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ESTÉTICA FACIAL

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Prévia do material em texto

Centro Universitário Hermínio Ometto d
 
 	UNIARARAS	 
 
 
 
 
 
 
 	RAUL IVAN VEGA PETKOVIC 
 
 
ESTÉTICA FACIAL E 
 ÂNGULO NASO LABIAL 
Uma Revisão da Literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARARAS/SP 
 
	NOVEMBRO/2006 	 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livros Grátis 
 
http://www.livrosgratis.com.br 
 
Milhares de livros grátis para download. 
 
	Centro Universitário Hermínio Ometto 	d
 
 	UNIARARAS	 
 
 
 
RAUL IVAN VEGA PETKOVIC 
	raulpetkovic@hotmail.com 	 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÉTICA FACIAL E 
 ÂNGULO NASO LABIAL 
Uma Revisão da Literatura 
 
 Dissertação apresentada ao 
 Centro Universitário Hermínio 
 Ometto – UNIARARAS, para 
 obtenção do Título de Mestre 
 em Ortodontia. 
 
ORIENTADOR: 
Prof Dr: Cleverton Roberto 
de Andrade 
 
CO-ORIENTADORA: 
 
Prf
a
 Dr
a
:
 Heloisa Valdrighi 
 
ARARAS/SP 
NOVEMBRO/2006 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
Elaborada pela Biblioteca “DUSE RÜEGGER OMETTO” 
- UNIARARAS - 
 
 
	 
 
 
P491e 
 
	 
 
Petkovic, Raúl Ivan Vega 
 Estética facial e ângulo nasolabial: uma revisão de literatura / Raúl Ivan Vega Petkovic. -- Araras, SP : [s.n.], 2006. 
80f. : il. ; 30cm. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Gisela Paganini. 
Dissertação (Mestrado) – Centro Universitário Hermínio Ometto, Curso de Odontologia. 
 
1. Ortodontia. 2. Face. 3. Estética dentária. I. Petkovic, Raul Ivan Vega. II. Centro Universitário Hermínio Ometto, Curso de Odontologia. III. Título. 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À minha mãe, filha e esposa, pelo constante apoio e oportunidade na minha vida. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Ilustríssima senhora reitora Profa. Dra. Miriam de Magalhães Oliveira Levada, por me receber nesta casa de estudos. 
Ao Ilustríssimo senhor pró-reitor Prof. Dr. Marcelo Augusto Marretto Esquisatto, pela compreensão e o apoio prestado nestes anos. 
Ao Prof. Dr. Mário Vedovello Filho, por ter me acolhido nesta 
universidade e também pelo estímulo constante para continuar sempre meus estudos. 
 Á Profa. Dra. Heloisa Cristina Valdrighi, pela sua amizade apoio, paciência e dedicação em concretizar este curso, e a orientação neste trabalho. E à equipe de professores, os quais colaboraram para minha formação profissional. Dr. Paulo César C. V., Dra. Adriana Simões Lucato, Dra. Sílvia Vedovello, Dr Júlio Vargas, Dr. Sandro Piragini. 
Ao Professor Messias Rodrigues, pelo apoio constante, paciência e 
dedicação meticulosa no seu trabalho tentando sempre se superar, como ter iniciado meus passos em Ortodontia. 
Aos meus colegas e amigos Maurício Veit, Fabianou, Flávio, Maurício, Marcelo, Luis Gustavo, Luis Carlos, Marcio e Andre por fazer do curso um período alegre e grato. 
A todos os colegas de turma, o meu agradecimento com muito 
carinho, pelo apoio e pelo ombro amigo. 
Aos meus amigos Sr. Raul Hermosilla, Dr.CláudioBarrales, Dr.Fernando Olguín e Dr. Rodrigo Olguín que na distância sempre me deram sua compreensão e apoio, nos momentos mais difíceis de minha vida, acompanhando meus passos a cada momento desde nossa primeira infância e me estimularam sempre a seguir aquilo à que me propunha. “Amigos de Verdade”. 
Aos meus pacientes, objetivo final de toda conquista, por sua confiança e paciência sem a qual não teria tido os recursos nem a oportunidade de desenvolver esta especialidade. 
Aos meus sogros que sempre me brindaram com seu apoio nestas 
terras distantes. 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Os homens do teu planeta, disse o principezinho, cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim...e nunca encontram o que procuram...E no entanto, o que eles 
buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho d'água... Mas os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração... 
O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se 
lembrar... " 
Antoine De Saint-Exupéry 
 
 	2 
RESUMO 
 
 
Este trabalho teve como objetivo, por meio de revisão da literatura, 
definir o conceito de beleza facial (perfis mais belos) bem como suas variáveis, tentando determinar se o conceito de beleza utilizado pelos ortodontistas é o mesmo que para leigos estudando o ângulo nasolabial, sua participação na avaliação do perfil facial, suas variáveis, críticas quanto à sua medição e, também, a sua importância e se seus valores estão de acordo com a normalidade. Desde os primórdios da sociedade o homem preocupou-se com a beleza e desenhou o que ele entendia como mais belo, procurando a harmonia. Sabe-se que a percepção estética tem um caráter subjetivo e está na dependência de fatores como etnia, gênero, idade e fatores culturais. Para isto para alguns autores a chave da decisão terapêutica estaria no estudo da face nos sentidos sagital e vertical. Concluiu-se que: não existe uma regra fixa para definir o conceito de beleza facial (perfis mais bonitos), o conceito de beleza usado pelos ortodontistas é mais restrito que os dos leigos, o valor do ângulo nasolabial é um bom indicador para ser utilizado como medida de estética ou harmonia do perfil facial quando utilizado em conjunto com outras medidas sendo pobre seu valor ao ser utilizado de forma isolada. Os valores deste ângulo (nasolabial) encontrados nos diferentes artigos foram muito próximos dos encontrados na literatura como normais. 
Palavras-chaves: Ortodontia. Face. Estética dentária. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This study had as an objective the revising of literature to define the 
concept of facial beautiful ( most beautiful profile). As well as its variables trying to determine if the concept of beauty used by orthodontists is the same of the laymen. Studying the nasal-labial angle, its participation in the evaluation of facial profile, its variables, criticism regarding measuring, and also, its importance and if its values are agreeable with normality. Ever since the earliest society man has worried about beauty and drew up as he understood as the most beautiful, seeking harmony it is known that esthetic perception has a subjective character and it depends on factors such as ethnics, gender age and culture.Due to this for some authors the key for the therapeutical decision would be on the sagittal and vertical position of the face. It may be concluded, that: there is no golden rule to define the concept of facial beauty (prettiest profiles), the concept of beauty used by the orthodontists is more restricted than that of the laymen, the value of the nasal-labial is a good indicator to be used as an esthetic measurer or of facial profile harmony, when used along with other measurers its value becomes poor when used in an isolated form. The values of this angle (nasal-labial) found in the different angles were very close to the ones found in literature as being normal. 
 Key-words: Orthodontic. Face. Dental Esthetic. 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 01 - Diferentes raças e perfis característicos........................................18 
Figura 2 - Inclinação da base do nariz e lábio superior em relação a Frankfurt
.........................................................................................................................22 
Figura 03 - Perfis construídos (Androgynous) a partir de um perfil verdadeiro, o nariz, mento e protruindo e retraindo os lábios ................................................23 
Figura 04 - Ângulo Nasolabial. Linha C columella, SN ponto subnasal, ULA 
ponto mais anterior do lábio superior...............................................................24 
Figura 05 - Perfis Leucodermas Preferidos......................................................28 Figura 06 - Perfis Melanodermas Preferidos....................................................29 
Figura 07 - Perfis Xantodermas Preferidos ......................................................29 
Figura 08 - Ângulo Nasolabial..........................................................................31 
Figura 09 - Variações da inclinação do lábio superior e ângulo nasolabial .....35 
Figura 10 - Variações da inclinação do lábio superior e ângulo nasolabial......35 
Figura11 - Variações da inclinação do lábio superior e ângulo nasolabial......35 
Figura 12 - Imagem de Apollo de Belvedre......................................................42 Figura 13 - Silhueta do perfil facial de Apollo...................................................42 
Figura 14 - Imagem de paciente no pré-tratamento.........................................43 
Figura 15 - Imagem de paciente após término do tratamento..........................43 
Figura 16, 17 e 18 - Diferentes situações do ângulo nasolabial.......................46 	11 
Figura 19 - Ângulo nasolabial e inclinação da base do nariz e lábio superior em 
Frankfurt...........................................................................................................52 Figura 20 - Perfil Adulto ...................................................................................52 
Figura 21 - Pré-adolescente.............................................................................52 
Figura 22 - A e B Melhoras do perfil: Fotografia perfil pré-tratamento (A), Perfil pós-tratamento com extração dos primeiros pré-molares superiores...............53 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS 
 
 
ABNT 	Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ATM 	Articulação Têmporo –Mandibular 
ANB 	Ângulo formado pelos pontos cefalométricos ponto A, 
Nasion e ponto B traçados numa tomada radiográfica em norma lateral. 
ANL 	Ângulo Naso Labial formado pela linha tangente à base do 
nariz e outra que tangencia o lábio superior até o ponto columelar 
cm 	Centímetro 
DTM Desordens Têmporo –Mandibulares EUA Estados Unidos de América 
mm 	Milímetro 
SNB 	Ângulo formado pelos pontos cefalométricos Sela, Nasion 
e ponto B traçados numa tomada radiográfica em norma lateral. 
SNP 	Ângulo formado pelos pontos cefalométricos Sela, Nasion 
e ponto Porion traçados numa tomada radiográfica em norma lateral. 
 
