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Direitos Humanos e Transparência da Administração Pública (Lincoln Teixeira Genuino de Farias)

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Direitos Humanos 
e Transparência 
da Administração 
Pública
Mestre em Estudos Anticorrupção
pela International Anticorruption
Academy/Áustria, Especialista em
Gestão pública UEMG, com curso
de Compliance Corporativa pela
Fordham Law/NY.
Auditor do Estado, atualmente
como Controlador Chefe da
Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Conselheiro Fiscal da
COPASA e da COPANOR, com 11
anos de experiência em Auditoria,
Transparência, Integridade e
Corregedoria.
Atuação como Controlador Chefe
na Secretaria de Estado de
Administração Prisional, Fundação
de Amparo à Pesquisa de Minas
Gerais e Instituto de Terras do
Estado de Minas Gerais. Atuação
como Professor no Curso de Pós
Graduação em Gestão de Pessoas na
Universidade do Estado de Minas
Gerais.
Um dos idealizadores do Programa
Mineiro de Promoção da
Integridade - PMPI, Fundador da
Campanha “Corrupção aqui não”.
Prof. Lincoln Farias
DIREITOS HUMANOS E TRANSPARÊNCIA DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
1. Gestão pública; 
2. Transparência
3. Legislação pertinente; 
4. Controle Social
5. Reflexos sobre Direitos humanos. 
O CASO DO JUÍZ SISAMNES -Foi usado pelos burgueses da cidade 
para incentivar a honestidade entre os magistrados em Bruges/Bélgica -
1488. GERARD DAVID
Pagamento de Propina para influenciar a decisão do Juiz.
A denúncia é formulada (Controle Social), investigação é concluída e o 
juiz é preso.
Aplicação da penalidade, esfola em praça pública. 
Nomeação do filho como substituto do pai, que irá ocupar o seu lugar 
no tribunal, julgando os casos assentado sobre a pela do pai esfolado.
Lições da história:
- Importância do controle social;
- Importância da existência de um canal de denúncias (Ouvidoria);
- Importância da correta apuração da denúncia(Auditoria);
- Todo administrador público deve tomar as suas decisões de forma imparcial, 
lembrando que está assentado sobre a pele de um juiz corrupto.
1. GESTÃO PÚBLICA 
• Modelos de Administração pública e a evolução para o termo “Gestão 
Pública”
• Durante o seu processo de aperfeiçoamento a administração pública foi 
representada por 3 fases: 
• Patrimonialista;
• Burocrática;
• Gerencial;
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.1 Administração Pública Patrimonialista
Características
• Vigorou no Brasil até a década de 1930;
• Governantes consideram o Estado como seu patrimônio e o governados
devem trabalhar para satisfazer a necessidade do Estado;
• Total confusão entre público e privado;
• Servidores públicos indicados por seus governantes; (troca de favores,
clientelismo, nepotismo e corrupção)
• Com o crescimento do capitalismo e a necessidade de distinção entre Estado,
Mercado e Sociedade, o espaço se abre para o surgimento do modelo
Burocrático;
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.2 Administração Pública Burocrática
Características
• Surge no Brasil em 1936;
• Separação entre público e privado;
• O Estado assumiu a responsabilidade pela defesa dos direitos sociais, com o
objetivo de combater a corrupção e o nepotismo que permeavam o modelo
patrimonialista;
• Surge a ideia de carreira pública e profissionalização do servidor público;
• Normas rígidas e controle rígido e prévio dos processos de contratação de
servidores e fornecedores, visando a eficiência;
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.2 Administração Pública Burocrática
Características
• Os esforços para afastar vícios, fraudes e corrupção presentes no modelo
patrimonialista, levaram o modelo burocrático a ineficiência;
• A administração pública se torna rígida, engessada e pouco eficiente, sendo
substituída rapidamente pelo modelo Gerencial;
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.3 Administração Pública Gerencial
Características
• Surge na última década do século XX;
• Flexibilização dos mecanismos de controle e atos administrativos;
• Foco na eficiência e qualidade da prestação de serviços, redução de custos,
buscando suprir carências do modelo burocrático;
• O modelo propõe mudanças na estrutura organizacional do Estado,
descentralização dos serviços púbicos e redução dos níveis hierárquicos;
• Este modelo evidenciou a necessidade de uma administração pública, eficaz,
transparente, democrática e participativa, surgindo assim o termo “Gestão
Pública”
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.4 Gestão Pública
Características
• Possui por foco atingir resultados positivos no que tange à prestação de
serviços à população;
• Possui quatro funções ou processos fundamentais: Planejamento,
Organização, Execução e Controle;
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.4.1 Planejamento
Características
• Principal função deste modelo, presente na Lei Federal Complementar nº
101/2000, que estabelece “[...] a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe
ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios
capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas [...]”
