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Análise da Biosfera e da Biodiversidade - FACULDADE PROMINAS

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Núcleo de Educação a Distância
R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05
Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111
www.graduacao.faculdadeunica.com.br | 0800 724 2300
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO.
Material Didático: Ayeska Machado
Processo Criativo: Pedro Henrique Coelho Fernandes
Diagramação: Ayrton Nícolas Bardales Neves
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes, 
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profi ssionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confi ança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, refl exiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profi ssionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfi l profi ssional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualifi car ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profi ssional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professor: Guilherme Henrique Boleta de Andrade
O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especifi cadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profi sisional.
Esta unidade apresentará os tópicos relativos à biosfera e à 
biodiversidade, abordando: o que é a biosfera e como ela se encaixa no 
planeta Terra; o que é a biodiversidade e qual é a sua importância para 
o meio ambiente e a qualidade de vida humana; como se dá a distribui-
ção da vida nos diferentes ambientes, no mundo e no Brasil; como se 
realiza a avaliação da biodiversidade; quais são os fatores e atividades 
que desencadeiam a perda ou a conservação da biodiversidade; quais 
são as políticas internacionais relacionadas; e qual é a legislação que o 
Brasil apresenta sobre o assunto. O conteúdo desenvolvido é muito re-
levante na atualidade, considerando o desenvolvimento acelerado que 
a sociedade mostra. Os recursos naturais não são infi nitos e a busca do 
desenvolvimento sustentável é uma urgência para protegê-los.
Biosfera. Biodiversidade. Conservação. 
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CAPÍTULO 01
 BIOSFERA
Apresentação do módulo ______________________________________ 10
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 CAPÍTULO 02
BIODIVERSIDADE
Recapitulando _________________________________________________
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A Terra e a Vida _________________________________________________
O que é a Biodiversidade? ______________________________________
29
A Importância Da Biodiversidade ______________________________
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37
A Perda e a Conservação da Biodiversidade _____________________
Políticas de Conservação da Biodiversidade _____________________ 45
 CAPÍTULO 03
BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
Biomas Brasileiros _____________________________________________
Legislação Brasileira Sobre a Biodiversidade ____________________
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61
Referências ___________________________________________________
Recapitulando _________________________________________________
Fechando Unidade ____________________________________________
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73
75
14Biomas: A Distribuição Geográfi ca da Biosfera __________________
Recapitulando _________________________________________________ 48
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A vida é um fenômeno único no Universo. Não é a toa que os 
seres vivos representam a maior infl uência para a Terra ser do jeito que ela 
é. As regiões da Terra que são ocupadas pela vida formam o que se cha-
ma de biosfera, uma estrutura complexa. A Terra possui condições - como 
luz, temperatura, pressão - bastante heterogêneas, e os organismos de-
senvolveram formas de vida para colonizar até mesmo os ambientes mais 
inóspitos. As diferentes paisagens apresentam aspectos particulares, mas 
todas estão conectadas em um único sistema, com circulação constante 
de matéria e energia.
A biodiversidade, que representa a variedade de formas de vida, 
é um tema recorrente nas últimas décadas. Além do valor intrínseco e cul-
tural, ela fornece recursos indispensáveis à qualidade de vida das popula-
ções humanas, sendo matéria-prima para a produção agrícola, fl orestal, 
pesqueira, e para tecnologias cada vez mais inovadoras. Por isso, a utiliza-
ção sustentável e a preservação dos recursos naturais é uma preocupação 
crescente. 
Discussões sobre o assunto perpassam diferentes meios de co-
municação e segmentos da sociedade. Dentre todos os organismos, os 
seres humanos são disparadamente os que possuem o maior impacto nas 
características do planeta, e o resultado está sendo uma degradação am-
biental catastrófi ca. Reverter essa situação exige uma mudança na relação 
com o planeta e o desenvolvimento de projetos para corrigir os danos já 
ocasionados e prevenir novos danos. 
Dentro da questão da biodiversidade,o Brasil se destaca mun-
dialmente por estar no topo dos países mais diversos. A responsabilidade 
ambiental do Brasil estimulou a criação de legislações quanto ao tema. Es-
forços de proteção da biodiversidade estão sendo aplicados e tendo resul-
tados no mundo, mas é sabido que ainda há um longo caminho a percorrer.
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BIOSFERA
A TERRA E A VIDA
Até o momento, não se conhece outro planeta além da Terra 
onde aconteça o fenômeno da vida. A vida na Terra é possível graças a 
diferentes condições: sua distância em relação ao Sol, nem perto nem 
longe demais para que haja água líquida e não apenas na forma de 
gelo ou vapor; sua capacidade de reciclar carbono, necessário à vida; 
seu campo magnético e sua camada de ozônio, que protegem de raios 
nocivos; o Sol, que é uma estrela duradoura; a Lua, que estabiliza as 
oscilações do eixo; a distância segura de planetas gigantes e de estre-
las, para que não haja abalos gravitacionais ou explosões de raios; e a 
presença de superfícies diversifi cadas, estimulando a adaptação para 
que a vida sobreviva a extinções em massa. 
A presença de água líquida, em especial, é essencial aos seres 
vivos, pois ela realiza funções como: ação solvente no ambiente celular, 
participação direta em reações metabólicas (respiração, fotossíntese, 
hidrólise), e regulação de temperatura em organismos superiores. 
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Qual a origem da vida na Terra? Essa pergunta é feita há mui-
tos séculos. A teoria mais aceita atualmente nos diz que a vida surgiu 
a partir de uma série de reações químicas ocorridas sob condições es-
peciais. Essas condições incluem a presença de água e uma camada 
de gases exposta a temperaturas quentes e descargas elétricas. Assim, 
surgiram os primeiros compostos capazes de auto-replicação utilizando 
energia do meio ambiente. O carbono foi o elemento base desses com-
postos, junto com hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.
O planeta Terra pode ser dividido em diferentes partes: at-
mosfera, a camada de ar que envolve o planeta; hidrosfera, o conjunto 
de água; litosfera, a parte rochosa; e biosfera, o foco deste módulo. A 
biosfera se refere às regiões habitadas pelos seres vivos, em que as 
condições ambientais permitem a sobrevivência. Seu limite superior é 
a camada de ozônio, enquanto o seu limite inferior varia desde a profun-
didade dos solos até o fundo dos oceanos. A biosfera ocupa um espaço 
pequeno em relação ao volume total da Terra. Conforme indicado na 
imagem abaixo, ela é o resultado da interação entre atmosfera, hidros-
fera e litosfera. Isso porque os seres vivos extraem recursos do ar, da 
água e da terra para a sua sobrevivência.
Figura 1: interação entre a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera origi-
nando a biosfera.
Fonte: Leandro Cruz, 2010.
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Embora seja uma película bastante estreita, a biosfera é uma 
estrutura complexa e dinâmica, como resultado da atividade biológica. 
Os seres vivos transformam energia e processam materiais à medida 
que metabolizam, crescem e se reproduzem. Agindo dessa forma, eles 
modifi cam as condições do ambiente e a quantidade de recursos dis-
poníveis. Como exemplo da relação dos seres vivos com as condições 
ambientais, destaca-se o papel das fl orestas: as copas e raízes das 
árvores regulam o ciclo da água e amenizam as diferenças de tempe-
ratura entre o solo e o ar; a atividade das fl orestas tem efeitos globais, 
sentidos em todos os continentes. O próprio oxigênio, que constitui hoje 
cerca de 21% da atmosfera, é uma grande modifi cação causada pelos 
organismos vivos; foram os fotossintetizantes que liberaram imensas 
quantidades de oxigênio em uma atmosfera primitiva com pouco teor 
desse gás. Todas essas características são exclusivas da Terra, tornan-
do-a um planeta único no Universo. E mesmo que exista vida em outros 
planetas, difi cilmente as outras formas de vida serão semelhantes à 
biosfera aqui presente.
A biosfera, em última análise, pode ser defi nida como o con-
junto de todos os ecossistemas presentes no planeta. Mas o que é um 
ecossistema? Ao analisar um determinado ambiente, percebe-se a ocor-
rência de elementos vivos, ou seres vivos, e elementos não-vivos, que 
incluem fatores físicos e químicos como ar, temperatura, luz, nutrientes, 
dentre muitos outros. O conjunto formado por elementos vivos e não-vi-
vos forma o que se chama de ecossistema. Por esse pensamento, um 
ecossistema pode ser um campo, um aquário, uma pedra. A variedade 
de ecossistemas refl ete a heterogeneidade encontrada na biosfera e o 
potencial que a vida apresenta em se adaptar a diferentes condições.
É possível tratar diferentes ecossistemas como unidades 
separadas, porque pouca matéria e energia é trocada entre eles em 
comparação com as transformações que ocorrem dentro de cada um 
deles. Ao observar uma paisagem, nota-se a existência de fronteiras 
- por exemplo, margens de rios, limites de bosques e bordos de 
campos. Essas fronteiras são frequentemente utilizadas para delimitar 
ecossistemas defi nidos por aspectos particulares. No entanto, elas não 
são exatamente bem defi nidas; na passagem, por exemplo, de uma 
fl oresta para uma pradaria, as árvores não desaparecem bruscamen-
te, há uma zona de transição onde as árvores vão se tornando menos 
abundantes. É dentro desse contexto de falta de limites intransponíveis 
que se considera todos os ecossistemas fazendo parte de uma única e 
gigantesca biosfera.
