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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação HANDEBOL Olá! Meu nome é Pedro Pinheiro Paes Neto. Sou professor de Educação Física (UEPA/PA-1992), especialista em Treinamento Desportivo (UGF/RJ-1993) e em Aprendizagem Motora (UEPA-1994), mestre em Educação Física (Unicamp-1999) e doutorado em Ciências da Saúde (EERP-USP). Trabalho com o handebol, desde os 15 anos de idade e ministro a disciplina em Cursos Superiores de Educação Física, desde 1996, além de extenso trabalho como técnico da modalidade. Tenho experiência como atleta da modalidade desde 1985 e como professor desde 1988, com atuação nos diferentes níveis de ensino (Educação Infantil, Ensinos Fundamental, Médio e Superior e treinamento de equipes). Em meu Mestrado, fiz parte da equipe do Laboratorio de Fisiología del Esfuerzo do INEF-UPM, em Madrid, na Espanha, onde atualmente sou pesquisador- colaborador, desenvolvendo pesquisas com performance humana, incluindo atletas de handebol. e-mail: paespp@gmail.com Olá! Meu nome é Thiago Cândido Alves. Sou professor de Educação Física (Claretiano/SP-2001), especialista em Treinamento e Condicionamento Físico em Academia (Claretiano/SP-2003) e Mestre em Educação Física (UNIMEP/SP-2007). Sou professor presencial da disciplina Handebol no Claretiano de Batatais desde 2009. Tenho experiência como atleta da modalidade desde 1994 e como professor desde 1998, com atuação na iniciação e treinamento em handebol. Em meu Mestrado, comparei métodos de treinamento no handebol. e-mail: thiagoalves@claretiano.edu.br Claretiano – Centro Universitário Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000 cead@claretiano.edu.br Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006 www.claretianobt.com.br Pedro Pinheiro Paes Neto Thiago Candido Alves Batatais Claretiano 2016 HANDEBOL © Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP) Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana. CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Simone Rodrigues de Oliveira Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi Andrade de Deus Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni • Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires Botta Murakami Videoaula: Fernanda Ferreira Alves • Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 796.312 P144h Paes Neto, Pedro Pinheiro Handebol / Pedro Pinheiro Paes Neto, Thiago Cândido Alves – Batatais, SP : Claretiano, 2016. 135 p. ISBN: 978-85-8377-478-5 1. Handebol. 2. Regras. 3. Recepção. 4. Passe. 5. Arremesso. 6. Dribles. 7. Fintas. 8. Ataque. 9. Defesa. I. Alves, Thiago Cândido. II. Handebol. CDD 796.312 CDD 658.151 INFORMAÇÕES GERAIS Cursos: Graduação Título: HANDEBOL Versão: fev./2015 Formato: 15x21 cm Páginas: 135 páginas SUMÁRIO CONTEúDO INTRODUTóRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7 2. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO ..................................................................... 10 Unidade 1 – HISTóRIA E ORIGEM DO HANDEBOL 1. INTRODUÇÃO À UNIDADE .............................................................................. 20 2. ANTECEDENTES HISTóRICOS DO HANDEBOL ............................................... 21 3. O HANDEBOL NO BRASIL ................................................................................ 23 4. TEXTOS COMPLEMENTARES ........................................................................... 24 5. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 25 6. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 26 7. e-ReFeRÊnCiaS ................................................................................................ 27 8. ReFeRÊnCia BiBLiOGRÁFiCa ......................................................................... 27 Unidade 2 – ReGRaS BÁSiCaS dO HandeBOL 1. INTRODUÇÃO À UNIDADE .............................................................................. 31 2. REGRA 1: A QUADRA DE JOGO ....................................................................... 31 3. REGRA 2: A DURAÇÃO DA PARTIDA ............................................................... 33 4. REGRA 3: A BOLA ............................................................................................. 34 5. REGRA 4: A EQUIPE, AS SUBSTITUIÇÕES E OS EQUIPAMENTOS ................. 34 6. REGRA 5: O GOLEIRO ...................................................................................... 35 7. ReGRa 6: a ÁRea dO GOL ............................................................................... 36 8. REGRA 7: O MANEJO DA BOLA E O JOGO PASSIVO ............................................. 37 9. REGRA 8: FALTAS E CONDUTAS ANTIDESPORTIVAS ...................................... 38 10. REGRA 9: O GOL ............................................................................................... 39 11. REGRA 10: O TIRO DE SAÍDA ........................................................................... 40 12. REGRA 11: O TIRO LATERAL ............................................................................ 41 13. REGRA 12: O TIRO DE META ........................................................................... 41 14. REGRA 13: O TIRO LIVRE ................................................................................. 41 15. REGRA 14: O TIRO DE 7 METROS .................................................................... 42 16. REGRA 15: INSTRUÇÕES GERAIS PARA EXECUÇÃO DOS TIROS ................... 43 17. REGRA 16: AS PUNIÇÕES ................................................................................. 43 18. ReGRa 17: OS ÁRBitROS ................................................................................. 44 19. TEXTOS COMPLEMENTARES ........................................................................... 45 20. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 46 21. CONSIDERAÇÕES .............................................................................................47 22. e-ReFeRÊnCiaS ................................................................................................ 48 23. ReFeRÊnCia BiBLiOGRÁFiCa ......................................................................... 48 Unidade 3 – nOçõeS BÁSiCaS dOS FUndamentOS individUaiS: RECEPÇÃO, PASSE, PASSADA, ARREMESSOS, DRIBLES E FINTAS 1. INTRODUÇÃO À UNIDADE .............................................................................. 51 2. ESTUDO DA RECEPÇÃO ................................................................................... 52 3. ESTUDO DO PASSE ........................................................................................... 57 4. ESTUDO DA PASSADA ...................................................................................... 64 5. ESTUDO DOS ARREMESSOS ............................................................................ 68 6. ESTUDO DO DRIBLE ......................................................................................... 78 7. ESTUDO DAS FINTAS ....................................................................................... 81 8. TEXTOS COMPLEMENTARES ........................................................................... 87 9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 89 10. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 92 11. e-ReFeRÊnCiaS ................................................................................................ 93 12. ReFeRÊnCiaS BiBLiOGRÁFiCaS ..................................................................... 94 Unidade 4 – ESTUDO DO ATAQUE E DA DEFESA 1. INTRODUÇÃO À UNIDADE .............................................................................. 97 2. CONCEITO DE ATAQUE .................................................................................... 98 3. CONCEITO DE DEFESA ..................................................................................... 99 4. POSiCiOnamentO BÁSiCO dOS JOGadOReS nO ataQUe e deFeSa ........ 101 5. FASES DO ATAQUE ........................................................................................... 106 6. FASES DA DEFESA ............................................................................................ 111 7. SISTEMAS OFENSIVOS .................................................................................... 114 8. SISTEMAS DEFENSIVOS................................................................................... 117 9. TEXTOS COMPLEMENTARES ........................................................................... 130 10. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 131 11. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 134 12. e-ReFeRÊnCia .................................................................................................. 135 13. ReFeRÊnCiaS BiBLiOGRÁFiCaS ..................................................................... 135 7 Caderno de Referência de Conteúdo Conteúdo ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– História e evolução do Handebol até a sua introdução no Brasil. Fundamentos indivi- duais básicos da modalidade, com ênfase nos processos pedagógicos relacionados à sua iniciação desportiva e abordagem das concepções táticas de ataque e defesa. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 1. INTRODUÇÃO O Handebol é um jogo cuja aprendizagem é uma das mais simples entre os mais diferentes esportes: seus gestos técnicos requerem a combinação de algumas habilidades motoras fundamentais - andar, correr, saltar, driblar a bola, arremessar, receber - que são muito empregadas no cotidiano, tanto na forma de jogos de exercícios (de passar e receber, por exemplo), quanto dentro de brincadeiras populares, como queimada ou câmbio. A facilidade de iniciar a prática (jogar) do Handebol também se deve às suas regras básicas que são claras e de fácil aprendizado pelas crianças. O Handebol é considerado um esporte com perfeita interação formativa educacional e esportiva, do qual podem participar jogadores de ambos os sexos sem nenhuma restrição, desenvolvendo simultaneamente coordenação motriz apurada, força, resistência, velocidade, a capacidade de discernimento e a coragem. Portanto, pode-se dizer que o Handebol é uma das modalidades de jogos coletivos mais ricas como meio de educação, recreação, lazer, ou como prática de alto nível (TENROLER, 2004). A apresentação deste Caderno de Referência de Conteúdo e de seus conteúdos objetiva a possibilidade de utilização dos fundamentos 8 © HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO técnicos e do jogo propriamente dito, o Handebol, como principal fonte de integração e de desenvolvimento das habilidades motoras dos futuros praticantes. No estudo do Handebol, serão abordadas quatro unidades de ensino, todas de natureza teórico-prática, por se tratar de um conteúdo que tem como principal objetivo auxiliá-lo na aplicação prática dos conteúdos abordados. Na Unidade 1, a modalidade é apresentada ao leitor mediante uma explanação teórica de sua origem, desde a História Antiga até a História Moderna, objetivando um posicionamento do contexto histórico da criação do Handebol atual, bem como de sua introdução em nosso país e de como ele foi difundido em nosso território. A Unidade 2 tem como objetivo a apresentação das regras básicas do handebol. Esse estudo é importante para fundamentar o conhecimento dos princípios regulamentares do esporte, com o intuito do seguimento e da caracterização essencial da modalidade em sua aplicação prática. Mesmo que haja necessidade de adaptação das regras em função da idade dos alunos/atletas, da fase do processo de treinamento a longo prazo em que esteja ou do lugar onde ele será praticado, é preciso possuir esse conhecimento prévio para que a própria adaptação seja uma forma de aprendizagem do jogo propriamente dito. Esse estudo não significa uma sugestão de obediência às regras, muito pelo contrário, é partindo do conhecimento delas que você terá uma fonte de inspiração para adaptá-las à sua realidade. Na Unidade 3, abordaremos os fundamentos técnicos da modalidade. Essa unidade é dividida em sete conteúdos, todos eles de natureza teórico-prática: 1) o conhecimento de quadra e o manejo de bola, que cor- responde ao conhecimento prático da área de jogo, ou seja, da quadra, com suas linhas e delimitações, associa- do à utilização do implemento principal de jogo: a bola. 9© HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO 2) A Recepção – também conhecida como pegada –, que é o fundamento no qual o aluno aprende como ter o domí- nio da bola em um passe ou uma interceptação de passe durante a prática do Handebol. 3) O Passe será o terceiro conteúdo desta unidade, no qual serão mostrados os diferentes tipos de passes de acor- do com a distância, a direção e a técnica que pode ser empregada. 4) A Passada, que corresponde aos tipos de deslocamen- tos que podem ser efetuados estando o jogador com a bola na mão. 5) O Arremesso, que é o gesto de impulsionar a bola ao gol e atende ao objetivo do jogo, que é fazer o gol. Ele, o arremesso, é a conclusão de todos os elementos que se desenvolvem ao longo do jogo no ataque. Basicamente, podemos dividir os Arremessos em dois tipos: em sus- pensão (com salto) ou em apoio (sem salto); 6) O Drible, fundamento individual ofensivo que consiste no ato de impulsionar a bola em direção ao solo. No Handebol, esse fundamento só deve ser utilizado em situações espe- ciais como: proteger a bola, no caso de uma marcação indi- vidual (drible de proteção), ganhar espaço em velocidade e se aproximar do Gol da outra equipe e para realizar açõescoletivas no ataque (drible de velocidade) e, no sétimo e úl- timo conteúdo desta unidade abordaremos as fintas. Elas são um recurso que os praticantes de Handebol utilizam para ultrapassar um possível defensor, com o objetivo de chegar o mais perto possível do gol da equipe contrária. As unidades anteriores permitem a você criar o ambiente favorável para a aplicação do Handebol como modalidade esportiva. 10 © HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO Todos os esportes têm uma organização no posicionamento dos jogadores, tanto ofensiva quanto defensivamente. Esse posicionamento é feito pelo técnico e depende da capacidade técnica dos seus jogadores e também da organização defensiva ou ofensiva da equipe contrária. Assim, a unidade 4 favorece um estudo voltado para a aprendizagem do jogo propriamente dito. Para cumprir essa tarefa, você deverá aprender o posicionamento dos jogadores no ataque e na defesa em grande parte das situações possíveis que possam ser apresentadas, portanto, serão abordados os conteúdos referentes às situações ofensivas, que vão desde o posicionamento básico dos jogadores, quando estes estão com a posse de bola, até a arrumação básica, quando eles estão tentando fazer um gol. Finalizamos nosso estudo com a vivência da modalidade quando os jogadores não estão com a posse de bola, ou seja, na defesa, incluindo a vivência desde quando se perde a posse de bola até as estratégias para voltar a obtê-la. Esse posicionamento e essas movimentações dos jogadores na defesa são chamados de "sistemas defensivos" e atendem a uma especificidade do jogo propriamente dito de Handebol, de acordo com as habilidades técnicas dos jogadores da defesa e do ataque. Após essa introdução aos conceitos principais do Caderno de Referência de Conteúdo, apresentaremos, a seguir, no tópico Orientações para o estudo, algumas orientações de caráter motivacional, bem como dicas e estratégias de aprendizagem que poderão facilitar o seu estudo. 2. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO Abordagem Geral Esse tópico apresenta uma visão geral do que será estudado. Aqui, você entrará em contato com os assuntos principais do Caderno 11© HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO de Referência de Conteúdo de forma breve e generalizada, pois o aprofundamento das questões será tratado em cada uma das unidades deste material. Esta abordagem geral fornece o conhecimento básico necessário para que seu conhecimento seja construído em uma base sólida – científica e cultural –, para que, no futuro exercício de sua profissão, você a exerça com ética e responsabilidade. Vamos começar nossa aventura pelo conhecimento do Handebol? Este Caderno de Referência de Conteúdo será uma excelente oportunidade para se familiarizar com uma modalidade esportiva que pode ser aplicada de forma didática e prazerosa. Assim, convidamos você a participar, ativamente, da construção desse conhecimento. Mas qual é o objetivo deste Caderno de Referência de Conteúdo? Como ensinar um conteúdo prático forte por meio da Educação a Distância? Como os conteúdos serão abordados ao longo de nosso curso virtual? Iniciaremos nossos estudos com a Unidade 1, que aborda a história de nossa modalidade. Na Unidade 2, veremos as regras básicas do Handebol, ou seja, o que é e o que não é permitido fazer em um jogo da modalidade. O estudo dessas regras é fundamental para a aprendizagem desse esporte e para a sua garantia de segurança. Na Unidade 3, abordaremos os fundamentos técnicos da modalidade iniciando com o conhecimento da quadra e do manejo de bola. Em seguida, continuaremos a unidade com o ensino da Recepção, bem como com o estudo dos diferentes tipos de passes, e assim seguiremos até o estudo das Fintas, passando pelos Arremessos e os Dribles. Na unidade 4 aprenderemos a dinâmica do handebol por meio do estudo de tal jogo, com o posicionamento dos jogadores no ataque e na defesa, além da tática e dos objetivos de cada sistema ofensivo 12 © HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO e defensivo. As diferentes fases de ataque e defesa serão vivenciadas, desde o posicionamento básico com e sem posse de bola e suas movimentações (diferentes sistemas ofensivos e defensivos). Glossário de Conceitos Este glossário permite a você uma consulta rápida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento dos temas tratados neste Caderno de Referência de Conteúdo. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos deste Caderno de Referência de Conteúdo: 1) Arremesso: é o ato de impulsionar a bola em direção ao gol. 2) Ataque: é o momento do jogo no qual a equipe está com a posse de bola. 3) Ataque posicional: é quando a equipe chega ao campo ofensivo, ou seja, quando ela se posiciona na defesa adversária. 4) Conhecimento de quadra e manejo de bola: é a vivência das áreas e linhas de jogo e, também, do contato com o implemento de jogo, isto é, a bola. 5) Defesa: é o momento do jogo no qual a equipe está sem a posse de bola. 6) Defesa posicional: é quando a equipe chega ao seu cam- po defensivo. 7) Drible: é o ato de impulsionar a bola em direção ao chão. 8) Finta: é o ato de deslocar o corpo em agilidade com o intuito de surpreender o outro jogador. 9) Fundamentos coletivos: são os elementos coletivos do jogo; correspondem às situações ofensivas e defensivas que os es- portistas podem assumir durante um jogo de Handebol. 13© HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO 10) Fundamentos individuais: são os elementos técnicos que cada esportista deve vivenciar para a prática do Handebol. 11) Handebol: atualmente, é o termo abrasileirado de Handball, nome oficial da modalidade, usado em países de língua inglesa; é um esporte de quadra, jogado com as mãos, com sete jogadores de cada lado – sendo um goleiro –, que tem como objetivo efetuar gols na meta da equipe adversária. Também é conhecido como Ande- bol (Portugal) e Balomano (países de origem espanhola). 12) Histórico: estudo da origem da modalidade e de seus an- tecedentes históricos. 13) Passada: é o deslocamento permitido estando o jogador com a posse de bola. 14) Passe: é o ato de impulsionar a bola em direção a um jo- gador da mesma equipe. 15) Recepção ou pegada: é o ato de dominar a bola oriunda do passe de um companheiro de equipe ou da intercep- tação do passe de outro jogador. 16) Regras: codificação e regulamentação da modalidade, ou seja, o conjunto de leis que regulamentam a prática do esporte. 17) Sistemas defensivos: são as diferentes formas ou estraté- gias de posicionamento da equipe na defesa. 18) Sistemas ofensivos: são as diferentes formas ou estraté- gias de posicionamento da equipe no ataque. 19) Transição defensiva: é o momento do jogo em que a equipe perde a posse de bola e está se deslocando para o seu campo defensivo. 20) Transição ofensiva: é o momento do jogo em que a equi- pe está se deslocando para o seu ataque. 14 © HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO Esquema dos Conceitos-chave Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um Esquema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteúdo. O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mesmo o seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você construir o seu conhecimento, ressignificando as informações a partir de suas próprias percepções. É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações entre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você na ordenação e nasequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino. Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende- se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendizagem. Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem escolar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que estabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem pontos de ancoragem. Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, apenas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preciso, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure como 15© HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante considerar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos conceitos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cognitivas, outros serão também relembrados. Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você o principal agente da construção do próprio conhecimento, por meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tornar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhecimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabelecendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/ utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010). Como você observará, Esquema de Conceitos-chave apresenta uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo. Seguindo esse esquema, você poderá transitar entre um e outro conceito do Caderno de Referência de Conteúdo e descobrir o caminho para construir o seu processo ensino-aprendizagem. Por exemplo, a aprendizagem da conceituação das regras fornece o entendimento sobre o que é permitido aos jogadores executar quanto aos fundamentos técnicos individuais ou coletivos, sejam eles defensivos ou ofensivos. O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de aprendizagem que vem a se somar àqueles disponíveis no ambiente virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realizadas presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio conhecimento. 16 © HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO HANDEBOL Histórico Regras Básicas Fundamentos Individuais Fundamentos Coletivos Conhecimento de Quadra e Manejo de Bola Recepção Passe Passada Arremesso Drible Finta Ataque Defesa Transição Ofensiva Ataque Posiciona l Sistemas Ofensivos Transição Defensiva Defesa Posicional Sistemas Defensivo s Figura 1 Esquema de Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteúdo Handebol. Questões Autoavaliativas No final de cada unidade, você encontrará algumas questões autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas. Responder, discutir e comentar essas questões, bem como relacioná-las com a prática do ensino de Educação Física pode ser uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a resolução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará 17© HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso, essa é uma maneira privilegiada de estar seus conhecimentos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional. Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabarito, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões autoavaliativas de múltipla escolha. As questões de múltipla escolha são as que têm como resposta apenas uma alternativa correta. Por sua vez, entende- se por questões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos matemáticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, inalterada. Já as questões abertas dissertativas obtêm por resposta uma interpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, normalmente, não há nada relacionado a elas no item Gabarito. Você pode comentar suas respostas com o seu tutor ou com seus colegas de turma. Bibliografia Básica É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as bibliografias complementares. Figuras (ilustrações, quadros...) Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte integrante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustrativas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os conteúdos do Caderno de Referência de Conteúdo, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o conceitual faz parte de uma boa formação intelectual. Dicas (motivacionais) Este estudo convida você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como processo de emancipação do ser humano. É 18 © HANDEBOL CADErNO DE rEfErêNCiA DE CONtEúDO importante que você atente às explicações teóricas, práticas e científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se descobrir algo que ainda não conhece, aprendendo a ver e a notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele à maturidade. Você, como aluno do curso de Graduação na modalidade EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugerimos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades nas datas estipuladas. É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas poderão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produções científicas. Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas. No final de cada unidade, você encontrará algumas questões autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadurecimento intelectual. Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores. Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você. 19 UNIDADE 1 HIStóRIA E ORIgEM DO HANDEBOL Objetivos • Conhecer os antecedentes históricos da criação e do desenvolvimentodo Handebol moderno. • Compreender o processo de introdução e organização do Handebol no Brasil. • Apresentar o Handebol para os alunos/atletas de Graduação em Educação Física. Conteúdos • Antecedentes históricos da criação do Handebol. • Origem do Handebol moderno. • O Handebol no Brasil. Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: 1) Leia, atentamente, os objetivos desta unidade para que você comece o estu- do compreendendo os seus conteúdos com os olhos voltados para a aplicabi- lidade prática baseada na contextualização histórica. 2) Utilize a história do Handebol como instrumento de motivação inicial para seus alunos/atletas, criando o ambiente ideal para o começo de suas ativida- des práticas com a modalidade. 