SUMÁRIO 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA................................... 0Erro! Indicador não definido. 
DEDICATÓRIA ................................................................................................ 04 
AGRADECIMENTOS....................................................................................... 05 EPÍGRAFE....................................................................................................... 07 
RESUMO.......................................................................................................... 08 
ABSTRACT...................................................................................................... 09 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ............................................................................ 010 
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS	11 
I. INTRODUÇÃO	13 
II. PROPOSIÇÃO	16 
III. REVISÃO DA LITERATURA	17 
IV. DISCUSSÃO	64 
V. CONCLUSÃO	70 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	71 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Uma das freqüentes dúvidas é a escolha do melhor tratamento para um determinado paciente. BARBOSA e TONANI (2003) alertaram os profissionais de ortodontia sobre a avaliação criteriosa da face no planejamento ortodôntico pois a “percepção estética” tem um caráter subjetivo dependendo de vários fatores como etnia, gênero, idade fatores culturais, geográficos, psicológicos e influencia da mídia. Para RODRIGUES (2004), a chave mestra da decisão terapêutica estaria no estudo da face tanto no sentido sagital como vertical. 
Desde os primórdios da sociedade o homem preocupou-se com a beleza e desenhou o que ele entendia como mais belo, procurando a harmonia (STRICKLAND, 2004). 
Os primeiros a desenhar o perfil usando coordenadas para 
conseguir harmonia foram os egípcios, no século XIV a.C. Para desenhar, estabeleciam um quadriculado que logo era projetado e ampliado nas pinturas encontradas nas paredes dos túmulos, dos muros etc (ALVEZ et al 2002). 
Entre 480-430 a.C, com o desenvolvimento da Grécia antiga, as 
artes tentavam refletir a beleza em seus deuses, símbolo da perfeição suprema, manifestados em suas esculturas e pinturas e, após o surgimento do império Romano, a beleza se expressava em cada indivíduo, exaltando as características particulares de cada etnia (VEDOVELLO et al 2001). 
Foi no renascimento, no reencontro da beleza com o homem no 
século XV d.C. com Leonardo Da Vinci (1454-1519) que realizou estudos anatômicos aprofundados do corpo humano, estabelecendo proporcionalidade e criando um realismo nas suas obras, onde a harmonia e simetria guiavam seus conceitos estéticos (ANTOCCIO et al 2004). 
	 	15 
Mais recentemente, no século XIX, a beleza se inspirou nas artes e 
a ortodontia preocupou-se com a estética facial. O Dr. Edward Angle no fim do século XIX, tomou o busto de Apollo Belvedre, e Afrodite de Milo como símbolo da beleza facial e padrão absoluto para orientar seus tratamentos (OKUYAMA, RODRIGUES 1997; BOWMAN 2001; VEDOVELLO et al 2001 e CAPELOZZA 
2004). 
Com o advento da radiografia por Broadbent, (1931), nos EUA e Hofrath, na Alemanha, surgiram técnicas que possibilitaram a obtenção de radiografias em norma lateral da cabeça, permitindo analisar as estruturas ósseas e definir algumas características do perfil. 
Com o avanço da Cirurgia Ortognática a análise facial ganhou 
importância unificando critérios considerados importantes na definição de harmonia facial e assim pode-se estabelecer as alterações possíveis de serem corrigidas. 
O crescente aumento do interesse da população pela beleza, 
buscando uma maior aceitação por parte da sociedade, fez com que os conceitos de estética facial evoluíssem, forçando o ortodontista a procurar, além da função adequada, um rosto mais harmônico e belo, impondo limitações ao seu tratamento. 
É difícil dizer o que é belo, pois nossos conceitos são arbitrários e 
estão presos a sociedade onde vivemos, ao momento histórico, a nossa cultura, a caracteres pessoais. 
Ao analisar as preferências individuais, podem-se definir alguns 
conceitos que nos levam a definição de um rosto mais harmônico, talvez mais belo. Alguns valores podem emanar da comparação dos resultados de diferentes autores de grande relevância em nossa profissão e, sobretudo na análise do terço médio e inferior da face, onde podemos produzir algumas modificações com nosso tratamento. Os rostos belos possuem algumas características comuns e diferentes. Aceitando-se que as preferências estéticas de cada pessoa sejam estabelecidas pela própria sensibilidade e pela influência do meio ambiente. Estas características deveriam ser levadas em 	16 
conta na hora de planejar um tratamento direcionado a cada etnia (OKUYAMA, RODRIGUES 1997). 
Em nosso trabalho estudaremos a bibliografia referente aos perfis 
considerados belos e observaremos a medição do ângulo nasolabial, como forma de definir alguns parâmetros de beleza, considerando a fragilidade desta medida e assim observar como os autores têm objetivado estes valores. 
PROPOSIÇÃO 
 
 
Este estudo teve por finalidade revisar na literatura: 
1 - O conceito de beleza facial mais usado pelos ortodontistas. 
2 - E se este conceito de beleza adotado por estes profissionais é o mesmo na visão dos pacientes. 
3 - Verificar se o Ângulo Nasolabial é um bom indicador da beleza facial. 
3.1 - Se seus valores estão de acordo com os valores dados como normalidade entre os diferentes autores. 
3.2.-E se esta medida é representativa e objetiva dos perfis mais belos. 
REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
FRANTZ (1967) observou as radiografias em norma lateral querendo 
determinar as características de um perfil esteticamente satisfatório, para isto estudou 48 indivíduos adultos leucodermas com idade média entre 17 anos 3 meses a 52 anos e 8 meses, sendo 13 mulheres e 35 homens, todos com oclusão excelente, sem tratamento ortodôntico prévio, sendo considerados pelo o autor como tendo uma excelente harmonia dos tecidos moles. Concluiu que existia uma gama de variabilidade facial com equilíbrio satisfatório dos componentes faciais. 
CROSS; CROSS (1971) analisaram 300 candidatos de ambos os 
gênero de duas etnias, que avaliaram 72 perfis fotográficos de pessoasde faixas etárias similares do gênero masculino e feminino pertencentes às mesmas duas etnias. Eles atribuíram valores à percepção de beleza facial com pontuação numa escada de 7 pontos. Foi considerados a idade etnia e gênero na avaliação dos diferentes respostas da pesquisa. Concluindo que mulheres deram baixa pontuação para perfil de homens adultos dando menos para mulheres adultas. Os rostos de mulheres e adolescentes tiveram melhor pontuação entre os diferentes grupos etários e étnicos. A etnia do observado como do observador podem influenciar a resposta final. O empirismo e a experiência do observador podem evocar uma resposta com alta pontuação. Existem muitas limitações neste estudo como o controle das diferentes variáveis. 
FOSTER (1973) estabeleceu se grupos de ortodontistas americanos 
têm uma idéia preestabelecida de ideais cefalométricos de estética do perfil em melanodermas, leucodermas e orientais, e ainda se têm preferência de perfis baseados nas suas características étnicas, e se os dentistas em geral e os outros grupos avaliados concordam em relação a idade e gênero dos perfis avaliados. Para este estudo o perfil facial de uma jovem de 18 anos foi 
mudado, protruindo e retruindo os lábios superiores e inferiores criando 7 perfis diferentes. Sendo o perfil verdadeiro o quarto, o quinto até o sétimo protruiu a região de lábio de dois em dois milímetros completando 6 milímetros para o ultimo, do perfil 4 para o um retruiu de dois em dois milímetros de tal maneira que o numero um era 6 milímetros mais retruso que o quarto. E o número 1 era 12 milímetros mais retruso que o sete. Estes pacientes foram avaliados por dentistas, estudantes de arte, ortodontistas, negros, chineses e brancos. Cada grupo contava com 30 pessoas. Todos os grupos eram da região de São Francisco, e muitos ortodontistas do norte da Califórnia. Concluiu que: 1. Todos os grupos compartilham um padrão estético comum; 2. Todos escolheram lábios mais cheios para jovens e mais achatados para pessoas mais velhas; 3. Preferência por faces retas para homem e mais convexas para mulheres fui indicado pela maioria; 4. Os casos de homem poderiam acabar com um perfil mais achatado, ou cheio, sem ser uma alteração desagradável ao observador. 
Figura 01 - Diferentes raças e perfis característicos. (FOSTER, E. J.1973). 
 
