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Direito Ambiental - Aula 06-09

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Aula 06
Direito Ambiental p/ Polícia Civil - DF (Delegado)
Professor: Rosenval Júnior
Direito Ambiental
Delegado ♠ Polícia Civil - DF
Prof. Rosenval Júnior♠ Aula 06
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AULA 06:
Infrações Administrativas Ambientais
SUMÁRIO PÁGINA
Teoria sobre Infrações Administrativas Ambientais e
alguns detalhes sobre crimes ambientais
2
Lista de Questões 24
Questões Comentadas 31
Resumo e MEMOREX 51
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Direito Ambiental
Delegado ♠ Polícia Civil - DF
Prof. Rosenval Júnior♠ Aula 06
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INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS - Art. 70 da Lei 9.605/98 e
Decreto 6.514/08 com as alterações e acréscimos promovidos
pelo Decreto 6.686/08
Considera-se infração administrativa ambiental, toda ação ou
omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção,
proteção e recuperação do meio ambiente.
Não é necessária a existência de dano ambiental, basta que a ação
ou omissão do agente infrinja a legislação administrativa ambiental,
existindo infração de dano e de perigo.
A aplicação de sanção administrativa (exercício do poder de
polícia) somente se torna legítima, em respeito ao princípio da
legalidade, quando o ato praticado estiver definido em lei como infração
administrativa.
São autoridades competentes para lavrar auto de infração
ambiental e instaurar processo administrativo:
Funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema
Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as
atividades de fiscalização,
Agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir
representação às autoridades competentes para que exerçam o poder de
polícia. A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração
ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante
processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade.
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Direito Ambiental
Delegado ♠ Polícia Civil - DF
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(Cespe - Juiz Federal - 2011)
Para efeito de responsabilidade administrativa, considera-se
infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole
as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e
recuperação do meio ambiente, podendo qualquer pessoa que
constatar infração ambiental dirigir representação às autoridades
competentes para que exerçam o poder de polícia.
Gabarito: Certo
As infrações administrativas são punidas com as seguintes
sanções (Art. 72 da Lei 9.605/98 e Art. 3º do Decreto 6.514/08)
I - advertência;
II - multa simples (pode ser convertida em serviços de preservação,
melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.);
III - multa diária (será aplicada sempre que o cometimento da
infração se prolongar no tempo.);
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e
flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de
qualquer natureza utilizados na infração;
V - destruição ou inutilização do produto;
VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
VII - embargo de obra ou atividade;
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total de atividades;
X - restritiva de direitos.
O infrator estará sujeito à aplicação cumulativa de sanções
no caso de cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações.
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A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência
ou dolo:
advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de
saná-las, no prazo assinalado por órgão competente do SISNAMA
ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha;
opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da
Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha.
Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração
ambiental serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente,
Fundo Naval, fundos estaduais ou municipais de meio ambiente,
ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador.
20% dos valores arrecadados em pagamento de multas aplicadas
pela União serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente -
FNMA, podendo esse percentual ser alterado, a critério dos órgãos
arrecadadores.
O agente autuante, ao lavrar o auto de infração, indicará as sanções
estabelecidas no Decreto 6.514/08, observando:
gravidade dos fatos, tendo em vista os motivos da
infração e suas consequências para a saúde pública e
para o meio ambiente;
antecedentes do infrator, quanto ao cumprimento da
legislação de interesse ambiental; e
situação econômica do infrator.
Advertência
A sanção de advertência poderá ser aplicada, mediante a lavratura
de auto de infração, para as infrações administrativas de menor
lesividade ao meio ambiente, garantidos a ampla defesa e o
contraditório. Observem que o autuado sempre terá o direito de se
defender, de apresentar provas e de ser ouvido.
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Mas, afinal o que seriam infrações administrativas de menor
lesividade ao meio ambiente?
São aquelas em que a multa máxima cominada não ultrapasse o
valor de R$ 1.000,00 (mil reais), ou que, no caso de multa por unidade
de medida, a multa aplicável não exceda o valor referido.
Caso agente autuante constate a existência de irregularidades a
serem sanadas, lavrará o auto de infração com a indicação da respectiva
sanção de advertência, ocasião em que estabelecerá prazo para que o
infrator sane tais irregularidades. Sanadas as irregularidades no prazo
concedido, o agente autuante certificará o ocorrido nos autos e dará
seguimento ao processo administrativo para apuração de infrações
ambientais.
Caso o autuado, por negligência ou dolo, deixe de sanar as
irregularidades, o agente autuante certificará o ocorrido e aplicará a
sanção de multa relativa à infração praticada, independentemente da
advertência.
Importante dizer, que a sanção de advertência não excluirá a
aplicação de outras sanções. Ficando vedada a aplicação de nova sanção
de advertência no período de três anos contados do julgamento da defesa
da última advertência ou de outra penalidade aplicada.
Multas
A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma,
metro de carvão-mdc, estéreo, metro quadrado, dúzia, estipe, cento,
milheiros ou outra medida pertinente, de acordo com o objeto jurídico
lesado.
A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência
ou dolo:
I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas,
deixar de saná-las, no prazo assinalado por órgão competente do
SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha;
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II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA
ou da Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha.
O valor da multa será de no mínimo de R$ 50,00 (cinquenta
reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de
reais).
Além da multa simples, é possível a aplicação da multa diária
sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo.
O valor da multa-dia NÃO poderá ser inferior a R$ 50,00
(cinquenta reais) nem superior a 10% (dez por cento) do valor da
multa simples máxima cominada para a infração.
Valor mínimo da multa-dia = R$ 50,00
Valor máximo da multa-dia = 10% do valor da multa simples
máxima cominada para a infração.
Por exemplo, se a multa simples máxima da infração cometida for de
R$ 50.000.000,00, fazendo as contas teremos que o valor máximo da
multa-dia será de:
0,1*50.000.000,00=5.000.000,00 (Cinco milhões de reais).
A multa diáriadeixará de ser aplicada a partir da data em que o
autuado apresentar ao órgão ambiental documentos que comprovem a
regularização da situação que deu causa à lavratura do auto de infração.
Caso o agente autuante ou a autoridade competente verifique que a
situação que deu causa à lavratura do auto de infração não foi
regularizada, a multa diária voltará a ser imposta desde a data em que
deixou de ser aplicada, sendo notificado o autuado, sem prejuízo da
adoção de outras sanções.
A celebração de termo de compromisso de reparação ou
cessação dos danos encerrará a contagem da multa diária.
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O cometimento de nova infração ambiental pelo mesmo infrator,
no período de cinco anos, contados da lavratura de auto de infração
anterior devidamente confirmado no julgamento, implica:
aplicação da multa em triplo (3x), no caso de
cometimento da mesma infração; ou
aplicação da multa em dobro (2x), no caso de
cometimento de infração distinta.
Resumindo: Se o mesmo infrator cometer nova infração dentro de 5
anos, contados da lavratura do auto anterior, o valor da sua multa será
multiplicado por 3 se cometer a mesma infração. E o valor da multa será
multiplica por 2 se cometer infração distinta.
O agravamento será apurado no procedimento da nova infração, do
qual se fará constar, por cópia, o auto de infração anterior e o julgamento
que o confirmou.
