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Aula 02 Direito Tributário Jurisprudencial p/ AFRFB - 2016 Professor: Fábio Dutra 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋5∋9∃∋Ε5∋ AULA 02: Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar (Parte II) SUMÁRIO PÁGINA Observações sobre a aula 01 Imunidades 02 Assunto extra 33 Lista das Questões Comentadas em Aula 36 Gabarito das Questões Comentadas em Aula 41 Observações sobre a Aula Olá, prezado candidato (a)! Como vão os estudos? Como não temos edital na praça, a melhor receita é manter a disciplina e o foco neste momento. Em breve, você colherá os frutos da sua dedicação! Na aula de hoje, daremos continuidade ao estudo da jurisprudência relativa às limitações constitucionais ao poder de tributar, abordando as imunidades. Trata-se de um tema farto de jurisprudência, muitas vezes oscilantes. Sendo assim, é muito importante guardar a literalidade de como o STF já se posicionou, pois normalmente é assim que cai em provas da ESAF. Ao final da aula, abordaremos um assunto extra, que, embora ainda não haja jurisprudência sobre ele, há grandes chances de vir a ser cobrado na sua prova! Vamos começar... 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋3∋9∃∋Ε5∋ 1 - IMUNIDADES Sobre as imunidades, de uma forma geral, precisamos saber os seguintes posicionamentos do STF: A jurisprudência constitucional do STF já identificou, na cláusula inscrita no art. 195, § 7º, da CF, a existência de uma típica garantia de imunidade (e não de simples isenção) estabelecida em favor das entidades beneficentes de assistência social. Precedente: RTJ 137/965. (STF, RMS 22.192, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 28-11-1995, Primeira Turma, DJ de 19-12-1996) Embora o texto constitucional, no art. 195, § 7º, se refira a uma isenção, trata-se claramente de uma imunidade. O que fazer diante de questões literais que mencionem, ipsis litteris, o dispositivo constitucional? É mais prudente seguir como consta no texto da CF/88, sempre analisando todas as alternativas!! Qualquer dispensa constitucional de pagamento de tributos é imunidade, ainda que o Constituinte tenha se dito de outra forma! Obs.: Aconselhamos considerar a cópia literal do dispositivo como correta, caso a banca não mencione a jurisprudência. Sobre a diferença entre isenção e imunidade, o STF assim já decidiu: “Ementa: (...) A criação de imunidade tributária é matéria típica do texto constitucional enquanto a de isenção é versada na lei ordinária; não há, pois, invasão da área reservada à emenda constitucional quando a lei ordinária cria isenção. O Poder Público tem legitimidade para isentar contribuições por ele instituídas, nos limites das suas atribuições". (STF, ADI 2.006-MC/DF, Pleno, Rel. Min. Maurício Corrêa, Julgado em 01/07/1999). É importante ainda saber que, embora determinada entidade possa estar imune a algum tributo, tal condição não a exime do cumprimento das obrigações acessórias, como, por exemplo, a manutenção de livros fiscais. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋Φ∋9∃∋Ε5∋ IMUNIDADE – LIVROS FISCAIS. O fato de a pessoa jurídica gozar da imunidade tributária não afasta a exigibilidade de manutenção dos livros fiscais. (STF, RE 250.844/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, Julgado em 29/05/2012) Questão 01 – CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011 Ainda que em gozo de imunidade tributária, a pessoa jurídica não está dispensada de cumprir obrigações acessórias e de se submeter à fiscalização tributária. Comentário: Conforme entendimento esposado pelo STF, o fato de a pessoa jurídica gozar de imunidade tributária não a exime da obrigação de cumprir obrigações acessórias. Questão correta. Por fim, encerramos este tópico, citando o entendimento do STF acerca das imunidades tributárias quando há substituição tributária: Ementa: (...) A responsabilidade ou a substituição tributária não alteram as premissas centrais da tributação, cuja regra-matriz continua a incidir sobre a operação realizada pelo contribuinte. Portanto, a imunidade tributária não afeta, tão-somente por si, a relação de responsabilidade tributária ou de substituição e não exonera o responsável tributário ou o substituto. Recurso extraordinário conhecido, mas ao qual se nega provimento. (STF, RE 202.987/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgamento em 30/06/2009) No caso em tela, a entidade imune (SESI) era a adquirente, motivo pelo qual ficou responsável pelo recolhimento da obrigação tributária, na condição de responsável tributário ou substituto. Perceba que seria ilógico não haver tributação, já que o contribuinte, na verdade, não estava imune. Compreendido? Questão 02 – INÉDITA/2015 De acordo com o STF, o fato de uma entidade de educação sem fins lucrativos estar imune, por expressa disposição constitucional, não a exime do dever de 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋Ε∋9∃∋Ε5∋ recolher o tributo, caso seja eleita, por lei, como responsável pela obrigação tributária. Comentário: A questão aborda o entendimento do STF sobre o tema. O fato de estar imune não elide a necessidade de recolher o tributo, na condição de responsável tributário. Para relembrar o conceito de responsável tributário, leia o art. 128 do CTN. Questão correta. Importa-nos saber, por fim, que a imunidade deve sempre estar prevista na Constituição Federal. Assim, não é possível que a Constituição de algum estado da federação expanda as imunidades consignadas na CF/88. Veremos, a partir de agora, as imunidades em espécie. Adiante! 1.1 – Imunidade Recíproca A imunidade recíproca está prevista no art. 150, VI, a, da CF/88. Como foi dito no início da aula anterior, tal imunidade configura verdadeira cláusula pétrea (ADI 939/DF), pois ela protege a autonomia financeira dos entes federados, sustentando o pacto federativo. Questão 03 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2013 A imunidade tributária recíproca é princípio garantidor da Federação, motivo pelo qual não pode ser restringida nem mesmo por emenda constitucional. Comentário: Conforme estudamos, a imunidade recíproca constitui cláusula pétrea. Por esse motivo, não é possível haver proposta de emenda constitucional com o objetivo de abolir ou restringir tal princípio. Questão correta. Sobre a imunidade recíproca, o STF já decidiu: Ementa: TRIBUTÁRIO. ICMS. SERVIÇOS DE ENERGIA ELÉTRICA. MUNICÍPIO. CONTRIBUINTE DE FATO. IMUNIDADE RECÍPROCA. ART. 150, VI, A, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICABILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - A imunidade do art. 150, VI, a, da Constituição somente se aplica ao imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio ente beneficiado, na qualidade de contribuinte de direito. II - Como o Município não é contribuinte de direito do ICMS relativo a serviços de energia elétrica, não tem obenefício da imunidade em questão, uma vez que esta não alcança o contribuinte de fato. Precedentes. III – Agravo regimental improvido. (STF, ARE 663.552-AgR/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Julgado em 28/02/2012) 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋Γ∋9∃∋Ε5∋ Perceba que a imunidade recíproca, no caso de tributos indiretos, abrange apenas o contribuinte de direito. Questão 04 – FD/INÉDITA/2015 Conforme jurisprudência do STF, a imunidade recíproca somente se aplica ao imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio ente beneficiado, na qualidade de contribuinte de direito. Comentário: De acordo com o STF, a imunidade do art. 150, VI, “a” só abrange o ente quando estiver na condição de contribuinte de direito. Como no caso julgado pelo STF (663.552-AgR/MG), o município era contribuinte de fato, a Suprema Corte decidiu que não haveria imunidade. Questão correta. Por outro lado, quando se trata de tributos diretos, há coincidência entre a figura do contribuinte de fato e o contribuinte de direito. Sobre este caso, temos o seguinte julgado: "Ementa: (...)A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a da Constituição aplica-se às operações de importação de bens realizadas por municípios, quando o ente público for o importador do bem (identidade entre o "contribuinte de direito" e o "contribuinte de fato"). Compete ao ente tributante provar que as operações de importação desoneradas estão influindo negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da