BELL e DANN (1973) analisaram 25 pacientes que apresentavam 
mordida aberta, protrusão bimaxilar ou classe II esquelética e avaliaram as mudanças ocorridas nos tecidos moles depois de submetidos a cirurgia de avanço e segmentação de maxila. Utilizaram radiografias em norma lateral no mínimo após 6 meses da cirurgia. Concluíram que existiria uma proporção de 0,7 ±0,1 mm para predição da posição de lábio superior após procedimentos cirúrgicos maxilares anteriores. As mudanças dos tecidos duros são acompanhadas por modificações dos tecidos moles. Os movimentos verticais também ocorrem com o movimento da maxila, mas não são facilmente mensuráveis. As mudanças observadas no sulco nasolabial são mínimas e a espessura do lábio influencia nos resultados. 
RODNEY e JACOBS (1981) estudaram a intrusão total de maxila por 
meio de osteotomia Le Fort I, em 10 pacientes adultos com excesso vertical de maxila. 9 mulheres e 1 homem, de entre 16-52 anos, caucasóides. As alterações nos tecidos moles e tecidos duros a movimentação cirúrgica foi estudada em radiografias em norma lateral pré e pós-cirúrgica. Os autores concluíram que: as modificações do ângulo naso-labial variam com a direção e a quantidade de intrusão da maxila. Quando a maxila é impactada e retruída o ângulo naso-labial aumenta e a ponta do nariz se move ligeiramente para cima. Quando a maxila é intruída e protruída ou só intruída pouca mudança ou nenhuma é observada no ângulo naso-labial. As mudanças nos lábios inferiores foram imprevisíveis, possivelmente devido às diferenças nos tônus musculares do tecido mole na época em que as tomadas radiográficas foram realizadas. 
KERR, ORTH e O`DONNELL (1990) estudaram a percepção de 
atrativo facial feita por um jurado composto de ortodontistas, estudantes de odontologia, estudantes de arte e pais de crianças em tratamento ortodôntico. Para este estudo, foram selecionadas as faces e perfis de 30 homens, 30 mulheres, divididos em: classe, I, II, III de Angle, antes e após o tratamento ortodôntico. A classe II divisão 2ª não foi incluída neste estudo porque é difícil diferenciar como entidade e aumentaria muito o número de transparências. Os voluntários foram fotografados de forma padronizada, e foram feitos slides totalizando 240. As bancas de examinadores, contavam com 4 ortodontistas, 4 estudantes de odontologia, 4 estudantes de arte e 4 pais de crianças em tratamento. Em cada grupo havia 2 mulheres e 2 homens para evitar preferências de gênero. Os examinadores tinham idade média entre 20-30 anos excetuando os pais que tinham mais idade. Cada examinador tinha 10 segundos para avaliar o perfil, dando valores de: 1 muito bom, 2 bom, 3 regular, 4 desarmonioso, 5 muito desarmonioso. Após análise estatística dos dados, e uma elaborada discussão, os autores concluíram que: estudantes de artistas e pais de crianças deram melhores pontuações para os perfis que ortodontistas e estudantes de odontologia. As faces mais atrativas foram à classe I de Angle, seguidas pelas classes II e III, onde não houve diferença. Ao avaliar as faces, tiveram melhores pontuações as classe II e classe III, que na avaliação do perfil. Só os indivíduos classe I mantiveram suas pontuações quase que inalteráveis. Quando mostradas as fotos após o tratamento ortodôntico, todos os examinadores deram postagem maior para as classes II e classe III, sendo que para a classe I se mantiveram as pontuações. 
CLAMAN, PATTON e RASHID (1990) mostraram como a fotografia 
tem se tornado uma ferramenta importantíssima tanto para o diagnóstico ortodôntico e ortognático, como uma forma de avaliar as modificações ocorridas no tratamento. Os autores apresentaram as principais considerações para tornar a fotografia uma ferramenta útil e mais precisa, tanto a fotografia de perfil como frontal. Ele observou a posição do paciente, seleção da lente, posicionamento da câmera, distância da objetiva. Estas variáveis devem ser compreendidas e controladas na hora de reproduzir o objetivo desejado. Utilizar pontos de referências faciais conhecidos permite uma imagem com maior objetividade consistência e comparatividade. 
POGREL (1991) estudou qual é o valor estético normal, revisando 
diversos trabalhos científicos. Estabeleceu que os tratamentos dento faciais são auxiliados pelo menos parcialmente por padronizações fotográficas e radiográficas, analisados com as normas previamente estabelecidas e aceitas. Escuta-se freqüentemente “trata o paciente não a radiografia”. Com o desenvolvimento de sistemas de digitalização e de programas de análise cefalométricos deve haver mais segurança quanto às normas de fotometria e cefalometria que o anteriormente previsto. A maioria das análises utilizadas para planejamento cirúrgico ortognático é basicamente de natureza ortodôntica, e dependem de valores derivadas de 30- 40 anos atrás. Pequenas novas informações são advindas de artistas e escultores, ou do público em geral. Quando muitas dessas normas foram criadas, a chamada “orthodontic flat face” foi amplamente aceita como normal. Existem numerosas evidências de que perfis mais protrusos deveriam ser aceitos. Também existem evidências que pacientes não desejam ser normais, mas desejam o supranormal, isto é beleza ou formosura. Nenhuma análise comumente usada mostra diferença entre os perfis normal e supranormal. A análise deveria derivar de perfis supranormais ou belíssimos em faces não costumeiramente encontradas. Também existem evidências de padrões de rostos correspondem a que a moda à época dita. A área do queixo se mostra mais proeminente em relação ao que era a 30 ou 40 anos atrás. Quando a cirurgia é considerada sobre diferentes grupos étnicos, é coerente discutir abertamentesobre o que o paciente espera ganhar com a cirurgia. Deve-se verificar se o paciente deseja assemelhar-se a um indivíduo mais caucasóide ou se deseja afastar-se do estereotipo. 
FITZGERALD, NANDA e CURRIER (1992) desenvolveram um novo 
método de construção do ângulo nasolabial que permite avaliar a inclinação relativa da borda inferior do nariz e do lábio superior, assim como suas relações entre si. Trabalharam com duas amostras, sendo a primeira de 15 indivíduos mensurados por quatro ortodontistas para validar se este método era realmente reproduzível pelos diferentes ortodontistas e interortodontistas, e uma amostra de 104 adultos jovens, brancos, determinados pelos autores como tendo uma face equilibrada. Os valores médios e desvio padrão desta amostra demonstraram que o ângulo entre a borda inferior do nariz e o plano horizontal de Frankfurt foi de 18º + ou – 7º, entre o lábio superior e o plano horizontal de Frankfurt foi de 98º + ou – 5º e o ângulo nasolabial foi de 114º + ou – 10º. O autor concluiu que: 1- um método seguro de construir o ângulo nasolabial foi inventado que permite medir separadamente a inclinação da borda inferior do nariz e o lábio superior. Estas medidas eram consistentes e reproduzíveis dentro e entre os ortodontistas estudados; 2- a média e desvio padrão de uma amostra de 104 adultos brancos, jovens, para os três parâmetros de ângulo nasolabial que eram 18°+-: 7° para o N / ângulo de FH, 98°+-: 5° para o L/FH, e 140+-: 10° para o ângulo n asolabial. Não houve nenhuma diferença estatística significativa entre os homens e mulheres; 3- nenhuma correlação foi demonstrada entre as medidas do perfil mole, medidas do ângulo nasolabial e as seis relações esqueléticas examinadas nesta amostra de faces equilibradas. 
 
Figura 02 - Inclinação da base do nariz e do lábio superior em relação à Frankfurt (FITZGERALD, NANDA e CURRIER, 1992). 
 
THOMAS, NANDA e FRANS (1993) avaliou a percepção de um 
perfil facial equilibrado. Foi selecionado um perfil determinado como agradável e sobre esse perfil foram criadas seis séries de sete perfis. Os perfis foram modificados tanto para protrusão como retrusão de nariz, lábios, e posição de mandíbula. Estes perfis foram avaliados por 545 profissionais dentistas do perfil mais agradável ao menos agradável de cada série. Concluiu que: os perfis retos foram mais agradáveis para os homem, e perfis mais convexos mais agradáveis para mulheres. Os perfis mais retrusos, muito convexos foram os menos agradáveis para os avaliadores. Lábios mais protrusos foram mais aceitos para homem e mulheres com nariz e queixo longos. Isto deve nos orientar a observar a espessura dos tecidos moles, e visualizar as possíveis modificações decorrentes do crescimento para tomá-las em conta na hora de nosso planejamento. 
 
Figura 03 - Perfis construídos (Androgynous) a partir de um perfil verdadeiro, modificando o nariz, mento e protruindo e retraindo o lábios.(THOMAS, NANDA e FRANS 1993). 
 
ARNETT (1993a) apresentou uma análise facial tanto em norma 
frontal como lateral organizado em 19 medidas. Esta análise se baseou em pontos-chave relevantes para o tratamento ortodôntico e cirúrgico. Para avaliar, o paciente deve estar em posição de repouso natural de cabeça, oclusão em relação cêntrica e postura de lábios relaxada. O autor relatou a dificuldade de usar valores normativos, como por exemplo, o valor dado por diferentes autores ao ângulo nasolabial. 
ARNETT (1993b) descreveu os 19 traços faciais para o exame 
facial, tanto em uma vista frontal e de perfil, dando as medidas padrão e as alterações destas medidas conseqüentes de maloclusão de CII e CIII de Angle, como características de deformações esqueléticas, e preparação ortodôntica para cirurgia e concluiu que, geralmente, as chaves de oclusão são usadas para determinação do tratamento em demérito das chaves de harmonia facial que quase não são usadas. Neste estudo, o autor apresentou um procedimento compreensivo, organizado, para a análise facial. Nesta, os traços normais são mantidos e as características anormais são corrigidas com ortodontia e cirurgia. 
A informação do exame facial do paciente determina quais procedimentos resultaram numa cosmética excelente com função de classe I. A mera correção para uma oclusão de Classe I pode fornecer resultados fortuitos e freqüentemente pobres. 
Figura 04 - Ângulo Nasolabial. Linha C columella, Sn ponto subnasal, ULA ponto mais anterior do lábio superior. (ARNETT 1993). 
 
