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PROCESSO DE T EM SERVIÇO SOCIAL II AULAS DOS SLIDES 1-10

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PROCESSO DE TRABALHO EM SERVIÇO SOCIAL II 
 
Aula 1 – Demandas Profissionais nos novos cenários de intervenção 
Conteúdo Programático desta aula ▪ Principais desafios postos ao Serviço Social na atual conjuntura; ▪ Fatores 
determinantes do Serviço Social na sociedade atual; ▪ Compreensão da Categoria Trabalho na sociedade atual. 
Como pensar a Categoria Trabalho num contexto de Reestruturação ? A organização Capitalista em tempos de 
Reestruturação Produtiva: A partir da reestruturação produtiva, da automação, da flexibilização administrativa e da 
desverticalização da esfera produtiva, as empresas buscavam o propósito de alcançar maior competitividade no 
mercado. 
As grandes corporações empresariais através de incentivos à produtividade, e dos programas participativos, buscam 
o envolvimento do trabalhador com objetivos e metas da organização estabelecendo, assim, o controle da força de 
trabalho. Iamamoto destaca que a questão não desqualifica a centralidade do trabalho, mas redireciona-o para 
outro viés com conflitos específicos para a classe trabalhadora. 
“... ainda que o trabalho assalariado formal na indústria se reduza com as alterações na divisão social do trabalho, o 
trabalhador passa a viver em duplo e radical tormento: seu um trabalhador livre que depende do trabalho para se 
reproduzir e não encontrar oportunidade de trocar sua força de trabalho por meios de vida, seja via relação típica 
salarial ou formas de venda de seus serviços, que fogem aos critérios da lucratividade porquanto voltadas para a 
reprodução dos meios de vida. A radicalidade do dilema é que atualiza-se a condição de trabalhador livre, 
despossuído, sem que se atualizem as possibilidade de transformar-se em trabalhador assalariado.” (IAMAMOTO, 
2001: 87.As grandes corporações empresariais através de incentivos à produtividade, e dos programas 
participativos, buscam o envolvimento do trabalhador com objetivos e metas da organização estabelecendo, assim, 
o controle da força de trabalho. 
A reprodução material dessa força de trabalho opera através das políticas de benefícios oferecidas pelas empresas, e 
reguladas pelo Estado, que passam a se relacionar com a natureza do contrato de trabalho e com o desempenho 
individual/grupal dos trabalhadores, atingindo a esfera dos direitos sociais. 
A inserção do assistente social no interior da divisão sóciotécnica do trabalho sofre os rebatimentos dos elementos 
constitutivos do mundo do trabalho na atual sociedade capitalista. Esses elementos redefinem papéis, demandas e 
funções para as diversas categorias profissionais, entre elas, o próprio Serviço Social. 
A inserção do assistente social na dinâmica institucional concreta implica numa nova leitura dos instrumentos 
profissionais necessários. Tal necessidade se aplica a incorporação do trabalho como parte estratégica de 
enfrentamento das expressões da questão social. Assim, os instrumentos não se configuram como conjunto de 
recursos operacionais, mas aportes teórico- metodológicos do profissional frente a lógica do trabalho institucional. 
“Um dos maiores desafio que o assistente social enfrenta hoje é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade 
e construir propostas de trabalhos criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir das demandas 
emergentes no cotidiano, ser um profissional propositivo e não executivo” 
Sendo a Questão Social o elemento que deu concretude à profissão, passível de transformação no movimento 
dialético da sociedade. 
O desafio é fazer o caminho inverso: do real à teoria visando uma compreensão mais aprofundada dos fenômenos 
sociais na sua multifaceta Produzida historicamente na totalidade social 
Aula 2 – Serviço Social e o Processo de Trabalho: 
significado da prática profissional na sociedade capitalista 
 
Conteúdo Programático desta aula ● Definir o significado social da profissão no processo de reprodução das relações 
sociais. ● Caracterizar o mercado de trabalho e perfil profissional na contemporaneidade. 
O que é Reprodução Social ? Para a tradição marxista, a “reprodução social” compreende o modo como são 
produzidas e reproduzidas as relações sociais. Nesta perspectiva, a “reprodução das relações é entendida como 
reprodução da totalidade da vida social o que engloba não apenas a reprodução da vida material e do modo de 
produção, mas também a reprodução espiritual da sociedade 
e das formas de consciência social através das quais o homem se posiciona na 
O que é Reprodução Social ? 
 vida social. Dessa forma, a reprodução de determinado modo de vida, do cotidiano, de valores, de prática culturais 
e políticas e do modo como se produzem as ideias nessa sociedade. Ideias que se expressam em práticas sociais, 
políticas, culturais e padrões de comportamento e que acabam por permear toda a trama de relações da sociedade 
(Yasbeck,1999, p.89)” 
O assistente social em seu cotidiano profissional se depara tanto do processo de reprodução dos interesses de 
preservação do capital, quanto das respostas às necessidades de sobrevivência dos que vivem do trabalho. 
Analisar o Serviço Social nesta perspectiva permite, em primeiro lugar, apreender as implicações políticas do 
exercício profissional que se desenvolve no contexto das relações entre as classes, ou seja, compreender que a 
prática profissional do Serviço Social é polarizada pelos interesses de classes em relação, não podendo ser pensada 
fora dessa trama. Permite também apreender as dimensões objetivas e subjetivas do trabalho do assistente social ( 
Yasbeck, 1999, p.91) 
O tema do trabalho na contemporaneidade, incorpora a perspectiva dos anos 80, mas avança na relação entre 
Serviço Social e processos de trabalho. “Expressa, como destaca Iamamoto (1998, p.10) “A transição para outro foco 
da chamada prática profissional, consubstanciado na análise de exercício profissional inscrito no âmbito de 
processos e relações de trabalho. 
O QUE O SERVIÇO SOCIAL PRODUZ ? Produz serviços sociais. O profissional é um mediador entre os usuários e as 
instituições, ou melhor, é contratado por uma instituição para atender as demandas dos usuários. O significado dos 
serviços sociais na sociedade moderna está estreitamente ligado à noção de cidadania. Com a expansão da 
economia mercantil e a necessária afirmação da liberdade individual, como condição de funcionamento da nova 
organização da sociedade. Adquire forma a noção de igualdade de todos os homens perante a lei, direitos e deveres 
derivados de sua condição de participantes integrais da sociedade, Isto é de cidadãos. 
O que é um Profissional Propositivo ? Um profissional qualificado, que amplie e reforce sua capacidade crítica; não 
só que pensa, analisa , pesquisa e decifra a realidade. Um profissional criativo e inventivo, capaz de entender o 
tempo presente, os homens presentes, a vida presente, contribuindo também, para moldar os rumos de sua história. 
“ Um dos principais desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver a sua capacidade de decifrar a 
realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas 
emergentes no cotidiano. Em fim ser uma profissional propositivo e não só executivo. O assistente social tem sido 
historicamente um dos agentes profissionais que implementam políticas sociais , especialmente políticas públicas( 
Iamamoto, 1992, p. 20)”. 
 