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Existe uma teoria segundo a qual o próprio planeta Terra pode 
ser considerado um ser vivo por si só, a Teoria de Gaia. Ela foi proposta 
por James Lovelock em 1969 que, observando a Terra concluiu que ela 
possui mecanismos que ajudam a preservar os outros seres vivos que 
abriga. Dados de satélites indicam que a Terra é capaz de controlar sua 
temperatura, atmosfera, salinidade, entre outras características, man-
tendo uma espécie de homeostase favorável à existência de vida.
BIOMAS: A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA BIOSFERA
Para entender adequadamente a biosfera é preciso analisar o 
conceito de bioma. Biomas são regiões geográfi cas com condições cli-
máticas similares e uma história comum de formação, o que resulta em 
uma diversidade biológica composta por organismos com adaptações 
semelhantes. As comunidades de seres vivos dos biomas são resultado 
da evolução convergente, em que forças seletivas similares (condições 
ambientais) levam ao desenvolvimento de aparência semelhante. Os 
biomas são pontos de referência úteis para entender a estrutura e o 
funcionamento da biosfera. 
Existe uma grande diversidade de biomas, refl exo da adapta-
ção da vida a diferentes condições. Eles podem ser basicamente dividi-
dos em terrestres e aquáticos. Biomas terrestres são caracterizados por 
padrões de temperatura e pluviosidade sazonais, que defi nem o clima 
de cada região. Já biomas aquáticos são caracterizados por diferenças 
de profundidade, fl uxo e salinidade. Algumas diferenças encontradas 
entre biomas terrestres e aquáticos são:
Em ambiente terrestres, a água é um fator limitante; em ambientes aquáticos, 
os fatores limitantes são a luz e o oxigênio.
O ambiente terrestre apresenta maior amplitude térmica (variações de tem-
peratura) do que o ambiente aquático.
Os esqueletos dos habitantes é menos rígido em ambientes aquáticos do 
que em terrestres, pois o empuxo da água é superiorao do ar.
Há maior biomassa vegetal em ambientes terrestres em comparação com 
aquáticos.
As cadeias alimentares são, em geral, maiores nos ambientes aquáticos e 
menores nos ambientes terrestres.
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A seguir, iremos conhecer os diferentes biomas presentes no 
planeta, para entender melhor a diversidade da biosfera.
Biomas terrestres
Tundra
A tundra é o bioma mais frio, com temperatura normalmente 
inferior a 0ºC. A precipitação anual é baixa, inferior a 600 mm. Os solos, 
permanentemente congelados, são ácidos por conta do conteúdo de 
matéria orgânica e pobres em nutrientes. Na tundra, as baixas tempera-
turas e as estações de crescimento curtas impedem o crescimento das 
árvores. Assim, a vegetação é de musgos, líquens e arbustos lenhosos 
que crescem baixos no solo para obter proteção sob o cobertor de neve. 
A tundra é encontrada na fronteira da Antártida, em regiões árticas da 
Rússia, Canadá, Escandinávia e Alasca, e em regiões de altas altitudes 
das Montanhas Rochosas, Alpes e Tibete. Durante a maior parte do 
ano, a tundra é um ambiente excessivamente rigoroso, mas durante os 
dias de verão, com 24h de luz solar, ocorre o degelo e há uma intensa 
atividade biológica.
Figura 2: tundra.
Fonte: Rich Reid, 2019.1
Floresta boreal
A fl oresta boreal, conhecida como taiga, situa-se na América 
do Norte, na Europa e na Ásia, na região de 50° N a 60° N. É um bioma 
1 Disponível em: https://www.nationalgeographic.com/environment/habitats/tundra-bio-
me/
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predominantemente ocupado por coníferas, árvores perenes com folhas 
afi ladas. Os invernos são rigorosos, podendo atingir -60°C, e a tempe-
ratura anual média é inferior a 5°C. A precipitação anual varia bastante, 
entre 40 e 1000 mm. Como a evaporação é baixa, os solos são úmidos 
durante a maior parte da curta estação de crescimento (frequentemente 
inferior a 100 dias). Por causa da temperatura, a matéria orgânica se 
decompõe muito lentamente e se acumula no solo, tornando-o ácido 
e de baixa fertilidade. A diversidade de espécies é muito baixa devido 
às condições rigorosas. A fl oresta boreal serve como fonte de produtos 
fl orestais como madeira e papel.
Figura 3: fl oresta boreal.
Fonte: Garth Lenz, 2010.2
Floresta pluvial temperada
A fl oresta pluvial temperada é conhecida por possuir tempera-
turas amenas e precipitação abundante (chegando a quase 3000 mm), 
devido às correntes oceânicas quentes próximas. Esse bioma aparece 
na costa do Pacífi co na América do Norte, Chile, Austrália e Nova Ze-
lândia. Os invernos chuvosos e verões nebulosos são favoráveis para 
as fl orestas de árvores perenes, em geral bastante antigas. Tais árvores 
são utilizadas no cultivo de madeira. Diferente das fl orestas pluviais tro-
picais, as pluviais temperadas contêm poucas espécies.
2 Disponível em: https://blog.nationalgeographic.org/2010/05/18/the-global-benefi ts-of-
-canadas-logging-moratorium/
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Figura 4: fl oresta pluvial temperada.
Fonte: Sarah Leen, 2019. 3
Floresta sazonal temperada
A fl oresta sazonal temperada ocorre na América do Norte, Eu-
ropa, Japão e Austrália. As condições fl utuam bastante neste bioma, 
porque não recebem os efeitos de moderação das correntes oceânicas 
quentes. A precipitação normalmente excede a evaporação, e por isso 
a água tende a descer através dos solos, tornando-os lixiviados. As ár-
vores decíduas, que perdem suas folhas durante o outono, dominam o 
ambiente. A vegetação também inclui uma camada de pequenas árvo-
res e arbustos debaixo das árvores dominantes. A duração da estação 
de crescimento varia de 130 a 180 dias. A fl oresta sazonal temperada 
foi um bioma historicamente utilizado para a agricultura.
Figura 5: fl oresta sazonal temperada.
Fonte: Thomas Paradis, 2017.4
3 Disponível em: https://www.nationalgeographic.com/environment/habitats/rain-forests/
4 Disponível em: https://www.nps.gov/im/ncrn/eastern-deciduous-forest.htm
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Bosque
O bosque, ou arbusto, é caracterizado por verões quentes e 
secos e invernos amenos e úmidos; como sempre há ou baixa umidade 
ou baixa temperatura, as condições limitam o crescimento das plantas. 
A vegetação presente é de gramíneas e arbustos perenes, com raízes 
profundas e folhas resistentes à seca. Esse bioma é encontrado em 
torno do Mar Mediterrâneo, na América do Sul e na África do Sul. Incên-
dios são frequentes, de forma que a maioria das plantas têm sementes 
ou coroas de raízes resistentes ao fogo, que brotam novamente após 
um incêndio. Este bioma é utilizado para pastagem e plantações com 
raízes profundas, como as videiras.
Figura 6: bosque.
Fonte: Gary Crabbe, 2016.5
Campo temperado
O campo temperado é caracterizado por verões quentes e se-
cos e invernos frios. Assim, o ambiente é dominado por gramíneas, ar-
bustos e plantas fl orescentes não lenhosas, adaptados à seca e aos 
incêndios. A precipitação varia amplamente, de menos de 250 mm até 
mais de 1000 mm. Quanto maior a precipitação, mais as gramíneas 
crescem. O pastejo excessivo pode exercer uma pressão forte sobre a 
vegetação, desertifi cando a região. O campo temperado é encontrado 
em regiões da América do Norte, sul da América do Sul e centro da Ásia.
5 Disponível em: A economia da natureza, 7ª edição
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Figura 7: campo temperado.
Fonte: Phil Schermeister, 2019.6
Floresta pluvial tropical
A fl oresta pluvial tropical situa-se na região equatorial, entre 
20° N e 20° S, em regiões de baixas altitudes. O ambiente é quente, 
com temperatura pouco variável durante o ano, e chuvoso, com mais 
de 2000 mm de precipitação e podendo chegar a 3000 mm. É o bioma 
com a maior diversidade de espécies. Apresenta diversas camadas de 
plantas, com dominância de árvores de grande porte e presença de 
arbustos, epífi tas e videiras. Os solos são antigos e sofreram bastante 
ação do intemperismo, além de reterem poucos nutrientes. Apesar dis-
so, a alta temperatura e umidade permite uma rápida decomposição da 
matéria orgânica, e a vegetação assimila logo os nutrientes liberados, 
de forma que a produtividade biológica se sustenta. Porém, quando a 
fl oresta é derrubada e queimada, o equilíbrio é afetado e a paisagem se 
torna improdutiva rapidamente. Infelizmente, grande parte deste bioma 
está sendo destruído por causa da agricultura e extração de madeira.