QUEIRÓS (1994) explicou as diferenças entre ortodontia interceptiva 
e ortopedia funcional, movimentos dentários, como inclinação, rotação, intrusão, e, ainda explicou conceitos básicos para realizar o movimento dentário como alavanca e retenção. Logo explicou de forma resumida as etiologias da maloclusão: fatores hereditários, influências pré-natal, fatores pósnatais e fatores circundantes ou ambientais. Logo descreveu a cronologia da erupção dentária tanto decídua como permanente, desenvolvimento da arcada dentária , oclusão, as complicações comuns na erupção dentária de caninos e pré-molares. Faz um quadro resumo das classificaçõs das maloclusões dentárias da forma descrita por Angle com base nos primeiros molares permanentes. Continuando com as maloclusões esqueléticas e suas possíveis combinações, como a análise cefalométrica padrão UNIVERSIDADE CENTRAL DA VENEZUELA que tem 15 pontos cefalométricos, sete planos e 
17 ângulos, também usou a análise de McNamara medindo o ângulo Nasolabial 90-110º. Descreveu que este pode indicar prognatismo maxilar, dento alveolar onde um ângulo obtuso maior de 110º pode indicar uma retrusão de maxila ou inclinação lingual dos incisivos. 
BERTHOLD, BENEMANN e MALINSKI (1995) compararam perfis 
esteticamente agradáveis, selecionados entre acadêmicos de odontologia da PUCRS e padrões preconizados por diferentes autores. Para este estudo o autor selecionou uma amostra de 24 indivíduos, estudantes de odontologia da Pontifícia Universidade de Católica de Rio Grande do Sul, selecionada pelos próprios estudantes no mês de novembro de 1993. Como sendo os melhores perfis, 12 mulheres e 12 homens, nas faixas etárias entre 18 a 26 anos, sendo todos leucodermas filhos de brasileiros com antepassados estrangeiros. Foram obtidas as radiografias em norma lateral e desenhados os cefalogramas, os pontos e traçados cefalométricos de tecidos duros e moles. Os resultados foram submetidos a teste de significância (T) com nível de 5%. Conclui-se que: as medidas tegumentárias apresentaram diferenças significativas, o ângulo ANB não apresentou medidas significativas, sendo a medida tegumentária mais confiável recomendada a de Merrifield e Sutelny apresentou diferença significativa das obtidas na mostra; a análise de Ricketts (plano E) mostrou nitidamente o dimorfismo sexual; o perfil facial apresentou-se mais retraído que o padrão do autor, sendo que no gênero feminino apresentou-se mais protraído que no masculino. 
VIAZIS (1996) manifestou a importância de uma análise dos tecidos 
moles da face, a fim de se ter um entendimento amplo das características estéticas do paciente. Para isso dividiu a face em 3 terços superior médio e inferior. A proporção entre as distâncias glabela, mento e inter-malar como sendo perto a 90%. Abertura facial, avaliação do nariz como sendo a largura para com a altura de 70%. Convexidade do perfil, uma paralela à vertical verdadeira de No e a linha NoPg`(Nasion/mole-Pogonio/mole) define o ângulo V, (convexidade do perfil) que em média é de -13º± 4º; avaliação dos Lábios. 
Ângulo Nasolabial (Lábio superior-subnasal-columelar) que tem uma média de 100º ± 10º varia grandemente entre grupos étnicos. O autor ainda divide este ângulo em dois, superior e inferior mediante uma linha paralela a Horizontal verdadeira que passe pelo ponto SN (subnasal). Os dois ângulos formados devem estar em uma proporção tal que o superior deve de ser 25% maior que o inferior. Define, ainda, outros ângulos como mentolabial valor 130º±10º, ângulo de proeminência labial que denotaa quantidade de protrusão de lábio com média de 125º±10º. Na seqüência, o autor descreveu uma forma de avaliar a posição dos lábios e sua implicância no perfil, nas diferenças entre os gêneros e em um tratamento ortodôntico (na face de retração dos dentes anteriores). Concluiu que: 1. a quase a totalidade dos autores consultados que mediram o ângulo nasolabial encontraram o valor normal entre 100o e 108o; 2. o método usado com maior freqüência para medir este ângulo foi traçar uma tangente à borda inferior do nariz e outra tangenciando o vermelhão do lábio superior; 3. entre os autores consultados a maioria achou que um ângulo nasolabial mais estético seria para mulheres um ângulo mais aberto e para o homem um ângulo mais fechado; 4. este ângulo varia com o crescimento, aumento da espessura do lábio, aumento do nariz, projeção dos incisivos, retrusão dos incisivos, na cirurgia ortognática; 5. grande parte dos autores opina que o conceito de beleza é subjetivo, ainda que a harmonia e equilíbrio entre as partes da face e a oclusão manifestariam certo grau de beleza em todos os casos; 6. os rostos considerados mais bonitos em homens tendem a serem mais retos e em mulheres mais convexos. 
SUGUINO et al (1996) definiram uma análise facial por meio de 
revisão bibliográfica, com a cabeça em “posição natural” no momento da avaliação. Com o advento das radiografias surgiram várias análises para avaliar o perfil facial mole estético. Mencionaram as linhas de Haldaway, plano de Ricketts e análise de Burstone. No segundo ponto de seu trabalho menciononaram o “Exame Clínico Facial x Análise cefalométrica”, onde, entre as vantagens da análise radiográfica é que temos condições de analisar quantitativamente, enquanto que no exame clinico facial só podemos observar as alterações e descrevê-las (subjetivamente). Os autores complementaram com o exame radiográfico porque, através deste, pode-se confirmar aquilo que vimos, se ela nos está fornecendo uma situação alterada da posição real dos tecidos moles ou não. Na avaliação clínica em vista frontal, observaremos simetrias, analisando os terços faciais, o primeiro, ao qual não dá muita importância, representaria a configuração da calvária. Com relação aos terços médio e inferior, os autores sugerem todo um sistema de linhas para determinar a simetria e proporcionalidade. Após isto analisam o contorno avaliando também as proporções entre altura facial, distância entre glabelas e mento, e a largura facial, a distância entre os pontos mais externos das proeminências malares. Estabeleceram, segundo os critérios de Farcas 1,31:1 para mulher e 1,35:1 para o homem podendo determinar se ela é comprida ou curta. Também estudaram a “Abertura Facial” e concluíram que traves do ângulo da abertura facial têm um valor normativo entre 45º±5º. Avaliaram as linhas médias esqueléticas e dentárias descrevendo as possíveis causas de alteração. Avaliaram o terço inferior, estabeleceram medidas as quais encontram-se entre 55 a 65 mm verticalmente, lábio em repouso e durante o sorriso, para ver assimetrias. O comprimento dos lábios superior e inferior. O espaço interlabial em repouso entre 1 a 5 mm como medidas de uma boa estética facial. Em relação aos lábios os incisivos devem ter uma exposição de entre 1 a 5 mm. Geralmente menos exposto no homem. Analisaram o nível da posição dos lábios no sorrir. Logo passaram a analisar o perfil mole. Primeiro o contorno facial, a convexidade do perfil estaria determinado pelo ângulo “V” o NoPg. A média será de -13 ± 4º. A espessura do lábio superior e inferior. O ângulo nasolabial (ANL) pode ser modificado pelo tratamento ortodôntico, cirúrgico, e pela posição dos incisivos superiores, o valor cosmético mais favoráveis oscila entre 85ºa 105º, outros autores consideram ele entre 90º a 110º. Consideraram os possíveis fatores que o alteram na hora de estabelecer o plano de tratamento como, inclinação dos incisivos, tensão do lábio superior, ângulo real do paciente, espessura do lábio superior, magnitude da retrusão mandibular, movimentação dos incisivos, os dentes a serem extraídos, extração versus não extração. Este ângulo diminui com a idade, sendo maior nas meninas que nos meninos. Quando se encontra aberto a retração dos incisivos deve ser evitada no plano de tratamento. Logo fala do contorno do sulco maxilar, contorno do sulco mandibular, projeção nasal, linha queixopescoço, linha subnasal-pogônio. Concluíram que: “A harmonia e o equilíbrio facial não são conceitos fixos O padrão de beleza varia tremendamente entre as pessoas, grupos raciais, tradição sócio-econômicas e ainda depende do olho do observador”. O julgamento estético clínico tem se mostrado muito mais válido no planejamento do tratamento com cirurgia ortognática que qualquer outra análise cefalométrica. Para validar a análise cefalométrica no planejamento do tratamento, as medidas cefalométricas devem ser testadas quanto à habilidade de efetivamente refletirem as características morfológicas que determinam o julgamento estético clínico. 
OKUYAMA; RODRIGUES (1997) propuseram que os rostos belos 
possuem algumas características comuns e diferentes. Aceitando-se que as preferências estéticas de cada pessoa sejam estabelecidas pela própria sensibilidade e pela influência do meio ambiente. Neste trabalho os autores tentaram estabelecer as preferências de perfis tegumentários, em 180 jovens leucodermas, melanodermas e xantodermas de ambos os gêneros, avaliados por 9 ortodontistas, 9 leigos e 9 artistas plásticos, e concluíram que a preferência do perfil tegumentário das três categorias não demonstrou concordâncias significativas e os 21 perfis preferidos apresentavam como características, suave convexidade facial para todas as raças, proeminência do mento maior em leucodermas, lábio superior mais proeminente em melanodermas, maior protrusão nasal para gênero masculino, etc. Para estes autores, estas características deveriam ser tomadas em conta na hora de planejar um tratamento direcionado a cada etnia. 
	Figura 	05 	- 	Perfis 	Leucodermas 	Preferidos. 	(OKUYAMA; 
RODRIGUES 1997) 
 
Figura 06 - Perfis Melanodermas Preferidos (OKUYAMA; RODRIGUES 1997). 
 
Figura 07 - Perfis Xantodermas Preferidos (OKUYAMA; RODRIGUES 1997). 
 