Constituição. Impossibilidade de presumir risco à livre-iniciativa e à concorrência. Agravo regimental ao qual se nega provimento." (STF, AI 518.405-AgR/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgado em 06/04/2010) A Suprema Corte também já decidiu no sentido de que a imunidade recíproca alcança o IOF incidente sobre aplicações financeiras dos entes federados bem como o rendimento decorrente de tais aplicações: "A garantia constitucional da imunidade recíproca impede a incidência de tributos sobre o patrimônio e a renda dos entes federados. Os valores investidos e a renda auferida pelo membro da federação é imune de impostos. A imunidade tributária recíproca é uma decorrência pronta e imediata do postulado da isonomia dos entes constitucionais, sustentado pela estrutura federativa do Estado brasileiro e pela autonomia dos Municípios." (STF, AI 174.808-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Maurício Corrêa, Julgamento em 11/03/1996) 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋6∋9∃∋Ε5∋ Vale ressaltar que a imunidade recíproca, conforme a CF/88 e o STF, não é extensível às contribuições previdenciárias. Sobre isso, veja como entende o STF nos dois julgados a seguir: É da jurisprudência do Supremo Tribunal que o princípio da imunidade tributária recíproca (CF, art. 150, VI, a) - ainda que se discuta a sua aplicabilidade a outros tributos, que não os impostos - não pode ser invocado na hipótese de contribuições previdenciárias. (STF, ADI 2.024/DF, Pleno, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 03/05/2007) Questão 05 – CESPE/JUIZ-TJ-MA/2013 O princípio da imunidade tributária recíproca não pode, à luz do posicionamento firmado pelo STF, ser invocado na hipótese de contribuições previdenciárias. Comentário: Questão bem tranquila. A imunidade recíproca não se aplica às contribuições previdenciárias. Questão correta. Também entendeu o STF que a imunidade recíproca não alcança as taxas: "EMENTA: (...) II. - A imunidade tributária recíproca -- C.F., art. 150, VI, a -- somente é aplicável a impostos, não alcançando as taxas. III. - R.E. conhecido e improvido. (STF, RE 364.202/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 05/10/2004) Questão 06 – INÉDITA/2015 De acordo com a Constituição Federal de 1988, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tributos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros . Comentário: Pegadinha de prova! O candidato fica com o texto constitucional tão gravado na memória, que, quando se depara com uma questão literal, já a considera como correta, sem observar os pequenos detalhes. Perceba que a vedação diz respeito apenas aos impostos, e não aos tributos como um todo. Questão errada. Destaque-se que, muito embora o texto constitucional estenda a aplicação desta imunidade apenas às autarquias e fundações públicas, o entendimento predominante no STF (RE 407.099/RS e AC 1.550-2) é o de que a benesse é 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋Η∋9∃∋Ε5∋ extensível também às empresas públicas (EP) e às sociedades de economia mista (SEM) prestadoras de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado. Nesse sentido, o STF já concedeu imunidade às seguintes empresas públicas e sociedades de economia mista: 1.! Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) – (STF, RE 407.099); 2.! Infraero – (STF, RE 524.615-AgR); 3.! Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (CAERD) – (STF, AC 1.550-2/RO); 4.! Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) – (STF, RE 253.472) 5.! Casa da Moeda do Brasil (CMB) – (STF, RE 610.517) Observação: Em 2014, tivemos mais três decisões favoráveis à imunidade gozada pela ECT. Senão, vejamos: •! Em 15/10/2014, o STF reconheceu a imunidade relativa ao IPTU incidente sobre imóveis de propriedade da ECT, bem assim os por ela utilizados. •! Em 12/11/2014, o Plenário do STF decidiu que não incide o ICMS sobre o serviço de transporte de bens e mercadorias realizado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT. •! Em 26/11/2014, a Suprema Corte (ACO 879/PB) reafirmou sua jurisprudência a respeito da imunidade tributária relativa ao IPVA, gozada pela ECT. Questão 07 – ESAF/PGFN/2012 Sociedade de economia mista prestadora de serviço público de água e esgoto não é abrangida pela imunidade tributária recíproca. Comentário: Conforme verificamos no caso da CAERD, as SEM prestadoras de serviço público de água e esgoto estão abrangidas pela imunidade recíproca. A questão, portanto, está errada. Questão 08 – INÉDITA/2015 De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a Casa da Moeda do Brasil (CMB), empresa pública delegatária do serviço público de emissão de papel moeda, cunhagem de moeda metálica, fabricação de fichas telefônicas e impressão de selos postais, é considerada imune pelo art. 150, VI, a, da CF/88. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋Ι∋9∃∋Ε5∋ Comentário: A Casa da Moeda do Brasil foi alcançada pela imunidade recíproca, conforme decisão do STF, no julgamento do Recurso Extraordinário 610.517-AgR/RJ. Questão correta. Questão 09 – ESAF/PGFN/2012-Adaptada A imunidade recíproca, em alguns casos, pode ter como efeito colateral relevante a relativização dos princípios da livre concorrência e doexercício de atividade profissional ou econômica lícita. Comentário: O entendimento do STF sobre a imunidade recíproca é amplo, mas não ao ponto de permitir que empresas que praticam atividades econômicas venham a ser abrangidas pela referida imunidade. Isso certamente colocaria em risco o princípio da livre concorrência. Dessa forma, a questão está errada. Questão 10 – ESAF/PROC.-TCE-GO/2007 A empresa pública Caixa Econômica Federal, que exerce atividade econômica, é abrangida pela imunidade tributária recíproca, não se sujeitando ao pagamento de imposto sobre propriedade de veículos automotores incidentes sobre seus carros. Comentário: Mais uma questão abordando esse assunto. Como estudamos, empresas públicas que exerçam atividades econômicas não estão abrangidas pela imunidade recíproca. A questão está errada. Além de tais casos, acompanhe os seguintes julgados: "EMENTA: (...)2 . A prestação de ações e serviços de saúde por sociedades de economia mista corresponde à própria atuação do Estado, desde que a empresa estatal não tenha por finalidade a obtenção de lucro. 3. As sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo capital social seja majoritariamente estatal, gozam da imunidade tributária prevista na alínea “a” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. 3. Recurso extraordinário a que se dá provimento, com repercussão geral." (STF, RE 580.264/RS, Pleno, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 16/12/2010) Sendo assim, SEM prestadora de serviços de saúde, cujo capital seja majoritariamente estatal, goza da imunidade recíproca. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋ϑ∋9∃∋Ε5∋ "Ementa: (...) 1. Recurso extraordinário interposto de acórdão que considerou tributável propriedade imóvel utilizada pela Petrobrás para a instalação e operação de condutos de transporte de seus produtos. Alegada imunidade tributária recíproca, na medida em que a empresa-agravante desempenha atividade sujeita a monopólio. 2. É irrelevante para definição da aplicabilidade da imunidade tributária recíproca a circunstância de a atividade desempenhada estar ou não sujeita a monopólio estatal." (STF, RE 285.716-AgR/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 02/03/2010) Observação: Na decisão desse Recurso Extraordinário, ficou consignado que a Petrobrás não foi alcançada pela imunidade tributária recíproca pelos seguintes motivos: 1- Trata-se de sociedade de economia mista destinada à exploração econômica em benefício de seus acionistas, pessoas de direito público e privado, e a salvaguarda não se presta a proteger aumento patrimonial dissociado de interesse público primário. 2- A Petrobrás visa a distribuição de lucros, e, portanto, tem capacidade contributiva para participar do apoio econômico aos entes federados. Questão 11 – ESAF/PGFN/2012 É relevante para definição da aplicabilidade da imunidade tributária recíproca a circunstância de a atividade desempenhada estar ou não sujeita a monopólio estatal. Comentário: Conforme entendimento do STF, é irrelevante para definição da aplicabilidade da imunidade recíproca o fato de a atividade desempenhada pela entidade estar sujeita ou não a monopólio estatal. Questão errada. Ademais, a imunidade recíproca também alcança a OAB, embora esta não seja considerada uma entidade pertencente à administração pública indireta: "EMENTA: (...) 