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UNIVERSIDADE ESTADUAL DAPARAÍBA - UEPB Centro de Educação - CEDUC Departamento de História - DH Curso de História Disciplina: História do Brasil IV Resumo Indicativo da obra ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. O Fascismo deseja a morte. IN:___________________ADILSON FILHO, José (Org.). O BRASIL EM TEMPOS SOMBRIOS. 1ª ed. São Paulo: LiberArs, 2020, p. 23-39. O fascismo e o crescimento da ideologia fascista, que surge na Itália ganha espaço no Brasil dos dias atuais, vem se ampliando há décadas e permeando todas os âmbitos da sociedade, o fascismo se constitui e se define como uma forma de existência triste e decrepita de indivíduos que (com)partilham do mesmo pensamento, são tristes, raivosos, ressentidos, invejosos, cristalizados, conservadores etc. é uma ideologia que cresceu fortemente no Brasil e se concretizou com a figura de Jair Bolsonaro a presidência da república, um figura perversa e fascista, que se apossa do estado com sua ideologia do ódio e espalha discursos e atitudes fascistas que envenenam a sociedade. E para tal pensamento e atitudes se concretizarem é preciso haver toda uma articulação, organização, e atitudes, que se constituem como catalizadores de tais ideias no sentido de espalhar para a sociedade, ser fascista é ter um discurso invejoso, que odeia mudanças e odeia pluralidades, e tal pensamento cresce fortemente nas últimas décadas. Fascista é uma pessoa com medo, medo de mudanças efetivas no meio em que vive e na estrutura que existe, é um conservador, adepto do tradicionalismo em todos os sentidos, conservar e cristalizar a vida e o contexto em que vive, sem rupturas, sem mudanças sociais ou políticas pois preza pela segurança e a imobilidade do tempo, e nesse sentido odioso, um fascista odeia um governo que promova mudanças, na realidade um fascista não vê com bons olhos as mudanças, principalmente mudanças de um governo de esquerda, tinham medo das mudanças, medo do fantasma do comunismo, e nesse sentido não demonstram sensibilidades a miséria e a dor do outro, pois um governo de esquerda gira em torno do favorecimento as camadas mais necessitadas. A resposta a isso é a agressividade, um fascista é agressivo as mudanças que beneficiam os menos favorecidos socialmente, resposta disseminada principalmente pelas redes que dão a possibilidade ao espalhamento desse ódio, espalhando a inveja, o desrespeito e o ódio. A internet e a imersão que ela traz possibilitou o encontro de ideias, e consequentemente o encontro desses indivíduos. Indivíduos que atacam com violência as camadas minoritárias e políticas que são marginalizadas, e a eles destilam ódio e pedem por sua morte, camadas minoritárias que se constituem pelos ditos bandidos, gays, homossexuais, gordos e obesos, negros, indígenas, petistas, e ao próprio governo de esquerda que defende e articulam políticas públicas de inclusão e favorecimento destes, o fascista em si odeia esses indivíduos e a eles pede pela morte. Se Jair Bolsonaro chegou à presidência do Brasil foi em virtude de que grande parcela da população se identifica com tal ideologia e pensamento fascista, de ódio e violência que o Jair Bolsonaro sempre reafirma, destilando ódio contra as massas que saem do padrão por ele idealizado, nesse sentido ele carrega uma dita moralidade, que na verdade se apropria da violência destrutiva para pregar e alcançar suas convicções. Bolsonaro traz um discurso de que bandido é um indivíduo violento, mas se utiliza de violência para atacar e odiar, afim de conquistar seu objetivo. É destrutivo e aplica uma política e discursos de morte, marginalização e ódio em seu governo. É destrutivo pois odeia a ciência e seus avanços em benefício do povo, odeia a educação crítica, pois é uma criatura frustrada, de inteligência precária e violenta. É um fascista que não tem empatia, é uma figura concreta e máxima de ressentimento, ódio, inveja, burrice, raiva, etc. e aplica isso ao povo, morte e aniquilação, principalmente agora num contexto de pandemia, e é apoiado por fanáticos e idolatras que pensam igual a ele, jogando ao vento discursos de ódio. Fascistas prezam pela