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UNIDADE 3 - MICRONUTRIENTES

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FUNDAMENTOS DA NUTRIÇÃO
UNIDADE 3 - MICRONUTRIENTES
Autoria: Tatiane Melo de Oliveira; Helena Maia Almeida; Mércia Silva de Souza 
- Revisão técnica: Aline Rocha Rodrigues
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Introdução
Qual é a importância dos nutrientes presentes nos alimentos? Considerando que a alimentação é responsável
pelo fornecimento dos macro e micronutrientes, precisamos conhecer estas substâncias indispensáveis para o
funcionamento adequado do organismo. Nesta unidade vamos estudar os micronutrientes.
Você sabe quais são os nutrientes identificados como micronutrientes? Estamos falando das vitaminas,
classificadas conforme sua solubilidade, em lipossolúveis e hidrossolúveis, e dos minerais, divididos em
macrominerais e microminerais, de acordo com sua necessidade de ingestão diária.
Entre as inúmeras funções importantes que exercem em nosso organismo, os micronutrientes são responsáveis
pela manutenção dos processos fisiológicos. Você sabia, por exemplo, que nossa necessidade diária de
micronutrientes é menor do que nosso consumo de macronutrientes?
Vamos conhecer agora as recomendações de ingestão diária para indivíduos adultos e saudáveis. Além disso,
estudaremos as funções dos micronutrientes; vamos aprender em quais alimentos podemos encontrá-los e
entender também como funciona seu processo de absorção. Ficou curioso? Então, vamos lá!
Bons estudos!
3.1 Vitaminas lipossolúveis
As vitaminas são compostos orgânicos essenciais para reações metabólicas específicas no meio celular e também
para o funcionamento, manutenção, reprodução, desenvolvimento e crescimento normal do organismo.
Presentes em diversos alimentos de origem animal e vegetal, podemos dizer que a maior fonte das vitaminas são
os alimentos in natura, ou seja, alimentos não processados. As vitaminas estão divididas em dois grupos,
classificados de acordo com a capacidade de solubilidade. Neste tópico vamos conhecer as vitaminas
lipossolúveis (A, D, E, K), encontradas em alimentos com maior teor de gordura.
Insolúveis na água, as vitaminas lipossolúveis são compostas por carbono, hidrogênio e oxigênio. Sua absorção
ocorre de forma passiva, ou seja, sem gasto de energia no trato intestinal, necessitando dos lipídios dietéticos
para serem transportadas. A principal via de eliminação é a fecal, podendo haver uma discreta excreção pela via
urinária. A seguir vamos estudar as funções das vitaminas lipossolúveis no nosso organismo (CARDOSO;
SCAGLIUSI, 2019; SANTOS; GOMES, 2014; MAHAN, 2013). Acompanhe!
3.1.1 Vitamina A
A vitamina A pode ser encontrada no organismo de três formas: retinol (forma como o fígado armazena a
vitamina A), retinaldeído e ácido retinóico. Entre suas funções destacam-se: função visual, diferenciação celular,
crescimento e desenvolvimento, processo de reprodução e imunidade.
- -3
A deficiência de vitamina A está relacionada, principalmente, com a cegueira noturna e xeroftalmia (olho seco).
3.1.2 Vitamina D
É conhecida como a vitamina da luz solar, pois com uma adequada exposição ao sol podemos produzi-las, por
meio da interação entre a luz ultravioleta e o colesterol da pele. Entre as suas funções destacam-se: associação
com a absorção e o equilíbrio de cálcio e fósforo, e formação e manutenção dos ossos e dentes, conforme
podemos observar na figura a seguir.
VOCÊ SABIA?
A hipovitaminose A é um problema de saúde pública e atinge, principalmente, crianças
menores de cinco anos no Brasil. Por esse motivo, desde 2003, o Ministério da Saúde adota o
Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A e distribui megadoses para crianças, a
partir dos seis meses de vida. Essa deficiência pode ser primária, devido à baixa ingestão deste
nutriente, ou secundária, quando há baixa absorção, neste caso pode estar associada ao
consumo insuficiente de gorduras, alteração na secreção pancreática ou biliar, doenças
relacionadas ao transporte desta vitamina e até mesmo desnutrição proteico-calórica. Entre os
sinais de deficiência de vitamina A podemos citar a redução da acuidade visual,
principalmente, no escuro, conhecida como nictolapia (BRASIL, 2013).
- -4
Figura 1 - Fontes de vitamina D
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em GALLAGHER, 2013.
 a figura anterior apresenta, de forma resumida, como podemos obter a vitamina D, a partir de#PraCegoVer:
uma dieta ou via exposição solar. Ela demonstra a conversão da vitamina D3 para calcitriol no nosso organismo e
sua consequente atuação. No intestino é responsável por aumentar a absorção de cálcio e fosfato, nos nossos
ossos contribui com a reabsorção de cálcio e fosfato, e nos rins diminui a excreção de cálcio pela urina.