Antes do julgamento da nova infração, a autoridade ambiental
deverá verificar a existência de auto de infração anterior confirmado em
julgamento, para fins de aplicação do agravamento da nova penalidade.
Importante vocês gravarem que o pagamento de multa por infração
ambiental imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou
Territórios substitui a aplicação de penalidade pecuniária pelo órgão
federal, em decorrência do mesmo fato, respeitados os limites
estabelecidos no Decreto 6.514/08. Cabe frisar que somente o efetivo
pagamento da multa será considerado para efeito da substituição, não
sendo admitida para esta finalidade a celebração de termo de
compromisso de ajustamento de conduta ou outra forma de compromisso
de regularização da infração ou composição de dano, salvo se deste
também participar o órgão ambiental federal.
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Demais Sanções Administrativas
As sanções listadas abaixo serão aplicadas quando o produto, a obra,
a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às
determinações legais ou regulamentares:
destruição ou inutilização do produto;
suspensão de venda e fabricação do produto;
embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas
(restringe-se aos locais onde efetivamente caracterizou-se a
infração ambiental, não alcançando as demais atividades
realizadas em áreas não embargadas da propriedade ou posse
ou não correlacionadas com a infração);
demolição de obra;
suspensão parcial ou total das atividades.
A cessação das penalidades de suspensão e embargo dependerá de
decisão da autoridade ambiental após a apresentação, por parte do
autuado, de documentação que regularize a obra ou atividade.
No caso de áreas irregularmente desmatadas ou queimadas, o
agente autuante embargará quaisquer obras ou atividades nelas
localizadas ou desenvolvidas, excetuando as atividades de subsistência.
Não se aplicará a penalidade de embargo de obra ou atividade, ou de
área, nos casos em que a infração se der fora da área de preservação
permanente ou reserva legal, salvo quando se tratar de desmatamento
não autorizado de mata nativa.
A sanção de demolição de obra poderá ser aplicada pela autoridade
ambiental, após o contraditório e ampla defesa (Essa é a regra!),
quando:
I - verificada a construção de obra em área ambientalmente
protegida em desacordo com a legislação ambiental; ou
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II - quando a obra ou construção realizada não atenda às
condicionantes da legislação ambiental e não seja passível de
regularização.
A demolição poderá ser feita pela administração ou pelo
infrator, em prazo assinalado, após o julgamento do auto de infração,
sem prejuízo do que dispõe o art. 112 do decreto 6.514/08, que dispõe
sobre a demolição no ato da fiscalização.
As despesas para a realização da demolição correrão às
custas do infrator, que será notificado para realizá-la ou para
reembolsar aos cofres públicos os gastos que tenham sido efetuados pela
administração.
Não será aplicada a penalidade de demolição quando, mediante
laudo técnico, for comprovado que o desfazimento poderá trazer
piores impactos ambientais que sua manutenção, caso em que a
autoridade ambiental, mediante decisão fundamentada, deverá, sem
prejuízo das demais sanções cabíveis, impor as medidas necessárias à
cessação e mitigação do dano ambiental, observada a legislação em
vigor.
Consoante disposto no art. 112, a demolição de obra, edificação ou
construção não habitada e utilizada diretamente para a infração ambiental
dar-se-á EXCEPCIONALMENTE no ato da fiscalização nos casos em
que se constatar que a ausência da demolição importa em iminente
risco de agravamento do dano ambiental ou de graves riscos à
saúde.
Alunos, a regra é a demolição ocorrer após o contraditório e a
ampla defesa!
EXCEPCIONALMENTE, poderá ocorrer no ato da fiscalização na
constatação de duas situações:
imininete risco de agravamento do dano ambiental ou
imininete risco de graves riscos à saúde.
Nesse caso excepcional, a demolição poderá ser feita pelo agente
autuante, por quem este autorizar ou pelo próprio infrator e deverá ser
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devidamente descrita e documentada, inclusive com fotografias. Em
qualquer caso, como já vimos, as despesas para a realização da
demolição correrão às custas do infrator. Essa demolição excepcional
no ato da fiscalização não será realizada em edificações
residenciais. Isso porque no ato da fiscalização não há direito ao
contraditório e a ampla defesa, sendo a demolição uma medida
excepcional.
Jurisprudência do TRF 5ª Região do final de 2011
AMBIENTAL. PARQUE NACIONAL DE FERNANDO DE NORONHA. ÁREA
DE POSSE E DOMÍNIO PÚBLICOS. IMÓVEL RESIDENCIAL. CONSTRUÇÃO.
ILEGALIDADE. DEMOLIÇÃO.- A declaração que a proteção de determinada
área é relevante para proteção do meio ambiente á atividade de cunho
administrativo, sendo atribuição natural do Poder Executivo.
Constitucionalidade dos Decretos nºs 92.755/86 e 96.693/88, que
criaram a Área de Proteção Ambiental e o Parque Nacional Marinho de
Fernando de Noronha, e do Plano de Manejo de Fernando de Noronha em
face da Constituição de 1967, com alterações da Emenda Constitucional
n. 01/69.- A extinção do Território Federal de Fernando de Noronha, com
a incorporação da respectiva área ao Estado de Pernambuco (art. 15 do
ADCT), não é incompatível com a existência da Área de Proteção
Ambiental Federal e do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.
Recepção dos decretos presidenciais pela Constituição de 1988.- A Lei n.
11.304/95 do Estado de Pernambuco criou o Parque Estadual Marinho de
Fernando de Noronha, compreendido por toda a área do Arquipélago de
Fernando de Noronha (art. 97), que pertence ao patrimônio imobiliário do
mesmo Distrito (art. 82).- O Parque Nacional ou Estadual "tem como
objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de
pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e
interpretaçãoambiental, de recreação em contato com a natureza e de
turismo ecológico" e suas áreas são de posse e domínio públicos (art. 11,
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caput e parágrafo 1º, da Lei Federal n. 9.985/00).- As áreas integrantes
de Parque Nacional e/ou Estadual são non edificandi. A construção de
imóvel à revelia do Poder Público numa Unidade de Conservação
Integral já seria suficiente para justificar sua demolição, o que se
mostra ainda mais adequado quando a obra foi concluída mesmo
após a lavratura de auto de infração e notificação de demolição
pelo IBAMA.- Conflitos entre princípios constitucionais devem ser
resolvidos pela técnica da ponderação de interesses. O direito à
moradia não deve ser prestigiado em relação à proteção do meio
ambiente se o imóvel destinado à residência foi construído em
Parques Nacional e Estadual mesmo depois da lavratura de auto
de infração aplicador de multa e de notificação de demolição pelo
órgão ambiental competente.- Arguição de inconstitucionalidade (dos
Decretos 92.755/86 e 96.693/88 e do Plano de Manejo de Fernando de
Noronha) rejeitada. Apelação improvida.
As sanções restritivas de direito aplicáveis às pessoas físicas ou
jurídicas são:
I - suspensão de registro, licença ou autorização;
II - cancelamento de registro, licença ou autorização;
III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;
IV - perda ou suspensão da participação em linhas de
financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; e
V - proibição de contratar com a administração pública (prazo
de até 3 anos);
A autoridade ambiental fixará o período de vigência para cada
sanção, observando os seguintes prazos:
I - até três anos no caso de proibição de contratar com a
administração pública;
II - até um ano para as demais sanções.
