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NBR- 15012_2003

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Fax: (21) 2240-8249/2220-6436
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www.abnt.org.br
ABNT - Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Copyright © 2003,
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
DEZ 2003 NBR 15012
Rochas para revestimentos de
edificações - Terminologia
Palavras-chave: Rocha. Revestimento 10 páginas
Prefácio
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
1.1 Esta Norma def ine os termos referentes à geologia, petrologia e mineralogia dos materiais rochosos, destacando os
tipos petrográficos, as texturas e as estruturas, bem como a descrição dos principais minerais constituintes das rochas mais
usadas como materiais de revestimentos de edificações.
1.2 Esta Norma def ine também os termos referentes aos processos de extração e de beneficiamento de rochas destinadas
ao uso como revestimentos de edificações, bem como os produtos deles gerados.
1.3 Esta Norma apr esenta, também, conceitos usados no comércio e na indústria de rochas para revestimento.
2 Conceitos
2.1 rocha para revestimento: Rocha natural que, submetida a processos diversos de beneficiamento, é utilizada no
acabamento de superfícies, especialmente pisos, paredes e fachadas, em obras de construção civil.
2.2 rocha ornamen tal: Material rochoso natural, submetido a diferentes graus ou tipos de beneficiamento, utilizado para
exercer uma função estética.
2.3 pedra de reves timento: Material rochoso natural selecionado, beneficiado e acabado em formatos e tamanhos
específicos para atender a requisitos dimensionais exigidos para fins estruturais ou arquitetônicos.
3 Características geológicas e petrográficas
3.1 Geral
3.1.1 acessórios: Minerais que ocorrem nas rochas em quantidades inferiores a 5% e não influenciam na sua
classificação.
Origem: Projeto 02:105.45-012:2002
ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:105.45 - Comissão de Estudo de Revestimento com Pedras
NBR 15012 - Stone for cladding - Terminology
Descriptors: Stone. Cladding
Válida a partir de 30.01.2004
NBR 15012:20032
3.1.2 afanítica (textu ra): Relativa à rocha de granulação muito fina, onde os constituintes minerais não são distinguíveis à
vista desarmada.
3.1.3 albitização: Transformação parcial ou total de minerais de uma rocha, geralmente feldspatos, em albita, pela ação
de gases e/ou fluidos durante processos tardi e/ou pós-magmáticos.
3.1.4 alteração: Qua lquer mudança na composição mineralógica de uma rocha ocorrida por meios físicos e químicos,
especialmente pela ação hidrotermal, mas também pela ação intempérica.
3.1.5 alterabilidade: Aptidão de uma rocha em se alterar, em função do tempo. É baseada no período de tempo em que a
rocha pode manter suas características inatas, em uso, que dependerá do meio ambiente e do uso da rocha em questão
(por exemplo, em exteriores ou interiores).
3.1.6 aluminossilica to (mineral): Silicato no qual o alumínio substitui o silício no tetraedro SiO4.
3.1.7 carbonato: Mineral caracteristicamente composto pela estrutura aniônica CO32-. Por exemplo, calcita, aragonita,
dolomita.
3.1.8 caulinização: F ormação do argilomineral caulinita a partir de um mineral de uma rocha, em geral o feldspato,
resultante da alteração deutérica ou intempérica.
3.1.9 cloritização: Conjunto de processos pelos quais os minerais ferromagnesianos de uma rocha são alterados para
minerais do grupo da clorita, ou pelos quais são substituídos pela clorita. Pode se dar por alteração hidrotermal ou por
meteorização.
3.1.10 cristal: Sólido h omogêneo, limitado naturalmente por faces planas, com arranjo regular dos átomos segundo uma
rede cristalina tridimensional.
3.1.11 decomposição : Tipo de intemperismo causado por agentes químicos. Ver intemperismo químico.
3.1.12 desagregação: Tipo de intemperismo físico que consiste na separação em diferentes partes de um mineral ou de
uma rocha, causada pelo trabalho dos agentes erosivos ou dos agentes exógenos. O mesmo que desintegração.
Ver intemperismo físico.
3.1.13 descontinuidad es: Referem-se a qualquer estrutura geológica que interrompa, ou possa interromper – quando
submetidas a certas cargas – a continuidade física da rocha. Englobam juntas, falhas, fraturas, fissuras etc; e planos de
fraqueza em acamamentos, bandamentos, foliações, lineações e outros.
3.1.14 deutérica (alter ação): Alteração da mineralogia original de rochas magmáticas causada por soluções e/ou gases
atuantes nos estágios finais de consolidação de um magma.
3.1.15 efusiva (rocha) : Ver vulcânica (rocha).
3.1.16 estrutura: Refe re-se aos aspectos morfológicos das rochas, tais como disposição em camadas, foliações,
xistosidades, lineações, vesiculação e outras devidas a dobramentos, falhamentos e fraturamentos. A estrutura também
pode ser utilizada para designar, de maneira, genérica tipos de textura.
3.1.17 fanerítica (text ura): Referente às rochas cujos componentes minerais podem ser visualizados a olho nu.
3.1.18 ferromagnesianos: Minerais contendo ferro e magnésio.
3.1.19 granulação: Re fere-se ao tamanho dos grãos. É um dos critérios de classificação das rochas sedimentares.
Difere macroscopicamente as rochas ígneas vulcânicas (mais finas) e plutônicas (mais grossas).
3.1.20 hidrotermal (al teração): Mudança na composição química das rochas produzida por soluções aquecidas,
ascendentes do magma.
3.1.21 ígnea (rocha): Ver magmática (rocha).