3) Compare o Handebol com a origem histórica de outras modalidades es- portivas, tais como o Futebol, o Basquetebol e o Voleibol, possibilitando 20 © HANDEBOL UNIDADE 1 – HIstórIA E orIgEm Do HANDEbol aos seus alunos/atletas compreenderem que os esportes foram criados para atender um fim específico, que é o prazer de sua prática, aliado ao bem-estar físico e psicológico advindo dela. 4) Leia a bibliografia citada como fonte de referência para o embasamento de seu estudo. Tente fazer uma comparação entre as realidades do Handebol praticado na Europa e no Brasil. 5) Ajuste seu conhecimento teórico aos diferentes níveis de maturação e desen- volvimento de seus alunos/atletas, nas diferentes etapas do processo de trei- namento a longo prazo. Quanto mais fundamentado você estiver, mais fácil será esse processo de adequação do conteúdo. 1. INTRODUÇÃO À UNIDADE Antes de iniciar esta unidade, é importante que você atente aos objetivos fundamentais de cada conteúdo, ou seja, de cada tópico apresentado no decorrer desta unidade e de todo este Caderno de Referência de Conteúdo. Como o próprio nome já diz, o Caderno de Referência de Conteúdo é uma referência teórica que tem como objetivo fundamental dar a você o ponto de partida para sua aplicação em sua vida profissional, sempre ajustando este conhecimento à realidade de seus alunos/atletas. Especificamente sobre esta unidade, o conhecimento da história do Handebol permitirá a você uma viagem no tempo pela origem da modalidade, desde a Antiguidade até os dias atuais, possibilitando-lhe um conhecimento prévio sobre sua criação e seu desenvolvimento. Esse conhecimento é importante para dar início à aprendizagem do Handebol. Apresenta um caráter informativo e motivacional para a aplicação da modalidade. Para a apresentação da História do Handebol, sugerimos que você utilize também, recursos didáticos tal como figuras ilustrativas 21© HANDEBOL UNIDADE 1 – HIstórIA E orIgEm Do HANDEbol para cada fundamento do jogo, as características fundamentais da modalidade e, especialmente, os benefícios em se praticar um esporte que é social por natureza. Faça dessa apresentação um ambiente motivador favorável para a aplicação do Handebol como atividade social cooperativa, e não como modalidade competitiva tão somente, cuja vitória é seu principal objetivo. Transmita aos seus alunos/atletas a ideia de que a competição é apenas uma dentre as inúmeras aplicações dessa atividade. Bom estudo! 2. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO HANDEBOL A bola vem cativando o homem há milênios. Na Grécia Antiga, Homero faz citação a um jogo praticado com as mãos, com uma bola do tamanho de uma maçã, sem balizas, chamado Urânia. Na Roma Antiga, segundo Cláudio Galeno (130 a 200 d.C.), também se praticava um jogo com as mãos, chamado Haspartum. Na Idade Média, na França, Rabelais (1494-1533) cita uma espécie de Handebol chamado de La Paume, que era jogado com as palmas das mãos. Origem do Handebol moderno Na Dinamarca, por volta de 1848, o professor Holger Nielsen criou um jogo chamado Haaddbold, determinando suas regras básicas. Na mesma época, na antiga Tchecoslováquia, era conhecido um jogo realizado também com as mãos, chamado Hazena. No Uruguai, Gualberto Valetta é considerado o precursor do Handebol, partindo de um esporte denominado Salon e que ficou posteriormente conhecido como Balomano. Entretanto, o esporte mais semelhante às regras do Handebol moderno foi criado na Alemanha, por volta de 1890, com o nome 22 © HANDEBOL UNIDADE 1 – HIstórIA E orIgEm Do HANDEbol Raftball e que foi adaptado para o campo de futebol em 1912, por Hirschmann, então secretário da Federação Internacional de Futebol. O período da Primeira Guerra Mundial foi importante para a popularização do Handebol, quando Max Heiser criou um jogo para as operárias de uma fábrica da Siemens, com base no Torball (uma variação do Raftball), que logo começou a ser praticado pelos homens nos campos de futebol. Em 1919, o professor Karl Schelenz alterou o Torball, denominando-o Handball. Ele criou as primeiras regras oficiais da modalidade: seria praticado com 11 jogadores de cada lado e em um campo de futebol, configurando o marco de criação do Handebol moderno. Por volta de 1924, na Suécia, em virtude dos rigorosos invernos, o Handebol de campo foi adaptado para os ginásios poliesportivos, reduzindo o número de jogadores de cada equipe para sete e caracterizando uma nova modalidade, que passou a ser chamada "Handebol de salão" ou "Handebol de sete". Em 1936, nas Olimpíadas de Berlim, o "Handebol de Campo" tornou-se um esporte olímpico. Após a Segunda Guerra Mundial, em virtude de sua grande mobilidade e da popularidade do Futebol de campo, o Handebol de campo foi perdendo espaço para o Handebol de salão, que, por sua vez, logo começou a ser praticado em todos os ginásios e estádios fechados. Já em 1960, o Handebol de salão tornou-se mais popular do que o Handebol de campo, transformando-se em um esporte olímpico para homens em 1972 e, em 1976, para mulheres. Atualmente, o Handebol de salão é amplamente praticado e difundido no mundo todo, passando a ser exclusivamente denominado Handball (língua inglesa), Handebol (língua portuguesa 23© HANDEBOL UNIDADE 1 – HIstórIA E orIgEm Do HANDEbol brasileira), Andebol (língua portuguesa de Portugal) e Balomano (língua espanhola). 3. O HANDEBOL NO BRASIL Os primeiros registros da prática do Handebol no Brasil são datados de 1930, partindo das colônias europeias, especialmente das oriundas da Alemanha, refugiadas no Sul do país. Em 1954, o professor Auguste Listello promoveu, no Curso Internacional de Santos, a divulgação da modalidade, o que permitiu a difusão do Handebol em outros estados além de São Paulo, onde se concentrava o maior número de praticantes. Mas foi somente a partir de 1972, com a introdução do Handebol nos Jogos Estudantis Brasileiros (JEBs) e nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que o Handebol se tornou um esporte difundido em todo o território nacional. Em 1º de junho de 1979, em São Paulo, foi fundada a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) que, atualmente, é sediada na cidade de Aracaju, em Sergipe. Nos dias atuais, em nível escolar, o Handebol é o segundo esporte mais praticado por ambos os sexos, só perdendo para o Futsal, que ainda é um esporte essencialmente praticado pelos meninos. No masculino, o Brasil destaca-se como uma das melhores seleções do continente ao lado da Argentina, que tem apresentado grande crescimento, mas ainda ocupa uma posição modesta no cenário olímpico e em campeonatos mundiais. O Handebol feminino, por sua vez, nos últimos cinco anos, vem ocupando uma posição de destaque, colocando-se entre as oito potências mundiais do esporte. 24 © HANDEBOL UNIDADE 1 – HIstórIA E orIgEm Do HANDEbol Recentemente, a CBHb vem estimulando o intercâmbio internacional com a exportação de atletas nacionaispara clubes de Handebol da Europa e com a importação de técnicos de países consagrados na modalidade, como Espanha, Suécia, Alemanha e França. Observe, na Figura 1, a ação defensiva da goleira. Figura 1 Goleira da Seleção Brasileira de Handebol em ação defensiva chamada "defesa em X". 4. TEXTOS COMPLEMENTARES A relação entre o Handebol de campo e o Handebol de quadra ou de sete revela antecedentes históricos comuns que aparentemente estão correlacionados, ou seja, o Handebol de quadra originou- se com base no Handebol de campo. Todavia, alguns autores são categóricos ao afirmarem que eles são modalidades independentes, mas com antecedentes históricos comuns, prevalecendo, no final, a popularidade do Handebol de quadra sobre a do Handebol de campo. Veja o que Vieira e Freitas (2007, p. 18) dizem sobre esse assunto: O Handebol tornou-se esporte oficial na Alemanha em 1920. Cinco anos mais tarde, alemães e austríacos estiveram reunidos para a primeira partida internacional. E, em 1972, o Comitê Olímpico 25© HANDEBOL UNIDADE 1 – HIstórIA E orIgEm Do HANDEbol Internacional recebia um pedido oficial para que o esporte fosse incluído na programação dos Jogos Olímpicos. Quase que simultaneamente à oficialização do Handebol na Alemanha, em 1920, os tchecos, que praticavam o Hazena, desde o final do século XIX, regulamentaram seu esporte, que era muito parecido com o Handebol e previa o confronto de times de sete jogadores cada. 5. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS Apresentamos agora algumas questões que servem como exercícios de autoavaliação da aprendizagem do conteúdo desta unidade. Tente respondê-las, para que você mesmo avalie seu grau de entendimento sobre o conteúdo abordado. Releia a unidade e as referências sugeridas para ter a compreensão adequada do conteúdo. É importante, também, que você debata com seus colegas de curso sobre as questões polêmicas para que a construção do conhecimento seja feita de forma conjunta. Se as dúvidas persistirem, sinta-se à vontade para procurar seu tutor. Assim, o diálogo sobre o Handebol será mais prazeroso e fecundo. As questões propostas nesta unidade para discussão e para ser respondidas são: 1) Quais são as modalidades consideradas precursoras do Handebol? 