Além destas mudanças no mercado profissional, também serão demandadas novas habilidades,qualificação e 
técnicas competência ao Serviço Social pelo trabalho reestruturado. Tal como os demais trabalhadores, o assistente 
social também será pelo impactos da reestruturação produtiva. 
“O novo perfil que do trabalhador se expressa num patamar diferenciado de conhecimento acumulado, na 
experiência polivalente, na capacidade cognitiva, nos novos hábitos de trabalho e na forma de pensar. Nesse 
sentido, mais importante que deter o conhecimento é saber gerenciá-lo, conduzi-lo à geração de novo 
conhecimento (Koike, 1999, p.104)”.“Um dos maiores desafio que o assistente social enfrenta hoje é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade 
e construir propostas de trabalhos criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir das demandas 
emergentes no cotidiano, ser um profissional propositivo e não executivo” 
Apesar de todo um investimento para a consolidação do projeto Ético Político, o que o resultado do trabaho do 
assistente social não depende exclusivamente dele. Existem vários aspectos que interferem na qualidade ou da 
intervenção profissional. Como futuro profissional do Serviço Social num contexto da desregulamentação do Estado 
você ira se deparar com a ausência de recursos humanos e materiais, falta de condições satisfatórias de trabalho, os 
chamados limites institucionais. 
“ A instituição não é um condicionante a mais do trabalho do assistente social. Ela organiza o processo de trabalho 
do qual ele participa. Importa ressalta que o assistente social não realiza seu trabalho isoladamente, mas como parte 
de um trabalho combinado ou de um trabalho coletivo que forma uma grande equipe de trabalho. Sua inserção na 
esfera do trabalho é parte de um conjunto de especificidades que são acionadas conjuntamente para realização dos 
fins das instituições empregadoras , sejam empresas ou instituições governamentais (Iamamoto, 1999, p. 68)”. 
Aula 3 – A Instrumentalidade e a Potencialidade do Processo de Trabalho do Serviço Social 
 
Conteúdo Programático desta aula Reconhecer a discussão em torno do significado da instrumentalidade para a 
potenciação do intervenção profissional do assistente social. Relacionar os elementos constitutivos da 
instrumentalidade como a possibilidade da transformação social. 
Reestruturação Produtiva e Transformações do cenário Social 
EVENTO - Anos 80 - Anos 90 
Política Social 
Neoliberalismo Neoliberalismo 
 Economia 
Reestruturação e Globalização Reestruturação e globalização 
Serviço Social 
 Transformaçõe e novos espaços ocupacionais 
 
