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A TERCEIRIZAÇÃO E OS DESAFIOS PARA AS EMPRESAS EM TEMPOS DE MUDANÇAS Carlos José Zuccoloto[footnoteRef:1] [1: Bacharelando em Administração pela Faculdade Brasileira de Vitória – Multivix ] Helon Dias Elizeu[footnoteRef:2] [2: Bacharelando em Administração pela Faculdade Brasileira de Vitória – Multivix ] Igor Sabadini Moraes[footnoteRef:3] [3: Bacharelando em Administração pela Faculdade Brasileira de Vitória – Multivix ] Josimar Pereira Valadares[footnoteRef:4] [4: Bacharelando em Administração pela Faculdade Brasileira de Vitória – Multivix ] RESUMO O presente artigo refere-se ao processo de terceirização no Brasil, considerando o aumento de prestação de serviços às empresas. Com um mercado cada vez mais competitivo, há necessidade das empresas estarem em constante processo de inovação. O objetivo do referido trabalho é certificar as transformações ocorridas no mercado, suas mudanças, e os riscos e benefícios de contratar um serviço terceirizado. Para isso, este trabalho toma como metodologia a pesquisa bibliográfica baseada em livros, pesquisa na internet e fontes diversificadas. Contudo, conclui-se que é indispensável para o processo institucional assegurar-se da qualidade e como deve ser mantido para que a empresa seja preservada financeiramente e institucionalmente. Palavras-chave: Terceirização. Riscos. Benefícios. 1 INTRODUÇÃO A sociedade vive em constante mudança buscando a inovação e superação. As empresas precisam acompanhar tais transformações adequando-se ao mercado. Assim, essas modificações tornam-se fundamentais para a sobrevivência de qualquer empreendimento, levando as empresas buscarem estratégias ágeis e eficazes para o melhor desempenho e resultado de suas organizações. É definido como terceirização o cumprimento das atividades institucionais por pessoas distintas da organização. Segundo uma entrevista dada pelo juiz da Terceira Vara do Trabalho de Brasília, Luciano Frota, “terceirização é uma subcontratação. É uma estratégia empresarial que delega a terceiros (pessoa física ou jurídica) que não integra o corpo empresarial a execução de algumas atividades que compõe o processo total da empresa, sob o controle da tomadora de serviço.” De acordo com Queiroz (1992) terceirização é: É uma técnica administrativa que possibilita o estabelecimento de um processo gerenciado de transferência, a terceiros, das atividades acessórias e de apoio ao escopo das empresas que é a sua atividade-fim, permitindo a estas concentrarem-se no seu negócio, ou seja, no objetivo final. (QUEIROZ, 1992, p. 35) As instituições visam terceirizar seus serviços para um melhor funcionamento de desenvolvimento de seus empresas, buscando assim o melhor aproveitamento do tempo e funcionários para a atividade central a qual ela foi designada. Sendo assim, a empresa obtém mais produtividade e consequentemente gera mais lucratividade. O mundo econômico vem tentando reestruturar a sociedade e o mercado de trabalho. Isso ocorre devido as mudanças ocorridas mundialmente no mercado financeiro e socioeconômico. A terceirização é um instrumento de suma importância para o desenvolvimento e crescimento da empresa. Além da agilidade, as organizações buscam redução de gastos, lucratividade, melhor aproveitamento do tempo e qualidade no serviço prestado. Diante disso, Martins (1997) constata que O objetivo principal da terceirização não é apenas a redução de custos, mas também trazer maior agilidade, flexibilidade e competitividade à empresa. Esta pretende com a terceirização a transformação dos seus custos fixos em variáveis, possibilitando o melhor aproveitamento do processo produtivo, com a transferência de numerário para aplicação em tecnologia ou no seu desenvolvimento, e também em novos produtos. (MARTINS, 1997, p. 22) Apesar dos riscos pertinentes, a terceirização mostra-se cada vez mais interessante para as empresas, fazendo com que assim, o mercado fique cada vez mais competitivo e as instituições buscando o aperfeiçoamento. Este estudo mostra-se relevante devido os serviços terceirizados estarem se expandindo no mercado de trabalho e crescendo exponencialmente. Fazendo assim, com que grandes empresas se beneficiem por terem maior disponibilidade de recursos e funcionários para sua atividade-fim. O presente trabalho busca enfatizar os riscos e benefícios da terceirização, abordando, ao mesmo tempo, os desafios