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Contabilidade de Custos Prof. Anderson Daniel Email: avieira@unicarioca.edu.br Introdução “A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na indústria, tarefa essa que era difícil na empresa típica da era do capitalismo”. MARTINS, 2010 Introdução Contabilidade Financeira – concentra-se em demonstrativos para grupos externos, medindo, registrando transações de negócios e fornecendo demonstrativos financeiros baseados em princípios contábeis; Contabilidade de Custos – fornece informações tanto para a contabilidade gerencial quanto para a financeira; Contabilidade Gerencial – mede e relata informações financeiras e não-financeiras que ajudam os administradores a tomar decisões para alcançar objetivos de uma organização. Obs: “A contabilidade de custos originou-se da contabilidade financeira (geral) com o objetivo de determinar o valor dos estoques de produtos fabricados e o valor do custo dos produtos vendidos e, em consequência disso, determinar se houve lucro ou prejuízo nesse período”. (Lorentz, 2015) Introdução Sistema de Informações Gerenciais Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Sistema Orçamentário Contabilidade de Custos Introdução Contabilidade de Custos Contabilidade de Serviços Contabilidade Industrial Introdução Contabilidade de Serviços – é a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos na prestação de serviços. Ex: Serviços hospitalates, escolares, de comunicação, etc. Contabilidade Industrial– é a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos na produção de bens industriais. Ex: Fabricação de veículos, roupas, calçados, etc. Contabilidade Comercial Aquisição de Mercadorias Estoque de Mercadorias Venda de Mercadorias Custo da Mercadoria Vendida (CMV) Contabilidade Industrial Matéria-Prima Estoque de Mercadorias Produção Estoque de Produtos Acabados Venda dos Produtos Acabados Custo do Produto Vendido (CPV) Terminologia Contábil Básica Terminologia em Custos Industriais Definição Gasto “É o valor arcado pela empresa para obter bens ou serviços, representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Pode ser um investimento, custo ou despesa”. Ex: Compra de matéria-prima. Desembolso “Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço”. Ex: Pagamento de fornecedores, pagamento de salários. Investimento “Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atibuíveis a futuro(s) período(s)”. Ex: Aquisição de matéria-prima Custo “Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”. Ex: Consumo de matéria-prima, salário do pessoal da fábrica. Despesa “Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para obtenção de receitas”. Ex: Comissão de vendedores, salário do pessoal da parte administrativa. Perda “Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária”. Terminologia Contábil Básica Terminologia – Quadro Resumo Fonte: Lorentz (2015, p. 16) Gastos Aquisição MP Estoque MP (Ativo) Produção (Fábrica) MOD CIF Administração Vendas Demonstração do Resultado Receita de Vendas (-) CPV = Lucro Bruto (-) Despesas = Lucro Líquido Investimento Investimento Custo Despesas Saída por Venda Terminologia – Fim dos Custos de Produção DespesasProdutos Acabados Vendas “A regra é simples, bastando definir-se o momento em que o produto está pronto para a venda. Até aí, todos os gastos são custos. A partir desse momento, todos os gastos serão tratados como despesas necessárias para a comercialização do produto”. (Lorentz, 2015, p. 17) Classificação e Nomenclaturas de Custos Classificação e Nomenclaturas de Custos Classificação Definição Custos Diretos São os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos. Custos Indiretos Não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas das vezes arbitrária. Custos Fixos Sãos