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Capítulo 6 - Infecções Sexualmente Transmissíveis

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UNIDADE 1 - CAPÍTULO 6 90
 O que são ISTs?
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são transmitidas princi-
palmente por contato sexual (vaginal, anal ou oral) de uma pessoa para outra. 
Podem ser causadas por vários tipos de organismos: vírus, bactérias, fungos e 
protozoários.
A maioria das ISTs atinge principalmente os órgãos genitais e pode ser cura-
da sem deixar sequelas, desde que seja diagnosticada e tratada precocemen-
te. Existem alguns sintomas comuns a várias ISTs, mas somente um médico 
poderá fazer o diagnóstico correto e propor o tratamento adequado em cada 
caso. Entre os sintomas mais comuns, estão: 
• aparecimento de feridas, manchas ou verrugas nos órgãos genitais;
• ardência ou difi culdade para urinar;
• secreção (corrimento) ou coceira na vagina, no ânus ou no pênis.
Os sintomas de algumas ISTs podem desaparecer em alguns dias, sem 
nenhum tratamento, dando à pessoa contaminada a falsa ideia de que está 
curada. Também é comum as pessoas se contaminarem com alguma IST e os 
sintomas demorarem a aparecer. Nesses casos, se a infecção não for diag-
nosticada e tratada, as consequências poderão ser muito sérias, tanto para a 
própria pessoa quanto para os seus possíveis parceiros sexuais, que correrão 
risco de se contaminar.
O principal motivo para a mudança da nomenclatura de DST para IST foi 
exatamente o fato de que, quando falamos em “doença”, consideramos a exis-
tência de sintomas e sinais visíveis no organismo. Já as infecções podem se 
manter assintomáticas (sem apresentar sintomas) por determinados perío-
dos ou mesmo por toda a vida, só podendo ser detectadas por meio de exames 
laboratoriais.
É muito importante consultar um médico periodicamente, prin-
cipalmente se o parceiro ou parceira sexual contrair ou apresen-
tar qualquer sintoma de IST. 
Uma forma efi ciente e recomendada para evitar a con-
taminação por ISTs é o uso de preservativos masculinos 
ou femininos (camisinhas).
A seguir, vamos estudar algumas in-
fecções sexualmente transmissíveis.
Sequela: 
alteração 
anatômica 
ou funcional 
permanente 
que pode ser 
provocada por 
uma doença ou 
acidente.
Reuters/Latinstock
As camisinhas masculinas 
(à esquerda) e a feminina (acima) 
são os únicos anticoncepcionais 
que podem evitar a contaminação 
por ISTs. Elas são distribuídas 
gratuitamente em muitos postos 
de saúde e hospitais públicos.Th
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Infecções 
sexualmente 
transmissíveis (ISTs)
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Você já ouviu falar em doenças venéreas? 
Esse nome está relacionado a Vênus, a deusa do amor na mitologia romana. 
As doenças venéreas são transmitidas principalmente por relações sexuais. 
Por isso, essas doenças eram chamadas doenças sexualmente transmissíveis 
(DSTs). Hoje em dia, porém, o nome recomendado é infecções sexualmente 
transmissíveis (ISTs). 
Você sabe citar o nome de alguma IST? Sabe quem são os agentes causado-
res dessas infecções? Como é possível evitá-las? Quais são os danos que elas 
podem causar ao organismo? Existe cura para elas? Como alguém pode saber 
que está contaminado com uma IST? 
A essas e a outras questões você poderá responder estudando este capítulo.
Obra de arte 
O nascimento de 
Vênus, de Sandro 
Botticelli, 1483. 
Têmpera sobre tela, 
172,5 cm 3 278,5 cm. 
Galleria degli Uffi zi, 
Florença.
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 Habilidades da BNCC
(EF08CI10) Identificar os 
principais sintomas, modos de 
transmissão e tratamento de 
algumas DST (com ênfase na 
AIDS), e discutir estratégias e 
métodos de prevenção.
(EF08CI11) Selecionar ar-
gumentos que evidenciem as 
múltiplas dimensões da se-
xualidade humana (biológica, 
sociocultural, afetiva e ética).
 Habilidades 
complementares
Os itens a seguir foram ela-
borados para esta coleção:
 � Caracterizar as principais in-
fecções sexualmente trans-
missíveis (ISTs): principais 
sintomas, profilaxia e tra-
tamento.
 � Relacionar as infecções se-
xualmente transmissíveis 
(IST) com fatores sociais, 
econômicos e culturais. 
 Objetos de 
conhecimento
 � Mecanismos reprodutivos.
 � Sexualidade.
 Problematização/Conhecimentos prévios
Sugerimos como estratégia para problematização/sensibi-
lização inicial a utilização de reportagens de jornais e revistas 
que tratam das ISTs, em especial entre a população jovem. 
Selecione algumas reportagens e as distribua em pequenos 
grupos ou disponibilize-as em uma plataforma digital, solici-
tando aos estudantes que façam a leitura e organizem uma 
síntese para ser compartilhada com o restante da turma. 
Nesse momento, o objetivo não é abordar conteúdos con-
ceituais, mas sensibilizar os estudantes e motivá-los para o 
estudo deste assunto.
Distribua as questões-problema mencionadas a seguir e/ou outras 
que julgar pertinentes entre os grupos e peça que as respondam.
Após a leitura das reportagens, organize uma dinâmica para 
que cada grupo possa relatar sua reportagem para o restante da 
turma e responder à questão-problema selecionada. 
Essa atividade deverá ser feita sem a consulta ao livro do estudante.
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91MANUAL DO PROFESSOR
 O que são ISTs?
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são transmitidas princi-
palmente por contato sexual (vaginal, anal ou oral) de uma pessoa para outra. 
Podem ser causadas por vários tipos de organismos: vírus, bactérias, fungos e 
protozoários.
A maioria das ISTs atinge principalmente os órgãos genitais e pode ser cura-
da sem deixar sequelas, desde que seja diagnosticada e tratada precocemen-
te. Existem alguns sintomas comuns a várias ISTs, mas somente um médico 
poderá fazer o diagnóstico correto e propor o tratamento adequado em cada 
caso. Entre os sintomas mais comuns, estão: 
• aparecimento de feridas, manchas ou verrugas nos órgãos genitais;
• ardência ou difi culdade para urinar;
• secreção (corrimento) ou coceira na vagina, no ânus ou no pênis.