A deficiência da vitamina D está associada ao prejuízo no 
crescimento e desenvolvimento infantil, gerando raquitismo; no 
adulto causa redução da densidade e da massa óssea, podendo 
ocasionar fraturas, osteomalácia, osteoporose e osteopenia.
- -5
3.1.3 Vitamina E
A vitamina E é considerada um nutriente importante para o desenvolvimento das ações antioxidantes no
organismo, protegendo o corpo dos efeitos nocivos causados pelos radicais livres. Desta forma, podemos dizer
que ela combate o estresse oxidativo.
Vale destacar que a deficiência de vitamina E é rara, considerando a grande disponibilidade dietética, mas
quando acontece atinge, principalmente, o sistema neuromuscular, vascular e reprodutivo, causando fraqueza
muscular, perda de reflexos, variação da coordenação motora e do equilíbrio, e alterações visuais.
3.1.4 Vitamina K
A vitamina K pode ser encontrada em três formas: as filoquinonas (K1), sua forma natural, sintetizada por
vegetais verdes; as menaquinonas (K2), sintetizadas pelas bactérias do trato gastrointestinal; e as menadionas
(K3), mais potente, sendo um composto sintético.
Entre as funções da vitamina K podemos destacar: coagulação sanguínea, por meio da síntese das proteínas
envolvidas nesse processo, formação óssea e regulação vascular. O principal sinal de deficiência da vitamina K é
a hemorragia, que pode levar à anemia fatal, em casos mais graves.
3.1.5 Fontes e recomendações nutricionais
As vitaminas lipossolúveis são encontradas em alimentos que, normalmente, possuem um alto teor de gordura.
As suas recomendações variam de acordo com a necessidade, faixa etária e condição de saúde ou fisiológica do
indivíduo.
Confira no quadro, a seguir, as fontes alimentares das vitaminas 
lipossolúveis e suas recomendações, de acordo com as 
Recomendações Nutricionais Diárias (DRIs).
VOCÊ QUER VER?
As vitaminas são fundamentais para o bom funcionamento do corpo. Apesar de serem
necessárias ingestões diárias de valores considerados baixos, o consumo adequado é essencial
para a manutenção da nossa saúde e prevenção de algumas doenças. O vídeo Vitaminas: Dicas
(VITAMINAS, 2013) apresenta de forma resumida as fontes dee Informações Nutricionais 
vitaminas, formas de absorção e fatores que interferem na biodisponibilidade. Disponível em: 
.https://www.youtube.com/watch?v=FvHK8wFg4oM
https://www.youtube.com/watch?v=FvHK8wFg4oM
- -6
Tabela 1 - Alimentos e vitaminas lipossolúveis
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GALLAGHER, 2013.
 a tabela anterior contém uma lista de alimentos que são fontes de vitaminas lipossolúveis, ou#PraCegoVer:
seja, as vitaminas A, D, E e K. O quadro apresenta também as recomendações nutricionais diárias de cada
vitamina para homens e mulheres. O fígado, a gema de ovo e os vegetais e frutas amarelo e alaranjados, por
exemplo, são fontes de vitamina A, sendo indicada a ingestão diária de 900 mcg para homens e 700 mcg para
mulheres. Os óleos de fígado de peixes são fontes de vitamina D e a sua ingestão deve ser de 400 UI/dia, tanto
para homens, como para mulheres. O gérmen de trigo e óleos vegetais, por sua vez, são fontes da vitamina E e,
neste caso, a recomendação é de 15 mg/dia para homens e mulheres. Por fim, temos o vegetais de folhas verdes
como fontes de vitamina K, sendo sua ingestão diária de 120 mcg para homens e 90 mcg para mulheres.
Você já aprendeu sobre as funções, deficiência, fontesalimentares e 
recomendações de cada vitamina que faz parte do grupo 
lipossolúveis, agora vamos abordar, de uma forma geral, o 
metabolismo deste tipo de vitamina.
3.1.6 Metabolismo das vitaminas lipossolúveis
Cada vitamina lipossolúvel possui sua especificidade no processo de digestão e absorção, mas, considerando
suas características de solubilidade, ambas dependem dos lipídeos para serem absorvidas e transportadas.
Neste sentido, seu processo de digestão e absorção ocorre semelhante ao das gorduras, necessitando de uma
quantidade mínima de gordura na dieta. Além disso, as vitaminas lipossolúveis dependem dos sais biliares e
suco pancreático para serem digeridas. O seu armazenamento, normalmente, acontece no fígado ou tecido
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suco pancreático para serem digeridas. O seu armazenamento, normalmente, acontece no fígado ou tecido
adiposo e sua excreção ocorre por meio das fezes.
3.2 Vitaminas hidrossolúveis
Vamos estudar agora as vitaminas hidrossolúveis, que, diferentemente das vitaminas lipossolúveis, possuem
solubilidade em água. Estamos falando do ácido ascórbico (Vitamina C) e das vitaminas do Complexo B: a
tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina (B3), ácido pantotênico (B5), piridoxina (B6), biotina (B7), ácido fólico
(B9), cobalamina (B12).