3.1.22 intemperismo: Conjunto dos processos de natureza física, química ou biológica que atuam na superfície terrestre e
que levam à desintegração e decomposição química das rochas e minerais.
3.1.23 intemperismo físico: Consiste em uma série de processos acumulativos que culminam na quebra mecânica
(fraturamento) das rochas e sua desintegração.
3.1.24 intemperismo químico: Processo de decomposição dos minerais e formação de novos produtos (por exemplo,
argilominerais), mais estáveis na zona de intemperismo.
3.1.25 intrusiva (roch a): Ver plutônica (rocha).
3.1.26 magma: Materi al líquido-pastoso, gerado no interior da Terra, e que, por resfriamento, origina as rochas
magmáticas.
3.1.27 magmática (ro cha): Rocha proveniente da consolidação do magma. O mesmo que rocha ígnea.
3.1.28 maciço: Corpo rochoso contínuo, sem delimitação aparente.
NBR 15012:2003 3
3.1.29 matacão: Bloco de rocha, compacto e geralmente arredondado, de diâmetro superior a 25,0 cm.
3.1.30 metamórfica (ro cha): Qualquer rocha derivada de rochas preexistentes por mudanças mineralógicas, químicas e
estruturais, ocorridas essencialmente no estado sólido, em resposta a mudanças marcantes na temperatura, pressão e
ambiente químico atuantes nas profundezas da crosta terrestre.
3.1.31 metamorfismo : Processos no interior da Terra, que provocam mudanças nas rochas, pela atuação da temperatura,
pressão e fluidos quimicamente ativos.
3.1.32 meteorização: Ver intemperismo.
3.1.33 minerais essen ciais: Conjunto de minerais predominantes e essenciais numa rocha, no qual se baseia a
classificação das rochas.
3.1.34 minerais primá rios: Minerais gerados quando da formação da rocha.
3.1.35 minerais secun dários: Minerais gerados pela transformação dos minerais preexistentesem uma rocha.
3.1.36 mineral: Eleme nto ou composto químico gerado por processos inorgânicos, de composição química definida, com
estrutura cristalina interna ordenada, encontrado naturalmente na crosta terrestre.
3.1.37 opaco (minera l): Diz-se do mineral que não permite a transmissão de luz, mesmo em espessuras da ordem de
micrometros. Geralmente, os metais nativos, os óxidos e os sulfetos metálicos são opacos à luz.
3.1.38 petrografia: Ra mo da geologia que se ocupa da descrição e classificação das rochas.
3.1.39 plutônica (roch a): Rocha ígnea, de granulação média a grossa, consolidada em regiões profundas da crosta
terrestre. O mesmo que intrusiva.
3.1.40 recristalização: Crescimento mineral sob efeito de aporte de calor durante o metamorfismo.
3.1.41 rocha: Agregad o natural formado de um ou mais minerais (inclusive vidro e matéria orgânica), que constitui parte
essencial da crosta terrestre e é claramente individualizado. De acordo com a origem, pode ser sedimentar, magmática ou
metamórfica.
3.1.42 sedimentar (ro cha): Rocha que resulta de processos de consolidação dos produtos resultantes da desagregação
ou de decomposição de rochas pré-existentes ou, ainda, de acumulação de restos orgânicos.
3.1.43 silicato (minera l): Composto cuja estrutura cristalina contenha tetraedros SiO4, tanto isolados como unidos por um
ou mais átomos de oxigênio, para formar grupos, cadeias, folhas ou outras estruturas tridimensionais com elementos
metálicos.
3.1.44 silicificação: S ubstituição total ou parcial dos minerais de uma rocha preexistente ou preenchimento dos poros de
uma rocha por sílica finamente granulada (quartzo, calcedônia ou opala).
3.1.45 subvulcânica ( rocha): Rocha resultante da consolidação de magmas colocados a pequenas profundidades na
crosta, normalmente associada a atividades vulcânicas.
3.1.46 textura: Termo que se refere à organização íntima de uma rocha, indicando, em escala microscópica, a forma, o
tamanho, a distribuição e as múltiplas relações entre os minerais constituintes.
3.1.47 veio: Massa mo nomineral tabuliforme inserida na rocha.
3.1.48 vulcânica (roch a): Rocha resultante da consolidação de materiais expelidos por vulcões. O mesmo que extrusiva e
efusiva.
3.2 Minerais
3.2.1 actinolita: Mine ral verde, granular ou fibroso, contendo cálcio, magnésio e ferro, pertencente ao grupo dos anfibólios.
Comum em rochas metamórficas (talco xistos) e ígneas alteradas.
3.2.2 albita: Silicato de sódio e alumínio, do grupo dos plagioclásios, podendo ser incolor ou leitoso, esverdeado,
amarelado ou vermelho-carne, geralmente com forma tabular. Ocorre em rochas ígneas e metamórficas.
3.2.3 andesina: Silica to de sódio, cálcio e alumínio, do grupo dos plagioclásios, podendo ser brancos ou acinzentados,
geralmente com forma tabular.
3.2.4 anfibólio: Grupo de silicatos de composição variável, podendo conter sódio, potássio, cálcio, magnésio, ferro, titânio,
manganês e alumínio. São minerais comuns em rochas ígneas e metamórficas, podendo estar presentes como mineral
essencial. Entre eles pode-se citar: hornblenda, antofilita, cummingtonita, tremolita, actinolita, riebeckita, glaucofânio e
arfvedsonita.
3.2.5 apatita: Fosfato de cálcio com flúor, com cores variáveis e sob a forma de cristais prismáticos longos ou tabulares.
