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CONTROLADORIA TEMAS: 1 - Contextualização 1.1 Função do Controladoria 1.2 Ambiente 1.3 Dimensão do controle organizacional da Controladoria 1.4 Função do Controller 1.5 Análise SWOT (Matriz FOFA) Decisões acertadas, processos transparentes, excessos eliminados: estes são apenas alguns dos benefícios que uma controladoria pode trazer à sua empresa Você se lembra de um famoso jargão publicitário que dizia que “potência não é nada sem controle”? Era de uma marca de pneus, que se utilizava do oportuno raciocínio segundo o qual um motor veloz depende da qualidade do pneu para funcionar com mais segurança. “Mas o que isso tem a ver com a minha gestão?”, você deve estar se perguntando. Bem, na verdade, tem tudo a ver. Porque iremos falar sobre um assunto que pode muito bem exercer o papel de “pneu” para o motor do seu empreendimento, fazendo com que ele se desenvolva com mais qualidade e eficiência: a controladoria. E pode acreditar que controladoria é assunto sério. Afinal: Segundo dados do IBGE, 48,2% das empresas brasileiras encerram suas atividades após três anos da sua abertura. Ou seja, quase metade das empresas acabam por “derrapar” e se acidentar, saindo da disputa ainda nas primeiras voltas. E, segundo pesquisas realizadas pelo Sebrae, quase todos os motivos para esse fim precoce se relacionam à falta de planejamento e ao descontrole na gestão. A conclusão é óbvia: se houvesse, entre os empreendedores brasileiros, uma cultura mais disseminada de controladoria, este número certamente seria menor. Mas de controladoria, só conheço a “geral da união”. O que é, exatamente? A referência à CGU é bem oportuna. Porque se trata de um órgão do Governo Federal responsável por auxiliar, direta e imediatamente, o Presidente da República em assuntos relativos à defesa do patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão. O órgão faz isso por meio de atividades como controle interno, auditoria pública, correção, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria, ou seja, uma função bastante próxima à da controladoria na gestão de uma empresa: a de ajudar o empreendedor a de fato obter controle das operações, e a tomar as decisões mais acertadas. A controladoria é considerada um segmento de administração ou de contabilidade, e pode ser dividida justamente em Controladoria Administrativa e Controladoria Contábil. Porém, na prática do cotidiano, as duas costumam ficar sob o comando de um único gestor, geralmente chamado de controller, ou controlador. A controladoria também costuma ser uma área de staff – ou seja, de assessoria e consultoria, normalmente fora da pirâmide hierárquica de uma organização. Por que ter uma controladoria se tornou tão importante? Porque os tempos e os paradigmas mudaram. Hoje, a competitividade é muito maior, a tecnologia avança sem parar, e os consumidores estão cada vez mais exigentes. Para se destacar nesta conjuntura, sua empresa é praticamente obrigada a desenvolver um planejamento estratégico que atenda a estas novas necessidades de stakeholders (clientes, fornecedores, acionistas, bancos, órgãos fiscalizadores etc.). Um planejamento sólido, com decisões no presente que deem suporte a boas consequências no futuro. E uma controladoria é indispensável para a gestão disso tudo. O órgão tem a missão de otimizar a tomada de decisões, aumentar a transparência e fornecer informações eficazes: tudo para aprimorar a gerência dos seus negócios, tornando-os mais consolidados. Como uma controladoria opera na prática? A metodologia da controladoria é baseada no processo de controle. Na prática, ela se desenvolve por meio de padrões de qualidade que devem ser previamente estabelecidos, sempre a partir do planejamento e do orçamento da sua empresa. E todos os colaboradores devem estar envolvidos, desde os níveis mais altos até os operacionais. Desta forma, a controladoria poderá prestar contribuições importantes ao progresso da sua organização, possibilitando o equilíbrio diante das dificuldades existentes no ambiente operacional. O processo geralmente