Uma das características das vitaminas hidrossolúveis diz respeito ao seu processo de armazenamento, pouco
significativo no organismo, responsável por deixá-las mais propícias à deficiência, caso não ocorra a ingestão
diária recomendada (CARDOSO; SCAGLIUSI, 2019; SANTOS; GOMES, 2014; MAHAN, 2013). Ficou interessado?
Vamos aprender mais sobre estas vitaminas a seguir.
3.2.1 Vitamina B1
A principal função da tiamina no organismo é sua participação no metabolismo energético, especialmente, dos
carboidratos, incluindo o piruvato e outros cetoácidos, além de estar associada também com a função neural.
A deficiência de B1 pode atingir o sistema nervoso e cardiovascular, e resultar na doença de deficiência beribéri,
ocasionando confusão mental, perda muscular, edema, pulso acelerado, aumento da pressão sanguínea, entre
outros.
3.2.2 Vitamina B2
A riboflavina é um nutriente fundamental para que os processos metabólicos dos macronutrientes ocorram de
maneira adequada, além de agir como componente de coenzimas, desempenhando papel antioxidante.
A sua deficiência está associada ao surgimento de fissuras nos lábios (queilose), inchaço na língua e mudança de
coloração (glossite), rachaduras na pele do canto dos lábios (estomatite angular), além de alterações visuais com
lacrimejamento e prurido.
3.2.3 Vitamina B3
A niacina faz parte das coenzimas nicotinamida adenina dinucleotídio (NAD) e nicotinamida adenina
dinucleotídio fosfato (NADP), que desempenham importante papel no metabolismo e geração de energia em
todas as células do organismo.
A sua deficiência inicial gera fraqueza muscular, anorexia, indigestão e erupções cutâneas, e, à medida que se
torna grave, leva ao surgimento da pelagra, doenças conhecidas pelos 3D (dermatite, demência e diarreia).
3.2.4 Vitamina B5
O ácido pantotênico é um dos componentes da coenzima A que participa do metabolismo dos macronutrientes
para geração de energia, além de atuar na síntese de hormônios esteroides e colesterol.
Por ser um nutriente que possui grande distribuição nos alimentos, sua deficiência é rara, mas pode ocasionar
alterações nos pés, com sensação de queimação e parestesia (sensações que podem variar, como calor, frio e até
formigamento, sem que haja estímulos), além de fraqueza, fadiga, insônia e depressão.
- -8
3.2.5 Vitamina B6
A vitamina B6 compõe a piridoxina, piridoxal e piridoxamina, coenzimas envolvidas no metabolismo das
proteínas, ácidos graxos, triptofano, além de atuar na liberação de glicogênio pelo fígado e músculo, e ainda no
 funcionamento cerebral por meio da regulação da síntese de neurotransmissores. A sua deficiência causa
alterações dermatológicas e neurológicas, acarretando fraqueza, insônia, irritabilidade, dermatite, glossite,
 estomatite, entre outras.
3.2.6 Vitamina B7
A biotina participa do processo de gliconeogênese e atua na degradação de alguns aminoácidos, como ácido
aspártico, serina e treonina, além de participar da síntese e na oxidação de ácidos graxos.
A sua deficiência é rara, considerando que está presente em diversos alimentos, além disso, o metabolismo de
microrganismos intestinais contribui para a produção desta vitamina. Entretanto, nos poucos casos registrados,
verificou-se sinais de anorexia, náuseas, vômitos, dermatites, glossite, depressão, esteatose hepática e
hipercolesterolemia.
3.2.7 Vitamina B9
O folato ou ácido fólico atua como coenzima no metabolismo de aminoácidos e nucleotídeos por meio da adoção
de carbono. Além disso, participam da síntese de DNA e RNA e na medula óssea atua na produção das hemácias e
leucócitos. Desta forma, a sua deficiência causa a anemia megaloblástica, fraqueza generalizada, distúrbios
gastrointestinais e defeitos do tubo neural. A suplementação materna de ácido fólico é recomendada nos dois
meses que antecedem e no período inicial da gestação. Durante os primeiros meses de formação do feto ocorre
também o desenvolvimento do tubo neural. Devido a sua participação na formação desta estrutura neurológica,
essa vitamina reduz as chances do desenvolvimento de um bebê com anencefalia (ausência do encéfalo ou da
caixa craniana), retardo mental e com dificuldades de aprendizagem escolar (BRASIL, 2012).
3.2.8 Vitamina B12
A vitamina B12 representa a família das cobalaminas, que desempenham papel fundamental para o adequado
funcionamento de todas as células, principalmente aquelas localizadas no trato gastrintestinal, na medula óssea
e nos tecidos nervosos, estando vinculada à formação da bainha de mielina, estrutura que compõe nossos
neurônios.
VOCÊ QUER LER?