encontrados pelas empresas e seus aspectos legais. O artigo tem como metodologia a pesquisa bibliográfica relacionado ao tema. DESENVOLVIMENTO 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A ORIGEM DA TERCEIRIZAÇÃO E SEUS AVANÇOS A terceirização não é um método novo. Ela se faz presente há algumas décadas, mas obteve mais abrangência nos últimos tempos, por ser uma ferramenta que permite redução de custos e eficácia na contratação de um serviço que a empresa fornece. O método de Terceirização, Segundo Queiroz (1992), surgiu nos Estados Unidos durante o segundo conflito bélico mundial, quando as indústrias precisavam concentrar-se na produção de armas e foi trazida ao Brasil na década de 50 por multinacionais. No Brasil, conforme Queiroz (1992, p. 40), “a Terceirização foi gradativamente implantada em decorrência a vinda das primeiras empresas multinacionais, principalmente as automobilísticas no início de 1980.” Essas fábricas adquiriam peças de outra empresa, podendo assim ter seu centro voltado a realizar a atividade-fim a qual foi originada, que era a montagem de veículos. A indústria automobilística é exemplo de terceirização, ao contratar a prestação de serviços de terceiros para a produção de componentes do automóvel, reunindo peças fabricadas por aqueles e procedendo à montagem final do veículo. (MARTINS, 1997, p. 16) Durante um longo período, era estratégico manter as empresas de grande porte como sendo o único meio para alcançar o desenvolvimento, mas com as novas regras do mercado, algumas instituições perceberam que ao manter esse método, o crescimento da empresa podia ser prejudicado. As pequenas e médias empresas eficientes, atentas as mudanças ocorridas, gradativamente começaram a conquistar seus espaços no mercado. Imediatamente as grandes organizações buscaram novas táticas para estarem inseridas novamente no mercado. Mediante as exigências no âmbito mercantil, as empresas foram impulsionadas a buscarem novas experiências. A partir de então, começou a transferir para terceiros o encargo de realizar as atividades secundárias, a qual uma empresa contratada, oferece seu funcionário para concretizar as tarefas a qual a tomadora de serviços designa, deixando assim a empresa contratante focada em realizar apenas tarefas relacionadas ao seu objetivo central. Para Martins (1997) Consiste a terceirização na possibilidade de contratar terceiro para a realização de atividades que não constituem o objeto principal da empresa. Essa contratação pode envolver tanto a produção de bens, como de serviços, como ocorre na necessidade de contratação de serviços de limpeza, de vigilância, ou até de serviços temporários. (MARTINS, 1997, p. 22) Portanto, observa-se que o esforços estão voltados para a realização da atividade principal da empresa, fazendo com que toda equipe seja redirecionada a agregar valores a produção. Apesar das tarefas secundárias serem necessárias para a concretização do produto final, ela não está ligada diretamente a ele, fazendo assim com que as instituições concentrem suas energias na atividade-fim. Apontado como um bom caminho a seguir, a terceirização dos serviços objetiva a melhoria de custos e planejamento de novos investimentos. Segundo Martins (1997), gera mais empregos e criação de novas empresas. Ademais, com o mercado competitivo, as empresas têm necessidade de inovar, atualizar e buscar estratégias eficazes visando atender as necessidades do cliente. É nesse âmbito que a terceirização vem se estabelecendo e trazendo com ela pequenas e médias empresas que estão dominando o mercado e gerando novas oportunidade de emprego. Segundo Martins (1997) Surge aterceirização a partir do momento em que há desemprego na sociedade. É o que ocorre no nosso país, quando passamos por crises econômicas, em que o empresário procura diminuir seus custos, principalmente com a mão-de-obra. (MARTINS, 1997, p. 15) Diante da situação socioeconômica, surgem novas necessidades e com isso, oportunidade no mercado de trabalho, ocasionado pela crise econômica. Com a crise, as empresas contiveram seus gastos e buscaram soluções para contornarem essa situação. Segundo Druck (1995, p. 20), “o recurso da Terceirização é antes de mais nada uma forma que o empresariado buscou para sair ileso da crise.” Através dessa urgência, a terceirização apresentou-se como uma oportunidade – entregando atividade-meio para empresas contratadas, afim de ter o seu foco