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19/02/2021 EPIDEMIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
A ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS) DEFINE ENVELHECIMENTO COMO: 
• “Um processo seqüencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”.
• A Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe uma definição de “envelhecimento saudável” a partir de uma perspectiva mais ampla, fundamentada no conceito de curso da vida ou life span e na funcionalidade, em vez de presença ou ausência de doenças dentro dessa perspectiva existe o conceito central de capacidade e desempenho funcional, o qual não considera apenas as disfunções e as limitações, mas depende da interação entre a capacidade intrínseca, os recursos pessoais e o ambiente.
• Capacidade intrínseca: todas as capacidades físicas e mentais (estrutura e funções do corpo) que uma pessoa pode realizar durante seu curso de vida. 
• Capacidade e desempenho funcional: interação entre capacidade intrínseca e os desejos, as necessidades e os recursos pessoais e ambientais. 
• A capacidade funcional, de acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade, engloba, em atividades, dois qualificadores: a capacidade e o desempenho funcional.
 
• O aumento da idade é acompanhado por um acúmulo gradual de danos moleculares e celulares que diminuem as reservas fisiológicas e homeostáticas do organismo. Tais mudanças apresentam grande variabilidade em qualquer idade cronológica específica, principalmente ao se considerar as influências genéticas, ambientais e sociais particulares de cada indivíduo, que afetam o desenvolvimento de outras características de saúde. A dinâmica da saúde na velhice é complexa e influencia o processo de funcionalidade ou de incapacidade do indivíduo, dependendo das diferentes trajetórias e contextos de vida do idoso.
• Os idosos frágeis são aqueles que, clinicamente, apresentam alterações que traduzem uma maior vulnerabilidade biológica. Qualquer ruptura no equilíbrio adaptativo desses idosos, seja física, psicológica ou social, proporciona uma súbita aceleração do declínio de saúde e da capacidade funcional. Desse modo, enquanto alguns idosos podem apresentar bom funcionamento físico e mental, outros podem ser frágeis ou necessitar de apoio significativo para satisfazer suas necessidades básicas.
• Na velhice, a limitação da funcionalidade é influenciada por duas ou mais doenças crônicas, definida como multimorbidade. A multimorbidade é freqüente entre os idosos, com uma prevalência de cerca de 60% na faixa etária de 65 a 74 anos, e de 81,5% em idosos acima de 85 anos; está associada a maior risco de morte, pior estado funcional, efeitos adversos de medicamentos, limitação nas atividades do cotidiano e pior qualidade de vida. • Além da idade avançada e do ônus de doenças crônicas, outros fatores podem influenciar a funcionalidade das pessoas idosas, como:
- Baixo nível de renda. 
- Baixo nível de escolaridade. 
- Problemas de convivência em arranjo familiar multigeracional. 
- Problemas psicoemocionais. 
- Isolamento social. 
- Baixo nível de atividade física.
• Para a Organização das Nações Unidas (ONU, 1982), o ser idoso difere entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. Nos primeiros, são consideradas idosas as pessoas com 65 anos ou mais, enquanto nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, são idosos aqueles com 60 anos ou mais. Essa definição foi estabelecida pela ONU, em 1982, por meio da Resolução 39/125, durante a Primeira Assembléia Mundial das Nações Unidas sobre o Envelhecimento da População.
• Fatores que contribuíram para a redução substancial da natalidade no Brasil: 
- Urbanização da população. 
- Maior acesso das pessoas à informação. 
- Necessidade de famílias com número menor de filhos. 
- Maior participação da mulher no mercado de trabalho.
- Maior acesso a métodos contraceptivos. 
• A mudança de um cenário de altas taxas de mortalidade e natalidade para outro com baixas taxas de mortalidade e natalidade, (convencional-mente chamada de transição demográfica) o que resultou em aumento da expectativa de vida e aumento do numero de integrantes da população idosa.
• Quanto ao sexo, a população idosa é constituída em sua maior parte por mulheres Em 1991, as mulheres correspondiam a 54% dos idosos, passando para 55,1% em 2000 (IBGE, 2000). 
• Explica-se essa predominância pelo fato de as mulheres terem: uma expectativa de vida
• Expectativa de vida, em média, 8 anos maior do que a dos homens. (devido a fatores biológico (hormônios femininos protegeriam contra isquemia miocárdica). 
• Menor exposição a riscos no trabalho. 
• Menor consumo de tabaco e álcool.
 • Atitudes diferentes em relação às doenças e à incapacidade (maior atenção ao aparecimento de sinais e sintomas, visitas mais freqüentes aos serviços de saúde, melhor conhecimento sobre as doenças) 
• Maior disponibilidade de serviços para a mulher, incluindo os programas de prevenção do câncer ginecológico
• O Índice de Envelhecimento, que mede o número de pessoas idosas numa população em cada grupo de 100 pessoas jovens, pode demonstrar bem os diferentes estágios do envelhecimento nas regiões brasileiras. Para o Rio Grande do Sul, em 2010, esse indicador foi de 57,3 pessoas com 65 anos ou mais de idade para cada grupo de 100 pessoas menores de 15 anos de idade, enquanto para o estado do Amazonas este número foi de 9,4 pessoas com 65 anos ou mais de idade (IBGE, 2010).
• Doenças crônicas: mais de 70% dos idosos brasileiros referem pelo menos uma doença crônica. Hipertensão, artrite/reumatismo e diabetes são as doenças crônicas mais freqüentes, sendo referidas por, respectivamente, 48,8%, 27,3% e 13% dos idosos.
• Visão Geral: Todas as pessoas - em todos os países do mundo - devem ter a oportunidade de viver uma vida longa e saudável. Ainda assim, os ambientes em que vivemos podem favorecer a saúde ou ser prejudiciais a ela. Os ambientes têm grande influência em nosso comportamento e exposição a riscos à saúde (por exemplo, poluição do ar, violência), nosso acesso a serviços (por exemplo, saúde e assistência social) e as oportunidades que o envelhecimento traz.
• O número e a proporção de pessoas com 60 anos ou mais na população estão aumentando. Em 2019, o número de pessoas com 60 anos ou mais era de 1 bilhão. Esse número aumentará para 1,4 bilhão em 2030 e 2,1 bilhões em 2050. Esse aumento está ocorrendo em um ritmo sem precedentes e se acelerará nas próximas décadas, especialmente nos países em desenvolvimento.
• Essa mudança historicamente significativa na população global requer adaptações na forma como as sociedades são estruturadas em todos os setores. Por exemplo, saúde e assistência social, transporte, habitação e planejamento urbano. Trabalhar para tornar o mundo mais amigável aos idosos é uma parte essencial e urgente de nossas mudanças demográficas.
• Envelhecimento em saúde: 
• Em 2020, o número de pessoas com 60 anos ou mais superará o número de crianças com menos de 5 anos. • Em 2050, 80% dos idosos viverão em países de renda baixa e média. 
• O ritmo de envelhecimento da população é muito mais rápido do que no passado.
• Todos os países enfrentam grandes desafios para garantir que seus sistemas sociais e de saúde estejam prontos para aproveitar ao máximo essa mudança demográfica. • Pessoas em todo o mundo estão vivendo mais. Hoje, pela primeira vez na história, a maioria das pessoas pode esperar viver até os 60 anos ou mais. Em 2050, a população mundial com 60 anos ou mais deve totalizar 2 bilhões, contra 900 milhões em 2015.
• Hoje, 125 milhões de pessoas têm 80 anos ou mais. Em 2050, haverá quase esse número (120 milhões) vivendo apenas na China e 434 milhões de pessoas nesta faixa etária em todo o mundo. Em 2050, 80% de todas as pessoas idosas viverão em países de renda baixa e média. • O ritmo de envelhecimento da populaçãoem todo o mundo também está aumentando dramaticamente. A França teve quase 150 anos para se adaptar a uma mudança de 10% para 20% na proporção da população com mais de 60 anos. No entanto, locais como Brasil, China e Índia terão pouco mais de 20 anos para fazer a mesma adaptação.
• A França teve quase 150 anos para se adaptar a uma mudança de 10% para 20% na proporção da população com mais de 60 anos. No entanto, locais como Brasil, China e Índia terão pouco mais de 20 anos para fazer a mesma adaptação. • Embora essa mudança na distribuição da população de um país em direção às idades mais avançadas - conhecida como envelhecimento da população - tenha começado em países de alta renda (por exemplo, no Japão, 30% da população já tem mais de 60 anos), agora é baixa e média países de renda que estão passando pelas maiores mudanças. Em meados do século, muitos países para, por ex. O Chile, a China, a República Islâmica do Irã e a Federação Russa terão uma proporção de idosos semelhante ao Japão. • As condições comuns na idade avançada incluem perda auditiva, catarata e erros refrativos, dores nas costas e no pescoço e osteoartrite, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes, depressão e demência
• Além disso, à medida que as pessoas envelhecem, é mais provável que experimentem várias doenças ao mesmo tempo. • A velhice também é caracterizada pelo surgimento de vários estados de saúde complexos que tendem a ocorrer apenas mais tarde na vida e que não se enquadram em categorias de doenças distintas. Essas são comumente chamadas de síndromes geriátricas. Freqüentemente, são conseqüência de vários fatores subjacentes e incluem fragilidade, incontinência urinária, quedas, delírio e úlceras de pressão.
• As síndromes geriátricas parecem ser melhores preditores de morte do que a presença ou o número de doenças específicas. No entanto, fora dos países que desenvolveram a medicina geriátrica como especialidade, eles são freqüentemente negligenciados nos serviços de saúde tradicionalmente estruturados e na pesquisa epidemiológica.
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT)
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem o maior problema global de saúde e estão relacionadas com número elevado de mortes prematuras e perda da qualidade de vida com alto grau de limitação e incapacidade, além de impactos econômicos para famílias, as comunidades e a sociedade em geral.