A deficiência de cobalamina é frequente na população idosa e entre indivíduos que adotam
uma alimentação vegetariana e/ou hipoproteica, além de estar associada à inadequada
absorção intestinal. Para compreender mais sobre os aspectos clínicos dessa hipovitaminose,
que se relaciona com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, distúrbios hematólicos
e neurológicos, confira o artigo “Vitamina B12 (Cobalamina): aspectos clínicos de sua
deficiência” (SILVA, 2019). Disponível em: http://revistaadmmade.estacio.br/index.php
 ./rrsfesgo/article/viewFile/7196/47966168
http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/rrsfesgo/article/viewFile/7196/47966168
http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/rrsfesgo/article/viewFile/7196/47966168
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A deficiência da Vitamina B12 causa prejuízos no processo de divisão celular, acarretando células anormais, com
o tamanho aumentado, causando a anemia megaloblástica, característica relacionada à deficiência secundária de
folato. Os sintomas incluem fraqueza nas pernas, formigamento e queimação nos pés, raciocínio prejudicado e
depressão.
3.2.9 Vitamina C
A vitamina C ou ácido ascórbico é considerado um excelente antioxidante. Atua auxiliando na absorção e
transporte do ferro, oferece resistência contra infecções pelo seu envolvimento com atividades imunológicas e
atua na manutenção do colágeno, que compõe diversos tecidos do corpo, como a cartilagem, a derme e os ossos.
Além disso, desempenha importante papel na biossíntese das catecolaminas (adrenalina, noradrenalina,
dopamina) e atua em processos celulares de oxirredução (MANELA-AZULAY, 2003).
A deficiência da Vitamina C pode ocasionar escorbuto, uma doença que provoca alteração na cavidade oral, com
sangramentos e formação de edema das gengivas, causando perda de dentes, fadiga, letargia, lesões cutâneas,
dores nos membros inferiores, atrofia muscular, conforme figura a seguir.
VOCÊ O CONHECE?
O cirurgião da marinha britânica, James Lind (1716-1794), autor do , deTratado do Escorbuto
1746, realizou o primeiro estudo sobre esta doença. Seu livro traz relatos sobre a provável
cura ou prevenção para o escorbuto. O médico fez uma pesquisa com 12 marinheiros queapresentavam os sintomas. Para ele, a alimentação, em especial, as frutas cítricas, promoviam a
cura ou a prevenção da doença. Na sua pesquisa, seis participantes que ingeriram limão e
laranja conseguiram reduzir os sintomas em seis dias (MORAN , 2013).et al
- -10
Figura 2 -
Sintomatologia da doença escorbuto
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em GALLAGHER, 2013.
 na imagem anterior apresentamos a sintomatologia da doença escorbuto, que envolve:#PraCegoVer:
sangramento das gengivas e necrose, articulações edemaciadas e inflamadas, manchas escuras na pele, fraqueza
muscular e boca inchada e ulcerada.
Além disso, a deficiência da Vitamina C pode gerar comprometimento na cicatrização, fraqueza, edema e
hemorragias.
3.2.10 Fontes alimentares e recomendações
As vitaminas hidrossolúveis estão presentes em uma variedade de alimentos, tanto de origem animal, quanto
vegetal. As suas recomendações podem variar de acordo com a necessidade, faixa etária e condição de saúde ou
fisiológica do indivíduo. Confira no quadro, a seguir, as respectivas fontes alimentares das vitaminas
hidrossolúveis e suas recomendações seguindo as Recomendações Nutricionais Diárias (DRIs).
- -11
Tabela 2 - Alimentos e vitaminas hidrossolúveis
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GALLAGHER, 2013.
 a tabela anterior contém uma lista de alimentos que são fontes de vitaminas hidrossolúveis, ou#PraCegoVer:
seja, as vitaminas tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina (B3), ácido pantotênico (B5), piridoxina (B6), biotina
(B7), ácido fólico (B9), cobalamina (B12) e o ácido ascórbico (Vitamina C). O quadro apresenta também as
recomendações nutricionais diárias de cada vitamina para homens e mulheres. A carne de porco magra, gérmen
- -12
(B7), ácido fólico (B9), cobalamina (B12) e o ácido ascórbico (Vitamina C). O quadro apresenta também as
recomendações nutricionais diárias de cada vitamina para homens e mulheres. A carne de porco magra, gérmen
de trigo, músculo, carnes magras, gema de ovo e peixe, por exemplo, são fontes de vitamina B1, sendo indicada a
ingestão diária de 1,2 mg/dia para homens e 1,1 mg/dia para mulheres. O leite, queijos, carnes magras,
leveduras, ovos, leguminosas e vegetais de folhas verde-escuras são fontes de vitamina B2 e a sua ingestão deve
ser de 1,3 mg/dia para homens e 1,1 mg/dia para mulheres. Carnes, leite, ovos, levedo de cerveja e amendoim
são fontes de vitamina B3, e, neste caso, a recomendação é de 16 mg/dia para homens e 14 mg/dia para
mulheres. Ovo, rim, fígado, coração, leveduras, abacate, brócolis, cogumelo, batata-doce e carne bovina são
fontes de vitamina B5 e a sua ingestão deve ser de 5 mg/dia para homens e mulheres. Carnes, grãos integrais,
nozes, leguminosas, batatas, espinafre, feijões, banana e aveia, por sua vez, são fontes da vitamina B6, e a sua
ingestão deve ser de 1,3 mg/dia para homens e mulheres. Rim, fígado, gema de ovo, feijão de soja, leveduras,
peixes, nozes e farinha de aveia são fontes de vitamina B7, e, neste caso, a recomendação é de 30 mcg/dia para
homens e mulheres. Fígado, cogumelos, vegetais folhosos verdes, carne bovina magra e batata são fontes de
vitamina B9, e a sua ingestão deve ser de 400 mcg/dia para homens e mulheres. O fígado, rim, leite, ovos, peixes,
queijo e carnes de músculo são fontes de vitamina B12, e a sua ingestão deve ser de 2,4 mcg/dia para homens e
mulheres. Por fim, temos as frutas cítricas (laranja, limão, acerola) e os vegetais (brócolis, repolho, espinafre,
pimentão) como fontes de vitamina C, sendo sua ingestão diária de 90 mg/dia para homens e 75 mg/dia para
mulheres.