Os sintomas de algumas ISTs podem desaparecer em alguns dias, sem 
nenhum tratamento, dando à pessoa contaminada a falsa ideia de que está 
curada. Também é comum as pessoas se contaminarem com alguma IST e os 
sintomas demorarem a aparecer. Nesses casos, se a infecção não for diag-
nosticada e tratada, as consequências poderão ser muito sérias, tanto para a 
própria pessoa quanto para os seus possíveis parceiros sexuais, que correrão 
risco de se contaminar.
O principal motivo para a mudança da nomenclatura de DST para IST foi 
exatamente o fato de que, quando falamos em “doença”, consideramos a exis-
tência de sintomas e sinais visíveis no organismo. Já as infecções podem se 
manter assintomáticas (sem apresentar sintomas) por determinados perío-
dos ou mesmo por toda a vida, só podendo ser detectadas por meio de exames 
laboratoriais.
É muito importante consultar um médico periodicamente, prin-
cipalmente se o parceiro ou parceira sexual contrair ou apresen-
tar qualquer sintoma de IST. 
Uma forma efi ciente e recomendada para evitar a con-
taminação por ISTs é o uso de preservativos masculinos 
ou femininos (camisinhas).
A seguir, vamos estudar algumas in-
fecções sexualmente transmissíveis.
Sequela: 
alteração 
anatômica 
ou funcional 
permanente 
que pode ser 
provocada por 
uma doença ou 
acidente.
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As camisinhas masculinas 
(à esquerda) e a feminina (acima) 
são os únicos anticoncepcionais 
que podem evitar a contaminação 
por ISTs. Elas são distribuídas 
gratuitamente em muitos postos 
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Infecçõessexualmente 
transmissíveis (ISTs)
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Você já ouviu falar em doenças venéreas? 
Esse nome está relacionado a Vênus, a deusa do amor na mitologia romana. 
As doenças venéreas são transmitidas principalmente por relações sexuais. 
Por isso, essas doenças eram chamadas doenças sexualmente transmissíveis 
(DSTs). Hoje em dia, porém, o nome recomendado é infecções sexualmente 
transmissíveis (ISTs). 
Você sabe citar o nome de alguma IST? Sabe quem são os agentes causado-
res dessas infecções? Como é possível evitá-las? Quais são os danos que elas 
podem causar ao organismo? Existe cura para elas? Como alguém pode saber 
que está contaminado com uma IST? 
A essas e a outras questões você poderá responder estudando este capítulo.
Obra de arte 
O nascimento de 
Vênus, de Sandro 
Botticelli, 1483. 
Têmpera sobre tela, 
172,5 cm 3 278,5 cm. 
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 Neste capítulo
Este capítulo fecha a narra-
tiva da unidade temática so-
bre reprodução e sexualidade 
abordando as ISTs (infecções 
sexualmente transmissíveis). 
Esse conteúdo é essencial pa-
ra qualquer pessoa, em espe-
cial na fase da adolescência, 
quando os jovens muitas ve-
zes iniciam sua vida sexual e 
ainda não têm conhecimento 
e maturidade necessários pa-
ra tomar decisões que possam 
ajudar na prevenção de uma 
gravidez indesejada ou evi-
tar a contaminação por ISTs. O 
aumento do número de casos 
de ISTs vem preocupando au-
toridades de saúde no Brasil 
e em outros países, e existe 
cada vez mais consenso de 
que o acesso a informações 
corretas e a garantia de um 
espaço de discussão e refle-
xão são componentes funda-
mentais na prevenção das ISTs, 
principalmente entre a popu-
lação jovem. No Brasil, seguin-
do uma tendência mundial, o 
número de jovens com infec-
ções sexualmente transmissí-
veis tem aumentado ao longo 
dos últimos anos. Isso ocorre, 
principalmente, devido à falta 
de proteção nas relações se-
xuais. Segundo dados do Mi-
nistério da Saúde, 56,6% dos 
brasileiros entre 15 e 24 anos 
usam camisinha com parcei-
ros eventuais.
Além da AIDS (síndrome da 
imunodeficiência adquirida), 
que tem sido nos últimos anos 
alvo das principais campanhas 
de prevenção, a propagação de 
outras infecções sexualmen-
te transmissíveis, como sífilis, 
HPV, gonorreia, herpes genital 
e hepatite tipo B ou tipo C en-
tre os jovens, tem preocupa-
do muito os especialistas da 
área de saúde.
Questões-problema sugeridas para discussão nos grupos: “O 
que são ISTs ou DSTs?”; “Quais são as ISTs mais conhecidas?”; 
“Quais são os agentes causadores das ISTs?”; “Como podemos 
contrair ISTs?”; “Podemos contrair ISTs pelo beijo?”; “Como é 
possível evitar as ISTs?”; “Quais danos as ISTs podem causar 
ao organismo humano?”; “Existe cura para doenças causadas 
por ISTs?”; “Como alguém pode saber que está contaminado 
com uma ISTs?”. 
No Material Digital do 
Professor você encontra-
rá a proposta de Sequência 
didática “ISTs: conhecer e 
prevenir”, que poderá ser 
aplicada após o estudo des-
te tema.
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UNIDADE 1 - CAPÍTULO 6 92
Sífilis
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum e pode 
se manifestar em três diferentes estágios.
Geralmente, o primeiro estágio corresponde ao aparecimento do cancro 
duro, uma pequena ferida que não dói nem coça, nos órgãos genitais (pênis, 
pudendo feminino, vagina ou colo uterino) ou na boca. Essa ferida 
desaparece sozinha após alguns dias, sem deixar cicatriz. Alguns 
meses depois, aparecem feridas e manchas vermelhas pelo cor-
po, características do segundo estágio. Essas manchas também 
desaparecem após algum tempo. 
Protozoário 
transmissor da 
tricomoníase visto 
ao microscópio 
eletrônico.
(Ampliação aproximada 
de 2 250 vezes. Cores 
artificiais.)
Se a infecção não for tratada, evolui para o terceiro estágio, após um perío-
do sem sintomas que pode durar anos. Nesse ponto, ela afeta diversos órgãos 
vitais, como o cérebro e o coração. 
A sífilis pode ser tratada com antibióticos em qualquer dos estágios e pode 
ser diagnosticada pelos sintomas e por exame de sangue. 
É indicado que as relações sexuais sejam suspensas durante o tratamen-
to, uma vez que as feridas na pele e na mucosa podem transmitir a bactéria 
da sífilis. A gestante com sífilis pode sofrer aborto espontâneo ou transmitir a 
infecção para o feto, que poderá apresentar cegueira e deformidades ósseas.
Assim como acontece com a gonorreia, já existem cepas de Treponema 
pallidum resistentes aos antibióticos usuais.
