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Universidade Estadual do Maranhão
Núcleo de Tecnologias para Educação
Curso de Licenciatura em Música
RAILSON SOUSA GOMES
Atividade - Resenha do Filme “Cidade de Deus”
Carutapera - MA
2020
Filme “Cidade de Deus” 2002.
O Crime não compensa!
Cidade de Deus é um filme de ação brasileiro de 2002, produzido por O2 Filmes, Globo Filmes e Videofilmes e distribuído por Lumière Brasil. É uma adaptação roteirizada por Bráulio Mantovani a partir do livro de mesmo nome escrito por Paulo Lins. Foi dirigido por Fernando Meirelles, codirigido por Kátia Lund e estrelado por Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino, Jonathan Haagensen, Matheus Nachtergaele, Douglas Silva e Seu Jorge. O filme retrata o crescimento do crime organizado na Cidade de Deus, uma favela que começou a ser construída nos anos 1960 e se tornou um dos lugares mais perigosos do Rio de Janeiro no começo dos anos 1980. Para contar a trajetória deste lugar o filme narra a vida de diversos personagens e eventos que se entrelaçam no decorrer da trama. Tudo pelo ponto de vista do Buscapé, o protagonista-narrador que cresceu em um ambiente muito violento. Porém, encontra subsídios para não ser fisgado pela vida do crime. A adaptação cinematográfica iniciou-se no segundo semestre de 1997, um pouco depois de Heitor Dhalia presentear Fernando Meirelles com o livro de Paulo Lins. Dhalia sugeriu a adaptação a Meirelles que, tempos depois, acatou a sugestão, comprou os direitos e chamou Bráulio Mantovani para escrever o roteiro, que, por sua vez, foi concluído em tempo recorde, tendo seu primeiro tratamento no início de 1998. Durante um longo período Meirelles e a equipe trabalhou com mais de quatrocentos jovens e adultos em uma oficina de atores feita exclusivamente para o filme. As filmagens duraram nove semanas, entre junho e agosto de 2001. Cidade de Deus é considerado um dos filmes brasileiros mais importantes de todos os tempos, sendo enaltecido pela crítica especializada, que, em geral, enfatizou suas qualidades artísticas e estéticas. O longa representa o marco final no período de reflorescimento da produção cinematográfica brasileira, conhecido como "cinema da retomada". Foi lançado no Brasil em 30 de agosto de 2002, acumulando um público total de 3 307 746 espectadores. Mudou o paradigma do cinema brasileiro ao ser o único até agora a receber quatro indicações ao Oscar, nas categorias de melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia.
Paulo Lins (Rio de Janeiro, 11 de junho de 1958) é um escritor brasileiro que ganhou fama internacional com a publicação, em 1997, do livro Cidade de Deus, sobre a vida nas favelas do Rio de Janeiro. Filho de pais baianos, foi morador da favela carioca Cidade de Deus. Começou como poeta nos anos 1980 como integrante do grupo Cooperativa de Poetas, por onde publicou seu primeiro livro de poesia: Sobre o sol (UFRJ, 1986). Graduado no curso de Letras, foi contemplado em 1995 com a Bolsa Vitae de Literatura. Participou como assistente de um estudo sociológico/antropológico e nesse período escreveu Cidade de Deus. Inicialmente foi pensado como um relato sobre a vida de Paulo Lins na comunidade, um trabalho de antropologia sobre a criminalidade. Em 2002, o diretor Fernando Meirelles produziu o filme Cidade de Deus, com base no livro, que recebeu quatro indicações ao Oscar 2004 (melhor diretor, melhor fotografia, melhor montagem e melhor roteiro adaptado) e foi indicado para o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro. O roteiro é de Bráulio Mantovani. Após, fez roteiros para alguns episódios de Cidade dos Homens, da TV Globo, e o roteiro do filme Quase dois irmãos, de 2004, de Lúcia Murat, que recebeu o prêmio de melhor roteiro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2005.
O filme Cidade de Deus tras uma mensagem da questão social, que nos apresenta uma tematica repleta de violência, com mais frequência no meio daqueles que mais sofrem hoje no mundo: a população mais pobre, com individuos desempregados, na sua grande maioria moradores de periferias, favelados, representados pelos personagens do filme, onde crianças e jovens, que em maior escala são negros, que atraídos por propostas tentadoras e perigosas, resolvem adentrar no mundo do crime. É valido ressaltar também, que em meio a tanta divergencia de personalidade a corrupção chega onde nem se quer deveria ser cogitado, em quem deveria lutar contra ela, lamentavel. Melhor dizendo, Cidade de Deus mostra que, que o universo social esta cheio de corrupção, seja ela ideologica ou cultural, que afeta todos os valores morais de uma determinada sociedade e o pior, tudo isso por conta da ausencia do estado quando relacionamos as politicas públicas para a promoção de um futuro justo e digno aos cidadãos.
Uma das cenas mais chocantes e reflexivas é quando o personagem Mané Galinha, rival de Pequeno, conhece Filé(uma criança), Mané Galinha incentiva a criança a largar o crime, deixando obvio que ele ainda é uma criança. A resposta de Filé é imediata! “Que criança? Eu fumo, eu cheiro, já matei e já roubei. Sou sujeito homem! Aqui vemos que à um mundo onde não existe infância e os garotos são obrigados a se tornarem adultos, e cruéis, muito antes do tempo, essa é a força do crime organizado. Uma outra cena é quando integrantes da Caixa Baixa tentam assaltar o seu local de trabalho, o protagonista é demitido. Naquele momento, ele pensa em deixar a "vida de otário"(vida de honestidade) e entrar no crime. “Se liga aí mané, honestidade não compensa”. O que ocorre no desenvolver da trama, é que ele volta atras e decide continuar sendo honesto. No geral, o desfecho da narrativa está relacionada a questão social, que faz referência com as dificuldades diarias passadas por uma parte do povo brasileiro. É valido ressaltar que minha opinião sobre, não quer dizer que todos os pobres ou moradores de periferias são como na narrativa do filme, mas que sobre tudo faz com que nós tenhamos que abrir nossos olhos para os problemas sociais existentes em nosso País, tais como: má gestão de alguns governantes, educação e a pobreza. Sabendo disso, é preciso que o povo tome consciência da realidade em que vive, com objetividade, gerando uma reflexão para perceber os condições que foram criadas e o envolvem.
Como disse o famoso jornalista e escritor brasileiro, Zuenir Ventura: “Assistir Cidade de Deus é um dever cívico”.

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