Finalizamos os estudos sobre as funções, deficiência, fontes alimentares e recomendações de cada vitamina que
faz parte do grupo hidrossolúveis, vamos abordar, agora, de uma forma geral, o metabolismo desse tipo de
vitamina.
3.2.11 Metabolismo das vitaminas hidrossolúveis
O metabolismo das vitaminas hidrossolúveis muda de acordo com as suas especificidades, mas a sua absorção
 ocorre no intestino delgado. A absorção pode ocorrer de duas formas: transporte ativo e difusão passiva.
Transporte
ativo
Necessita utilizar energia, associada a uma proteína transportadora, contra o gradiente de
concentração.
Difusão
passiva
Refere-se a um transporte mais simples, que não necessita de energia para ser realizado, e
as substâncias se movem a favor do gradiente de concentração.
Normalmente, as vitaminas hidrossolúveis não são armazenadas em quantidades significativas no organismo,
necessitando fornecimento regular pela dieta. A sua excreção ocorre por meio da urina (CUPPARI, 2014).
Até aqui estudamos os conceitos básicos das vitaminas e você já consegue identificar quais são os fatores que
favorecem ou dificultam o seu metabolismo. No próximo tópico vamos aprender sobre os minerais. Vale a pena
prosseguir!
VAMOS PRATICAR?
Agora que você já aprendeu sobre as vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis, crie um mapa
mental para ambas classificações incluindo seus conceitos. Você deve citar também as
vitaminas de cada grupo e duas fontes alimentares.
- -13
3.3 Minerais
Assim como as vitaminas, essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo, os minerais também devem ser
obtidos por meio da alimentação. Você sabia que eles estão presentes nos alimentos dos reinos vegetal e animal?
A seguir, vamos estudar os macro e microminerais, conhecer suas funções específicas e recomendações de
ingestão diária (CUPPARI, 2014; GALLAGHER, 2013).
Macrominerais
Os macronutrientes são definidos de acordo com a nossa 
necessidade de consumo diário, ou seja, estamos nos referindo aos 
minerais cuja ingestão necessitamos maior ou igual a 100 mg/dia. 
Essa classificação inclui: cálcio, fósforo, sódio, cloro, potássio e 
magnésio (GALLAGHER, 2013), conforme estudaremos a seguir.
3.3.1 Cálcio
O cálcio é um íon essencial ao organismo e possui funções estruturais, como a formação dos ossos e dentes
(locais de maior concentração), além participar da contração muscular, regulação metabólica, liberação de 
diversos hormônios, processo de coagulação sanguínea e transmissão de impulsos nervosos.
É considerado o mineral mais abundante no corpo humano, 
podendo representar até 2% do nosso peso corporal. A absorção 
deste mineral ocorre no intestino delgado, inclusive no íleo, 
podendo ser absorvido por dois mecanismos: transporte ativo, 
predominantemente no jejuno proximal e no duodeno; ou difusão 
passiva, no jejuno distal e no íleo. Sua excreção acontece pela urina, 
fezes e outros fluidos, como o suor (COZZOLINO, 2016; FERREIRA et 
, 2015).al
3.3.2 Fósforo
Representa cerca de 1% do peso corpóreo de um indivíduo adulto. Está relacionado com as funções metabólicas:
regulação da atividade proteica, armazenamento temporário da energia advinda do metabolismo de
macronutrientes, absorção e transporte de nutrientes e formação dos ossos e dentes, além de compor as
estruturas químicas das membranas celulares, do DNA e do RNA. 