1. A imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil é da espécie recíproca (art. 150, VI, a da Constituição), na medida em que a OAB desempenha atividade própria de Estado (defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos humanos, da justiça social, bem como a seleção e controle disciplinar dos advogados). 2. A imunidade tributária recíproca alcança apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da imunidade tributária às operações financeiras não impede a autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune. O reconhecimento da imunidade tributária às 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋54∋9∃∋Ε5∋ operações financeiras não impede a autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crédito tributário e de tomar as demais medidas legais cabíveis.” (STF, RE 259.976-AgR/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgado em 23/03/2010) Questão 12 – ESAF/PGFN/2012 O reconhecimento da imunidade tributária recíproca às operações financeiras não impede a autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal poderá, sendo o caso, constituir o crédito tributário e tomar as demais medidas legais cabíveis. Comentário: E aí, candidato, questão correta? Não! A autoridade não “pode”, mas deve constituir o crédito tributário. Nunca se esqueça do parágrafo único do art. 142. Você deve visualizar a questão, observando detalhes que mencionam outros assuntos da disciplina! Questão errada. Dando continuidade ao nosso estudo, o fato de a OAB estar inserida no seleto rol de entidades abrangidas pela imunidade recíproca, não faz com que a Caixa de Assistência dos Advogados, mesmo integrando a estrutura da OAB, esteja imune. Sobre o assunto, veja o julgado a seguir: "Ementa: (...) 1. O fato da Caixa de Assistência dos Advogados integrar a estrutura maior da OAB, não implica a extensão da imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, “a”, da Constituição Federal) conferida a esta, dada a dissociação entre as atividades inerentes à atuação da OAB e as atividades providas em benefício individual dos associados." (STF, RE 662.816-AgR/BA, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, Julgado em 28/02/2012) Questão 13 – INÉDITA/2015 Da mesma forma que o STF concedeu imunidade recíproca à OAB, por desempenhar atividade própria de Estado, a Corte também estendeu a limitação constitucional à Caixa de Assistência de Advogados, por pertencer a estrutura da OAB. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋55∋9∃∋Ε5∋ Comentário: Não é esse o entendimento do STF. Para o Tribunal, a Caixa de Assistência de Advogados possui outra atividade, não sendo própria de Estado, mas do interesse individual de seus associados. Questão errada. No que se refere à delegação de serviços públicos (prestação por particulares), cumpre destacar que se o patrimônio pertencer a um ente federado, independentemente de estar ocupado por empresa delegatária de serviços públicos, continua imune à tributação: EMENTA: TRIBUTÁRIO. IPTU. IMÓVEIS QUE COMPÕEM O ACERVO PATRIMONIAL DO PORTO DE SANTOS, INTEGRANTES DO DOMÍNIO DA UNIÃO. Impossibilidade de tributação pela Municipalidade, independentemente de encontrarem-se tais bens ocupados pela empresa delegatária dos serviços portuários, em face da imunidade prevista no art. 150, VI, a, da Constituição Federal. Dispositivo, todavia, restrito aos impostos, não se estendendo às taxas.Recurso parcialmente provido. (STF, RE 253.394/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgado em 26/11/2002) Contudo, a atividade delegada em si, caso seja exercida com intuito lucrativo, não há que se falar em imunidade, como segue o entendimento do Supremo Tribunal Federal: “As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição. O recebimento de remuneração pela prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva. A imunidade recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de entidades políticas federativas, e não de particulares que executem, com inequívoco intuito lucrativo, serviços públicos mediante concessão ou delegação, devidamente remunerados.” ( Trecho da Ementa) “Nesse sentido, tanto os objetivos como os objetivos como os efeitos do reconhecimento da aplicação da imunidade recíproca são passíveis de submissão ao crivo jurisdicional, em um exame de ponderação e proporcionalidade não bastando a constatação objetiva de natureza pública do serviço que se está a tributar.” (Trecho do Voto do Min. Joaquim Barbosa) (STF, Plenário, ADI 3.089/DF, Rel. Min. carlos Britto, Julgamento em 13/02/2008) 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋53∋9∃∋Ε5∋ Questão 14 – ESAF/PGFN/2012 Tanto os objetivos como os efeitos do reconhecimento da aplicação da imunidade constitucional recíproca são passíveis de submissão ao crivo jurisdicional, em um exame de ponderação, não bastando a constatação objetiva da propriedade do bem. Comentário: Fique atento, pois a ESAF não facilita a vida do concurseiro. A questão foi retirada, praticamente “colada”, do voto de um dos ministros, no julgamento da ADI 3.089/DF. Questão correta. Há que se destacar que o STF já decidiu que a imunidade recíproca extensiva alcança o INCRA – autarquia federal -, desobrigando-o de pagar ICMS sobre a exploração de unidade agroindustrial: EMENTA Incra. Imunidade tributária. Exploração de unidade agroindustrial. Ausência de configuração de atividade econômica capaz de impor o regime tributário próprio das empresas privadas. 1. A atividade exercida pelo Incra, autarquia federal, não se enquadra entre aquelas sujeitas ao regime tributário próprio das empresas privadas, considerando que a eventual exploração de unidade agroindustrial, desapropriada, em área de conflito social, está no âmbito de sua destinação social em setor relevante para a vida nacional. (STF, RE 242.827/PE, Primeira Turma, Rel. Min. Menezes Direito, Julgado em 02/09/2008) É valido destacar que, excetuando-se os entes federados, as demais entidades somente estão abrangidas pela imunidade recíproca, no que se refere ao patrimônio, renda e serviços vinculados a suas finalidades essenciais: "O julgado recorrido contempla a conclusão de que a União não está condicionada ao ônus de comprovar vinculação do bem tributado a uma finalidade pública, o que somente ocorre nos casos das autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público no que se refere à tributação do patrimônio, renda e serviços vinculados a suas finalidades essenciais. Esse entendimento está em consonância com a jurisprudência desta Corte que tem se posicionado no sentido de reconhecer a imunidade recíproca constante do art. 150, VI, a, da Carta Magna aos entes da administração direta e, somente no que refere ao alcance da imunidade recíproca às autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder público é que aparece a restrição concernente à vinculação do imóvel às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes, na exata dicção da norma constitucional." (RE 635.012/RJ, Decisão Monocrática, Rel. Min. Dias Toffoli, Julgado em 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋5Φ∋9∃∋Ε5∋ 07/02/2013) Vejamos ainda a seguinte súmula editada pelo STF: SÚMULA STF 583 – Promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano. Atualmente, tal restrição já foi prevista na parte final do § 3º do art. 150, da CF/88. O objetivo é que, havendo contrato de compra e venda entre uma entidade protegida pela referida imunidade e outra não imune, esta seja tributada, ainda que a transferência do imóvel não tenha acontecido. 1.2 – Imunidade Religiosa A imunidade religiosa está prevista no art. 150, VI, b, e tem como objetivo proteger a liberdade de culto, direito individual garantido no art. 5º, VI, da CF/88. Vejamos alguns julgados importantes sobre tal imunidade: "EMENTA: (...)Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. 