os custos que independentemente de aumentos ou diminuições do volume permanecem fixos. Custos Variáveis São os custos que variam de acordo com o volume de produção. Custos Primários “Soma de matéria-prima com mão de obra direta. Custo de Transformação “Soma de todos os Custos de Produção, exceto os relativos a matérias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa”. Inter-relacionamento do ciclo de custos – (Lorentz, 2015) Inter-relacionamento do ciclo de custos – (Lorentz, 2015) Conceitos Definição Custos de Produção do Período “é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica”. Custo da Produção Acabada “é a soma dos custos contidos na produção acabada no período. Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram completadas no presente período”. Custos dos Produtos Vendidos “é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Pode conter custos de produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversas épocas diferentes”. Esquema CPP, CPA e CPV Matéria-Prima (MAT) (+) Mão de Obra (MOD) (+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) (=) Custo de Produção do Período (+) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (EiPE) (-) Estoque Final de Produtos em Elaboração (EfPE) (=) Custo de Produção Acabada (+) Estoque Inicial de Produção Acabada (EiPA) (-) Estoque Final de Produção Acabada (EfPA) (=) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) Fluxograma CPP, CPA e CPV Materiais Diretos Consumidos (MD) = EI + C - EF Mão de Obra Direta (MOD) Custos Indiretos de Fabricação Custo de Produção do Período (CPP) Custo dos Produtos Acabados (CPA) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (EiPE) Estoque Final de Produtos em Elaboração (EfPE) Estoque Inicial de Produtos Acabados (EiPA) Estoque Final de Produtos Acabados (EiPA) (+) (+) (-) (-) Fonte: Veiga e Santos (2016, p. 28) Método de Custeio – Custeio por Absorção Introdução – Métodos de Custeio “Os métodos de custeio são conjuntos de técnicas – ou modelos – inicialmente utilizados para determinar os custos de produtos e serviços, no sentido de possibilitar uma base para a precificação dos produtos e serviços e a apuração dos resultados, de forma segregada, ao final dos períodos”. (SCHULTZ, SILVA E BORGERT, 2008, p. 5) Introdução – Métodos de Custeio Custeio Absorção Departamentalização Custeio ABC Variável Contabilidade de Custos Custeio por Absorção “Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos”. MARTINS (2006, p. 37) Custeio por Absorção O custeio por absorção é o método aceito pela Contabilidade Financeira, bem como pela legislação tributária, além dos princípios de contabilidade e também pelos processos adotados na auditoria para verificar os estoques. (LORENTZ, 2015; VEIGA E SANTOS, 2016) Fundamentação Entendimento Legislação Tributária Decreto nº 9.580/2018 Artigos 301 até 303. Princípios de Contabilidade Princípio da Competência “Este princípio regula o confronto dos custos e despesas com as receitas geradas pelos mesmos. Desse modo, assume que as despesas são do período e os custos dos produtos”. (SCHULTZ, SILVA E BORGERT, 2008) Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC 16 (R1) – Estoques Itens 12 e 14 – “Quando os custos de transformação de cada produto não são separadamente identificáveis, eles devem ser atribuídos aos produtos em base racional e consistente”. Esquema Básico da Contabilidade de Custos (I) – Custeio por Absorção Empresas de Manufatura Despesas Custos Estoque de Produtos Venda Demonstração deResultados Receita (CPV) Lucro Bruto (Despesas) Lucro Operacional Esquema Básico da Contabilidade de Custos (I) – Custeio por Absorção Empresas Prestadoras de Serviços Despesas Custos Prestação der Serviços Demonstração de Resultados Receita (Custo dos Serviços Prestados) Lucro Bruto (Despesas) Lucro Operacional Esquema Básico da Contabilidade de Custos (I) – Custeio por Absorção Custos Indiretos Diretos Rateio Produto A Produto B Produto C Estoque Custo dos Produtos Vendidos (CPV) Resultado Despesas Vendas Custeio por Absorção - Exemplo A empresa Gadita S/A apresentou a seguintes estrutura de custos no período de x4: Custos Produto A Produto B Produto C Total Matéria-prima consumida R$ 20.000 R$ 15.000 R$ 10.000 R$ 45.000 Mão de Obra Consumida R$ 25.000 R$ 30.000 R$ 35.000 R$ 90.000 Unidades Produzidas 15.000 25.000 12.500 52.5000 Custos Indiretos de Fabricação R$ 260.000 Custeio por Absorção - Exemplo A empresa utiliza o custeio por absorção para o rateio de seus custos indiretos entre os produtos e no período distribui seus custos indiretos de fabricação de acordo com as unidades produzidas. Dessa forma os custos unitários dos produtos serão? Primeiro Passo – Base de Rateio Produtos Unidades Produzidas Percentual Produto A 15.000 28,57% Produto B 25.000 47,62% Produto C 12.500 23,81% Total 52.500 100% Custeio por Absorção - Exemplo Segundo Passo – Alocação do CIF aos Produtos CIF – R$ 260.000 Produto A Produto B Produto C 47,62% R$ 74.282 R$ 123.812 R$ 61.906 Custeio por Absorção - Exemplo Terceiro Passo – Custo Total e Unitário Custos MAT MOD CIF Total Unidades Custo Unitário Produto A 20.000 25.000 74.282 119.282 15.000 7,9521 Produto B 15.000 30.000 123.812 168.812 25.000 6,7525 Produto C 10.000 35.000 61.906 106.906 12.500 8,5525 Total 45.000 90.000 260.000 395.000 52.500 Custeio por Absorção - Exemplo Terceiro Passo – Custo Total e Unitário Custos MAT MOD CIF Total Unidades Custo Unitário Produto A 20.000 25.000 74.282 119.282 15.000 7,9521 Produto B 15.000 30.000 123.812 168.812 25.000 6,7525 Produto C 10.000 35.000 61.906 106.906 12.500 8,5525 Total 45.000 90.000 260.000 395.000 52.500 Margem de Contribuição “É a diferença entre o preço de venda e o Custo Variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro”.(MARTINS, 2018, p.166) Margem de Contribuição Unitária = Receita Unitária – Custos e Despesas Variáveis Unitários Margem de Contribuição - Exemplos Descrição Produto A Produto B A Custos diretos variáveis unitários 800,00 1.000,00 B Custos indiretos variáveis unitários 200,00 500,00 C = A + B Custos variáveis unitários totais 1.000,00 1.500,00 D Preço de venda unitário 1.900,00 2.200,00 E = D - C Margem de contribuição unitária 900,00 700,00 Margem de Contribuição - Exemplos Produtos Custo Direto Variável Custo Indireto Variável Custo Variável Total Preço de Venda Margem de Contribuição Produto L $ 700 $ 80 $ 780 $ 1.550 $ 770/un. Produto M $ 1.000 $ 100 $ 1.100 $ 2.000 $ 900/ un. Produto N $ 750 $ 90 $ 840 $ 1.700 $ 860/ un. Margem de Contribuição - Exemplos (NC-UFPR - 2019 - ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Ciências Contábeis) Considere uma loja comum de departamentos (Alfa), que opera normalmente sem descontos, e uma loja de departamentos (Beta), que opera com descontos, sabendo que o preço de venda é de R$ 10,00 e R$ 9,00, respectivamente. Os custos variáveis para as duas lojas são de R$ 8,00 a unidade. Foram vendidas 10.000 unidades pela loja Alfa e 40.000 unidades para loja Beta. Qual é a contribuição aos lucros totais de cada uma dessas lojas, considerando 10% de descontos? (A) Alfa: 2.000 – Beta: 36.000. (B) Alfa: 10.000 – Beta: 4.000. (C) Alfa: 20.000 – Beta: 4.000. (D) Alfa: 20.000 – Beta: 36.000. (E) Alfa: 20.000 – Beta: 40.000. Margem de Contribuição - Exemplos (NC-UFPR - 2019 - ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Ciências Contábeis) Considere uma loja comum de departamentos (Alfa), que opera normalmente sem descontos, e uma loja de departamentos (Beta), que opera com descontos, sabendo que o preço de venda é de R$ 10,00 e R$ 