6 Disponível em: https://www.nationalgeographic.com/environment/habitats/grasslands/
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Figura 8: fl oresta pluvial tropical.
Fonte: James P. Blair, 2015.7
Floresta sazonal tropical
A fl oresta sazonal tropical está localizada na América Central, 
América do Sul, África, sul da Ásia e norte da Oceania. São regiões de 
temperaturas quentes e com alternância de estações úmidas e secas. 
Este bioma apresenta árvores decíduas, que perdem suas folhas du-
rante a estação seca. Conforme a estação seca se torna mais longa e 
severa, a vegetação fi ca mais baixa e desenvolve espinhos. As áreas 
mais secas se transformam em savanas, paisagens abertas com gramí-
neas. As gramíneas se mantém no ambiente com a ação de incêndios 
e pastagens, que evitam o surgimento de fl orestas secas. Os solos não 
retém muitos nutrientes, mas é possível uma rápida ciclagem dos nu-
trientes porque as temperaturas favorecem a rápida decomposição da 
matéria orgânica. Este bioma é atrativo para a agricultura e a pecuária. 
7 Disponívelem: https://www.nationalgeographic.org/encyclopedia/rain-forest/
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Figura 9: fl oresta sazonal tropical.
Fonte: Denis-Huot, 2016.8
Deserto subtropical
O deserto subtropical possui temperaturas quentes, precipita-
ção escassa, estação de crescimento longa e vegetação esparsa, com 
predomínio de solo arenoso nu. Esse bioma se desenvolve entre 20° e 
30° ao norte e ao sul da linha do equador. Se localizam atrás de altas 
cadeias montanhosas, que barram os ventos úmidos. Devido à baixa 
precipitação, os solos são rasos e pobres em matéria orgânica. Locais 
mais úmidos permitem que haja cactos, arbustos e pequenas árvores. 
A maioria dos desertos recebe chuvas no verão, e isso possibilita que 
sementes dormentes germinem, cresçam e se reproduzam, antes que 
os solos ressequem novamente. A diversidade das espécies é maior 
neste ambiente do que em regiões áridas temperadas.
Figura 10: deserto subtropical.
Fonte: Akram ben Shaban, 2011.9
8 Disponível em: A economia da natureza, 7ª edição
9 Disponível em: https://www.nationalgeographic.org/encyclopedia/desert/
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Biomas aquáticos
Riachos e rios
Riachos são canais estreitos de água doce com fl uxo rápido, 
enquanto rios são canais largos de água doce com fl uxo lento. Eles são 
chamados de sistemas lóticos por conterem água doce fl uindo. À medi-
da que a água fl ui mais lentamente, se torna mais rica em nutrientes e 
mais exposta à luz solar, e o ambiente fi ca mais produtivo. Portanto, os 
riachos são normalmente pobres em nutrientes e com pouca diversida-
de de espécies; grande parte da matéria orgânica dos riachos vêm de 
fora do ecossistema. Nos rios, uma proporção mais alta da matéria or-
gânica é produzida dentro do ecossistema. Além disso, eles acumulam 
sedimentos. Os sistemas lóticos podem ser prejudicados pelas repre-
sas, que mudam o fl uxo e a temperatura da água, e causam a destrui-
ção do habitat de organismos aquáticos.
Figura 11: rio, um sistema lótico.
Fonte: Michael Melford, 2012.10
Lagoas e lagos
Lagoas e lagos são caracterizados por água doce parada, com 
uma área de água profunda o bastante para que as plantas não se ele-
vem acima da superfície. Também são chamados de sistemas lênticos 
devido à água parada. Não há uma distinção clara entre lagoas e lagos; 
10 Disponível em: https://www.nationalgeographic.com/photography/photo-of-the-
-day/2012/3/snake-river-melford/
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em geral se considera que lagoas são menores e lagos são maiores. 
Muitos lagos e lagoas surgiram a partir de geleiras que retrocederam, 
escavando bacias e deixando blocos de gelo que então derreteram. Os 
lagos podem ser divididos em: zona litorânea, área ao redor das mar-
gens com vegetação enraizada; zona limnética, área aberta dominada 
por organismos fotossintetizantes; zona profunda, área que não recebe 
luz solar e apresenta bactérias decompositoras; e zona bêntica, área no 
fundo com sedimentos que proporciona habitat para organismos que se 
enterram.
Figura 12: lago, um sistema lêntico.
Fonte: Dhurjati Chatterjee, 2010.11
Alagado de água doce
O alagado de água doce, que inclui pântanos e charcos, é um 
bioma com água doce parada, sufi cientemente raso para apresentar 
uma vegetação acima da superfície. A maioria das plantas dos alaga-
dos consegue tolerar o baixo teor de oxigênio. O ambiente proporciona 
um habitat para animais como aves aquáticas, peixes e invertebrados. 
Os sedimentos dos alagados conseguem purifi car a água imobilizando 
poluentes e toxinas.
11 Disponível em: https://www.nationalgeographic.com/photography/photo-of-the-
-day/2010/8/lake-of-the-moon-india/
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Figura 13: alagado.
Fonte: Byron Jorjorian, 2016.12
Estuário
O estuário é um bioma que apresenta uma mistura de água 
doce e salgada; ele ocorre onde a foz dos rios se mistura à água salga-
da dos oceanos. São observados na costa dos continentes em climas 
temperados. Os estuários possuem uma vegetação emergente não le-
nhosa e uma grande quantidade de nutrientes e sedimentos. A rápida 
troca de nutrientes entre os sedimentos e a superfície em águas rasas 
sustenta uma alta produtividade biológica. 
Figura 14: estuário.
Fonte: Jerry Monkman, 2016.13
Manguezal
12 Disponível em: A economia da natureza, 7ª edição
13 Disponível em: A economia da natureza, 7ª edição
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O manguezal é um bioma com água salgada localizado nas 
costas tropicais e subtropicais. Ele apresenta, além de peixes e frutos 
do mar, árvores tolerantes ao sal, com raízes submersas na água. Tais 
árvores impedem a erosão dos litorais costeiros pela ação das ondas.
Figura 15: manguezal.
Fonte: Michael Nichols, 2011.14
Zona entremarés
A zona entremarés é um bioma composto pela faixa estreita 
da costa litorânea entre os níveis da maré alta e da maré baixa. Estão 
localizados em litorais rochosos íngremes e alagadiços de inclinação 
suave. À medida que as marés entram e saem, essa faixa apresenta 
grandes fl utuações de temperatura e concentração de sal. Portanto, as 
espécies presentes – incluindo caranguejos, cracas, esponjas, mexi-
lhões e algas – possuem adaptações que as possibilitem tolerar essas 
condições rigorosas.
Figura 16: zona entremarés.
14 Disponível em: https://www.nationalgeographic.org/encyclopedia/swamp/
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Fonte: Mark Conlin, 2016.15
Recife
O recife é um bioma marinho encontrado em águas rasas e 
quentes, sempre acima dos 20°C; muitas vezes se estabelecem ao re-
dor de ilhas vulcânicas. Os recifes se originam de várias colônias de 
corais, que vivem em mutualismo com as algas. Quando os corais mor-
rem, seus esqueletos rígidos permanecem e se acumulam, fornecen-
do substratos e esconderijos para diversos organismos. A elevação da 
temperatura das marés atualmente está causando a saída das algas 
dos recifes, prejudicando a estabilidade desse bioma.
15 Disponível em: A economia da natureza, 7ª edição
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Figura 17: recife.
Fonte: Paul Colley, 2011.16
Oceano aberto
O oceano aberto é defi nido como a parte do oceano longe da 
costa e dos recifes, e sabe-se hoje que representa a maior parte da 
superfície da Terra. São reconhecidas nos oceanos as divisões: zona 
nerítica, região que se estende até o limite da plataforma continental 
e recebe nutrientes provindos de sedimentos, mantendo uma alta pro-
dutividade; zona oceânica, região que desce até as profundezas do 
oceano, com nutrientes esparsos; zona fótica, área das zonas nerítica 
e oceânica que recebe luz solar, portanto dominada por organismos 
fotossintetizantes; zona afótica, área em que a água é tão profunda que 
não recebe luz solar, apresentando organismos quimiossintetizantes; e 
zona bêntica, região em que há o assoalho marinho.
16 Disponível em: https://www.nationalgeographic.org/news/coral-reefs/
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Figura 18: oceano.
Fonte: Brian Skerry, 2019.17
17 Disponível em: https://www.nationalgeographic.com/environment/oceans/reference/pa-
cifi c-ocean/
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEDUC/AL Prova:Professor - Es-
pecialidade: Ciências Nível: Superior.
A atmosfera, que, além de conter gases essenciais para a vida, im-
pede que a Terra perca calor, é fundamental para a biosfera.
a) Errado
b) Certo
QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: SEDU/ES Prova: Professor de Geo-
grafi a Nível: Superior.