voltado a atividade-fim. Martins (1997) afirma que “É ainda uma forma de diminuir os custos, de modo não só a tornar a empresa competitiva mas, também, possibilitando-lhe crescer, diante do fenômeno da globalização das economias e da concorrência internacional.” Segundo Robortella (1999, p. 34), “é possível verificar em tese a diferenciação entre a atividade fim e a atividade meio da empresa tomadora de serviços terceirizados.” O item III da Súmula do TST (Tribunal Superior do Trabalho) procura esclarecer o assunto diferenciando atividade-fim e atividade-meio mediante as atividades prestadas pela empresa tomadora de serviços terceirizados. É intitulada de atividade-fim a produção do conteúdo principal da empresa, por exemplo, a produção de roupas designadas a pessoas produzidos em uma fábrica de roupas. A atividade-meio é aquela que faz parte do processo, mas não é o conteúdo principal da empresa, por exemplo, o serviço de segurança da fábrica de roupas. Segundo Martins (2001) As áreas mais terceirizadas são: Atividades da área da limpeza, segurança, manutenção, alimentação. Atividade-meio: departamento de pessoal, manutenção de máquinas, contabilidade. Atividade-fim: produção, vendas, transporte dos produtos. O mais comum é a terceirização de serviços contábeis, jurídicos e informática. (Martins, 2001, p. 46) Mediante a Lei nº 6.019 de 1974, as empresas terceirizadas ficavam encarregadas somente de realizar a atividade-meio, tornando assim proibido a execução da atividade-fim das empresas. Em 2017 a referida Lei passou a ser vigorada com algumas alterações, inclusive o Art. 4º-A que diz: Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privativo prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. Sendo assim, a terceirização nas empresas não fica somente para a atividade-meio, permitindo a empresa contratante contratar serviços para a atividade-fim. ASPECTOS LEGAIS A terceirização é regularizada pela lei nº 6.019/74 e pelo Decreto–Lei nº 73.841/74. Em conformidade, o Artigo 2º da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, editado em 2017 diz: Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, par atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. De acordo com a Súmula nº 331 do TST, item IV, se a empresa terceirizada não cumprir com suas obrigações trabalhistas, ou seja, não houver o devido pagamento ao empregado, a empresa contratante de serviços deverá pagá-los desde que haja uma ação judicial pelo trabalhador. De acordo com a Lei nº 6.019/74, Art. 4º-C, § 1º Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo. Em conformidade com a Lei, se as partes estiverem de acordo, o empregado da tomadora de serviços poderá receber o salário equivalente ao dos demais funcionários, além de outros direitos. Segundo a Lei nº 6.019/74, Art. 5º-A, § 3º, quando o trabalho for realizado nas dependências da empresa contratante ou local acertado em contrato, é responsabilidade da mesma garantir condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores. Ademais, a Lei nº 6.019/74, Art. 5º-A, § 4º diz que: A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. Em conformidade, caso a tomadora de serviços desejar, o funcionário da empresa terceirizada poderá receber os mesmos benefícios destinado aos seus empregados. Em 2015, na câmara dos Deputados, houve a votação do projeto da Lei da terceirização (PL 4330/04). Foi aprovada a emenda que permite a terceirização em qualquer setor de uma empresa, além de algumas alterações no texto-base da proposta. Segue um quadro onde expõe o funcionamento do serviço terceirizado atualmente e como será com o projeto de Lei 4330/04. http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/TRABALHO-E-PREVIDENCIA/486413-CAMARA-APROVA-PROJETO-QUE-PERMITE-TERCEIRIZACAO-DA-ATIVIDADE-FIM-DE-EMPRESA.html Diante do quadro, percebe-se que além da permissão do serviço terceirizado ser para qualquer setor, há também melhorias significativas na utilização da terceirização. O projeto de Lei 4330/04, aguarda Apreciação pelo Senado Federal. RISCOS E BENEFÍCIOS A fim de retomar seus lugares no mercado, diante da crise que o Brasil enfrentou há algumas décadas, as empresas brasileiras buscaram estratégias para obterem produtividade. Como qualquer outro modelo de gestão, a terceirização apresenta riscos e benefícios que devem ser levadas em consideração ao ser contratada ou adotada por uma empresa. De acordo com Martins (1997), a principal vantagem da terceirização é a melhoria da qualidade do produto ou serviço vendido e também a produtividade. Além de obter um controle de qualidade total dentro da empresa. Com a alternativa de adotar a terceirização, as empresas poderão melhorar a qualidade de seus serviços, obtendo maior foco em sua área produtiva, a qual foi originada. Através disso, deseja-se uma otimização de lucros, redução de custos administrativos, aumento de qualidade, melhoria na funcionalidade, eficácia e eficiência no trabalho e melhor aproveitamento do tempo, já que obteria a terceirização de algumas atividades, voltando assim, seus esforços a atividade-fim. O DIEESE (Departamento Intersindical de estatísticas e Estudos Socioeconômicos) aponta as principais razões que justificam a terceirização, de acordo com as empresas são: - É procedimento necessário para o sucesso das inovações organizacionais e gerenciais pretendidas; - O processo permite concentrar esforços no que é definido como vantagem competitiva, transferindo o conjunto de atividades que não correspondem ao seu core business, sejam elas de apoio, ou mesmo de produção, para outras empresas; - Redução de custos ou transformação de custos fixos em custos variáveis; - Simplificação dos processos produtivos e administrativos; - A empresa terceira sempre encontra soluções mais criativas e menos onerosas para a produção, o que elimina parte do desperdício e do comodismo que, segundo os próprios empresários, é característico das grandes empresas-mãe. Por meio da terceirização, as empresas buscam focalizar a produção na atividade-fim, obtendo maior produtividade, lucratividade e qualidade, ocasionando maior competitividade entre as empresas. Segundo Martins (1997) É claro que num primeiro momento não se pode negar a existência da supressão de empregos, mas, num contexto geral, se a terceirização provocar resultados positivos na empresa, a consequência será a melhoria geral para a sociedade, inclusive gerando vantagens sociais, pois com o aumento de competitividade serão gerados novos postos de trabalho, formando-se inclusive novas categorias, contribuindotambém para o desenvolvimento das relações entre o capital e o trabalho. (MARTINS, 1997, p. 45) Segundo o DIEESE, resultados presentes em todos os processos de terceirização, de acordo com as empresas: · Diminuição do desperdício · Melhor qualidade · Maior controle de qualidade · Aumento de produtividade · Melhor administração do tempo da empresa · Agilização de decisões · Otimização de serviços · Liberação de criatividade · Redução do quadro de empregados · Um novo relacionamento sindical · Eliminação das ações trabalhistas Juntamente com os benefícios, aparecem os riscos. E um dos principais, segundo Martins (1997) É contratar empresa inadequada para realizar os serviços, que não tem competência e idoneidade financeira, pois poderão advir problemas no futuro, principalmente de natureza trabalhista. Outro risco é o de pensar a terceirização apenas como forma de reduzir custos, pois se este objetivo não for alcançado, ou no final a terceirização não der certo, implicará o desprestígio de todo o processo.” (MARTINS, 1997, p. 45, 46) Ao terceirizar os serviços, é imprescindível que a tomadora de serviços faça um levantamento sobre as empresas e qualifique a que melhor se enquadra no seu perfil, buscando qualidade e segurança. Segundo Queiroz (1992, p.82, 83), caso o tomador exerça má administração do contrato, poderá ter sérias consequências, que podem tornar inviável a continuidade do processo de terceirização: · Poderá gerar um aumento do risco a ser administrado; · Desligamento de funcionários treinados e que não são aproveitados pelo prestador; · Uma eventual deterioração no relacionamento sindical; · As demissões em si e o seu custo; · Podem ocorrer problemas no processo: má escolha do prestador; · Análises inadequadas na fase do planejamento geram erros de avaliação de viabilidade; · Dificuldades de equalização nas culturas (tomador e prestador); · Insucesso de projetos anteriores; · Interveniência sindical nociva; · Erros na avaliação do perfil do prestador procurado; · Problemas com a especialização necessária do prestador; · Pode gerar conflitos de cultura, as quais devem ser compatíveis; · Reduzido número de empresas qualificadas e confiáveis; · Cultura da empresa em manter a atividade-meio; · Falta de critérios adequados para avaliação; · Dificuldade na formação da parceria; · Aumento da dependência do terceiro. 