OMS inclui como doenças crônicas não transmissíveis:
• Doenças do Aparelho Circulatório (cerebrovasculares e cardiovasculares)
• Agravos Oncológicos
• Doenças Respiratórias Crônicas
• Diabetes mellitus
FATORES DE RISCO EM COMUM
Outras DCNT:
• Desordens mentais e neurológicas
• Doenças ósseas e articulares
• Osteoporose
• Desordens genéticas
• Doenças bucais
• Doenças autoimunes
• Patologias oculares e auditivas
Não partilham do mesmos fatores de risco!
• Etiologia múltipla
• Muitos fatores de risco
• Longo período de latência
• Origem não infecciosa
• História natural prolongada
• Longo curso assintomático
• Associação com incapacidades funcionais e deficiência
• São muito influenciadas pelas condições de vida e escolhas individuais;
• Necessitam de abordagem sistemática para o tratamento, exigindo novas estratégias dos serviços de saúde;
• Aumento de mortes prematuras;
• Impacto econômico.
Fatores de Risco Modificáveis:
✔Tabagismo
✔Consumo de bebida alcoólica
✔Inatividade física
✔Alimentação inadequada	
DCNT E DESIGUALDADES SOCIAIS
◼ DCNT atinge fortemente camadas pobres da população e grupos mais vulneráveis, como a população de baixa escolaridade e renda;
◼ Como determinantes sociais das DCNT, são apontadas as desigualdades sociais, as diferenças no acesso aos bens e aos serviços, a baixa escolaridade, as desigualdades no acesso à informação, além dos fatores de risco modificáveis.
DCNT – PANORAMA MUNDIAL 
◼ 2008: 36 milhões de mortes ocorridas no mundo;
◼ 80% das mortes ocorrem em países de baixa ou média renda, sendo 29% pessoas menores de 60 anos, sendo 13% em países desenvolvidos; 
◼ 2011: Reunião de Alto Nível na ONU para discutir doenças crônicas não transmissíveis.
PANORAMA BRASILEIRO
◼ DCNT correspondem a 72% das causas de mortes sendo:
31% de doenças do aparelho circulatório
16,3% neoplasias
5,2% diabetes
5,8% doenças respiratórias crônicas
Grupos vulneráveis: idosos, os de baixa renda e baixa escolaridade.
PLANO DE AÇÕES PARA O ENFRENTAMENTO DAS DCNT NO BRASIL 
O objetivo do Plano de Enfrentamento de DCNT é o de promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados às doenças crônicas.
Diretrizes e ações em: 
a) vigilância, informação, avaliação e monitoramento; 
b) promoção da saúde;
c) cuidado integral.
◼ Organização da Vigilância de DCNT
◼ PNPS
◼ Programa Academia da Saúde
◼ Adesão à Convenção-Quadro para Controle do Tabaco
◼ Guia Alimentar para a População Brasileira – Aleitamento Materno
◼ Expansão e Fortalecimento da Atenção Básica – 60%
◼ Programa Farmácia Popular
Algumas metas nacionais propostas:
•Reduzir a taxa de mortalidade prematura;
•Reduzir a prevalência de obesidade em crianças;
•Reduzir a prevalência de tabagismo;
•Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos;
•Aumentar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo uterino em mulheres de 25 a 64 anos.
	
ESTUDOS E INQUÉRITOS POPULACIONAIS
◼ VIGITEL
◼ ELSA – BRASIL
◼ ESTUDO SABE
◼ PNAD (IBGE)
◼ Pesquisas Escolares
VIGITEL (VIGILÂNCIA DE FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR INQUÉRITO TELEFÔNICO)
◼ VIGITEL é realizado desde 2006, com publicação anual.
◼ Realizado nos 26 estados mais DF.
◼ Monitorar por inquérito telefônico a frequência e a distribuição dos principais determinantes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).
◼ Descrever a evolução anual dos indicadores, monitorar e apoiar políticas públicas de saúde.
ELSA - BRASIL (ESTUDO LONGITUDINAL DE SAÚDE DO ADULTO)
◼ Ministério da Saúde e Ministério da Ciência e Tecnologia (2008)
◼ Investigação multicênica de coorte composta por 15 mil funcionários de seis instituições de ensino superior das regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.
◼ investigar a incidência e os fatores de risco de doenças crônicas em particular as cardiovasculares e diabetes.
◼ idade entre 35 e 74 anos – fazem exames e entrevistas nas quais são avaliados aspectos como condições de vida, diferenças sociais, relação com o trabalho, gênero e especificidades da dieta da população brasileira.
DCNT e População Idosa
◼ BR: 650 mil novos idosos a cada ano;
◼ Maioria com doenças crônicas e incapacidades;
◼ Não controle clínico favorece a ocorrência anual de mais de um milhão de internações no SUS.
◼ Dificuldade de adesão ao tratamento.
◼ Acima de 65 anos: três ou mais doenças crônicas referidas
ESTUDO SABE (Saúde, Bem-estar e Envelhecimento)
◼O inquérito sobre Saúde, bem-estar e envelhecimento – SABE - foi coordenado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) como um inquérito multicêntrico sobre saúde e bem-estar de pessoas idosas em sete centros urbanos na América Latina e Caribe.
◼Brasil: São Paulo
◼Universidade de Wisconsin-Madison financiou a realização do SABE provendo idéias para o desenho do estudo, o plano de amostra, questionários..
◼O objetivo primário foi avaliar as condições de vida e saúde das pessoas idosas residentes das referidas cidades de forma a projetar as necessidades sociais e de saúde que, provavelmente, resultarão do rápido crescimento da população idosa.
◼O objetivo secundário foi promover um maior diálogo entre a investigação em saúde pública e o estudo do envelhecimento, a fim de fortalecer um trabalho interdisciplinar.
QUEDAS ACIDENTAIS
05/03 DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS NO IDOSO
Epidemiologia: ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes do risco de doenças,agravos e eventos associados à saúde, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, danos ou problemas de saúde e de proteção, promoção ou recuperação da saúde individual e coletiva, produzindo informação e
conhecimento para apoiar a tomada de decisão no planejamento, administração e avaliação de sistemas, programas, serviços e ações de saúde.
O objetivo global da epidemiologia é estudar “a ocorrência e distribuição de eventos relacionados com a saúde das populações, incluindo o estudo dos fatores determinantes e a aplicação desse conhecimento não mais e nem menos para controlar problemas de saúde” (PORTA, 2008).
Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não mera ausência de moléstia ou enfermidade” (WHO, 1948).
Na história natural da doença admite-se o conceito de saúde com uma estruturação explicativa proporcionada pela tríade ecológica (agente, suscetível e meio ambiente), enquanto na determinação social do processo saúde-doença admite-se um processo dinâmico, complexo e multidimensional que engloba dimensões biológicas, psicológicas, socioculturais, econômicas, ambientais e políticas a fim de identificar uma complexa inter-relação quando se trata de saúde e doença de uma pessoa, de um grupo social ou de sociedades (CRUZ, 2011; PUTTINI et al., 2010)
Fatores Potenciais para o desenvolvimento da doença:
Fatores socioeconômicos.
Fatores sociopolíticos.
Fatores socioculturais.
Fatores psicossociais..
Fatores ambientais.
Fatores genéticos.
Sexo.
Etnia.
Idade.
Prevenção primária
Promoção da saúde Consiste na adoção de medidas de ordem geral:
Moradia adequada.
Escolas.
Áreas de lazer.
Alimentação adequada.
Educação em todos os níveis.
Educação em saúde.
Atividade física regular.
Saneamento básico.
Proteção específica:
Imunização.
Saúde do trabalhador.
Higiene pessoal e do lar.
Proteção contra acidentes.
Aconselhamento genético.
Controle dos vetores e reservatórios.
Uso de preservativos e seringas descartáveis.
Prevenção secundária / Diagnóstico precoce
Inquérito para descoberta de casos na comunidade.
Exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos.
Isolamento para evitar a propagação de doenças
Tratamento para evitar a progressão da doença.
Limitação da incapacidade:
Evitar futuras complicações.
Evitar sequelas.
Reduzir o risco de transmissão da doença..
Prevenção terciária:
Reabilitação (impedir a incapacidade total). •
Fisioterapia.
Terapia ocupacional.
Emprego para o reabilitado.
Redução da dependência familiar.
Redução da dependência social.
Melhoria da qualidade de vida da pessoa com sequela.
No Brasil, a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS) compreende os determinantes como fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população (BUSS & PELLEGRINI FILHO, 2007).
A expressão doença transmissível é termo técnico de uso generalizado e definido pela OPAS: é qualquer doença causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão desse agente ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectados ou de um
reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente, por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado.
Hospedeiro:
Indivíduo suscetível ou infectável: é a pessoa ou animal sujeito a uma infecção.
Indivíduo resistente: é aquele que, via algum mecanismo natural ou por meio de imunização artificial, tornou--se capaz de impedir o desenvolvimento, em seu organismo, de agentes infecciosos.
Indivíduos não infectados: é a pessoa ou animal pertencente a uma espécie suscetível que, na atualidade, não alberga um determinado agente infeccioso.
 não expostos;
suscetíveis-expostos, ainda não infectados;
expostos, porém resistentes.
Indivíduos infectados: é a pessoa ou animal que alberga um agente infeccioso e que apresenta manifestações da doença ou uma infecção inaparente.
doentes;
portadores.
Suspeito: é aquele cuja história clínica e sintomatologia indicam estar acometido por alguma doença ou tê-la em incubação.
Portador: é o indivíduo infectado (ou animal) que alberga um agente infeccioso de uma doença sem apresentar sintomas e constituindo fonte potencial de infecção.