Alterações no Mercado de Trabalho do serviço Social “Na atual conjuntura de precarização e subalternização do 
trabalho á ordem do mercado, de erosão das bases de ação social do estado e de desmontagem de direitos sociais, 
civis e econômicos, a questão social, matéria prima da intervenção profissional dos assistentes sociais assume novas 
configurações e expressões entre as quais destacamos a insegurança e vulnerabilidade do trabalho e a penalização 
dos trabalhadores,o desemprego, o achatamento salarial, o aumento da exploração do trabalho feminino, a 
desregulamentação geral dos mercados (Yasbeck, 1999, p.97)” 
Alterações no Mercado de Trabalho do serviço Social Também, neste contexto, houve um redimensionamento da 
intervenção da iniciativa privada frente a questão social, o que vai se revelar num aumento das instituições que 
integram o Terceiro Setor, o que implicar numa maior absorção do profissional do Serviço Social neste campo de 
atuação. 
DESAFIOS PROFISSIONAIS PARA SUPERAÇÃO DA CRISE 
Aprofundamento da compreensão teórica e metodológica 
Novas habilidades, qualificação e técnicas competência ao Serviço Social 
“ Um dos principais desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver a sua capacidade de decifrar a 
realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas 
emergentes no cotidiano. Em fim ser uma profissional propositivo e não só executivo. O assistente social tem sido 
historicamente um dos agentes profissionais que implementam políticas sociais , especialmente políticas públicas( 
Iamamoto, 1992, p. 20)” 
Novas estratégias serão demandadas ao Serviço Social para o seu acervo tecno-operativo Instrumentalidade não 
como um mero conjunto de técnicas, mas parte da leitura de sociedade e a intervenção coerente com essa análise. 
“O novo perfil que do trabalhador se expressa num patamar diferenciado de conhecimento acumulado, na 
experiência polivalente, na capacidade cognitiva, nos novos hábitos de trabalho e na forma de pensar. Nesse 
sentido, mais importante que deter o conhecimento é saber gerenciá-lo, conduzi-lo à geração de novo 
conhecimento (Koike, 1999, p.104)” 
“ Porém, uma reflexão mais apurada sobre o termo instrumentalidade nos faria perceber que o sufixo “idade” tem a 
ver com a capacidade, qualidade ou propriedade de algo. Com isso podemos afirmar que a instrumentalidade no 
exercício profissional refere-se, não ao conjunto de instrumentos e técnicas (neste caso, a instrumentação técnica), 
mas a uma determinada capacidade ou propriedade constitutiva da profissão, construída e reconstruída no processo 
sócio-histórico. “ Yolanda Guerra. 
A instrumentalidade do Serviço Social: 1- A capacidade da profissão de se converter em instrumento, atuando junto 
as políticas sociais; 2- Instrumentalidade das respostas profissionais sendo o reconhecimento social da profissão 
dentre as diversas intervenções profissionais; 
“ Assim, na realização das requisições que lhe são postas, a profissão necessita da interlocução com conhecimentos 
oriundos de disciplinas especializadas. O acervo teórico e metodológico que lhe serve de referencial é extraído das 
ciências humanas e sociais (conhecimentos extraídos das áreas de: Administração, Ciência Política, Sociologia, 
Psicologia, Economia etc.). Tais conhecimentos têm sido incorporados pela profissão e particularizados na análise 
dos seus objetos de intervenção. Mas a profissão também tem produzido, através da pesquisa e da sua intervenção, 
conhecimentos sobre as dimensões constitutivas da questão social, sobre as estratégias capazes de orientar e 
instrumentalizar a ação profissional (dentre outros temas) e os tem partilhado com profissionais de diversas áreas. “ 
Yolanda Guerra. 
 
Aula 4 – Serviço Social e Processos de Trabalho: Discutindo o conceito de Prática Profissional. 
 
Conteúdo Programático desta aula Reconhecer a discussão em torno do significado da instrumentalidade para a 
potenciação do intervenção profissional do assistente social. Relacionar os elementos constitutivos da 
instrumentalidade como a possibilidade da transformação social. 
Como destaca Iamamoto (1999, p.53), “o aperfeiçoamento técnico – operativo mostra-se como uma exigência para 
uma inserção qualificada do assistente social no mercado de trabalho”, o que segundo a autora procede, desde que 
a eficiência técnica não seja considerada como um elemento isolado, caso contrário, se restringirá ao mero 
tecnicismo. 
Sobre o significado das técnicas e de sua utilização pelo Serviço Social, Veloso (1995 , p.33) afirma que é 
fundamental não dissociar o conhecimento propriamente dito e a experiência, entendida no seu sentido mais amplo, 
enquanto relação entre o teórico e o real. Significa, pois, um esforço no sentido de romper com a herança 
pragmática e empiricista que permeia a técnica no debate profissional. Dá advém a necessidade de pensar a técnica 
como utilização de um saber, e não como um instrumento ancilar, neutro, deslocado de um contexto sócio histórico 
( CASTORIADIS, 1987). 
As estratégias e técnicas de operacionalização devem estar articuladas aos referenciais teórico-críticos, buscando 
trabalhar situações da realidade como fundamentos da intervenção. As situações são dinâmicas e dizem respeito à 
relação entre assistente social e usuário frente as questões sociais. 
A Instrumentalidade para Yolanda Guerra “Toda postura teleológica encerra instrumentalidade, o (que possibilita ao 
homem manipular e modificar as coisas a fim de atribuir-lhes propriedades verdadeiramente humanas, no intuito de 
converterem- nas em instrumentos/meio para o alcance de suas finalidades. Converter os objetos naturais em coisas 
úteis, torná-los instrumentos é um processo teleológico, o qual necessita de um conhecimento correto das 
propriedade dos objetos. Nisso reside o caráter emancipatório da instrumentalidade do trabalho (Guerra,2000,p. 
54)”. 
“Os instrumentos e técnicas não podem se mais importante que osobjetivos da ação profissional. Se partirmos do 
pressuposto que cabe ao profissional apenas ter habilidade técnica de manusear um instrumento de trabalho, o 
assistente social perderá a dimensão do porquê ele está utilizando determinado instrumento. Sua prática se torna 
mecânica, repetitiva, burocrática. Mais do que meramente aplicar técnicas prontas, como se fossem receitas de 
bolo, o diferencial de um profissional é saber adaptar um determinado instrumento às necessidades que precisa 
responder em seu cotidiano. 
E como a realidade é dinâmica, faz-se necessário compreender quais mudanças são essas para que o instrumental 
utilizado seja o mais eficaz possível, e , de fato, possa produzir as mudanças desejadas pelo assistente social, ou 
chegar mais próximo possível. Ora, isso pressupõe que, mais do que copiar e seguir manuais de instruções , o que se 
coloca para o assistente social hoje é a sua capacidade criativa, o que incluiu o potencial de utilizar instrumentos 
consagrados na profissão, mas de criar tantos que possam produzir mudanças na realidade social, tanto em curto 
quanto em médio e longo prazos ( SOUZA, 2006, p. 124)”. 
“É por meio da instrumentalidade que os assistentes sociais modificam, transformam, alteram as condições objetivas 
e subjetivas e as relações interpessoais existentes num determinado nível de realidade social: no nível cotidiano ( 
GUERRA,1995 p.53)”. 
A instrumentalidade como uma particularidade e como tal, campo de mediações com capacidade tanto de articular 
estas dimensões quanto de ser o conduto pelo qual as mesma traduzem-se em respostas profissionais. No primeiro 
caso a instrumentalidade articula as dimensões da profissão e é a síntese das mesmas. 
“Permitir a passagem dos referenciais técnicos , teóricos, valorativos e políticos e sua concretização, de modo que 
estes se traduzam em ações profissionais, em estratégias políticas, em instrumentos técnico –operativos. Em outros 
termos , ela permite que os sujeitos, em face da sua intencionalidade, invistam na criação e articulação dos meios e 
instrumentos necessários à consecução”.(GUERRA,1995:p.59) 
 
