Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RELATÓRIO QUÍMICA INORGÂNICA: METAIS DE TRANSIÇÃO 1.0 OBJETIVOS: ● Avaliar a reatividade dos metais de transição em reações de redox. 2.0 DISCUSSÕES DOS EXPERIMENTOS 2.1 - EXPERIMENTO 1: Produção de ferro metálico (ferro gusa) pelo processo de Pirometalurgia. Pirometalurgia é um processo que utiliza altas temperaturas para separar os minérios e metais de forma a produzir metais puros e ligas. É um processo com alto consumo de energia, já que toda umidade livre e água combinada precisam ser removidas do processo, além de que todo material precisa ser calcinado e depois fundido para formar a escória a aproximadamente 1600°C. Ferro gusa é uma liga metálica e é a principal matéria prima no ciclo de produção do aço. O alto forno continua sendo a melhor maneira de produção do ferro gusa em todo mundo, mesmo já existindo outros métodos. O experimento feito simulou o que ocorre em um alto forno, a reação global que ocorreu está representada na Equação 1. Fe2O3(s) + 3CO(g) → 2Fe(s) + 3CO2(g) (Equação 1) Essa é uma reação reação oxirredução onde o ferro é reduzido e o carbono oxidado, ou seja o óxido de ferro (III) é o agente oxidante do processo enquanto que o monóxido de carbono é o agente redutor. A reação é evidenciada pela liberação do gás carbônico. 2.2 - EXPERIMENTO 2: Reação do mercúrio e alumínio. Em uma lâmina de alumínio é feito um pequeno furo com auxílio um martelo, onde será colocado o mercúrio, mas antes de colocar metal é preciso limpar a placa com ácido clorídrico (HCl) para retirar a camada de óxido alumínio que se encontra na superfície da lâmina e impede que reaja com o mercúrio. Logo em seguida a superfície da lâmina é limpa e acrescenta-se a gota de mercúrio sobre o orifício da placa. As reações do óxido de alumínio e do alumínio sólido com o ácido clorídrico estão representadas nas Equações 2 e 3. Al2O3(s) + 6HCl(l) → 2AlCl3(s) + 3H2O(l) (Equação 2) 2Al (s) + 6HCl(l) → 2AlCl3(s) + 3H2(g) (Equação 3) A reação entre os metais é lenta e é evidenciada inicialmente por um borbulhamento sobre a placa de alumínio formando uma liga entre mercúrio e alumínio chamada amalgamação que está representada pela Equação 4. Al(s) + Hg(l) → Al∙Hg (Equação 4) 2.3 - EXPERIMENTO 3: Reação do ferro e ácido sulfúrico. Em um béquer foi colocado uma palha de aço e em seguida foi adicionado 10ml de ácido sulfúrico concentrado. A palha de aço é composta essencialmente de ferro, que reage com o ácido sulfúrico da seguinte forma: Fe(s) + H2SO4(aq) → FeSO4(aq) + H2(g) (Equação 5) Essa é uma reação de substituição, onde uma substância simples reage com uma composta, gerando uma nova substância simples e outra composta. Além disso, como o ferro da palha de aço doa elétrons para o hidrogênio do ácido sulfúrico (H2SO4) e o gás hidrogênio (H2) sai, produzindo sulfato de ferro (FeSO4), também corresponde a uma reação de oxirredução. 2.4 - EXPERIMENTO 4: Transformação do Fe2+ (ferroso) em Fe3+ (férrico). 2.5 - EXPERIMENTO 5: Síntese do composto de coordenação Cu[(NH3)4]SO4. Ao adicionar as primeiras gotas da solução de hidróxido de amônia em solução de sulfato de Cu2+ notou-se a turvação do sistema e a formação de um precipitado branco que é o hidróxido de cobre NH4OH (aq) + CuSO4(s) ↔ Cu(OH)2 +( NH4)2SO4(aq) A medida em que se adicionou mais gotas de NH4OH (aq) a coloração azul se intensificava aos poucos e o precipitado se solubilizou, mas também com a coloração um pouco mais azulada. A reação que melhor exemplifica o ocorrido é descrita abaixo: CuSO4(aq) + 4 NH3 (aq) → [Cu(NH3)4] 2+ + SO4 2-(aq) O sal formado no processo representado pela equação ** tem coloração azul, como observado experimentalmente. Logo, pode-se propor que houve uma interação do íon Cu2+ com a amônia (equação 19), onde a amônia pôde atuar como base de Lewis mais forte que a água frente ao íon Cu2+. Segundo a constante associada ao processo da interação da amônia com o Cu2+, este ocorre em grande extensão. Cu2+(aq) + NH3(aq) ↔ [Cu(NH3)4]2+(aq) K= 1,1 x 1013 Sabe-se que o NH3 pode doar seu par de elétrons não-ligante formando complexos estáveis e compostos de coordenação com íons metálicos dos elementos: Co, Ni, Cu e Zn, logo, essa mudança de coloração pode ser atribuída a mudança do número de moléculas de amônia diretamente ligada ao Cu2+. Então a mudança de coloração pode ser atribuída a cada substituição da molécula de água pela amônia, quando o complexo absorve energia que é complementar a uma determinada cor, refletindo a cor característica durante o experimento. 