O estado de portador pode ocorrer a um indivíduo durante o curso de uma infecção inaparente (geralmente denominado portador são ou assintomático), ou durante o período de incubação, nas fases de convalescença e pós-convalescença de infecções que se manifestam clinicamente (comumente chamados portador em incubação e porta-dor convalescente, respectivamente). Em qualquer dos casos, o estado de portador pode ser breve (portador temporário ou transitório) ou prolongado (portador crônico).
Resistência: caracteriza o sistema de defesa com o qual o organismo impede a difusão ou a multiplicação de agentes infecciosos que o invadiram ou os efeitos nocivos de seus produtos tóxicos.
Está associada ao estado de nutrição, integridade de pele e mucosas, capacidade de reação e adaptação aos estímulos do meio, fatores genéticos, estado atual de saúde, estresse e imunidade específica.
Está associada ao estado de nutrição, integridade de pele e mucosas, capacidade de reação e adaptação aos estímulos do meio, fatores genéticos, estado atual de saúde, estresse e imunidade específica.
São considerados modos de transmissão horizontal aqueles em que o agente infeccioso é passado de uma pessoa a outra num grupo de pessoas. Essa transmissão pode ser direta imediata, como na maioria das doenças sexualmente transmissíveis (DST), ou indireta, através de um substrato ambiental, como na cólera, ou por intermédio de um vetor, como na doença de Chagas
Transmissão vertical: ocorre durante o processo de re-produção (através do esperma ou óvulo), desenvolvimento fetal ou parto. Esse tipo de transmissão pode ocorrer em ca-sos de AIDS, encefelalite herpética, sífilis congênita, rubéola congênita e citomegalovirose, entre outras.
TRIADE PRE PATOGENICA
MORAL ETICA E VALOR 
MORAL DEPENDE DE LUGAR E ÉPOCA
Valor, Moral e Ética 
• Uma pessoa não nasce ética, sua estruturação ética vai ocorrendo juntamente com seu desenvolvimento. 
• Claude Lévi-Strauss, defende que o homem é um ser biológico (produto da natureza), e ao mesmo tempo um ser social (produto da cultura), ou seja um ser ambíguo, e ele esta sujeito as leis da natureza e da sociedade, que podem ser conflitantes.
• Valor: 
- Crença duradoura em um MODELO ESPECÍFICO DE CONDUTA ou estado de existência, que é PESSOALMENTE ou SOCIALMENTE adotada, e que esta embasado em uma cultura preexistente. 
- Os valores podem expressar os sentimentos e os propósitos de nossas vidas, tornando-se muitas vezes a base de nossas lutas e compromissos (Rokeach, 1973).
• MORAL: 
- O que é CORRETO ou INCORRETO, o que é uma VIRTUDE ou MALDADE nas condutas humanas. A moralidade é um sistema de valores, do qual resultam normas que são consideradas corretas por uma determinada sociedade, religião em uma época especifica, por exemplo: código civil, código penal, dez mandamentos. (Barton & Barton, 1984).
• ÉTICA: 
- Um conjunto de normas que regulamentam o comportamento de um grupo particular de pessoas, por exemplo: advogados, médicos, fisioterapeutas, psicólogos entre outros. É comum a todos esses grupos o seu próprio CODIGO DE ÉTICA, normatizando suas ações especificas. (Barton & Barton, 1984).
- A eticidade está na PERCEPÇÃO DOS CONFLITOS DA VIDA PISIQUICA (emoção x razão) e na condição que podemos adquirir, de nos posicionarmos, de forma coerente, face a esse conflito, considerando que ética se fundamente em três pré requisitos:
• 1- Percepção de conflitos (consciência). 
• 2- Autonomia (condição de posicionar-se entre a emoção e a razão, sendo que essa posição de escolha é ATIVA e AUTONOMA). 
• 3- Coerência.
• A enorme diferença entre moral e ética,é que para que a moral seja atuante ela deve ser IMPOSTA, para que a ética seja atuante ela deve ser APREENDIDA PELO INDIVIDUO (vir do seu interior).
 • A moral é imposta. • A ética é percebida.
12/03 PESQUISA QUALITATIVA
PESQUISA QUALITAT IVA EM SAÚDE 
• O que é pesquisa? É toda atividade realizada para se descobrir a resposta a alguma indagação. 
Para Minayo (2013) é o processo de descoberta da realidade. 
• Classificação da pesquisa quanto à forma de abordagem: 
- Pesquisa Quantitativa (informações numéricas) 
- Pesquisa Qualitativa (qualidade das informações): entender os significados individuais ou coletivos para a vida das pessoas. 
- Apenas se diferenciam pela forma como obtêm a base empírica (tipos de dados que coletam).
Pesquisa Qualitativa: 
Considera a existência de uma relação dinâmica entre o mundo real e o mundo subjetivo. É descritiva e utiliza o método indutivo. O processo é o foco principal. Quando a decisão do pesquisador é para coletar dados experienciais e não medidas. 
Método Indutivo: processo de construir generalizações universais a partir da observação de casos particulares. 
Características: 
- Explora os fenômenos em profundidade 
- É basicamente conduzido em ambientes naturais 
- Os significados são extraídos dos dados 
- Não se fundamenta na estatística
Processo: 
- Indutivo (explorar e descrever, depois gerar perspectivas teóricas) 
- Recorrente 
- Analisa múltiplas realidades subjetivas 
- Não tem sequência linear
Benefícios: 
- Profundidade de significados 
- Extensão 
- Riqueza interpretativa 
- Contextualizar o fenômeno 
Na pesquisa qualitativa o objeto de estudo acontece ou se manifesta; e não aquele que almeja o produto, isto é, os resultados finais matematicamente trabalhados.
“O método qualitativo de pesquisa é aqui entendido como aquele que se ocupa do nível subjetivo e relacional da realidade social e é tratado por meio da história, do universo, dos significados, dos motivos, das crenças, dos valores e das atitudes dos atores sociais.” (MINAYO, 2013)
PAPEL DO PESQUISADOR: 
- Preocupação do pesquisador com as vivências de cada participantes tal como foram ou são sentidas pelo participantes. 
- É introduzido nas experiências dos participantes e constrói o conhecimento sabendo que é parte do fenômeno estudado. 
- A reflexão é a ponte que une o pesquisador e os participantes. 
- Ocorre interação entre pesquisador e participante.
Coleta de dados: 
• O objetivo da coleta de dados é proporcionar um entendimento maior sobre os significados e as experiências das pessoas. 
• Pesquisador é o instrumento de coleta de dados. 
• Finalidade da coleta de dados -> compreender as pessoas e seus contextos.
Instrumentos de coletas de dados: 
• Observação 
• Entrevista: Conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. 
• Questionários 
• Pesquisa documental e bibliográfica
Não consiste em apenas ver e ouvir, e também em examinar fatos ou ferramentas que se deseja estudar.
Entrevista 
• Encontro de duas pessoas, onde o entrevistador coleta informações sobre um determinado assunto.
 Tipos: Estruturada, Não-estruturada, painel. 
Exige preparação específica. 
Construção de um diário de campo, enriquece a apresentação dos resultados.
Descrições do Ambiente ou do contexto
 Mapas / Diagramas, quadros e esquemas 
Listagem de objetos e artefatos 
Aspectos do desenvolvimento do estudo
Questionário 
Instrumento de coleta de dados com perguntas ordenadas que devem ser respondidas por escrito pelo entrevistador. Tipo: questões abertas, fechadas e de múltipla escolha. Realização de pré-teste do questionário
Pesquisa documental 
 Pesquisa Bibliográfica: Abrange toda bibliografia já publicada sobre o assunto que deseja pesquisar e que sejam confiáveis (artigos, livros, teses, dissertações)
Coleta de dados --- diário / registro de campo 
Ao final de cada dia de jornada de trabalho é necessário que o pesquisador preencha seu diário de campo, no qual o pesquisador transcreve suas anotações, reflexões, pontos de vista, conclusões preliminares hipóteses iniciais, dúvidas e preocupações.
Análise dos resultados coletos podem ser através: Variedade de formatos: narrativas, fragmentos de textos, vídeos, fotografias e mapas, diagramas, matrizes e modelos conceituais. 
O formato varia em cada estudo. 
Os dados não serão reduzidos a valores numéricos. O que se busca em um estudo qualitativo é obter dados (que são transformados em informação).
Análise Qualitativa 
Pesquisador que estrutura os dados coletados 
Organizar as unidades, as categorias, os temas e os padrões 
Interpreta, explica 
Relaciona os resultados 
- Mais utilizada: Análise do discurso / Análise do conteúdo (Bardin)
Importância das pesquisas qualitativas para a saúde 
- Levantamento de dados é rico 
- Interpretação dos resultados com grande autoridade 
- Settings de saúde (significado do processo saúde-doença)
Settings de saúde (significado do processo saúde-doença) 
- Melhorar a qualidade da relação médico-paciente-instituição 
- Promover maior adesão de pacientes e da população frente à tratamentos 
- Adesão à medidas coletivas 
- Entender mais profundamente certos sentimentos, ideias e comportamentos dos doentes, familiares e profissionais de saúde
26/03 EDUCAÇÃO POPULAR E EDUCAÇÃO EM SAÚDE PNEPS
• Na maioria das sociedades, as pessoas que sofrem de desconforto físico ou emocional têm diversas formas de ajudar a si mesmas ou de procurar ajuda de outras pessoas. Elas podem, por exemplo:
- decidir descansar ou
- tomar um remédio caseiro ou
- pedir conselhos a um amigo, parente ou vizinho, ou
- consultar um pároco local ou
- curandeiro ou
- “pessoa sábia” ou
- consultar um médico, desde que haja algum disponível.
• Elas podem seguir todas essas etapas ou talvez somente uma ou duas delas, podendo segui-las em qualquer ordem. 
