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1 Anestésicos Locais I N TRO DU ÇÃ O ► Atuam nos canais de sódio voltagem dependentes ▪ Quando chega estímulo - voltagem eles abrem ▪ Ligam-se Nav reversivelmente, bloqueando PA ► Cocaína - 1884, tópica cirurgia oftalmológica ► Composto: Hidrofóbico (aromático) + Ester ou Amida + Hidrofílico (Amina) ► Ação mais rápida em fibras menores e mielinizadas ▪ Fibras mielinizadas com ação mais rápida → pegam mais rapidamente os anestésicos locais − Anestésicos são lipossolúveis + acúmulo nas regiões dos Nódulos de Ranvier ▪ Fibras menores são mais rápidas por conta de menor superfície ► Etapas que somem primeiro após aplicação: ▪ Dor → temperatura → pressão → movimento ► Todos são vasodilatadores (com exceção da Cocaína - vasoconstritor) M EC AN ISM O DE A ÇÃ O ► Para o impulso atingir o cérebro é necessário despolarizar, se não despolariza o impulso não chega ▪ Ao aplicar o anestésico, por mais que tenha um estímulo – como a agulha na mão – o estímulo noceptivo não chega → há um bloqueio que impede que o 1º Neurônio chegue ao 2ºN e despolarize ► Para entender o mecanismo é necessário lembrar que: ▪ O potencial de repouso da membrana (estável) é de -70Mv → meio intracelular mais negativo que o extracelular → mais sódio no extracelular e mais potássio no intracelular ▪ Ao estímulo de dor: a. Canal de Sódio abre e Na começa a entrar b. Potencial de membrana começa a positivar c. Curva começa a subir (ficar mais positiva) d. Se chegar ao limiar de ação (-50mv) → ocorre a despolarização → dor ✓ As vezes ocorre o estímulo, mas não é o suficiente para alcançar o limiar → não sente dor e. Ao alcançar não tem o que fazer parar a despolarização → abre cada vez mais canais de sódio → até cessar o potencial de ação e, assim, fechar os canais de Na f. Ocorre então, a abertura dos Canais de Potássio → saem da célula → como são positivos o meio volta a ficar negativo g. Segue assim até passar do potencial de repouso → ocorre repolarização Ação do anes tésico ► O anestésico local é uma base fraca → se dissociam facilmente ► Age de dentro para fora → precisa entrar para agir ▪ Porém não consegue entrar quando associado com o H+ ▪ No Ph neutro (7,35 a 7,45) acabam se dissociando − H+ fica e a Base passa pela membrana ► A Base (Anestésico) sozinha não consegue concluir seu objetivo (Bloquear Canal de Sódio Dependente) ▪ Precisa novamente se juntar com o H+ − Como o meio intracelular é mais ácido = ↑ chances de se sociar ✓ Se dissocia para entrar e, no meio intracelular, se associa ao H+ interno para fechar canal de sódio ✓ Sódio para de entrar – membrana volta ao estágio de repouso A SS OCI AÇ ÃO COM VA SOC ONS TR ITOR ES ► Todo anestésico local pode ser associado a um vasoconstritor ► O anestésico local quer agir no Nervo só que uma das propriedades mais importantes dele é a Vasodilatação ▪ Ao agir no nervo, o(s) vaso(s) mais próximo acaba vasodilatando → aumenta a superfície corporal − Esse aumento faz com que o vaso absorva facilmente o anestésico → deixa de ir para o nervo para ir para o vaso → tempo de ação no nervo é menor → ação ↓ − Seria necessário uma dose maior para ↑ ação, porém corre um grande risco de intoxicação 2 ✓ Intoxicação é dose dependente: quanto maior mais chances − Ao utilizar um vasoconstritor essa absorção do vaso diminui e, por conseguinte, a ação ↑ e chance de intoxicação ↓ ► Contraindicações: ▪ Extremidades (dedos, orelhas, nariz e pênis) − Suprimento sanguíneo é menor → já são vasos muito pequenos → menos circulação colateral − Risco de isquemia ▪ Pacientes com comorbidades importantes − Coronariopatas U SO S C L Í N ICOS Tópica ► Anestesia das mucosas com lidocaína ► Efeito anestésico máximo dentro de 2 a 5 minutos e a anestesia dura cerca de 30 a 45 minutos ► É a utilizada em sondagens (lidocaína é passada no tubo enquanto esse é inserido) ► Superficial sem extensão para estruturas mais profundas ► Risco de reações tóxicas sistêmicas, pela rápida absorção na circulação Por infiltração ► Atua na pele e tegumentos ► Usada na sutura de ferimentos ► Atentar para doses → evitar risco de neuro e cardiotoxicidade ► Todos tipos permitidos Bloqueio regional ► Injetado para atuar em ponto distal ao local da aplicação ► Técnica de garrote ► Ex: bloqueio axilar para cirurgia de mão ▪ Bloqueio do plexo braquial ► Todos tipos permitidos Bloqueio venoso ► Dentro ou nas proximidades dos nervos ► Ex: bloqueio de plexo braquial, supraclavicular, interescalenico, nervo femoral, obturador, ileohipogástrico, ileoinguinal ► Todos tipos permitidos Raquianestesia ou espinhal ► Injetado no espaço subaracnóideo em contato com o líquido cefalorraquidiano ► Pode ser associado a opioides e outros fármacos tipo clonidina → potencialização da analgesia + ↑duração ► O AL utilizado é a bupivacaína, pois ropivacaína e levobupivacaina não são liberados para este tipo de bloqueio Peridural ► Injetado entre o ligamento amarelo e a dura-máter ► Esse bloqueio permite a colocação de cateter com a vantagem de bloqueio contínuo e pelo tempo que se estabelece ► Pode ser usado na analgesia do pós-operatório imediato, controle da dor de câncer e outras aplicações ► Todos tipos permitidos Arritmias cardíacas ► A lidocaína intravenosa é útil no tratamento de taquicardias supra ventriculares e de disritmias ventriculares com extrasistolias ► A ação consiste no bloqueio dos canais de sódio abertos ou inativados ► Classe 2A de antiarrítmicos ► Injeta pela corrente sanguínea – por isso aspira: para manter tempo de ação ► A recuperação do bloqueio é rápida, com maiores efeitos em tecidos despolarizados (ex. isquêmicos) Bloqueio do nervoso simpático ► Ex: em pacientes com Fibromialgia 3 a 5mg/kg de lidocaína intravenoso diluído, correndo em 2 a 3h Analgesia controlada pelo paciente ► Ou venoso ou via cateter ► Controla a dose máxima diária e o intervalo – pumps Anestesia de Superfície (EMLA) Pele/olho/oral/nasal/traqueal Em Patch Absorção local Infiltrativa Bloqueio de nervo/plexo Anestesia Neuroeixo Intratecal/epidural/dor/bomb a de fármacos Intravenoso Antiarrístmicos/bloqueio venoso simpático/PCA 3 I N TOX IC AÇÃ O ► Dois principais sistemas afetados: Neurológico e Cardiovascular ► Inicia com sintomas mais brandos: ▪ Tremor ▪ Formigamento de lábios e línguas ▪ Zumbidos ▪ Parestesias ▪ Dislalias ▪ São uma sinalização − Devem ser notados caso presentes ✓ Diminuir concentração do anestésico − Caso contrário: pode evoluir para sintomas mais graves e permanentes: ✓ Convulsão ✓ Parada cardíaca ✓ Coma ✓ Insuficiência Renal Aguda ✓ Hipóxia ✓ Choque ► Problemática: a maioria dos consultórios não possuem Benzodiazepínicos e/ou Suportes de monitorização *Curva de Concentração/Efeitos Tratamento ► NÃO usar Vasodilatadores (Vasopressina, Cálcio, Betabloqueador) ► Para Parada Cardíaca: ACLS + ventilação + baixa dose de epinefrina ► Para Crise Convulsiva: Benzodiazepínicos ► Utilizar Emulsão Lipídica Endovenosa à 20%: carreia o AL para fora Ésteres Cocaina procaína Benxocaina Amidas Lidocaína Prilocaína Bupivacaína
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