GREGORET (1997) propôs avaliar o perfil no sentido sagital e 
vertical. No sentido sagital avaliou o avanço o retrocesso das estruturas faciais. E no sentido vertical, dividiu em terços, e dentro destes o estudo do terço médio e inferior. No estudo frontal dividiu a face em metade direita e esquerda observando assimetrias e alterações na linha média dentária. Além disso, utilizou a análise de Powell que analisa de maneira simples: testa, nariz, lábios, mento e pescoço utilizando ângulos relacionados entre si. Entre os ângulos estudados está o Ângulo Nasolabial, traçado do ponto subnasal e a horizontal tangente ao ponto mais anterior columelar e a vertical tangente ao bordo mucocutâneo do lábio superior. O valor normal para este ângulo é de 90º-110º. Ele seria alterado pela posição de incisivos, e a inclinação da base do nariz. O autor também mencionou o trabalho de Matos de Fonseca que divide este ângulo em duas partes, sendo uma nasal e outra labial, mediante o traçado de uma linha horizontal verdadeira que passe pelo ponto subnasal. 
RODRIGUES, DO CARMO e SILVEIRO (1998) sugeriram uma 
metodologia para poder chegar a um diagnóstico preciso dos problemas de deformidades dentofaciais. Começando com o exame clínico com o paciente em posição de repouso, observa a harmonia facial, os terços faciais, simetria entre as regiões direita e esquerda da face, região de malar, etc. Um exame fotográfico, normatizado com o paciente sentado e plano de Frankfurt paralelo ao solo. Exame radiológico panorâmico e periapical. Estudo cefalométrico, o póstero-anterior de Riketts só serviria para avaliar algumas assimetrias e morfologias esqueléticas. No estudo cefalométrico, em norma lateral, dividiu em três tópicos: cefalometria esquelética, cefalometria dental e cefalometria dos tecidosmoles. Nesta última utilizou a relação dos lábios de Riketts, plano de Steiner, linha H e ângulo de Holdaway e ângulo Z de Merrifield para auxiliar no diagnóstico. Também mencionou o perfil nasal e o ângulo nasolabial com valores 90º para homem e 110º para mulheres. Além disso, descreveu estudo de modelos, cirurgia em modelos e traçados cefalométricos. 
BANDEIRAS, PEREIRA e ECHEVESTE (1998) analisaram quais 
medidas cefalométricas usadas na avaliação do perfil mole facial apresentaram valores-padrão compatíveis com os de uma amostra de perfis faciais agradáveis, além de avaliar a existência de diferenças estatisticamente significativas para cada gênero. Contou com 42 acadêmicos, 21 de cada gênero, leucodermas, com faixa etária entre 18 a 26 anos, que foram selecionados como tendo os perfis mais agradáveis pelos próprios acadêmicos da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Rio Grande do Sul, Porto Alegre, entre os anos 1994 e 1997. Foram realizadas 42 radiografias em norma lateral e adotadas 22 medidas para avaliar o perfil mole. Os resultados foram submetidos a estudos estatísticos mediante “t de Student”. Após analisar os resultados, o autor concluiu que: 11 medidas apresentaram diferenças estatisticamente significativas para ambos os gêneros sendo três angulares e 8 lineares. Seis medidas não apresentaram diferença para ambos os gêneros, sendo uma angular. Existiram diferenças estatisticamente significativas na amostra quando comparados os valores encontrados para gênero masculino e feminino. 
Figura 08 - Ângulo Nasolabial (BANDEIRAS, PEREIRA e ECHEVESTE 1998). 
 
FONTES (1999) avaliou as alterações dos tecidos moles (lábio e 
perfil facial) decorrentes do tratamento ortodôntico. Para este estudo utilizou 130 cefalogramas obtidos de cefalometrias de radiografias em norma lateral de 65 indivíduos brasileiros ao início e final do tratamento. Sendo 30 tratados sem extrações e 35 com extrações, 25 de gênero masculino e 40 de gênero feminino, 25 apresentavam maloclusão de classe I e 43 de classe II todos tratados com aparatologia fixa mecânica “Edgewaise”. Os pacientes tratados sem exodontia foram submetidos a arco extra oral. Os cefalogamas foram comparados com as medidas obtidas e submetidas a teste estatístico “t de Student” a nível de 5% de significância. Conclui que: 1. para o grupo tratado com exodontias, houve em média, uma tendência maior de redução das medidas do perfil facial estudado, apesar de estatisticamente não significativa em relação aos indivíduos tratados sem extração. Houve uma relação entre movimento de incisivos superiores e lábio superior e incisivos inferiores e lábio inferior no grupo sem exodontias na proporção de 1:0,78 para o superior e 1:0,41 para o inferior respectivamente. No grupo dos indivíduos tratados com exodontias o movimento foi de 1:0,81 para o superior e 1:0,66 para o inferior. 
	INTERLANDI 	(1999) 	escreveu 	a 	importância 	de 	examinar 
diretamente o paciente, nas fotos e no cefalograma, a estética do perfil facial tegumentário. E para isso um dos aspectos mais importantes a considerar é o ângulo nasolabial, que tende a ser algo obtuso com nítidas variações para os diferentes padrões faciais. A inclinação do lábio superior pode ser comparada com a linha N-perp. Linha H de Holdaway (1960) e Z Merrifield (1966). São de valia para esste exame, bem como os valores preconizados por Arnett (1993) e outros. Sempre que se recorre à telerradiografias em norma lateral da face, para a determinação de valores estéticos, há uma barreira intransponível entre as grandezas numéricas e a complexidade inerente a valores subjetivos. Existindo atualmente uma tendência a estabelecer linhas de referncia para a mensuração facial como uma vertical verdadeira para obter uma postura natural do paciente. Neste capítulo o autor também diz que as alterações no movimento do lábio acompanhariam 2/3 do movimento lingual o vestibular dos incisivos superiores o que poderia ajudar a programar as possíveis melhoras no perfil que podem ser conseguidas com o tratamento. 
ISPER e PASSERI (1999) estudaram a existência de proporções 
divinas de Fibonacci descritas por Ricketts (1982), em telerradiografias em norma lateral, foram selecionadas uma amostra de 40 telerradiografias em norma lateral de 40 jovens adultos, brasileiros, leucodermas, de ambos os gêneros nas faixas etárias entre 18 a 25 anos, com oclusão clinicamente considerada normal residentes no estado de São Paulo não tendo recebido tratamento prévio ortodôntico ou de cirurgia ortognática. Sobre as radiografias foram traçados os cefalogamas. Submetidos a estudo e discussão. Concluíram que a diferença entre as medidas calculadas e encontradas para as proporções Ba-S/S-N foram estatisticamente significativas mostrando que a distância S-N calculada a partir de Ba-N foi maior no sexo feminino e menor no masculino que a distância S-N encontrada. Enquanto as proporções medidas ao nível do esqueleto se encontravam em um mesmo plano, seja este no sentido horizontal ou vertical, as diferenças entre as medidas observadas e calculadas não foram estatisticamente significativas. A proporção entre A-1/1-PM, apresentou diferença com relação ao sexo, não sendo significativa para o gênero masculino. A proporção que envolve as partes dentárias mesmo se encontrando num mesmo plano, apresentou diferenças em relação ao sexo. A distância Xi-Pm calculada e a observada apresentaram-se estatisticamente significativa pelo fato do corpo da mandíbula ser proporcionalmente maior que o ramo ascendente na amostra masculina, ao contrário da amostra feminina, onde a mandíbula se mostrou mais proporcional. 
JONES e OLIVER (1999) abordaram as diversas propostas de 
análises de tecido mole, mas nenhuma delas puderam fornecer uma orientação quanto a face, em particular ser ou não atraente, e tais mensurações têm muito pouco valor diagnóstico, porém pode nos auxiliar na descrição da aparência facial do paciente. Para os autores talvez a mais útil seja a linha estética, que vai da a ponta do nariz ao mento. A aparência facial será agradável quando os lábios estiverem próximos desta. Outro indicador será o ângulo nasolabial, de maneira ideal deveria ficar por volta de 110º. Um ângulo nasolabial muito amplo forneceria um perfil desagradável. E deve ser preocupação nos casos que se encontre aumentada, devemos ser cuidadosos na hora de retrair os dentes anteriores para não piorar o perfil facial. 
DE FREITAS et al (1999) estudaram as alterações ocorridas na 
posição de incisivos superiores provocadas pelo tratamento ortodôntico e a sua influência sobre o ângulo nasolabial. Para este estudo longitudinal o autor selecionou uma amostra de 108 telerradiografias em norma lateral, ao início, final e 5 anos após o término do tratamento ortodôntico de 36 jovens leucodermas, 20 de gênero feminino e 16 de gênero masculino. Os indivíduos da amostra encontravam-se em oclusão de classe II, 1ª divisão e foram tratados ortodonticamente na disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, submetendo-se a extrações dos quatro primeiros pré-molares. As idades médias ao início do tratamento e 5 anos após o término foram de 13 anos; 15 anos; e 7 meses e 20 anos e 6 meses respectivamente. As telerradiografias foram obtidas estando o paciente com lábios relaxados e dentes em oclusão, as radiografias obtidas foram traçadas e marcados os pontos cefalométricos em papel ULTRFAN®, e obtidos os cefalogramas. Os autores concluíram que: houve um significativo retroposicionamento dos incisivos superiores, que contribuiu para a correção da Classe II. A retroposição dos incisivos influenciou no aumento do ângulo nasolabial, que proporcionou as melhoras no perfil facial. Para cada milímetro de retração de incisivos superiores, o ângulo nasolabial aumentou 1,49º. As melhoras no perfil conseguidas pela mecanoterapia foram estáveis. 
GONZÁLES, SOLÓRZANO e BALDA (1999) em uma revisão da 
literatura do conceito de estética, nos fala que lograr umsorriso agradável é um desafio artístico. Os dentistas devem aprimorar seus sentidos e permitir o desenvolvimento de um sentido individual, embasado em conceitos objetivos. A estética é um conceito do intelecto do ser humano e deve promover um sentimento prazenteiro e não prazenteiro. De fato o efeito psicológico positivo de melhorar a aparência estética ocasiona uma melhora na auto-imagem e uma auto-estima mais fortalecida. Segundo o autor, as pessoas belas são consideradas na sociedade mais confiáveis e qualificadas. 
RAKOSI, JONAS e GRABER (1999) analisaram primeiro por meio 
de um exame cefálico e facial, onde avaliaram a relação entre a forma da cabeça e das estruturas faciais mediante os índices cefálicos da cabeça e o índice morfológico facial, afirmando que a forma facial tem relação com a forma da arcada dentária, sem poder demonstrar uma relação direta. Os autores ainda examinam os tecidos moles, e descrevem que o perfil é influenciado pelo formato da testa e nariz. Dividiu a face em três terços. O terço superior a testa pode ser, plana, protruída e inclinada. Estes formatos teriam relação com a etnia, fatores genéticos, gênero e idade. Analisaram o nariz, o tamanho e a posição determinariam a aparência estética da face. Enfatizaram que o nariz não se altera com o tratamento ortodôntico. O formato do nariz não é apenas determinado por fatores genéticos ou étnicos, também traumatismos podem alterar sua forma. Nos lábios os autores avaliaram o comprimento, largura e curvatura. Analisaram o terço inferior da face dividindo-a em terço superior até o estômio e os dois terços inferiores desde o estômio ao mento. O ângulo nasolabial e mentolabial indicariam a tensão dos lábios. Independente das características étnicas, a protrusão do lábio é influenciada por espessura dos tecidos moles, tonicidade dos músculos orbiculares, posição dos dentes anteriores e a configuração das estruturas ósseas sobrepostas. Por último analisou o queixo o que teria influência da estrutura óssea, espessura e tonicidade dos músculos mental, relacionamento craniofacial da mandíbula. 
Como regra geral o contorno do mento é avaliado em conexão com 
a posição do lábio inferior. 
 