9,00, respectivamente. Os custos variáveis para as duas lojas são de R$ 8,00 a unidade. Foram vendidas 10.000 unidades pela loja Alfa e 40.000 unidades para loja Beta. Qual é a contribuição aos lucros totais de cada uma dessas lojas, considerando 10% de descontos? Solução: Alfa = 10,00 Preço de Venda - 8 (custo variável) = 2 x 10.000 (unidades vendidas) = 20.000 Beta = 9,00 Preço de Venda - 8 (custo variável) = 1 x 40.000 (unidades vendidas) = 40.000; 40.000 - 10% (descontos) = 36.000 Margem de Contribuição - Exemplos (NC-UFPR - 2019 - ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Ciências Contábeis) Considere uma loja comum de departamentos (Alfa), que opera normalmente sem descontos, e uma loja de departamentos (Beta), que opera com descontos, sabendo que o preço de venda é de R$ 10,00 e R$ 9,00, respectivamente. Os custos variáveis para as duas lojas são de R$ 8,00 a unidade. Foram vendidas 10.000 unidades pela loja Alfa e 40.000 unidades para loja Beta. Qual é a contribuição aos lucros totais de cada uma dessas lojas, considerando 10% de descontos? (A) Alfa: 2.000 – Beta: 36.000. (B) Alfa: 10.000 – Beta: 4.000. (C) Alfa: 20.000 – Beta: 4.000. (D) Alfa: 20.000 – Beta: 36.000. (E) Alfa: 20.000 – Beta: 40.000. Margem de Contribuição e Limitações na Capacidade de Produção Se não houver limitação na capacidade produtiva, interessa o produto que produz maior Margem de Contribuição por unidade, mas, se existir, interessa o que produz maior Margem de Contribuição pelo fato limitante da capacidade. Margem de Contribuição e Limitações na Capacidade de Produção Exemplo O produto mais rentável é o A, pois apresenta maior margem de contribuição unitária. Descrição Produto A Produto B A Custos diretos variáveis unitários 800,00 1.000,00 B Custos indiretos variáveis unitários 200,00 500,00 C = A + B Custos variáveis unitários totais 1.000,00 1.500,00 D Preço de venda unitário 1.900,00 2.200,00 E = D - C Margem de contribuição unitária 900,00 700,00 Margem de Contribuição e Limitações na Capacidade de Produção Exemplo Havendo limitação na capacidade produtiva, o mais rentável será o produto cuja margem de contribuição, dividida pelo fator que limita a capacidade de produção, apresenta maior valor. Descrição Produto A Produto B Margem de contribuição unitária (A) 900,00 700,00 Tempo de produção por unidade (B) 1,5 hora 1,0 hora Margem de contribuição por tempo de produção (C = A/B) 600,00 700,00 Fator Limitador Limitação da horas de que se pode dispor em sua linha de produção. Margem de Contribuição e Limitações na Capacidade de Produção Exemplo A empresa Clean produz apenas dois produtos – enceradeiras e aspiradores de pó – cujos preços de venda, líquidos dos tributos, são $ 120 e $ 80, respectivamente, e sobre esses preços ela paga comissões de 5% (cinco por cento) aos vendedores. Os custos variáveis são os seguintes: Enceradeiras Aspiradores Matéria-prima 2 kg/ un. a $ 8/kg 1kg/un. a $ 8/kg MOD 2,5 h/un. a $ 20/h 1,5 h/un. a $ 20/h Segundo o Diretor de Marketing, o mercado consome, no máximo, 100 unidades de cada produto da empresa por período. Pede-se para calcular: a) A Margem de Contribuição unitária (MC/un.) de cada produto; b) A Margem de Contribuição Total (MCT) de cada produto, considerando o volume máximo de venda; c) A combinação ótima (melhor mix de produção) no caso de haver, em determinado período, apenas 200 kg de matéria-prima disponíveis para utilização. (MARTINS, 2006) Margem de Contribuição e Limitações na Capacidade de Produção Exemplo Margem de Contribuição e Limitações na Capacidade de ProduçãoExemplo Margem de Contribuição e Limitações na Capacidade de Produção Exemplo Método de Custeio – Custeio Variável Introdução “No custeio variável, também conhecido como custeio direto, somente os custos são alocados aos produtos