87 7,87 11,81 12,700 1/2 11,81 15,75 19,69 7,87 7,87 11,81 7,87 7,87 15,75 15,875 5/8 11,81 19,69 23,62 7,87 7,87 11,81 7,87 7,87 15,75 19,050 3/4 15,75 23,62 27,56 11,81 11,81 15,75 7,87 7,87 19,76 22,225 7/8 15,75 23,62 27,56 11,81 11,81 15,75 7,87 7,87 23,62 25,400 1 19,69 27,56 31,50 15,75 11,81 19,69 7,87 11,81 27,56 28,575 1,1/8 23,63 31,50 39,37 19,69 15,75 23,62 11,81 15,75 31,50 31,750 1,1/4 27,56 35,43 43,31 19,69 15,75 23,62 11,81 15,75 35,43 34,925 1,3/8 31,50 39,37 47,24 23,62 19,69 27,50 11,81 15,75 39,37 38,100 1,1/2 35,43 43,31 51,18 23,62 19,69 27,50 11,81 19,96 39,37 41,275 1,5/8 39,37 47,24 55,12 27,56 19,69 31,50 11,81 23,62 43,31 44,450 1,3/4 43,31 51,18 59,06 27,56 23,62 31,50 15,75 23,62 51,18 47,625 1,7/8 43,31 51,18 62,99 31,50 23,62 35,43 15,75 27,56 55,12 50,800 2 43,31 55,12 66,93 31,50 23,62 35,43 15,75 27,56 59,06 57,150 2,1/4 47,24 62,99 74,80 35,43 27,56 39,37 19,69 31,50 66,93 63,500 2,1/2 51,18 66,93 78,74 35,43 31,50 39,37 19,69 35,43 74,80 69,850 2,3/4 59,06 74,80 90,55 43,31 35,43 47,24 23,62 39,37 82,68 76,200 3 62,99 82,68 98,43 47,24 39,37 51,18 23,62 43,31 86,61 82,550 3,1/4 66,93 86,61 106,30 51,18 43,31 55,12 23,62 47,24 98,43 88,900 3,1/2 74,80 94,49 118,11 55,12 47,24 59,06 27,56 55,12 106,30 95,250 3,3/4 78,74 98,43 125,98 55,12 47,24 59,06 27,56 59,06 118,11 101,600 4 82,68 102,36 133,86 59,06 51,18 62,99 27,56 62,99 125,98 107,950 4,1/4 90,55 110,24 141,73 62,99 55,12 66,93 31,50 66,93 133,86 114,300 4,1/2 94,49 125,98 149,61 66,93 59,06 74,80 31,50 70,87 141,73 120,650 4,3/4 102,36 133,86157,48 70,87 59,06 78,74 35,43 74,80 149,61 127,000 5 107,75 145,67 165,35 74,80 62,99 82,68 35,43 78,74 157,48 DIÂMETRO Registro de gaveta Registro de globo Registro de ângulo Tê de passagem direta Tê de saída lado Tê de saída bi-lateral Válvula de pé e crivo Saída de Canali- zação. Válvula de Retenção tipo leve Válvula de Reten- ção tipo pesada mm Pol. 3,175 1/8 3,94 31,50 27,56 3,94 11,81 11,81 35,43 3,94 11,81 15,75 6,350 1/4 3,94 94,49 51,18 3,94 19,69 19,69 70,87 7,87 19,69 31,50 9,525 3/8 3,94 145,67 78,74 7,87 31,50 31,50 106,30 11,81 31,50 47,24 12,700 1/2 3,94 192,91 102,36 11,81 39,37 39,37 141,73 15,75 43,31 62,99 15,875 5/8 3,94 228,35 122,05 11,81 47,24 47,24 181,10 15,75 55,12 78,74 19,050 3/4 3,94 263,78 141,73 15,75 55,12 55,12 220,47 19,69 70,87 94,48 22,225 7/8 3,94 291,34 161,42 15,75 59,06 59,06 251,97 19,69 74,80 110,24 25,400 1 7,87 322,63 181,10 19,69 66,93 66,93 287,40 19,69 82,62 125,98 28,575 1,1/8 7,87 385,83 220,47 23,62 78,74 78,74 342,52 27,56 94,45 141,73 31,750 1,1/4 7,87 444,88 220,47 27,56 90,55 90,55 393,70 35,43 106,30 157,48 34,925 1,3/8 11,81 488,19 263,78 31,50 106,36 106,36 425,20 39,37 118,11 173,23 38,100 1,1/2 11,81 527,56 263,78 35,43 110,24 110,24 456,69 39,37 125,98 188,98 41,275 1,5/8 11,81 566,93 283,46 39,37 118,11 118,11 480,31 43,31 137,80 204,72 44,450 1,3/4 15,75 606,30 299,21 39,37 125,98 125,98 492,18 51,18 145,67 220,47 47,625 1,7/8 15,75 645,67 318,90 43,31 129,92 129,92 511,81 55,12 157,48 236,22 50,800 2 15,75 685,04 334,65 43,31 137,80 137,80 551,18 59,06 465,35 251,97 57,150 2,1/4 15,75 755,90 366,14 47,24 153,54 153,54 610,24 66,93 185,04 287,40 63,500 2,1/2 15,75 826,77 393,70 51,18 169,29 169,29 669,29 74,80 204,72 318,90 69,850 2,3/4 19,69 944,88 452,75 59,06 188,98 188,98 728,35 82,68 228,35 350,39 76,200 3 19,69 1.023,62 511,81 62,99 204,72 204,72 787,40 86,61 248,03 381,89 82,550 3,1/4 23,62 1.102,36 551,18 66,93 220,47 220,47 818,90 98,43 267,72 413,39 88,900 3,1/2 