• Quanto maior e mais complexa a sociedade em que a pessoa vive, mais dessas opções terapêuticas provavelmente estarão disponíveis, desde que o indivíduo possa pagar por elas. Assim, as sociedades urbanizadas modernas, ocidentais ou não, são mais propensas a exibir pluralismo nos cuidados de saúde.
• Dentro dessas sociedades, há muitas pessoas ou indivíduos oferecendo ao paciente seu próprio modo particular de explicar, diagnosticar e tratar a má saúde. Embora essas formas terapêuticas coexistam, elas freqüentemente baseiam-se em premissas bastante diferentes e podem mesmo originar-se de culturas diferentes
• O sistema de cuidados de saúde de qualquer sociedade não pode ser estudado isoladamente dos outros aspectos dessa sociedade, em especial sua organização social, religiosa, política e econômica.
• Kleinman2 sugeriu que, ao examinar qualquer sociedade complexa, pode-se identificar três setores sobrepostos e interconectados de cuidados de saúde: o setor informal, o setor popular (folk) e o setor profissional. Cada setor tem seus próprios modos de explicar e tratar a má saúde, definir quem é a pessoa que cura e quem é o paciente e especificar como o agente de cura e o paciente devem interagir em seu encontro terapêutico.
• Setor informal: este é o domínio leigo, não-profissional, não-especialista da sociedade, em que a má saúde é reconhecida pela primeira vez e definida e no qual as atividades de cuidados de saúde são iniciadas. Ele inclui todas as opções terapêuticas que as pessoas usam, sem qualquer pagamento e sem consultas a curandeiros ou médicos. Entre essas opções, estão:
- autotratamento ou automedicação; 
- conselhos ou tratamento dados por parentes, amigos, vizinhos ou colegas de trabalho; 
- atividades de cura e cuidado mútuo em uma igreja, culto ou grupo de auto-ajuda; 
- consulta com outra pessoa leiga que possui experiência específica com um distúrbio em particular ou com o tratamento de um estado físico.
• Nesse setor, a principal arena dos cuidados de saúde é a família. Este é o local real dos cuidados primários de saúde em qualquer sociedade. Na família, como Chrisman3 salienta,os principais provedores de cuidados de saúde são as mulheres, geralmente as mães ou avós, que diagnosticam as doenças mais comuns e as tratam com os materiais disponíveis. Estima-se que cerca de 70 a 90% dos cuidados de saúde ocorrem nesse setor, tanto em sociedades ocidentais quanto não-ocidentais.4
• O setor informal geralmente inclui um conjunto de crenças sobre a manutenção da saúde. Estas costumam ser uma série de orientações, específicas para cada grupo cultural, sobre o comportamento “correto” para evitar a má saúde em si mesmo e nos outros. Elas incluem crenças sobre o modo saudável de comer, beber, dormir, vestir-se, trabalhar, rezar e sobre a forma geral de conduzir a própria vida.
• Elas também incluem crenças sobre o funcionamento “saudável” do corpo: com que freqüência se deve defecar, por exemplo, e em que horário.6 Em algumas sociedades, a saúde também é mantida pelo uso de talismãs, amuletos e medalhas religiosas para afastar o azar, inclusive doenças inesperadas, e para atrair sorte e saúde.
• A maioria dos cuidados de saúde nesse setor ocorre entre pessoas já ligadas umas às outras por laços de parentesco, amizade ou vizinhança, ou por serem membros de organizações profissionais ou religiosas, como: 
 1. Aqueles com longa experiência em um tipo de doença ou de tratamento. 
 2. Aqueles com longa experiência em certos eventos de vida (como as mulheres que criaram ou amamentaram diversas crianças).
 3. As pessoas que exercem profissões paramédicas (como enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas ou recepcionistas de consultórios médicos) que são consultadas informalmente sobre problemas de saúde. 
 4. Os cônjuges de médicos, que compartilham parte de sua experiência, quando não o próprio treinamento.
 5. Os indivíduos que exercem profissões como cabeleireiros, vendedores ou mesmo funcionários de bancos, que interagem freqüentemente com o público e algumas vezes agem como confessores leigos. 
 6. Os organizadores de grupos de auto-ajuda. 
 7. Os membros ou oficiantes de certas seitas de cura ou de igrejas
• Todas essas pessoas podem ser consideradas por seus amigos ou familiares como fontes de aconselhamento e assistência em relação aos assuntos de saúde. Suas credenciais são principalmente sua própria experiência, muito mais do que sua educação, seu status social ou seus poderes ocultos especiais.
• EX 1: Uma mulher que passou por diversas gestações, por exemplo, pode dar conselhos informais a uma jovem gestante, relatando que sintomas esperar e como lidar com eles. 
• Ex 2: As experiências de má saúde dos indivíduos algumas vezes são compartilhadas dentro de um grupo de auto-ajuda, que pode agir como um repositório do conhecimento sobre um problema ou experiência particular, a ser usado para o benefício tanto de outros membros quanto para o restante da sociedade.
• Alcoólicos Anônimos (AA): suas raízes situam-se originalmente nos Estados Unidos, com a fundação dos em 1936.7 Atualmente, há cerca de 500.000 grupos de auto-ajuda nos Estados Unidos, e cerca de 18% da população norte-americana já participou de um deles.7 Na Alemanha, entre 2 e 8% da população pertencem a um grupo de auto-ajuda.7 Um dos maiores e mais antigos grupos internacionais de auto-ajuda é o AA, que possui mais de 100.000 grupos em 150 países e mais de 2 milhões de membros.
Ex 3: grupos do tipo Human Potential (como Cientologia, EST, Progoff Process e Cornucopia), meditação oriental e grupos de ioga (que baseiam-se no budismo zen ou tibetano, no jainismo ou no hinduísmo) e os muitos tipos de igrejas espiritualistas e “círculos de cura”, que praticam a cura oculta ou espiritual para seus membros. Muitos deles baseiam-se no movimento “New Age”,10
• Todos os aspectos do setor informal podem, algumas vezes, ter efeitos negativos sobre a saúde mental e física das pessoas. A família, por exemplo, pode facilitar ou impedir os cuidados de saúde. 
• Em geral, as pessoas doentes movem-se livremente entre o setor informal e os outros dois setores, muitas vezes usando todos os três de uma vez, sobretudo quando o tratamento em um setor falha em aliviar o desconforto físico ou emocional.
• O setor popular (folk): Neste setor, que é particularmente grande em sociedades não-industrializadas, certos indivíduos especializam-se em formas de cura que são sagradas ou seculares, ou uma mistura das duas. Esses curandeiros não pertencem ao sistema médico oficial e ocupam uma posição intermediária entre os setores in-formal e profissional.
• Existe uma ampla variação nos tipos de curandeiro popular em qualquer sociedade, de especialistas puramente seculares e técnicos, como quiropráticos, parteiras, pessoas que extraem dentes ou herbalistas, até aqueles que realizam curas espirituais, clarividentes e xamãs. 
• Os curandeiros populares compõem um grupo heterogêneo, com muita variação individual em termos de estilo e aspecto, mas algumas vezes estão organizados em associações com regras de entrada, códigos de conduta e troca de informações. 
• Os curandeiros espirituais, que operam fora dos templos, das igrejas ou das “lojas de velas”, são particularmente comuns e lidam com doenças supostamente causadas por feitiçaria ou punição divina
• EX1: em seu estudo no final da década de 1970 sobre curandeiros afro-americanos nas periferias de baixa renda nos Estados Unidos, Snow14 descreveu “médicos de ervas”, “médicos de raiz”, espiritualistas, magos, houngans ou mambos de vodu, sacerdotes de cura e curandeiros pela fé, profetas da vizinhança, “avozinhas” e vendedores de ervas mágicas, raízes e medicamentos comerciais.
• Desvantagem: Assim como outras formas de cuidados de saúde, a medicina popular tem suas desvantagens e seus riscos. Por exemplo, os curandeiros populares podem ignorar, fazer um diagnóstico errado ou tratar mal os sinais de uma doença física grave ou de um distúrbio mental, como confundir psicose, epilepsia ou tumor cerebral com uma “possessão espiritual”. Eles podem usar formas de tratamento como exorcismos, concocções herbais fortes, dietas especiais ou formas extremas de reza ou jejum que podem causar lesão física ou psicológica a seus clientes.
• Alguns podem usar agulhas ou instrumentos não-esterilizados em circuncisões, escarificações rituais, ou outros tratamentos, levando à disseminação de infecções com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou da hepatite B. Tanto a circuncisão masculina quanto a feminina, realizadas por praticantes populares, algumas vezes podem levar a uma grande hemorragia, especialmente naqueles com tendência a sangramento, bem como a infecções locais ou até septicemia.
• Algumas parteiras tradicionais podem usar instrumentos não-esterilizados nos partos ou aconselhar as mães a descartar seu colostro ou colocar pedaços de excrementos no coto umbilical do bebê após o nascimento – levando ao tétano neonatal.
• Alguns curandeiros populares também podem usar a credulidade e a vulnerabilidade de seus clientes para explorá-los financeira, emocional ou mesmo sexualmente. 
• Todos esses exemplos significam que os curandeiros populares devem ser vistos de modo realista, sem romantizá-los exageradamente.
• O setor profissional: profissões de cura organizadas, legalmente sancionadas, como a medicina científica ocidental moderna. Ele inclui não somente médicos de vários tipos e especialidades, mas também as profissões paramédicas reconhecidas, como enfermeiros, parteiras (nível técnico), fisioterapeutas e etc. Todas as sociedades têm sua própria etnomedicina – aquela parte de seu sistema cultural que trata especificamente da doença e da cura.
• Educação Popular: é a luta dos movimentos sociais pela transformação da atenção à saúde possibilitaram a incorporação, em muitos serviços de saúde, de formas de relação com a população bastante participativas e que rompem com a tradição autoritária dominante. Essas experiências foram importantes para o delineamento de muitas das propostas mais avançadas do SUS.