 
Figura 09 Figura 10 Figura 11 Variações da inclinação do lábio superior e ângulo nasolabial (RAKOSI, JONAS e GRABER 1999). 
 
RODRIGUES (1999) avaliou as alterações dos tecidos moles na 
área labial decorrente de tratamento ortodôntico, trabalhou com radiografias de 65 indivíduos em dois momentos. Uma feita no início e outra no final do tratamento. Da amostra 30 eram tratados sem exodontias e 35 com exodontias, 20 homem 45 mulheres, 22 indivíduos apresentavam classe I e 43 classe II de Angle. E foram tratados com aparatologia fixa do sistema “Edgewise”. Os pacientes tratados sem exodontia foram submetidos a aparelho extra-oral. A metodologia que o autor usou foi o traçado cefalométrico tomando pontos no tecido duro e mole e medindo sua relação antes e após o tratamento. Concluiu que: 1. Para todos os indivíduos que efetuaram exodontia, houve uma diminuição das medidas do perfil facial apesar de que não estatisticamente significativa comparada com o grupo sem extração; 2. As relações encontradas para movimentação de lábio e incisivo superior e incisivo inferior foram as seguintes. No grupo dos indivíduos tratados sem exodontia houve uma relação do movimento de incisivo e movimento de lábio de 1:0,78, no lábio superior e de 1:0,42 para o lábio inferior. No grupo com exodontia a relação incisivo e lábio foi de 1:0,81 para lábio superior e de 1:0,66 para lábio inferior. 
KIYOAKI (1999) descreveu as possibilidades de tratamento de maloclusões como sendo ortodônticas puras em pacientes adultos, ortodônticas puras em pacientes em crescimentos e ortodônticas cirúrgicas de maneira combinada dependendo das necessidades do paciente. Dá uma visão das limitações do tratamento dentário explicando o Envelope de Discrepância de Proffit e Ackerman onde podemos visualizar de forma fácil e didática as limitações dos movimentos dentários em ortodontias puras em pacientes adultos, ortodontias puras em pacientes em crescimentos e ortodontias cirúrgicas de maneira combinada. Enfatizando que uma porcentagem grande da população que procura tratamento ortodôntico procura uma melhora estética e não somente funcional ou oclusal e devido a isto é importantíssimo analisar a queixa do paciente na hora de propor o tratamento. Mostra casos, um tratado só com ortodontia e outro tratado com ortodontia e cirurgia, onde podem apreciar-se as melhoras estéticas superiores no perfil daquele que além de ortodontia utilizou cirurgia. Ele também usa como ângulo nasolabial entre 100º110º. 
BERGMAN (1999) relatou a necessidade deste artigo para 
apresentar uma análise da face para complementar uma publicação que abordou 18 traços faciais independe de pontos esqueléticas para mensuração. Os traços faciais devem ser identificados antes do tratamento fazendo-nos quatro perguntas: 1 - Qual a qualidade e quantidade dos traços faciais?, 2 - Quanto o crescimento afeta um traço?, 3 - Como a movimentação afeta um traço pré-existente?, 4 - Como a movimentação óssea cirúrgica corrige a oclusão?.Analisou o: O ângulo do perfil facial, valor médio 168,7 + o – 4.1 graus. Projeção nasal (15.5 + ou – 2.8 mm), terço inferior da face, altura facial, comprimento do lábio superior, espessura do lábio superior, contorno do sulco maxilar, lábio superior à linha subnasal-pogônio, ápice do incisivo superior até borda inferior do lábio superior, comprimento do lábio inferior, espessura do lábio inferior, contorno do sulco maxilar, lábio inferior até linha pogôniosubnasal, ponto b do tecido mole a linha subnasal-pogônio mole, ângulo pescoço-face inferior, linha do pescoço e ângulo nasolabial é muito conhecido, tentando mantê-lo num valor de 102 graus +ou – 8 graus, o aumento pode se dever ao nariz arrebitado, servindo também para avaliar a posição relativa de maxila (ântero-posterior). Ângulos agudos permitiriam uma maior retração enquanto que ângulos obtusos a impediriam aconselhando um procedimento cirúrgico. O ângulo nasolabial se mantém estável entre os 7-17 anos sendo menor em mulheres que em homem. O autor apresentou 3 casos, um caso era de um jovem de 15 anos e 8 meses, na radiografia cefalométrica inicial apresentou 10 características faciais dentro do padrão, com o tratamento cirúrgico ortognático, 13 características faciais estavam dentro dos padrões, assim o tratamento otimizou traços do individuo contribuindo para a harmonia facial. Outro caso, um adulto de 38 anos, com tratamento proposto de extração de quatro pré-molares e cirurgia ortognática, o tratamento otimizou a harmonia facial, pois antes do tratamento havia 9 características faciais após, passaram a existir 12. O último caso, um jovem de 9 anos e 11 meses, com plano de tratamento de extração dos dentes 5, 12 e 28, apresentou otimização da harmonia facial, no início haviam 6 características faciais e no final 13 características dentro do limite de normal. O autor concluiu que as análises dentárias, esqueléticas e faciais são determinantes para o diagnóstico e tratamento da maloclusões. A análise do tecido mole deve se preocupar em manter ou melhorar o perfil do paciente. Pois nem sempre uma correção da oclusão levará a uma harmonia facial. 
MARRACH (2000) estabeleceu em sua monografia o valor de várias 
concepções de análise da estética facial para o diagnóstico e tratamento ortodôntico consultando numerosos autores de publicações renomadas. A autora concluiu que: São importantes os conceitos técnicos científicos, mas ele deve estar aliado aos aspectos subjetivos, tais como percepção, auto-estima, auto conceito, são de grande valia para a obtenção do melhor resultado. Uma vez que estes últimos nos auxiliam a conhecer melhor a personalidade e as expectativas do paciente. O profissional deve estar aberto a novas tendências de conhecimento e nossas metas devem sempre visar às melhoras físico e psicológico do paciente.SAADIA e AHLIN (2000) observaram que os pacientes que procuram tratamento só estão preocupados com a correção dos dentes desconhecendo que outros objetivos como melhoras no funcionamento da ATM, estética facial e dentes saudáveis. Concentrar-se apenas no alinhamento dentário pode conduzir a um resultado final indesejável podendo em determinadas ocasiões piorar a aparência facial. O objetivo estético, a aparência pessoal tem um profundo impacto na vida do individuo. Quando crianças estão sujeitas a estereótipos clássicos nos desenhos animados. Como na Classe II ilustra tolice, burrice ou incompetência. E nos desenhos de Classe III retrata raiva sórdida e outros comportamentos sociais inaceitáveis. Estes estereótipos provocam impacto definitivo no futuro desenvolvimento emocional social e econômico das crianças. Influenciando até mestres a prestar atenção maior em crianças mais atraentes. Melhorando a estética podemos dar um melhor desenvolvimento tanto emocional como dar melhores oportunidades na disputa por um trabalho e uma independência financeira. Conceito de estética, de acordo com o filósofo Protágoras do século V a.C. “O homem é a medida de todas as coisas” refere-se a relatividade do conhecimento interpretado por pessoas diferentes. No renascimento, muitos artistas assumiram esta afirmação muito literalmente e tentaram criar um sistema de aplicação da beleza a partir das proporções anatômicas humanas. Como Leonardo de Vinci ilustra as proporções humanas em seus desenhos. O conceito de beleza muda de século em século, variando de um lugar a outro. Mesmo com o fato da percepção de beleza humana ter variado com o tempo existe uma surpreendente correspondência entre as proporções de cada individuo. A maioria dos pacientes hoje prefere contornos faciais mais cheios, com lábios mais proeminentes, do que aqueles considerados pela norma a 30 anos atrás. 
SIMÕES (2000) avaliou o conceito de beleza na história desde a 
antiguidade até tempos atuais. Descreve como o conceito de beleza tem ido se modificando com o tempo e com as diferentes culturas. Falando também da beleza que Davi de Michelangelo mostrou em suas obras e como esses perfis ao serem analisados, mostravam-se retrognatas em relação aos conceitos modernos, e as medidas atuais. 
URSI et al (2000) determinaram o efeito no perfil facial tegumentário 