4. A imunidade prevista no art. 150, VI, "b", CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços "relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas." (STF, RE 325.822/SP, Pleno, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgado em 18/12/2002) De acordo com o STF, a imunidade religiosa aplica-se também aos imóveis alugados, de propriedade da entidade religiosa, desde que a renda auferida seja aplicada nas finalidades essenciais da referida entidade. Ademais, a Suprema Corte, dando entendimento extensivo à imunidade religiosa, entende que os cemitérios que consubstanciam extensões destas entidades também são alcançados pela vedação constitucional em tela: "Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles." (STF, RE 578.562/BA, Pleno, Rel. Min. Eros Grau, Julgado em 21/05/2008) 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋5Ε∋9∃∋Ε5∋ Perceba que não são todos os cemitérios que estão abrangidos pela imunidade, mas apenas aqueles que são, de fato, mera extensão da entidade religiosa. Questão 15 – ESAF/ISS-RJ/2010 De acordo com o entendimento do STF, a imunidade dos “templos de qualquer culto” tem interpretação ampla e finalística. Comentário: Podemos dizer, com base no que estudamos até agora, que a interpretação dessa imunidade, de acordo com o STF, é ampla (pois abrange não só os templos destinados ao culto em si) e finalística (pois alcança também o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades religiosas). Questão correta. Questão 16 – CESPE/Juiz-TJ-CE/2012 Ao interpretar o dispositivo constitucional que veda a instituição de imposto sobre templos de qualquer culto, o STF entende que a imunidade limita-se aos prédios destinados ao culto. Comentário: Como vimos, o entendimento do STF é o de que a imunidade religiosa alcança também o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades religiosas. Questão errada. No que se refere às lojas maçônicas, o STF já entendeu que não estão abrangidas pela imunidade religiosa, conforme a decisão transcrita a seguir:"(...) III – A imunidade tributária conferida pelo art. 150, VI, b, é restrita aos templos de qualquer culto religioso, não se aplicando à maçonaria, em cujas lojas não se professa qualquer religião. IV - Recurso extraordinário parcialmente conhecido, e desprovido na parte conhecida." (STF, RE 562.351/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Julgamento em 04/09/2012) Questão 17 – INÉDITA/2015 Conforme pacífica jurisprudência do STF, a imunidade religiosa alcança as lojas maçônicas. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋5Γ∋9∃∋Ε5∋ Comentário: O STF já decidiu que a imunidade religiosa é restrita aos templos de qualquer culto religioso, não se aplicando à maçonaria, em cujas lojas não se professa qualquer religião. Questão errada. 1.3 – Imunidade dos Partidos Políticos, Sindicato de Trabalhadores e Entidades Educacionais e Assistenciais Sem Fins Lucrativos Essa imunidade está prevista no art. 150, VI, c, da CF/88, com a seguinte redação: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; O que nos chama a atenção – e por tal motivo eu o negritei – é o fato de a norma constitucional exigir a edição de uma lei, para que as instituições de educação e assistência social gozem da referida imunidade. Além disso, seria uma lei ordinária ou complementar? Para dirimir as dúvidas, é necessário recorrer ao entendimento do STF acerca do assunto, conforme vemos a seguir: “Conforme precedente no STF (RE 93.770, Muñoz, RTJ 102/304) e na linha da melhor doutrina, o que a Constituição remete à lei ordinária, no tocante à imunidade tributária considerada, é a fixação de normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade educacional ou assistencial imune; não, o que diga respeito aos lindes da imunidade, que, quando susceptíveis de disciplina infraconstitucional, ficou reservado à lei complementar.” (STF, Pleno, ADI-MC 1.802/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Julgamento em 27/08/1998) Vale ressaltar que, da mesma forma como tem ocorrido com a imunidade religiosa, o STF tem sido bastante flexível na análise da vinculação asseverada no art. 150, § 4º, da CF/88. Nesse sentido, vamos citar, a partir de agora, alguns julgados, da própria Corte, que já foram ou que há grandes chances de serem cobrados em prova. Portanto, atenção total, candidato! 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋56∋9∃∋Ε5∋ Súmula Vinculante 52 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. Observação: Esta súmula vinculante possui a mesma redação da Súmula 724 do STF. Isso significa que já se tratava de entendimento pacífico no STF. A distinção é que, a partir da sua publicação, o posicionamento nela contido possui efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta. Questão 18 – CESPE/JUIZ-TJ-CE/2012 A imunidade tributária conferida pela CF ao patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, às entidades sindicais dos trabalhadores, às instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, não se aplica aos imóveis alugados a terceiros, ainda que o valor deles decorrente seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. Comentário: Há a imunidade, de acordo com a Súmula Vinculante 52 do STF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. Questão errada. Questão 19 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012 O imóvel pertencente a partido político permanece imune ao IPTU, ainda quando alugado a terceiros, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais dessa entidade. Comentário: No mesmo ano, o CESPE cobrou essa assertiva duas vezes. Na presente questão, a Súmula Vinculante 52 foi transcrita, de forma que a questão está correta. No mesmo sentido, temos o seguinte julgado: EMENTA: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 150, VI, C, DA CONSTITUIÇÃO. INSTITUIÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. EXIGÊNCIA DE IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO SOBRE IMÓVEL DE PROPRIEDADE DA ENTIDADE. ALEGAÇÃO DE QUE O ÔNUS PODE SER TRANSFERIDO AO INQUILINO (...) Tratando-se de imunidade constitucional, que cobre patrimônio, rendas e serviços, não importa se os imóveis de propriedade da instituição de assistência social são de uso direto ou se são locados. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋5Η∋9∃∋Ε5∋ (STF, RE 257.700/MG, Primeira Turma, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em 13/6/2000) Nesse rumo, foi considerado imune pelo IPTU imóvel de propriedade de uma entidade beneficente, em cujas instalações era mantida uma livraria. A imunidade subsiste, neste caso, pois o que importa é que as rendas auferidas sejam destinadas à manutenção de suas atividades institucionais. Observe que não é somente a renda obtida com imóveis alugados a terceiros, mas também os rendimentos obtidos pela cobrança de estacionamento na área interna da entidade imune: EMENTA: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 150, VI, C, DA CONSTITUIÇÃO. INSTITUIÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. EXIGÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇO CALCULADO SOBRE O PREÇO COBRADO EM ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS NO PÁTIO INTERNO DA ENTIDADE. Ilegitimidade. Eventual renda obtida pela instituição de assistência social mediante cobrança de estacionamento de veículos em área interna da entidade, destinada ao custeio das atividades desta, está abrangida pela imunidade prevista no dispositivo sob destaque. (STF, RE 144.900/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em 22/04/1997) Seguindo a mesma linha, o STF também já considerou imune a renda obtida pelo SESC com a venda de ingressos de cinema público em geral, conforme vemos abaixo: EMENTA: IMUNIDADE TRIBUTARIA. CF, ART. 150, VI, C. SERVIÇO SOCIAL DO COMERCIO - SESC. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE DIVERSÃO PÚBLICA. A renda obtida pelo SESC na prestação de serviços de diversão pública, mediante a venda de ingressos de cinema ao público em geral, e aproveitada em suas finalidades assistenciais, estando abrangida na imunidade tributaria prevista no art. 150, VI, c, da Carta Republica. (STF, AI 155.822/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Ilmar Galvão, Julgamento em 20/09/1994) Para o STF, as escolas de ensino profissionalizante estão enquadradas no rol de entidades do art. 150, VI, c. Cite- se, como exemplo, o SENAC e o SENAI. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋>+Χ∀<−∋5Ι∋9∃∋Ε5∋ Em suma, desde que o patrimônio, a renda e os serviços da entidade imune estejam relacionados com suas finalidades essenciais, a entidade continua imune. Isso é o que você deve guardar para a prova, tanto no que se refere à imunidade religiosa como na que estamos tratando neste tópico. Além disso, também já decidiu o STF que, ainda que os imóveis estejam sendo utilizados como escritório e residência de membro da entidade, continuam imunes: Instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos (...). O fato de os imóveis estarem sendo utilizados como escritório e residência de membros da entidade não afasta a imunidade prevista no art. 150, VI, alínea c, § 4º, da CF." (STF, RE 221.395, Segunda Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, Julgamento em 08/02/2000) Diferentemente do que acaba de ser visto, em 2010, a Segunda Turma do STF havia afastado a aplicação da imunidade prevista no art. 150, VI, “c”, da CF/88, aos terrenos baldios sem vinculação às finalidades essenciais das entidades imunes. Contudo, em 2013, a Primeira Turma da Colenda Corte, de forma divergente, decidiu que a constataç∀o de que imóvel vago ou sem edificaç∀o não seria suficiente, por si só́, para destituir a garantia constitucional da imunidade tributária. A ementa do julgamento do RE 385.091/DF foi parcialmente transcrita abaixo: EMENTA: Imunidade. Entidade de assistência social. Artigo 150, VI, c, CF. Imóvel vago. Finalidades essenciais. Presunção. Ônus da prova. 1. A regra de imunidade compreende o reverso da atribuição de competência tributária. Isso porque a norma imunitória se traduz em um decote na regra de competência, determinando a não incidência da regra matriz nas áreas protegidas pelo beneplácito concedido pelo constituinte. (...) 3. No caso da imunidade das entidades beneficentes de assistência social, a Corte tem conferido interpretação extensiva à respectiva norma, ao passo que tem interpretado restritivamente as normas de isenção. (...) 5. A constatação de que um imóvel está vago ou sem edificação não é suficiente, por si só, para destituir a garantia constitucional da imunidade. A sua não utilização temporária deflagra uma neutralidade que não atenta contra os requisitos que autorizam o gozo e a fruição da imunidade. 6. Recurso extraordinário a que se nega provimento. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋5ϑ∋9∃∋Ε5∋ (STF, Primeira Turma, RE 385.091/DF, Min. Rel. Dias Toffoli, Julgamento em 06/08/2013) Certamente, tal divergência entre as turmas causa dúvidas no candidato sobre qual posicionamento levar para a prova. A orientação mais sensata é a de que seja seguido o mais recente julgamento, direcionado à manutenção da referida imunidade, em caso de imóvel vagos ou sem edificação. “Imóvel vago ou sem edificação” Preste atenção nestes termos para as provas da ESAF, já que a banca costuma “copiar e colar” as decisões do STF! Questão 20 – INÉDITA/2015 A constatação de que um imóvel está vago ou sem edificação não é suficiente, por si só, para destituir a garantia constitucional da imunidade. A sua não utilização temporária deflagra uma neutralidade que não atenta contra os requisitos que autorizam o gozo e a fruição da imunidade. Comentário: Questão no estilo da ESAF, isto é, “copia e cola” dsa ementas dos julgados do STF. Não se assuste se você vir uma questão igual a essa na sua próxima prova. Retrata o mais recente entendimento do STF. Por tal motivo, só pode estar correta. O STF também já considerou imune em relação ao ICMS incidente sobre a comercialização de bens produzidos pelas entidades previstas no art. 150, VI, “c”: “O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o RE 210.251 - EDv/SP, fixou entendimento segundo o qual as entidades de assistência social são imunes em relação ao ICMS incidente sobre a comercialização de bens por elas produzidos, nos termos do art. 150, VI, "c" da Constituição. Embargos de divergência conhecidos, mas improvidos.” (STF, RE 186.175 ED-EDv/SP, Pleno, Rel. Min. Ellen Gracie, Julgamento em 23/08/2006) Embora já tenha havido decisões em sentido contrário em ocasiões anteriores, atualmente, o entendimento predominante no STF é o de que a imunidade das entidades de assistência social abrange o ICMS incidente sobre a comercialização de bens por elas produzidos. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋34∋9∃∋Ε5∋ Esse posicionamento foi corroborado pelo STJ, no julgamento do RMS 46.170-MS, ao reafirmar que a jurisprudência do STF é firme no sentido de que a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da CF também se aplica ao ICMS, desde que a atividade seja relacionada com as finalidades essenciais da entidade. Contudo, o STJ (RMS 46.170-MS, julgado em 23/10/2014) ressaltou que tal imunidade não se aplica em relação ao ICMS decorrente da prática econômica desenvolvida por entidade de assistência social sem fins lucrativos que tem por finalidade realizar ações que visem à promoção da pessoa com deficiência, quando desempenhar atividade franqueada da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Admite-se a imunidade de ICMS incidente sobre os bens utilizados na prestação dos serviços específicos da entidade imune, mas sobre atividade econômica que foge dos seus fins institucionais. No caso concreto, a entidade alegava se tratar de Instituição de Educação e Assistência Social sem fins lucrativos e que, após processo licitatório, tornou- se franqueada da ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, cuja renda obtida é integralmente revertida aos seus fins institucionais. Em suma, defende que todos os resultados de eventuais vendas é revertido em benefício das suas atividades básicas e essenciais, e que a cobrança do ICMS resultaria em um déficit de receita, afetando a eficiência da assistência social, que substitui o papel que deveria ser exercido pelo Estado. Dessa forma, ainda que a renda obtida pela entidade seja revertida em prol de suas atividades essenciais, a imunidade em relação ao ICMS não pode ser concedida no caso, porquanto a atividade econômica fraqueada dos Correios foge dos fins institucionais da entidade, ou seja, o serviço prestado não possui relação com seus trabalhos na área de assistência social. Memorize para a prova: desempenho de atividade franqueada da ECT por entidade de assistência social sem fins lucrativos não a isenta do ICMS incidente sobre as operações. Ademais, ainda sobre a imunidade de tais entidades, o STF decidiu o seguinte: “Não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋35∋9∃∋Ε5∋ normas infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade.” (STF, RE 203.755/ES, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, Julgamento em 17/09/1996)Com base no entendimento de que o que importa é saber se o bem adquirido no mercado interno ou externo integra o patrimônio da entidade imune, o STF estendeu a citada imunidade às aquisições no mercado interno: ICMS. IMUNIDADE. (ART. 150, VI, C, DA CF). AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS NO MERCADO INTERNO. ENTIDADE BENEFICENTE. 1. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, c, da Constituição, compreende as aquisições de produtos no mercado interno, desde que os bens adquiridos integrem o patrimônio dessas entidades beneficentes. 2. Agravo regimental improvido. (STF, AI 535.922-AgR/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, Julgamento em 30/09/2008) No que se refere à figura do contribuinte de fato (adquirente de mercadorias ou serviços), o entendimento do STF é o mesmo aplicável à imunidade recíproca (também visto nesta aula): EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS. IMUNIDADE RECÍPROCA. IMPOSSIBLIDADE. BENEFÍCIO DA IMUNIDADE NÃO ALCANÇA CONTRIBUINTE DE FATO. AGRAVO IMPROVIDO. I – Entidade educacional que não é contribuinte de direito do ICMS relativo a serviço de energia elétrica, não tem benefício da imunidade em questão, uma vez que esta não alcança o contribuinte de fato. (STF, AI 731.786-AgR/SC, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Julgamento em 19/10/2010) Embora os dois últimos julgados se refiram a situações em que a entidade imune é contribuinte de fato, há uma diferença entre eles: no AI 535.922, os bens adquiridos passam a integrar o patrimônio da entidade; no AI 731.786 se refere a mero consumo do serviço de energia elétrica. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋33∋9∃∋Ε5∋ O que você precisa guardar pra prova é o seguinte: •! Se a questão mencionar que o bem foi adquirido e passou a integrar o patrimônio da entidade, haverá imunidade. •! Se houver apenas menção de que a entidade está na posição do contribuinte de fato, não haverá imunidade. Sobre as operações de importação, assim decidiu a Suprema Corte: EMENTA: TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE. OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA REALIZADA POR ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da Constituição Federal abrange o ICMS incidente sobre a importação de mercadorias utilizadas na prestação de seus serviços específicos. II - Agravo improvido. (STF, AI 669.257-AgR/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Julgamento em 17/03/2009) Temos ainda o seguinte: EMENTA: IOF. Imunidade tributária. Instituição de educação sem fins lucrativos. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, c, da Constituição, estende-se ao imposto sobre operações financeiras. Precedente: RE 230.128-AgR, 1ª T., 8.10.2002, Ellen Gracie, DJ 8.11.2002. (STF, RE 192.899/MG, Primeira Turma, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Julgamento em 20/06/2006) A decisão é autoexplicativa: as entidades citadas no art. 150, VI, c, da CF/88, gozam de imunidade em relação às suas operações financeiras que, em tese, estariam sujeitas ao IOF. Questão 21 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2011 A imunidade tributária conferida aos partidos políticos, às entidades sindicais dos trabalhadores e às instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, não abrange o imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou as relativas a títulos ou valores mobiliários. Comentário: Conforme posicionamento do STF, a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da CF/88, abrange o IOF. Questão errada. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋3Φ∋9∃∋Ε5∋ Observe que nas operações de importação e financeiras também há similaridade com a imunidade recíproca. No tocante às atividades exercidas pelas entidades imunes, o STF já estendeu o conceito ao ensino de línguas estrangeiras, conforme o julgado abaixo: “O ensino de línguas estrangeiras caracteriza-se como atividade educacional para aplicação da imunidade tributária (art. 150, VI, c, da Constituição). A distinção relevante para fins de aplicação da imunidade tributária é o conceito de ‘atividade assistencial’, isto é, a intensidade e a abrangência da prestação gratuita ou altamente subsidiada do ensino da língua inglesa a quem necessitar.” (STF, RMS 24.283-AgR-segundo, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgamento em 21/09/2010) Por fim, no que se refere às entidades fechadas de previdência privada que cobram contribuição dos seus beneficiários, também não estão albergadas pela imunidade ora em apreço. Previdência não é assistência social e, portanto, o STF entende descabida essa equiparação. Por outro lado, caso a entidade fechada de previdência privada não cobre contribuição dos seus beneficiários e seja custeada apenas com recursos do patrocinador, é possível considerá-la imune. Sobre o tema, segue abaixo importante súmula do STF: SÚMULA STF 730 - A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. Questão 22 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012 A imunidade tributária conferida pela CF a instituições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se houver contribuição dos beneficiários. Comentário: Nos termos da Súmula nº 730 do STF, a imunidade conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. Questão errada. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋3Ε∋9∃∋Ε5∋ 1.4 – Imunidade Cultural A imunidade cultural está prevista no art. 150, VI, d, e abrange os livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. Inicialmente, precisamos guardar o seguinte posicionamento do STF a respeito dessa imunidade: CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Extraia-se da Constituição Federal, em interpretação teleológica e integrativa, a maior concretude possível. IMUNIDADE – “LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E O PAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSÃO” – ARTIGO 150, INCISO VI, ALÍNEA “D”, DA CARTA DA REPÚBLICA – INTELIGÊNCIA. A imunidade tributária relativa a livros, jornais e periódicos é ampla, total, apanhando produto, maquinário e insumos. A referência, no preceito, a papel é exemplificativa e não exaustiva. (STF, RE 202.149/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Menezes Direito, Julgamento em 26/04/2011) O caso em análise refere-se à extensão da imunidade cultural também às peças sobressalentes para equipamentos de preparo e acabamento de chapas de impressão offset para jornais. Conforme a ementa do RE 202.149/RS, a imunidade tributária cultural pode ser considerada ampla, sendo utilizada como instrumento de estímulo à cultura. No entanto, não era esse o entendimento do STF até então. Cite-se, como exemplo, o texto restritivo da Súmula 657: SÚMULA STF 657- A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. Perceba que, à época da edição da referida súmula, nada foi dito a respeito dos outros insumos – que não sejam papel -, bem como dos maquinários. Da mesma forma, a imunidade cultural também não abrange as tintas para jornal, conforme o posicionamento explicitado abaixo: "Ementa: - Imposto de importação. Tinta especial para jornal. Não- ocorrência de imunidade tributária. - Esta Corte já firmou o entendimento (a título de exemplo, nos RREE 190.761, 174.476, 203.859, 204.234 e 178.863) de que apenas os materiais relacionados com o 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋3Γ∋9∃∋Ε5∋ papel - assim, papel fotográfico, inclusive para fotocomposicão por laser, filmes fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens monocromáticas e papel para telefoto - estão abrangidos pela imunidade tributária prevista no artigo 150, VI, "d", da Constituição. (...)” (STF, RE 273.308/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Moreira Alves, Julgamento em 22/08/2000) Por fim, ressaltamos que o Plenário do STF iniciou o julgamento do recurso extraordinário, admitido com repercussão geral, em que se discute o alcance da imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF, de modo a abarcar componentes eletrônicos que acompanham e complementam material didático impresso, utilizados em curso prático de montagem de computadores. Em breve, teremos notícias concretas sobre o tema. Questão 23 – INÉDITA/2015 No que se refere à imunidade prevista no art. 150, VI, “d”, da CF/88, apesar de o texto constitucional se referir apenas aos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, o entendimento do STF é o de que a imunidade alcança também a tinta utilizada para impressão de jornal. Comentário: Há entendimento expresso do STF (RE 273.308/SP), no sentido da não aplicabilidade da imunidade cultural à tinta para jornal. Questão errada. Você deve estar se perguntando nesse momento: “o que eu devo levar para a prova?” Boa pergunta, meu amigo! Como trata-se de um assunto em processo de mudança no entendimento da Suprema Corte, o ideal é que você decore os objetos que estão sendo tratados em cada julgado. A banca tenderá a cobrar a literalidade. Sendo assim, caso a questão mencione tinta para jornal, você vai considerar não imune. Se, por outro lado, o examinador redigir a assertiva, dizendo que a imunidade cultural é ampla, abrangendo produto, maquinário e insumos, você considera imune! Combinado? Acrescente-se que não há proteção constitucional à prestação de serviços de composição gráfica a terceiros: Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. LIVRO, JORNAL, PERIÓDICO E O PAPEL DESTINADO À RESPECTIVA IMPRESSÃO. PRETENDIDA EXTENSÃO AOS SERVIÇOS DE COMPOSIÇÃO GRÁFICA E DE IMPRESSÃO POSTOS À DISPOSIÇÃO DO MERCADO CONSUMIDOR. IMPOSSIBILIDADE. ART. 150, VI, D DA CONSTITUIÇÃO. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, d da Constituição não alcança os serviços de composição 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋36∋9∃∋Ε5∋ gráfica ou de impressão onerosos, oferecidos a terceiros interessados. (STF, RE 723.018-AgR/MG,Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgamento em 06/03/2012) Questão 24 – CESPE/JUIZ-TJ-CE/2012 A imunidade tributária conferida aos livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão estende-se aos serviços de composição gráfica necessários à composição do produto final. Comentário: Conforme o entendimento do STF, não há extensão da imunidade cultural aos serviços de composição gráfica. Dessa forma, a questão está errada. Faz-se necessário saber também que a imunidade cultural é objetiva, não se estendendo, por exemplo, às editoras, aos autores etc. EMENTA: TRIBUTÁRIO. ANISTIA DO ART. 150, VI, D, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IPMF. EMPRESA DEDICADA À EDIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE LIVROS, JORNAIS, REVISTAS E PERIÓDICOS. Imunidade que contempla, exclusivamente, veículos de comunicação e informação escrita, e o papel destinado a sua impressão, sendo, portanto, de natureza objetiva, razão pela qual não se estende às editoras, autores, empresas jornalísticas ou de publicidade -- que permanecem sujeitas à tributação pelas receitas e pelos lucros auferidos. Consequentemente, não há falar em imunidade ao tributo sob enfoque, que incide sobre atos subjetivados (movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira). Recurso conhecido e provido. (RE 206.774, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 3/8/1999) Ainda sobre o conceito objetivo da imunidade cultural, a jurisprudência do STF é firme no sentido de que os serviços de distribuição de livros, jornais e periódicos não são considerados imunes: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ISS. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ALÍNEA “D” DO INCISO VI DO ART. 150 DA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA. DISTRIBUIÇÃO DE PERIÓDICOS, REVISTAS, PUBLICAÇÕES, JORNAIS E LIVROS. NÃO ABRANGÊNCIA. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que me parece juridicamente correta, é firme no sentido de que a distribuição de periódicos, revistas, publicações, jornais e livros não está abrangida pela imunidade tributária da alínea “d” do inciso VI do art. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋3Η∋9∃∋Ε5∋ 150 do Magno Texto 2. Agravo regimental desprovido. (STF, RE 630.462-AgR/PR, Segunda Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Julgamento em 07/02/2012) Nesse mesmo sentido, não são consideradas imunes as operações financeiras realizadas pelas empresas que fabricam os produtos imunes: "Ementa: (...) II – A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da Lei Maior não abrange as operações financeiras realizadas pela agravante. III – Agravo regimental improvido." (STF, RE 504.615-AgR/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Julgamento em 03/05/2011) Além disso, não há que se falar em análise do valor cultural, como requisito para conceder a imunidade. Nessa linha, temos o seguinte julgado: “EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. ART. 150, VI, "D" DA CF/88. "ÁLBUM DE FIGURINHA". ADMISSIBILIDADE. 1. A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. 2. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. (...)” (STF, RE 221.239/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25/05/2004) De acordo com o STF, “os álbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos estão alcançados pela imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal”. A referida imunidade também abrange as apostilas: “EMENTA: IMUNIDADE. IMPOSTOS. LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E PAPEL DESTINADOÀ IMPRESSÃO. APOSTILAS. O preceito da alínea "d" do inciso VI do artigo 150 da Carta da República alcança as chamadas apostilas, veículo de transmissão de cultura simplificado.” (STF,RE 183.403/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Marco Aurélio, Julgamento em 07/11/2000) 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋3Ι∋9∃∋Ε5∋ O julgado acima trata das apostilas impressas, mas não de apostilas virtuais, como o CESPE já abordou na questão abaixo: Questão 25 – CESPE/JUIZ-TJ-ES/2011 Manuais técnicos no formato de apostilas virtuais não gozam da imunidade tributária conferida aos livros, visto que só é considerado livro, para efeitos fiscais, o que pode ser impresso e identificado como tal. Comentário: Como foi estudado até o momento, o STF somente possui jurisprudência pacífica no que se refere às apostilas impressas. No que se refere a livros, jornais e revistas eletrônicos, o tema será decidido com repercussão geral no RE 330.817/RJ. Por hora, a meu ver, a questão deveria ter sido considerada correta pelo CESPE. Poderíamos até forçar algumas interpretações, mas isso não vem ao caso. Questão errada. Destaque-se que a inserção de anúncios e publicidade em listas telefônicas, com o objetivo de permitir a divulgação das informações a custo zero para os assinantes, não descaracteriza a imunidade em tela: “EMENTA: IMUNIDADE. LISTAS TELEFÔNICAS. ANÚNCIO E PUBLICIDADE. O fato de as edições das listas telefônicas veicularem anúncios e publicidade não afasta o benefício constitucional da imunidade. A inserção visa a permitir a divulgação das informações necessárias ao serviço público a custo zero para os assinantes (...).” (RE 199.183/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 17/4/1998) Questão 26 – INÉDITA/2015 O fato de as edições das listas telefônicas veicularem anúncios e publicidade afasta o benefício constitucional da imunidade. Comentário: Não foi isso que estudamos. De acordo com o STF, o fato de as listas telefônicas veicularem anúncios não afasta a imunidade do art. 150, VI, “d”. O objetivo da publicidade é permitir a divulgação das listas a custo zero para os assinantes. Questão errada. No entanto, é de se ressaltar que os encartes de propaganda com exclusiva índole comercial não podem ser considerados imunes, como vemos a seguir: “EMENTA: TRIBUTÁRIO. ENCARTES DE PROPAGANDA DISTRIBUÍDOS COM JORNAIS E PERIÓDICOS. ISS. ART. 150, VI, d, DA CONSTITUIÇÃO. Veículo publicitário que, em face de sua natureza propagandística, de exclusiva índole comercial, não pode ser considerado como destinado à cultura 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋3ϑ∋9∃∋Ε5∋ e à educação, razão pela qual não está abrangido pela imunidade de impostos prevista no dispositivo constitucional sob referência, a qual, ademais, não se estenderia, de qualquer forma, às empresas por eles responsáveis, no que concerne à renda bruta auferida pelo serviço prestado e ao lucro líquido obtido.” (RE 213.094/ES, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 22/6/1999) 1.5 – Demais Imunidades da CF/88 Vamos tratar neste tópico dos principais julgados, referentes às demais imunidades distribuídas no texto constitucional. 5. Vilipêndio do dever fundamental de prestação de serviços de saúde (art. 196 da Constituição), pois o bem tributado é equipamento médico (sistema de tomografia computadorizada). Impossibilidade. Não há imunidade à tributação de operações ou bens relacionados à saúde. Leitura do princípio da seletividade. (STF, RE 429.306/PR, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgamento 01/02/2011) Para facilitar a compreensão, segue abaixo trecho do voto do Min. Rel. Joaquim Barbosa: O princípio da seletividade impõe que o poder público gradua a carga tributária conforme a essencialidade da operação ou do produto. Isto não significa haver imunidade, ainda que as operações ou os bens sejam essenciais ao ser humano. Em especial, há que ser considerado o princípio da capacidade contributiva, da concorrência e da livre iniciativa, considerado o postulado da solidariedade no custeio das atividades estatais. Sobre o assunto, o CESPE já cobrou a seguinte assertiva: Questão 27 – CESPE/PROCURADOR-MP-TCDF/2013 Conforme jurisprudência do STF fundamentada no princípio da seletividade, operações e bens relacionados à saúde são imunes a tributação. Comentário: Não há que se alegar que os bens essenciais ao ser humano devem ser imunes, por conta do princípio da seletividade. Há outros princípios que devem ser levados em consideração, como o da capacidade contributiva, da concorrência e da livre iniciativa. Questão errada. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋Φ4∋9∃∋Ε5∋ Outro ponto a ser destacado diz respeito à imunidade sobre as contribuições sociais bem como as CIDE, no que se refere a operações de exportação: “Ementa: (...) 4. A imunidade prevista no art. 149, § 2º, I, da Constituição, introduzida pela Emenda Constitucional nº 33/2001, não alcança a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), haja vista a distinção ontológica entre os conceitos de lucro e receita. (...) 7. A norma de exoneração tributária prevista no art. 149, § 2º, I, da Constituição também não alcança a Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), pois o referido tributo não se vincula diretamente à operação de exportação. A exação não incide sobre o resultado imediato da operação, mas sobre operações financeiras posteriormente realizadas. 