Considere o esquema abaixo.
No esquema, os algarismos I e II correspondem, respectivamente, aos 
seguintes tipos de vegetação:
a) tundra e savana
b) tundra e taiga
c) taiga e deserto
d) deserto e bosques
e) maquis e taiga
QUESTÃO 3
Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobrás Prova: Técnico 
Ambiental Júnior Nível: Médio.
A superfície terrestre apresenta em sua extensão uma grande di-
versidade de habitat em função das variações de clima, topografi a, 
disponibilidade de nutrientes, entre outras. Tais fatos levam a uma 
variedade de seres vivos que se adaptam a essas condições locais 
e, dessa forma, o planeta pode ser dividido em biomas. 
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O bioma, apresentado na Figura acima em cor mais escura, é classifi -
cado como
a) tundra
b) savana
c) fl oresta tropical
d) fl oresta temperada de folha caduca
e) deserto e semideserto
QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEDUC/AL Prova: Professor - 
Área Geografi a Nível: Superior.
Os ecossistemas naturais são caracterizados pela magnitude de pro-
cessos ecológicos fundamentais e possuem uma estrutura trófi ca e uma 
diversidade biótica características.
Acerca de ecossistemas naturais, julgue os itens seguintes.
Os ecossistemas marinhos são divididos em duas zonas horizon-
tais de acordo com o grau de penetração luminosa.
a) Errado
b) Certo
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEDUC/AL Prova: Professor - 
Área Geografi a Nível: Superior.
Os ecossistemas naturais são caracterizados pela magnitude de pro-
cessos ecológicos fundamentais e possuem uma estrutura trófi ca e uma 
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diversidade biótica características.
Acerca de ecossistemas naturais, julgue os itens seguintes.
A escassez de chuvas nos desertos do Saara e da Austrália deve-
-se, entre outros fatores, à alta pressão subtropical.
a) Errado
b) Certo
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Explique quais as diferentes zonas encontradas nos oceanos.
TREINO INÉDITO
A respeito dos biomas aquáticos, assinale a alternativa incorreta.
a) em sistemas lóticos, conforme o fl uxo de água diminui, há um aporte 
de nutrientes e energia solar.
b) a mistura de água doce e salgada nos estuários implica em uma bai-
xa produtividade biológica.
c) uma adaptação que organismos desenvolveram na zona afótica dos 
oceanos é a bioluminescência.
d) muitos lagos se formaram em antigas bacias glaciais.
e) os esqueletos dos corais acumulados nos recifes servem de habitat 
para diversos organismos.
NA MÍDIA
CIENTISTAS ANALISAM BIOSFERA DAS PROFUNDEZAS DA TERRA
A notícia mostra que a vida pode se encontrar em lugares inusitados, 
além dos biomas tradicionalmente estudados. Segundo ela, cientistas 
estão explorando a região abaixo dos oceanos e continentes e desco-
brindo diversos seres microbianos. Esses seres desenvolveram adap-
tações para as condições extremas, como respirar a partir de fontes 
alternativas, suportar altíssimas temperaturas, e entrar em estado de 
dormência por longos períodos. Os cientistas suspeitam que talvez a 
vida tenha surgido nessas profundezas e não na superfície; isso porque 
a química da Terra antes da abundância do oxigênio pode ter sido se-
melhante à das profundezas. Além disso, estão indagando se poderia 
existir uma vida na subsuperfície de outras partes do sistema solar.
Fonte: Estadão
Data: 12 jan. 2019.
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Leia a notícia na íntegra: https://internacional.estadao.com.br
/noticias/nytiw,cientistas-analisam-biosfera-das-profundezas-da-ter-
ra,70002674783
NA PRÁTICA
Como estudamos, a biosfera é bastante variada. Entender as particula-
ridades de cada bioma que faz parte dela permite entender e monitorar 
quais as alterações que estão acontecendo e podem ser prejudiciais. 
Além disso, observamos que os organismos desenvolveram adap-
tações para as mais diferentes condições da biosfera. É interessante 
compreender os mecanismos bioquímicos e genéticos que estão por 
trás dessas adaptações, seja ao frio, seca, temperaturas muito quen-
tes, alto teor de sal, baixo teor de oxigênio, presença de poluentes. O 
desenvolvimento da biotecnologia permite que esse conhecimento seja 
convertido em melhores processos e produtos para satisfazer as neces-
sidades humanas, sempre aliado à preservação do equilíbrio ecológico.
PARA SABER MAIS
Documentário sobre o assunto: A Terra vista do espaço (National 
Geographic)
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O QUE É A BIODIVERSIDADE?
A percepção da variedade de seres vivos é tão antiga quanto 
a própria autoconsciência da espécie humana: os povos caçadores e 
colhedores necessitavam do conhecimento da história natural dos seus 
ambientes para conseguir alimentos e escapar de possíveis perigos; o 
conhecimento acumulado foi transmitido através das gerações e preser-
vado em obras e coleções. Entretanto, o conceito de biodiversidade, ou 
diversidade biológica, é bastante recente. O uso desse termo se tornou 
corrente no jargão científi co a partir da década de 1980, em um mo-
mento em que o interesse pela conservação da biodiversidade tomava 
impulso. 
Uma defi nição do que é a biodiversidade é a seguinte: 
“Biodiversidade signifi ca a variabilidade de organismos vivos de todas as ori-
gens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos 
e outros ecossistemas aquáticos, e os complexos ecológicos de que fazem 
parte; compreendendo, ainda, a diversidade dentro de espécies, entre espé-
cies e de ecossistemas (Convenção sobre a Diversidade Biológica, 1992).”
Portanto, para entender o que é a biodiversidade, devemos 
BIODIVERSIDADE
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considerá-la em diferentes níveis: todas as formas de vida (diversidade 
de espécies), os genes contidos em cada organismo (diversidade gené-
tica), e as inter-relações nas quais a existência de um afeta diretamente 
muitos outros (diversidade de ecossistemas).
No livro The diversity of life, a espécie é apontada como a uni-
dade fundamental da biodiversidade. O autor cita o seguinte:
O conceito de espécie é crucial para o estudo da biodiversidade. É o graal da 
biologia sistemática. Não ter uma tal unidade natural seria lançar uma gran-
de parte da biologia em queda livre, passando do ecossistema direto para 
o organismo. Seria aceitar a idéia de variação amorfa e limites arbitrários 
para entidades intuitivamente óbvias como os olmos americanos (espécie: 
Ulmus americana), as borboletas brancas (Pietris rapae) e os seres humanos 
(Homo sapiens). Sem as espécies naturais, os ecossistemas só poderiam 
ser analisados nos termos mais amplos, usando-se descrições grosseiras e 
mutáveis dos organismos que os constituem. Os biólogos encontrariam difi -
culdades em comparar os resultados de um estudo com os de outros. Como 
poderíamos avaliar, por exemplo, os milhares de monografi as sobre a Dro-
sophila, que formam boa parte do alicerce da genética moderna, se ninguém 
pudesse distinguir um tipo de Drosophila de outro? (WILSON, 1994, p. 48).
O conceito de espécie é um assunto que até hoje confunde 
os biólogos. Sabe-seque a aparência não é um critério confi ável para 
defi nir espécies. A defi nição mais aceita e utilizada foi proposta por Er-
nst Mayr, e nos diz que espécies são grupos de populações que se 
cruzam, reprodutivamente isoladas de outros grupos. Esse critério re-
produtivo tem limitações e, por isso, há outras defi nições propostas, 
mas esse conceito funciona bem inclusive dentro do contexto da teoria 
da evolução.
O conceito de diversidade tem sido associado a dois compo-
nentes distintos: a riqueza e a equitabilidade. A riqueza refere-se ao 
número de diferentes espécies de uma determinada área geográfi ca. 
Já a equitabilidade refere-se à distribuição de indivíduos entre as espé-
cies; se todas as espécies de uma área tiverem a mesma abundância, 
a equitabilidade é máxima. Isso porque dois locais podem apresentar 
a mesma quantidade de espécies, mas em um deles poucas espécies 
dominam muito o ambiente, enquanto em outro o número de indivíduos 
de cada espécie é mais próximo; a diversidade dos dois não pode ser 
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considerada a mesma. Com essa abordagem, considera-se que, quan-
to maior o número de espécies e mais uniformes as suas proporções 
relativas, maior a diversidade. A riqueza confere mais peso às espécies 
raras, e a equitabilidade, às comuns.
Diversos índices foram propostos para a avaliação da biodiver-
sidade. Alguns são bastante simples, como a riqueza específi ca, que é 
o número de espécies por unidade de área. No entanto, como vimos, 
deve-se considerar não apenas o número de espécies, mas também a 
proporção do total de ocorrência de cada espécie. Os índices mais utili-
zados na prática, por serem mais robustos, são o índice de Shannon e 
o índice de Simpson, dados respectivamente pelas fórmulas:
em que
ni = número de indivíduos da espécie i
N = número total de indivíduos
O índice de Shannon pressupõe que todas as espécies são 
amostradas em uma amostra aleatória. É utilizado em situações em 
que a comunidade não pode ser totalmente inventariada. O resultado 
estimado se encontra normalmente entre 1,5 e 3,5, sendo que a diver-
sidade é maior quanto maior for o valor.