 
 TELEOLOGIA PRÁTICA PROFISSIONAL 
 PRÁXIS 
 
 INSTRUMENTALIDADE 
 
 
Aula 5 – Os Bastidores da Prática Profissional: Condições de Trabalho e Respostas Profissionais 
 
Conteúdo Programático desta aula ▪ Identificar as possibilidades e limites da prática profissional. ▪ Reconhecer os s 
aspectos constitutivos dimensão técnico – operativa do Serviço Social. ▪ Realizar uma análise crítica teórica da 
realidade com a intervenção crítica das condições de trabalho do assistente social. 
Estas questões são inesgotáveis, e devem ter como premissa a relativa autonomia que o assistente social dispõe em 
sua intervenção profissional. As técnicas e instrumentos, a tais como entrevistas, reuniões de grupo, orientações, 
encaminhamentos, visitas domiciliares, desenvolvimento e propostas de programas e projetos dependem das 
especificidades das instituições empregadoras, que interferem na forma como são efetivados. 
No espaço institucional, os usuários continuam sendo direcionados para o assistente social, sem que se tenha 
conhecimento sobre quais são as competências do profissional naquele espaço de atuação. Como preservar a 
identidade profissional, num espaço em que se mantém uma imagem equivocada do profissional do Serviço Social 
como mero repassador de informações. O que podemos perceber com uma certa frequência é que os assistentes 
sociais ao direcionar a sua atuação para as demandas postas pela dinâmica institucional acaba limitando-se a 
prestação de determinados esclarecimentos e informações pertinentes a rotina e ao funcionamento de um setor de 
serviço, orientação previdenciárias e trabalhistas, encaminhamentos e recursos institucionais, entre outras 
atribuições. 
Como destaca Veloso, (1992, p.35 ) “tal posição demarca um papel ativo para o assistente social, que detém os 
dados informativos, em contraste com uma posição pouco participativa da população usuária, que ora aparece como 
simples respondente das perguntas que lhe são feitas, ora com mera expectante do discurso informacional que lhe é 
transmitido, pela via da ação educativa. E isto tem sido objeto de um certo mal-estar entre os profissionais de 
serviço social, na medida em que se atribuí a rotina institucional o estabelecimento de um papel pouco relevante 
para a prática, e na medida em que imprime um caráter burocratizante e repetitivo”. 
O intervenção profissional é permeada por tensões, conflitos, resistências e momentos de negociação, pois a 
realidade social é uma totalidade constituída de diversidades. Sobre esta questão a antropóloga Alba Zaluar ( 1985, 
p. 57) afirma que “ um todo uno, convive com a diversidade, o conflito, a contestação, a dúvida e o riso dos que, 
mesmo sem serem reconhecidos como intelectuais , pensam sobre o que lhe acontece e participam ativamente do 
processo de produção dos significados sociais. Se muitas vezes esse processo de pensamento permanece velado ou 
mesmo reprimido , é porque não se ligaram os canais para ouvi-lo”. 
O que se quer, como ressalta Veloso (1995, p.43) “é ir além, incorporando o ruído inerente a toda comunicação. 
Nossa apreensão abarca o relativismo cultural, o movimento dialético, que compreende o verso e o reverso, a 
negociação e a luta, avanços e recuos, e não uma visão singularizada da prática social. O que se espera é uma 
apreensão do caráter contraditório da ação entre o assistente social e a população, na medida em que a sua prática 
é polarizada pelos interesses de classe” , o que faz da instituição “palco da luta de classes. Uma análise dessa ordem 
desconsidera também a dimensão política e o conteúdo de classe da prática do Serviço Social, que deve ser 
compreendida como atividade socialmente determinada pelas condições histórico – conjunturais ( IAMAMOTO, 
1992, p.99 -101)”. 
E como a realidade é dinâmica, faz-se necessário compreender quais mudanças são essas para que o instrumental 
utilizado seja o mais eficaz possível, e , de fato, possa produzir as mudanças desejadas pelo assistente social, ou 
chegar mais próximo possível. Ora, isso pressupõe que, mais do que copiar e seguir manuais de instruções , o que se 
coloca para o assistente social hoje é a sua capacidade criativa, o que incluiu o potencial de utilizar instrumentos 
consagrados na profissão, mas de criar tantos que possam produzir mudanças na realidade social, tanto em curto 
quanto em médio e longo prazos ( SOUZA, 2006, p. 124)”. 
Para que uma prática profissional possa contribuir na construção de uma sociedade democrática faz-se necessário 
ser uma prática politizante, que veicule a informação, uma prática onde o profissional não substitua a população, 
mas tenha um papel na sua organização, o que é diferente de fazer a organização ou organizar o povo . É nesse 
sentido que a socialização da informação no trabalho social é determinante numa prática que priorize as demandas 
da população usuária. Socializar a informação implica competência teórica, política e técnico operativa 
(VASCONCELOS, 1994, p.5). 
Para Vasconcelos, o sucesso da prática profissional depende uma reflexão sistemática. A prática em enquanto 
movimento e ato precisa ser pensada, analisada e revista. “ Este voltar-se permanente sobre a prática vai contribuir 
para uma ação concebida, avaliada, quanto aos seus objetivos, metas e resultados, mostrando como está se 
realizando este caminhar. Uma prática voltada para criação/reprodução de relações solidárias , horizontais , 
democráticas, não se encontra de forma acabada ( VASCONCELOS, 1994, p.9)”. 
Os avanços e retrocessos da prática profissional precisam ser compreendido a partir de uma compreensão dos 
diferentes contextos e realidades sociais que irão determinara escolha dos instrumentos e metodologias, o que 
pode ser criado e recriado a partir da capacidade do assistente em conhecer os espaços de atuação enquanto 
totalidades constituídas de singularidades. 
 