• Vale destacar que além da Lei Complementar Federal n.º 101/2000, o Art.
165 da Constituição Federal estabelece as leis que regulamentam o
planejamento e o orçamento dos entes públicos federal, estaduais e
municipais: o Plano Plurianual (PPA); a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO); e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.4.1.1 Planejamento - Plano Plurianual (PPA)
Características
• O Plano Plurianual (PPA) é o instrumento de planejamento de governo que
estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da
gestão pública para as despesas de capital e outras dela decorrentes;
• Elaborado no primeiro ano de governo, entrando em vigor no segundo ano
de governo, com a ideia de manter a continuidade dos programas até o início
do próximo mandato;
• O papel do PPA, portanto, é implementar o necessário elo entre o
planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais.
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.4.1.2 Planejamento - Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
Características
• A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreende as metas e
prioridades da gestão pública, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente;
• Possui por função orientar a Lei Orçamentária Anual (LOA);
• O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e
meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e sua
aprovação pelo legislativo deve ocorrer antes do recesso parlamentar de
julho.
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.4.1.3 Planejamento - Lei Orçamentária Anual (LOA)
Características
• A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos para
o período de um ano, sendo operacionalizada por meio de diversas ações. É o
orçamento propriamente dito, compatibilizado com o PPA.
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.4.1.3 Planejamento - Lei Orçamentária Anual (LOA)
Características
• De acordo com Abrúcio e Loureiro (2004, p. 21), o orçamento é um
instrumento fundamental de governo, é seu principal documento de
políticas públicas. Através dele os governantes selecionam prioridades,
decidindo como gastar os recursos extraídos da sociedade e como
distribuí-los entre diferentes grupos sociais, conforme seu peso ou força
política. Portanto, nas decisões orçamentárias os problemas centrais de uma
ordem democrática como representação e accountability estão presentes.
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.4.1.3 Planejamento - Lei Orçamentária Anual (LOA)
Características
• A finalidade da LOA é, portanto, a concretização dos objetivos e metas
estabelecidos no PPA. É o cumprimento ano a ano das etapas do PPA,
em consonância com o que foi estabelecido na LDO. Orientada pelas
diretrizes, pelos objetivos e pelas metas do PPA, a LOA compreende as ações
a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.5 Organização
Características
• A organização consiste em uma associação de pessoas com divisão de
tarefas e atribuição de responsabilidades que permita a tomada de
decisões para atingir satisfatoriamente de forma eficaz e eficiente os
objetivos propostos voltados aos interesses da sociedade.
• A organização pública é mantida pelo poder público, isto é, por qualquer
nível de governo (federal, estadualou municipal), e visa às necessidades e o
bem-estar do público. Ela é denominada de “primeiro setor” por ser
responsável pelas questões sociais, e é dividida em direta e indireta.
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.5.1 Organização – Pública Direta
Características
• Organização pública direta: é a organização formada por serviços que estão
totalmente integrados e relacionados ao âmbito federal, estadual ou
municipal. Esta organização é representada pela União (governo federal),
governos estaduais, prefeituras, câmaras legislativas, judiciário federal e
estadual, e possui uma hierarquia organizacional com relações de
subordinação e coordenação.