O índice de Simpson calcula a probabilidade de amostras alea-
tórias incluírem dois indivíduos pertencentes à mesma espécie, e apro-
xima seu valor de zero quanto maior for a riqueza de espécies distribuí-
das equitativamente. Assim, quanto menor a diversidade maior será o 
valor.
A diversidade pode ser medida em diferentes escalas. A diver-
sidade alfa refere-se à variabilidade em nível local, sendo o número de 
espécies presentes em um habitat. A diversidade beta é a diferença de 
espécies de um habitat para o próximo. Um exemplo simples: conside-
remos dois habitats, A e B; A possui 15 espécies e B possui 11 espécies; 
essa é a diversidade alfa de cada local; se 8 espécies são exclusivas 
de A e 4 espécies são exclusivas de B, a diversidade beta é de 12. A 
diversidade gama abrange determinada região inteira, sendo o número 
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de espécies presentes em todos os habitats da região. Ressalta-se que 
a diversidade gama é igual à diversidade alfa vezes a diversidade beta.
Um padrão geográfi co observado na biosfera é a tendência da 
diversidade de espécies nas regiões tropicais exceder amplamente a 
das altas latitudes. Quanto aos fatores que afetam essa distribuição da 
biodiversidade, os biólogos possuem duas correntes de pensamento. 
A primeira corrente afi rma que a diversidade aumenta sem li-
mite ao longo do tempo; a zona equatorial seria então o resultado de 
um acúmulo ininterrupto de seres vivos, enquanto as regiões polares 
enfrentaram uma série de extinções periódicas, principalmente devido 
aos repetidos avanços e recuos das geleiras na Era do Gelo, e necessi-
taram reiniciar o desenvolvimento repetidas vezes. 
A segunda corrente afi rma que a diversidade atinge um equi-
líbrio entre os fatores que removem espécies e os fatores que acres-
centam espécies em um sistema. Esse último ponto de vista desafi a 
os biólogos a identifi car os processos responsáveis pelo acréscimo e 
remoção de espécies das regiões e as razões pelas quais o equilíbrio 
difere de região para região. 
Três fatores possuem papéis signifi cativos na diversidade de 
espécies de uma região: a heterogeneidade ecológica, que indica que 
paisagens menos uniformes tendem a ter maior diversidade; a tempe-
ratura e umidade na terra, que combinadas determinam a evapotrans-
piração de uma região, e quanto maior a evapotranspiração maior a di-
versidade; e a temperatura nos oceanos, cujo aumento é relacionado ao 
aumento da diversidade. O papel da temperatura, relacionada à energia 
solar, deu origem a uma hipótese segundo a qual maiores quantidades 
de energia levam à maior biodiversidade; isso se explicaria porque mais 
energia implica em maior capacidade de sustentar diferentes espécies, 
maior abundância de indivíduos em cada espécie (o que ajuda a reduzir 
a extinção), e aceleração na evolução.
Nas últimas décadas, com o advento da biologia molecular, im-
portantes avanços foram feitos em diferentes áreas, incluindo o estudo 
da biodiversidade. Os chamados marcadores moleculares atualmente 
são utilizados para avaliar a variabilidade genética: eles consistem em 
sequências de DNA que revelam polimorfi smos (isto é, formas diferen-
tes para determinada característica) entre indivíduos. Os marcadores 
moleculares possuem, em geral, alto polimorfi smo e baixa infl uência 
ambiental, em comparação com características morfológicas. As princi-
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pais tecnologias de marcadores moleculares são:
- sequências de DNA repetitivo: os mais utilizados são os mi-
crossatélites, que são sequências repetidas com motivos de 1 a 6 nu-
cleotídeos dispostos em tandem.
- SNP: são polimorfi smos em que a variação se dá em um úni-
co nucleotídeo.
- RFLP: consiste em fragmentar o DNA com enzimas de restri-
ção; dependendo das mutações de cada indivíduo, os fragmentos terão 
tamanhos diferentes.
- RAPD: consiste em amplifi car o DNA com um pequeno inicia-
dor; as partes amplifi cadas serão diferentes conforme as variações de 
mutação.
- AFLP: consiste em fragmentar o DNA com enzimas de restri-
ção e amplifi car os fragmentos.
- DNA barcoding: refere-se à utilização de uma região específi -
ca de DNA para identifi car espécies precisamente; isso é possível por-
que a variabilidade genética é maior entre espécies que dentro de cada 
uma; a região de DNA varia conforme o tipo de ser vivo; por exemplo, 
para bactérias se usa o gene do rRNA 16S.
A avaliação genética da biodiversidade, além da importância 
acadêmica para estudos de evolução e taxonomia, possui aplicações 
como diagnóstico de doenças, identifi cação forense, mapeamento de 
características e melhoramento assistido na agropecuária, e monitora-
mento do tráfi co de espécies.
A IMPORTÂNCIA DA BIODIVERSIDADE
O equilíbrio da natureza depende da biodiversidade. É fácil 
constatar isso analisando o fenômeno das cadeias alimentares, em que 
cada ser vivo alimenta-se de outro e serve de alimento a outro. Orga-
nismos fotossintetizantes produzem seu próprio alimento a partir de luz 
e de compostos químicos existentes no solo e nas águas; herbívoros 
alimentam-se das plantas, e carnívoros alimentam-se dos animais; e 
todos os organismos, ao morrerem, são aproveitados por microorga-
nismos, como fungos e bactérias, com consequente decomposição da 
matéria orgânica. Quando determinados organismos são extintos em 
um ecossistema, causa-se uma interrupção nesse ciclo, causando um 
desequilíbrio. A biodiversidade também proporciona importantes servi-
ços ambientais como a regulação do clima, a formação do solo, o con-
trole de inundações ea remoção de poluentes. Um serviço ambiental 
particularmente interessante é o fenômeno do efeito diluidor, em que a 
presença de mais espécies dilui a transmissão de patógenos para os 
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seres humanos, diminuindo a chance de doenças; de fato, sabe-se que 
alterações ambientais provocaram a disseminação de doenças entre o 
ambiente humano e o silvestre.
A variabilidade genética associada à biodiversidade é funda-
mental para a vida da forma que conhecemos, pois foi ela que possi-
bilitou que a vida ocupasse os mais diversos ambientes. As condições 
ambientais, como a temperatura, a umidade, a incidência de luz solar, e 
a salinidade, variam no planeta, seja ao longo do dia, conforme a época 
do ano, conforme a localização nos trópicos ou pólos, entre outras for-
mas. Para a sobrevivência nessas diferentes condições, cada ser vivo 
precisa desenvolver adaptações, algumas tão extremas que conduzem 
ao aparecimento de novas espécies.
Além disso, a biodiversidade possui um imensurável papel eco-
nômico. A humanidade retira alimentos, remédios e produtos industriais 
da biodiversidade. Quase todos os produtos que utilizamos no dia-a-dia 
são de origem vegetal ou animal (exclui-se apenas os minérios e os 
derivados do petróleo). Essa riqueza, com muitas espécies ainda des-
conhecidas pela ciência, é um dos potenciais econômicos que países 
com megadiversidade, como o Brasil, a Índia, a Indonésia e o Congo, 
devem utilizar cada vez mais. Apesar disso, a sociedade atual utiliza 
poucas espécies animais, vegetais e de microrganismos para satisfazer 
suas necessidades.
Abaixo estão relacionados alguns serviços que os 
ecossistemas realizam que são de suma importância 
para as atividades 
econômicas.
Para a agropecuária:
- formação do solo e manutenção de sua fertilidade.
- produção primária por fotossíntese.
- polinização.
- controle de pragas e doenças.
- manutenção de recursos genéticos.
Para a indústria:
- fornecimento de matéria-prima para produtos de diversos 
setores: químico, farmacêutico, cosmético, fl orestal, têxtil, 
pesca, mineração, construção, energia, biotecnologia.
- fornecimento de água, regulação de seus fl uxos e 
manutenção de sua qualidade.
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- regulação e purifi cação de gases.
- moderação do clima.
- desintoxicação e decomposição de resíduos.
- proteção contra desastres.
Diversos povos mantêm uma relação mais direta com o seu 
ambiente, sendo a disponibilidade de recursos naturais um dos prin-
cipais fatores que defi ne as características culturais e possibilita a sua 
sobrevivência. Essas comunidades locais desenvolveram formas de 
manejo para a utilização sustentável da biodiversidade. O conhecimen-
to desenvolvido por essas populações é extenso, porém ainda pouco 
valorizado; mas certas áreas da pesquisa científi ca já procuram utilizar 
o conhecimento tradicional para a descoberta de novos produtos. Essas 
comunidades procuram ter seus direitos reconhecidos, para garantir 
sua permanência local e afastar a exploração insustentável, e buscam 
uma inserção no mercado de forma diferenciada. 