2.6 - EXPERIMENTO 6 Equilíbrio cromato e dicromato. Os ânions cromato (CrO42–) e dicromato (Cr2O72–) são fortemente coloridos, o que facilita o estudo de suas reações. Quando se adiciona o HCl à solução de K2CrO4, nota-se uma mudança de cor na solução, de amarela para alaranjada. E quando é adicionado KOH à solução de K2Cr2O7, muda de alaranjada para amarela. Isto aconteceu porque os íons CrO42- e Cr2O72-, quando estão em solução, estabelecem um equilíbrio químico. Neste equilíbrio, o CrO4 2- , que é um íon amarelo, se transforma em Cr2O72-, assim como o Cr2O7 2- , que é alaranjado, se transforma em CrO4 2- .Uma diminuição de pH favorece a formação do Cr2O7 2- , e por isso a adição do HCl tornou a solução alaranjada. Diz-se que houve um deslocamento no equilíbrio no sentido de formação do Cr2O7 2-. Por outro lado, um aumento de pH favorece a formação do CrO4 2- , e por isso a adição do KOH tornou a solução amarela. O equilíbrio químico deste par de íons em solução aquosa pode se estabelecer conforme a seguinte equação: 2CrO4 2–(aq) + 2H+ (aq) ⇌ Cr2O7 2–(aq) + H2O(l) 2.7 - EXPERIMENTO 7: Pilha de Daniell. A pilha de Daniell funciona a partir de dois eletrodos interligados. Cada eletrodo é um sistema constituído por um metal imerso em uma solução aquosa de sal formado pelos cátions desse metal. Em um sistema desse tipo é estabelecido um equilíbrio dinâmico entre o elemento metálico e seu respectivo cátion. Os eletrodos utilizados foram o de zinco e o de cobre. O eletrodo de Zn, que é uma placa do metal, fica imersa em uma solução que contém cátions do mesmo. O zinco metálico doa elétrons para o cátion Zn, ocorrendo a oxidação. Já o cátions de zinco recebe elétrons doados pelo zinco metálico, transformando-se em Zn(s), ocorrendo a redução. Lembrando que este é um processo contínuo. Com relação ao eletrodo de cobre, ele fica imersa em uma solução que contém cátions de cobre. Irá acontecer o mesmo processo contínuo do Zn com o Cu. Daniell notou que, se fizesse a interligação entre dois metais diferentes, o mais reativo iria transferir seus elétrons para o cátion do metal menos reativo,em vez de transferi-los para os seus próprios cátions na solução. Tem-se que, o ânodo ou pólo negativo da pilha é o eletrodo de onde saem os elétrons, ou seja, ocorre a reação de oxidação. O Zn metálico da placa doa elétrons que seguem pelo fio condutor em direção ao eletrodo de Cu. O Zn metálico se transforma em cátion de zinco, que passa a fazer parte da solução. Já o cátodo ou pólo positivo da pilha, ocorre a reação de redução. O cátion de Cu, que estava na solução, recebe elétrons doados do Zn, que foram transferidos pelo fio condutor até a placa de Cu, transformando-se em Cu(s), que passa a fazer parte da placa. Veja a seguir as semi-reações e a equação global do experimento em questão: Semi-reação no ânodo: Zn( s) ↔ Zn2+(aq) + 2 e- Semi-reação no cátodo: Cu2+(aq) + 2 e- ↔ Cu( s) Reação Global: Zn( s) + Cu2+(aq) ↔ Zn2+(aq) + Cu( s) A migração dos íons de uma solução para outra, de maneira que o número de íons positivos e negativos na solução de cada eletrodo permaneça em equilíbrio, é a função da ponte salina. O funcionamento de uma pilha depende, principalmente, da conexão entre metais com diferentes potenciais de oxidação. quanto maior a diferença de potencial (ddp) dos eletrodos de uma pilha, maior será a intensidade da corrente elétrica produzida. 3.0 BIBLIOGRAFIA LEE, J.D.Química Inorgânica: não tão concisa. 5 ed. Edgar Blucher: São Paulo, 1999. SHIVER, D. F. & ATIKINS, P. Química inorgânica (Tradução de Roberto Barros Farias). 4 ed. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2008. BROWN, Theodore L; et al. Química a Ciência Central. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
Compartilhar