• Exemplo: Ministérios, as Forças Armadas, a Receita Federal, e, inclusive, os
próprios Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.5.2 Organização – Pública Indireta
Características
• Organização pública indireta: é a organização caracterizada como serviço
público ou de interesse público, que foi criada ou autorizada por lei,
devido ao aumento da atuação do Estado, pela qual as atividades serão
cumpridas por outras pessoas jurídicas para proporcionar a concretização
dos fins administrativos do Estado.
• Exemplo: as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e
sociedades de economia mista.
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.6 Direção
Características
• A função direção, também chamada de execução ou liderança, tem a
finalidade de designar pessoas e coordenar esforços, orientando,
liderando e motivando para a execução do planejamento;
• Por envolver pessoas e grupos é considerada a função de maior
flexibilidade na gestão pública (Cargos Comissionados), pois precisa
saber como e quando orientar os envolvidos para alcançar o que foi
planejado e organizado.
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.7 Controle
Características
• O controle tem como tarefa verificar se as ações estão sendo feitas de acordo
com o que foi planejado, organizado e com as ordens dadas, identificando
erros ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar sua repetição. É a partir do
controle que se inicia o processo de redesenhar o planejamento e, a partir
deste, as demais funções.
1. GESTÃO PÚBLICA 
1.7 Controle
Controle Sociedade
Administração 
Pública 
Governo
Estado
Princípios Basilares da Governança
- Transparência;
- Equidade;
- Prestação de Contas.
2. TRANSPARÊNCIA 
A busca pela transparência e pelo acesso à informação tem figurado como uma
questão de relevância global; (VIVOT, 2010);
A transparência pública é um fator que ajuda a inibir a corrupção; (HAMEED, 2005; MENDEL,
2009; JORGE; PATTARO; LOURENÇO, 2011; HEALD, 2012; WEHNER; RENZIO, 2013);
A transparência é um valor fundamental para que ocorra a accountability;
(PIOTROWSKI; VAN RYZIN, 2007).
2. TRANSPARÊNCIA 
- A Escala Brasil Transparente (EBT) é uma ferramenta de monitoramento
da transparência pública em estados e municípios brasileiros (CGU);
- São avaliados 19 itens relacionados a Transparência Ativa e 7 itens
relacionados a transparência passiva;
- Detalhamento de itens em sítios eletrônicos como Receitas, Despesas,
Licitações, Contratos, Obras Públicas, dentre outras;
- Existência de Sistema de Informações ao Cidadão – SIC, prazo de
resposta as solicitações, atendimento a pedidos de informações, dentre
outros.
2. TRANSPARÊNCIA 
Escala Brasil Transparente – Estados 
2. TRANSPARÊNCIA 
2.1 Transparência Ativa
- Transparência ativa é a iniciativa do Estado em prestar informações;
- Princípio diretamente ligado ao próprio conceito de República, o Estado 
prestando informações ao cidadão;
- É uma obrigação do Estado informar ao cidadão:
- Quais serviços são prestados;
- Onde são prestados;
- O que é necessário para obter o serviço;
- Quais foram os resultados dos serviços prestados;
2. TRANSPARÊNCIA 
2.1 Transparência Ativa
- Sendo uma necessidade para atender uma vocação e cada vez mais fortalecer
o Estado como prestador de serviços;
- A lei de acesso a informação fortaleceu esse princípios que estão presentes na
própria constituição federal;
2.2 Transparência Passiva
- Transparência passiva é o direito do cidadão em solicitar informações;
- A obtenção de registros das informações que o estado possui e que o cidadão
quer ter acesso;
3. LEGISLAÇÃO
3.1 Constituição Federal 1988
- Constituição Federal de 1988, também denominada como constituição cidadã,
fortaleceu os princípios e garantias dos direitos individuais do cidadão;
- Em especial no art. 37, parágrafo 3º:
- § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
3. LEGISLAÇÃO
3.1 Constituição Federal 1988
- I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral,
asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a
avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
- II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre
atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
3. LEGISLAÇÃO
3.2 Lei Complementar 131/2009
- A Lei Complementar 131, de 27 de maio de 2009, alterou a redação da Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF) no que se refere à transparência da
gestão fiscal, inovando ao determinar a disponibilização, em tempo real,
de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e
financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
3. LEGISLAÇÃO
3.2 Lei Complementar 131/2009
- Conforme determinado pela LC 131, todos os entes deverão divulgar:
- Quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no
decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a
disponibilização mínima dos dados referentes ao número do
correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à
pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso,
ao procedimento licitatório realizado;
3. LEGISLAÇÃO
3.2 Lei Complementar 131/2009
- Quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das
unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.