de pacientes apresentando maloclusão de classe II, com os aparelhos ExtraBucal cervical, Frankel e Herbst. Para este estudo foram comparados 30 pacientes tratados com o aparelho extra-bucal cervical, 21 do gênero masculino e 9 de gênero feminino, o tempo médio de tratamento foi de 21 meses. 35 indivíduos foram tratados com aparelho de Frankel sendo 14 de gênero masculino e 21 femininos e o tempo médio de tratamento foi de 21 meses. 29 indivíduos foram tratados com aparelho de Herbst sendo 16 de gênero masculino e 13 femininos, com tempo médio de tratamento de 14 meses. Os indivíduos eram pertencentes ao banco de dados de radiografias cefalométricas em norma lateral que apresentavam classe II de Angle, divisão 1ª e 2ª, pertencentes ao Departamento de Ortodontia da Universidade de Michigan, EUA. E para grupo controle selecionou-se 29 pacientes 19 de gênero masculino e 10 femininos, com idade média de 9 anos e 7 meses, observados durante 24 meses. Dos arquivos de documentação do “Elementary Growth Study” do centro de crescimento humano da Universidade de Michigan. Todos os pacientes eram: leucodermas, filhos de americanos e descendentes de europeus setentrionais e com idade pré-tratamento de 9 e 12 anos. Foram radiografados em norma lateral padronizada. Obtidas as radiografias traçados os cefalogramas e medidos os ângulos e valores. Concluíram que: 1. embora os perfis das diferentes amostras tenham sido homogêneos, existe uma infinidade de combinações e arranjos no perfil tegumentário na maloclusão de classe II 1ª e 2ª divisão; 2. na comparação intergrupos as maiores mudanças no lábio superior foram no grupo tratado com extra-bucal; 3.Em todos os grupos se observou uma diminuição da convexidade do perfil e aumento do ângulo nasolabial; 4. os aparelhos que melhor influenciaram a convexidade e projeção do pogônio foram o aparelho Herbst seguido de aparelho Frankel; 5. o aparelho extra bucal foi o que teve mais impacto em diminuir o Ângulo Nasolabial, mas todos os aparelhos produziram uma retração do lábio superior; 6. fica claro que os efeitos isolados não caracterizam o aparelho como sendo melhor ou pior, mais dependendo das características faciais prévias do paciente o aparelho pode ter um impacto maior ou menor no perfil. 
ALVARES et al (2000) tentaram determinar as alterações do perfil 
tegumentário de acordo com o crescimento horizontal da face. A amostra consistiu em 38 radiografias tomadas em norma lateral de 19 jovens, brasileiros, leucodermas, com padrões de crescimento horizontal de ambos os sexos, com ascendência mediterrânea, de portugueses, espanhóis e italianos, com oclusão satisfatória, sem mutilações e sem ter recebido tratamento ortodôntico ou cirúrgico. Os jovens foram radiografados aos 6 e aos 18 anos. E as radiografias foram analisadas com auxilio de um programa de computação. 
Concluindo que: houve um aumento maior na espessura na região nasal, subnasal e tegumentária. O maior aumento em altura ocorreram na região nasal e labial superior, indicando que o terço médio é responsável pelo crescimento vertical da face em jovens leucodermas. Das alterações angulares somente se observou uma diminuição do ângulo nasolabial decorrente do maior aumento na espessura do nariz. 
	BUENO, 	DOMINGUES-RODRIGUES 	e 	CAPELOZZA 	(2001) 
avaliaram as características cefalométricas do complexo crânio facial de indivíduos de classe II divisão 1, obtidas pela cefalometria de McNamara Jr. e padrão USP, comparando-as com as características morfológicas obtidas por análise facial subjetivas. Trabalharam com 30 indivíduos classe II div. 1, voluntários femininos e masculinos , leucodermas, com idade entre 12-16 anos fotografados e radiografados em norma lateral do setor de triagem do departamento de ortodontia da faculdade de odontologia da Universidade de São Paulo. Os resultados por meio da análise facial subjetiva mostraram que o componente esquelético da maloclusão classe II div.1, foi a participação da maxila em 3 casos (10 %) das amostras, da mandíbula isolada em 13 casos (43,3%), da maxila e mandíbula associada em 13 caso (43,3%), e maxila e mandíbula consideradas bem posicionadas 1 caso (3,3%). A posição sagital da maxila foi avaliada com maior dificuldade devido à influência dentária, protrusão e inclinação dos incisivos sobre o ângulo nasolabial, que é um dos principais parâmetros morfológicos para definição da protrusão maxilar. Na mandíbula, os pontos fortes da avaliação são a linha e ângulo queixo-pescoço, que não sofrem influência dentária o que torna sua avaliação mais fácil e precisa. A avaliação subjetiva em termos de concordância com os achados cefalométricos para a posição de maxila e mandíbula, em termos estatísticos, mostraram ausência de significância e ausência de concordância entre avaliação subjetiva facial e cefalométrica para a posição da maxila. Em posição de mandíbula não tendo uma concordância estrita estatisticamente, não revelou discrepância marcada entre a avaliação subjetiva e cefalométrica. 
VEDOVELLO et al (2001) fizeram uma revisão da literatura, da 
análise facial e das proporções em norma lateral, onde apontam desde o conceito de beleza de ANGLE como sendo Apolo de Belvedere, passando por Case (1921) que agregou as observações clínicas ao uso de modelos faciais para planejamento de casos ortodônticos dando importância a esta análise até os dias de hoje, com Okuyama (1997). Concluíram que: a forma da face humana depende de fatores tanto genéticos como ambientais. O atrativo facial tem sido considerado produto de preferência individual, formado por tendências culturais e populares, e influenciado por diferenças raciais e sexuais; -a beleza facial pode ser definidacomo um estado de harmonia e equilíbrio entre as proporções faciais;- em um tratamento ortodôntico que se aproxime dos conceitos de oclusão normal benefícios estéticos serão conseguidos;- as discrepâncias estruturais são a maior limitante dos tratamentos ortodônticos, porém são os tecidos moles que determinam mais precisamente a susceptibilidade ao tratamento;- a habilidade dos tecidos moles em se adaptar às alterações das relações dentárias são mais restritas do que os limites anatômicos e nas correções das relações oclusais; - o exame clínico facial deve ser realizado com o paciente em posição natural de cabeça;- os modelos, a análise cefalométrica e a análise da face devem fornecer conjuntamente os fundamentos de um diagnóstico bem sucedido. 
BOWMAN (2001) em revisão da literatura resumiu o impacto estético 
do tratamento ortodôntico com e sem extrações. Desde o começo da ortodontia com Angle um devoto não extracionista tentou definir um perfil ideal tomando como referência o de APOLO de BELVEDRE, este tipo de perfil exibiria as características ditas por alguns ortodontistas contrários a extração como sendo um perfil achatado onde muitos alegam que o tratamento com extrações achataria o perfil e produziria disfunção de ATM. Essas mesmas pessoas tentam estimular o tratamento sem extrações a qualquer custo, mesmo com um embasamento teórico pobre. Mas a extração prejudica a aparência. Nos estudos apresentados pelo autor, nenhum deles demonstrou que o tratamento sem extrações era melhor em relação a deixar o perfil mais harmônico, como tampouco demonstrou que o tratamento com extrações prejudicou o perfil e a estética facial segundo o usuário final: o paciente. O público em geral parece enxergar como esteticamente atraente uma ampla gama de perfis. Nos estudos apresentados, uma ampla maioria dos pacientes tratados com extrações percebeu benéfico as modificações no seu perfil pelo tratamento feito com extrações, mais ainda naqueles casos que tem apinhamento ou estão os dentes ou maxila protruída. Se existe um perfil característico do tratamento com extrações, não consegue ser demonstrado pelos trabalhos expostos se os pacientes com extrações tem um perfil padrão. Concluindo que na revisão da literatura, tem pouca sustentação a idéia que a extração produziria um impacto negativo no perfil, na saúde periodontal ou problemas da ATM. Considerando a falta de suporte para os tratamentos só nos extracionistas pode ser argumentado que a maior parte do entusiasmo em favor dos tratamentos sem extrações é uma ameaça aos interesses do público. Considerando que os pacientes com apinhamento e protrusão podem ter um risco maior de um resultado pobre nas mãos de alguns tipos de tratamento sem extrações que se diz eficaz. A decisão pela extração não deve ter caráter político e sim fornecer os benefícios estéticos, funcionais e de estabilidade que o paciente merece. 
 
 
 
 
 
 
	Figura 12 	 	 	 	Figura 13 
Imagem de Apollo de Belvedre, silhueta do perfil de Apollo (BOWMAN 2001). 
 