23,62 1.181,10 590,55 74,80 236,22 236,22 846,46 106,30 291,34 444,88 95,250 3,3/4 27,56 1.259,84 629,92 78,74 248,06 248,06 885,83 118,11 311,02 476,38 101,600 4 27,56 1.338,58 669,29 82,68 263,78 263,78 905,51 125,98 330,71 507,87 107,950 4,1/4 31,50 1.429,13 708,66 90,55 279,53 279,53 976,38 133,86 350,39 539,37 114,300 4,1/2 31,50 1.515,75 748,03 94,49 299,21 299,21 1.043,31 141,73 370,08 570,87 120,650 4,3/4 35,43 1.606,30 787,40 102,36 314,96 314,96 1.114,17 146,61 389,76 602,36 127,000 5 35,43 1.692,91 826,77 106,30 330,71 330,71 1.181,10 157,48 409,45 633,86 12.19- Trabalho e energia W = F.d (movimenta uma força a uma certa distância) t W P (velocidade em que o W é realizado) t d FP VFP 12.19.1- Potência Hidráulica: No motor elétrico: P(W) = V (volts). I (Ampéres) Na bomba: t smQPaP WP )/()( )( 3 t = v x hm t = rendimento total. v hm = rendimento hidráulico- 426 )()/( )( 2 lpmQcmkgfP cvP 1 cv = 4500 Kgfm/min = 75 Kgfm/s = 736 W = 10,52 Kcal/min = 41,8 Btu/min 12.20- Fluidos Hidráulicos A escolha e o cuidado com o fluido hidráulico para uma máquina terão um efeito importante no seu desempenho e na vida dos seus componentes. Aqui, encontraremos os fatores básicos envolvidos na escolha de um fluido e sua utilização adequada. O fluido no uso geral em hidráulica se refere ao líquido utilizado com meio de transmitir energia, seja ele um óleo mineral especialmente composto ou um fluido especial resistente ao fogo, que pode ser um composto sintético. 12.20.1- Funções dos fluidos hidráulicos: O fluido hidráulico tem 4 funções básicas: - Transmissão de Energia Como meio de transmitir energia, o fluido precisa circular livremente nas linhas e passagens dos componentes. Muita resistência ao fluxo, cria uma perda de energia considerável. O fluido também precisa ser o mais incompressível possível para que a ação seja instantânea a partir de um comando. - Lubrificação das Peças Móveis Na maioria dos componentes hidráulicos, o fluido fornece a lubrificação interna. Os elementos da bomba e outras peças de desgaste deslizam sobre uma película de fluido. Para maior durabilidade dos componentes o óleo precisa possuir os aditivos necessários para assegurar as características antidesgaste. Nem todos os óleos hidráulicos contêm esses aditivos. A Vickers recomenda a nova geração de óleos hidráulicos industriais por conterem quantidades adequadas de aditivos antidesgaste. Para serviço geral em hidráulica, estes óleos oferecem proteção superior contra o desgaste de bombas, motores e durabilidade no serviço. Além disso, fornecem boa demulsibilidade (capacidade de isolar água) além de proteção contra a ferrugem. Esses óleos são conhecidos geralmente como óleos hidráulicos do tipo antidesgaste. A experiência demonstrou que o óleo automotivo tipo "MS" (viscosidade SAE 10 W E 20 W) é excelente para o serviço hidráulico severo onde deve ter ausência ou pouca presença de água. O único efeito adverso é que seu aditivo detergente tende a manter a água em emulsão e impedir a separação desta, mesmo em longo prazo. É preciso notar que são poucos os problemas causados pela água no uso desses óleos nos sistemas hidráulicos. A condensação normal não tem sido um problema. Os óleos "MS" são altamente recomendados para os sistemas hidráulicos de equipamento móbil (tratores, guindastes, empilhadeiras etc). - Vedação das folgas entre estas peças Em muitos casos, o fluido é a única vedação contra a pressão dentro de um componente hidráulico. O ajuste mecânico preciso e a viscosidade de óleo determina o índice