2) Quais são os países que estão mais diretamente envolvidos na origem do Han- debol de campo e do Handebol de sete? 3) Qual foi o marco inicial para a criação do Handebol? 4) Quando o Handebol de campo e o Handebol de quadra se tornaram olímpicos? 5) Por que o Handebol de quadra se tornou mais popular do que o Handebol de campo? 26 © HANDEBOL UNIDADE 1 – HIstórIA E orIgEm Do HANDEbol Gabarito Depois de responder às questões autoavaliativas, é importante que você confira o seu desempenho, a fim de que possa saber se é preciso retomar o estudo desta unidade. Assim, confira, a seguir, as respostas corretas para as perguntas propostas anteriormente: 1) Urânia, na Grécia Antiga; Haspartum, na Roma Antiga, e La Paume, na Idade Média, na França. 2) Dinamarca, antiga Tchecoslováquia, Uruguai e Alemanha. 3) A criação das primeiras regras oficiais, em 1919, pelo professor Karl Schelenz, que alterou o antigo nome Torball o renomeando para Handball. 4) O Handebol de campo tornou-se olímpico em 1932, nas Olimpíadas de Ber- lim (Alemanha), e o Handebol de salão ou de quadra tornou-se em 1972, em Munique, na Alemanha (masculino), e em 1976, em Montreal, no Canadá. 5) Porque o Handebol de quadra é muito mais dinâmico e movimentado, além de poder ser jogado em todas as estações do ano. 6. CONSIDERAÇÕES Esta unidade serviu como uma abordagem sobre a origem do Handebol. Fizemos uma viagem histórica por seus antecedentes, por sua contextualização atual e pelo modo como ele é praticado em nosso país. O conteúdo aqui apresentado serve, também, como o referencial teórico introdutório para todas as unidades seguintes, o que inclui o estudo das regras do Handebol, que será o próximo assunto a ser visto. Esse conteúdo permitirá o conhecimento básico importante para o norteamento de suas aulas práticas, pois eles representam o conjunto dos fundamentos teóricos necessários para a aplicação do Handebol como elemento do curso de Graduação. 27© HANDEBOL UNIDADE 1 – HIstórIA E orIgEm Do HANDEbol 7. E-REFERÊNCIAS Figura Figura 1 Goleira da Seleção Brasileira de Handebol em ação defensiva chamada "defesa em X". Disponível em: <blogdohandebol.blogspot.com.br>. Acesso em: 02 dez. 2015. Site pesquisado CBHb. Regras oficiais de handebol. Disponível em: <www.lbrasilhandebol.com.br/ noticias_detalhes.asp?id=27182>. Acesso em: 02 dez. 2015. 8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA VIEIRA, S.; FREITAS, A. O que é o Handebol. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/COB, 2007. © HANDEBOL 29 REgRAS BÁSICAS DO HANDEBOL Objetivos • Conhecer as regras básicas da modalidade para que elas sejam aplicadas com o objetivo de educação organizacional esportiva e preservar a segu- rança de sua prática. • Aplicar as regras de forma educacional, ou seja, ensinar sua importância e sempre fazer o comparativo com as regras da sociedade, tendo em vista a formação do ser humano na sociedade. • Conhecer as regras para que elas possam ser adaptadas para o aluno/atle- ta. Essa adaptação permitirá que o Handebol seja aplicado nos mais dife- rentes objetivos, para os mais diversos tipos de pessoas em seus níveis variados de treinamento. Conteúdos • Quadra de jogo. • Duração da partida. • A bola. • Equipe, substituição e equipamentos. • Goleiro. • Área de gol. • Manejo de bola e o jogo passivo. • Faltas e condutas antidesportivas. • O gol. • Tiro de saída. UNIDADE 2 30 © HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol • Tiro lateral. • Tiro de meta. • Tiro livre. • Tiro de 7 metros. • Instruções gerais para a execução dos tiros. • Punições. • Árbitros. Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: 1) Atente para os objetivos desta unidade para não interpretar o aprendizado das regras de Handebol como objeto de limitação de sua prática, mas como objeto de ampliação de seu horizonte de trabalho. 2) Compare as regras do Handebol com as regras de outras modalidades já vivenciadas por seus alunos/atletas. Esse comparativo é importante, pois permite uma interpretação mais detalhada das diferenças entre as moda- lidades esportivas. 3) É de extrema importância a leitura da bibliografia sugerida, bem como a de um livro de regras do Handebol, para que estes sejam objetos de rápida con- sulta em casos de dúvidas que possam vir a ocorrer em suas aulas de iniciação esportiva ou sessões de treinamento esportivo. 4) Utilize as regras de forma moldável, ou seja, adaptável aos seus alunos/ atletas, seja em função da idade, seja por qualquer outra limitação que possam apresentar. 5) Em jogos de qualquer modalidade, é inevitável a competição. Entretanto, você, futuro educador físico, deverá mediar tal competição de forma harmo- niosa, ensinando as regras e lembrando que o certo e o errado, a vitória e a derrota, também fazem parte do aprendizado. Não se esqueça de que nem sempre você estará trabalhando atletas. Por vezes serão pessoas que estão utilizando o Handebol para seu bem-estar. 31© HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol 1. INTRODUÇÃO À UNIDADE Esta unidade trata do aprendizado das regras oficiais do Handebol. Todas as vezes que se ouve a palavra regra, pressupõe-se um conjunto de códigos imutáveis e de pouca maleabilidade. Entretanto, o objetivo deste estudo é a aprendizagem, pois ele tem como diretriz a apresentação das regras, para que elas sejam adaptáveis à realidade do seu ponto de trabalho, o que inclui as características deseus alunos/atletas, bem como o nível de aprendizagem ou treinamento dos mesmos. Iniciamos os estudos com as seguintes questões: • Se o local onde você for trabalhar não possuir uma quadra poliesportiva, será que o Handebol se tornará inviável? • Se a pessoa for cadeirante, ela não poderá participar dessa modalidade ativamente? Caso você tenha respondido "não" a esses dois questionamentos, podemos dizer que você está apto a conhecer as regras do Handebol e a adaptá-las à sua realidade profissional. No entanto, se respondeu "sim", esperamos que esta unidade lhe ajude a compreender que as regras não são sólidas, rígidas e imutáveis e que a sua criatividade e o seu bom senso estão acima de qualquer codificação esportiva. Portanto, dependerá de como você, futuro educador físico, irá interagir com seus futuros alunos/atletas. Desejamos que você se empenhe nos conteúdos que serão estudados nesta unidade. 2. REGRA 1: A QUADRA DE jOGO Oficialmente, o Handebol deve ser jogado em uma quadra de medidas 40 m × 20 m, margeadas pela linha de fundo e pelas linhas 32 © HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol laterais, divididas em duas metades iguais de 20 m cada, pela linha central. O gol é colocado no centro da linha de fundo e mede 2 m de altura e 3 m de comprimento. Todas as linhas fazem parte da quadra de jogo, ou seja, somente a borda externa das linhas é considerada linha limítrofe. À frente do gol, há uma linha contínua chamada linha de 6 m, que forma um semicírculo imaginário de 6 m, dando origem à área do goleiro, local onde somente o goleiro pode atuar. Três metros a frente da linha de 6 m, há uma linha tracejada ou descontínua chamada linha de 9 m, que é o local onde são cobradas as faltas no ataque que acontecem entre as linhas de 6 m e 9 m, respeitando, assim, a distância mínima de 3 m entre o cobrador da falta e o defensor. Todas as outras faltas são cobradas nos locais onde ocorreram. É importante destacar que as cobranças das faltas são denominadas "Tiros Livres" e podem ser executados de forma direta para o gol. Com a distância de 7 m do centro do gol, há uma linha chamada linha de 7 m, que é o local onde devem ser cobrados os Tiros de 7 m (penalidade máxima do Handebol). No tiro de 7 m, o goleiro pode avançar até a linha de 4 m, podendo ficar até 3 m de distância do cobrador. A zona de substituição é limitada por uma linha colocada na lateral da quadra, distante 4,45 m da linha central, sendo uma para cada lado da quadra. Vejamos a Figura 1: 33© HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol 40 m 4.45m 3m 6 m 9 m 20 m gol linha do gol linha de tiro de 9m linha de 6m linha de fundo linha central linha lateral linha do goleiro de 4m área de substituição linha de 7m Figura 1 Quadra de Handebol, suas linhas e zonas de jogo. 3. REGRA 2: A DURAÇÃO DA PARTIDA Em todos os jogos para jogadores com idade igual ou acima de 16 anos, a duração da partida é de dois tempos de 30 min, com intervalo de 10 min. Abaixo dessa faixa etária, ou seja, para as idades entre 12 e 15 anos, a duração é de dois tempos de 25 min e entre oito e 11 anos temos dois tempos de 20 min com intervalo de 10 min. Se, em um campeonato, o jogo terminar empatado nas fases não classificatórias, deverá ser jogado uma prorrogação ou tempo extra de dois períodos de 5 min. Persistindo o empate, deverá ocorrer outra prorrogação. Ainda assim persistindo o empate, serão cobrados os tiros de 7 m, com cinco jogadores de cada time alternando os arremessos. O tempo no Handebol é corrido, ou seja, só deverá ser parado pelo árbitro ou cronometrista em situações específicas do jogo, como 34 © HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol uma exclusão, no momento de pedido de tempo técnico, ou como no atendimento de um atleta em quadra. 