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QUIZ – Farmacologia - UNISUAM 1. A latenciação de fármacos consiste na transformação do fármaco em forma de transporte inativo que, in vivo, mediante reação química ou enzimática, libera a porção ativa no local de ação ou próximo dele. Várias macromoléculas biológicas naturais e sintéticas têm sido empregadas como transportadores de agentes quimioterápicos, partindo-se do conhecimento de que as características anatômicas e fisiológicas dos tecidos tumorais são diferentes dos tecidos normais. Os vasos dos tecidos tumorais apresentam as propriedades de permeabilidade e retenção aumentadas, as quais desempenham papel essencial na distribuição do fármaco no espaço intersticial. A gura a seguir ilustra uma representação esquemática de pró-fármaco. O desenvolvimento de pró-fármacos tem como objetivo resolver diversos problemas relacionados aos fármacos atuais. Para permitir o aprimoramento das propriedades do fármaco matriz, os pró-fármacos devem possuir características como I. aumento da estabilidade. II. redução da biodisponibilidade. III. aumento da seletividade de ação. IV. ausência de toxicidade do transportador. É correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 2. Um paciente usuano de glibenclamida, uma semana após entrar em tratamento para tuberculose com esquema RIP (rifampicina+isoniazida+pirazinamida), começa a apresentar um quadro clínico típico de altas concentrações de glicose no sangue. Suspeita-se de que esse seja um caso de interação medicamentosa, pois a glibenclamida é substrato de CYP3A4 e a rifampicina é indutor do CYP3A4. Uma análise completa dessa situação leva à conclusão de que a) o sistema RIP pode induzir a produção de glicose mantida sob reserva no fígado. b) as enzimas dos sistemas CYP são passíveis de indução enzimática promovida por fármacos. c) a administração da glibenclamida no mesmo horário da medicação RIP deve ser evitada para esse paciente. d) o esquema RIP promove interações apenas no tratamento da síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA ou AIDS). e) a hipótese de interação não tem fundamento, pois os processos enzimáticos são imediatos e, no caso, se manifestaram uma semana após o início do tratamento. 3. A Sra. J.S.M. faz uso de warfarina para tratamento de problemas trombolíticos. Após uma forte gripe, resolve ir à farmácia do seu bairro para adquirir um medicamento antitérmico e antipiréticoda classe dos anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES), com a finalidade de combater sintomas de febre e de dor no corpo. Ao passar pelo atendimento de Atenção Farmacêutica, a conduta correta do farmacêutico seria a de orientá-la a a) não fazer uso de ibuprofeno, pois existe a possibilidade de ocorrer hemorragia no trato gastrointestinal. b) não fazer uso do ácido acetilsalicílico (AAS) e da warfarina nos mesmos horários, pois a segunda diminui a absorção do primeiro. c) continuar o uso da warfarina associado a cimetidina, para evitar a irritação gástrica causada pela ação do AINE. d) suspender o uso de warfarina, durante o tratamento com AINE, para evitar o aparecimento da síndrome de Stevens-Johnson. e) não fazer uso de nimesulida, pois esse medicamento pode diminuir a ação da warfarina. 4. Uma paciente teve seu primeiro filho aos 42 anos de idade. Dois dias após o parto, sofreu uma trombose. Nas avaliações laboratoriais, o Tempo de Atividade da Protrombina (TAP) teve como resultado 60% do máximo possível e o Tempo da Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa) estava normal, evidenciando o papel da via extrínseca no distúrbio de coagulação apresentado pela paciente. Antes da trombose, ela utilizava 100 mg por dia de ácido acetilsalicílico (AAS) como tratamento antitrombótico. Após a trombose, ela vem utilizando a warfarina sob monitoramento terapêutico com o TAP. Foi identificado que esta paciente está grávida há 45 dias. Entre os fármacos aplicáveis a esse caso, estão disponíveis o AAS, a warfarina e as heparinas de alta e de baixa massa molecular. Nesse caso, a conduta terapêutica correta durante a gravidez é a) substituir a warfarina durante a gestação por uma heparina de alta massa molecular, pois esta não atravessa a barreira placentária e não produz sangramento como reação adversa. b) suspender a warfarina e retornar ao AAS durante a gestação, utilizando um fármaco de potência menor, mas que apresenta efeitos colaterais e reações adversas menos intensas. c) trocar o AAS e a warfarina durante a gestação por uma heparina de baixa massa molecular, que não atravessa a placenta nem produz sangramentos como reações adversas. d) manter a paciente sem tratamento antitrombótico até o fim da gestação para proteger a mãe e o bebê das reações adversas desse medicamento. e) manter a warfarina até o final da gestação, pois o risco de uma nova trombose pode ser letal ou para a mãe ou para o embrião ou para ambos. 5. Os estudos de bioequivalência são desenvolvidos em três etapas distintas: clínica, analítica e estatística. Avalie as afirmativas a seguir que se referem às etapas de estudos de bioequivalência. I. A etapa analítica utiliza métodos farmacopaicos. II. O número de voluntários que deve ser estabelecido para uma etapa clínica é de 24. III. Nas três etapas devem ser observados os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs). IV. Na etapa estatística, o cálculo da área sob a curva das concentrações plasmáticas deve ser realizado pelo método trapezoidal. V. No primeiro período da etapa clínica, todos os voluntários devem formar o medicamento referência e, no segundo período, todos devem tomar o medicamento teste. É correto apenas o que se afirma em a) I e II. b) I e III. c) II e V. d) III e IV. e) IV e V. 6. Um Farmacêutico trabalha numa farmácia comunitária que disponibiliza, para venda à população,medicamentos de referência (inovadores), genéricos e similares. Um usuário