8. Recurso extraordinário a que se nega provimento.” (STF, RE 474.132/SC, Pleno, Rel. Min Gilmar Mendes, Julgamento em 12/08/2010) Veja que, para o STF, o conceito de exportação é restrito, não se entendendo para outras situações decorrentes daquela. Questão 28 – INÉDITA/2015 O STF entende que a imunidade referente às contribuições sociais e contribuições de intervenção no domínio econômico sobre receitas decorrentes de operações de exportação abrange também a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, dado que o lucro pressupõe receita. Comentário: O entendimento do STF é o de que somente a operação diretamente relacionada à exportação está imune à tributação. Questão errada. No que se refere à imunidade prevista no art. 195, § 7º, da CF/88, é importante destacar alguns entendimentos já firmados pelo STF e que foram objeto de cobrança na última prova para Auditor-Fiscal da Receita Federal, aplicada em 2014. Conforme preceitua o referido dispositivo, são imunes de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social, desde que atendidos os requisitos da lei. A lei 12.101/2009, que regulamentou as regras de constituição e funcionamento das entidades imunes, exigiu a emissão de um certificado para que reconhece aptidão delas para gozar da imunidade. O certificado ao qual 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋>+Χ∀<−∋Φ5∋9∃∋Ε5∋ estamos nos referindo é o CEBAS (Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social). Ocorre que periodicamente, a entidade imune deve renovar o CEBAS, seguindo as regras vigentes no momento da renovação, caso haja alguma alteração. Sobre o tema, vejamos a seguinte ementa do STF: 1. Nenhuma imunidade tributária é absoluta, e o reconhecimento da observância aos requisitos legais que ensejam a proteção constitucional dependem da incidência da norma aplicável no momento em que o controle da regularidade é executado, na periodicidade indicada pelo regime de regência. 2. Não há direito adquirido a regime jurídico relativo à imunidade tributária. A concessão de Certificado de Entidade Beneficente - Cebas não imuniza a instituição contra novas verificações ou exigências, nos termos do regime jurídico aplicável no momento em que o controle é efetuado. Relação jurídica de trato sucessivo. 3. O art. 1º, § 1º do Decreto-lei 1.752/1977 não afasta a obrigação de a entidade se adequar a novos regimes jurídicos pertinentes ao reconhecimento dos requisitos que levam à proteção pela imunidade tributária. (...) (STF, Segunda Turma, RMS 26.932/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Julgamento em 01/12/2009) De acordo com o que foi exposto, o STF entende que não ofende a CF/88 a exigência de emissão e renovação periódica do CEBAS. Neste caso, não há direito adquirido ao regime jurídico relativo à imunidade tributária, isto é, em caso de renovação, a entidade se sujeita às novas leis que porventura tenham alterado os requisitos e condições para renovação do CEBAS. Explique-se melhor: para a emissão do CEBAS, a entidade deve se adequar aos requisitos legais naquele momento. Posteriormente, na época da renovação, não há alegação de direito adquirido ao regime jurídico anterior, ou seja, devendo se sujeitar à legislação superveniente. Vamos ver como a ESAF cobrou? Questão 29 – ESAF/AFRFB/2014 O entendimento do Supremo Tribunal Federal, no que toca à imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistência social, é no sentido de que a jurisprudência do STF é no sentido de afirmar a existência de direito adquirido ao regime jurídico da imunidade das entidades filantrópicas. 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋Φ3∋9∃∋Ε5∋ Comentário: Não há direito adquirido ao regime jurídico da imunidade. Nesse sentido, se a entidade desejar renovar o CEBAS, fica obrigada a cumprir os requisitos previstos em legislação superveniente. Questão errada. Questão 30 – ESAF/AFRFB/2014 O entendimento do Supremo Tribunal Federal, no que toca à imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistência social, é no sentido de que a exigência de renovação periódica do CEBAS, por parte das entidades filantrópicas, a cada três anos, ofende o disposto na Constituição Federal. Comentário: De acordo com o STF, não há qualquer violação à CF/88 a exigência de renovação periódica do CEBAS. Questão errada. Já disse e volto a repetir: a ESAF “copia e cola” as decisões do STF e STJ. Assim, o caminho mais simples é ler, entender e memorizar, pois é desse jeito que cai na prova! Por fim, ressaltamos o entendimento do STF no sentido de que a entidade que satisfaz os requisitos da lei, faz jus à imunidade, não podendo ser obstada por autoridade administrativa, com o objetivo de restringir a eficácia do disposto no art. 195, § 7º, da CF/88 (norma que prevê a imunidade): A Associação Paulista da Igreja Adventista do Sétimo Dia, por qualificar-se como entidade beneficente de assistência social - e por também atender, de modo integral, as exigências estabelecidas em lei - tem direito irrecusável ao benefício extraordinário da imunidade subjetiva relativa às contribuições pertinentes à seguridade social. (...) Tratando-se de imunidade - que decorre, em função de sua natureza mesma, do próprio texto constitucional -, revela-se evidente a absoluta impossibilidade jurídica de a autoridade executiva, mediante deliberação de índole administrativa, restringir a eficácia do preceito inscrito no art. 195, § 7º, da Carta Política, para, em função de exegese que claramente distorce a teleologia da prerrogativa fundamental em Referência, negar, à entidade beneficente de assistência social que satisfaz os requisitos da lei, o benefício que lhe é assegurado no mais elevado plano normativo. (STF, Primeira Turma, RMS 22.192/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Julgamento em 28/11/1995) Sobre tal assunto, a ESAF já se manifestou da seguinte maneira: 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋ΦΦ∋9∃∋Ε5∋ Questão 31 – ESAF/AFRFB/2014 O entendimento do Supremo Tribunal Federal, no que toca à imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistência social, é no sentido de que tratando-se de imunidade – que decorre, em função de sua natureza mesma, do próprio texto constitucional –, revela-se evidente a absoluta impossibilidade jurídica de, mediante deliberação de índole legislativa, restringir a eficácia do preceito. Comentário: O texto foi retirado das decisões do STF, e a banca alterou “índole administrativa” por “índole legislativa”. Pura malícia do examinador. Contudo, bastava conhecer o conceito dos serviços assistenciais para acertar esta questão. Questão errada. 2 – ASSUNTO EXTRA Colega concurseiro(a), ao lançar o curso, eu criei um compromisso em buscar prepará-lo ao máximo para ser aprovado nesse concurso. Por esse motivo, mesmo não se tratando de jurisprudência, trago até você uma grande novidade na seara do Direito Tributário, passível de ser cobrada em provas. Refiro-me a uma emenda constitucional recente, que afeta diretamente o tema estudado na aula de hoje. Trata-se da EC 75/2013, denominada PEC da Música. Vamos ver o que diz o seu texto: “Art. 1º O inciso VI do art. 150 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido da seguinte alínea e: e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.” O que isso significa? A emenda trouxe mais uma imunidade tributária, a ser prevista no art. 150, VI, da CF/88. Sabendo que imunidade é uma forma de não incidência constitucionalmente qualificada, qual seria, portanto, a limitação imposta ao Estado pela EC 75/2013? Ora, está vedado a todos os entes federativos instituir impostos (e não tributos, como as bancas adoram cobrar) sobre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral 76550345162 76550345162 - Marcos Vinicius Luiz Souza !∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋ 7∗#8&∋9∃∋:∗#∀8,#∗9;<=∀−∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗Α−∋43∋ >#&?≅∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΒΒΒ≅∃8%#−%∃Χ∀−=&<=∗#8&8≅=&∆≅)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ >+Χ∀<−∋ΦΕ∋9∃∋Ε5∋ interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham. Destaque-se que a etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser foi excepcionada, não estando, por conseguinte, imune aos impostos.
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