4. REGRA 3: A BOLA Nesta regra, o importante é saber que existem três tamanhos diferentes de bolas padronizadas pela IHF (Federação Internacional de Handebol) de acordo com a idade e o sexo dos alunos/atletas: • Tamanho 3 – 58 cm a 60 cm e 425 g a 475 g: para ho- mens acima de 16 anos; • Tamanho 2 – 54 cm a 56 cm e 325 g a 375 g: para mu- lheres acima de 14 anos e homens entre 12 e 15 anos • Tamanho 1 – 50 cm a 52 cm e 290 g a 330 g: equipes fe- mininas abaixo de 14 anos e meninos entre 8 e 11 anos. Agora veremos a regra em relação à equipe, às substituições e aos equipamentos necessários do Handebol. 5. REGRA 4: A EQUIPE, AS SUBSTITUIÇÕES E OS EQUIPAMENTOS Cada equipe é composta de 16 jogadores, e somente sete destes podem estar presentes na quadra, sendo um goleiro e seis jogadores de linha. Para começar um jogo, a equipe deverá apresentar, no mínimo, cinco jogadores, sendo obrigatoriamente um goleiro. Os jogadores poderão ser substituídos em qualquer momento do jogo e quantas vezes for preciso, sem a necessidade de avisar a arbitragem, somente respeitando sua respectiva zona de substituição. A regra de substituição do Handebol permite a alternância constante de jogadores, possibilitando a participação de todos os jogadores e incentivando a socialização do esporte. 35© HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol Todos os jogadores deverão estar devidamente uniformizados, com os padrões de sua equipe e com as camisetas numeradas. Somente os goleiros são obrigados a usar uniformes diferentes de seus companheiros de equipe. O equipamento completo de um jogador de Handebol é composto de camiseta numerada, calção, meias e tênis apropriados para a modalidade. Não é permitido o uso de qualquer objeto metálico que ponha em risco o aluno/atleta, seus companheiros e os membros de outra equipe. 6. REGRA 5: O GOLEIRO O goleiro é o único jogador do time que poderá tocar a bola com todas as partes do corpo, dentro de sua área de gol. Poderá, também, sair de sua área sem a posse de bola, transformando-se em um jogador de linha. Suas defesas não poderão por em risco a segurança dos atacantes. Observe Figura 2. Quando a bola tocar no goleiro e sair pela linha de fundo, deverá ser cobrado o tiro de meta, assim como quando o mesmo realizar uma defesa e tiver o controle da bola, será considerado um tiro de meta. É importante destacar que a bola voltará a estar em jogo após ultrapassar totalmente a linha da área de gol, não sendo possível a marcação de um gol contra pela cobrança de um tiro de meta. Normalmente, os arremessos no Handebol são muito rápidos e fortes mesmo quando feitos por crianças. Portanto, o educador físico deverá tomar muito cuidado ao elaborar os jogos pré-desportivos para não por em risco à integridade do aluno/atleta que se predisponha a ser o goleiro. É importante que todos tenham a oportunidade de passar por essa posição, pois envolve velocidade de reação, muita flexibilidade e coragem. 36 © HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol Figura 2 Goleiro de Handebol reagindo a um arremesso com a bola próxima à sua cabeça. Cabe agora compreender sobre as regras implícitas na área do gol. 7. REGRA 6: A ÁREA DO GOL Somente o goleiro poderá atuar na área do gol. Caso um atacante pise na linha de 6 m, seu ataque será anulado e será concedido um tiro de meta para à equipe adversária. Se for um defensor e sua ação atrapalhar uma ação ofensiva, será marcado um tiro de 9 m. Se o defensor pisar na linha evitando uma situação clara de gol, será marcado o tiro de 7 m. O aluno/atleta que estiver fazendo um arremesso poderá invadir o espaço aéreo da área de gol desde que toque o solo depois que o gol tenha sido. Uma vez que a bola tenha saído da área de gol, nenhum jogador da defesa poderá retornar a bola para a área de gol ou para o goleiro estando dentro dela. Caso 37© HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAsBásIcAs Do HANDEBol isto aconteça, será cobrado um tiro livre na linha dos 9 m contra a equipe faltosa. 8. REGRA 7: O MANEjO DA BOLA E O jOGO PASSIVO Tudo o que o jogador pode fazer com a posse de bola na mão é chamado manejo de bola. Na próxima unidade, abordaremos, especificamente, esse fundamento do ponto de vista prático. Nesta unidade, conheceremos, apenas, o que é permitido executar estando o aluno/atleta com a posse de bola na mão. Para o aluno/atleta de Handebol que está com a posse de bola, é permitido arremessar, agarrar, parar e empurrar a bola usando as mãos abertas ou fechadas. Ele poderá segurá-la sem fazer qualquer movimentação ofensiva, incluindo o drible ao chão, até três segundos. Para cada jogador, é permitido dar até três passos estando com a posse de bola. Após um drible ou uma sucessão de dribles ao solo, caso o aluno/atleta segure a bola, não é mais permitido a execução de mais um drible. Para dar continuidade à jogada, o aluno/atleta deverá arremessar ou passar a bola para outro jogador. Aos jogadores de linha que estão com a posse de bola, esta pode tocar em todas as partes do seu corpo, exceto abaixo da linha do joelho, o que é considerado uma infração, com inversão de bola para a equipe contrária. Como já foi dito, somente o goleiro, dentro da sua área de gol, pode tocar a bola com todas as partes do seu corpo. Também já foi dito que o tempo de Handebol é corrido e que este só é bloqueado em situações bastante específicas. Contudo, mesmo com essa liberdade, não existe retardamento de jogo, ou seja, uma equipe com a posse de bola tem de 38 © HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol constantemente fazer ações reconhecidamente ofensivas. Caso o árbitro interprete que a equipe somente quer gastar o tempo de jogo utilizando passes no campo adversário, ele pode inverter a posse de bola, após uma sinalização prévia de aviso, caracterizando, assim, o jogo passivo. 9. REGRA 8: FALTAS E CONDUTAS ANTIDESPORTIVAS O Handebol é um esporte de constante contato físico. Por conta disso, existem regras específicas que evitam que esse contato físico possa por em risco a integridade de seus praticantes. De uma forma geral, as condutas antidesportivas no Handebol são: 1) Arrancar a bola ou bater na bola que está sob a posse de um aluno/atleta de outra equipe, pois ela só poderá ser tocada quando estiver no ar ou quando não estiver domi- nada por outro jogador. 2) Bloquear o adversário com os braços e/ou as pernas em vez de usar o tronco (ver a Figura 3). 3) Segurar o uniforme do membro de outra equipe, bem como bater ou pular neste. 4) Xingar o companheiro de equipe, a arbitragem, a torcida e os outros participantes do jogo. 5) Pôr em risco a integridade física e moral de qualquer par- ticipante do jogo. 6) Jogar, propositadamente, a bola na face do goleiro ou em outro jogador de linha. 7) Agredir qualquer participante do jogo. 39© HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol Figura 3 Falta grave. No mínimo, a jogadora será punida com exclusão (2 minutos). Todas as atitudes antidesportivas são assinaladas de acordo com a gravidade, e o aluno/atleta deverá ser punido com exclusão (deverá ficar fora do jogo durante 2 min) ou desqualificação (deverá receber o cartão vermelho). O gol também requer regras específicas. Conferiremos no tópico a seguir. 10. REGRA 9: O GOL Um gol é válido quando a bola ultrapassa, completamente, a largura da linha de gol, entre as balizas da meta. Após o tiro de reinício no centro da quadra, que é feito na sequência de um gol, este não poderá ser mais anulado. Observe o desenho da Figura 4: 40 © HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol Fonte: CBHb (2003). Figura 4 Gol válido no Handebol. 11. REGRA 10: O TIRO DE SAÍDA A equipe que vencer o sorteio e escolher a posse de bola deverá ser responsável em iniciar o jogo no centro da quadra, após o apito do árbitro. Ao final do 1º período, as equipes trocam de lado, e o reinício da partida é feito pela equipe que não o fez no início. Após sofrer um gol, a equipe deve reiniciar a partida também com um tiro de saída. É importante destacar que, no início de um período, os jogadores das duas equipes devem estar em sua meia quadra defensiva, contudo, após a marcação de um gol, somente os jogadores da equipe que sofreu o gol devem estar em sua meia quadra defensiva e os jogadores da equipe que marcou o gol podem estar em qualquer local da quadra. Um novo sorteio é feito para o tempo extra (prorrogação). 41© HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol 12. REGRA 11: O TIRO LATERAL É considerado um tiro lateral quando a bola ultrapassa totalmente a linha lateral da quadra, impulsionada por qualquer jogador que está na quadra, ou quando ultrapassa a linha de fundo, desde que ela tenha sido tocada por um aluno/atleta da defesa que não seja o goleiro. O tiro lateral é cobrado do local onde ocorreu a saída da bola ou o mais próximo desse local, e o aluno/atleta deve estar com, pelo menos, um pé em contato com a linha, o outro pé pode ser colocado em qualquer local (dentro ou fora da quadra). 