Figura 19: os povos indígenas do Brasil são um exemplo de povos 
tradicionais, que vivem em relação direta com a natureza.
Fonte: Jamil Chade, 2018.
Ainda, a natureza proporciona formas de recreação e lazer, 
que envolvem desde atividades leves, como caminhadas, até outras 
mais dispendiosas como canoagem, rapel e escaladas. Contemplar 
paisagens, observar animais e seus hábitos de vida, fazer piqueniques 
sob as árvores e colher frutos são atividades que ajudam a integrar o 
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ser humano e a natureza, estimulando o respeito ao meio ambiente e a 
luta pela sua proteção. Sabe-se que uma atitude positiva do público em 
relação aos esforços de conservação é importante para o seu sucesso.
O ecoturismo é um exemplo de atividade que concilia desen-
volvimento econômico e conservação da biodiversidade. Ele tem gera-
do rápido aumento de emprego e renda, aumentando a qualidade de 
vida das pessoas que vivem nas regiões onde ele é realizado. O cresci-
mento e os benefícios dessa atividade dependem de investimentos no 
aprimoramento da capacidade técnica e empreendedora dos agentes 
públicos, privados e das comunidades das regiões onde essa atividade 
se desenvolve.
Figura 20: ecoturismo realizado no Parque Estadual da Restinga de 
Bertioga.
Fonte: Diego Bachiegá, 2019.
A PERDA E A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
Existem tantos seres humanos no planeta, e cada um consome 
tanta energia e tantos recursos, que as atividades antrópicas infl uen-
ciam tudo na natureza. Muitos cientistas consideram que o mundo vive 
um novo evento de extinção em massa, à medida que se continua a 
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alterar os ecossistemas. Isso porque estima-se que a taxa de extinção 
atual supera a taxa de extinção histórica em cerca de 1000 vezes. Junto 
à perda de espécies se tem observado uma diminuição na diversidade 
genética do planeta.
O mundo já passou por vários eventos de extinção em massa. 
Na primeira extinção, a maioria dos organismos vivia nos oceanos, e 
uma era do gelo tornou o nível do mar menor e alterou sua química. 
Na segunda extinção, grande parte dos oceanos não tinha oxigênio. 
A terceira extinção foi a mais grave, com mais de 90% das espécies 
extintas, porém as causas ainda não estão claras. Na quarta extinção, 
estima-se que houve mudança climática, atividade vulcânica e colisões 
de asteroides. A quinta extinção é mais conhecida, pois inclui a extinção 
dos dinossauros, e ocorreu após longos períodos de frio e uma colisão 
de um enorme asteroide, que levantou tanta poeira que bloqueou a luz 
solar. Sendo assim, com a ação antrópica insustentável estaríamos ca-
minhando para a sexta extinção em massa.
Dentre os impactos ambientais decorrentes da ação antrópi-
ca, a principal causa de perda da biodiversidade é a destruição e a 
degradação de paisagens, que acontece especialmente pelo desma-
tamento. Essa ação leva à perda de habitats, de forma que as regiões 
afetadas não garantem mais a sobrevivência de todas as espécies. Isso 
prejudica principalmente as espécies endêmicas, isto é, aquelas que só 
ocorrem em uma única região; e como altera as cadeias alimentares, 
acaba prejudicando todo o ecossistema. A perda de habitats também 
leva a habitats de menor tamanho e mais fragmentados, o que pode re-
duzir o tamanho das populações. A fragmentação aumenta a borda dos 
habitats, causando o efeito de borda, em que as espécies que preferem 
as bordas são favorecidas em detrimento das outras, com consequente 
desequilíbrio. 
O desmatamento, maior razão para perda de habitats, consiste 
na retirada total ou parcial das fl orestas de uma região. As fl orestas são 
áreas com alta densidade de árvores, e são reconhecidamente funda-
mentais para o funcionamento da biosfera. Elas são o habitat para mui-
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tas espécies de organismos e também a fonte de renda e sobrevivência 
para milhões de pessoas. Mesmo com esses benefícios, o desmata-
mento se tornou o maior problema ambiental do mundo. Abaixo estão 
esquematizadas causas, consequências, e soluções para o desmata-
mento:
Causas
- conversão de fl orestas em pastagens para criação de gado.
- expansão da fronteira agrícola, principalmente para 
produção de monoculturas.
- extração de madeira, muitas vezes ilegalmente.
- construção de usinas hidrelétricas.
- uso inadequado do fogo, ocasionando queimadas.
- exploração de reservas de minérios.
- construção de estradas.- expansão da urbanização.
- aumento da população humana e do consumismo, 
gerando maior demanda por recursos.
Consequências
- alterações climáticas, pois as fl orestas fornecem umidade 
para o ambiente e sequestram o carbono, evitando a 
intensifi cação do efeito estufa.
- erosão dos solos, que fi cam mais desprotegidos contra 
a ação do intemperismo.
- intensifi cação de deslizamentos de terra e inundações.
- extinção de rios, com a destruição de nascentes e o 
acúmulo de sedimentos e rochas no leito pela erosão.
- desertifi cação, com perda de nutrientes dos solos.
- escassez de recursos fl orestais.
- confl itos sociais envolvendo a questão das terras indígenas.
- e claro, perda da biodiversidade, com a destruição dos 
habitats.
Soluções
- projetos de refl orestamento.
- criação de áreas protegidas de conservação.
- projetos sustentáveis de desenvolvimento baseados nas 
fl orestas, principalmente para pessoas carentes.
- monitoramento e fi scalização ambiental e da cadeia 
agropecuária.
- medidas de fomento ao manejo e produção sustentáveis no 
extrativismo, agropecuária e indústria, como créditos, 
educação e informação, assistência técnica, e pesquisa e 
desenvolvimento.
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- incentivos fi scais para a manutenção de fl orestas.
- restrição do mercado a produtos do desmatamento.
- demarcação de terras indígenas.
- manutenção da agricultura em áreas já próprias para o 
plantio, sem expandir para mais áreas fl orestais.
- desenvolvimento de alternativas econômicas para a 
utilização dos recursos naturais.
- adoção do consumo consciente.
Outro impacto negativo sobre a biodiversidade inclui a sobre-
coleta, sobrecaça e sobrepesca. Os termos se referem aos casos de 
exploração de espécies de forma insustentável e até de forma ilegal. 
Espécies introduzidas de uma região para outra, também chamadas 
espécies exóticas, são outra ameaça potencial para o equilíbrio eco-
lógico. Isso porque elas podem agir como predadores, competidores e 
patógenos das espécies nativas, situação em que elas se tornam inva-
soras. Normalmente, competidoras, mesmo alterando o equilíbrio, não 
levam à extinção de outras espécies, mas predadores e patógenos são 
uma causa relevante de declínio na biodiversidade. A mudança climá-
tica global, que está alterando rapidamente as condições às quais as 
espécies estão adaptadas, e a poluição também são fatores de perda 
de biodiversidade.
Com a crescente preocupação com a conservação da biodiver-
sidade, diferentes estratégias foram desenvolvidas. A proteção de habi-
tats implica em preservar uma área sufi ciente para sustentar a chamada 
população mínima viável, a menor população de determinada espécie 
que pode persistir em meio à variação ambiental. A população deve ter 
uma abrangência grande de forma a impedir que catástrofes ameacem 
a espécie inteira. Algum grau de divisão dentro da população também 
ajuda a impedir a disseminação de doenças. Um problema é que, mes-
mo quando áreas são legalmente protegidas, muitas vezes se permite 
a atividade de mineradoras e madeireiras, e também não se consegue 
proteger totalmente de posseiros e caçadores. Envolver as comunida-
des locais em uma gestão participativa se mostrou interessante por tra-
zer benefícios para essas comunidades. 
Outra estratégia é a redução da coleta, que leva a uma recupe-
ração na abundância da espécie, muitas vezes rapidamente. Contudo, 
isso pode ser mais difícil quando envolve a sobrevivência de grupos de 
pessoas. Em casos extremos, temos a estratégia de reintrodução de 
espécies, em que os indivíduos são criados em cativeiro e posterior-
mente soltos na natureza. Os esforços de reintrodução podem exigir 
muito esforço, dinheiro e tempo, porém mesmo sendo feito para uma 
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espécie frequentemente tem efeito positivo para outras espécies. Ain-
da, é importante a mudança nas práticas agropecuárias, que muitas 
vezes causam a deterioração dos solos e a contaminação das águas. 
É preciso que haja a adoção de técnicas de produção que favoreçam 
a manutenção das espécies cultivadas e silvestres e do equilíbrio do 
ambiente físico e químico.
Mesmo que a conservação seja fundamental e esteja aumen-
tando continuamente, fatores políticos e econômicos representam li-
mitações para ela. Para defi nir prioridades quanto à preservação da 
biodiversidade mundial, se utiliza a abordagem dos hotspots, que são 
áreas isoladas que concentram uma grande proporção das espécies do 
mundo, com muitas endêmicas, e que sofreram graves perdas devido 
à ação humana. Conservar essas áreas signifi ca salvar a maioria da 
biodiversidade. Há diversas abordagens para identifi car hotspots: com 
base em alto número de espécies endêmicas; com base em alta riqueza 
de espécies; com base em espécies que enfrentam maiores ameaças 
de extinção. É importante lembrar que lugares com baixa diversidade 
podem ter espécies de interesse público ou com funções essenciais 
para os ecossistemas, ressaltando a importância de uma atitude geral 
de preservação.