A absorção ocorre ao longo do intestino, sendo maior no jejuno. O transporte no jejuno e íleo ocorre por
mecanismo passivo, neste caso, é dependente, principalmente, da sua concentração no lúmen e é, independente,
dos níveis de outros nutrientes e de processos que utilizam energia. No duodeno o transporte de fósforo ocorre
por mecanismo de transporte ativo, a partir do íon sódio. A maior parte, cerca de 90%, do fósforo absorvido é
excretado por via renal (COZZOLINO, 2016; FERREIRA , 2015).et al
- -14
3.3.3 Sódio, cloro e potássio
Os íons sódio (Na), cloro (Cl) e potássio (K) exercem papel importante na manutenção do equilíbrio
hidroeletrolítico e da pressão osmótica do organismo, auxiliando os impulsos nervosos, pela contração muscular
e pelo funcionamento cardíaco (COZZOLINO, 2016; .FERREIRA , 2015)et al
Sódio
É o principal e mais abundante eletrólito do líquido extracelular do corpo. No organismo age em conjunto com
outros eletrólitos, como o potássio, no líquido intracelular, para regular a pressão osmótica e manter o equilíbrio
 hídrico.
Cloro
É oânion que, combinado com o sódio, passa por meio das membranas, entre os líquidos intra e extracelulares, e
pode ainda combinar com o potássio dentro das células. É importante na digestão, pois uma parte é utilizada na
formação do ácido clorídrico (HCI), nas glândulas gástricas, sendo secretada no estômago, essencial para manter
a acidez estomacal e ativar enzimas digestivas.
Potássio
É o cátion intracelular mais importante do nosso organismo. Associado ao cálcio, desempenha função na
regulação neuromuscular. Com o sódio, auxilia o equilíbrio hídrico.
Sobre a absorção do sódio e do cloro (cloreto de sódio), podemos dizer que elas ocorrem, principalmente, no
intestino delgado. No caso de indivíduos saudáveis, o cloreto de sódio é excretado, em geral, pelos rins, mas
podem acontecer perdas por meio da pele (suor) e também das fezes. Entretanto, é importante destacar que
existem diversos sistemas e hormônios que influenciam o balanço de sódio e cloro no nosso organismo.
O potássio, por sua vez, também é absorvido no intestino delgado, por difusão ativa, e excretado,
predominantemente, por meio da urina, sendo o restante excretado pelas fezes, com quantidades muito
pequenas perdidas pelo suor.
A deficiência de cloro e sódio são raras, mas a deficiência moderada de potássio pode acarretar em complicações,
como arritmia cardíaca, risco de cálculos renais, fraqueza muscular e intolerância à glicose.
3.3.4 Magnésio
O magnésio é um importante cátion de localização intracelular, com concentração entre 20 e 28g (1 mol) no
organismo humano. Podemos dizer que ele é essencial para a respiração celular, por meio da participação na
formação de ATP.
O magnésio também compõe a estrutura óssea e participa da transmissão neuromuscular, sendo importante no
metabolismo de outros minerais, como cálcio, ferro, zinco, e no transporte do potássio, entre outras funções.
É absorvido, sobretudo, no íleo e no cólon, por meio, de um mecanismo paracelular passivo, via caracterizada
por um mecanismo de transporte em que o íon é conduzido a favor de um gradiente de concentração, ou seja,
não implica gasto de energia celular.
Perceba que o íleo e as partes distais do jejuno são os locais de maior absorção passiva desse mineral, além de
reduzir a proporção absorvida, conforme aumento da sua ingestão. Vale destacar que essa absorção é reduzida
na presença de cálcio, álcool, fosfato, fitatos e gorduras, sendo estimulada na presença da vitamina D.
- -15
O processo de excreção do magnésio ocorre pela via urinária, e os 
distúrbios na absorção e/ou aumento da excreção renal podem 
provocar a deficiência deste macromineral (COZZOLINO, 2016; 
FERREIRA , 2015).et al
3.3.5 Fontes alimentares e recomendações
Os macrominerais são essenciais em todas as fases da nossa vida, e por meio da alimentação podemos ingeri-los.
Por isso, devemos estar atentos a estes alimentos e sua biodisponibilidade, cuja deficiência ou excesso podem
provocar problemas de saúde pública. Confira no quadro, a seguir, as fontes alimentares dos macrominerais e
suas recomendações.
Tabela 3 - Alimentos e macrominerais
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GALLAGHER, 2013.
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Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GALLAGHER, 2013.
 a tabela anterior contém uma lista de alimentos que são fontes de macrominerais, ou seja, o#PraCegoVer:
cálcio, fósforo, sódio, cloro, potássio e magnésio. O quadro apresenta também as recomendações nutricionais
diárias de cada macromineral para homens e mulheres. Os laticínios, gergelim, sardinha, couve de folhas, nabo,
ostras, moluscos e tofu, por exemplo, são fontes de cálcio, sendo indicada a ingestão diária de 1000 mg/dia para 
homens e mulheres. O leite, queijo, gema de ovo, carnes, aves e os cereais de grãos integrais são fontes em
fósforo e a sua ingestão deve ser de 700 mg/dia para homens e mulheres. Os tabletes de caldo de carne,
embutidos, enlatados, salgadinhos e biscoitos, por sua vez, são fontes de sódio, e, neste caso, a recomendação é
de 1,5 g/dia para homens e mulheres. O cloreto de sódio (sal de cozinha) e alimentos processados são fontes de
cloro e a sua ingestão deve ser de 2,3 g/dia para homens e mulheres. A banana, laranja, brócolis, tomate e
espinafre são fontes de potássio, e a sua ingestão deve ser de 4,7 g/dia para homens e mulheres. Por fim, temos
os cereais de grãos integrais, leite, vegetais verdes, legumes e chocolate como fontes de magnésio, sendo sua
ingestão diária de 400 mg para homens e 310 mcg/dia para mulheres.