Tricomoníase
A tricomoníase é causada pelo protozoário Trichomo-
nas vaginalis. Muitas vezes não apresenta sintomas e, 
por isso, é bastante disseminada: as pessoas não sa-
bem que estão contaminadas, não buscam tratamento 
e podem transmiti-la sem saber. Na mulher, pode ocorrer 
um discreto corrimento vaginal amarelado, associado a 
prurido (coceira) no pudendo e na vagina e ardência ao 
urinar. O homem pode apresentar uma secreção amarela 
que sai pela uretra (geralmente pela manhã) e ardência 
ao urinar.
Sífilis secundária (segundo estágio): aparecimento de 
feridas e manchas pelo corpo.
Bactéria transmissora da sífilis vista 
ao microscópio eletrônico. 
(Ampliação aproximada de 3 000 vezes. 
Cores artificiais.)
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Gonorreia
É causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, conhecida também como 
gonococo, e é uma das ISTs mais comuns.
Os sintomas no homem, que aparecem de 2 a 10 dias após o contágio, são 
ardência ao urinar e secreção purulenta que sai pela uretra. Os sintomas na 
mulher são corrimento vaginal e ardência ao urinar, mas eles nem sempre se 
manifestam. Dessa maneira, a mulher contaminada pode transmitir a infecção 
sem saber.
Se não houver diagnóstico precoce, a infecção pode atingir as tubas ute-
rinas, na mulher, e os testículos e a próstata, no homem, provocando esterili-
dade. A mulher contaminada também pode transmitir a bactéria para o bebê 
durante o parto, o que pode provocar cegueira e até levar o recém-nascido 
à morte, caso a infecção da mãe não tenha sido 
diagnosticada. Atualmente, é obrigatória a utiliza-
ção de um colírio antibiótico no momento do nas-
cimento em todos os bebês nascidos em hospitais 
e maternidades. 
A gonorreia pode ser tratada com antibióticos e é 
facilmente curada se for diagnosticada precocemen-
te. Entretanto já foram identificadas cepas de gono-
coco que não respondem aos antibióticos usuais 
para tratamento. Esse fato reforça a necessidade do 
uso de preservativos nas relações sexuais.
Cepa: grupo ou variedade de organismos com 
um ancestral comum. Refere-se geralmente a 
microrganismos.
UM POUCO MAIS
ISTs entre os jovens no Brasil
No Brasil, seguindo uma tendência mundial, o número de jovens com infecções sexual-
mente transmissíveis tem aumentado ao longo dos anos. Isso ocorre principalmente devido 
à falta de proteção nas relações sexuais. Segundo dados do Ministério da Saúde, 56,6% dos 
brasileiros entre 15 e 24 anos usam camisinha com parceiros eventuais.
Além da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), que tem sido nos últimos anos 
alvo das principais campanhas de prevenção, a propagação de outras infecções sexualmente 
transmissíveis entre os jovens, como sífilis, HPV, gonorreia, herpes genital e hepatite B ou C, 
tem preocupado muito os especialistas da área de saúde. O fato de algumas dessas ISTs se-
rem assintomáticas agrava aindamais esse cenário.
Elaborado com base em MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/
42491-ministerio-da-saude-alerta-foliao-para-o-uso-da-camisinha-no-carnaval> (acesso em: 26 jul. 2018).
Bactéria transmissora da gonorreia vista 
ao microscópio eletrônico. 
(Ampliação aproximada de 7 300 vezes. Cores artificiais.)
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 Orientações 
didáticas
Ao longo deste capítulo, re-
comendamos que seja feita 
uma revisão das principais ca-
racterísticas dos microrganis-
mos descritos como agentes 
causadores das ISTs (vírus, 
bactéria, fungos e protozoá-
rios) e dos órgãos genitais do 
homem e da mulher. Essa re-
visão poderá ser feita com o 
uso de imagens ou esquemas 
no quadro de giz durante o de-
senvolvimento do capítulo, à 
medida que as infecções fo-
rem debatidas.
Peça aos estudantes que 
organizem, no caderno, um 
quadro para ser preenchido 
durante o estudo das ISTs, 
contendo: nome da doença, 
agente causador, sintomas e 
tratamento. Com isso, espe-
ra-se que, ao final do capítu-
lo, os estudantes tenham uma 
síntese e possam comparar as 
doenças estudadas. 
Faça a leitura coletiva do 
texto “O que são ISTs?” (pági-
na 91). Chame a atenção para 
o fato de que a camisinha é o 
único método anticoncepcio-
nal que pode evitar o contágio 
das ISTs. Um aspecto impor-
tante que deve ser discutido 
com os estudantes diz respei-
to às formas de contaminação 
por ISTs e os comportamentos 
considerados de risco. O ato 
de “ficar”, tão comum atual-
mente, é um comportamento 
de risco que pode levar à con-
taminação por algumas ISTs, 
como a sífilis e o herpes, com 
consequências muito graves 
no caso da primeira, se não for 
diagnosticada precocemente.
Peça aos estudantes que 
se reúnam em grupos e res-
pondam à questão 7 da seção 
Pense e resolva (página 98).
Texto complementar
O que são IST
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas 
por vírus, bactérias ou outros microrganismos.
[...]
O tratamento das pessoas com ISTs melhora a qualidade de 
vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. 
O atendimento e o tratamento são gratuitos nos serviços de 
saúde do SUS.
A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) 
passa a ser adotada em substituição à expressão Doenças Se-
xualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibi-
lidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo 
sem sinais e sintomas.
BRASIL. Ministério da Saúde. O que são IST. 
Disponível em: <www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/
o-que-sao-ist> (acesso em: 1o nov. 2018).
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93MANUAL DO PROFESSOR
Sífilis
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum e pode 
se manifestar em três diferentes estágios.
Geralmente, o primeiro estágio corresponde ao aparecimento do cancro 
duro, uma pequena ferida que não dói nem coça, nos órgãos genitais (pênis, 
pudendo feminino, vagina ou colo uterino) ou na boca. Essa ferida 
desaparece sozinha após alguns dias, sem deixar cicatriz. Alguns 
meses depois, aparecem feridas e manchas vermelhas pelo cor-
po, características do segundo estágio. Essas manchas também 
desaparecem após algum tempo. 
Protozoário 
transmissor da 
tricomoníase visto 
ao microscópio 
eletrônico.
(Ampliação aproximada 
de 2 250 vezes. Cores 
artificiais.)
Se a infecção não for tratada, evolui para o terceiro estágio, após um perío-
do sem sintomas que pode durar anos. Nesse ponto, ela afeta diversos órgãos 
vitais, como o cérebro e o coração. 