ou aos serviços. Este método procura amenizar o impacto das distorções existentes nos critérios de rateio, alocando os custos fixos diretamente no resultado, sendo estes tratados como despesas”. (LORENTZ, 2015) Introdução “O custeio variável permite demonstrar quanto cada produto contribuiu para o resultado final da empresa. Esta é a principal vantagem desse método no apoio às decisões gerenciais de curto prazo, pois proporciona ao gestor maior informação sobre a relação existente entre custos, volume e lucro” (LORENTIZ, 2015) Introdução O método do custeio por absorção considera todos os custos como sendo do produto, portanto existe a necessidade de rateio; No método do custeio variável o custo do produto será menor, desta forma acarretará em um menor recolhimento de imposto, visto que não é aceito pela legislação fiscal; Este método ajudará a tomada de decisão, sendo utilizado para fins gerenciais. Demonstração do Resultado Demonstração do Resultado Receita de Vendas (-) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (-) Custos e Despesas Fixas (=) Resultado antes do IR (-) IR e CSSL (=) Lucro do Exercício Demonstração do Resultado Custos Variáveis Estoque de Produtos Venda Fixos Despesas VariáveisFixas Demonstração de Resultados Receita (Custos Variáveis) (Despesas Variáveis) Margem de Contribuição (Custos e Despesas Fixas) Lucro Operacional Exemplo (Lorentz, 2015, p. 158 – 161) A Cia KFS, fabricante tem a seguinte estrutura de custos: Número de unidades produzidas no ano: 6.000 unidades Capacidade instalada: 8.000 unidades Custos variáveis unitários: Materiais diretos...................... $ 2,00 Mão de obra direta................... $ 4,00 Outros Custos Variáveis......... $ 1,00 Despesas variáveis..................... $ 3,00/u Custos fixos por ano.................. $ 30.000,00 Despesas fixas............................ $ 10.000,00 Vendas........................ 5.000 u x $ 20,00 cada Exemplo (Lorentz, 2015, p. 158 – 161) 1) Cálculo do Custo Unitário – Custeio por Absorção Custos Variáveis: $ 2,00 + $ 4,00 + $ 1,00 = $ 7,00 Custos Fixos: $ 30.000 Despesas variáveis por unidade: $ 3,00 Despesas Fixas: $ 10.0000 Custo Unitário: ((6.000 un x $ 7,00) + $ 30.000)/ 6.000 un = $ 12,00 Exemplo (Lorentz, 2015, p. 158 – 161) Demonstração do Resultado – Custeio por Absorção Receita de vendas: 5.000u x $ 20,00 $ 100.000,00 (-) Custo dos produtos vendidos 5.000 u x $ 12,00 ($ 60.000,00) (=) Lucro bruto operacional $ 40.000,00 (-) Despesas operacionais Variáveis 5.000u x $ 3,00 ( $ 15.000,00) (-) Fixas ( $ 10.000,00) (=) Lucro líquido operacional $ 15.000,00 Estoque final de produtos: 1.000u x $ 12,00 $ 12.000,00 Exemplo (Lorentz, 2015, p. 158 – 161) Demonstração do Resultado – Custeio Variável Receita de vendas: 5.000u x $ 20,00 $ 100.000,00 (-) Custo dos produtos vendidos 5.000 u x $ 7,00 ( $ 35.000,00) (-) Despesas variáveis 5.000u x $ 3,00 ( $ 15.000,00) (=) Margem de Contribuição $ 50.000,00 (-) Custos Fixos ( $ 30.000,00) (-) Despesas Fixas ( $ 10.000,00) (=) Lucro líquido operacional $ 10.000,00 Estoque final de produtos: 1.000u x $ 7,00 $ 7.000,00 As diferenças (Lorentz, 2015, p.160) “Os $ 5.000,00 de diferença a maior no resultado do custeio por absorção significa que parte dos custos fixos (com relação as 1.000 unidades não comercializadas) está ativada (Estoque de Produtos)”; “No custeio variável todos os custos fixos foram descarregados na conta de Apuração do Resultado e os estoques só contêm custos variáveis”; “Caso tudo que se produza no período seja comercializado, não vai existir diferença entre os resultados de cada método, em face da inexistência de estoque final”. Análise Custo – Volume - Lucro Ponto de Equilíbrio “O Ponto de Equilíbrio (também denominado Ponto de Ruptura – Break- even-Point) nasce da conjugação