13. REGRA 12: O TIRO DE META Um tiro de meta é assinalado quando: 1) um jogador atacante pisa na linha que demarca a área do goleiro; 2) a bola é arremessada diretamente pela linha de fundo por um jogador atacante; 3) quando a bola toca no goleiro e sai pela linha de fundo; 4) quando o goleiro realiza uma defesa e passa a ter o con- trole da bola. O tiro de meta deverá ser executado pelo goleiro, estando ele mesmo com a posse de bola, que deverá ser lançada para fora da área do gol. 14. REGRA 13: O TIRO LIVRE O tiro livre no Handebol é como são chamadas as cobranças de falta do jogo, e podem ser cobrados diretamente ao gol, sem a necessidade de que a bola seja passada para outro jogador. O tiro livre é marcado quando o árbitro interpreta que houve uma conduta irregular, seja ela ofensiva ou defensiva, e paralisa o 42 © HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol jogo assinalando a falta. É cobrado no lugar onde ocorreu a infração, exceto as faltas no ataque que ocorrem entre as linhas de 9 m e 6 m. Essas faltas são recuadas para que ocorra a cobrança na linha dos 9 m. Assim, fica mantida a distância mínima de 3 m entre o aluno/atleta que irá cobrar o tiro livre e o defensor. Se o jogador estiver posicionado para cobrar o tiro livre, não é necessária a autorização do árbitro. 15. REGRA 14: O TIRO DE 7 METROS O tiro de 7 m é a penalidade máxima do Handebol. Vale lembrar que não se usa o termo "pênalti" e sim "7 m" para designar essa situação do jogo. Ele é assinalado quando o atacante está numa situação clara de fazer o gol e é barrado com falta. Ele é cobrado por qualquer jogador da equipe que sofreu a falta, posicionado atrás da linha dos 7 m e após a autorização do árbitro. Observe a imagem da Figura 5. Durante o tiro de 7 m, todos os seus companheiros de equipe devem permanecer fora da linha dos 9 m, assim como os adversários, que devem manter um raio de 3 m de distância do cobrador do tiro. Figura 5 Tiro de 7 metros. 43© HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol 16. REGRA 15: INSTRUÇÕES GERAIS PARA EXECUÇÃO DOS TIROS Os tiros possuem regras gerais para sua execução e todos podem ser feitos diretamente ao gol. Dentre as regras, podemos citar: 1) O executante deve estar na posição correta do tiro e com a bola na mão. 2) Pelo menos um pé deve estar posicionado tocando o solo no local onde deve ser efetuado o tiro. 3) Os alunos/atletas da defesa devem se posicionar no mínimo há 3 metros de raio do lugar onde vai ser cobrado o tiro. 4) O tiro é considerado executado quando a bola sai da mão do executante do tiro, que não pode cobrar para elemesmo. 17. REGRA 16: AS PUNIÇÕES O Handebol é um esporte extremamente rápido, e toda velocidade de deslocamento dos jogadores implica em um risco maior de lesão em função, também, do contato entre defesa e ataque que esses deslocamentos proporcionam. Por isso, os árbitros possuem um controle forte sobre as condutas mais vigorosas, os contatos e as atitudes não permitidos na modalidade. Vale lembrar que as punições não são obrigatoriamente progressivas, ou seja, uma não depende da outra. Elas dependem da gravidade da infração. Os árbitros, quando perceberem uma atitude mais vigorosa ou antidesportiva, poderão utilizar as seguintes punições: 1) Advertência (cartão amarelo): é dado em caso de ações faltosas repetitivas ou conduta antidesportiva de um jo- gador ou membro da delegação. Cada equipe só pode ser punida com três advertências durante o jogo inteiro. 2) Exclusão (2 minutos): a exclusão é assinalada para os jogadores que cometeram erros na substituição, faltas 44 © HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol repetitivas, conduta antidesportiva de um jogador ou membro da equipe, pela desqualificação de um jogador ou membro da equipe que está no banco de reservas e caso um jogador já tenha sido punido com advertência ou com outra exclusão. O jogador excluído deve cumprir dois minutos no banco de reservas, ficando sua equipe com um jogador a menos. Após esse período, é permiti- da a entrada do mesmo jogador ou de outro. 3) Desqualificação (cartão vermelho): é assinalado o cartão vermelho quando um jogador comete atitude antides- portiva grave contra um dirigente, oficial ou outro joga- dor; quando esse jogador já tenha sido advertido ou pu- nido com duas exclusões; por uma agressão física antes do jogo ou no intervalo; por faltas que coloquem em risco a integridade do outro jogador. O jogador desqualificado deve sair de quadra, e sua equipe permanecerá com um jogador a menos durante dois minutos. Após esse tempo, a equipe pode ser completada. 4) Desqualificação (cartão vermelho) seguida de relatório: toda agressão física que ocorrer durante a partida, o jo- gador faltoso será punido com a desqualificação. Assim, o jogador desqualificado deve sair de quadra, e sua equipe permanecerá com um jogador a menos durante 2 minu- tos. Após esse tempo, a equipe pode ser completada. A diferença é que o jogador punido, posteriormente será jul- gado com base no relatório e ser punido por vários jogos. 18. REGRA 17: OS ÁRBITROS Dois árbitros de igual autoridade monitoram, diretamente, a partida. Um localiza-se na linha de fundo ao lado do gol – chamado de "árbitro de fundo" – e o outro fica próximo ao centro da quadra – 45© HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol chamado "árbitro central". Esse posicionamento se alterna ao longo de toda a partida. Os árbitros são auxiliados pelo cronometrista e pelo apontador, que também pode ser chamado "secretário". O cronometrista tem a função de marcar o tempo da partida e dar o apito final de cada tempo, bem como fazer o registro e o controle dos períodos de exclusão (2 minutos). Ao secretário, cabe a função de fazer os registros na súmula, que é registro documental de toda a partida. 19. TEXTOS COMPLEMENTARES Como já foi dito, o estudo das regras do Handebol permite o entendimento do jogo competitivo de maneira mais clara e objetiva. Entretanto, na iniciação esportiva, os esportes precisam e podem ser trabalhados de uma forma mais lúdica e menos competitiva, atendendo à realidade e, especialmente, à necessidade da cada grupo de pessoas. Observe, a seguir, um exemplo de adaptação das regras do Handebol para a terceira idade por meio do trabalho produzido pelos professores Almeida e Barbosa em um artigo publicado em 2008: O Handebol para a 3ª idade é um jogo coletivo com bola, praticado com as mãos, cujo objetivo principal é marcar o maior número de gols contra uma equipe adversária. Cada equipe é composta por sete jogadores, sendo um goleiro, três jogadores de campo defensivo e três de campo ofensivo. Para atingir os objetivos do jogo, os praticantes deverão criar alternativas táticas eficientes através da interpretação correta das regras e execução dos fundamentos técnicos do jogo. Segundo Biazoli (2004b) trata-se de um jogo dinâmico, motivante e de fácil aprendizagem, pois preserva os princípios do Handebol oficial, apesar da adaptação de algumas regras. (ALMEIDA; BARBOSA, 2008, p. 187-188). 46 © HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol 20. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS Sugerimos que você procure responder, discutir e comentar as questões a seguir que tratam da temática desenvolvida nesta unidade, ou seja, da possibilidade do ensino de Handebol. Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu desempenho no estudo desta unidade: 1) A área em que somente o goleiro pode atuar é limitada pela: a) Linha de 7 m e linha de fundo. b) Linha de 9 m e linha lateral. c) Linha de 6 m e linha de fundo. d) Linha de 4 m e linha de fundo. e) Linha lateral e linha pontilhada. 2) Um aluno/atleta de Handebol que já foi punido com duas exclusões e comete um erro de substituição recebe da arbitragem: a) Uma desqualificação. b) Um cartão amarelo. c) Uma expulsão. d) Uma exclusão. e) Um cartão amarelo seguido do cartão vermelho. 3) Qual é a função da linha dos 9 m? a) A execução de arremessos de longa distância. b) Manter a distância mínima de 3 m entre o cobrador da falta e o defensor, sem invadir a área do goleiro. c) Todos os tiros livres são cobrados nessa linha. d) Respeitar a distância mínima dos tiros livres entre o batedor e o goleiro que é de 9 m. e) É até onde o goleiro pode sair durante um tiro de 7 m. 4) Em qual situação, você, como árbitro, apontaria um tiro de 7 m? a) Uma falta grave no meio de campo. b) Um erro de substituição. c) Uma invasão da área do goleiro por um atacante. 47© HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol d) Um jogador que se apresenta sem as meias. e) Uma situação clara de gol que é impedida com falta. 