tem início pela estruturação de operações contábeis, financeiras e das áreas de apoio. Na sequência, cuida-se do custo integrado à contabilidade, da formação de preço de venda e, por fim, de tudo o que contribuir para que você tome as decisões mais acertadas: orçamento empresarial, controle matricial de custos e despesas fixas, fluxo de caixa prospectivo, soluções financeiras e de captação de recursos, análise do desempenho por negócio, etc. Desta forma, a controladoria poderá definir – sempre com a sua participação, claro – os padrões de controle, e projetar os resultados com enfoque nos seus objetivos. E deve fazer isso de modo a eliminar qualquer risco de excesso, desperdício ou roubo. Assim, o controller vai elaborar uma análise comparativa entre os resultados e os padrões de controle estabelecidos. Por meio destes procedimentos, conseguirá observar os desvios – ou seja, a diferença entre os resultados e os padrões. Após a verificação dos desvios, elabora-se uma análise da relevância, a fim de apurar se estes desvios comprometem os seus objetivos. O que devo procurar em um controller? Só para retomar, o controller é o profissional que se responsabiliza pela controladoria das suas operações. Suas atribuições costumam ser: · Monitorar a contabilidade fiscal · Elaborar orçamentos e previsões de negócios · Desenvolver projetos · Gerenciar a tesouraria · Acompanhar o departamento financeiro · Organizar o planejamento tributário · Participar da Previsão Orçamentária Anual (Budget) · Participar do planejamento estratégico · Elaborar relatórios para tomada de decisões. Como você pode perceber, ele vai atuar no “sistema nervoso central” da sua empresa. Por isso, é muito importante que você entregue o cargo a alguém em quem tenha plena confiança. Também é essencial que o profissional conheça bem o seu ramo de atividade, assim como seus objetivos e metas, para que ele possa contribuir melhor com a tomada de decisões. Enfim, estas são apenas algumas informações para ajudar você a implementar instrumentos de controle na sua empresa. Afinal, aquele slogan do início é muito verdadeiro. Para sua gestão não derrapar e continuar competitiva, é sempre bom lembrar que “potência não é nada sem controladoria”. Funções da Controladoria nas empresas A Controladoria possui diversas funções que podem variar de empresa para empresa, dependendo do seu modelo de gestão e negócio. Contudo, algumas funções que são fundamentais e envolvem Administração e Contabilidade são: Apoio no planejamento estratégico O Planejamento Estratégico é centralizado na alta administração da empresa. Tem como missão organizar ações e metodologias a longo prazo para alcançar metas e objetivos da organização. Este planejamento considera fatores internos e externos (como análise SWOT). Quando falamos de fatores internos é quando entra a Controladoria. No Planejamento Estratégico a Controladoria tem o propósito de fornecer informações referente à todas as áreas da empresa e da organização como um todo, com o objetivo de auxiliar nas tomadas de decisões em relação ao planejamento. Auxílio no planejamento operacional O Planejamento Operacional é onde as coisas acontecem de fato. Essa etapa dedica-se à execução do que anteriormente foi planejado estrategicamente, conforme fatores internos e externos da empresa. Aqui é o momento de criar o Planejamento Orçamentário para cumprimentos das decisões estratégicas. A Controladoria, nesta etapa, é responsável pelo Planejamento Orçamentário da empresa. Neste momento há o detalhamento da operação, onde se inclui expectativa de receitas, despesas e o faturamento esperado. Considerando sempre o que cada área precisa para alcançar o objetivo estabelecido a longo prazo. Controle organizacional Esse controle ocorre ao decorrer da execução do Planejamento Estratégico, mais especificamente na etapa operacional. O objetivo do controle organizacional é administrar e criar padrões de análise e acompanhamentodas ações tomadas dentro da organização e que auxiliam no monitoramento da eficácia. O papel da Controladoria, neste caso, é todo o