de vazamento. - Resfriar ou dissipar o calor A circulação do óleo através das linhas e ao redor das paredes do reservatório, dissipa o calor gerado no sistema. Complementando essas funções básicas, o fluido hidráulico, deverá ter vários outros requisitos de qualidade, que freqüentemente resultam de uma composição especial e nem sempre existentes em todos os fluidos, tais como: - Impedir ferrugem. - Impedir a formação de lodo, goma e verniz. - Diminuir a formação de espuma. - Manter-se estável e conseqüentemente reduzir o custo de manutenção. - Manter um índice de viscosidade relativamente estável, numa ampla faixa de temperaturas. - Impedir a corrosão e erosão. - Separar a água. - Compatibilidade com as vedações e gaxetas. 12.20.2- Propriedades dos fluidos hidráulicos Vamos considerar as propriedades de um fluido hidráulico, que permitem executar as funções primárias e satisfazer alguns ou todos os requisitos de qualidade. Viscosidade é um termo que classifica os fluidos em função de sua fluidez. Se um fluido escoa facilmente, sua viscosidade é baixa. Pode-se dizer que o fluido é fino ou pouco encorpado. Um fluido que escoa com dificuldade tem alta viscosidade. Pode-se dizer que seja grosso ou muito encorpado. Para qualquer máquina hidráulica, a viscosidade do fluido deve ser um compromisso. É desejável uma alta viscosidade para manter a vedação entre superfícies justapostas. Entretanto, uma viscosidade muito alta aumenta o atrito, resultando o seguinte: - Alta resistência ao fluxo. - Aumento de consumo de energia devido as maiores perdas do atrito. - Alta temperatura causada pelo atrito. - Maior queda de pressão devido a resistência. - Possibilidade de operação vagarosa. - Dificuldade em separar o ar do óleo no reservatório. Se a viscosidade for baixa demais: - O vazamento interno aumenta. - Desgaste excessivo ou talvez engripamento, sob carga pesada, devido à decomposição química da película de óleo entre as peças móveis. - Pode reduzir o rendimento da bomba, com uma operação mais lenta do atuador. - Aumento de temperatura devido a perdas por vazamento.12.20.2.1- Índice de viscosidade: O índice de viscosidade é uma medida relativa da mudança de viscosidade de um fluido com relação às variações de temperatura. Um fluido que tem uma viscosidade relativamente estável à variação de temperaturas, tem uma alto índice de viscosidade. Um fluido que é espesso, quando frio, e fino, quando quente, tem um baixo índice de viscosidade. A escala original de índice de viscosidade varia de 0 a 100, representando as características desde o pior até o melhor óleo, até então conhecidos. 12.20.2.1.1- Conversão de viscosidades: Hoje, os aditivos e a técnica de refinaria aumentaram o índice de viscosidade de certos óleos até acima de 100. Um alto índice de viscosidade é desejável quando o equipamento opera com temperaturas extremas. Entretanto, numa máquina que funciona a temperatura relativamente constante, o índice de viscosidade do fluido é menos crítico. 12.20.2.2- Ponto de fluidez: O ponto de fluidez é a temperatura mínima em que um líquido fluirá. É uma especificação muito importante se o sistema hidráulico estiver exposto a uma temperatura extremamente baixa. Como regra geral, o ponto de fluidez deverá estar 10°C abaixo da temperatura mínima de trabalho. 