• Receitas
• Despesas
• Fornecedores
• Programas, ações e projetos
3. LEGISLAÇÃO
3.2 Lei Complementar 131/2009
- Conforme definido pela LC 131, todos os entes possuem obrigação em
liberar ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo
real, informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e
financeira, em meios eletrônicos de acesso público. Essas informações
precisam estar disponíveis na rede mundial de computadores, não
necessariamente em um Portal da Transparência, contudo, considerando as
boas práticas, é desejável concentrar as informações em um só local.
3. LEGISLAÇÃO
3.3 Lei Federal nº 12.527
- A Lei nº 12.527, sancionada em 18 de novembro de 2011, regulamenta o
direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas e é
aplicável aos três poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios. Esta Lei representou um importante passo para a consolidação
do regime democrático brasileiro e para o fortalecimento das políticas de
transparência pública.
3. LEGISLAÇÃO
3.3 Lei Federal nº 12.527
Principais Aspectos:
- Acesso a informação pública como regra;
- Sigilo como exceção;
- Definição de mecanismos, prazos e procedimentos para entrega das 
informações solicitadas;
- Determina que órgãos e entidades publicas publiquem um rol mínimo de 
informações por meio da internet.
4. CONTROLE SOCIAL
4.1 Importância da Participação Social
- Larry Diamond (2004) deu uma visão geral do que, em sua opinião, é
democracia. Ele descreve a democracia como um sistema de governo com
quatro elementos principais:
1) Um sistema de escolha e substituição do governo por meio de eleições
livres e justas;
2) Participação ativa do povo, como cidadão, na política e na vida cívica;
3) Proteção dos direitos humanos de todos os cidadãos; e
4) Um estado de direito em que as leis e procedimentos se aplicam
igualmente a todos os cidadãos.
4. CONTROLE SOCIAL
4.1 Importância da ParticipaçãoSocial
- A democracia presume o controle do poder político confiado;
- Um dos principais elementos de uma democracia é o Consentimento:
- O mais importante não é mensurar se a maior parte da população adulta aceita
ou aprova um governo ou suas políticas, mas a maneira como esse
consentimento é garantido.
- O Consentimento legítimo é a participação social como CONSTRUÇÃO da
decisão e não da legitimação da decisão tomada previamente e da simples
tomada de decisão;
4. CONTROLE SOCIAL
4.1 Importância da Participação Social
- Necessidade de um sistema de representatividade parlamentar que vai
proteger a liberdade eleitoral, debate livre previamente ao processo eleitoral e
a liberdade do debate parlamentar;
- Elementos que garantam a participação de grupos minoritários na formulação
de decisões;
- Uma vez garantidos o direito de participação no controle político, o respeito
aos direitos civis básicos são mera conseqüência da manutenção dessa
garantia.
4. CONTROLE SOCIAL
4.1 Importância da Participação Social
- Indivíduos devem ser permitidos a participar do controle político, pois
demandar obediência sem a livre participação no controle é negar o direito a
todos de se auto desenvolverem pela responsabilidade por seus próprios atos,
reduzindo o individuo a um mero fantoche.
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública 
- O controle social é a participação do cidadão na gestão pública;
- Se materializa por meio da realização, por parte da população, de ações de
fiscalização, monitoramento e controle da Administração Pública;
- Mecanismo fundamental de fortalecimento da cidadania;
- Aproximação entre Estado e Sociedade;
- Ferramenta de prevenção à corrupção e mau uso do dinheiro público.