controle organizacional. A área fica responsável por todo o controle desde a criação de métodos de acompanhamento até a análise de resultados. A Controladoria precisa responder perguntas como: o desempenho da empresa está conforme esperado?; as ações estratégicas estão sendo executadas?; os resultados realizados estão condizentes com o planejado? Controle contábil e de custos O controle contábil e de custos se encontra, normalmente, dentro do controle organizacional. No entanto, por conta da sua importância e relevância, decidi colocar como um ponto à parte. Isso porque é a partir do controle contábil e de custos que a Controladoria adquiri dados o suficiente para gerar informações econômicas que auxiliarão nas decisões na etapa de Planejamento Estratégico. Cabe a Controladoria, portanto, coletar informações contábeis sobre o negócio e registrá-las. Ao lado que, em relação aos custos, a Controladoria tenha mapeado todos, pois auxiliarão em questões estratégicas. É papel da Controladoria assegurar o controle de custos por área para acompanhar eventual desalinhamento em relação ao desempenho esperado. Outras funções são: · Parâmetros de controle de qualidade e monitoramento; · Acompanhamento dos resultados e identificação de possíveis desvios; · Simulação de cenários. Como é a estrutura da Controladoria nas empresas? Cada empresa pode adaptar a área de Controladoria e sua estrutura conforme necessidade. Contudo, é preciso entender a importância de uma área bem estruturada. Pois é a partir dessa estrutura organizacional que o gestor saberá suas funções, a quem responder e sua autoridade. A Controladoria pode trabalhar em diversas vertentes dentro de uma empresa e, portanto, não há consenso referente à sua estrutura. Ela pode, por exemplo, servir como apoio estratégico à presidência na seguinte estrutura organizacional: Mas pode, por outro lado, tomar uma posição decisiva e ao mesmo estratégica, ou a Controladoria é subordinada à área financeira da empresa; esse é o modelo mais comum entre as empresas brasileiras. A área acabaria tornando-se mais restrita às ações financeiras e contábeis, e o Controller responderia diretamente ao CFO. É comum no Brasil que a Controladoria não seja uma área da alta administração dentro das empresas, por mais que seja decisiva nas tomadas de decisões trazendo dados importantes e informações que fazem diferença. Independente da estrutura, é certo que a área de Controladoria necessita de um gestor para ela, o chamado Controller, isso é fato. Concluindo A Controladoria é uma garantia de que a empresa está no caminho certo para seu objetivo, otimizando resultados, sendo eficiente e tendo um bom desempenho de todas as áreas de forma administrativa e econômica. Um trabalho bem-feito da Controladoria é quando a área consegue construir uma boa estrutura organizacional, com critérios eficazes de controle e qualidade. Também é uma fonte rica de informações sobre a empresa e suas áreas, sendo capaz de montar o Planejamento Orçamentário ideal para a empresa, considerando as necessidades da área e objetivo central. Análise SWOT (Matriz FOFA) O que é a Análise SWOT (Matriz FOFA) Também conhecida como Matriz SWOT, Análise FOFA ou ainda Matriz FOFA, dentro da Gestão do Desempenho Empresarial, a Análise SWOT é uma das ferramentas mais simples e ao mesmo tempo úteis que uma empresa tem ao seu dispor para entender o ambiente em que está inserida e criar a base de informações necessárias para planejar seu futuro. O termo SWOT é o acrônimo para Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats que quando traduzimos para o português temos a sigla FOFA que significa Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. A partir destes quatro termos podemos gerar uma matriz como está abaixo: A Matriz SWOT avalia a empresa olhando para suas forças e fraquezas e também levando em consideração os fatores internos e externos a organização. A Matriz SWOT avalia a empresa olhando para suas forças e fraquezas e também levando em consideração os fatores internos e externos a organização. Vamos entender direitinho o que