Ocorre em diversos tipos de rochas, sendo relativamente comum como acessórios em rochas ígneas (granitos, sienitos e
outros) e metamórficas.
3.2.6 argilominerais : Minerais constituintes característicos das argilas (partículas < 0,002 mm), geralmente cristalinos.
Quimicamente são silicatos de alumínio hidratados, contendo outros elementos como magnésio, ferro, cálcio, sódio,
potássio, lítio etc.
NBR 15012:20034
3.2.7 augita: Varieda de mais comum de piroxênio, composta por silicatos de cálcio, sódio, ferro, magnésio e alumínio.
Ocorre como cristais prismáticos em cores verde-escuro ou preto. Pode ser constituinte essencial de rochas ígneas
(basaltos) ou, mais freqüentemente, mineral acessório de rochas ígneas (sienitos) e metamórficas (gnaisses).
3.2.8 biotita: Silicato de potássio, magnésio, ferro e alumínio, pertencente ao grupo das micas. Apresenta forma placóide,
geralmente preta, podendo ser marrom-escuro ou verde-escuro. Ocorre como mineral essencial ou acessório em rochas
metamórficas e como acessório em rochas ígneas e sedimentares.
3.2.9 calcita: Carbon ato de cálcio, geralmente de cor branca, podendo apresentar tonalidades avermelhadas, alaranjadas,
esverdeadas e outras. É o mineral principal dos mármores, calcários e travertinos. Ocorre como cimento em alguns
arenitos.
3.2.10 cancrinita: Var iedade de feldspatóide, constituída por sódio e cálcio, geralmente como massas translúcidas a
transparentes de cores variadas, em rochas ígneas (especialmente nefelina sienitos).
3.2.11 caulinita: Silica to de alumínio pertencente ao grupo dos argilominerais. Apresentam-se como placas diminutas, em
massas semelhantes à argila, com cor branca a cinzenta ou amarelo. Normalmente é originado pela alteração de
feldspatos, especialmente os potássicos.
3.2.12 clorita: Grupo d e minerais lamelares, flexíveis, inelásticos e de clivagem micácea, compostos essencialmente por
magnésio, ferro e alumínio, geralmente formados por alteração de piroxênios, anfibólios e biotita.
3.2.13 crisotila: Silica to de magnésio fibroso, branco, cinza ou esverdeado, do grupo das serpentinas. Ocorre em rochas
metamórficas (xistos e serpentinitos).
3.2.14 diopsídio: Vari edade de piroxênio com cálcio e magnésio, podendo conter ferro, com forma prismática, maciça,
lamelar ou granular, e cor variando de branco a verde. Comum em rochas metamórficas, como mármores, e em alguns
tipos ígneos.
3.2.15 dolomita: Carbonato de cálcio e magnésio, geralmente incolor ou branco, sendo o constituinte essencial de
dolomitos e podendo estar presente em algumas variedades de mármores.
3.2.16 dumortierita: S ilicato de alumínio e boro, fibroso a maciço, azul ou violeta, de brilho vítreo a nacarado.
3.2.17 egirina: Varieda de de piroxênio com sódio e ferro, ocorrendo como cristais prismáticos pretos. Típico em nefelina
sienitos e rochas afins.
3.2.18 epídoto: Silicat o de cálcio, alumínio e ferro, prismáticos ou como grãos e massas, com cor verde a amarelada.
Comum em rochas metamórficas (gnaisses, mármores e xistos), podendo ocorrer como acessório em rochas ígneas.
3.2.19 feldspato: Grupo dos principais minerais formadores de rochas, sendo compostos por aluminossilicatos de sódio,
potássio e cálcio em proporções variadas, apresentando cores branca, vermelha ou cinza. Pode-se considerar dois
subgrupos: o dos feldspatos potássicos, tais como o ortoclásio, microclínio, anortoclásio e sanidina, e o grupo dos
plagioclásios, que representam a série de solução sólida entre albita e anortita.
3.2.20 feldspatóide: G rupo de minerais (aluminossilicatos de potássio, sódio e cálcio) semelhantes aos feldspatos, porém
deficientes em sílica (SiO2). Representam minerais raros, formadores de rochas, e entre eles pode-se citar: leucita, nefelina,
cancrinita, sodalita, haüyna e melilita.
3.2.21 fluorita: Fluore to de cálcio de cor variável, com forma cúbica e maciço. Ocorre com relativa freqüência como
mineral acessório em granitos e sienitos.
3.2.22 gipso: Sulfato h idratado de cálcio, geralmente de cor branca ou incolor, com aspecto fibroso, micáceo, lamelar.
É o mineral constituinte essencial da rocha alabastro. Também conhecida como gipsita.
3.2.23 granada: Grupo de minerais silicáticos que podem conter cálcio, ferro, magnésio, manganês, alumínio e cromo.
Apresentam brilho vítreo, coloração vermelha e, em geral, são quebradiços. Ocorrem principalmente em rochas
metamórficas, podendo estar presentes em alguns tipos ígneos.
3.2.24 hiperstênio: Va riedade de piroxênio constituída por magnésio e ferro, raramente em cristais com forma prismática.
Apresenta-se em tom acinzentado,amarelado, ou branco esverdeado ao verde oliva e pardo. É um constituinte essencial
de charnockitos.
3.2.25 hornblenda: Es te termo refere-se a um grupo de anfibólios com proporções variáveis de cálcio, sódio, magnésio,
ferro e alumínio. Geralmente ocorrem com tonalidades do verde-escuro ao negro, com aspecto fibroso ou granular.