- É um complemento fundamental ao controle institucional realizado por
órgãos fiscalizadores e deve ser fomentado por eles;
- Pode ser exercido de forma Direta e Indireta;
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.1 Controle Social Direto
- O Controle Social Direto é aquele exercido diretamente pelo cidadão ou 
grupo social sem a participação ou intermédio de órgão da administração 
pública, que atuaria como um canal entre a população e o governo;
- Controle feito diretamente pela população;
- Exemplo: Fiscalização do fornecimento de merenda escolar pelos pais dos 
alunos de escolas públicas, fiscalização de obras de melhorias nas escolas, 
fiscalização da escala de atendimento médico em postos de saúde, dentre 
outros.
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.1 Controle Social Direto
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.1 Controle Social Direto
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.2 Controle Social Indireto
- Operação Serenata de Amor: A Serenata criou a Rosie - uma inteligência
artificial capaz de analisar os gastos reembolsados pela Cota para Exercício
da Atividade Parlamentar (CEAP), de deputados federais e senadores, feitos
em exercício de sua função, identificando suspeitas e incentivando a
população a questioná-los.
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.1 Controle Social Direto
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.2 Controle Social Indireto
- O Controle Social Indireto é aquele exercido por meio de mecanismos ou 
instituições colocados a disposição da sociedade para tal, controle feito por 
intermédio de organizações. 
- Exemplo: Fiscalização por meio de conselhos municipais ou estaduais de 
políticas públicas;
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.2 Controle Social Indireto
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.3 Ferramentas para exercer o Controle Social
- Audiência Pública: Refere-se a um espaço institucional para todos aqueles
que tenham interesse ou sejam afetados pelas ações do governo possam
participar do processo de tomada de decisão da autoridade. Nesse ambiente,
cidadãs e cidadãos têm a oportunidade de expressar sua opinião sobre as
questões discutidas.
- Pode ser opcional, obrigatória ou solicitada pelo própria população.
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.3 Ferramentas para exercer o Controle Social
- Exemplos de normativo que preveem audiências públicas:
• Lei n.º 9.784/99 (Processo Administrativo);
• Lei n.º 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente);
• Lei n.º 8.666/93 (Licitações e Contratos Administrativos).
- A lei de licitações, por exemplo, prevê a realização de audiência pública
quando o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de
licitações simultâneas ou sucessivas for superior a R$ 330 milhões.
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.3 Ferramentas para exercer o Controle Social
- Orçamento Participativo: é a ferramenta caracterizada pela alocação de
recursos do orçamento público decidida pela participação direta da população
ou por intermédio de grupos organizados da sociedade civil;
- Cidadão opina de forma direta no orçamento, passa de coadjuvante a
protagonista ativo da gestão;
- Exemplo: definição de qual obra será executada em determinado município
em detrimento da realização de outras despesas.
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.3 Ferramentas para exercer o Controle Social
- Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF): Lei que possui por foco o equilíbrio
entre as receitas e despesas públicas, buscando fortalecer o planejamento das
ações do poder público e incentivar a participação popular na prestação de
contas da execução das ações e recursos públicos;
- Ampliou a obrigatoriedade de transparência dos atos públicos: planejamento,
execução e resultados em linguagem simples e objetiva;
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.3 Ferramentas para exercer o Controle Social
- Para garantir a participação e controle social a LRF estabelece que devem ser
elaborados de forma padronizada e com ampla divulgação o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório da Gestão Fiscal;
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.3 Ferramentas para exercer o Controle Social
- Relatório Resumido da Execução Orçamentária:
 Obrigatório para os Três Poderes e para o Ministério Público.
 Deve ser publicado até 30 dias após o encerramento de cada bimestre,
contendo o balanço orçamentário e os comprovantes da execução. O
relatório apresenta informações da execução do orçamento e os resultados
alcançados.
 Por meio dele, podemos, por exemplo, conhecer os valores gastos com
educação e saúde e saber se eles estão dentro do estipulado por lei.