Figura 21: Mapa mostrando os hotspots da superfície terrestre do 
planeta; em estágio inicial, há esforços para identifi car os hotspots 
aquáticos.
Fonte: Robert A. Spicer, 2000.
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POLÍTICAS DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
Em 1972, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para 
a Educação, a Ciência e a Cultura) criou as chamadas Reservas da 
Biosfera. Reserva da Biosfera é uma área protegida internacionalmen-
te reconhecida, que serve como referência para os objetivos de con-
servação da biodiversidade, desenvolvimento sustentável, e pesquisa, 
educação e monitoramento. Essas áreas são o principal instrumento do 
programa “O Homem e a Biosfera” (MaB, do inglês Man and Biosphe-
re) da UNESCO, desenvolvido com o PNUMA (Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente), com a UICN (União Internacional para a 
Conservação da Natureza), e com agências internacionais de desenvol-
vimento. Atualmente, existem 686 Reservas, em 122 países, distribuí-
das conforme descrito: 79 em 28 países da África, 33 em 12 países do 
Oriente Médio, 152 em 24 países da Ásia e Oceania, 292 em 37 países 
da Europa e América do Norte, e 130 em 21 países da América Latina e 
Caribe. No Brasil, há 7 Reservas: Amazônia Central, Caatinga, Cerrado, 
Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, Mata Atlântica, Pantanal, Serra 
do Espinhaço.
Cada Reserva é representativa dos ecossistemas característi-
cos de sua região. Sendo um centro de monitoramento, pesquisa cientí-
fi ca, educação ambiental, e desenvolvimento profi ssional para o manejo 
do meio ambiente, as Reservas favorecem a descoberta de soluções 
para diversos problemas decorrentes da ação antrópica desequilibrada 
na natureza: desmatamento, desertifi cação, poluição, efeito estufa, ex-
tinção, entre outros. As Reservas são resultado da gestão integrada e 
participativa, com o trabalho conjunto de organizações governamentais, 
não-governamentais, e centros científi cos. Com essa estratégia, bus-
ca-se atender às comunidades locais e otimizar a convivência entre as 
populações e o meio ambiente.
Em 1992, foi realizada no Rio de Janeiro a Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, evento co-
nhecido como ECO-92. Nesse evento, o Brasil liderou os esforços para 
estabelecer metas para a conservação da biodiversidade. A Conven-
ção sobre Diversidade Biológica (CDB)18, um documento resultante da 
ECO-92, tornou-se referência sobre o tema. Ela estabelece três obri-
gações para os países signatários: a conservação da diversidade bio-
lógica, o uso sustentável de seus componentes, e a repartição justa e 
equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéti-
cos. Os variadosassuntos abordados pela CDB incluem: conservação 
e utilização sustentável, identifi cação e monitoramento, conservação 
18 O documento pode ser lido em: http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_dpg/_arquivos/
cdbport.pdf
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ex situ e in situ, pesquisa e treinamento, educação e conscientização 
pública, minimização de impactos negativos, acesso a recursos gené-
ticos, acesso à tecnologia e transferência, intercâmbio de informações, 
cooperação técnica e científi ca, gestão da biotecnologia e repartição de 
seus benefícios.
Para avaliar o cumprimento dos objetivos da CDB, foram apro-
vados planos estratégicos com metas a serem cumpridas durante um 
determinado período. O primeiro plano continha metas para os anos 
de 2002 a 2010, pretendendo atingir uma redução na taxa de perda de 
biodiversidade. Em 2010, diante de um cenário em que as metas não 
foram cumpridas integralmente, foi aprovado um novo plano para os 
anos de 2011 a 2020. O novo plano, com 20 metas, prevê meios de im-
plementação e acompanhamento, como programas de trabalho, apoio 
político e parcerias, e mecanismos de apoio, como capacitação, inter-
câmbio de tecnologia e cooperação científi ca. As partes, para atingir as 
20 metas, devem defi nir seus próprios objetivos conforme sua situação 
nacional, e precisarão apresentar um relatório com os resultados.
O primeiro acordo suplementar da CDB foi o Protocolo de Car-
tagena sobre Biossegurança, de 2003. Seu objetivo é garantir uma uti-
lização segura dos organismos vivos modifi cados resultantes da biotec-
nologia moderna, que possam ter efeitos adversos na conservação da 
biodiversidade. O Protocolo se baseia no princípio da precaução, que 
diz que a falta de certeza científi ca não é razão para deixar de adotar 
medidas de precaução. Com a adoção do protocolo, os países trocam 
informações sobre os organismos modifi cados e podem tomar decisões 
conscientes quanto à introdução de organismos modifi cados em seus 
territórios.
Outro importante acordo suplementar da CDB é o Protocolo 
de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e Repartição de Bene-
fícios, que torna efetiva a implementação da repartição justa e equitati-
va dos benefícios advindos da utilização dos recursos genéticos. Com 
isso, pretende-se criar maior transparência e segurança para usuários 
dos recursos genéticos e mais incentivos para o manejo sustentável dos 
recursos para o desenvolvimento. 
O escopo do Protocolo inclui todos os recursos genéticos ex-
ceto os humanos, os compostos bioquímicos naturalmente encontrados 
nos organismos, e os conhecimentos tradicionais associados. Portanto, 
o Protocolo reconheceu os direitos dos povos locais aos seus conhe-
cimentos tradicionais, podendo prover consentimento prévio informado 
sobre o acesso aos conhecimentos, respeitando os costumes dos po-
vos. 
A utilização dos recursos incluem pesquisa e desenvolvi-
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mento, aplicações e comercialização. Uma das principais medidas a 
ser tomada pelos países signatários é a de estabelecer a repartição 
de benefícios monetários e não monetários por contratos com termos 
mutuamente acordados entre as partes. Os contratos são para garantir 
que os recursos dos provedores sejam acessados com o consentimento 
prévio informado, e também para que seja monitorada a utilização dos 
recursos, pela designação de pontos de controle. Os pontos de contro-
le, nos estágios de pesquisa, desenvolvimento, produção, comercializa-
ção, permitem conferir se a utilização seguiu as regras. Outras medidas 
a serem realizadas incluem:
- prover segurança jurídica para o acesso aos recursos 
genéticos, estabelecendo regras e procedimentos claros e 
justos.
- criar condições para pesquisas e para transferência de 
tecnologias que contribuam com a sustentabilidade da 
biodiversidade.
- destacar a importância dos recursos genéticos para a 
alimentação.
- facilitar acesso a patógenos em situações de 
emergência para a saúde.
- estabelecer Pontos Focais Nacionais e Autoridades Nacionais 
Competentes como centros de contato para informação, concessão do 
acesso, ou cooperação.
O grande desafi o atual é conciliar o desenvolvimento com a 
preservação da biodiversidade. Essa tarefa não será possível sem a 
ajuda tecnológica e fi nanceira dos países desenvolvidos, da mesma 
maneira que não se pode deixar os recursos genéticos dos países em 
desenvolvimento, que em geral são biologicamente ricos. A CDB e seus 
acordos suplementares tratam dessas disparidades e propõem diretri-
zes para superá-las, reconhecendo o princípio da divisão dos custos 
decorrentes do uso da biodiversidade e dos benefícios advindos da 
comercialização dos produtos resultantes do intercâmbio entre países 
ricos e países pobres.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: SGP/AL Prova: Perito Criminal - 
Área Biomedicina Nível: Superior.
No que se refere à conservação da biodiversidade, julgue os itens 
seguintes. Espécie endêmica é aquela cuja distribuição natural é 
restrita a determinado lugar, o que a torna vulnerável à extinção 
se o seu hábitat estiver ameaçado.
a) Certo.
b) Errado.
QUESTÃO 2
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: SGP/AL Prova: Perito Criminal - 
Área Biomedicina Nível: Superior.
No que se refere à conservação da biodiversidade, julgue os itens 
seguintes. A especialização expõe a espécie a alto risco de extin-
ção caso haja mudanças ambientais gradativas ou súbitas.
a) Certo.
b) Errado.
QUESTÃO 3
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: SGP/AL Prova: Perito Criminal - 
Área Biomedicina Nível: Superior.
No que se refere à conservação da biodiversidade, julgue os itens 
seguintes. As maiores ameaças à biodiversidade são a perda e a 
fragmentação dos hábitats, que provocam a remoção local ime-
diata da fl ora e da fauna nativas e, consequentemente, o desapa-
recimento de populações, a redução da distribuição geográfi ca 
das espécies e prejuízos na diversidade genética.
a) Certo.
b) Errado.
QUESTÃO 4
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: SGP/AL Prova: Perito Criminal - 
Área Biomedicina Nível: Superior.