É um mineral amplamente distribuído, sendo o constituinte principal do anfibolito. Ocorre também em outras rochas
metamórficas (gnaisses, por exemplo) e em rochas graníticas.
3.2.26 ilmenita: Óxido de ferro e titânio, de cor preta, usualmente maciço e compacto, ou ainda sob a forma de grãos em
arenitos. É relativamente comum em rochas ígneas.
3.2.27 magnetita: Óxi do de ferro de cor preta, comum na forma granular. Acessório em dioritos e granitos, rochas
metamórficas e também em arenitos.
3.2.28 mica: Grupo de minerais placóides constituído por silicatos hidratados de alumínio, potássio, sódio, ferro, magnésio
e, algumas vezes, lítio, titânio, cromo, manganês e flúor. Pode ser subdividido em dois grupos: o das micas potássicas ou
micas brancas (muscovita, sericita) e o das micas ferromagnesianas ou micas negras (série biotita – flogopita).
São freqüentes em rochas ígneas e principalmente metamórficas.
NBR 15012:2003 5
3.2.29 microclínio: Va riedade de feldspato potássico, com formas tabulares, coloração branca a amarelo-pálido ou
vermelha. Pode-se dizer que é o feldspato mais comum, ocorrendo em granitos, gnaisses e arenitos.
3.2.30 muscovita: Min eral do grupo das micas, rico em potássio e alumínio, transparente e incolor, disposto em folhas
muito finas. Comum em rochas ígneas (principalmente granitos), metamórficas (gnaisses e xistos) e sedimentares (arenito).
3.2.31 nefelina: Felds patóide mais comum, composto por sódio e potássio, e caracterizado sobretudo por seu brilho graxo.
Ocorre tipicamente em sienitos.
3.2.32 oligoclásio: Sil icato de sódio, cálcio e alumínio do grupo dos plagioclásios, podendo ser incolor, branco, cinzento,
amarelado ou mais raramente vermelho-carne, geralmente com forma tabular. Ocorre em rochas ígneas e metamórficas.
3.2.33 olivina: Grupo de silicatos ferromagnesianos, de cor típica verde-escura ou marrom, tendo como principais
representantes a forsterita e a faialita. Mineral característico de rochas ultrabásicas, como constituinte essencial ou
acessório.
3.2.34 ortoclásio: Var iedade de feldspato potássico, incolor, branco, amarelo, vermelho-carne ou cinzento, com forma
tabular. Ocorre em granitos, sienitos, gnaisses e algumas rochas sedimentares.
3.2.35 pirita: Sulfeto d e ferro, de cor amarela como o latão, com forma cúbica; muito comum como mineral acessório de
alguns granitos, gnaisses ou arenitos. Sua presença em rochas para revestimento é prejudicial, por ser um mineral
facilmente oxidável e sob essa condição promover manchamentos.
3.2.36 piroxênios: Minerais silicáticos ricos em ferro, magnésio, sódio e cálcio, subdivididos em dois grupos, em função do
sistema de cristalização: dos clinopiroxênios (destacando-se diopsídio, augita, hedenbergita, pigeonita, acmita) e dos
ortopiroxênios (representados pela solução sólida enstatita - ferrossilita). São minerais importantes na constituição de
rochas ígneas básicas e ultrabásicas e metamórficas.
3.2.37 plagioclásio: V er feldspato.
3.2.38 quartzo: Minera l composto por óxido de silício (SiO2), caracterizado por sua dureza relativa elevada e brilho
semelhante ao do vidro comum. O quartzo é um mineral muito comum, sendo constituinte essencial ou acessório em um
grande número de rochas ígneas, metamórficas e sedimentares.
3.2.39 sericita: Minera l silicático do grupo das micas, rico em potássio e alumínio, constituindo uma variedade
microcristalina da muscovita, ligeiramente mais hidratada. Aparece em um grande número de rochas metamórficas e
magmáticas, muitas vezes como resultado da alteração de feldspatos.
3.2.40 serpentina: Gru po de minerais usualmente formados a partir da alteração de silicatos de magnésio, especialmente
olivina, piroxênio e anfibólio. As variedades mais comuns são antigorita e crisotila, sendo encontradas disseminadas nas
rochas ígneas e metamórficas ou constituindo quase toda a massa da rocha.
3.2.41 sillimanita: Sili cato de alumínio, em cor marrom, cinzenta, verde-clara ou branca. Ocorre como cristais aciculares
longos, com aspecto fibroso; na qualidade de acessório em gnaisses e xistos.
3.2.42 sodalita: Varied ade de feldspatóide contendo sódio, alumínio e cloro; freqüentemente como mineral acessório em
sienitos. Ocorre com forma cúbica, normalmente maciço, podendo ser azul, violeta azulado, esverdeado, amarelo, rosa,
cinza ou branco.
3.2.43 talco: Silicato h idratado de magnésio, maciço, laminar ou compacto, com cores variando do verde-claro ao cinza-
escuro ou branco. É um mineral de dureza baixíssima, originado pela alteração de olivinas, piroxênios e anfibólios, muito
comum em rochas metamórficas (esteatito e xistos) e em algumas rochas ígneas alteradas.
3.2.44 titanita: Silicato de cálcio e titânio que apresenta formas losangulares e tonalidades amareladas e marrons, às
vezes verde ou cinza. Ocorre como mineral acessório em rochas ígneas e metamórficas. Também conhecido como esfênio.
3.2.45 zircão: Silicato de zircônio que ocorre como cristais prismáticos em matizes castanhas, cinzentas, verdes,
vermelhas ou incolores. É um mineral acessório que ocorre em todos os tipos de rochas ígneas (notadamente granitos e
sienitos) e em alguns arenitos.