Aula 6 – Serviço Social como especialização do Trabalho Coletivo na Sociedade 
 
Conteúdo Programático desta aula Identificar as possibilidades e limites da prática profissional como especialização 
do Trabalho Coletivo. 
DO APOSTOLADO SOCIAL à TRABALHADOR ASSALARIADO A inserção na DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO justifica-se 
na possibilidade de expressar e realizar um TRABALHO DEMANDADO SOCIALMENTE que só se realiza no interior do 
trabalho coletivo e como uma especialização deste. 
Implicações de ser um TRABALHADOR ASSALARIADO: 1. Colocou-nos no circuito de troca e venda da força de 
trabalho; O valor de uso da força de trabalho do Serviço Social, historicamente está relacionado às necessidades de 
controle e disciplinamento da reprodução social da força de trabalho que se articulam as demandas postas pelo 
capital. Ex.: Política Social É necessário superar tal concepção mas pensar o processo de trabalho vinculado a um 
movimento real da sociedade, a partir de uma totalidade em que se origina a questão social. 
 
2. Alterou o enquadramento de inserção sócio-institucional. A questão social é apresentada ao Serviço Social 
organizada social e institucionalmente; é chamado para atuar em campos específicos de necessidades sociais que se 
segmentam, levando a uma fragmentação social e institucional da questão social. 
José Paulo Netto, avalia que considerando as características da sociedade brasileira e sua modalidade de inserção no 
sistema capitalista, independente dos rumos políticos imediatos, percebe-se que a demanda objetiva de uma 
profissão como a do Serviço Social não se extinguirá. 
Um sinal de continuidade para os Assistentes Sociais é o reconhecimento da experiência acumulada na área de 
benefícios e recursos com os quais conta o Estado. A ampliação do espaço sócio ocupacional como Consultor em 
diversas áreas deve-se a história dos Assistentes Sociais como profundo conhecedores da realidade social. 
A busca de novos espaços laborais é vital para a permanência da profissão. A incorporação das novas demandas 
surgem de problemáticas emergente. 
Novos Espaços de Atuação: * Responsabilidade Social * Consultoria em RH * Assessoria a Conselho 
“ A mercadoria "força de trabalho" só pode entrar em ação se dispuser de meios e instrumentos de trabalho que, 
não sendo de propriedade do assistente social, devem ser colocados a sua disposição pelos empregadores 
institucionais: recursos materiais, humanos, financeiros, para o desenvolvimento de programas, projetos, serviços, 
benefícios e de um conjunto de outras atribuições e competências, de atendimento direto ou em nível de gestão e 
gerenciamento institucional “ ( Rachelis 
Temas como a superexploração e o desgaste físico e mental no trabalho profissional são pouco debatido, pouco 
pesquisado, portanto pouco conhecido pelo Serviço Social e seus trabalhadores, e que não apresenta acúmulo na 
literatura profissional. 
Montano, Carlos Eduardo. O Serviço Social frente ao neoliberalismo. Serviço Social e Sociedade, 53.SP:Cortez, 1997. 
Raichelis, Raquel. O assistente social como trabalhador assalariado: desafios frente às violações de seus direito. Serv. 
Soc. Soc. no.107 São Paulo July/Sept. 2011 
Aula 7 – A atuação do Assistente Social na Política Pública de Assistência Social 
 