• O método da Educação Popular, sistematiza do por Paulo Freire, se constitui como norteadorda relação entre intelectuais e classes populares. 
• Assim, a participação de profissionais de saúde nas experiências de Educação Popular, a partir dos anos 70, trouxe para o setor Saúde uma cultura de rela ção com as classes populares que representou uma ruptura com a tradição autoritária e normatizadora da educação em saúde.
• A Educação Popular dedica-se à ampliação dos canais de interação cultural e negociações (cartilhas, jornais, assembléias, reuniões, cursos, visitas, etc.) entre os diversos grupos populares e os diversos tipos de profissionais e instituições
• A educação em saúde é uma prática na qual existe a participação ativa da comunidade, que proporciona informação, educação sanitária e aperfeiçoa as atitudes indispensáveis para a vida
• A educação em saúde é um campo de práticas e de conhecimento do setor Saúde que tem se ocupado mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação assistencial e o pensar e fazer cotidiano da população. Diferentes concepções e práticas têm marcado a história da educação em saúde no Brasil, mas, até a década de 70, a educação em saúde foi basicamente uma iniciativa das elites políticas e econômicas e, portanto, subordinada aos seus interesses.
• Voltava se para a imposição de normas e comportamentos por elas considerados adequados. Para os grupos populares que conquistaram maior força política, as ações de educação em saúde foram esvaziadas em favor da expansão da assistência individualizada à saúde.
• O campo da saúde envolve um conjunto de práticas educativas. Em diversos espaços desenvolvemos ações de educação em saúde: nos grupos, consultórios, nas portas de entrada dos serviços, domicílios, praças e, mesmo, na rua. As ações de educação em saúde também se expressam nos cartazes, nas campanhas, nos panfletos e demais materiais que circulam nos serviços de saúde, na televisão, na internet e em outros espaços sociais que procuram desenvolver atividades educativas.
Qunado tem retorno financeiro é popular e quando não tem é informal
O curandeiro mesmo sem receberentra no popular
Profissional é reconhecido
Quais os eixos estratégicos da educação popular em saúde?
A Política apresenta, ainda, alguns eixos estratégicos para sua implementação: participação, controle social e gestão participativa; formação, comunicação e produção de conhecimento; cuidado em saúde; intersetorialidade e diálogos multiculturais
Quais são os princípios da Política Nacional de Educação Popular em Saúde?
Brasília: Ministério da Saúde; 2013., cujos princípios teóricos e metodológicos fundamentais são: diálogo, amorosidade, problematização, construção compartilhada do saber, emancipação e compromisso com a construção do Projeto Democrático Popular.
Qual o conceito de morte pela Resolução CFM no 1480 97 E o que significa?
Art. 3º. A morte encefálica deverá ser conseqüência de processo irreversível e de causa reconhecida. ... Os parâmetros clínicos a serem observados para constatação de morte encefálica são: coma aperceptivo com ausência de atividade motora supra-espinal e apnéia.
09/04 Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
Antecedentes históricos
► Medicina centrada na doença X Medicina centrada no paciente
► MCCP desenvolvido por vários pesquisadores em vários países do mundo
► O método clínico centrado na pessoa (MCCP) foi recomendado por Stewart et al. na
publicação de “Patient centered medicine: transforming the clinical method”, que teve sua
última atualização em 2015.
“[...] um método clínico que, por meio de uma escuta atenta e qualificada, objetiva um entendimento integral da vivência individual daquele padecimento, a fim de construir conjuntamente um plano terapêutico, estimulando a autonomia da pessoa como protagonista em seu processo de saúde.”
“O método dá ênfase a importância de abordar na consulta três aspectos: a perspectiva do médico, relacionada aos sintomas e a doença; a perspectiva do paciente, que inclui suas preocupações, medos e experiência de adoecer; e a integração entre as duas perspectivas.”
1) Explorando a saúde, a doença e a experiência da doença.
- História, exame clínico e investigação, Sentimentos, medos sobre estar doente, O impacto de seus problemas nas tarefas da vida diária, Expectativas, Suas experiências com a atuação médica, Escuta qualificada, Contato visual, Linguagem corporal
2) Entendendo a pessoa como um todo. (Competência Cultural como elemento importante. Incorpora promoção e prevenção - conhecendo comportamentos, influências ambientais e socioeconômicas no modo de pensar e produzir saúde de cada sujeito) 
- Família / Comunidade •Trabalho •Crenças / Cultura, Várias etapas e as crises do ciclo devida, Instrumentos de coletas de dados familiares (Ex: Genograma e Ecomapa)
3) Encontrando um terreno comum (Elaborando projetos comum de manejo dos problemas)
- Médico e o paciente / pessoa buscam uma concordância em:
- natureza dos problemas e as prioridades;
- os objetivos do tratamento;
- os papéis do médico (equipe de saúde) e da pessoa
4Intensificando o relacionamento entre pessoa e médico. (um processo que deve ser construído durante toda a consulta e ser aprimorado em todos os encontros em uma assistência longitudinal, incorporando o ser realista).
- compaixão e empatia, poder, cura e esperança, autoconhecimento e sabedoria pratica, transferência e contratransferência
ATRIBUTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE-
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
“...atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente
comprovados e socialmente aceitos, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e
famílias na comunidade, a um custo que tanto a comunidade quanto o país possa arcar em
cada estágio de seu desenvolvimento. É parte integral do sistema de saúde do país, do qual
é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e econômico global
da comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade
com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do
local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo
de atenção continuada à saúde” (STARFIELD, 1998).
“A Atenção Primária é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades.” (BRASIL, 2020)
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Atributos essenciais: acesso, longitudinalidade, coordenação, integralidade
Atributos derivados: orientação familiar, orientação comunitária, Competência cultural
ACESSO PRIMEIRO CONTATO
· APS entendida como a porta de entrada para o Sistema de Saúde; fácil acesso.
· Se trata de acessibilidade;
· Acesso aos serviços utilizados pelos usuários para cada problema novo ou novo episódio do problema já existente.
· Não é apenas “atenção ao 1o contato” e sim, ser acessível de modo tempo-oportuno.
Exemplos: Localização adequada no território, Rampas para cadeirantes, Consultas em tempo oportuno –quando o paciente necessita, Conhecimento de LIBRAS, Horários reservados para populações estratégicas
(puericultura, pré-natal, saúde mental), Disponibilizar contato telefônico para os Usuários, Sala de Acolhimento
LONGITUDINALIDADE
 Definida como “lidar com o crescimento e as mudanças de indivíduos ou grupos no decorrer
de um período de anos”.
 Relação de longa duração entre profissionais de saúde e usuários, independente do
problema de saúde ou mesmo da existência de algum problema.
 Fonte continuada de atenção;
 Vínculo = fortes laços interpessoais.
Exemplos: • Prontuário de família; Lista de Problemas; Medicamentos em uso; Fluxograma de exames complemetares; Reagendamento de consultas tempo-oportuno; Busca ativa de faltosos; Atendimento ao longo do ciclo vital; Atendimentoda família e comunidade.
Coordenação do Cuidado / Assistência
· Integrar todo cuidado que o usuário recebe nos diferentes níveis de atenção no sistema de saúde.
· Responsabilização contínua sobre o paciente → integralidade
· Encaminhar (Referência), garantir a contra-referência e dar continuidade no cuidado.
· Atuar de forma INTERSETORIAL
INTEGRALIDADE
 Ofertar para o usuário, todos os serviços de saúde necessários: preventivos, que possibilitem o diagnóstico
e o tratamento das doenças;
 Proporcionar resolução de problemas, sejam orgânicos, funcionais ou sociais.
Exemplos: 
• Infraestrutura e materiais adequados;
• Disponibilização de serviços: lista dos serviços prestados pela unidade de saúde de fácil acesso aos usuários.
• Não fragmentação do cuidado.
• Capacitação dos profissionais – Matriciamento.
• Aproveitar as oportunidades de cuidado.
ORIENTAÇÃOFAMILIAR
• Família: sujeito da atenção;
• A orientação familiar se efetiva quando:
 Integralidade: considerar o indivíduo dentro de seu contexto;
 Para a atenção integral considera-se o contexto familiar e sua exposição a ameaças à saúde;
 A relação entre família-saúde-doença é reconhecida e considerada na avaliação e planejamento do cuidado;
 O desafio da coordenação da atenção se defronta com recursos familiares limitados.
Exemplos:
• Ferramentas de abordagem familiar
• Visitas domiciliares e consultas com a família
• Prontuário Familiar
ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA
 As necessidades relacionadas à saúde das pessoas ocorrem em um contexto social;
 O entendimento das características de saúde da comunidade e dos recursos disponíveis fornece uma forma mais extensa de avaliar as necessidades e potencialidades.
 Garante a legitimidade da equipe e suas decisões no território.
Exemplos:
• Realização de diagnóstico de comunidade e demanda;
• Territorialização: identificação de áreas de risco e pontencialidades;
• Grupos de discussão com a comunidade, ACS;
• Grupos terapêuticos: pré-natal; saúde mental (Terapia Comunitária,
Dependência Química, Tabagismo); Grupos Educativos; Conselho Gestor.
COMPETÊNCIACULTURAL
 Ocorre por meio do reconhecimento de diferentes necessidades dos grupos
populacionais, suas características étnicas, raciais e culturais, entendendo suas representações dos processos saúde- enfermidade.
Exemplos:
• Presença do ACS nas equipes de SF;
• Uso de linguagem acessível à população;
• Respeito às diferenças culturais;
• Desafios: subculturas urbanas.
 16/04 Linha do tempo sobre as principais políticas de saúde e assistenciais;
•1923 - CAPS: marco inicial da previdência Social no Brasil. Criadas pela Lei Eloi Chaves. Momento inicial em que o Estado assume a responsabilidade pelas ações de saúde dos trabalhadores. Eram por grandes empresas e a gestão feita pelas empresas e empregados.