A sífilis pode ser tratada com antibióticos em qualquer dos estágios e pode 
ser diagnosticada pelos sintomas e por exame de sangue. 
É indicado que as relações sexuais sejam suspensas durante o tratamen-
to, uma vez que as feridas na pele e na mucosa podem transmitir a bactéria 
da sífilis. A gestante com sífilis pode sofrer aborto espontâneo ou transmitir a 
infecção para o feto, que poderá apresentar cegueira e deformidades ósseas.
Assim como acontece com a gonorreia, já existem cepas de Treponema 
pallidum resistentes aos antibióticos usuais.
Tricomoníase
A tricomoníase é causada pelo protozoário Trichomo-
nas vaginalis. Muitas vezes não apresenta sintomas e, 
por isso, é bastante disseminada: as pessoas não sa-
bem que estão contaminadas, não buscam tratamento 
e podem transmiti-la sem saber. Na mulher, pode ocorrer 
um discreto corrimento vaginal amarelado, associado a 
prurido (coceira) no pudendo e na vagina e ardência ao 
urinar. O homem pode apresentar uma secreção amarela 
que sai pela uretra (geralmente pela manhã) e ardência 
ao urinar.
Sífilis secundária (segundo estágio): aparecimento de 
feridas e manchas pelo corpo.
Bactéria transmissora da sífilis vista 
ao microscópio eletrônico. 
(Ampliação aproximada de 3 000 vezes. 
Cores artificiais.)
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Gonorreia
É causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, conhecida também como 
gonococo, e é uma das ISTs mais comuns.
Os sintomas no homem, que aparecem de 2 a 10 dias após o contágio, são 
ardência ao urinar e secreção purulenta que sai pela uretra. Os sintomas na 
mulher são corrimento vaginal e ardência ao urinar, mas eles nem sempre se 
manifestam. Dessa maneira, a mulher contaminada pode transmitir a infecção 
sem saber.
Se não houver diagnóstico precoce, a infecção pode atingir as tubas ute-
rinas, na mulher, e os testículos e a próstata, no homem, provocando esterili-
dade. A mulher contaminada também pode transmitir a bactéria para o bebê 
durante o parto, o que pode provocar cegueira e até levar o recém-nascido 
à morte, caso a infecção da mãe não tenha sido 
diagnosticada. Atualmente, é obrigatória a utiliza-
ção de um colírio antibiótico no momento do nas-
cimento em todos os bebês nascidos em hospitais 
e maternidades. 
A gonorreia pode ser tratada com antibióticos e é 
facilmente curada se for diagnosticada precocemen-
te. Entretanto já foram identificadas cepas de gono-
coco que não respondem aos antibióticos usuais 
para tratamento. Esse fato reforça a necessidade do 
uso de preservativos nas relações sexuais.
Cepa: grupo ou variedade de organismos com 
um ancestral comum. Refere-se geralmente a 
microrganismos.
UM POUCO MAIS
ISTs entre os jovens no Brasil
No Brasil, seguindo uma tendência mundial, o número de jovens com infecções sexual-
mente transmissíveis tem aumentado ao longo dos anos. Isso ocorre principalmente devido 
à falta de proteção nas relações sexuais. Segundo dados do Ministério da Saúde, 56,6% dos 
brasileiros entre 15 e 24 anos usam camisinha com parceiros eventuais.
Além da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), que tem sido nos últimos anos 
alvo das principais campanhas de prevenção, a propagação de outras infecções sexualmente 
transmissíveis entre os jovens, como sífilis, HPV, gonorreia, herpes genital e hepatite B ou C, 
tem preocupado muito os especialistas da área de saúde. O fato de algumas dessas ISTs se-
rem assintomáticas agrava ainda mais esse cenário.
Elaborado com base em MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/
42491-ministerio-da-saude-alerta-foliao-para-o-uso-da-camisinha-no-carnaval> (acesso em: 26 jul. 2018).
Bactéria transmissora da gonorreia vista 
ao microscópio eletrônico. 
(Ampliação aproximada de 7 300 vezes. Cores artificiais.)
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 Orientações 
didáticas
Chame a atenção dos estu-dantes para o fato de os sinto-
mas de algumas ISTs, como a 
sífilis, poderem desaparecer 
em alguns dias, sem nenhum 
tratamento, dando à pessoa 
infectada a falsa ideia de que 
está curada. Comente que tam-
bém é possível que, após a in-
fecção, os sintomas demorem 
a aparecer. Nesses casos, se a 
doença não for diagnosticada 
e tratada, as consequências 
podem ser muito sérias, tan-
to para a pessoa quanto para 
os seus possíveis parceiros 
sexuais, que também podem 
se infectar.
Indicação de site
(acesso em: 1o nov. 2018)
Para mais informações so-
bre as formas de transmis-
são, sintomas, tratamento 
e prevenção da sífilis, con-
sulte o site do Ministério 
da Saúde: 
• AIDS. Disponível em: 
<www.aids.gov.br/pt-br/
publico-geral/o-que-sao-
ist/sifilis>.
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UNIDADE 1 - CAPÍTULO 6 94
AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida)
A AIDS é uma síndrome provocada pelo vírus da imunodeficiência humana, 
o HIV (sigla em inglês). Esse vírus parasita células do sistema imunitário, dimi-
nuindo a capacidade de defesa contra agentes infecciosos. Como consequên-
cia, a pessoa contaminada pode contrair as chamadas doenças oportunistas, 
ou seja, aquelas que “se aproveitam” da baixa imunidade para se instalar. 
Embora o portador do vírus possa ficar muitos anos sem apresentar sinto-
mas e estar aparentemente saudável, ele pode transmitir o HIV a outras pessoas. 
Síndrome: é 
o conjunto de 
sintomas que 
pode levar ao 
diagnóstico de 
uma ou mais 
doenças.
Breve histórico da doença
Os primeiros casos de AIDS foram descritos na década de 1980, em pacien-
tes homossexuais do sexo masculino que apresentavam um tipo de pneumo-
nia e de câncer de pele (sarcoma de Kaposi) geralmente encontrados em pes-
soas com deficiência no sistema imunitário. 
Após alguns anos de estudos, constatou-se que essa deficiência era cau-
sada por um vírus, chamado então de HIV, e que qualquer pessoa, independen-
temente de sexo, orientação sexual, classe social e idade, poderia ser contami-
nada por ele. 