12.20.2.3- Capacidade de lubrificação: As peças móveis de um sistema hidráulico necessitam uma folga suficiente para se movimentarem numa película de fluido. Esta condição se chama película de lubrificação. Enquanto o fluido estiver com viscosidade adequada, as imperfeições mínimas nas superfícies das peças não se tocam. Entretanto, em certos equipamentos de alto rendimento, o aumento da velocidade e pressão juntamente com as tolerâncias exigidas, fazem com que a película de fluido fique ainda mais fina. Originando-se então a condição limite de lubrificação. Neste ponto, poderá haver contato direto do metal com metal nas imperfeições das duas superfícies ajustadas; assim, um óleo com propriedades químicas especiais tornara-se necessário. Lubrificação de peças com pequenas tolerâncias necessitam de aditivos químicos. Figura 15 – Propriedades de lubrificação dos óleos. 12.20.2.4- Resistência a oxidação: A oxidação, ou a reação química com oxigênio reduz sensivelmente a vida útil de um fluido. Óleos de petróleo são facilmente sujeitos à oxidação, já que o oxigênio se combina rapidamente com o carbono e o hidrogênio presentes na composição destes óleos. A maioria dos derivados da oxidação são solúveis no óleo, quando então reações posteriores ocorrem, formando goma, lodo e verniz. Dos produtos da primeira reação, que permanecem no óleo, tem-se ácido em estado natural que causa a corrosão no sistema inteiro e aumenta a viscosidade do óleo. A goma solúvel, o lodo e o verniz entopem os orifícios, aumentam o desgaste e prendem as válvulas. Há sempre um número de catalisadores de oxidação num sistema hidráulico. Calor, pressão, água, superfícies metálicas e agitação, são alguns fatores que aceleram a oxidação tão logo a mesma se inicie. A temperatura é particularmente importante. Os testes demonstram que em temperaturas abaixo de 56°C, a oxidação do óleo é lenta. Porém, a faixa de oxidação (ou qualquer outra reação química) duplica aproximadamente, para cada aumento de 10°C de temperatura. Os fabricantes de óleos hidráulicos incorporam aditivos para que estes resistam à oxidação, já que muitos sistemas operam as temperaturas mais altas. Esses aditivos: - Impedem a oxidação logo no início, ou, - Reduzem o efeito dos catalisadores de oxidação. 12.20.2.4.1 - Prevenção da ferrugem e corrosão: A ferrugem é a reação química do ferro (ou aço) com o oxigênio. A corrosão é reação química entre o metal e um produto químico, geralmente um ácido. Os ácidos resultam da união química da água com certos elementos. Como não é possível evitar que o ar e a umidade penetrem em um sistema hidráulico, sempre há condição favorável a ocorrência de ferrugem e corrosão. Durante a corrosão, partículas de metal são dissolvidas e se separam do componente. A ferrugem e a corrosão contaminam o sistema e aceleram o desgaste, como conseqüência ocorre vazamento excessivo nas partes afetadas e podem até causar engripamento dos componentes. A ferrugem e a corrosão podem ser inibidas pela incorporação de aditivos que revestem as superfícies do metal, evitando que estas sejam atacadas quimicamente. 12.20.2.5- Demulsibilidade: Uma pequena quantidade de água pode ser tolerada na maioria dos sistemas. De fato, alguns aditivos contra a ferrugem promovem um grau de emulsificação, ou a mistura com alguma água que entra no sistema. Isto impede que a água se assente e penetre através da película antiferrugem. Entretanto, muita água no óleo gera uma reunião de contaminantes, prendendo válvulas acelerando o desgaste. Um óleo hidráulico bem refinado deve ter um alto grau de demulsibilidade, ou capacidade de isolar a água. 12.20.2.6- O uso de aditivos: Como a maioria de propriedades desejáveis de um fluido é devida aos aditivos, pode- se pensar que os