3.3 Rochas
3.3.1 alabastro: Roc ha sedimentar translúcida de cor clara, essencialmente constituída por gipso.
3.3.2 anfibolito: Roc ha metamórfica de granulação fina a grossa, com discreta xistosidade, composta principalmente de
hornblenda e plagioclásio.
3.3.3 ardósia: Rocha metamórfica de granulação fina, com orientação planar muito intensa (clivagem ardosiana).
3.3.4 arenito: Rocha sedimentar proveniente da consolidação e cimentação natural de partículas minerais arenosas (com
diâmetro entre 0,06 mm e 2,0 mm), principalmente grãos de quartzo. O material cimentante pode ser silicoso, carbonático,
ferruginoso ou argiloso.
3.3.5 basalto: Rocha vulcânica composta principalmente de plagioclásio cálcico e clinopiroxênio, numa massa
fundamental vítrea ou afanítica. Correspondente extrusivo do gabro.
3.3.6 calcário: Rocha sedimentar de granulação variável, constituída predominantemente de carbonato de cálcio (calcita).
Pode conter fósseis de dimensões variáveis.
3.3.7 charnockito (h iperstênio granito): Rocha ígnea de granulação média a grossa, essencialmente constituída por
quartzo e feldspatos, caracterizada pela presença de hiperstênio (ortopiroxênio) e típica coloração esverdeada.
NBR 15012:20036
3.3.8 diabásio: Rocha subvulcânica de granulação fina a média, constituída essencialmente por plagioclásio cálcico e
piroxênios. Correspondente subvulcânico do gabro e do basalto.
3.3.9 diorito: Rocha magmática de granulação média, constituída por plagioclásio intermediário, hornblenda, biotita e
pouco quartzo (< 5%).
3.3.10 dolomito: Rocha sedimentar de granulação fina a média, constituída predominantemente de dolomita (carbonato de
cálcio e magnésio).
3.3.11 esteatito: Roch a metamórfica magnesiana, de granulação fina, estrutura maciça, essencialmente constituída por
talco. Também denominada pedra-sabão.
3.3.12 gabro: Rocha m agmática de granulação média a grossa, essencialmente constituída por plagioclásio cálcico e
piroxênio, determinando texturas subofíticas a ofíticas. Pode conter teores variáveis de olivina.
3.3.13 gnaisse: Rocha metamórfica de granulação média a grossa, bandada irregularmente.
3.3.14 granito: Rocha magmática de granulação média a grossa, constituída por quartzo e feldspatos (feldspato potássico
e plagioclásio) e, acessoriamente, por biotita, muscovita, anfibólios e raramente piroxênios.
3.3.15 granodiorito: Rocha magmática de granulaçãomédia a grossa, constituída essencialmente por plagioclásio,
quartzo e feldspato potássico. Pode conter teores variáveis de biotita, hornblenda e, mais raramente, piroxênios.
3.3.16 granulito: Roch a metamórfica de granulação média a grossa, por vezes plano-foliada, de composição feldspática,
com ou sem quartzo, e caracteristicamente contendo minerais ferromagnesianos (piroxênios e granadas).
3.3.17 latito: Rocha vu lcânica, comumente porfirítica, com presença de fenocristais de feldspato numa massa fundamental
vítrea ou criptocristalina. Correspondente extrusivo do monzonito.
3.3.18 mármore: Roch a metamórfica constituída predominantemente de calcita e/ou dolomita recristalizados, de
granulação fina a grossa, em geral com textura granoblástica.
3.3.19 metaconglomerado: Rocha metamórfica composta por seixos ou fragmentos rochosos heterogêneos, com
dimensões superiores a 2 mm, em matriz silicosa e/ou ferruginosa ou carbonática.
3.3.20 migmatito: Roc ha metamórfica de caráter híbrido, contendo porções metamórficas (normalmente de constituição
gnáissica) e magmáticas (de composição granítica), caracterizada por estruturas movimentadas.
3.3.21 monzonito: Rocha magmática de granulação média a grossa, caracterizada por possuir quantidades
aproximadamente iguais de feldspato potássico e plagioclásio, e menos de 10% de quartzo. Minerais menos freqüentes são
biotita, piroxênios e anfibólios.
3.3.22 monzogranito: Granito em que feldspatos potássico e plagioclásio estão presentes em quantidades semelhantes.
3.3.23 pedra-sabão: O mesmo que esteatito.
3.3.24 pegmatito: Roc ha ígnea de granulação muito grossa, de composição similar à do granito, cristalizada a partir de
magmas muito enriquecidos em voláteis e com ocorrência de minerais raros.
3.3.25 piroxenito: Roc ha magmática de granulação média a grossa, essencialmente constituída por piroxênio, podendo
conter teores variáveis de olivina.
3.3.26 quartzito: Rocha metamórfica de granulação média, composta essencialmente de quartzo, sendo resultante do
metamorfismo sobre arenitos.
3.3.27 riolito: Rocha v ulcânica, comumente porfirítica, constituída de fenocristais de quartzo e feldspato alcalino numa
massa fundamental vítrea ou criptocristalina. Correspondente extrusivo do granito.
3.3.28 serpentinito: Rocha metamórfica de granulação fina a média/fina, essencialmente constituída por minerais do
grupo da serpentina, podendo conter teores variáveis de talco, clorita e, secundariamente, magnetita.
3.3.29 sienito: Rocha magmática de granulação média a grossa, essencialmente constituída por feldspatos alcalinos e,
acessoriamente, podendo conter biotita, anfibólios e piroxênios.