Muitas teorias para a origem da doença foram elaboradas, mas a mais acei-
ta atualmente é a de que o HIV é uma forma mutante de um vírus que parasita 
macacos e, de alguma forma, passou para a população humana. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, desde o início da epide-
mia, em 1981, até os dias atuais, cerca de 35 milhões de pessoas morreram de 
AIDS. Esse é quase o número atual de indivíduos que vivem com HIV – as esti-
mativas da OMS dão conta de 36,7 milhões de soropositivos no mundo inteiro.
No Brasil, entre jovens de 20 e 24 anos, a taxa de detecção subiu de 16,2 
casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos em 2015, segundo da-
dos do Ministério da Saúde, que indica dois motivos para a vulnerabilidade dos 
jovens: menor inserção nos serviços de saúde e menor adesão ao tratamento.
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O HIV parasita 
principalmente os 
linfócitos, tipo de glóbulo 
branco responsável 
pela produção de 
anticorpos. Os vírus são 
os elementos amarelos 
e o linfócito é a célula 
em azul.
(Ampliação aproximada de 
32 300 vezes. Cores artificiais.)
95Capítulo 6 • Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
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Candidíase
A candidíase é causada pelo fungo Candida albicans e é um tipo de micose 
muito frequente em mulheres, mas que também pode acometer os homens. Os 
sintomas mais comuns na mulher são coceira na região do pudendo, corrimen-
to vaginal de cor branca, ardor local e ao urinar. No homem, os sintomas mais 
comuns são o aparecimento de pequenas manchas vermelhas e de lesões em 
forma de pontos no pênis, além de coceira.
O tratamento é feito com cremes vaginais, pomadas e comprimidos orais. 
Evitar o uso de roupas muito apertadas (principalmente jeans) ou muito quen-
tes, com pouca aeração nos órgãos genitais externos, ajuda a evitar que se 
criem condições para o desenvolvimento do fungo. 
A higiene diária com bastante água e sabão neutro e a lavagem das roupas 
íntimas com água quente ajudam a diminuir o aparecimento de novas infecções.
Fungo causador da 
candidíase visto ao 
microscópio eletrônico.
(Ampliação aproximada de 
4 410 vezes. Cores artificiais.)
Vírus transmissor do herpes visto ao microscópio 
eletrônico. 
(Ampliação aproximada de 62 390 vezes. Cores artificiais.)
Herpes genital
O herpes genital, assim como o herpes oral, é causado pelos Herpes sim-
plex vírus 1 (HSV-1) e Herpes simplex vírus 2 (HSV-2). Entre os sintomas estão 
ardência e coceira na glande do pênis e na parte externa da vagina, seguidas 
do aparecimento de pequenas bolhas agrupadas, cheias de um líquido claro. 
Semelhante ao que ocorre com a catapora, as pequenas bolhas secam e for-
mam “casquinhas”. Esse processo dura em torno de 10 dias, período no qual a 
pessoa poderá transmitir o vírus. O contágio se dá pelo 
contato com o líquido claro das feridas.
O vírus pode permanecer no corpo da pessoa con-
taminada por meses ou mesmo anos sem se mani-
festar e pode voltar a ficar ativo a qualquer momento, 
provocando o reaparecimento dos sintomas. Alguns fa-
tores que colaboram para a manifestação do vírus são 
a exposição ao sol, o estresse, o uso de determinados 
medicamentos ou qualquer fator que possa reduzir a 
capacidade de defesa do organismo. Os tratamentos 
atuais costumam reduzir os sintomas e a transmissão 
do vírus (pois também reduzem a duração da crise), 
mas não há cura total para a doença.
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 Orientações 
didáticas
Promova a leitura coletiva 
dos textos sobre candidíase 
e herpes genital. Em seguida, 
oriente os estudantes a preen-
cher a tabela-síntese sobre as 
doenças e solicite a eles que 
resolvam, no caderno, as ati-
vidades 1 a 4 da seção Pense 
e resolva (página 98). 
Comente que havendo qual-
quer sinal ou sintoma de her-
pes genital, recomenda-se 
procurar um profissional de 
saúde para o diagnóstico cor-
reto e indicação de tratamen-
to adequado. Mesmo que não 
haja cura, uma vez que a pes-
soa permanece com o vírus, 
a infecção tem tratamento e 
os seus sintomas podem ser 
amenizados.
Indicação de filme
Como proposta para sensibilizar os estudantes sobre o estudo da AIDS, sugerimos que seja apresentado o filme Filadélfia. 
Apesar de a produção ser antiga, a temática ainda é muito atual e oferece excelentes subsídios para discussão e reflexão so-
bre valores e comportamentos éticos na sociedade. 
Após a exibição do filme, pode-se solicitar aos estudantes a confecção de uma resenha crítica, atividade que poderá ser realizada 
com a participação da disciplina de Língua Portuguesa, e propor um debate com a classe, explicitando os dilemas éticos mostra-
dos no filme. Procure fazer um paralelo entre as situações apresentadas no filme e as vividas pelos estudantes no seu cotidiano.
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95MANUAL DO PROFESSOR
AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida)
A AIDS é uma síndrome provocada pelo vírus da imunodeficiência humana, 
o HIV (sigla em inglês). Esse vírus parasita células do sistema imunitário, dimi-
nuindo a capacidade de defesa contra agentes infecciosos. Como consequên-
cia, a pessoa contaminada pode contrair as chamadas doenças oportunistas, 
ou seja, aquelas que “se aproveitam” da baixa imunidade para se instalar. 
Embora o portador do vírus possa ficar muitos anos sem apresentar sinto-
mas e estar aparentemente saudável, ele pode transmitir o HIV a outras pessoas. 
Síndrome: é 
o conjunto de 
sintomas que 
pode levar ao 
diagnóstico de 
uma ou mais 
doenças.
Breve histórico da doença
Os primeiros casos de AIDS foram descritos na década de 1980, em pacien-
tes homossexuais do sexo masculino que apresentavam um tipo de pneumo-nia e de câncer de pele (sarcoma de Kaposi) geralmente encontrados em pes-
soas com deficiência no sistema imunitário. 
Após alguns anos de estudos, constatou-se que essa deficiência era cau-
sada por um vírus, chamado então de HIV, e que qualquer pessoa, independen-
temente de sexo, orientação sexual, classe social e idade, poderia ser contami-
nada por ele. 
Muitas teorias para a origem da doença foram elaboradas, mas a mais acei-
ta atualmente é a de que o HIV é uma forma mutante de um vírus que parasita 
macacos e, de alguma forma, passou para a população humana. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, desde o início da epide-
mia, em 1981, até os dias atuais, cerca de 35 milhões de pessoas morreram de 
AIDS. Esse é quase o número atual de indivíduos que vivem com HIV – as esti-
mativas da OMS dão conta de 36,7 milhões de soropositivos no mundo inteiro.