significa cada um dos quadrantes da Matriz SWOT. Os 4 quadrantes da Matriz SWOT A Matriz SWOT é uma ferramenta relativamente simples, ideal para começar o Planejamento Estratégico em sua empresa e que visa posicionar ou verificar o posicionamento da companhia em seu ramo de atuação. Devido sua simplicidade e abrangência metodológica pode ser utilizada para fazer qualquer tipo de análise de cenário ou ambiente, desde a criação de uma pequena empresa à gestão de uma multinacional. Mas para entendermos como colocar em prática a Análise SWOT precisamos entender seu conceito e o que cada quadrante, bem como a palavra que compõe seu nome representa: S (strengths ou forças) Como o próprio nome diz, neste quadrante devemos elencar todas as forças, as vantagens internas da empresa em relação a seus concorrentes. Algumas perguntas que podem ajudar aqui são: · Quais nossas melhores atividades e processos? · Quais nossos melhores produtos? · Quais nossos melhores recursos? · Qual nossa maior vantagem competitiva? W (weaknesses ou fraquezas) Aqui temos o oposto. Neste quadrante precisamos levantar quais as principais desvantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes. De forma bem sincera e honesta, é preciso saber quais são as fraquezas da organização de prejudicam de alguma forma o negócio, fazendo perguntas como: · Nosso pessoal está devidamente capacitado? · Nossas matérias-primas são de qualidade? · Nossos processos são confiáveis? · Conhecemos nossa concorrência? O (opportunities ou oportunidades) São as forças externas que influenciam positivamente o negócio, os aspectos com potencial de fazer crescer a vantagem competitiva da empresa. Por serem fatores externos, não temos como influenciar estes aspectos, porém é extremamente importante conhecer cada um deles para que sua empresa possa se preparar para aproveitar estas oportunidades. Algumas perguntas que podem ajudar a conhecer estes fatores são: · Alguma política pública de ampliação de crédito que possa alavancar as vendas? · Alguma redução temporária de impostos que possa nos beneficiar? · Algum evento esportivo ou cultural na região que possamos aproveitar? T (threats ou ameaças) Por fim temos os aspectos negativos e com potencial de comprometer a vantagem competitiva da empresa, ou seja, o oposto das oportunidades. As ameaças devem ser tratadas com bastante cautela, pois podem prejudicar não apenas o planejamento estratégico da empresa, mas também os resultados. Aqui, as perguntas sobre o cenário econômico continuam valendo, mas olhando pela ótica negativa, como: · Alguma nova política de tributação pode afetar nossa Margem de Contribuição? · A variação cambial pode tornar inviável a importação de matérias-primas? · Algum grande concorrente entrando em nosso mercado? Análise FOFA: visão do ambiente interno X ambiente externo Ao utilizar a Matriz SWOT, temos as análises divididas em duas grandes óticas: · Análise do ambiente interno: quando fazemos a análise das Forças e Fraquezas, estamos falando aqui de fatores internos e gerenciáveis. Ou seja, uma vez que sua empresa conheça quais são suas forças, ela pode trabalhar para manter e tornar estes pontos mais fortes e cada dia. E conhecendo as fraquezas, pode tomar as ações necessárias para corrigi-las ou evitá-las. · Análise do ambiente externo: As Oportunidades e Ameaças são fatores externos a organização e não temos como manipulá-los diretamente. Mas nem por isto sua empresa deve deixar de monitorar as oportunidades e ameaças. Uma vez que sua empresa conhece quais são as oportunidades do ambiente em que está inserida, pode atuar pró-ativamente para aproveitar estas oportunidades. E conhecendo as principais ameaças do cenário em que se encontra, é possível atual para minimizar os riscos e impedir que estasameaças afetem os resultados da companhia. ATIVIDADES OBRIGATÓRIAS DA DISCIPLINAS: ATIVIDADE AUTÔNOMA – Final de cada aula TEMA 3 – CRÉDITO DIGITAL CONTEÚDO DIGITAL VERIFICANDO O APRENDIZADO 2 QUESTÕES POR MÓDULO SÃO 4 MÓDULOS COM 2 QUESTÕES EM CADA MÓDULO.
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