Conteúdo Programático desta aula Estudar as principais legislações da Política de Assistência Social; Sinalizar as 
atribuições do Assistente Social na Política de Assistência Social 
Serviço Social é Profissão Assistência Social é Política Pública 
As transformações no âmbito da Assistência Social iniciam com o Artigo 194º da Constituição Federal de 1988 ( CF-
88 ), quando diz que “ A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência Social “ . 
os Artigos 203 º e 204º da CF-88 também são significativos para compreensão das novas orientações. Mas a 
regulamentação somente acontece em 1993 com a Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993, conhecida como a Lei 
Orgânica da Assistência Social ( LOAS ) 
Alterações importantes na LOAS: Mas a Lei 12.435 de 06 de julho de 2011 traz uma alteração na LOAS, nos arts. 2º , 
3º , 6º , 12, 13, 14, 15, 16, 17, 20, 21, 22, 23, 24, 28 e 36 
Política Nacional de Assistência Social – 2004 Assistência Social: direito do cidadão e dever do Estado, é Política de 
Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de 
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. 
Proteção Social: Proteção Formas “institucionalizadas que as sociedades constituem para proteger parte ou o 
conjunto de seus membros. Tais sistemas decorrem de certas vicissitudes da vida natural ou social, tais como a 
velhice, a doença, o infortúnio, as privações. (...) Neste conceito, também, tanto as formas seletivas de distribuição e 
redistribuição de bens materiais (como a comida e o dinheiro), quanto os bens culturais (como os saberes), que 
permitirão a sobrevivência e a integração, sob várias formas na vida social. Ainda, os princípios reguladores e as 
normas que, com intuito de proteção, fazem parte da vida das coletividades” (p. 32) 
A proteção social deve garantir as seguintes seguranças: segurança de sobrevivência (de rendimento e de 
autonomia); de acolhida; de convívio ou vivência familiar. PROTEÇÂO SOCIAL BÁSICA E ESPECIAL. 
O que é o SUAS ( Sistema Único da Assistência Social ): É a regulação e a organização em todo o território nacional 
das ações sócio assistenciais. É um modelo de gestão descentralizado e Participativo. Pressupõe, ainda, gestão 
compartilhada, co-financiamento da política pelas três esferas de governo e definição clara das competências entre 
os entes da federação. 
Eixos estruturantes do SUAS: • Matricialidade Sociofamiliar. • Descentralização político-administrativa e 
Territorialização. • Novas bases para a relação entre Estado e Sociedade Civil. • Financiamento. • Controle Social. • 
O desafio da participação popular/cidadão usuário. • A Política de Recursos Humanos. • A Informação, o 
Monitoramento e a Avaliação. 
As competências específicas dos/as assistentes sociais, no âmbito da política de Assistência Social, abrangem 
diversas dimensões interventivas, complementares e indissociáveis. 
1. uma dimensão que engloba as abordagens individuais, familiares ou grupais na perspectiva de atendimento 
às necessidades básicas e acesso aos direitos, bens e equipamentos públicos. Essa dimensão não deve se 
orientar pelo atendimento psicoterapêutico a indivíduos e famílias (próprio da Psicologia), mas sim à 
potencialização da orientação social, com vistas à ampliação do acesso dos indivíduos e da coletividade aos 
direitos sociais; 
2. uma dimensão de intervenção coletiva junto a movimentos sociais, na perspectiva da socialização da 
informação, mobilização e organização popular, que tem como fundamento o reconhecimento e 
fortalecimento da classe trabalhadora como sujeito coletivo na luta pela ampliação dos direitos e 
responsabilização estatal; 
3. uma dimensão de intervenção profissional voltada para inserção nos espaços democráticos de controle 
social e construção de estratégias para fomentar a participação, reivindicação e defesa dos direitos pelos/as 
usuários/as e trabalhadores/as nos Conselhos, Conferências e Fóruns da Assistência Social e de outras 
políticas públicas; 
4. uma dimensão de gerenciamento, planejamento e execução direta de bens e serviços a indivíduos, famílias, 
grupos e coletividade, na perspectiva de fortalecimento da gestão democrática e participativa, capaz de 
produzir, intersetorial e interdisciplinarmente, propostas que viabilizem e potencializem a gestão em favor 
dos/as cidadãos/ãs;5. uma dimensão que se materializa na realização sistemática de estudos e pesquisas que revelem as reais 
condições de vida e demandas da classe trabalhadora, e possam alimentar o processo de formulação, 
implementação e monitoramento da política de Assistência Social; 
6.Uma dimensão pedagógico-interpretativa e socializadora de informações e saberes no campo dos direitos, 
da legislação social e das políticas públicas, dirigida aos/às diversos/as atores/atrizes e sujeitos da política: 
os/as gestores/as públicos/as, dirigentes de entidades prestadoras de serviços, trabalhadores/as, 
conselheiros/as e usuários/as. 
Referências: Lei Orgânica da Assistência Social e suas alterações Política Nacional de Assistência Social Parâmetros 
para Atuação de Assistentes Sociais na Política de Assistência Social. 
Aula 8 – A atuação do Assistente Social na Política Pública de Saúde 
Conteúdo Programático desta aula Estudar as principais Características da Política Pública de Saúde; Estudar as 
atribuições do Assistente Social na Política Pública de Saúde. A política de Saúde, reconhecida no texto 
Constitucional como “Direito de todos e Dever do Estado”, vem sendo implementada e efetivada através do Sistema 
Único de Saúde (SUS) . 
Uma questão importante refere-se ao conceito de saúde contido no Artigo 196 da Constituição Federal de 1988 e no 
caput do Artigo 3º da Lei 8.080/1990, que ressalta as expressões da questão social, e estas devem ser 
compreendidas, segundo Iamamoto (1982), como o conjunto das desigualdades da sociedade capitalista, que se 
expressam através das determinações econômicas, políticas e culturais que impactam as classes sociais. 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem 
à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação.(CF,1988.) 
 Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o 
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e 
serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. (Lei 
8080/1990) . 
O profissional na saúde desenvolve suas ações profissionais nas seguintes dimensões, que são complementares e 
indissociáveis; 
Ações Assistenciais: As principais ações a serem desenvolvidas pelo assistente social são: 
• Prestar orientações (individuais e coletivas) e /ou encaminhamentos quanto aos direitos sociais da população 
usuária, no sentido de democratizar as informações; 
• Identificar a situação socioeconômica (habitacional, trabalhista e previdenciária) e familiar dos usuários com 
vistas a construção do perfil socioeconômico para possibilitar a formulação de estratégias de intervenção. 
Realizar abordagem individual e/ou grupal, tendo como objetivo trabalhar os determinantes sociais da saúde 
dos usuários, familiares e acompanhantes; criar mecanismos e rotinas de ação que facilitem e possibilitem o 
acesso dos usuários aos serviços, bem como a garantia de direitos na esfera da seguridade social; 
 