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.3 Ferramentas para exercer o Controle Social
- Relatório de Gestão Fiscal:
 Deve ser elaborado ao final de cada quadrimestre;
 Deve apresentar quadro comparativo com os limites estabelecidos pela lei
em relação a despesas com pessoal, além da indicação de medidas
corretivas – que compensem os gastos extras –, caso seja ultrapassado
qualquer dos limites.
 No caso dos municípios, por exemplo, o limite total da despesa com
pessoal não poderá ultrapassar 60% da receita. Sendo ultrapassado, ações
corretivas previstas na lei serão utilizadas.
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.3 Ferramentas para exercer o Controle Social
- Conselhos de Políticas Públicas: Os conselhos são locais de exercício da
cidadania, que abrem espaço para a participação popular na gestão pública,
sendo classificados de acordo com a função que exercem.
 Cumprem o papel de acompanhamento e controle dos atos praticados
pelos governantes.
 O Conselho Municipal de Saúde, por exemplo, tem por atribuições
controlar o dinheiro destinado à saúde e a execução das ações, assim como
participar da elaboração das metas dessa área.
4. CONTROLE SOCIAL
4.2 Controle Social na Administração Pública
4.2.3 Ferramentas paraexercer o Controle Social
- Conselhos de Políticas Públicas: Os conselhos são locais de exercício da
cidadania, que abrem espaço para a participação popular na gestão pública,
sendo classificados de acordo com a função que exercem.
 Cumprem o papel de acompanhamento e controle dos atos praticados
pelos governantes.
 O Conselho Municipal de Saúde, por exemplo, tem por atribuições
controlar o dinheiro destinado à saúde e a execução das ações, assim como
participar da elaboração das metas dessa área.
Transparência 
Ativa
Transparência 
Ativa
Disponibiliza 
Informação
CidadãoCidadão Ouvidoria
Órgãos da 
Adm Pública
Transparência 
Passiva 
Transparência 
Passiva Aprimora Informações 
Disponíveis 
Cidadão informado acerca 
da apuração de sua 
denúncia ou da sua 
solicitação de informação 
Controle 
Interno
Denúncia? 
Solicitação de 
Informações? 
Solicita Informações e 
formula denúncias 
Disponibiliza o resultado da apuração realizada 
Responde ao pedido de
informações formulado
4. CONTROLE SOCIAL
4.3 Controle Interno (Ref. Governo Federal)
- A Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão de controle interno do
Governo Federal responsável por realizar atividades relacionadas à defesa do
patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão, por meio
de ações de auditoria pública, correição, prevenção e combate à
corrupção e ouvidoria.
- A CGU também deve exercer, como Órgão Central, a supervisão técnica dos
órgãos que compõem o Sistema de Controle Interno e o Sistema de
Correição e das unidades de ouvidoria do Poder Executivo Federal,
prestando a orientação normativa necessária.
4. CONTROLE SOCIAL
4.3 Controle Interno (Ref. Governo Federal)
4. CONTROLE SOCIAL
4.3 Controle Interno (Ref. Governo Federal)
- A Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC) atua na
formulação, coordenação e fomento a programas, ações e normas voltados
à prevenção da corrupção na administração pública e na sua relação com o
setor privado. Entre suas principais atribuições, destacam-se a promoção da
transparência, do acesso à informação, do controle social, da conduta ética
e da integridade nas instituições públicas e privadas. Promove também a
cooperação com órgãos, entidades e organismos nacionais e internacionais
que atuam no campo da prevenção da corrupção, além de fomentar a
realização de estudos e pesquisas visando à produção e à disseminação do
conhecimento em suas áreas de atuação.