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Em qualquer caso, a extinção da sanção fica condicionada à
regularização da conduta que deu origem ao auto de infração.
Prazos Prescricionais
Prescreve em cinco anos a ação da administração objetivando
apurar a prática de infrações contra o meio ambiente, contada da data
da prática do ato, ou, no caso de infração permanente ou
continuada, do dia em que esta tiver cessado.
Considera-se iniciada a ação de apuração de infração ambiental pela
administração com a lavratura do auto de infração.
Incide a prescrição no procedimento de apuração do auto de infração
paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho,
cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte
interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional
decorrente da paralisação.
Quando o fato objeto da infração também constituir crime, a
prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.
ATENÇÃO! A prescrição da pretensão punitiva da administração não
elide (não anula, não cessa) a obrigação de reparar o dano ambiental.
Processo Administrativo para apuração de Infrações Ambientais
O processo administrativo para apuração de infrações ambientais
será orientado pelos princípios da legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência,
bem como pelos critérios mencionados no parágrafo único do art. 2o da
Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
O artigo 2º da Lei 9.784/99 dispõe sobre os mesmos princípios e
ainda elenca os critérios que deverão ser observados nos processos
administrativos, quais sejam:
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I - atuação conforme a lei e o Direito;
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou
parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a
promoção pessoal de agentes ou autoridades;
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses
de sigilo previstas na Constituição;
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações,
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público;
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a
decisão;
VIII ♠ observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos
administrados;
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau
de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações
finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos
de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as
previstas em lei;
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da
atuação dos interessados;
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação
retroativa de nova interpretação.
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Autuação
Constatada a ocorrência de infração administrativa ambiental, será
lavrado auto de infração, do qual deverá ser dado ciência ao autuado,
assegurando-se o contraditório e a ampla defesa.
O autuado será intimado da lavratura do auto de infração pelas
seguintes formas:
I - pessoalmente;
II - por seu representante legal;
III - por carta registrada com aviso de recebimento;
IV - por edital, se estiver o infrator autuado em lugar incerto, não
sabido ou se não for localizado no endereço.
Caso o autuado se recuse a dar ciência do auto de infração, o agente
autuante certificará o ocorrido na presença de duas testemunhas e o
entregará ao autuado.
O auto de infração deverá ser lavrado em impresso próprio, com a
identificação do autuado, a descrição clara e objetiva das infrações
administrativas constatadas e a indicação dos respectivos dispositivos
legais e regulamentares infringidos, não devendo conter emendas ou
rasuras que comprometam sua validade.
O erro no enquadramento legal da infração não implica vício
insanável, podendo ser alterado pela autoridade julgadora mediante
decisão fundamentada que retifique o auto de infração.
Constatada a infração ambiental, o agente autuante, no uso
do seu poder de polícia, poderá adotar as seguintes medidas
administrativas:
I - apreensão;
II - embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas;
III - suspensão de venda ou fabricação de produto;
IV - suspensão parcial ou total de atividades;
V - destruição ou inutilização dos produtos, subprodutos e
instrumentos da infração; e
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VI - demolição.
Essas medidas têm como objetivo prevenir a ocorrência de novas
infrações, resguardar a recuperação ambiental e garantir o resultado
prático do processo administrativo.
A aplicação de tais medidas será lavrada em formulário próprio, sem
emendas ou rasuras que comprometam sua validade, e deverá conter,
além da indicação dos respectivos dispositivos legais e regulamentares
infringidos, os motivos que ensejaram o agente autuante a assim
proceder.
O embargo de obra ou atividade restringe-se aos locais onde
efetivamente caracterizou-se a infração ambiental, não alcançando
as demais atividades realizadas em áreas não embargadas da propriedadeou posse ou não correlacionadas com a infração.
Os animais domésticos e exóticos serão apreendidos quando:
forem encontrados no interior de unidade de
conservação de proteção integral; ou
forem encontrados em área de preservação permanente
ou quando impedirem a regeneração natural de
vegetação em área cujo corte não tenha sido autorizado,
desde que, em todos os casos, tenha havido prévio
embargo. (Os proprietários deverão ser previamente
notificados para que promovam a remoção dos animais do local
no prazo assinalado pela autoridade competente.)
A apreensão não será aplicada quando a atividade tenha sido
caracterizada como de baixo impacto e previamente autorizada, quando
couber, nos termos da legislação em vigor.
Os veículos de qualquer natureza que forem apreendidos poderão ser
utilizados pela administração ambiental para fazer o deslocamento do
material apreendido até local adequado ou para promover a recomposição
do dano ambiental.
Os bens apreendidos deverão ficar sob a guarda do órgão ou
entidade responsável pela fiscalização, podendo, excepcionalmente,
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ser confiados a fiel depositário, até o julgamento do processo
administrativo.
Nos casos de anulação, cancelamento ou revogação da apreensão, o
órgão ou a entidade ambiental responsável pela apreensão restituirá o
bem no estado em que se encontra ou, na impossibilidade de fazê-lo,
indenizará o proprietário pelo valor de avaliação consignado no termo de
apreensão.
A critério da administração, o depósito poderá ser confiado:
a órgãos e entidades de caráter ambiental, beneficente,
científico, cultural, educacional, hospitalar, penal e
militar; ou
ao próprio autuado, desde que a posse dos bens ou
animais não traga risco de utilização em novas
infrações.
Os órgãos e entidades públicas que se encontrarem sob a condição
de depositário serão preferencialmente contemplados no caso da
destinação final do bem ser a doação.
Os bens confiados em depósito não poderão ser utilizados pelos
depositários, salvo o uso lícito de veículos e embarcações pelo próprio
autuado.
A entidade fiscalizadora poderá celebrar convênios ou acordos com
os órgãos e entidades públicas para garantir, após a destinação final, o
repasse de verbas de ressarcimento relativas aos custos do depósito.
Após a apreensão, a autoridade competente, levando-se em
conta a natureza dos bens e animais apreendidos e considerando
o risco de perecimento, procederá da seguinte forma:
I - os animais da fauna silvestre serão libertados em seu hábitat
OU entregues a jardins zoológicos, fundações, entidades de
caráter cientifico, centros de triagem, criadouros regulares ou
entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de
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técnicos habilitados, podendo ainda, respeitados os regulamentos
vigentes, serem entregues em guarda doméstica provisória.
II - os animais domésticos ou exóticos poderão ser vendidos
(após avaliados, poderão ser doados, mediante decisão motivada da
autoridade ambiental, sempre que sua guarda ou venda forem inviáveis
econômica ou operacionalmente.);
III - os produtos perecíveis e as madeiras sob risco iminente
de perecimento serão avaliados e doados.
Pessoal, observem que essas medidas são adotas após a apreensão
para animais e produtos perecíveis, aqui incluídas as madeiras sob risco
iminente de perecimento.
Serão consideradas sob risco iminente de perecimento as madeiras
que estejam acondicionadas a céu aberto ou que não puderem ser
guardadas ou depositadas em locais próprios, sob vigilância, ou ainda
quando inviável o transporte e guarda, atestados pelo agente autuante no
documento de apreensão.
O órgão ou entidade ambiental deverá estabelecer mecanismos que
assegurem a indenização ao proprietário dos animais vendidos ou doados,
pelo valor de avaliação consignado no termo de apreensão, caso esta não
seja confirmada na decisão do processo administrativo.