•1933 - Unificação das CAPS em IAPS - Institutos de Aposentadorias e Pensões. Passam a ser por categoria profissional e sua gestão era tripartite: governo (gestão finaceira), empregadores e empregados.
•1953 - Criação do Minstério da Saúde - O foco de ação eram ações e programas de saúde, incluindo vacinação e o controle de endemias/epudemias - ações de promoção e prevenção.
•1966 - Criação do Instituto Nacional da Previdência Social. Ratifica a dicotomia entre a prevenção e a assistência à saúde. Sistema EXCLUDENTE, só tinha acesso os trabalhadores formais ( previdenciários/contribuintes)
•1977- Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social - INAMPS: responsável pela assistência médica dos previdênciários. EXCLUDENTE> 
•1978 - Primeira Conferência Internacional de Cuidados Primários em Saúde, aconteceu em Alma-Ata e foi um marco na Atenção Primária em todo mundo. Impulsionou mudanças na organização do sistema de saúde no Brasil.
•1982 -Criação do CONASP - Conselho Nacional de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP), em 1982, a partir do qual foi implementada a política de Ações Integradas de Saúde (AIS), em 1983. Estas constituíram uma estratégia de extrema importância para o processo de descentralização da saúde.
•1983/84 -Implementação das AIS - Ações Integradas em Saúde.como componente originalmente subalterno do Plano do CONASP e como redefinição democratizante de uma política racionalizadora que passou a ter mais espaço com o avanço das lutas democráticas.
•1986  - VIII Conferência Nacional de Saúde - sendo a primeira a permitir a participação popular. Pode ser considerada o maior marco do movimento sanitário.Seu relatório tem caráter importante na Construção de um sistema de saúde para todos.
•1988- Promulgação da Carta Magna de 1988, a primeira a contemplar o SETOR SAÚDE em seus artigos: 196 ao 200 - Instititucionaliza o SUS
•1987/89 - Criação do SUDS - Sistema Único Descentralizado de Saúde.Conhecido como estratégia ponte ou "estadualização" da Saúde. Teve grande importância no processo de Descentralização das ações e serviços de saúde.
•1990 -Edição das Leis Orgânicas da Saúde: Lei 8.080/90 - Dispõe sobre a organização do SUS e a Lei 8.142/90 - Dispõe sobre o controle social e o finaciamento do SUS.
•1991 -Edição da primeira Norma Operacional Básica - NOB 91 - Retroage e possui características centralizadores. O PACS - Programa de Agentes Comunitários é criado e a atenção básica começa a ganhar importância no Sistema de Saúde.
•1993 - Edição da segunda Norma Operacional Básica - NOB 93 - Traz formas de habilitação dos municípios, estratificando o grau de autonomia destes. Os municípios poderiam ser classificados em: incipientes,parciais e semi-plenos.
•1994- Criação do Programa Saúde da Família. Grande avanço para a Atenção Básica no Brasil 
•1996 - Edição da terceira Norma Operacional Básica - NOB 96. Institui o Piso da Atenção Básica e fortalece a descentralização e a Atenção Básica, incentivando finaceiramente os municípios a estruturar a rede, através da Atenção Básica e da Saúde da Família. Habilita os municípios em GestãoPlena da Atenção Básica e Gestão Plena do Sistema Municipal.
•2000 - Emenda Constitucional nº29 de 2000 - Traz a importancia da fixação de valores mínimos para o finaciamento do SUS. Somente em 2012, a Lei 121/12 traz em seu texto os valores mínimos para aplicação de recursos próprios, pelos estados, DF e municípios, no setor saúde
•2001 -Edição da primeira Norma Operacional de Assitência à Saúde - NOAS 2001 -esta NOAS-SUS. Atualiza a regulamentação da assistência, considerando os avanços já obtidos e enfocando os desafios a serem superados no processo permanente de consolidação e aprimoramento do Sistema Único de Saúde.
•2002 -Edição da SEGUNDA Norma Operacional de Assitência à Saúde - NOAS 2002 -esta NOAS-SUS assegura a manutenção das diretrizes organizativas definidas pela NOAS-SUS 01/01, procura oferecer as alternativas necessárias à superação das dificuldades e impasses oriundos da dinâmica concreta de sua implementação.
•2006 - Divulgação do Pacto pela Saúde através da Portaria 399/06. O Pacto é composto por 3 componentes, cada um traz prioridades para todas as esferas de governo: Pacto em Defesa do SUS, Pacto pela Saúde e Pacto de Gestão.
•2009- Publicação do Regulamento da Saúde através da Portaria 2.048/09, cria o Regulamento do SUS, revoga a Portaria 399/06.
•2011 - Publicação do Decreto 7.508/11 - Regulamenta a Lei Orgânica 8.080/90. Traz conceitos importantes e fortalece a regionalização através da Instituição de Regiões de Saúde - o que garante a INTEGRALIDADE da assistência em saúde.
•2011 -Publicação da Nova Portaria da Atenção Básica - PNAB.
•2012 -Sacionada a Lei Complementar 141/12, que traz em seu texto os percentuais mínimos a serem investidos pelas esferas de governo nas ações e serviços de saúde.Deixa claro, em seu texto, quais são as ações e serviços de saúde.
•2015 - Emenda Constitucional 86/15 - Altera o art. 198 da Constituição Federal, deixando claro o valor mínimo a ser investido pelas esferas de governo. Deixa claro o valor mínimo de 15% para a União - recursos próprios.
•2015- Publicação da Lei 13.097/15 - Alterao artigo 23 da Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 - passando a ser permitida a participação direta e indireta de capital estrangeiro na assistência à saúde no Brasil. Inclui o art. 53A na citada LOS
Nomenclaturas: geriatria e gerontologia, senescência e senilidade.
GERONTOLOGIA
É o estudo do envelhecimento nos aspectos – biológicos, psicológicos, sociais e outros. Os profissionais da Gerontologia têm formação diversificada, interagem entre si e com os geriatras
GERIATRIA
É a especialidade médica que se integra na área da Gerontologia com o instrumental específico para atender aos objetivos da promoção da saúde, da prevenção e do tratamento das doenças, da reabilitação funcional e dos cuidados paliativos
SENESCÊNCIA abrange todas as alterações produzidas no organismo de um ser vivo – seja do reino animal ou vegetal – e que são diretamente relacionadas a sua evolução no tempo, sem nenhum mecanismo de doença reconhecido”. São, portanto, as alterações pelas quais o corpo passa e que são decorrentes de processos fisiológicos, que não caracterizam doenças e são comuns a todos os elementos da mesma espécie, com variações biológicas. São exemplos de senescência a queda ou o embranquecimento dos cabelos, a perda de flexibilidade da pele e o aparecimento de rugas. “São fatores que podem incomodar algumas pessoas, mas nenhum deles provoca encurtamento da vida ou alteração funcional”, explica o médico
 SENILIDADE é um complemento da senescência no fenômeno do envelhecimento. “condições que acometem o indivíduo no decorrer da vida baseadas em mecanismos fisiopatológicos” São, dessa forma, doenças que comprometem a qualidade de vida das pessoas, mas não são comuns a todas elas em uma mesma faixa etária. “Assim são a perda hormonal no homem que impede a fertilidade, a osteoartrose, a depressão e o diabetes, entre outros comprometimentos”
26/04 Panorama Geral das Políticas Públicas Relacionadas ao Idoso
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa considera que “o
conceito de saúde para o indivíduo idoso se traduz mais pela sua
condição de autonomia e independência que pela presença ou
ausência de doença orgânica” (BRASIL, 2006).
“A finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa
Idosa é recuperar, manter e promover a autonomia e a
independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas
coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância
com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. É alvo
dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou
mais de idade.”
“A Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa inicia-se na Unidade
Básica de Saúde – UBS, a porta de entrada no Sistema de Saúde.
Os idosos devem estar sempre vinculados e cadastrados a este
local, onde a maioria dos problemas da população idosa, como por
exemplo: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, doenças
cardiovasculares, e doenças osteoarticulares e depressão, devem
ser atendidos e resolvidos.”
 Nos casos onde as doenças de difíceis controles e que necessitam de maiores cuidados, o idoso é
encaminhado (referenciado) para atendimento especializado nos demais níveis de atenção.
Principalmente aos idosos frágeis, que apresentam prejuízo funcional, seja por incapacidade e perda da autonomia.
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, Portaria GM 2528 de 19 de outubro de 2006 define que a Rede de Atenção Psicossocial (CAPS) e a Rede de Urgências e Emergências (UPAS e Pronto Atendimentos) também são portas de entrada para atendimento.
Atenção Primária à Saúde
• Nível de atenção primária = UBS
• Equipes de ESF e NASF ou equipes multiprofissionais
• Fazem parte da atenção primária: PAI – Programa Acompanhante de Idosos (projeto piloto da
Prefeitura Municipal de São Paulo em parceria com a UNIFESP, desde 2006)
Programa Acompanhante de Idoso (PAI)
É um tipo de cuidado domiciliar biopsicosocial para pessoas idosas em situação de fragilidade e vulnerabilidade social, que disponibiliza a prestação dos serviços de profissionais e acompanhantes de idosos, para apoio e suporte nas Atividades de Vida
Diárias (AVD’s) e para suprir outras necessidades de saúde e sociais quando insuficiência de suporte familiar ou social.
Equipe: 1 Coordenador (com formação em Serviço Social), 1 médico (clínico ou preferencialmente geriatra), 1 enfermeiro, 2 auxiliares de enfermagem, 1 agente administrativo, 10 Acompanhantes de Idosos e 1 motorista.