5) Surge a oportunidade de trabalhar com iniciação de handebol em um clube e a turma mista de alunos/atletas tem, em média, nove anos de idade. Qual é a bola que você escolhe para essa turma? a) A de Tamanho 3, que é a bola maior, facilitando a empunhadura dos alunos/atletas. b) A Tamanho 3, que é a bola menor e de menor peso. c) A Tamanho 2, por ter tamanho mediano e ser mais específica para essa faixa etária. d) A Tamanho 1, que é menor bola e tem o menor peso indicado para essa faixa etária. e) A Tamanho 1, que é a maior bola, facilitando a empunhadura das crianças. Gabarito Depois de responder às questões autoavaliativas, é importante que você confira o seu desempenho, a fim de que saiba se é preciso retomar o estudo desta unidade. Assim, confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas propostas anteriormente: 1) c 2) a 3) b 4) e 5) d 21. CONSIDERAÇÕES O estudo desta unidade permitiu a você um passeio sobre as principais regras do Handebol. Essa compreensão facilitará o entendimento das próximas unidades, que possuem uma natureza mais prática, intimamente ligada com seu campo de atuação como futuro profissional de Educação Física. 48 © HANDEBOL UNIDADE 2 – REgRAs BásIcAs Do HANDEBol Esperamos que você consiga fazer uma ligação entre as regras do Handebol e os fundamentos práticos individuais e coletivos, que vamos abordar a partir de agora. Aprofunde seus conhecimentos! Troque ideias com seus colegas de curso, crie situações, veja vídeos de jogos e vá refletindo sobre como aplicar o Handebol em suas aulas. É este nosso objetivo. 22. E-REFERÊNCIAS Lista de figuras Figura 1 Quadra de Handebol, suas linhas e zonas de jogo. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/handebol/imagens/handebol-4.gif>. Acesso em: 09 nov. 2015. Figura 2 Goleiro de Handebol reagindo a um arremesso com a bola próxima à sua cabeça. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_N29AF1wxU-Q/SSA3PoIoCPI/ AAAAAAAAACg/kRvpEuTyrTk/s400/maik.jpg>. Acesso em: 09 nov. 2015. Figura 3 Falta grave. No mínimo a jogadora será punida com exclusão (2 minutos). Disponível em: <http://i2.r7.com/data/files/2C92/94A4/2444/ C52F/0124/4B06/7B95/0B4B/HANDE.jpg>. Acesso em: 09 nov. 2015. Figura 5 Tiro de 7 metros. Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/ commons/thumb/9/9d/7m_Penalty_Handball.jpg/300px-7m_Penalty_Handball.jpg>. Acesso em: 09 nov. 2015. Sites pesquisados ALMEIDA, A. G.; BARBOSA, J. A. S. Handebol adaptado para terceira idade. Revista Movimento e Percepção. Espírito Santo do Pinhal/SP, v. 8, n. 12, 2008. Disponível em: <http://atividadefisicaemfoco2.vilabol.uol.com.br/artigos/ohandebolterceiraidade. pdf>. Acesso em: 20 jan. 2012. CBHb. Regras oficiais de handebol. Disponível em: <www.brasilhandebol.com.br/ noticias_detalhes.asp?id=27182>. Acesso em: 09 nov. 2015. 23. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA VIEIRA, S.; FREITAS, A. O que é o Handebol. Rio de Janeiro: Casa da Palavra e COB, 2007. 49 NOçõES BÁSICAS DOS FUNDAMENtOS INDIvIDUAIS: RECEpçãO, pASSE, pASSADA, ARREMESSOS, DRIBLES E FINtAS Objetivos • Conhecer os fundamentos teórico-práticos da modalidade de Handebol para futura utilização em seus treinamentos. • Criar fundamentação teórica suficiente para a aplicação prática desses fundamen- tos com segurança nos mais diferentes níveis de aprendizagem e treinamento. • Compreender e expandir o número e a variedade de possibilidades de uti- lização dos fundamentos. • Criar a base teórica necessária para a aplicação desses fundamentos técni- cos nas sessões de treinamento, como elemento lúdico da aprendizagem motora, ou fazendo parte do processo de iniciação à prática do Handebol. • Aumentar o seu campo de conhecimento nos movimentos específicos do Handebol, incluindo a execução mais adequada desses fundamentos, como forma de incentivo aos seus alunos/atletas pela prática da modalidade. Conteúdos • Estudo da Recepção ou Pegada. • Estudo dos Passes. • Estudo da Passada. • Estudo dos Arremessos. • Estudo dos Dribles. • Estudo das Fintas. UNIDADE 3 50 © HANDEBOL UNIDADE 3 – NoçõEs básIcAs Dos FUNDAmENtos INDIvIDUAIs: REcEpção, pAssE, pAssADA, ARREmEssos, DRIblEs E FINtAs Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a seguir: 1) Observe, atentamente, os objetivos desta unidade. Lembre que eles também dependem da sua realidade e de seu ambiente de trabalho. 2) Lembre-se de que a execução dos fundamentos do Handebol não tem apenas como objetivo a sua execução perfeita; detrás desta, há a segurança do aluno, ou seja, uma execução feita de forma correta evita possíveis riscos de lesões. 3) Associe os fundamentos que serão abordados nesta unidade com os que você já estudou nas unidades anteriores. O exercício constante de estudo contri- buirá e facilitará a sua aprendizagem. 4) Lembre-se de que o conteúdo deste Caderno de Referência de Conteúdo é uma proposta didático-pedagógica, ou seja, corresponde a uma referência di- dática de ensino-aprendizagem com a evolução do conteúdo mais fácil para o mais difícil no que diz respeito aos fundamentos do Handebol. Procure seguir essa sequência de ensino com seus alunos, especialmente se você não tem a segurança necessária para trabalhar com a modalidade. 5) Utilize os métodos educativos como forma de lazer. Aprender se divertindo é a melhor fonte de aprendizagem. Para isso você, futuro professor, deverá elaborar esses métodos educativos de forma mais motivadora possível. A re- petição mecanizada é enfadonha até mesmo para os atletas, portanto, seja criativo na elaboração dos métodos. 6) Durante a elaboração de suas aulas/sessões de treino, utilize os fundamentos propostos nesta unidade, de forma que a motivação seja o principal funda- mento, como um meio de integração e prazer social pelo esporte. 7) Quando você estiver ensinando seus alunos/atletas sobre os fundamentos do Handebol ou de qualquer outra modalidade e precisar corrigi-los, sempre os aborde com um elogio, como, por exemplo: "está muito bom, só corrija a po- sição dos dedos para que fique perfeito". Evite expressões do tipo: "está tudo errado" ou "está horrível", pois isto poderá inibi-lo e, também, prejudicá-lo em sua aprendizagem. 51© HANDEBOL UNIDADE 3 – NoçõEs básIcAs Dos FUNDAmENtos INDIvIDUAIs: REcEpção, pAssE, pAssADA, ARREmEssos, DRIblEs E FINtAs 8) Você, como futuro professor, ensinará aos seus alunos/atletas como praticar a modalidade Handebol e será visto por eles como um exemplo de atleta. Por isso, aprofunde seus conhecimentos, veja vídeos e fotos, leia os livros indica- dos nas Referências Bibliográficas deste Caderno de Referência de Conteúdo e vá a jogos. Com isso, você criará uma relação do que está vendo na teoria com a prática real da modalidade. Essa vivência é muito importante para você caso nunca tenha tido experiências com a modalidade de Handebol. 9) Para maior compreensão do assunto que será estudado nesta unidade, pedi- mos que assistam os vídeos explicativos sobre os fundamentos individuais de handebol. 1. INTRODUÇÃO À UNIDADE No estudo da unidade anterior, conhecemos as regras básicas do Handebol. Nesta unidade, se iniciarão os estudos dos fundamentos práticos da modalidade. Os fundamentos que estudaremos nesta unidade são do Handebol, mas, provavelmente, você poderá utilizá-los também quando for ensinar outras modalidades. O objetivo dos fundamentos é partir do ensino geral para o ensino específico; assim você poderá utilizá-los como unidades para elaborar todo o seu campo de conhecimento motor aplicável em suas futuras aulas ou treinos. Aprenderemos seis fundamentos individuais do Handebol: a Recepção ou Pegada, os Passes, a Passada, o Arremesso, o Drible e a Finta. Apesar de cada jogador, dependendo da posição, ter jogadas específicas, o processo não deve ser feito de forma individualizada, repetitiva. Procure elaborar atividades das mais coletivas possíveis. Temos certeza de que, dessa forma, você terá mais eficiência e, especialmente, aceitação de seus alunos. 52 © HANDEBOL UNIDADE 3 – NoçõEs básIcAs Dos FUNDAmENtos INDIvIDUAIs: REcEpção, pAssE, pAssADA, ARREmEssos, DRIblEs E FINtAs O Handebol, assim como o Futebol, tem como uma de suas principais características de jogo o gol. Independentemente de quem faz mais ou menos gols durante uma partida, em uma brincadeira, o gol é um momento que desafia o aluno/atleta, pois envolve vencer desafios para se chegar até essa meta. O Arremesso, o Drible e a Finta são fundamentos intrinsecamente ofensivos, que envolvem uma relação direta entre ataque e defesa, e isto normalmente pode conduzir a uma competição entre o melhor e o pior, entre o que finta e o que é fintado, o que dribla e o que é driblado. Por conter essas características, esses fundamentos devem ser muito bem conduzidos, para que não estimulem a competição agressiva entre seus alunos/atletas, independentemente do nível de ensino/aprendizagem/ treinamento em que você esteja aplicando essas atividades. Vamos mexer um pouco o corpo e aprender Handebol! Bons estudos! 2. ESTUDO DA RECEPÇÃO Recepção ou Pegada é o fundamento que consiste em dominar com segurança a bola proveniente de um passe feito por um companheiro de equipe ou da interceptação de um passe da outra equipe. Dicas para aprendizagem da Recepção ou Pegada A Recepção ou Pegada é um fundamento de segurança, pois evita o contato da bola com o corpo do aluno/atleta (isto é, com o rosto,
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