Os produtos, inclusive madeiras, subprodutos e instrumentos
utilizados na prática da infração poderão ser destruídos ou inutilizados
quando:
a medida for necessária para evitar o seu uso e
aproveitamento indevidos nas situações em que o
transporte e a guarda forem inviáveis em face das
circunstâncias; ou
possam expor o meio ambiente a riscos significativos ou
comprometer a segurança da população e dos agentes
públicos envolvidos na fiscalização.
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O termo de destruição ou inutilização deverá ser instruído com
elementos que identifiquem as condições anteriores e posteriores à ação,
bem como a avaliação dos bens destruídos.
O embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas tem por
objetivo impedir a continuidade do dano ambiental, propiciar a
regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área
degradada, devendo restringir-se exclusivamente ao local onde verificou-
se a prática do ilícito.
No caso de descumprimento ou violação do embargo, a autoridade
competente, além de adotar as medidas previstas nos arts. 18 e 79,
deverá comunicar ao Ministério Público, no prazo máximo de setenta e
duas horas, para que seja apurado o cometimento de infração penal.
O descumprimento total ou parcial de embargo, sem prejuízo do
disposto no art. 79, ensejará a aplicação cumulativa das seguintes
sanções:
I - suspensão da atividade que originou a infração e da venda
de produtos ou subprodutos criados ou produzidos na área ou
local objeto do embargo infringido; e
II - cancelamento de registros, licenças ou autorizações de
funcionamento da atividade econômica junto aos órgãos
ambientais e de fiscalização.
O órgão ou entidade ambiental promoverá a divulgação dos dados do
imóvel rural, da área ou local embargado e do respectivo titular em lista
oficial, resguardados os dados protegidos por legislação específica,
especificando o exato local da área embargada e informando que o auto
de infração encontra-se julgado ou pendente de julgamento.
Nos casos em que o responsável pela infração administrativa ou o
detentor do imóvel onde foi praticada a infração for indeterminado,
desconhecido ou de domicílio indefinido, será realizada notificação da
lavratura do termo de embargo mediante a publicação de seu extrato no
Diário Oficial da União.
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A pedido do interessado, o órgão ambiental autuante emitirá certidão
em que conste a atividade, a obra e a parte da área do imóvel que são
objetos do embargo, conforme o caso.
De acordo com o artigo 79 do Decreto 6.514/08, descumprir
embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas, sujeita o infrator
à multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um milhão
de reais).
A suspensão de venda ou fabricação de produto constitui
medida que visa a evitar a colocação no mercado de produtos e
subprodutos oriundos de infração administrativa ao meio ambiente ou que
tenha como objetivo interromper o uso contínuo de matéria-prima e
subprodutos de origem ilegal.
A suspensão parcial ou total de atividades constitui medida que
visa a impedir a continuidade de processos produtivos em
desacordo com a legislação ambiental.
Defesa
O autuado poderá, no prazo de vinte dias, contados da data da
ciência da autuação, oferecer defesa contra o auto de infração.
O órgão ambiental responsável aplicará o desconto de trinta por
cento, sempre que o autuado decidir efetuar o pagamento da penalidade
no prazo previsto (20 dias).O órgão ambiental responsável concederá desconto de trinta por
cento do valor corrigido da penalidade para os pagamentos realizados
após o prazo de 20 dias e no curso do processo pendente de julgamento.
A defesa não será conhecida quando apresentada:
I - fora do prazo;
II - por quem não seja legitimado; ou
III - perante órgão ou entidade ambiental incompetente.
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Instrução, Julgamento, Recursos
Ao autuado caberá a prova dos fatos que tenha alegado, sem
prejuízo do dever atribuído à autoridade julgadora para instrução do
processo.
A decisão da autoridade julgadora não se vincula às sanções
aplicadas pelo agente autuante, ou ao valor da multa, podendo, em
decisão motivada, de ofício ou a requerimento do interessado, minorar,
manter ou majorar o seu valor, respeitados os limites estabelecidos na
legislação ambiental vigente.
Julgado o auto de infração, o autuado será notificado por via postal
com aviso de recebimento ou outro meio válido que assegure a certeza de
sua ciência para pagar a multa no prazo de cinco dias, a partir do
recebimento da notificação, ou para apresentar recurso.
Da decisão proferida pela autoridade julgadora caberá recurso no
prazo de vinte dias. O recurso hierárquico será dirigido à autoridade
administrativa julgadora que proferiu a decisão na defesa, a qual, se não
a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade
superior.
Esse recurso interposto não terá efeito suspensivo. No entanto, na
hipótese de justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação, a
autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a
pedido do recorrente, conceder efeito suspensivo ao recurso. Além disso,
quando se tratar de penalidade de multa, o recurso terá efeito suspensivo
quanto a esta penalidade.
A autoridade superior responsável pelo julgamento do recurso poderá
confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão
recorrida. Dessa decisão proferida pela autoridade superior caberá
recurso ao CONAMA, no prazo de vinte dias.
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A autoridade superior responsável pelo julgamento do recurso poderá
confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão
recorrida
Após o julgamento, o CONAMA restituirá os processos ao órgão
ambiental de origem, para que efetue a notificação do interessado, dando
ciência da decisão proferida.
As multas estarão sujeitas à atualização monetária desde a lavratura
do auto de infração até o seu efetivo pagamento, sem prejuízo da
aplicação de juros de mora e demais encargos conforme previsto em lei.
O recurso não será conhecido quando interposto:
I - fora do prazo;
II - perante órgão ambiental incompetente; ou
III - por quem não seja legitimado.
Procedimento Relativo à Destinação dos Bens e Animais
Apreendidos
Após decisão que confirme o auto de infração, os bens e
animais apreendidos que ainda não tenham sido objeto da destinação
prevista no art. 107 (que dispõe sobre a destinação dos bens e animais
apreendidos considerando o risco de perecimento), não mais retornarão
ao infrator, devendo ser destinados da seguinte forma:
I - os produtos perecíveis serão doados;
II - as madeiras poderão ser doadas a órgãos ou entidades
públicas, vendidas ou utilizadas pela administração quando houver
necessidade, conforme decisão motivada da autoridade competente;
III - os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão
destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou
educacionais;
IV - os instrumentos utilizados na prática da infração poderão ser
destruídos, utilizados pela administração quando houver necessidade,
doados ou vendidos, garantida a sua descaracterização, neste último
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caso, por meio da reciclagem quando o instrumento puder ser utilizado na
prática de novas infrações;
V - os demais petrechos, equipamentos, veículos e
embarcações poderão ser utilizados pela administração quando
houver necessidade, ou ainda vendidos, doados ou destruídos,
conforme decisão motivada da autoridade ambiental;
VI - os animais domésticos e exóticos serão vendidos ou
doados.
VII - os animais da fauna silvestre serão libertados em seu
hábitat ou entregues a jardins zoológicos, fundações, centros de
triagem, criadouros regulares ou entidades assemelhadas, desde
que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados.
Os bens apreendidos poderão ser doados pela autoridade competente
para órgãos e entidades públicas de caráter científico, cultural,
educacional, hospitalar, penal, militar e social, bem como para outras
entidades sem fins lucrativos de caráter beneficente.