A seguir, vamos estudar, de uma forma geral, os microminerais de maior destaque.
3.4 Microminerais
No organismo os microminerais ou elementos-traço, como também são chamados, são necessários em
quantidades mínimas, inferiores a 15 mg/dia. Tanto suas funções, como seus sintomas de deficiência são sutis,
muitas vezes difíceis de serem identificados, pois ocorrem em concentração celular ou subcelular (ROSSI;
 Vamos conhecê-los a seguir.POLTRONIERI, 2019).
3.4.1 Ferro
Elemento essencial para o ser humano, cerca de dois terços do ferro do nosso organismo podem ser encontrados
sob a forma de hemoglobina no sangue ou ligados à mioglobina nos músculos e também às enzimas. O ferro pode
ser caracterizado como inorgânico (ferro não heme) e orgânico (ferro heme), sendo um mineral essencial para a
homeostase celular, para o transporte de oxigênio e o metabolismo energético.
Apesar do ferro não heme estar presente em todos os alimentos de origem vegetal, a sua absorção depende da
solubilização no estômago e da redução no intestino, permitindo uma absorção entre 2% e 10% do total de ferro
ingerido. Note que este percentual é maior quando nos referimos à absorção do ferro heme, correspondendo
entre 20 e 30% (BORTOLINI; FISBERG, 2010).
Vale destacar que a absorção do ferro pode ser dividida em três fases. Na primeira fase o ferro é capturado e
internalizado na membrana apical do enterócito, onde o ferro solúvel é capturado pela célula da mucosa.
Na segunda fase há o deslocamento intracelular, onde o ferro sofre 
ação da heme oxigenase, liberando o ferro da porfirina, sendo 
armazenado em compartimentos funcionais, como a ferritina. Por 
fim, na terceira fase o ferro é transportado para o plasma por meio 
da membrana basolateral (COZZOLINO, 2016; FERREIRA , et al
2015).
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3.4.2 Zinco
O zinco é o elemento-traço mais abundante no corpo humano. É um componente essencial e pode ser encontrado
na musculatura esquelética, pele, ossos e fígado, além de estar presente também nas secreções e fluidos
corporais. Ele apresenta funções estruturais, enzimáticas e reguladoras. Na função estrutural ele determina a
forma e disposição espacial de enzimas e proteínas, além de estar relacionado às proteínas ligadas ao DNA. 
Na função enzimática o zinco contribui com as atividades catalíticas em muitas enzimas. Na função reguladora o
zinco é captado ativamente pelas vesículas sinápticas, onde atua na atividade neuronal e na memória. Tenha em
mente que é durante a digestão que ocorre a degradação das moléculas, e o pH ácido do estômago promove a
solubilização do zinco. Entretanto, a absorção deste mineral no estômago é mínima. 
Você consegue imaginar onde ocorre a absorção do zinco? Este processo acontece, principalmente, na extensão
do intestino delgado, no jejuno e íleo. A captação do mineral é realizada tanto pela difusão facilitada, quanto pelo
transporte ativo.
Perceba que o mecanismo utilizado para realizar o transporte, difusão facilitada ou transporte ativo, depende da
concentração de zinco no lúmen intestinal; assim, se houver alta concentração, não ocorrerá gasto de energia,
porém, quando ocorrer baixa concentração, o mecanismo será contra gradiente de concentração e dependerá de
energia. A excreção do zinco é via biliar, porém pode ocorrer também por meio das fezes e urina, além da
eliminação via descamação da pele e produção do líquido prostático (COZZOLINO, 2016; FERREIRA , 2015).et al
3.4.3 Cobre
O cobre tem funções orgânicas específicas. Ele atua como intermediário da transferênciade elétrons, em
atividades enzimáticas importantes para a homeostasia de funções fisiológicas, como a respiração celular,
oxidação e transporte de ferro, defesa contra radicais livres, formação de pigmentos (melanina), biossíntese de
neurotransmissores, defesa antioxidante e formação do tecido conjuntivo.
É absorvido tanto no estômago, quanto no intestino, sendo que a maior parte ocorre no intestino delgado. Após
ser absorvido, ele é transportado do intestino para o fígado, por transporte ativo dos capilares para a circulação.