se aproxima do balcão, procura o Farmacêutico e lhe apresenta uma prescrição médica de maleato de enalapril 10mg/dia (medicamento de referência). A receita informa que o tratamento foi prescrito por apenas30 dias, pois, após esse período, será realizada uma nova avaliação clínica. Dessa forma, são oferecidas as seguintes opções para o paciente: - Medicamento de referência R$ 38,00 (contendo 30 comprimidos); - Medicamento genérico R$ 18,00 (contendo 30 comprimidos). O usuário assusta-se com a diferença de preços entre os dois e questiona sobre a qualidade dos medicamentos. Além disso, fica em dúvida se a substituição do medicamento é legal frente ao Conselho Federal de Farmácia e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O Farmacêutico informa ao usuário que poderá realizar a intercambialidade do medicamento, atendendo às exigências legais da Resolução 135 de 29/05/2003, quando, na receita, de próprio punho, o prescritor a) não informar nenhuma restrição à substituição desse medicamento de referência por um genérico ou similar. b) não informar nenhuma restrição à substituição desse medicamento de referência por um genérico. c) informar que autoriza a substituição desse medicamento de referência por um genérico. d) informar que o medicamento genérico deve ter sido submetido a testes de bioequivalência e biodisponibilidade. e) informar que o medicamento genérico deve ter sido devidamente aprovado pela ANVISA. 7. Analise as informações apresentadas no gráfico abaixo, sobre a cinética plasmática do Diazepam na mulher obesa e na de peso normal. Pode-se observar no gráfico que a meia-vida de eliminação do diazepam na mulher obesa, quando comparada à meia-vida de eliminação do mesmo medicamento na mulher de peso normal, é cerca de a) duas vezes menor, o que demonstra que o medicamento tende a acumular-se mais no indivíduo com peso normal. b) duas vezes maior, pois esse medicamento é altamente hidrossolúvel, apresentando afinidade maior pela água, sendo eliminado mais rápido pelos rins. c) duas vezes maior, pois esse medicamento é altamente lipossolúvel e tende a acumular-se no tecido adiposo, aumentando a distribuição do medicamentoe, consequentemente, a meia-vida de eliminação no indivíduo obeso. d) quatro vezes menor, pois o diazepam, por ser lipossolúvel, demanda maior tempo de metabolização hepática. e) quatro vezes maior, pois esse medicamento é altamente lipossolúvel e tende a acumular-se no tecido adiposo, aumentando a distribuição do medicamento e, consequentemente, a meia-vida de eliminação no indivíduo obeso. 8. A senhora M., 65 anos, procurou um estabelecimento farmacêutico reclamando de dor de cabeça e solicitando um medicamento para aliviar a dor. Ao ser questionada pelo farmacêutico, ela relatou que “suas veias pulsavam na cabeça", e informou que seu médico orientou-a a evitar bebidas alcoólicas, já que ela fazia uso de medicamentos para o tratamento de depressão. Na investigação realizada pelo farmacêutico constatou-se que, ao participar de uma reunião social, a senhora M. ingeriu cerveja sem álcool e sentiu-se mal. A pressão arterial da senhora M. foi aferida na ocasião e encontrava-se no valor de 190/100 mmHg. Para o tratamento da depressão foi-lhe prescrito pelo médico tranilcipromida, em substituição aos medicamentos de primeira escolha. Tendo em vista as informações acima, o farmacêutico deve a) contactar o médico da senhora M. solicitando a prescrição de um anti-hipertensivo e orientá-la a interromper o tratamento com antidepressivo. b) suspeitar que a senhora M. teve uma reação característica de interação entre medicamento e alimento e encaminhá-la ao serviço de saúde. c) sugerir que a senhora M. tome um analgésico não opióide e repouse. d) sugerir que a senhora M. repouse para diminuir a sintomatologia da cefaléia, efeito esperado para certos antidepressivos. e) informar ao médico da senhora M. que a tranilcipromida apresentou efeitos colaterais inesperados e solicitar a substituição do antidepressivo. 9. O uso do ácido acetilsalicílico é contra-indicado no tratamento da dengue PORQUE o AAS pode ocasionar dengue hemorrágica em indivíduo já infectado anteriormente. A esse respeito, pode-se concluir que a) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. b) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. c) as duas afirmações são falsas. d) a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. e) a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. 10. O estado de anestesia geral inclui analgesia, amnésia, perda da consciência, inibição dos reflexos e, em muitos casos, relaxamento muscular. Um anestésico ideal deve induzir anestesia de forma tranqüila e rápida e permitir recuperação imediata após sua administração. Além disso, a droga deve ter ampla margem de segurança e não possuir efeitos adversos. Não existe disponível no arsenal terapêutico uma droga que, isoladamente, produza todos esses efeitos sem desencadear algum efeito colateral adverso. Os gráficos abaixo representam o efeito quantal de dois medicamentos novos que estão sendo testados para utilização como anestésicos. As linhas contínuas representam o efeito terapêutico e as linhas tracejadas, os efeitos tóxicos. O medicamento I apresenta ED50 de 8,7 mg e DL50 de 49 mg. O medicamento II apresenta ED50 de 4,5 mg e DL50 de 8,8 mg. Com relação aos anestésicos e aos medicamentos I e II, e considerando os gráficos apresentados acima 1- Considerando somente o índice terapêutico, conclui-se que o medicamento I é melhor que o medicamento II. 2- Os medicamentos I e II apresentam eficácia semelhante. 3- O medicamento II é mais potente e induz ao estado anestésico mais facilmente que o medicamento I; no entanto, apresenta chances maiores de apresentar efeitos colaterais e intoxicação. É correto apenas o que se afirma em a) I, II e III b) I e III. c) II d) I e II. e) III.
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