Os produtos da fauna não perecíveis serão destruídos ou
doados a instituições científicas, culturais ou educacionais.
Tratando-se de apreensão de substâncias ou produtos tóxicos,
perigosos ou nocivos à saúde humana ou ao meio ambiente, as
medidas a serem adotadas, inclusive a destruição, serão
determinadas pelo órgão competente e correrão a expensas do
infrator.
O termo de doação de bens apreendidos vedará a transferência a
terceiros, a qualquer título, dos animais, produtos, subprodutos,
instrumentos, petrechos, equipamentos, veículos e embarcações doados.
A autoridade ambiental poderá autorizar a transferência dos bens
doados quando tal medida for considerada mais adequada à execução dos
fins institucionais dos beneficiários.
Os bens sujeitos à venda serão submetidos a leilão. Os custos
operacionais de depósito, remoção, transporte, beneficiamento e
demais encargos legais correrão à conta do adquirente.
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Perícia, sentença penal condenatória e prova emprestada
Quero ainda comentar alguns dispositivos, que estão dispostos nos
artigos 19 e 20 da Lei 9.605/98 sobre a perícia do dano ambiental, a
sentença penal condenatória e a prova emprestada.
A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível,
fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação
de fiança e cálculo de multa. A perícia produzida no inquérito civil
ou no juízo cível poderá ser aproveitada no processo penal (Prova
emprestada), instaurando-se o contraditório.
Em geral as questões de concursos afirmam que a prova do
inquérito civil não poderá ser aproveitada no processo penal. O que está
ERRADO! Pois pode sim! Só que no processo penal deve-se instaurar o
contraditório.
A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o
valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração,
considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente.
Ainda cabe dizer que é crime contra a Administração Pública,
de acordo com o art. 69-A da Lei 9.605/98, elaborar ou apresentar, no
licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento
administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou
parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão. A pena para
esse crime ambiental é reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Admitindo-se a modalidade culposa com pena de detenção, de 1 (um) a 3
(três) anos. A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços),
se há dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da
informação falsa, incompleta ou enganosa.
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Lista de Questões
1 - (CESPE/ UnB - Técnico Administrativo ♠ IBAMA ♠ 2012)
Ao infrator que cometer simultaneamente duas ou mais infrações
administrativas será aplicada apenas a sanção mais gravosa.
2- (CESPE / UnB - Procurador - PGE - 2008)
As sanções administrativas de cunho ambiental encontram-se
previstas em diferentes normas do SISNAMA, entre elas a Lei
9.605/1998. As sanções administrativas previstas nessa lei não
incluem a:
A) Advertência
B) Multa diária
C) Multa simples
D) Falência de empresa
E) Destruição ou inutilização de produto
3 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Tanto as pessoas físicas como as jurídicas podem ser
administrativa, civil e penalmente responsabilizadas por um único
fato que configure crime, ilícito civil e administrativo ao mesmo
tempo.
4 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Quando a pessoa jurídica for responsabilizada por crime nos
termos da lei de crimes ambientais, ficarão excluídas dessa
responsabilidade as pessoas físicas que dirigem ou administram a
pessoa jurídica.
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5 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
A desconsideração da pessoa jurídica com a finalidade de atingir o
patrimônio de pessoa física responsável pelo ressarcimento de
prejuízos causados ao meio ambiente pode ocorrer sempre que a
personalidade da pessoa jurídica estiver sendo um obstáculo ao
ressarcimento do dano.
6 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Ainda acerca dos crimes ambientais, julgue os itens seguintes.
Àqueles que forem condenados à pena de prestação de serviços à
comunidade pode ser determinado o cumprimento de tarefas
gratuitas junto a unidades de conservação e, quando o crime
cometido tiver causado dano a coisa tombada, pode ser
determinada ao condenado a restauração do bem, se possível.
7 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Àqueles que forem condenados ao cumprimento de pena de
interdição temporária de direito pode ser imposta, entre outras, a
proibição de participar de licitações. Nesse caso, o prazo pelo qual
pode perdurar a proibição é de 5 anos para crimes dolosos e
culposos.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens 8, 9, 10 e
11, relativos ao procedimento do servidor do IBAMA e ao destino a
ser dado a cada um dos elementos encontrados no referido
caminhão.
Mauro, servidor do IBAMA, em ato de fiscalização no estado do
Mato Grosso, encontrou um caminhão com 3 homens que
aparentavam estar voltando de uma caçada ou de uma pesca.
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Mauro encontrou, no caminhão, duas motosserras, dois jacarés-
açus ainda vivos, 5 toras de madeira de lei e 3 colares feitos com
unhas de onça. Verificando que os homens não portavam qualquer
autorização para transportar os objetos e os animais citados,
Mauro realizou a autuação.
8 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Os jacarés serão, obrigatoriamente, entregues a jardins
zoológicos ou fundações assemelhadas, onde ficarão sob a
responsabilidade de técnicos habilitados.
9 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
A madeira será avaliada e doada a instituições científicas,
hospitalares, penais ou com finalidade beneficente.
10 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Os colares serão entregues a comunidades indígenas para venda
ou utilização em rituais.
11 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
As motosserras serão vendidas, garantida a sua descaracterização
por meio da reciclagem.
12 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Julgue os itens subsequentes acerca das infrações administrativas
ambientais.
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Os autos de infração ambiental serão lavrados por servidores de
órgãos integrantes do SISNAMA que tenham sido designados para
as atividades de fiscalização, aos quais também cabe a
instauração de processo administrativo por infração ambiental.
Podem, ainda, realizar as mesmas medidas os agentes das
Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
13 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Qualquer pessoa do povo pode expor queixa a autoridade
responsável pela fiscalização ambiental quando constatar a
ocorrência de infração ambiental, e a autoridade, a partir do
conhecimento dos fatos, é obrigada a promover a apuração
imediata da infração, sob pena de responsabilidade.
14 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
O processo administrativo para apuração de infração ambiental se
submete a prazos fixados em lei. Julgue os itens a seguir, que
tratam dos prazos de que o órgão ambiental dispõe para as
diferentes fases do processo administrativo.
A partir da data da ciência da autuação, o infrator tem 20 dias
para oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração.
15 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Com ou sem apresentação de defesa ou impugnação por parte do
infrator, a autoridade julgadora tem prazo de 30 dias para julgar o
auto de infração, e tal prazo é contado a partir da data da
lavratura desse auto.
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16 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Para o infrator recorrer de decisão condenatória a instância
superior do SISNAMA, o prazo é de 15 dias.
17 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
O prazo para o pagamento de multa fixada é de 5 dias, contados
da data do recebimento da notificação.
18 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Fátima construiu, sem autorização do órgão licenciador
competente, uma casa dentro de um parque nacional e lá cultivou
milho para dar ao gado que criava em um pequeno curral ao lado
de sua residência, para geração de renda, mediante a venda de
leite e carne. Fátima, embora fosse analfabeta, tinha ciência de
que a área era gerenciada e protegida por órgão ambiental.
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se
seguem.
O baixo grau de escolaridade e instrução de Fátima não
influenciará a pena que a ela for aplicada pelo delito cometido.
19 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
A área em que Fátima exerce a atividade é uma unidade de
conservação, segundo o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza (SNUC), o que levará, no caso concreto,
à aplicação de uma agravante prevista na lei de crimes
ambientais.60575261390
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20 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Acerca das perícias e dos laudos realizados para a constatação de
dano ambiental, julgue os itens seguintes.