No Brasil, entre jovens de 20 e 24 anos, a taxa de detecção subiu de 16,2 
casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos em 2015, segundo da-
dos do Ministério da Saúde, que indica dois motivos para a vulnerabilidade dos 
jovens: menor inserção nos serviços de saúde e menor adesão ao tratamento.
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O HIV parasita 
principalmente os 
linfócitos, tipo de glóbulo 
branco responsável 
pela produção de 
anticorpos. Os vírus são 
os elementos amarelos 
e o linfócito é a célula 
em azul.
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Candidíase
A candidíase é causada pelo fungo Candida albicans e é um tipo de micose 
muito frequente em mulheres, mas que também pode acometer os homens. Os 
sintomas mais comuns na mulher são coceira na região do pudendo, corrimen-
to vaginal de cor branca, ardor local e ao urinar. No homem, os sintomas mais 
comuns são o aparecimento de pequenas manchas vermelhas e de lesões em 
forma de pontos no pênis, além de coceira.
O tratamento é feito com cremes vaginais, pomadas e comprimidos orais. 
Evitar o uso de roupas muito apertadas (principalmente jeans) ou muito quen-
tes, com pouca aeração nos órgãos genitais externos, ajuda a evitar que se 
criem condições para o desenvolvimento do fungo. 
A higiene diária com bastante água e sabão neutro e a lavagem das roupas 
íntimas com água quente ajudam a diminuir o aparecimento de novas infecções.
Fungo causador da 
candidíase visto ao 
microscópio eletrônico.
(Ampliação aproximada de 
4 410 vezes. Cores artificiais.)
Vírus transmissor do herpes visto ao microscópio 
eletrônico. 
(Ampliação aproximada de 62 390 vezes. Cores artificiais.)
Herpes genital
O herpes genital, assim como o herpes oral, é causado pelos Herpes sim-
plex vírus 1 (HSV-1) e Herpes simplex vírus 2 (HSV-2). Entre os sintomas estão 
ardência e coceira na glande do pênis e na parte externa da vagina, seguidas 
do aparecimento de pequenas bolhas agrupadas, cheias de um líquido claro. 
Semelhante ao que ocorre com a catapora, as pequenas bolhas secam e for-
mam “casquinhas”. Esse processo dura em torno de 10 dias, período no qual a 
pessoa poderá transmitir o vírus. O contágio se dá pelo 
contato com o líquido claro das feridas.
O vírus pode permanecer no corpo da pessoa con-
taminada por meses ou mesmo anos sem se mani-
festar e pode voltar a ficar ativo a qualquer momento, 
provocando o reaparecimento dos sintomas. Alguns fa-
tores que colaboram para a manifestação do vírus são 
a exposição ao sol, o estresse, o uso de determinados 
medicamentos ou qualquer fator que possa reduzir a 
capacidade de defesa do organismo. Os tratamentos 
atuais costumam reduzir os sintomas e a transmissão 
do vírus (pois também reduzem a duração da crise), 
mas não há cura total para a doença.
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 Orientações 
didáticas
Para abordar a temática da 
AIDS, sugerimos que seja or-
ganizada uma aula expositi-
va, a fim de rever conceitos e 
relações que foram discutidos 
neste e em anos anteriores. 
Ao final da aula, organize 
com a turma uma lista dos 
conceitos necessários para 
a compreensão dessa síndro-
me, como: vírus, linfócitos, 
anticorpos, células, sistema 
imunitário, doenças oportu-
nistas, sarcoma de Kaposi, 
HIV, síndrome, imunodeficiên-
cia, transfusão de sangue, en-
tre outros.
A partir desses conceitos, 
oriente os estudantes a orga-
nizar um texto-síntese autoral 
e/ou um mapa conceitual so-
bre o tema.
Filadélfia. Drama. Direção: Jonathan Demme. Estados Unidos, 1994. 2 h 6 min.
Sinopse: O filme retrata o preconceito contra homossexuais e portadores do vírus da AIDS. Um jovem advogado tem sua carreira 
interrompida quando os colegas de trabalho descobrem sua doença.
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UNIDADE 1 - CAPÍTULO 6 96
Número de pessoas recebendo tratamento antirretroviral (TAR) e a porcentagem de 
todas as pessoas HIV positivas recebendo TAR em países de baixa e média rendas 
(por regiões da Organização Mundial da Saúde) – 2013
Fonte: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Disponível em: <http://www.who.int/hiv/data/artmap2014.png?ua=1> (acesso em: 26 jul. 2018).
EM PRATOS LIMPOS
Qual a expectativa de vida de um indivíduo portador do HIV?
Nos últimos anos, com a utilização de me-
dicamentos capazes de manter a carga viral 
muito baixa (indetectável), a expectativa de 
vida dos soropositivos aumentou bastante. 
Para quem vive com o HIV, estar indetectável 
signi� ca que a infecção está controlada, e que 
seus planos para o futuro não precisam ser 
interrompidos. É importante que essas pes-
soas continuem utilizando os medicamentos 
regularmente para manter a condição de in-
detectável. Para isso, ter acesso a esses me-
dicamentos, além do apoio da família, dos ami-
gos e dos colegas de trabalho, é fundamental.
• O que são infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
• Quais os principais sintomas das ISTs.
• Como prevenir e tratar as ISTs.
NESTE CAPÍTULO VOCÊ ESTUDOU
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Círculo Polar Ártico
Círculo Polar Antártico
Trópico de
Capricórnio 
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Trópico de Câncer
Equador
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0º
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO N
0 2 055 km
Região africana
Região das Américas
Região do Sudeste Asiático
Região Europeia
Região do Pacífico Leste e
Ocidental
Países com alta renda per capita*
* A classificação de renda dos países é do Banco
 Mundial na Declaração Política sobre HIV e AIDS
 de 2011.
Região do Oriente Mediterrânico
790 000
44% (34-50%)
9 100 000
37% (35-39%)
28 000
10% (7-15%)
255 000
22% (19-25%)
400 000
32% (24-40%)
1 100 000
33% (27-39%)
O mapa adotado pela OMS está dividido por regiões que não implicam necessariamente
a delimitação de fronteiras dos países ou dos continentes.
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O Dia Mundial de Combate à AIDS é comemorado 
anualmente em 1º- de dezembro e tem por objetivo 
conscientizar a sociedade sobre a síndrome da 
imunode� ciência adquirida. O laço vermelho é usado 
como o símbolo de luta contra o HIV/AIDS.