Objetivos:
• Promover assistência integral à saúde da população idosa descrita, objetivando desenvolver autocuidado, autonomia, independência e melhoria do estado de saúde;
• Evitar, ou adiar a institucionalização e oferecer condições a essa população de uma vida mais autônoma e de melhor qualidade;
• Promover a quebra do isolamento e exclusão social;
• Formar, acompanhar e dar suporte técnico a acompanhantes de idosos (AI’s), para atender a população idosa adscrita, em seu domicílio e/ou na cidade;
• Integrar as redes formais e informais de atenção à pessoa idosa para fortalecimento de parcerias e obtenção de alternativas de atendimento das demandas.
Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso
• Hospitais Gerais
• Centros de Referência de Atenção à Saúde do Idoso – CRASPI (principalmente na assistência ao idoso com mal de Alzheimer) (atendimento especializado à saúde do Idoso com equipe multidisciplinar com serviços de geriatria, enfermagem, assistência farmacêutica, algumas especialidades médicas como dermato, orto, cardio e profissionais da reabilitação)
• Centro de Referência ao Idoso = CRI Atendimentos de especialidades médicas, assistência odontológica, atendimentos assistenciais, reabilitação e espaço de convivência social: atividades educativas, atividades físicas e cursos.
Unidades de Referência de Saúde ao Idoso (URSI)
Atendimento voltado ao idoso fragilizado que apresenta perda funcional e agravos à saúde.
(patologias mais complexas)
Necessário encaminhamento do score da AMPI – AB. Somente as UBS podem encaminhar os
pacientes para a URSI.
Equipe: geriatra, enfermagem e assistência social (equipe mínima), além dos profissionais da
reabilitação.
Objetivos da URSI:
• Oferecer atenção integral e promover a saúde e o autocuidado da pessoa idosa fragilizada.
• Qualificar a atuação dos profissionais da rede básica, responsáveis pela continuidade dos cuidados
do idoso durante o acompanhamento na URSI e após alta desse serviço.
Equipamentos da Assistência Social
• Núcleos de Convivência do Idoso (NCI)
• Centro de Referência da Cidadania do Idoso (CRECI)
• Centro Dia para Idosos: serviço diurno voltado para pessoas idosas em situação de vulnerabilidade social,
com grau de dependência física e/ou cognitiva. Realiza ações integradas com a saúde. Nesses locais,
os idosos podem passar o dia recebendo cuidados especiais como alimentação, terapia ocupacional,
atendimento multidisciplinar, além de participar de oficinas, enquanto o familiar estiver trabalhando.
• Centro de Acolhida Especial para Idosos: são espaços para idosos independentes em situação de
rua.
ILPS
Entre as alternativas não familiares para o cuidado do idoso, a mais antiga é a instituição asilar, cuja origem
remonta à Grécia Antiga.
Nos dias atuais, contudo, são comumente associadas a imagens negativas e preconceitos, vistas muitas vezes
como depósito de idosos à espera do tempo de morrer.
Segundo Born (2001) no BR os asilos estão associados a pobreza, negligência e abandono do idoso pelas
famílias.
Demanda por esta modalidade de cuidados tende a crescer devido ao envelhecimento da população.
“O envelhecimento populacional e o aumento da
sobrevivência de pessoas com redução da capacidade
física, cognitiva e mental estão requerendo que os
“asilos” deixem de fazer parte apenas da rede de
assistência social e integrem a rede de assistência à
saúde.”
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) sugeriu a adoção da
denominação “Instituição de Longa Permanência para Idosos”. Trata-se de uma
adaptação do termo utilizado pela OrganizaçãoMundial de Saúde, Long-Term Care
Institution.
São estabelecimentos que prestam atendimento integral institucional para pessoas com 60
anos ou mais, dependentes ou independentes, que não dispõem de condições para
permanecer em seu domicílio ou com a família. Elas devem proporcionar serviços na área
social, médica, de psicologia, de enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, odontologia e
outras, a depender das necessidades do perfil dos pacientes.”
• IPEA (2007-2009): conhecer o perfil das ILPIs brasileiras
65,2% são filantrópicas
menos de 50% recebem visitas da ESF
ILPIs privadas: residentes dependentes e semi dependentes
Fisio e TO em apenas 31% das instituições
• Sistema Unificado de Assistência Social (SUAS) – censos anuais
Dados da ANVISA (2010): 3.549 instituições de longa permanência no Brasil.
• Serviço que oferta moradia, alimentação, atividades socioeducativas, trabalho psicossocial através
de encaminhamento de pessoas idosas com risco pessoal e social, que apresentam fragilidade,
dependência física e/ou cognitiva, prioritariamente sem vínculos familiares.
• A forma de acesso é pelo CREAS da região de moradia.
• Avaliação da assistência social e saúde que definem em conjunto quanto o idoso deverá ser
elegível para institucionalização.
• Devem seguir os princípios do SUS e são fiscalizados pela ANVISA / Vigilância Sanitária.
As ILPIs são instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas ao
domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.
As normas de funcionamento estão estabelecidas na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 283, de
26 de setembro de 2005.
Toda equipe da atenção básica pode fazer a amp, os testes de rastreamento não
AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO BÁSICA – AMPI-AB
AVALIAÇÃO DO IDOSO
= Avaliação Geriátrica Ampla (AGA)
Padrão ouro para o manejo da fragilidade do idoso
Idealmente deve ser realizada por equipe geriátrico-gerontológica especializada e
sua duração média varia de 70 a 90 minutos.
Exame físico e exames complementares, se necessário.
A AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO PERMITE O RECONHECIMENTO DAS DEMANDAS BIOPSICOSSOCIAIS DO INDIVÍDUO, OU SEJA, O DIAGNÓSTICO DE SUAS CONDIÇÕES DE SAÚDE AGUDAS E/OU CRÔNICAS.
BASES LEGAIS
O Estatuto do Idoso (Lei n.o 10.741, de 1.o de outubro de 2003) → assegura a atenção integral à saúde do
idoso, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo.
O Pacto pela Vida (2006) → população idosa como uma prioridades do SUS.
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (MS, 2006) → estabelece a mudança de paradigma priorizando a avaliação da Capacidade Funcional como estratégia para promoção à saúde da pessoa idosa e prevenção de agravos.
Envelhecimento saudável:
 “o processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar naidade avançada” (OMS, 2015).
Capacidade funcional:
 “a interação entre os recursos físicos e mentais do próprio indivíduo (a capacidade intrínseca da pessoa)
e os ambientes (físicos e sociais) em que este indivíduo está inserido, para a realização de atividades
consideradas importantes para si e para sua sobrevivência” (BRASIL, 2018).
Envelhecimento ativo:
 “é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem” (OMS, 2015).
 “Ativo” refere-se à participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis,
e não somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho (OMS,
2015).
A AMPI-AB BASEIA-SE:
- Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa
- Caderno de Atenção Básica n° 19
- Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa
A AMPI-AB VISA:
Instrumentalizar as UBSs para qualificação da demanda, planejamento e gestão do cuidado.
 A avaliação multidimensional da pessoa idosa na Atenção Básica consiste de etapas processuais e complementares com a aplicação de questionários e testes.
 Realizados por diferentes profissionais da Atenção Básica.
 Difere do exame clínico padrão por enfatizar a avaliação das capacidades cognitiva e funcional e dos aspectos psicossociais da vida das pessoas idosas e pela possibilidade de utilizar escalas e testes que permitem quantificar o grau de incapacidade.
Conhecer as necessidades de saúde da população idosa, classificando-a segundo o grau de fragilidade.
PONTUAÇÃO FINAL DO QUESTIONÁRIO MULTIDIMENSIONAL
Classifica as pessoas idosas em três categorias de funcionalidade:
 0 a 5 pontos: idoso saudável;
 INDEPENDENTES → promoção de saúde e prevenção de agravos (cuidados de baixa complexidade) →
podem ser atendidos na UBS e eventualmente na Atenção Especializada (consultas e exames).
 6 a 10 pontos: idoso pré-frágil;
 MAIOR RISCO DE FRAGILIZAÇÃO E PERDA FUNCIONAL → promoção de saúde, prevenção de agravos
(cuidados de baixa e média complexidade) → podem ser atendidos na UBS e eventualmente na Atenção
Especializada (consultas, exames diagnósticos e tratamentos → incluindo reabilitação).
 Igual ou maior que 11 pontos: idoso frágil.
 DEPENDENTES → promoção de saúde, prevenção de agravos (cuidados de média e alta complexidade),
incluindo cuidados paliativos e reabilitação → podem ser encaminhados para as Unidades de Referência
em Saúde do Idoso ou outros pontos da atenção especializada e atenção hospitalar, porém, não devem
perder o vínculo com a UBS.
TESTES DE RASTREAMENTO DA CAPACIDADE FUNCIONAL:
1) Alterações da acuidade visual: Escala Optométrica de Snellen
2) Alterações da acuidade auditiva: Teste do Sussurro
3) Dependência nas atividades básicas da vida diária: Teste de Katz
4) Dependência nas atividades instrumentais de vida diária: Teste de Lawton
5) Alterações da locomoção e equilíbrio: Teste de Velocidade habitual de marcha
6) Alterações do humor: Escala de Depressão Geriátrica
7) Alterações da função cognitiva: 10 Point Cognitive Screnner - 10 CS
RESULTADOS DA AMPI-AB:
Tem como objetivo garantir o vínculo entre idoso / equipe UBS / equipes e encaminhar para centros
especializados:
 Unidade de Referência a à Saúde do Idoso – URSI.
 Programa Acompanhante de Idosos – PAI.
 Ambulatório Multidisciplinar/Médico Especializado no Idoso - AME I.
 Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia – IPGG.
 Centro de Referência do Idoso - CRI
O Plano de Cuidados Específico corresponde às ações propostas pela equipe da Unidade Básica de
Saúde no acompanhamento do idoso com alterações, em algum item específico da AMPI/AB →
formulação de um Projeto Terapêutico Singular (PTS).