Na perícia se deve, sempre que for possível, fixar o montante do
prejuízo causado ao meio ambiente, e tal valor servirá de
parâmetro para a reparação do dano, mas não se relacionará com
a fixação do valor da fiança eventualmente cabível.
21 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Quando o dano ambiental cometido configurar crime e ilícito civil,
devem ser realizadas duas perícias independentes: uma que
produzirá prova dentro da ação penal instaurada contra o
criminoso e outra que será utilizada na ação cível, pois a perícia
produzida no juízo cível não pode ser utilizada no processo penal.
22 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
O crime de elaboração de laudo ambiental total ou parcialmente
enganoso só ocorre na modalidade dolosa, ou seja, mediante a
livre e consciente vontade de praticar a conduta criminosa.
23 - (Cesgranrio - Advogado júnior - PETROBRAS - 2006)
Segundo a legislação vigente, em relação à responsabilidade por
danos causados ao meio ambiente, pode-se afirmar que:
(A) a responsabilidade pela reparação dos danos causados ao meio
ambiente depende de culpa comprovada.
(B) a reparação do dano ambiental pelo infrator acarreta a
impossibilidade de aplicação de sanções criminais.
(C) os danos causados ao meio ambiente sujeitam o infrator à
responsabilidade civil, criminal e administrativa.
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(D) o Ministério Público não tem legitimidade para propor ação de
responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.
(E) o pagamento das multas aplicadas pelo órgão ambiental desonera o
infrator da responsabilidade criminal.
24 - (CESPE / UnB - Técnico Administrativo ♠ IBAMA ♠ 2012)
O transporte de carvão vegetal sem prévia licença da autoridade
competente caracteriza, simultaneamente, crime ambiental e
infração administrativa.
25 - (Cesgranrio - Advogado - BNDES - 2010)
No sistema pátrio não há responsabilização criminal de pessoa
jurídica.
26 - (Cesgranrio - Advogado - BNDES - 2010)
Os crimes ambientais permitem a responsabilidade criminal da
pessoa jurídica.
27 ♠ (CESPE / UnB ♠ Analista ♠ Direito ♠ CPRM ♠ 2013)
Se a atividade de um empreendedor, seja pessoa física ou jurídica,
gerar prejuízo ao meio ambiente, estará ele sujeito a sanções de
natureza penal e administrativa, independentemente da obrigação
de reparar o dano causado.
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Questões comentadas
1 - (CESPE / UnB - Técnico Administrativo ♠ IBAMA ♠ 2012)
Ao infrator que cometer simultaneamente duas ou mais infrações
administrativas será aplicada apenas a sanção mais gravosa.
1 - ERRADO. Art. 72, § 1º da Lei 9.605/98. "Se o infrator cometer,
simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas,
cumulativamente, as sanções a elas cominadas."
2- (CESPE / UnB - Procurador - PGE - 2008)
As sanções administrativas de cunho ambiental encontram-se
previstas em diferentes normas do SISNAMA, entre elas a Lei
9.605/1998. As sanções administrativas previstas nessa lei não
incluem a:
A) Advertência
B) Multa diária
C) Multa simples
D) Falência de empresa
E) Destruição ou inutilização de produto
2 - Gabarito: D
A falência de empresa não é sanção administrativa.
Vamos revisar:
As infrações administrativas são punidas com as seguintes
sanções (Art. 72 da Lei 9.605/98 e Art. 3º do Decreto 6.514/08)
I - advertência;
II - multa simples (pode ser convertida em serviços de preservação,
melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.);
III - multa diária (será aplicada sempre que o cometimento da
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infração se prolongar no tempo.);
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e
flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de
qualquer natureza utilizados na infração;
V - destruição ou inutilização do produto;
VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
VII - embargo de obra ou atividade;
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total de atividades;
X - restritiva de direitos.
3 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Tanto as pessoas físicas como as jurídicas podem ser
administrativa, civil e penalmente responsabilizadas por um único
fato que configure crime, ilícito civil e administrativo ao mesmo
tempo.
3 - Certo. Art. 225, § 3º da CF/88: ☜As condutas e atividades
consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas
físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados
(esfera civil).☝ É uma tríplice responsabilização!
4 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Quando a pessoa jurídica for responsabilizada por crime nos
termos da lei de crimes ambientais, ficarão excluídas dessa
responsabilidade as pessoas físicas que dirigem ou administram a
pessoa jurídica.
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4 - Errado. Art. 2º da Lei de Crimes Ambientais. ☜Quem, de qualquer
forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas
penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o
diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o
auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que,
sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua
prática, quando podia agir para evitá-la.☝
Art. 3º, caput e Parágrafo único:
☜As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil
e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua
entidade.
A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas
físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.☝
5 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
A desconsideração da pessoa jurídica com a finalidade de atingir o
patrimônio de pessoa física responsável pelo ressarcimento de
prejuízos causados ao meio ambiente pode ocorrer sempre que a
personalidade da pessoa jurídica estiver sendo um obstáculo ao
ressarcimento do dano.
5 - Certo. Art. 4º da Lei 9.605/98. ☜Poderá ser desconsiderada a pessoa
jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de
prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.☝
Esse instrumento visa a impedir que infratores se protejam por trás
de uma empresa.
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6 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Ainda acerca dos crimes ambientais, julgue os itensseguintes.
Àqueles que forem condenados à pena de prestação de serviços à
comunidade pode ser determinado o cumprimento de tarefas
gratuitas junto a unidades de conservação e, quando o crime
cometido tiver causado dano a coisa tombada, pode ser
determinada ao condenado a restauração do bem, se possível.
6 - Certo. Art. 9º da Lei 9.605/98: ☜A prestação de serviços à
comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas
junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso
de dano da coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se
possível.☝
7 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Àqueles que forem condenados ao cumprimento de pena de
interdição temporária de direito pode ser imposta, entre outras, a
proibição de participar de licitações. Nesse caso, o prazo pelo qual
pode perdurar a proibição é de 5 anos para crimes dolosos e
culposos.
7 - Errado. A proibição tem prazos diferenciados para crimes dolosos e
culposos. Para crime doloso ou comissivo ou intencional o prazo de
proibição é maior, sendo de 5 anos. Isso se justifica, pois o agente prevê
o resultado lesivo de sua conduta e, mesmo assim, leva-a adiante,
produzindo o resultado.
Para crimes culposos, ou seja, sem intenção de produzir o resultado
ilícito, porém, previsível, que poderia ser evitado, o prazo de proibição é
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de 3 anos. Os crimes culposos são resultado de negligência, imperícia ou
imprudência.
Confiram:
Art. 10 da Lei 9.605/98: ☜As penas de interdição temporária de direito
são a proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber
incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar
de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e
de três anos, no de crimes culposos.☝
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens 8, 9, 10, 11,
relativos ao procedimento do servidor do IBAMA e ao destino a ser
dado a cada um dos elementos encontrados no referido caminhão.
Mauro, servidor do IBAMA, em ato de fiscalização no estado do
Mato Grosso, encontrou um caminhão com 3 homens que
aparentavam estar voltando de uma caçada ou de uma pesca.