realizar visitas domiciliares quando avaliada a necessidade pelo profissional do Serviço Social, procurando não 
invadir a privacidade dos usuários e esclarecendo os objetivos das mesmas. 
realizar visitas institucionais com objetivo de conhecer e mobilizar a rede de serviços no processo de viabilização dos 
direitos sociais. trabalhar com as famílias no sentido de fortalecer seus vínculos, na perspectiva de torná-las sujeitos 
do processo de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde. 
criar protocolos e rotina de ação que possibilitem a organização, normatização e sistematização do cotidiano do 
trabalho profissional. registrar os atendimentos sociais no prontuário único com objetivo de formular estratégias de 
intervenção profissional e subsidiar a equipe de saúde quanto as informações sociais dos usuários, resguardadas as 
informações sigilosas que devem ser registradas no prontuário social. 
TRABALHO EM EQUIPE 
O assistente social, ao participar de trabalho em equipe na saúde, dispõe de ângulos particulares de observação na 
interpretação das condições de saúde do usuário e uma competência também distinta para o encaminhamento das 
ações, que o diferencia do médico, do enfermeiro, do nutricionista e dos demais trabalhadores que atuam na saúde. 
A equipe de saúde e / ou os empregadores, frente às condições de trabalho e/ou falta de conhecimento das 
competências do assistente social, tem requisitado diversas ações aos profissionais que não são atribuições dos 
mesmos, a saber. 
❑ marcação de consultas e exames; 
❑ solicitação e regulação de ambulância para remoção e alta 
❑ identificação de vagas em outras unidades nas situações de necessidade de transferência hospitalar; 
❑ pesagem e medição de crianças e gestantes; 
❑ convocação do responsável para informar sobre alta e óbito; 
❑ Comunicação de óbitos; 
❑ marcação de consultas e exames; 
❑ solicitação e regulação de ambulância para remoção e alta 
❑ identificação de vagas em outras unidades nas situações de necessidade de transferência hospitalar; 
❑ pesagem e medição de crianças e gestantes; 
❑ moção) bem como a dispensação destes. 
❑convocação do responsável para informar sobre alta e óbito; 
❑ emissão de declaração de comparecimento na unidade quando o atendimento for realizado por quaisquer outros 
profissionais que não o Assistente Social. 
❑ montagem de processo e preenchimento de formulários para viabilização de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), 
medicação de alto custo e fornecimento de equipamentos (órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção) bem 
como a dispensação destes. 
 
O desafio da humanização é a criação de uma nova cultura de atendimento, pautada na centralidade dos sujeitos na 
construção coletiva do SUS. Para que essa proposta se consolide é preciso que os trabalhadores estejam motivados, 
com condições de trabalho dignas e salários compatíveis. Devem ser elaborados protocolos assistenciais e rotinas de 
trabalho e investimento na educação permanente das equipes, para repensar o modelo de atenção a saúde, e 
avaliar constantemente as dificuldades que se apresentam no processo coletivo de trabalho em saúde. É de suma 
importância a participação dos usuários nesse processo. 
Ações sócio-educativas: Estas ações consistem em orientações reflexivas e socialização de informações realizadas 
através de abordagens individuais, grupais ou coletivas ao usuário, família e população de determinada área 
programática. 
Referências Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Política de Saúde. 
 
Aula 9 – A atuação do Assistente Social na Empresa 
Conteúdo Programático desta aula Estudar as principais Características do Mundo produtivo; Estudar as atribuições 
do Assistente Social na Empresa. 
Para José Paulo Netto “ as conexões genéticas do Serviço Social profissional não se entretecem com a ´questão social 
´, mas com suas peculiaridades no âmbito da sociedade burguesa fundada na organização monopólica “ ( 2006,p.18). 
Algumas demandas nas empresas: Conflito de interesses ( Capital X Trabalho ); Conflitos Pessoais do Trabalhador 
(interpessoais, familiares, cognitivos); Conflitos funcionais (identidade com a função exercida, clima, benefícios, etc) 
Tipos de Empresa Capital Privado Empresa Pública / estatal Empresa Economia Mista. 
O Serviço Social não desempenha funções produtivas, podendo ser tipificado, como na teoria marxiana, como um 
trabalho improdutivo, ou seja, todo tipo de atividade que não se relaciona com processos produtivos voltados para a 
produção da mais-valia. Mas é um trabalho necessário, a produção do capital na sua totalidade e por isso tem um 
efeito na produção ou na redistribuição do valor e da mais valia como parte do trabalho coletivo . 
Já nos anos 40, algumas empresas já contavam com aatuação profissional de assistentes sociais, porém, somente no 
final dos anos de 70 e a partir de 1980, houve crescimento significativo do campo de atuação profissional do Serviço 
Social nas empresas. 
O avanço aconteceu graças à contribuição de tendências teórico-metodológicas do Serviço Social do Trabalho, 
desenvolvidas na década de 1970, por grupos de profissionais que se sobressaíram no trabalho em empresas. Essa 
tendência teórico-metodológica, aliada ao cenário sócio-econômico-político brasileiro, durante os anos de 1980, 
favoreceu, em grande parte, a expansão de campo de ação profissional para o Serviço Social na empresa. 
Algumas atribuições do Assistente Social na Empresa: Absenteísmo, insubordinação, acidentes, alcoolismo e 
questões relacionadas a vida privada do trabalhador, como conflitos familiares, dificuldades financeiras, doenças 
dentro de atividades de RH. 
Houve crescimento qualitativo e quantitativo dos serviços e dos benefícios sociais organizados e implementados 
pelas empresas que visavam gerar comportamento produtivo por parte do corpo sócio funcional. Dessa forma, 
requisitavam profissionais, técnicos qualificados na área social para intervir nas relações entre capital e trabalho. 
A Década de 1990 representou importante guinada para as organizações empresariais. 
Nesse momento, as empresas desejavam acompanhar o ritmo acelerado do progresso tecnológico e saber aplicar, 
de forma eficiente, os conhecimentos necessários e adequados ao processo. 
As grandes corporações empresariais através de incentivos à produtividade, e dos programas participativos, buscam 
o envolvimento do trabalhador com objetivos e metas da organização estabelecendo, assim, o controle da força de 
trabalho. 
A reprodução material dessa força de trabalho opera através das políticas de benefícios oferecidas pelas empresas, e 
reguladas pelo Estado, que passam a se relacionar com a natureza do contrato de trabalho e com o desempenho 
individual/grupal dos trabalhadores, atingindo a esfera dos direitos sociais. 
Outras atribuições após a Reestruturação Produtiva e no atual estágio do capitalismo outra demanda foi a atuação 
na esfera da assessoria gerencial e na criação dos comportamentos produtivos, ou seja, clima social. São ações 
também ligadas a qualidade de vida no Trabalho. 
 O assistente social foi requisitado para participar, colaborar e assessorar os Círculos de Qualidade Total além de 
outros programas destinados à qualidade. Esse tipo de atuação é realizado através de trabalho em equipe, no 
sentido de desenvolver atividades específicas voltadas à melhoria de vida dos trabalhadores. 
A área de treinamento, de motivação e de desenvolvimento de programas e de projetos sociais (programas ligados à 
saúde dos trabalhadores, programas sociais, culturais, educacionais, de lazer e outros) também fazem parte das 
ações que o assistente social desenvolve no universo empresarial. 
A ação do assistente social continua atrelada à administração de benefícios sociais. Ao lado da demanda tradicional, 
como a concessão de benefícios, o estabelecimento de critérios de elegibilidade e a triagem socioeconômica, surgem 
novas exigências que interferem nessas atividades e as modificam. 
 