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97Capítulo 6 • Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
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Modos de contaminação
O HIV pode ser encontrado principalmente no sêmen, na secreção vaginal, 
no sangue e no leite materno e pode ser transmitido de uma pessoa para outra 
das seguintes formas:
• relação sexual (oral, vaginal ou anal) sem o uso de preservativos;
• transfusão de sangue;
• uso compartilhado de seringas, comum entre usuários de drogas injetáveis;
• da mãe para o bebê,durante a gestação (via placentária), no parto ou pela 
amamentação;
• utilização de instrumentos cortantes ou perfurantes não esterilizados, 
como alicates, agulhas e lâminas de barbear.
Não existe risco de contaminação durante um aperto de mão, um abraço, 
um beijo, nem na utilização de espaços e objetos comuns com pessoas infec-
tadas (piscinas, toalhas, sabonetes, talheres, etc.). O HIV também não pode 
ser transmitido por picada de inseto, tosse, espirro, lágrima ou saliva.
Teste do HIV
Ao passar por alguma situação de risco de contaminação por HIV ou apre-
sentar algum sintoma, a pessoa deve procurar o serviço de saúde para fazer 
um teste, a fim de verificar se há presença de anticorpos contra o HIV no 
sangue. O resultado desse teste indica se a pessoa entrou em contato com o 
vírus e, portanto, se está contaminada. Se o tempo entre a contaminação e 
o teste for muito curto, o resultado poderá ser um falso negativo – isso quer 
dizer que a pessoa está contaminada, mas o teste não é suficientemente 
sensível para reconhecer a presença de anticorpos no sangue. Por esse mo-
tivo, é recomendável refazer o teste alguns meses depois da exposição à 
situação de risco.
Uma pessoa contaminada não necessariamente irá desenvolver a doença 
– nesse caso, dizemos que a pessoa é soropositiva, mas não desenvolveu a 
AIDS. Em alguns casos, o vírus poderá permanecer latente (inativo) no corpo 
por muitos anos. 
Tratamento 
Ainda não existe cura para a AIDS. Os vários medicamentos produzidos ao 
longo das últimas décadas têm como objetivo reduzir a multiplicação dos vírus 
no organismo humano, melhorando a qualidade de vida dos soropositivos. O 
tratamento precisa ser acompanhado por um médico, que fará a combinação 
e a dosagem adequada dos medicamentos para cada paciente e tratará das 
doenças oportunistas que possam se manifestar.
Nem todos os pacientes respondem bem ao tratamento, pois ele pode 
não provocar o efeito esperado ou causar vários efeitos colaterais. No Bra-
sil, os medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
A OMS estima que, recentemente, cerca de 11,7 milhões de pessoas em paí-
ses em desenvolvimento tenham acesso ao tratamento.
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 Orientações 
didáticas
Peça aos estudantes que 
se reúnam em duplas para 
realizar as atividades 5 e 6 
da seção Pense e resolva e os 
Desafios (página 98).
O texto complementar a 
seguir apresenta mais infor-
mações sobre os sintomas e 
as fases de desenvolvimen-
to da AIDS.
Texto complementar
Sintomas e fases 
da AIDS
Quando ocorre a infec-
ção pelo vírus causador da 
AIDS, o sistema imunoló-
gico começa a ser atacado. 
E é na primeira fase, cha-
mada de infecção aguda, 
que ocorre a incubação do 
HIV (tempo da exposição ao 
vírus até o surgimento dos 
primeiros sinais da doença). 
Esse período varia de três a 
seis semanas. E o organismo 
leva de 30 a 60 dias após a 
infecção para produzir an-
ticorpos anti-HIV. Os pri-
meiros sintomas são muito 
parecidos com os de uma 
gripe, como febre e mal-es-
tar. Por isso, a maioria dos 
casos passa despercebida.
A próxima fase é mar-
cada pela forte interação 
entre as células de defesa 
e as constantes e rápidas 
mutações do vírus. Mas 
isso não enfraquece o or-
ganismo o suficiente para 
permitir novas doenças, 
pois os vírus amadurecem 
e morrem de forma equi-
librada. Esse período, que 
pode durar muitos anos, é 
chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, 
as células de defesa come-
çam a funcionar com me-
nos eficiência até serem 
destruídas. O organismo 
fica cada vez mais fraco e 
vulnerável a infecções co-
muns. A fase sintomática 
inicial é caracterizada pela 
alta redução dos linfócitos 
T CD4+ (glóbulos brancos 
do sistema imunológico) 
que chegam a ficar abaixo 
de 200 unidades por mm³ 
de sangue. Em adultos sau-
dáveis, esse valor varia en-
tre 800 a 1.200 unidades. Os 
sintomas mais comuns nes-
sa fase são: febre, diarreia, 
suores noturnos e emagre-
cimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças 
oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da 
fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais 
avançado da doença, a AIDS. Quem chega a essa fase, por não 
saber da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado 
pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tubercu-
lose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. [...]
BRASIL. Ministério da Saúde. Sintomas e fases da aids. Disponível em: 
<www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/sintomas-e-fases-
da-aids> (acesso em: 1o nov. 2018).
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97MANUAL DO PROFESSOR
Número de pessoas recebendo tratamento antirretroviral (TAR) e a porcentagem de 
todas as pessoas HIV positivas recebendo TAR em países de baixa e média rendas 
(por regiões da Organização Mundial da Saúde) – 2013
Fonte: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Disponível em: <http://www.who.int/hiv/data/artmap2014.png?ua=1> (acesso em: 26 jul. 2018).
EM PRATOS LIMPOS
Qual a expectativa de vida de um indivíduo portador do HIV?
Nos últimos anos, com a utilização de me-
dicamentos capazes de manter a carga viral 
muito baixa (indetectável), a expectativa de 
vida dos soropositivos aumentou bastante. 
Para quem vive com o HIV, estar indetectável 
signi� ca que a infecção está controlada e que 
seus planos para o futuro não precisam ser 
interrompidos. É importante que essas pes-
soas continuem utilizando os medicamentos 
regularmente para manter a condição de in-
detectável. Para isso, ter acesso a esses me-
dicamentos, além do apoio da família, dos ami-
gos e dos colegas de trabalho, é fundamental.
• O que são infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
• Quais os principais sintomas das ISTs.
• Como prevenir e tratar as ISTs.
NESTE CAPÍTULO VOCÊ ESTUDOU
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Círculo Polar Ártico
Círculo Polar Antártico
Trópico de
Capricórnio 
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Trópico de Câncer
Equador
0º
0º
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO N
0 2 055 km
Região africana
Região das Américas
Região do Sudeste Asiático
Região Europeia
Região do Pacífico Leste e
Ocidental
Países com alta renda per capita*
* A classificação de renda dos países é do Banco
 Mundial na Declaração Política sobre HIV e AIDS
 de 2011.