Mauro encontrou, no caminhão, duas motosserras, dois jacarés-
açus ainda vivos, 5 toras de madeira de lei e 3 colares feitos com
unhas de onça. Verificando que os homens não portavam qualquer
autorização para transportar os objetos e os animais citados,
Mauro realizou a autuação.
8 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Os jacarés serão, obrigatoriamente, entregues a jardins
zoológicos ou fundações assemelhadas, onde ficarão sob a
responsabilidade de técnicos habilitados.
8 - Errado.
Vejam o que diz a Lei 9.605/98, em seu artigo 25:
☜Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e
instrumentos, lavrando-se os respectivos autos.
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§ 1º Os animais serão libertados em seu habitat ou entregues
a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, desde
que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados.
§ 2º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes
avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras
com fins beneficentes.
§ 3° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão
destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais.
§ 4º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão
vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem.☝
Agora, comparem com os artigos 107, I e 134, VII do Decreto 6.514, de
22 de julho de 2008.
☜Art. 107. Após a apreensão, a autoridade competente, levando-se em
conta a natureza dos bens e animais apreendidos e considerando o risco
de perecimento, procederá da seguinte forma:
I - os animais da fauna silvestre serão libertados em seu hábitat ou
entregues a jardins zoológicos, fundações, entidades de caráter
cientifico, centros de triagem, criadouros regulares ou entidades
assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos
habilitados, podendo ainda, respeitados os regulamentos vigentes,
serem entregues em guarda doméstica provisória.☝
☜Art. 134. Após decisão que confirme o auto de infração, os bens e
animais apreendidos que ainda não tenham sido objeto da destinação
prevista no art. 107, não mais retornarão ao infrator, devendo ser
destinados da seguinte forma:
VII - os animais da fauna silvestre serão libertados em seu
hábitat ou entregues a jardins zoológicos, fundações, centros de
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triagem, criadouros regulares ou entidades assemelhadas, desde
que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados☝
O erro do item é dizer ☜obrigatoriamente☝, uma vez que os animais
da fauna silvestre podem ser liberados em seu habitat ou ainda,
respeitados os regulamentos vigentes, serem entregues em
guarda doméstica provisória.
9 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
A madeira será avaliada e doada a instituições científicas,
hospitalares, penais ou com finalidade beneficente.
9 - Errado.
Pessoal, já recebi vários e-mails de alunos questionando os itens dessa
prova do Ibama. Uma vez, que o Examinador não deixou claro se era
para responder de acordo com a Lei 9.605/98 ou de acordo como Decreto
6.514/08. Ademais, observem que há uma distinção na destinação após a
apreensão ou após a decisão que confirme o auto de infração. De
qualquer forma, mesmo não estando expresso, podemos entender pela
situação descrita, que o Examinador queria era uma resposta sobre as
medidas a serem adotadas no momento da apreensão, ok!?
Você pode estar se perguntando qual seria a diferença entre o que está
na Lei e o que está disposto no Decreto. Na verdade, não há divergências.
O que acontece é que o Decreto é uma norma específica e veio para
regulamentar a lei. A lei traz regras gerais. Já o decreto especificou
melhor, detalhou alguns pontos, trouxe novas possibilidades.
Art. 134 do Decreto 6.514, de 22 de julho de 2008.
"Após decisão que confirme o auto de infração, os bens e animais
apreendidos que ainda não tenham sido objeto da destinação prevista no
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art. 107, não mais retornarão ao infrator, devendo ser destinados da
seguinte forma:
I - os produtos perecíveis serão doados;
II - as madeiras poderão ser doadas a órgãos ou entidades públicas,
vendidas ou utilizadas pela administração quando houver necessidade,
conforme decisão motivada da autoridade competente;☝(Redação dada
pelo Decreto nº 6.686, de 2008).
Observem que novamente há outras destinações, além da doação, a
madeira pode ser vendida ou até utilizada pela administração. O item
afirma que será doada, eliminando as outras possibilidades. Por isso,
errado.
10 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Os colares serão entregues a comunidades indígenas para venda
ou utilização em rituais.
10 - Errado.
Inciso III do art. 134 do 6.514, de 22 de julho de 2008.
☜Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou
doados a instituições científicas, culturais ou educacionais;☝
Art. 25, § 3° da Lei 9.605/98
☜Os produtose subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou
doados a instituições científicas, culturais ou educacionais.☝
11 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
As motosserras serão vendidas, garantida a sua descaracterização
por meio da reciclagem.
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11 - Errado. Art. 134. do Decreto 6.514/08:
☜IV - os instrumentos utilizados na prática da infração poderão ser
destruídos, utilizados pela administração quando houver
necessidade, doados ou vendidos, garantida a sua descaracterização,
neste último caso, por meio da reciclagem quando o instrumento puder
ser utilizado na prática de novas infrações;
V - os demais petrechos, equipamentos, veículos e embarcações
descritos no inciso IV do art. 72 da Lei nº 9.605, de 1998, poderão ser
utilizados pela administração quando houver necessidade, ou
ainda vendidos, doados ou destruídos, conforme decisão motivada da
autoridade ambiental;"
Notem que não se pode afirmar que serão vendidas, uma vez que a
administração pode dar outras finalidades como disposto no decreto
6.514/08.
Apenas para ampliar o vocabulário, há diversos tipos de petrechos.
Exemplos: petrechos de pesca (anzóis, arpões, redes, molinetes, fisgas,
aparelhos de respiração artificial, etc), petrechos para derrubada de
vegetação (correntes, machados, facões, serras, motosserras, etc),
petrechos para a obtenção de animais da fauna silvestre (alçapões,
gaiolas, apitos, etc).
Os instrumentos utilizados na prática de infração ambiental são
bens, objetos, maquinários, aparelhos, petrechos, equipamentos,
veículos, embarcações, aeronaves, etc, que propiciem, possibilitem,
facilitem, levem a efeito ou deem causa à prática da infração ambiental,
tenham ou não sido alterados em suas características para tal finalidade,
sejam de fabricação ou uso lícito ou ilícito.
Equipamentos seriam as dragas, máquinas de escavações, de
terraplanagem, tratores, etc.
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12 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Julgue os itens subsequentes acerca das infrações administrativas
ambientais.
Os autos de infração ambiental serão lavrados por servidores de
órgãos integrantes do SISNAMA que tenham sido designados para
as atividades de fiscalização, aos quais também cabe a
instauração de processo administrativo por infração ambiental.
Podem, ainda, realizar as mesmas medidas os agentes das
Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
12 - Certo. Art. 70, § 1º da Lei de Crimes Ambientais.
☜São autoridades competentes para lavrar auto de infração
ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de
órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio
Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de
fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do
Ministério da Marinha.☝
13 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Qualquer pessoa do povo pode expor queixa a autoridade
responsável pela fiscalização ambiental quando constatar a
ocorrência de infração ambiental, e a autoridade, a partir do
conhecimento dos fatos, é obrigada a promover a apuração
imediata da infração, sob pena de responsabilidade.
13 - Certo. Art. 170, § 2º e § 3º da Lei de Crimes Ambientais:
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☜ § 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir
representação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para
efeito do exercício do seu poder de polícia.
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração
ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante
processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade.☝
14 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
O processo administrativo para apuração de infração ambiental se
submete a prazos fixados em lei. Julgue os itens a seguir, que
tratam dos prazos de que o órgão ambiental dispõe para as
diferentes fases do processo administrativo.