dos Custos e Despesas Totais com as Receitas Totais”. (Martins, 2006) $ Volume Custos e Despesas Variáveis Custos e Despesas Fixas Custos e Despesas Totais Receitas Totais Ponto de Equilíbrio Ponto de Equilíbrio - Exemplo Preço de Venda = $500/un. Custos + Despesas Variáveis = $ 350/un. Custos + Despesas Fixas = $ 600.000/mês. O ponto de equilíbrio ocorrerá quando: RT = (C + D) T Quantidade x $500/un. = Quantidade x $350/un. + $600.000/mês Quantidade x ($500/un. - $350/un.) = $ 600.000/mês Ponto de Equilíbrio = $600.000/mês = 4.000un./ mês ($500/un. - $350/un.) Ponto de Equilíbrio Contábil Ponto de Equilíbrio = Custos + Despesas Fixas Margem de Contribuição Unitária Ponto de Equilíbrio Econômico “Ponto de Equilíbrio Econômico é aquele em que o lucro contábil apurado na atividade empresarial é igual ao rendimento que seria obtido se o capital próprio aplicado fosse destinado a outra alternativa de investimento. No lugar de investir os recursos na atividade da companhia, os sócios poderiam, por exemplo, aplicá-los no mercado financeiro”. (Ferreira, 2014) Ponto de Equilíbrio Econômico Ponto de Equilíbrio Econômico Custos e Despesas Fixas + Lucro Meta Margem de Contribuição Unitária Ponto de Equilíbrio Econômico - Exemplo Lucro desejável: 8% sobre os investimentos identificados com o principal produto; Custos e Despesas fixos identificáveis: R$ 360.000,00 por período; Preço líquido de venda: R$ 210,00/un.; Custos variáveis: R$ 110,00/un.; Despesas variáveis: R$ 20,00/un. Investimentos identificados: R$ 500.000,00 Lucro Desejado = R$ 500.000,00 x 8% = R$ 40.000,00 PEE = CDFT + Lucro Meta MCU PEE = 360.000 + 40.000 (210 – 110 – 20) PEE = 5.000 unidades. ander Nota MCT = MCU x QV MCT = 80 x 5.000 un MCT = R$ 400.000 (-) CDF = R$ (360.000) (=) Lucro = R$ 40.000 PEC = CDF/MCU PEC = R$ 360.000/R$ 80 PEC = 4.500 unidades Ponto de Equilíbrio Financeiro “O Ponto de Equilíbrio Financeiro em unidades consiste na quantidade produzida e vendida em que, computados apenas os custos e despesas fixas que geram desembolso (saída de caixa), o resultado será igual a zero”. (Ferreira, 2014) Ponto de Equilíbrio Financeiro Ponto de Equilíbrio Financeiro Custos e Despesas Desembolsáveis Margem de Contribuição Unitária Ponto de Equilíbrio Financeiro - Exemplo Custos e despesas variáveis unitários:R$ 725,00; Custos e despesas fixos totais:R$ 2.500.000,00; Preço unitário de venda: R$ 1.500,00; Depreciação: R$ 950.000,00 PEF = CDFT – Depreciação MCU PEF = 2.500.000,00 – 950.000,00 1.500,00 – 725,00 PEF = 2.000 unidades Bibliografia BRASIL. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3000.htm>.Acesso em: 14 jan. 2017. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). CPC 16 (R1) Estoques. 2009. Disponível em: < http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/243_CPC_16_R1_rev%2003%20(2).pdf>. Acesso em: 14 jan. 2017. FERREIRA, R. J.. Contabilidade de Custos. 10. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2016. 272 p. LORENTZ, F. Contabilidade e Análise de Custos: uma abordagem prática e objetiva. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2015. MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 376 p. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos, 11ª edição. Atlas, 07/2018. VitalBook file. SILVA, R.N. S.; LINS, Luiz dos Santos. Gestão de Custos: Contabilidade, Controle e Análise. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 272 p. SCHULTZ, C. A; SILVA, M. Z.; BORGERT, A. É o Custeio por Absorção o único método aceito pela Contabilidade? In.:XV Congresso Brasileiro de Custos, Curitiba, PR, 2008. VEIGA, W. E.; SANTOS, F. A. Contabilidadede Custos – Gestão em Serviços, Comércio e Indústria. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2016.
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