No que se refere à conservação da biodiversidade, julgue os itens 
seguintes. Devido ao efeito de borda, a espécie especialista tende 
a expandir-se, o que aumenta a capacidade dos indivíduos de 
sobreviverem, atingirem a idade adulta e se reproduzirem.
a) Certo.
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b) Errado.
QUESTÃO 5
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: INMETRO Prova: Pesquisador 
em Metrologia - Área Meio Ambiente Nível: Superior.
Com relação ao tema da diversidade biológica, e sua conserva-
ção, julgue os itens que se seguem.
A Convenção sobre Diversidade Biológica reconhece os direitos 
soberanos dos Estados nacionais sobre seus recursos naturais. 
Reconhece também que pertence aos governos nacionais a auto-
ridade para determinar o acesso a recursos genéticos.
a) Certo.
b) Errado.
QUESTÃO 6
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: INMETRO Prova: Pesquisador 
em Metrologia - Área Meio Ambiente Nível: Superior.
Com relação ao tema da diversidade biológica, e sua conserva-
ção, julgue os itens que se seguem.
Hotspot é toda área prioritária para conservação, por apresentar 
duas características fundamentais: alta biodiversidade e forte 
ameaça de degradação. No Brasil, há dois hotspots: a mata atlân-
tica e o cerrado.
a) Certo.
b) Errado.
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QUESTÃO 7
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: INMETRO Prova: Pesquisador em 
Metrologia - Área Meio Ambiente Nível: Superior.
Com relação ao tema da diversidade biológica, e sua conserva-ção, julgue os itens que se seguem.
Vários estudos têm revelado que conhecimentos indígenas e de 
outras culturas tradicionais podem ser aproveitados na obtenção 
de remédios, além de outros usos. Em geral, a prática empresa-
rial tem sido de apropriar-se desses bens culturais, registrá-los e 
apresentá-los como mercadorias protegidas por patentes.
a) Certo.
b) Errado.
QUESTÃO 8
Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: IBAMA Prova: Analista Ambiental 
- Área Ordenamento dos Recursos Florestais Nível: Superior.
A fragmentação dos ecossistemas é uma das consequências das in-
tervenções antrópicas nas paisagens naturais que acaba por introduzir 
novos fatores na evolução de populações naturais de plantas e animais. 
A fragmentação de hábitats é uma das mais graves ameaças à biodi-
versidade, caracterizando-se pela ruptura de uma unidade de paisagem 
que antes era contínua. A respeito da fragmentação de ecossistemas, 
julgue os itens a seguir.
Quanto menor o fragmento, menor será a infl uência dos fatores exter-
nos sobre ele, que afetam a dinâmica externa do ecossistema.
a) Certo.
b) Errado.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Explique no que consiste a tecnologia do DNA barcoding.
Com relação ao tema da diversidade biológica, e sua conserva-
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TREINO INÉDITO
Considerando os seguintes dados de uma comunidade:
Espécie 1 10
Espécie 2 2
Espécie 3 8
Espécie 4 20
Espécie 5 10
Os valores para o Índice de Shannon e o Índice de Simpson são, 
respectivamente:
a) 0,62 e 0,27.
b) 1,39 e 0,16.
c) 0,62 e 0,16.
d) 0,77 e 0,27.
e) 1,39 e 0,77.
NA MÍDIA
FAO ALERTA QUE DESAPARECIMENTO DA BIODIVERSIDADE 
AMEAÇA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
A notícia alerta para um dos perigos da perda da biodiversidade. Segun-
do ela, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e 
a Agricultura) pesquisou a relação entre a variedade de organismos no 
mundo e a produção de alimentos. A pesquisa aponta para a utilização 
de um número restrito de espécies na agropecuária, muito menos do 
que as espécies possíveis de serem utilizadas como alimento. A ex-
pansão da produção insustentável agrava a dependência em poucos 
alimentos, além de prejudicar o meio ambiente. Espécies que fornecem 
serviços essenciais para a agropecuária, mesmo sem serem utilizadas 
como alimento, estão sendo fortemente ameaçadas, prejudicando a se-
gurança alimentar do mundo. No entanto, a pesquisa aponta um au-
mento no interesse em adotar estratégias favoráveis à conservação, 
mesmo que ainda seja insufi ciente.
Fonte: Nações Unidas Brasil
Data: 22 fev. 2019.
Leia a notícia na íntegra: 
https://nacoesunidas.org/fao-alerta-que-desaparecimento-
da-biodiversidade-ameaca-producao-de-alimentos/
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NA PRÁTICA
Como vimos, a avaliação da biodiversidade apresenta diferentes aplica-
ções, e por isso é um tema de interesse de vários profi ssionais. Estudar 
a biodiversidade vai além da ecologia propriamente dita e se relaciona 
com bioprospecção de compostos ativos, melhoramento genético de 
espécies de interesse prático, diagnóstico e controle de patógenos, de-
gradação de substâncias tóxicas, e projetos de turismo, abrindo merca-
dos promissores. Também destaca-se que a conservação da biodiversi-
dade deve ser uma das prioridades mundiais, buscando-se interromper 
o processo de extinção em massa. Para isso, exige-se novos projetos 
de proteção de habitats e manejo de espécies invasoras. Uma maior 
parceria global entre os países pode ser decisiva para o futuro.
PARA SABER MAIS
Documentários sobre o assunto: O Poema Imperfeito; Fonte da Ju-
ventude
Acesse o link:
https://www.youtube.com/watch?v=sqnv9
HDsnQk&feature=youtu.be
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SBIOMAS BRASILEIROS
O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão terri-
torial, possuindo uma grande diversidade geográfi ca e climática. Além 
disso, possui a maior cobertura de fl orestas tropicais do mundo. Por 
esses motivos nosso país abriga uma imensa biodiversidade, sendo o 
primeiro entre os países detentores de megadiversidade: 20% a 22% do 
número estimado de espécies do planeta estão aqui. Possui a fl ora mais 
rica do mundo, com cerca de 55 mil espécies de plantas superiores, e 
também 524 espécies de mamíferos, 1.677 de aves, 517 de anfíbios e 
2.657 de peixes.
Toda essa biodiversidade está contida em sete grandes bio-
mas - seis terrestres e um aquático - cujas características serão apre-
sentadas a seguir:
BIODIVERSIDADE
BRASILEIRA
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Figura 22: mapa mostrando a localização dos biomas terrestres no 
território brasileiro. 
Fonte: IBGE, 2004.
Amazônia
A Amazônia é o maior bioma brasileiro, ocupando 49% do terri-
tório com uma superfície de 4.196.943 km². Essa área abrange os Esta-
dos do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e uma parte 
do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. É nela que se encontra a maior 
fl oresta tropical do mundo, equivalente a um terço de toda a madeira 
tropical existente. Como toda fl oresta tropical, ela sobrevive a partir de 
uma rápida ciclagem de nutrientes, em que seu material orgânico é ra-
pidamente decomposto e assimilado pela vegetação em crescimento. 
Também conta com a maior bacia hidrográfi ca do mundo, com cerca de 
um quinto da água doce existente. 
O clima na Amazônia é equatorial, com abundância de chuvas. 
O relevo na região é variado, apresentando extensas planícies e áreas 
montanhosas. Devido à heterogeneidade ecológica, a Amazônia pos-
sui uma rica biodiversidade, sendo maior que qualquer outro lugar no 
planeta. Seus recursos naturais incluem borracha, castanhas, peixes e 
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minérios. A maior parte da população residente na região depende dire-
tamente dessa biodiversidade. 
A Amazônia apresenta uma alta taxa de desmatamento, espe-
cialmente por causa da expansão da fronteira agrícola e da extração 
de madeira. A mineração, por vezes ilegal, é outra ameaça. A região 
é alvo de obras como hidrelétricas, estradas, gasodutos e projetos de 
colonização, e essas obras não consideram adequadamente a questão 
ambiental envolvida.
Figura 23: Amazônia.
Fonte: Ariane Luna Peixoto, 2016.
Caatinga
A Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil, sendo o princi-
pal bioma da Região Nordeste, onde ocorre o clima semiárido. Possui 
844.453 km² de área, nos Estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, 
Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Alagoas, Maranhão e Minas 
Gerais. As temperaturas da região são altas e as chuvas são escassas 
e mal distribuídas. O relevo é de baixa altitude, com grandes depres-
sões. A Caatinga apresenta forte ocorrência de espécies endêmicas. A 
vegetação, adaptada para a baixa umidade, é dominada por arbustos, 
árvores de pequeno porte e plantas espinhosas e suculentas. Muitas 
plantas perdem as folhas durante a seca e fl orescem rapidamente no 
curto período chuvoso. A biodiversidade presente ampara atividades 
econômicas nos ramos farmacêutico, cosmético e alimentício; o uso 
sustentável dessa riqueza é decisivo para o desenvolvimento da região 
e do Brasil. No entanto, a extração de madeira e a expansão da pecuá-
ria e das monoculturas estão alterando drasticamente este bioma. 
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Figura 24: Caatinga.

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