aditivos comerciais deveriam ser incorporados em qualquer óleo para torná- lo adequado para um sistema hidráulico. Os fabricantes, entretanto, advertem esclarecendo que os aditivos têm que ser compatíveis com o fluido bem como entre si e mais ainda, que esta compatibilidade não pode ser determinada no campo. Salvo se houver laboratório para verificar a compatibilidade, a aditivação é competência do fabricante do fluido. O óleo derivado de petróleo é, até agora, o mais usado como fluido hidráulico. As características ou propriedades dos fluidos de petróleo dependem de 3 fatores: - O tipo do óleo cru que é usado. - O grau e o método de refinação. - Os aditivos usados. Geralmente, o petróleo tem uma excelente lubricidade. Alguns óleos crus têm propriedades melhores do que o normal, de lubrificação ou antidesgaste. Dependendo do trato, alguns óleos crus se destacam em melhor demulsibilidade, mais resistência contra oxidação a temperaturas elevadas ou maior índice de viscosidade que outros. O óleo protege naturalmente contra a ferrugem, veda bem, dissipa facilmente o calor e é fácil mantê-lo limpo pela filtragem ou separação por gravidade dos contaminantes. A maioria das propriedades desejáveis de um fluido, se já não está inclusa no óleo cru, pode ser incorporada através de refinação ou aditivação. Uma desvantagem do óleo de petróleo é a sua combustibilidade. Para aplicações onde há risco de incêndio, tais como tratamento térmico, solda elétrica, fundição, forja e muitos outros, vários tipos de fluidos incombustíveis são disponíveis. 12.20.3- Fluidos resistentes ao fogo Entre os fluidos resistentes ao fogo encontramos, mais comumente, os fosfatos de ésteres, cloridratos de hidrocarbonos, água glicóis e água em óleo. Além de ser resistente ao fogo, esse tipo de fluido possui muitas outras características que o difere do óleo mineral. Essas características devem ser levadas em considerações quando esse fluido é utilizado. Entre elas podemos incluir: 12.20.3.1 - Características: Os glicóis com água geralmente têm boas características de resistência contra desgaste, desde que as altas velocidades sejam evitadas. O fluido tem uma alta densidade (é mais pesado que o óleo), o que pode exigir maior depressão na entrada das bombas. Certos metais como zinco, cádmio e magnésio reagem com os glicóis e devem ser evitados nos sistemas. A maioria dos materiais sintéticos para retentores são compatíveis com o glicol com água. Evita-se o uso de asbestos, couro e materiais impregnados de cortiça nos retentores rotativos, pois esses tendem a absorver água. Algumas desvantagens desses fluidos são: - Necessidade de se verificar com freqüência a porcentagem de água e compensar sua evaporação a fim de se conservar a viscosidade desejada. - Reduçãode viscosidade através do uso normal; - Ocorre a evaporação de alguns aditivos, reduzindo-se assim a vida útil do fluido e a dos componentes. - As temperaturas de trabalho precisam ser baixas para que a evaporação seja mínima. - O custo inicial e de manutenção, é maior que o dos óleos minerais. - Aumento do desgaste do equipamento quando da utilização de base aquosa; - Deterioração de pinturas (internas no reservatório) vedações, metais e isolantes térmicos; - Separação da base aquosa através das partes móveis dos componentes do sistema. Este fluido não combate o fogo, mas impede sua propagação, devido a evaporação da água que impede o contato do oxigênio com as chamas. 