A partir da data da ciência da autuação, o infrator tem 20 dias
para oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração.
14- Certo. De acordo com o art. 113 do Decreto 6.514/08. O autuado
poderá, no prazo de vinte dias, contados da data da ciência da autuação,
oferecer defesa contra o auto de infração.
O art. 71 da Lei 9.605/98 apresenta alguns prazos, então vejamos:
PRAZOS MÁXIMOS que o processo administrativo para apuração de
infração ambiental deve observar:
20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação
contra o auto de infração, contados da data da ciência da autuação;
30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de
infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a
defesa ou impugnação;
20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória
à instância superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da
Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
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5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do
recebimento da notificação.
Pessoal, cuidado com um detalhe! O prazo para defesa ou impugnação é
contado da data da ciência da autuação. Já o prazo para o julgamento do
auto de infração é contado da data da sua lavratura. Na prova eles podem
inverter isso!
Para lembrar é só entender que o ☜infrator☝ só pode apresentar a sua
defesa ou impugnar o auto a partir do momento que ele tem ciência da
autuação. Memorizando apenas esse detalhe não tem como confundir.
15 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Com ou sem apresentação de defesa ou impugnação por parte do
infrator, a autoridade julgadora tem prazo de 30 dias para julgar o
auto de infração, e tal prazo é contado a partir da data da
lavratura desse auto.
15 - Certo. Consoante art. 124 do Decreto 6.514/08 temos que oferecida
ou não a defesa, a autoridade julgadora, no prazo de trinta dias,
julgará o auto de infração, decidindo sobre a aplicação das penalidades.
O art. 71 da Lei 9.605/98 apresenta alguns prazos, então vejamos:
PRAZOS MÁXIMOS que o processo administrativo para apuração de
infração ambiental deve observar:
20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação
contra o auto de infração, contados da data da ciência da autuação;
30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de
infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a
defesa ou impugnação;
20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória
à instância superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
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SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da
Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do
recebimento da notificação.
16 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Para o infrator recorrer de decisão condenatória a instância
superior do SISNAMA,o prazo é de 15 dias.
16 - Errado. Artigo 71 da Lei 9.605/98:
PRAZOS MÁXIMOS que o processo administrativo para apuração de
infração ambiental deve observar:
20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação
contra o auto de infração, contados da data da ciência da autuação;
30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de
infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a
defesa ou impugnação;
20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória
à instância superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da
Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do
recebimento da notificação.
17 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
O prazo para o pagamento de multa fixada é de 5 dias, contados
da data do recebimento da notificação.
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17 - Certo. Art. 126 do decreto 6.514/2008. ☜Julgado o auto de infração,
o autuado será notificado por via postal com aviso de recebimento ou
outro meio válido que assegure a certeza de sua ciência para pagar a
multa no prazo de cinco dias, a partir do recebimento da notificação,
ou para apresentar recurso.☝
Art. 71 da Lei 9.605/98:
PRAZOS MÁXIMOS que o processo administrativo para apuração de
infração ambiental deve observar:
20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação
contra o auto de infração, contados da data da ciência da autuação;
30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de
infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a
defesa ou impugnação;
20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória
à instância superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da
Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do
recebimento da notificação.
18 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Fátima construiu, sem autorização do órgão licenciador
competente, uma casa dentro de um parque nacional e lá cultivou
milho para dar ao gado que criava em um pequeno curral ao lado
de sua residência, para geração de renda, mediante a venda de
leite e carne. Fátima, embora fosse analfabeta, tinha ciência de
que a área era gerenciada e protegida por órgão ambiental.
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se
seguem.
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O baixo grau de escolaridade e instrução de Fátima não
influenciará a pena que a ela for aplicada pelo delito cometido.
18 - Errado. Art. 14 da Lei 9.605/98. ☜São circunstâncias que atenuam
a pena: I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;☝
19 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
A área em que Fátima exerce a atividade é uma unidade de
conservação, segundo o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza (SNUC), o que levará, no caso concreto,
à aplicação de uma agravante prevista na lei de crimes
ambientais.
19 - Errado. Pessoal, gostei desse item. É uma questão mais
inteligente. No art. 15 da Lei 9.605/98 temos que ☜são circunstâncias que
agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: II -
ter o agente cometido a infração: e) atingindo áreas de unidades de
conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime
especial de uso;☝
Acontece que de acordo com o art. 40, é crime contra a flora causar
dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que
trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990,
independentemente de sua localização. Com pena de reclusão, de um a
cinco anos. Ou seja, a conduta já é tipificada como crime.
Notem que será circunstância agravante quando não constituir
ou qualificar o crime!
Caso houvesse ocorrido dano afetando espécies ameaçadas de
extinção no interior das Unidades de Conservação, aí teríamos uma
circunstância agravante para a fixação da pena.
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20 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
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Acerca das perícias e dos laudos realizados para a constatação de
dano ambiental, julgue os itens seguintes.
Na perícia se deve, sempre que for possível, fixar o montante do
prejuízo causado ao meio ambiente, e tal valor servirá de
parâmetro para a reparação do dano, mas não se relacionará com
a fixação do valor da fiança eventualmente cabível.
20 - Errado. Conforme disposto no art. 19 da lei de crimes ambientais, a
perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível,
fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação
de fiança e cálculo de multa.
21 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
Quando o dano ambiental cometido configurar crime e ilícito civil,
devem ser realizadas duas perícias independentes: uma que
produzirá prova dentro da ação penal instaurada contra o
criminoso e outra que será utilizada na ação cível, pois a perícia
produzida no juízo cível não pode ser utilizada no processo penal.
21 - Errado. Consoante parágrafo único do art. 19 da Lei de Crimes
Ambientais, a perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá
ser aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório. (Prova
emprestada).
22 - (CESPE /UnB ♠ Analista Ambiental: Tema 1 ♠ Subtema 1.2:
Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental ♠ IBAMA ♠ 2008)
O crime de elaboração de laudo ambiental total ou parcialmente
enganoso só ocorre na modalidade dolosa, ou seja, mediante a
livre e consciente vontade de praticar a conduta criminosa.
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22 - Errado. Trata-se de crime contra a administração, que admite a
modalidade dolosa e culposa.
Art. 69-A, § 1º e 2º da Lei 9.605/98:
☜Art. 69-A Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal
ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou
relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso,
inclusive por omissão:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1o Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 2o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se há
dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da
informação falsa, incompleta ou enganosa.
23 - (Cesgranrio - Advogado júnior - PETROBRAS - 2006)
Segundo a legislação vigente, em relação à responsabilidade por
danos causados ao meio ambiente, pode-se afirmar que:
(A) a responsabilidade pela reparação dos danos causados ao meio
ambiente depende de culpa comprovada.
(B) a reparação do dano ambiental pelo infrator acarreta a
impossibilidade de aplicação de sanções criminais.
(C) os danos causados ao meio ambiente sujeitam o infrator à
responsabilidade civil, criminal e administrativa.
(D) o Ministério Público não tem legitimidade para propor ação de
responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.
(E) o pagamento das multas aplicadas pelo órgão ambiental desonera o
infrator da responsabilidade criminal.
23 - Gabarito: C
A - ERRADO. A responsabilidade civil

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