Ainda no fígado o cobre é incorporado à proteína transportadora ceruloplasmina, principal transportador do
cobre na circulação sistêmica. Esse mineral é excretado, principalmente, pela bile (COZZOLINO, 2016; FERREIRA 
, 2015).et al
3.4.4 Selênio
O selênio é essencial para o funcionamento de muitos aspectos do nosso sistema imunológico, além de atuar na
neutralização de radicais livres, proteção do organismo contra a ação de metais pesados, remoção de vírus e
destruição de células neoplásicas, entre outras funções.
A absorção do selênio ocorre, principalmente, no duodeno, ceco e cólon, podendo ser tanto de forma passiva,
quanto ativa. Cerca de metade do selênio absorvido é armazenado nos músculos esqueléticos, rins, fígado e
testículo. A excreção ainda não foi totalmente elucidada, podendo ser excretado pela via urinária, respiração e
fezes (COZZOLINO, 2016; FERREIRA , 2015).et al
3.4.5 Fontes alimentares e recomendações
Os microminerais também são essenciais para a função humana e são encontrados em menores quantidades em
alguns alimentos. Confira no quadro, a seguir, as fontes alimentares dos microminerais e suas recomendações.
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Tabela 4 - Alimentos e microminerais
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GALLAGHER, 2013.
 a tabela anterior contém uma lista de alimentos que são fontes de microminerais, ou seja, o ferro,#PraCegoVer:
zinco, cobre e selênio. O quadro apresenta também as recomendações nutricionais diárias de cada micromineral
para homens e mulheres. Os alimentos ricos em ferro podem ser classificados como ferro heme (carnes e
vísceras) e ferro não heme (vegetais verde-escuros e grãos), sendo indicada a ingestão diária de 8 mg/dia para
homens e 18 mg/dia para mulheres. Os frutos do mar, carnes, grãos integrais, cereais, legumes e tubérculos são
fontes em zinco e a sua ingestão deve ser de 11 mg/dia para homens e 8 mg/dia para mulheres. O fígado, rim,
frutos do mar, peixe, frango, carne, ovos, grãos e cereais, por sua vez, são fontes de cobre e, neste caso, a
recomendação é de 900 mcg/dia para homens e mulheres. Por fim, temos a castanha-do-pará, atum, cogumelo,
alho, cebola, brócolis, aipo, frutos do mar, frango, grãos, fígado, farelo e gérmen de trigo como fontes de selênio,
sendo sua ingestão diária de 55 mcg/dia para homens e mulheres.
Gostou de aprender sobre os micronutrientes e seu metabolismo no 
organismo? Conseguiu perceber a importância destes nutrientes na 
saúde humana?
VAMOS PRATICAR?
Selecione cinco alimentos ingeridos por você hoje. Crie uma tabela e inclua na primeira coluna
os alimentos selecionados. Depois, na coluna dois, insira a relação de macronutrientes
(carboidrato, proteína, lipídios) encontrados nos alimentos. Na terceira coluna você deve
incluir os micronutrientes, considerando apenas a presença da vitamina A, vitamina C,
cobalamina, cálcio e ferro. Ao final, compartilhe seus resultados no fórum da seção
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Por fim, apesar das pequenas quantidades indicadas para ingestão diária, podemos dizer que muitas reações
orgânicas no nosso organismo só acontecem se os níveis dos micronutrientes estiverem adequados.
Conclusão
Aprendemos nesta unidade sobre o processo de digestão dos micronutrientes, assim como os órgãos envolvidos
neste processo.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• estudar os micronutrientes: vitaminas e minerais;
• compreender os conceitos, classificações, funções e metabolismo dos micronutrientes;
• associar nutrientes e fontes alimentares;
• conhecer as recomendações diárias de ingestão dos micronutrientes.
Bibliografia
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https://www.youtube.com/watch?v=FvHK8wFg4oM
	Introdução
	3.1 Vitaminas lipossolúveis
	3.1.1 Vitamina A
	3.1.2 Vitamina D
	3.1.3 Vitamina E
	3.1.4 Vitamina K
	3.1.5 Fontes e recomendações nutricionais
	3.1.6 Metabolismo das vitaminas lipossolúveis
	3.2 Vitaminas hidrossolúveis
	3.2.1 Vitamina B1
	3.2.2 Vitamina B2
	3.2.3 Vitamina B3
	3.2.4 Vitamina B5
	3.2.5 Vitamina B6
	3.2.6 Vitamina B7
	3.2.7 Vitamina B9
	3.2.8 Vitamina B12
	3.2.9 Vitamina C
	3.2.10 Fontes alimentares e recomendações
	3.2.11 Metabolismo das vitaminas hidrossolúveis
	3.3 Minerais
	3.3.1 Cálcio
	3.3.2 Fósforo
	3.3.3 Sódio, cloro e potássio
	3.3.4 Magnésio
	3.3.5 Fontes alimentares e recomendações
	3.4 Microminerais
	3.4.1 Ferro
	3.4.2 Zinco
	3.4.3 Cobre
	3.4.4 Selênio
	3.4.5 Fontes alimentares e recomendações
	Conclusão
	Bibliografia

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