REAPLICAÇÃO DA AMPI-AB
Baseada na classificação da funcionalidade:
 0 - 5 Pontos: repetir após 12 meses
 6 - 10 Pontos: repetir após 6 meses
> 11 Pontos: encaminhamento para a atenção especializada específica à saúde da pessoa idosa. Após o retorno do cuidado para a UBS realizar a AMPI-AB após 6 meses.
“Pessoas idosas (60 anos ou mais) possuem condições crônicas, com alta prevalência de incapacidades e de dependência para as Atividades da Vida Diária (AVD) e apresentam aumento da necessidade de cuidados continuados e permanentes. Neste sentido, a avaliação de suas condições de saúde-doença e psicossociais e a elaboração de um Projeto Terapêutico Singular – PTS e de Plano de Cuidados específico são fundamentais, para melhorar e manter a melhor capacidade funcional possível e promover o envelhecimento ativo.”
MATRICIAMENTO / APOIO MATRICIAL
O Apoio Matricial, também chamado de matriciamento, é um modo de realizar a atenção em saúde de forma compartilhada com vistas à integralidade e à resolubilidade da atenção, por meio do trabalho interdisciplinar (CAMPOS, 2007).
Onde fazer o matriciamento?
Entende-se por matriciamento, o suporte realizado por profissionais e diversas áreas especializadas dado a uma equipe interdisciplinar com o intuito de ampliar o campo de atuação e qualificar suas ações. (FIGUEIREDO, 2010).
E essa relação amplia a possibilidadede realizar a clínica ampliada e a integração e diálogo entre diferentes especialidades e profissões (BRASIL, 2011).
CLÍNICA AMPLIADA
A clínica ampliada é uma das diretrizes que a Política Nacional de Humanização (2003) propõe
para qualificar o modo de se fazer saúde. Ampliar a clínica é aumentar a autonomia do usuário
do serviço de saúde, da família e da comunidade.
É integrar a equipe de trabalhadores da saúde de diferentes áreas na busca de um cuidado e
tratamento de acordo com cada caso, com a criação de vínculo com o usuário. A
vulnerabilidade e o risco do indivíduo são considerados e o diagnóstico é feito não só pelo saber
dos especialistas clínicos, mas também leva em conta a história de quem está sendo cuidado.
(BVS, Ministério da Saúde; 2020)
Como fazer?
Utilizando recursos que permitam enriquecimento dos diagnósticos (outras variáveis além do
enfoque orgânico, inclusive a percepção dos afetos produzidos nas relações clínicas) e a
qualificação do diálogo (tanto entre os profissionais de saúde envolvidos no tratamento quanto
destes com o usuário), de modo a possibilitar decisões compartilhadas e compromissadas com a
autonomia e a saúde dos usuários do SUS.
(BVS, Ministério da Saúde; 2020)
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS)
O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas
articuladas para um indivíduo, uma família ou um grupo que resulta da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar com apoio matricial, se esse for necessário.
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS)
➢ Linha de Cuidado para Pessoa Idosa
➢ Monitoramento dos Casos
➢ Fortalecimento das Equipes de Saúde
➢ Eficiência e Eficácia do Tratamento
Olhar singular ao indivíduo;
“Quanto mais longo for o seguimento do tratamento e maior a necessidade de participação e adesão do sujeito no seu projeto terapêutico, maior será o desafio de lidar com o usuário enquanto sujeito.” (BRASIL, 2009);
Integração de várias abordagens.
Coordenado e integrado; a curto, médio e longo prazo e visa a recuperação e/ou a manutenção da
capacidade funcional.
ETAPAS:
1. Diagnóstico – (Clinico Funcional e situacional).
 Avalia os fatores orgânicos, sociais e psicológicos do idoso, permitindo que se alcance uma conclusão sobre os riscos e insuficiências.
2. Definição de metas.
 Para definir as ações, considera-se, inicialmente, a complexidade situacional (a Capacidade
Funcional, o Suporte Social e Familiar e a Autonomia).
3. Divisão de responsabilidades.
 Escolher um profissional de referência (pode ser qualquer membro da equipe) → estratégia para favorecer a continuidade e articulação entre formulação, ações e reavaliações.
4. Reavaliação.
 Instrumento dinâmico e deverá ser rediscutido periodicamente (a cada 6 meses) com a Equipe
de Trabalho do Programa, com possibilidades de alterações no decorrer do tempo.
RESUMINDO... ETAPAS DA AMPI-AB:
1. Coleta de Dados de identificação;
2. Aplicação de Questionário Multidimensional;
3. Aplicação de Questionário de Dados Sociais;
4. Aplicação de Testes de Rastreamento;
5. Conclusão da Avaliação e elaboração do Projeto Terapêutico
Singular (PTS).
GERENCIAMENTO DO CUIDADO DA PESSOA IDOSA
a) Possibilita a identificação das demandas e dos serviços necessários para atendimento;
b) Planeja juntamente com idosos, familiares e cuidadores, a utilização desses serviços;
c) Coordena a prestação dos serviços que são necessários;
d) Estabelece uma comunicação uma comunicação entre todos os envolvidos favorecendo o cuidado integrado;
e) Coordena a qualidade do cuidado prestado, verificando sobre a utilização dos recursos, do estabelecimento e da utilização de protocolos e analisando as respostas obtidas (BRASIL, 2006).
DESAFIOS
➢ Falta de publicações científicas na área
➢ Monitoramento dos Idosos
➢ Acesso aos serviços de saúde
➢ Profissionais capacitados
➢ Linha Cuidado à População Idosa
➢ Fortalecimento da Atenção Básica
➢ 2020-21: pandemia da covid-19
ATENÇÃO DOMICILIAR NO SUS: PROGRAMA MELHOR EM CASA
➢ 2001 - Portaria GM/MS n°1.531 -ventilação mecânica não invasiva em domicílio para portadores de DMD;
➢ 2002 - Lei no 10.424, regulamenta a assistência domiciliar no SUS;
➢ 2008 - Portaria SAS/MS n° 370: programa é ampliado para outras DNM.
ATENÇÃO DOMICILIAR (AD)
O envelhecimento da população é descrito como um dos principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento das práticas de cuidado em saúde em domicílio.
“desospitalização”
“A AD possibilita a desinstitucionalização de pacientes que se encontram internados nos serviços hospitalares, além de evitar hospitalizações desnecessárias a partir de serviços de pronto-atendimento e de apoiar as equipes de atenção básica no cuidado àqueles pacientes que necessitam (e se beneficiam) de atenção à saúde prestada no domicílio, de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), em especial, acesso, acolhimento e humanização.”
O que é a atenção domiciliar (AD)? 
Portaria no 2.527, de outubro de 2011, a AD constitui-se como uma “modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças, reabilitação e cuidados paliativos prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às Redes de Atenção à Saúde”
“Constitui uma nova modalidade de atenção à saúde, substitutiva e complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integradas às redes de atenção à saúde.”
ATENÇÃO DOMICILIAR (AD) – POR QUE? 
✓ Preservação dos vínculos familiares
✓ Otimização dos custos
✓ Apoio às portas de urgência, com saída de usuários com perfil para atenção domiciliar
✓ Humanização da atenção à saúde
✓ Redução dos períodos de internação hospitalar e/ou redução da demanda por atendimento hospitalar
ATENÇÃO DOMICILIAR (AD) – EQUIPES
Modalidades da AD
AD1→ eSF/NASF
AD2→ EMAD Tipo 1 / EMAD Tipo 2 / EMAP
AD3 → EMAD Tipo 1 / EMAD Tipo 2 / EMAP
Tipos de equipes: EMAD – equipe multidisciplinar de atenção domiciliar
a) médico(s) 40h ou 20h;
b) enfermeiro(s) 40h ou 30h;
c) fisioterapeuta(s) ou assistente(s) social(is) 30h;
d) auxiliares ou técnicos de enfermagem 120h.
EMAP – Equipe multidisciplinar de apoio 
A EMAP terá composição mínima de 3 (três) profissionais de nível superior, totalizando 90h:
I - assistente social;
II - fisioterapeuta;
III - fonoaudiólogo;
IV - nutricionista;
V - odontólogo;
VI - psicólogo;
VII - farmacêutico;
VIII - terapeuta ocupacional.
Situações elegíveis para AD:
➢ necessidade de monitorização contínua;
➢ necessidade de assistência contínua de enfermagem;
➢ necessidade de reabilitação semanal/diária;
➢ necessidade de uso de ventilação mecânica invasiva.
Critérios para desligamento:
➢ Mudança de área de abrangência;
➢ Impossibilidade da permanência do cuidador no domicílio;
➢ Não aceitação do acompanhamento;
➢ Recuperação das condições de deslocamento até a unidade de saúde;
➢ Piora clínica ou internação hospitalar;
➢ Cura;
➢ Óbito.
Diretrizes:
➢ ser estruturada de acordo com os princípios de ampliação e equidade do acesso, acolhimento, humanização e integralidade da assistência, na perspectiva da RAS;
➢ articulação com os outros pontos de atenção à saúde;
➢ cuidado baseado nas necessidades do usuário, reduzindo a fragmentação da assistência e valorizando o trabalho em equipes multiprofissionais e interdisciplinares;
➢ estimular a participação ativa dos profissionais de saúde envolvidos, do usuário, da
família e do(s) cuidador(es).
Atribuições das equipes:
➢ trabalhar em equipe multiprofissional integrada à RAS;
➢ identificar, orientar e capacitar o(s) cuidador(es) do usuário em atendimento,
➢ acolher demanda de dúvidas e queixas dos usuários, familiares ou cuidadores;
➢ promover espaços de cuidado e de trocas de experiências para cuidadores e familiares utilizando linguagem acessível, considerando o contexto;

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