12.20.3.2- Água glicóis: As soluções de água glicóis vêm, geralmente, na mistura de 24 a 50% de água com etileno ou propileno de glicol. A resistência ao fogo, evidentemente, é devida a água, porém, essa resistência decresce e a viscosidade aumenta com a evaporação da água. Assim sendo, análises constantes do fluido devem ser feitas a fim de que o sistema hidráulico não seja afetado. Certos tipos de aditivos auxiliam na lubrificação e agem contra a corrosão que pode ser provocada pela evaporação da água. A temperatura de operações do fluido deve ser limitada a 50º C a fim de se prevenir uma evaporação excessiva da água, aparecimento de espuma e evaporação dos aditivos. Altas temperaturas tendem a formar compostos pastosos do fluido que, mesmo com a redução da temperatura, não voltarão à fase líquida. Esses compostos pastosos causarão entupimento do filtro e a sucção da bomba será afetada. A vida útil da água glicol é bem menor do que a do óleo mineral ou do fluido sintético. A água adicionada ao sistema deve ser destilada e desionizada a fim de se prevenir a falência de metais como o ferro, devido à formação de corrente galvânica no sistema. Por essa razão, metais como zinco, cádmio, manganês e outros, não podem estar presentes no sistema. As impurezas, geralmente, ficam em suspensão, dessa forma uma boa filtragem deve ser feita. Em certos casos entretanto, não podemos usar uma malha menor do que 25 no filtro para evitar problemas de sucção. Quando se muda de óleo a base de petróleo para glicol com água num sistema, este deve ser inteiramente limpo e enxaguado. Recomenda-se remover a tinta original do interior do reservatório substituindo-se as peças de zinco, as banhadas de cádmio e certas conexões fundidas. Pode ser necessário inclusive substituir as peças de alumínio, a não ser que estas estejam bem tratadas, assim como qualquer equipamento que não for compatível com o fluido. 12.20.3.3- Emulsões de água em óleo: Os fluidos do tipo emulsão são os fluidos incombustíveis mais econômicos. Como os glicóis, estes dependem do conteúdo de água para torná-los resistentes ao fogo. Além da água e do óleo, as emulsões contêm: emulsificadores, estabilizadores e outros aditivos. As emulsões de água em óleo são as mais comuns. Partículas de água ficam em suspensão numa base predominante de óleo. Com o óleo, esses fluidos têm excelente lubricidade e consistência. E mais ainda, a água dispersa fornece ao fluido uma melhor capacidade de resfriamento. Inibidores da ferrugem são incorporados para ambas as bases, a de água e a de óleo. Aditivos antiespumantes são também usados sem dificuldades. Essas emulsões geralmente contêm 40% de água. Entretanto, alguns fabricantes fornecem um fluido concentrado e o cliente adiciona água quando da instalação. Esse tipo de fluido é geralmente uma solução de óleo, água (geralmente a 40%) e um emulsificador. A emulsão de água em óleo é o fluido menos dispendioso dos resistentes ao fogo. Pequenas variações na percentagem de água causam grandes variações na viscosidade da solução. Algumas considerações levantadas no água glicol também devem ser observadas nas emulsões de água em óleo como, por exemplo, os efeitos da temperatura, a ação solvente dos emulsificantes e aditivos e a qualidade da água adicionada. Os emulsificantes tendem a isolar as impurezas e mantê-las em suspensão, sendo que, uma boa filtragem, é recomendada. Filtros químicos não devem ser usados, pois, poderiam reter qualquer emulsificante ou aditivo. Os filtros, em geral, não podem ser de malha muito fina, pois, separariam o óleo da água. Podem ser usados os mesmos tipos de vedação e metal, presentes em circuitos com óleo mineral, salientando-se, apenas, que no caso de certos tipos de metais, o desgaste seria mais acelerado devido a presença da água nesse tipo de fluido (corrente galvânica). Verificamos, portanto, que podemos esperar uma redução da vida útil do componente hidráulico quando aplicamos emulsões de água em óleo. A aceleração ou não da redução dessa vida útil irá depender do ciclo de trabalho, temperatura e volume em percentagem de água contida no fluido. 