3.3.30 sienogranito: G ranito com predomínio de feldspato potássico sobre plagioclásio.
3.3.31 tonalito: Rocha magmática de granulação média a grossa, essencialmente constituída por quartzo e plagioclásio
sódico-cálcico, usualmente com biotita e anfibólio.
3.3.32 travertino: Calc ário poroso e/ou bandado, formado por precipitação química. Pode apresentar cavidades
perceptíveis à vista desarmada, com até vários centímetros.
3.3.33 xisto: Rocha m etamórfica de granulação média a grossa, tipicamente laminada (nítida xistosidade), em cuja
composição são abundantes os minerais isorientados de hábito micáceo e contendo menos de 20% de feldspatos.
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3.4 Estruturas e te xturas
3.4.1 amígdala: Vesí cula que foi preenchida posteriormente com minerais precipitados a partir de soluções aquosas ou
gasosas.
3.4.2 bandamento (estrutura): Feição macroscópica desenvolvida em rochas ígneas e metamórficas, resultante da
alternância de camadas, lentes e faixas que diferem basicamente na composição mineral (e conseqüentemente na cor)
e/ou textura.
3.4.3 cataclástica (textura): Textura de rochas caracterizadas por intenso fraturamento, microfraturamento e deformação
dos minerais, oriundos de movimentos tectônicos na crosta em condições de temperatura relativamente baixa.
3.4.4 cataclástica (estrutura): Tipo de estrutura de fragmentação que ocorre em rochas duras e friáveis submetidas a
elevados esforços sob baixas temperaturas. A rocha apresenta fragmentos angulosos de várias dimensões cimentadas por
uma massa cataclástica fina.
3.4.5 criptocristalina : Textura em que os cristais não são reconhecidos nem com o uso de microscópio.
3.4.6 foliações: Estru turas planares resultantes do achatamento dos constituintes minerais. Usualmente englobam
diferentes tipos de estruturas condicionadas pela natureza da rocha e deformações posteriores.
3.4.7 granoblástica: Textura encontrada em rochas não foliadas, maciças, nas quais os minerais recristalizados são
eqüidimensionais e com bordas bem suturadas. Exemplos em quartzitos e mármores.
3.4.8 granolepido/nematoblática: Rocha que apresenta porções com textura granoblástica, intercalada com outras de
textura lepidoblástica ou nematoblástica. Exemplo: gnaisses.
3.4.9 granular: Textu ra de rochas onde a maioria dos minerais é aproximadamente eqüidimensional.
3.4.10 hipidiomórfica (textura): Descreve, nas rochas ígneas, os cristais individuais de minerais que são somente em
parte limitados por suas faces cristalinas.
3.4.11 lepidoblástica (textura): Fornecida pela isorientação de minerais micáceos, foliáceos, isorientados paralela ou
subparalelamente. Exemplos em xistos, filitos etc.
3.4.12 lineações: Eng lobam qualquer estrutura linear na rocha, como minerais alongados segundo as direções de
deformação e outros. Termo geralmente utilizado para referir a estruturas lineares que não se caracterizam como foliações.
3.4.13 maciça (estrutu ra): Rocha com aspecto compacto, homogêneo e com ausência de minerais com orientação planar
ou dispostos em leitos.
3.4.14 nematoblástica (textura): Rocha com predominância de minerais prismáticos (piroxênios ou anfibólios)
isorientados. Exemplo em anfibolitos.
3.4.15 ofítica (textura ): Textura típica de rocha plutônica básica, caracterizada por ripas de plagioclásio englobadas por
cristais maiores de piroxênio.
3.4.16 poiquilítica (tex tura): Arranjo mineral de rocha magmática, no qual grandes cristais de uma espécie mineral
englobam numerosas inclusões de outros minerais, orientados ao acaso.
3.4.17 poiquiloblástic a (textura): Arranjo mineral de rocha metamórfica, no qual grandes cristais de uma espécie mineral
(porfiroclastos) englobam numerosas inclusões de outros minerais.
3.4.18 porfirítica (text ura): Arranjo mineral de rochas ígneas, caracterizado pela presença de cristais maiores
(fenocristais) dispersos em uma massa de granulação fina ou vítrea.
3.4.19 porfiroblástica (textura): Arranjo mineral de rochas metamórficas caracterizado por cristais maiores (porfiroblastos)
dispersos entre cristais de granulação mais fina.
3.4.20 subofítica (text ura): Textura de rocha plutônica, média a grossa, caracterizada por ripas de plagioclásio
parcialmente envolvidas por cristais maiores de piroxênio.
3.4.21 vesícula: Cavid ade vazia encontrada em rochas efusivas, de forma variável (esférica, elíptica, ovóide ou irregular),
sendo originada pela expansão de gases em derrame de lavas.
3.4.22 xistosa (estrut ura): Caracterizada pelo arranjo plano-paralelo de minerais micáceos em xistos, filitos e outras
rochas metamórficas.
4 Processos e produtos
4.1 Geral
4.1.1 processos de e xtração: Toda atividade desenvolvida numa mina para a obtenção de blocos ou chapas de rochas,
para posterior beneficiamento, parcial ou total.
4.1.2 processos de b eneficiamento: Toda atividade desenvolvida em unidades industriais ou inicialmente na própria
mina, para obtenção de chapas a partir de blocos, ou esquadrejamento, seguido ou não de aparelhamento de suas
superfícies.
4.1.3 produtos: Todo elemento obtido nos processos de extração e de beneficiamento, incluindo os insumos para sua
obtenção.