3 METODOLOGIA O conceito de método, de acordo com Hegenberg (1976 apud MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 44) é o “caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo refletido e deliberado.” Diante disso, a forma de estudo para a realização do presente artigo foi a Pesquisa Bibliográfica. Para Lakatos e Marconi (2001), A pesquisa bibliográfica compreende toda bibliografia já tornada pública, independente do meio de divulgação: livros, revistas, artigos, monografias, entre outros, com o desígnio de colocar o pesquisador mais próximo com tudo o que já foi investigado e publicado. A revisão bibliográfica tem o intuito principal de sua análise a produção bibliográfica sobre o objeto de estudo, que segundo Gil (2007, p. 44), os exemplos mais característicos desse tipo de pesquisas são sobre investigações, sobre ideologias ou outras que buscam analisar os diversos posicionamentos a respeito de um problema. Para uma pesquisa bibliográfica ser realizada, segundo Barros e Lehfeld (2000, p. 70) É fundamental que o pesquisador faça um levantamento dos temas e tipos de abordagens já trabalhadas por outros estudiosos, assimilando os conceitos e explorando os aspectos já publicados. Nesse sentido, é relevante levantar e selecionar conhecimentos já catalogados em bibliotecas, editoras, internet, videotecas etc. (Barros; Lehfeld, 2000, p. 70) De acordo com Bogdam e Biiklen (1994) “Ser investigador significa interioriza-se o objetivo, à medida que se recolhem os dados no contexto. Conforme se vai investigando, participa-se com os sujeitos de diversas formas”. Os dados provenientes dos documentos necessitam, no passo seguinte, de serem organizados e sistematizados, como referem Bogdan e Biklen (1994), com o objetivo de aumentar a sua compreensão e interpretação. A descrição deste processo é o que foi apresentado neste ponto do trabalho. 4 RESULTADOS E CONCLUSÃO A estratégia da gestão da terceirização, surge mediante a necessidade de modificação da produção e aproveitamento dos recursos, gerando mais competitividade entre as organizações. A terceirização inclui-se conceitualmente na administração, tendo em vista que as empresas buscaram sobreviver diante da crise econômica, reduzindo seus gastos contratando empresas terceirizadas. A utilização da terceirização está cada vez mais em evidência no ramo empresarial. As empresas estão buscando estratégias para alavancarem suas produtividades e consequentemente seus resultados. Contudo, a prestação de serviços deve ser executada da melhor maneira, garantindo a melhor qualidade e a diminuição de custos. Diante disso, é indispensável para o processo institucional assegurar-se da qualidade e como deve ser mantido para que a empresa seja preservada financeiramente e institucionalmente. Conclui-se, após o estudo dos riscos e benefícios, que a prática da terceirização dento das empresas é viável, trazendo maior rentabilidade e agilidade para a mesma. REFERÊNCIAS BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia científica. 2. ed. Ampliada. São Paulo: Makron books, 2000. BOGDAN, R. & BIKLEN, S. Investigação Qualitativa em Educação: Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto Editora, 1994 BRASIL. Câmara dos deputados. Câmara aprova projeto que permite terceirização da atividade-fim da empresa. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/TRABALHO-E-PREVIDENCIA/486413-CAMARA-APROVA-PROJETO-QUE-PERMITE-TERCEIRIZACAO-DA-ATIVIDADE-FIM-DE-EMPRESA.html >. Acesso em 07/11/2018. BRASIL. Câmara dos deputados. Projeto de Lei nº 4.330/2004. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=267841> . Acesso em 07/11/2018. BRASIL. DIEESE. O processo de terceirização e seus efeitos sobre os trabalhadores no Brasil. Disponível em: <https://www.dieese.org.br/relatoriotecnico/2007/terceirizacao.pdf> . Acesso em 07/11/2018. BRASIL. SEBRAE. Terceirização da mão de obra. 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São Paulo: Malheiros, 1997. ROBORTELLA, Luiz Carlos Amorim. Terceirização. Tendência em doutrinas e jurisprudência. São Paulo: Revista Trabalho & Doutrina, 1999. QUEIROZ, Carlos Alberto Ramos Soares. Manual de terceirização: onde podemos errar no desenvolvimento e na implantação dos projetos e quais são os caminhos do sucesso. São Paulo: STS, 1992.
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