4. CONTROLE SOCIAL
4.3 Controle Interno (Ref. Governo Federal)
- A Ouvidoria-Geral da União (OGU) exerce a supervisão técnica das
unidades de ouvidoria do Poder Executivo Federal. Com esse propósito
orienta a atuação das unidades de ouvidoria dos órgãos e entidades do Poder
Executivo Federal; examina manifestações referentes à prestação de serviços
públicos; propõe a adoção de medidas para a correção e a prevenção de falhas
e omissões dos responsáveis pela inadequada prestação do serviço público; e
contribui com a disseminação das formas de participação popular no
acompanhamento e fiscalização da prestação dos serviços públicos.
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.1 Impacto das políticas públicas
- A constituição de 1988 estabelece em seu art. 6º:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.1 Impacto das políticas públicas
- Impacto das Fraudes em Moradia:
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.1 Impacto das políticas públicas 
- Impactos da fraudes em programas de Moradia X Controle Social:
• Desvio de finalidade da política pública;
• Desvio na destinação dos recursos;
• Fraude na identificação e qualificação dos beneficiários;
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.1 Impacto das políticas públicas 
- Impacto das Fraudes na Saúde:
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.1 Impacto das políticas públicas
- Impactos da fraudes na Saúde X Controle Social:
• Desvio de finalidade da política pública;
• Desvio na destinação dos recursos;
• Mortes de pessoas dependentes da política pública;
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.1 Impacto das políticas públicas
- Impactos da fraudes na Saúde X Controle Social:
• Desvio de finalidade da política pública;
• Desvio na destinação dos recursos;
• Mortes de pessoas dependentes da política pública;
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.2 A participação social como direito
- De acordo com as Nações Unidas, os direitos humanos são direitos inerentes
a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade,
etnia, idioma, religião ou qualquer outro status. Os direitos humanos incluem
o direito à vida e à liberdade, liberdade contra escravidão e tortura,
liberdade de opinião e expressão, o direito ao trabalho e à educação e muito
mais. Todos têm direito a esses direitos, sem discriminação;
- Os direitos humanos devem sempre ser observados na concepção de políticas
públicas;
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.2 A participação social como direito
- De acordo com o dicionário de Oxford cidadão é um
indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e
políticos por este garantidos e desempenha os deveres que, nesta condição,
lhe são atribuídos.
- Cidadania é o status daqueles que são membros de uma comunidade e são
por ela reconhecidos. É, também, o conjunto de direitos e deveres que um
indivíduo tem diante da sociedade da qual faz parte.
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.2 A participação social como direito
- Chauí (1984) define cidadania pelos princípios da democracia, significando
conquista e consolidação social e política.
- Benevides (1994, p. 94) afirma que a “[...] cidadania corresponde ao
conjunto de liberdades individuais – os chamados direitos civis de
locomoção, pensamento, expressão, integridade física, associação etc.”
(perspectiva liberal)
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.3 A participação social como fator de mudança
Transparência Controle Social
Política Pública 
Eficaz e Eficiente
Respeito aos Direitos Humanos 
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.3 A participação social como fator de mudança
- A ausência de transparência impede o controle social efetivo;
- Sem controle social a transparência não atinge a plenitude de sua finalidade;
- Sem transparência e controle social os direitos humanos são enfraquecidos;
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.3 A participação social como fator de mudança
- A participação social:
- é direito humano;
- é princípio essencial governança;
- é um “ativo” de um governo democrático;
- garante melhores políticas públicas e resultados;
- auxilia o governo a identificar o caminho correto a seguir;
- não se resume ao voto e sim ao senso de pertencimento;
5. TRANSPARÊNCIA, CONTROLE SOCIAL E 
DIREITOS HUMANOS 
5.3 A participação social como fator de mudança
- A participação social:
- constrói confiança;
- é parte fundamental para o desenvolvimento sustentável;
- ajuda a reduzir os conflitos e violações aos direitos humanos;
- é um “ativo” de um governo democrático;
- garante melhores políticas públicas e resultados;
- auxilia o governo a identificar o caminho correto a seguir;
- não se resume ao voto e sim ao senso de pertencimento;
A preservação dos DIREITOS HUMANOS está diretamente relacionada a um
GOVERNO TRANSPARENTE e com intensa PARTICIPAÇÃO SOCIAL.
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