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4.2 Processos de extração
4.2.1 beco: Processo deextração que consiste numa abertura vertical de dimensões adequadas, executada no maciço
para a obtenção de uma frente de lavra. Também conhecido como canal.
4.2.2 bloco: Material rochoso obtido do matacão ou do maciço, convenientemente talhado, de formato paralelepipédico,
destinado à serraria e cantaria.
4.2.3 canal: O mesm o que beco.
4.2.4 corrida: Designa uma isorientação quase imperceptível no matacão, no maciço e no bloco, por onde o corte é mais
facilmente executado, no processo de extração.
4.2.5 corte: Resultad o da operação que visa a separação de rochas em partes, executada em maciços, matacões e
blocos, no processo de extração.
4.2.6 desmonte: Ação de obtenção de volume de rocha predeterminado, com forma definida ou não, por meio de cortes
primários no processo de extração em uma mina, com uso de explosivo, argamassa expansiva ou outros meios.
4.2.7 faixa: Feição lin ear e contínua, de largura ou coloração variáveis, que aparece na rocha. Também recebe o nome de
cordão, listra ou barbante.
4.2.8 fogacho: Operação de fragmentação de corpos rochosos por meio de produtos explosivos.
4.2.9 fogo: Operação , no processo de extração, planejada para corte com uso de produtos explosivos.
4.2.10 guilhamento: E xecução de vários furos, em geral alinhados e eqüidistantes, para facilitar o corte por esforço
mecânico no processo de extração.
4.2.11 levante: Corte h orizontal em maciço de rocha executado no processo de extração.
4.2.12 liso: Fraturas naturais presentes nos matacões ou nos maciços.
4.2.13 mula: Inclusão isolada de material, de natureza diferente da rocha onde se encontra; geralmente apresenta forma
circular no plano examinado.
4.2.14 trincante: Plano por onde a rocha apresenta maior resistência ao corte
4.2.15 segundo: Plano por onde a rocha apresenta resistência intermediária ao corte, em comparação com a corrida e o
trincante.
4.2.16 pinchotagem: Execução de pequenos rasgos nas rochas para introdução de cunhas (pinchote), com o objetivo de
provocar o corte no processo de extração.
4.2.17 praça: Área de trabalho numa pedreira onde se faz a movimentação ou aparelhamento de blocos.
4.2.18 prancha: Paral elepípedo de grandes dimensões destacado do maciço rochoso para posterior desmembramento em
blocos.
4.2.19 raiação: Opera ção que consiste na execução de alargamento de um furo, cuja finalidade é direcionar o corte por
produto explosivo ou expansivo, no processo de extração.
4.3 Processos de b eneficiamento
4.3.1 apicoamento: P rocesso de beneficiamento para obtenção de rugosidade superficial através de impactos por meio de
picola.
4.3.2 boleamento: P rocesso de beneficiamento destinado a se obter arredondamento de um ou mais lados de uma placa.
4.3.3 calçamento de carga: Atividade auxiliar no beneficiamento, que consiste no travamento do(s) bloco(s) nos carros
antes, durante e após a carga, para manter a verticalidade.
4.3.4 carga: Atividad e auxiliar no processo de beneficiamento, que consiste no assentamento de bloco(s) de rocha em
carro apropriado para a serragem.
4.3.5 chanfreamento : Atividade de beneficiamento, que consiste no corte das arestas formadas por duas faces,
produzindo assim uma terceira face em ângulo oblíquo.
4.3.6 corte: Processo de beneficiamento destinado a se obterem partes de uma chapa, com geometria definida, através do
uso de ferramentas próprias.
4.3.7 desbaste: Cort e das saliências das superfícies dos blocos, visando sua regularização. Também conhecido como
canteiração.
4.3.8 desmonte de serragem: Atividade auxiliar no processo de beneficiamento, que consiste na retirada das chapas
após uma serragem no tear. Também conhecido como descarregamento de tear.
4.3.9 estivamento: O peração de estocagem das chapas, em peça de aço, madeira ou concreto, geralmente em forma de
cavalete.
4.3.10 flamejamento: Processo de obtenção de rugosidade superficial por meio de choque térmico.
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4.3.11 granalhamento : Processo de beneficiamento usado para obtenção de uma superfície rugosa, por meio de atrito
produzido pela ação de granalha.
4.3.12 jateamento: Pr ocesso de beneficiamento usado para a obtenção de rugosidade superficial por meio de impacto por
elemento abrasivo.
4.3.13 levigação: Proc esso de desbaste com abrasivos de granulação até 36 mesh, 60 mesh ou 180 mesh.
4.3.14 levigamento: O mesmo que levigação.
4.3.15 marmoraria: U nidade industrial que beneficia as chapas e/ou espessores.
4.3.16 polimento: Processo que visa a obtenção de superfície espelhada através de desbaste por abrasivos de
granulação sucessivamente menor. O mesmo que lustração.
4.3.17 rebaixo: Degra u executado numa placa para facilitar encaixe entre as peças e permitir melhoria de acabamento da
superfície.
4.3.18 serraria: Unida de industrial que transforma blocos em chapas.
4.3.19 unhatura: O mesmo que rebaixo.
4.4 Produtos
4.4.1 arquitrave: Fai xa ou outra moldura ornamental ao redor de uma porta ou outra abertura retangular.
4.4.2 baguete: Soleir a de pequena largura. O mesmo que filete
4.4.3 batente: Conjun to de placas que revestem as faces dos vãos de portas e janelas
4.4.4 cantaria: Toda pedra aparelhada ou afeiçoada, destinada a revestir edificações ou servir de elementos decorativos
ou funcionais, com geometria e acabamento preestabelecido por um projeto.