cristalidade de sua cultura, a chamada cultura da tradição, do conservadorismo e da não-mudança, das censuras e proibições aos que chamam de subversivos a ‘’normalidade’’ do fascista, e nessa perspectiva odeiam a pluralidade cultural e intelectual, Jair Bolsonaro não impõe empenho nenhum numa cultura diversificada, seu posicionamento é contra a cultura, consequentemente contra investimentos em políticas de investimento nela. O fascismo é racista, odeia a diversidade, odeia negros, odeia gays, lésbicas, negros, indígenas, etc. o fascistas tem medo das mudanças e diferenças que essas camadas trarão pois vivem na tradição e conservadorismo, e nesse sentido o governo atual é genocida, assassino da diversidade, não investe recursos em políticas de proteção indígena, nem em educação que dê racionalidade contra pautas sociais recorrentes, como o racismo, pelo contrário, o governo atual as reforça, é de fato um governo de destruição, de eliminação à pluralidade que vive em prol das elites, é elitista e preconceituoso, vive num padrão acrítico. E é enfático que muitas pessoas que compõem as massas populares e trabalhadoras da sociedade brasileira fizeram a passagem/transição do posicionamento político de esquerda para a direita/extrema-direita em virtude dos discursos de ódio, violência, xenofobia, racismo e conservadorismo recorrentes que os atraem e a partir daí essas massas vão se identificar no sentido das ideias, que expressam ódio, violência, preconceitos e se encaixam à ideologia fascista. Preconceitos vindo de diferentes âmbitos, desde a classe média, aos pobres, da classe alta, aos jovens e velhos, homens e mulheres, gays, negros ou lésbicas, que vão encontrar na ideologia fascista um preenchimento. O fascista tem medo, é misógino não aceita nem respeita o espaço da mulher, o fascista não quer perder os privilégios que detém frente ao avanço das conquistas femininas, não só a elas, mas de outras camadas. Desejam a morte às mulheres, pois às odeiam, não admitem sua presença em espaços ditos masculinos, nem no poder público, são odiosos a quem possa tomar seu lugar, nesse sentido vão se constituir como militantes da direita para barrar ameaças. O fascista venera a militarização, o adestramento dos corpos, então a educação das escolas militares para o fascista irá constituir uma fábrica de padronização, disseminar sua ideologia padronizada, e continuar marginalizando as diferenças que fogem ao seu ‘’normal’’, na educação militar não há espaço nem brecha para falas diferentes, ela não é plural, é padrão, acrítica. Uma educação que não produz sujeitos críticos. Qualquer pessoa pode se tornar fascista, seja ela qual for, de qualquer camada, pessoas que sofrem de bullying, racismo, violência, pessoas negras, lésbicas, gays, brancos, negros, pessoas burras sem intelecto, etc que sofreram males no decorrer da vida podem se tornar fascistas, pois no momento de um lapso de poder estes vão descontar seus ódios, e violências para com o próximo, seja diretamente, ou indiretamente, como eleger um presidente fascista e odioso ao poder, que prega a violência, misoginia, racismo, a não ciência. O cristianismo também carregou e carrega muitas ideias fascistas, muitos indivíduos aderem ao fascismo, e pelo cristianismo o fascismo ganhou muita força, a moral que o cristianismo carrega muitas vezes discrimina quem foge ao ‘’padrão’’, muitos indivíduos ditos cristãos preferem optar pela homofobia a seguir as virtudes de Cristo, no sentido do amor ao próximo, da caridade, respeito e da boa convivência. Pelo cristianismo haverá muito mais uma supervalorização as críticas em sobreposição aos atos de bondade e empatia. O fascista quer fixidez, imobilidade, teme a mudança, odeia a vida, odeia concorrências, odeia se sentir invadido, e destila o ódio a quem ameaçae a quem busca conquistar seu espaço, ou mesmo a quem carrega um discurso diferente do seu, sem abrir brecha para debate, inviabilizando nessa perspectiva a democracia e as relações para com o outro. O fascista quer tudo igual e tudo cristalizado a seu modo de viver e suas vontades. O fascismo de fato deseja a morte.
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