12.20.3.4- Óleo em água: As emulsões de óleo em água contêm partículas de óleo especialmente refinado, espalhadas na água. Dizemos que a água está em base contínua e as características do fluido são mais devidas à água do que ao óleo. É altamente resistente ao fogo, tem baixa viscosidade e características de esfriamento excelentes. Pode-se incorporar aditivos para melhorar má lubricidade e para proteção contra ferrugem. No passado este fluido só era usado com bombas de baixa velocidade. Agora as bombas hidráulicas convencionais também podem ser usadas com este tipo de fluido. 12.20.3.5- Outras características: As temperaturas de operação precisam ser mantidas baixas em qualquer emulsão água-óleo para evitar a evaporação e a oxidação. O fluido precisa circular e não deve ser congelado e descongelado seguidamente, pois as duas fases podem se separar. As condições de sucção devem ser cuidadosamente escolhidas devido a densidade mais alta destes fluidos e sua alta viscosidade inerente. As emulsões parecem ter uma afinidade maior com a contaminação e requerem atenção especial à filtragem, incluindo bujões magnéticos para atrair partículas de ferro. As emulsões são geralmente compatíveis com todos os metais e retentores usados em sistemas hidráulicos para óleos a base de petróleo. 12.20.4- Fluidos sintéticos resistentes ao fogo São eles os fosfatos de ésteres e cloridratos de hidrocarbonos, que devido as suas estruturas químicas oferecem resistência a propagação do fogo. Possuem boas características de lubrificação e resistem bem ao tempo de uso. Um dos grandes inconvenientes apresentados é o alto custo de aquisição. Os fluidos sintéticos resistentes ao fogo são provenientes de produtos químicos sintetizados em laboratórios os quais são menos inflamáveis que os óleos de petróleo. Os fluidos sintéticos tendem a deteriorar os elementos elásticos e de isolamento elétrico do sistema, assim como agem semelhantemente a um solvente quando em contato com tintas (por esse motivo não se recomenda a pintura interna de um reservatório quando utilizamos um fluido sintético). É importante observarmos que, quando trabalhamos a alta temperatura, o fluido sintético, em forma de vapor, pode atacar o sistema elétrico causando danos irreparáveis e por vezes, de conseqüências desastrosas. Esse tipo de fluido tende, com o tempo de uso, a ter um decréscimo considerável na sua viscosidade. Devido a isso se costuma usar aditivos que suavizam, porém, não resolvem o problema. 12.20.4.1- Características: Enquanto os sintéticos não contiverem água ou material volátil eles trabalham bem a altas temperaturas, sem perder qualquer elemento essencial. São também próprios para sistema de alta pressão. Os fluidos sintéticos resistentes ao fogo não operam muito bem em sistemas de baixa temperatura. Em lugares frios, um aquecimento auxiliar pode se tornar necessário. Além disso, esses fluidos têm a mesma alta densidade que qualquer outro tipo e as condições
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