Aula 10 – A atuação do Assistente Social na Responsabilidade Social 
 
Conteúdo Programático desta aula ▪ Estudar as principais Características da Responsabilidade Social; ▪ Estudar as 
atribuições do Assistente Social na Responsabilidade Social. 
Não se deve menosprezar a simbiose que se estabelece, pois a lógica da obtenção de lucro com a alienação do 
trabalho largamente demonstrada pelo pensamento marxista, é combinada ao enfretamento do impacto 
socioambiental. Nisto reside um ponto de conflituosidade da Responsabilidade Social do empresariado. Ou como 
sugere Góis (2004), é a introdução de critérios mercadológicos no enfrentamento da problemática social. 
Por outro lado, não se pode pensar em uma dimensão unicamente utilitarista, à medida que a empresa adere ao 
Pacto Global, como uma proposta das Organizações das Nações Unidas incentivando empresas a atuarem na área de 
Responsabilidade Social observando dez princípios que abordam Direitos Humanos, Direitos do trabalho, proteção 
Ambiental e combate à corrupção. 
Setor diferenciado do “ Serviço Social “ Características de Multi formações 
Melo Neto e Froes (2001, p. 28) caracterizam as ações filantrópicas desenvolvidas pelo empresariado brasileiro, até 
meados dos anos de 1980, como atitudes individuais e voluntárias restritas aos empresários filantrópicos e 
religiosos, estimulados pela caridade cristã a partir de base assistencialista, sem levar em consideração a 
necessidade de planejamento e gerenciamento dessas ações . 
Entre elas o Instituto Ethos de Responsabilidade Social; o Instituto de Cidadania Empresarial; o Conselho de 
Cidadania Empresarial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG); a Fundação Instituto de 
Desenvolvimento Empresarial e Social (FIDES); o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) e o Instituto 
Brasileiro de Análises Sociais (Ibase). 
Instituto Ethos de Responsabilidade Social no Brasil, criado pelo empresário Oded Grajew, em 1998, na cidade de 
São Paulo. Organização privada sem fins lucrativos, mantém-se pela contribuição das empresas associadas cuja 
principal função é a disseminação do conceito de responsabilidade social por meio de encontros, seminários, 
congressos e outras atividades de publicação e divulgação. 
o Instituto de Análises Sociais (Ibase), organizado em 1996 pelo sociólogo Herbert de Souza, teve reconhecida 
atuação. O Ibase deu grande impulso à necessidade de realização do balanço social das empresas, contando com 
apoio de lideranças empresariais e de outros segmentos da sociedade 
Em 1996, foi lançado o “Selo Balanço Social”, visando à certificação das empresas socialmente comprometidas com o 
desenvolvimento das áreas de educação, de saúde, de cultura e do meio ambiente 
O Gife, criado em 1996, desempenhou contribuição favorável no reconhecimento e no desenvolvimento da 
responsabilidade social pelas empresas. A missão desse grupo é o aperfeiçoamento e a difusão dos conceitos e 
práticas do investimento privado em fins públicos, a sustentabilidade. 
ISSO 26000 – Normas Técnicas sobre Responsabilidade Social para empresas lançada em 2010 ABNT NBR ISO 
26000:2010, “O desenvolvimento da organização em relação à sociedade em que opera e ao seu impacto no meio 
ambiente se tornou uma parte crucial na avaliação de seu desempenho geral e de sua capacidade de continuidade 
de continuar operar de forma eficaz. Isso, em parte, reflete o reconhecimento cada vez maior da necessidade de 
assegurar ecossistemas saudáveis, igualdade social e boa governança organizacional” (p. vii) 
 
Conforme a ABNT NBR ISO 26000:2010, alguns princípios devem ser observados nas atividades relacionadas a RSE : 
Accountability, Transparência, Comportamento ético, Respeito pelos interesses das partes interessadas, Respeito 
pelo Estado de Direito, Respeito pelas normas internacionais de comportamento, Respeito pelos Direitos Humanos. 
São princípios que definem a contribuição para o desenvolvimento sustentável 
 
A Responsabilidade Social e o Projeto Ético Político do Serviço Social

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