4.4.5 casqueiro: Cha pa com uma face irregular originada das laterais dos blocos após o processo de desdobramento
destes em chapas. Também conhecido como costaneira.
4.4.6 chapa: Materia l rochoso de formato laminar, com espessura menor que 40 mm, de contorno não necessariamente
regular, obtenível diretamente da pedreira ou através de desdobramento de blocos.
4.4.7 chapim: Placa usada para o revestimento da parte superior de muretas, banheiras e afins. Também chamado de
cobertina.
4.4.8 cobertina: O mesmo que chapim.
4.4.9 costaneira: O m esmo que casqueiro.
4.4.10 espessor: Cha pa com espessura igual ou maior que 40 mm.
4.4.11 filete: O mesmo que baguete.
4.4.12 folheta: Pedra aparelhada de dimensões ao redor de 60 cm x 40 cm x 10 cm, usada normalmente para
revestimento de paredes ou pisos.
4.4.13 guarnição: Con junto de componentes de pedra que arrematam bordas e juntas.
4.4.14 ladrilho: Comp onente com geometria e dimensões padronizadas, obtido de uma chapa. O ladrilho tem duas
superfícies paralelas.
4.4.15 laje: Corpo roch oso, em estado natural, com comprimento e largura acentuadamente maiores que a espessura.
4.4.16 lama: Mistura c onstituída de partículas de minerais, de abrasivos e de ferramentas, produzida no beneficiamento
das rochas. Também conhecida como lama de descarga ou polpa.
4.4.17 paralelepípedo : Pedra de formato paralelepipédico em tamanho adequado para pavimentação; também chamado
de paralelo ou macaco.
4.4.18 pedra: Porção d e uma rocha de formato regular ou irregular destinado ao uso em construção civil.
4.4.19 placa: Compon ente de geometria definida obtido de uma chapa.
4.4.20 polpa: O mesm o que lama.
4.4.21 rachão: Sobra de pedra resultante do aparelhamento de blocos, ou de pontas de blocos ou de folhetas, adequado
para alvenaria ou concreto ciclópico.
4.4.22 sofito: Face com ornatos, sob uma arquitrave.
4.4.23 soleira: Placa d e formato retangular para assentamento no piso de vãos de circulação, tais como portas e portais.
4.4.24 tabeira: Placas dispostas de maneira contínua e linear, inseridas no plano do piso, com dimensões e/ou
acabamentos diferentes. Pode ser ou não do mesmo material.
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5 Denominações comerciais
5.1 granito: Toda r ocha silicática, magmática ou metamórfica, não xistosa, portadora ou não de quartzo e passível de
polimento, usada como revestimento de edificações ou como elemento ornamental.
5.2 mármore: Toda rocha carbonática, metamórfica ou sedimentar, passível de polimento, usada como revestimento de
edificaçõesou como elemento ornamental.
5.3 pedra-luminári as: Variação de cor verde da pedra mineira.
5.4 pedra mineira ou pedra São Tomé: Rocha metamórfica do tipo quartzito, com coloração variada, esbranquiçada,
amarelada ou rosada. É coesa, não escamável ou friável, resistente à abrasão, com média absorção d’água e baixa
condutividade térmica, além de antiderrapante. Possui estrutura tabular, o que permite seu desplacamento e
aproveitamento no revestimento de muros, ou pisos e paredes, principalmente de exteriores, sob a forma de lajotas,
regulares ou não, quase sempre ao natural, embora existam variações que suportem polimento.
5.5 pedra Goiás, pedra goiana ou pedra Pirenópolis: Rocha com características e usos similares aos da pedra
São Tomé, incluindo variedades esverdeadas.
5.6 pedra Miracem a ou pedra Paduana: Rocha metamórfica do tipo gnaisse, de cor predominante cinza, estrutura
bandada e placóide, média resistência mecânica, elevada resistência ao intemperismo, alta condutividade térmica e
propriedades antiderrapantes. Permite desplacamento e é empregada na forma de lajotas ou blocos regulares, ao natural,
como revestimento de muros, paredes e pisos, especialmente de exteriores.
5.7 Pedra-madeira : Variação da pedra Miracema, com cores rosa, amarela ou branca, em decorrência da maior alteração
por intemperismo.
5.8 pedra-sabão: P edra do tipo esteatito, decorrente da alteração de rochas ígneas. Possui cor cinza-escuro, estrutura
maciça e baixa resistência ao desgaste. Permite polimento e é utilizada como revestimento de paredes e, eventualmente,
pisos, em interiores ou exteriores. Por suas propriedades refratárias, destina-se também à elaboração de fornos
domésticos, lareiras e artefatos para preparação de alimentos (panelas, chapas). É ainda aproveitada como matéria-prima
de objetos decorativos, com destaque para produtos de estatuária.
5.9 pedra Lagoa S anta: Rocha metamórfica assemelhada ao mármore, com padrões cromáticos mais comuns
acinzentados, e variações esverdeadas, azuladas ou amareladas. Possui estrutura placóide, sendo aproveitada na forma
de lajotas regulares e ao natural, para revestimento de muros, ou pisos e paredes, de interiores ou exteriores.
5.10 pedra Cariri: Rocha sedimentar do tipo calcário, com cores que variam do bege ao marrom e do cinza-claro ao cinza-
azulado. Possui estrutura tabular, sendo aproveitada sob a forma de placas recortadas em lajotas ao natural, regulares ou
não, para revestimento de muros, paredes ou pisos, de interiores ou exteriores, e ainda como elementos decorativos
(tampos de mesa, balcões).
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