Região do Oriente Mediterrânico
790 000
44% (34-50%)
9 100 000
37% (35-39%)
28 000
10% (7-15%)
255 000
22% (19-25%)
400 000
32% (24-40%)
1 100 000
33% (27-39%)
O mapa adotado pela OMS está dividido por regiões que não implicam necessariamente
a delimitação de fronteiras dos países ou dos continentes.
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O Dia Mundial de Combate à AIDS é comemorado 
anualmente em 1º- de dezembro e tem por objetivo 
conscientizar a sociedade sobre a síndrome da 
imunode� ciência adquirida. O laço vermelho é usado 
como o símbolo de luta contra o HIV/AIDS.
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97Capítulo 6 • Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
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Modos de contaminação
O HIV pode ser encontrado principalmente no sêmen, na secreção vaginal, 
no sangue e no leite materno e pode ser transmitido de uma pessoa para outra 
das seguintes formas:
• relação sexual (oral, vaginal ou anal) sem o uso de preservativos;
• transfusão de sangue;
• uso compartilhado de seringas, comum entre usuários de drogas injetáveis;
• da mãe para o bebê, durante a gestação (via placentária), no parto ou pela 
amamentação;
• utilização de instrumentos cortantes ou perfurantes não esterilizados, 
como alicates, agulhas e lâminas de barbear.
Não existe risco de contaminação durante um aperto de mão, um abraço, 
um beijo, nem na utilização de espaços e objetoscomuns com pessoas infec-
tadas (piscinas, toalhas, sabonetes, talheres, etc.). O HIV também não pode 
ser transmitido por picada de inseto, tosse, espirro, lágrima ou saliva.
Teste do HIV
Ao passar por alguma situação de risco de contaminação por HIV ou apre-
sentar algum sintoma, a pessoa deve procurar o serviço de saúde para fazer 
um teste, a fim de verificar se há presença de anticorpos contra o HIV no 
sangue. O resultado desse teste indica se a pessoa entrou em contato com o 
vírus e, portanto, se está contaminada. Se o tempo entre a contaminação e 
o teste for muito curto, o resultado poderá ser um falso negativo – isso quer 
dizer que a pessoa está contaminada, mas o teste não é suficientemente 
sensível para reconhecer a presença de anticorpos no sangue. Por esse mo-
tivo, é recomendável refazer o teste alguns meses depois da exposição à 
situação de risco.
Uma pessoa contaminada não necessariamente irá desenvolver a doença 
– nesse caso, dizemos que a pessoa é soropositiva, mas não desenvolveu a 
AIDS. Em alguns casos, o vírus poderá permanecer latente (inativo) no corpo 
por muitos anos. 
Tratamento 
Ainda não existe cura para a AIDS. Os vários medicamentos produzidos ao 
longo das últimas décadas têm como objetivo reduzir a multiplicação dos vírus 
no organismo humano, melhorando a qualidade de vida dos soropositivos. O 
tratamento precisa ser acompanhado por um médico, que fará a combinação 
e a dosagem adequada dos medicamentos para cada paciente e tratará das 
doenças oportunistas que possam se manifestar.
Nem todos os pacientes respondem bem ao tratamento, pois ele pode 
não provocar o efeito esperado ou causar vários efeitos colaterais. No Bra-
sil, os medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
A OMS estima que, recentemente, cerca de 11,7 milhões de pessoas em paí-
ses em desenvolvimento tenham acesso ao tratamento.
96
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 Orientações 
didáticas
Aproveite esse momento 
para retomar a tabela-síntese 
feita pelos estudantes sobre 
as ISTs, esquematizando-a no 
quadro de giz e esclarecendo 
eventuais dúvidas levantadas 
pelos estudantes. Faça uma 
revisão geral sobre o que são 
infecções sexualmente trans-
missíveis, seus principais sin-
tomas e como elas podem ser 
prevenidas e tratadas.
Para concluir o estudo deste 
capítulo, solicite aos estudan-
tes que pesquisem, em sites, 
jornais ou revistas, notícias 
recentes sobre as ISTs. Os re-
sultados da pesquisa devem 
ser compartilhados por meio 
de um debate, que deverá ser 
agendado previamente.
Indicações de sites
(acesso em: 1o nov. 2018)
Para saber mais sobre 
as ISTs, acesse:
 � L ENH A RO, Mariana. 
Como se proteger das 
doenças sexualmen-
te transmissíveis em 
alta no Brasil . BBC , 
28 jul. 2018. Dispo-
nível em: <www.bbc.
com /por tuguese/ge 
ral-44962290>.
 � THERRIEN, Alex. Falta de 
investimento aumenta 
risco de descontrole 
do HIV no mundo, con-
cluem cientistas. BBC, 
23 jul. 2018. Dispo-
nível em: <www.bbc.
com /por tuguese/ge 
ral-44907492>.
 � QUINTÁNS, Jessica Mouzo. 
Vacina terapêutica con-
trola o HIV sem o uso de 
antivirais. El País, 17 fev. 
2017. Disponível em: <ht 
tps://brasil.elpais.com/
brasil/2017/02/16/cien 
cia/1487261747_621329.
html>.
Indicação de site
(acesso em: 5 jul. 2019)
Para saber mais sobre o 
que é “estar indetectável”, 
conheça a campanha “Inde-
tectável”, lançada em 2018 
pelo Departamento de IST, 
HIV/AIDS e Hepatites Virais, 
acesse: <http://www.aids.
gov.br/indetectavel/index.
html>.
Atividade complementar
Debate sobre preconceito contra portadores de HIV
Reúna os estudantes para uma roda de conversa e faça um debate sobre os possíveis preconceitos que os portadores de HIV 
podem enfrentar. Comente que a Lei nº 12.984 de 2014 define o crime de discriminação aos portadores do vírus da imunodefi-
ciência humana (HIV) e doentes de AIDS. Caso julgue conveniente, faça previamente a leitura do texto indicado a seguir. 
JESUS, G. J.; OLIVEIRA, L. B.; CALIARI, J. S.; QUEIROZ, A. A. F. ; GIR, E.; REIS, R. K. Acta Paulista de Enfermagem. 2017; 30(3):301-7. 
Dificuldades do viver com HIV/AIDS: Entraves na qualidade de vida. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/ape/v30n3/1982-0194-
ape-30-03-0301.pdf> (acesso em: 11 jul. 2019).
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