 
 
 
 
	 Figura 14 	 	 Figura 15 
 Pré-tratamento BOWMAN 2001 Pós- tratamento BOWMAN 2001 
ALMEIDA et al (2002) relataram a evolução da cefalometria 
tweediana explicando os pontos, a forma de traçado cefalométrico e a obtenção das medidas angulares e lineares, manifestando que esta não consiste necessariamente só no triângulo de Tweed, tendo evoluído com o decorrer dos tempos e das inumeráveis pesquisas feitas pela Fundação Tweed para o desenvolvimento da ortodontia. Das 5 medidas angulares originais se acrescentaram mais 3 . Sendo ainda 5 lineares e acrescentando-se a medida AO-BO conhecida como a análise de Wits desenvolvido por Jacobson. Esta análise mencionada pelo autor seria uma análise simples e objetiva. 
BRAGA (2002) estudou a prevalência de oclusões normais e de 
maloclusões de classe I, II (divisões 1 e 2) e III avaliaram 100 adultos leucodermas (50 de cada gênero) não tratados ortodonticamente com características de perfis agradáveis, foram moldados e fotografados em norma lateral e classificados com relação a oclusão. A amostra continha um 7% de oclusão normal e 93% de maloclusões. Sendo 48% classe I, 36% classe II, divisão 1,6% classe II divisão 2,3% de classe III. O caráter normal do perfil foi avaliado por uma banca heterogênia de examinadores. Obtendo como conclusão do trabalho a seguinte prevalência: 7,6% oclusão normal, 48,91% de classe I, 34,78% de classe II divisão 1, 5,44% de classe II divisão 2, e 3% de classe III . Excluindo da mostra os portadores de oclusão normal. Foi possível estabelecer a prevalência das maloclusões para brasileiros, leucodermas, adultos com perfil normal como sendo: 52,94% classe I, 37,64% classe II, divisão 1, 5,9% classe II divisão 2, 3,52% de classe III. 
BRAGA (2002) estabeleceu um padrão facial numérico do perfil de 
brasileiros adultos e comparou-os com as medias americanas e as presentes na literatura. Trabalhou com fotografias padronizadas mediante posicionamento do paciente num cefalostato, e um suporte fixo para posicionar a máquina fotográfica. Trabalhou com 100 voluntários, 50 de cada gênero com idade média entre 18 a 36 anos, leucodermas, numa mostra sem nenhum tipo de padronização de relação oclusal, sem nenhum tratamento ortodôntico ou cirúrgico prévio, com equilíbrio muscular facial com selamento labial, e uma aparência facial normal. Foi analisado o perfil facial. Foram selecionados 6 ângulos e duas proporções consagradas na literatura. Concluindo que existem uma ampla variedade de perfis normais, devendo ser individualizada para cada paciente. A comparação dos valore por gênero demonstrou dimorfismo sexual para ângulo nasolabial, e do terço inferior da face além da proporção AFAM/AFAI. 
FERNANDES et al (2002) avaliaram 20 mulheres, leucodermas com 
idade média de 16,7 anos, modelos fotográficos, do município de Piracicaba. Elas foram submetidas à análise descrita por STELLA (1996) e PASSERI 
(1999). Concluíram que: 1 - proporções verticais da face guardam relação de 1,0/1,0/1,0 entre os três terços faciais em média; 2 - menor dimensão transversal do terço médio da face em relação às observadas na literatura; 3 - a variação para as proporções consideradas na análise foi menor do que para as medidas isoladas. 
GUARIZA e ABRÃO (2002) estudaram as modificações do terço 
médio e inferior da face durante o tratamento ortodôntico, em pacientes com maloclusão de classe I e II, divisão 1ª de Angle e com biprotrusão. Foi escolhida uma amostra de 48 indivíduos, brasileiros, leucodermas, de ambos os gêneros, nas faixas etárias entre 12 e 17 anos, com dentição permanente e sem perdas dentárias tratados pela técnica Edgewise, com extração de quatro primeiros pré-molares.Tratados no Curso de Pós-graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. A amostra foi dividida em duas uma (A) de 27 indivíduos com maloclusão de classe I, 16 mulheres e 11 homens. E o segundo grupo constituído por 21 indivíduos com maloclusão de classe II divisão 1ª sendo 12 de gênero feminino e 9 masculino. 
Obtiveram radiografias padronizadas em norma lateral, traçados e obtidos os cefalogamas. Após a análise dos dados o autor concluiu que: a regra do perfil mole relacionada com os ossos alveolares sofreou modificação altamente significativa com o tratamento ortodôntico; os lábios superiores e inferiores aumentaram de espessura independente da maloclusão; não houve equivalência entre a retração de lábio superior em decorrência da retração de incisivos superiores, enquanto que para o lábio inferior houve uma proporção de 1:1 em relação aos incisivos inferiores; na faixa etária estudada o nariz apresentou crescimento significativo; a espessura em nível do ponto A apresentou um aumento significativo, enquanto que para o ponto B e P não se modifico; o ângulo do perfil facial diminuiu em maior grau nos pacientes com maloclusão de classe II divisão 1ª tornando o perfil menos convexo e conseqüentemente mais harmônico. O ângulo nasolabial tornou-semais aberto, na dependência da retração dos incisivos superiores; o dimorfismo sexual não foi significativo na amostra. As médias das espessuras dos tecidos moles do perfil facial no gênero masculino foram maiores que no gênero feminino. 
LANDGRAF et al (2002) refletiram sobre os elementos chaves para 
o diagnóstico ortodôntico contemporâneo em revisão da literatura desde os tempos de Angle até os tempos contemporâneos, analisando os diferentes tipos de análises, avaliando simetria, análise facial lateral frontal, proporções entre largura e altura da face, proporções dos terços da face, sorriso, posicionamento ântero-posterior de mandíbula maxila. Na análise facial, o valor normativo para o ângulo nasolabial é de 104º (90-112º), porém mais importante que seu número isolado será sua relação para com a face do paciente, sofrendo influências diretas da forma do nariz, além de projeção ânteroposterior da maxila dos dentes superiores anteriores, ainda menciona que por cada 1mm de retração dos incisivos superiores há um aumento médio de 1,63º do ângulo nasolabial. Concluíram que os dados cefalométricos não podem prender o tratamento do ortodontista, mas sim ser um complemento de ajuda no diagnóstico, dando maior importância para a análise facial como chave do diagnóstico na ortodontia. 
 
	 Figura 16 	 Figura 17 	 Figura 18 
Diferentes situações do ângulo nasolabial LANDGRAF et al 2002. 
RECHE et al (2002) propuseram criar uma análise do perfil facial 
fotográfico padronizado que possa ser realizado como rotina no diagnóstico e planejamento ortodôntico, de modo simples prático e confiável. Para seu trabalho selecionaram 40 de um total de 83 indivíduos do gênero feminino com média de idade de 22 anos. Esta amostra foi selecionada por uma banca julgadora, formada por professores e alunos do curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da EAP/Curitiba. Os critérios de inclusão foram: Oclusão Classe I de Angle, não ter sido submetido à cirurgia plástica e não ter sido tratado ortodonticamente. Realizaram-se duas fotografias (com uma máquina fotográfica padronizada) de perfil, uma em repouso e outra em máxima intercuspidação. A uma distância de um metro. Concluíram que: toda as variáveis tiveram uma distribuição normal; os valores obtidos foram semelhantes aos observados na literatura, na linha de Burstone, linha de Riketts, comprimento mento-pescoço, comprimento da mandíbula, ângulo nasolabial, ângulo de convexidade facial, proporção facial total, proporção de terço inferior e a inclinação do plano horizontal de Frankfurt. Foram encontradas diferenças significativas para Antero-facial inferior e, cone facial de Reche entre as posições de repouso e em máxima intercuspidação habitual. Pelo que deve ser escolhida uma posição para fazer a análise facial os autores sugerem a de repouso, e, como conclusão final os autores falaram que a fotografia de perfil facial padronizada é confiável válida, prática e de baixo custo. 
LOPEZ DE ALCÂNTARA e MEDICI (2002) estudaram as proporções 
áureas na arquitetura craniofacial, trabalhando com radiografias em norma lateral, frontal e axial de 23 indivíduos de ambos os sexos, adultos, com oclusão normal e equilibrada, sem tratamento ortodôntico e sem perdas dentárias precoces. Utilizaram o compasso áureo (RMO) e as medições foram feitas mediante um programa Radiocef 2.0 (Radio Memory). Concluíram que o crânio humano tem em sua estrutura inúmeras medidas em proporção áureas. Encontrou-se 80% de proporções áureas em todos os planos estudados nas medidas dos indivíduos avaliados. 
ALVEZ et al (2002) em revisão da literatura, investigaram as 
alterações nos três terços do perfil facial decorrentes do crescimento e as considerações atuais sobre o perfil mole. Após revisão criteriosa da literatura os autores concluíram que, em todos os perfis faciais, a espessura e o crescimento do tecido mole foram variáveis, alguns mostrando correlação entre si e sua contraparte óssea outros não. A região do terço superior é freqüentemente ignorada nos estudos do perfil. Provavelmente pelas dificuldades de achar os pontos e por não pertencer à área de atuação da ortodontia. Na região do terço médio existe o ponto Pró-nasal que exibe aumento contínuo, bastante significativo na infância e adolescência e em menor intensidade na fase adulta e até meia idade. O dimorfismo sexual consiste em medidas maiores em todas as dimensões do nariz em todas as idades. Na fase adulta o nariz masculino aumenta em menor proporção que o feminino. O terço inferior é sede das maiores alterações do perfil facial em virtude do complexo sistema que é a mandíbula. O lábio aumenta em espessura na fase de crescimento, e em comprimento após a adolescência, contribuindo para a diminuição da exposição de incisivos superiores, A maxila se torna retrognática, enquanto no mento a espessura do tecido mole diminui e só se move anteriormente, resultando na retificação do perfil. Apesar das variações nos tecidos moles, encontra-se um padrão morfológico e funcional nas maloclusões o mesmo não é verdadeiro para as tendências estéticas que vêm ligeiramente se convertendo para um padrão leucoderma de perfil mais reto e lábios menos proeminentes. Com novas tecnologias espera-se que o estudo dos tecidos moles ganhe novos impulsos e maiores esclarecimentos. 
	BARROS, 	WILSON 	e 	DOMINGUES 	(2003) 	avaliaram 
prospectivamente e cefalometricamente as modificações dentofaciais anteroposteriores decorrentes do tratamento da maloclusão de classe II divisão 1ª, com aparelho de Herbest com “splints” de acrílico. Para este estudo foram selecionados 23 indivíduos que procuraram tratamento ortodôntico no Departamento de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, sendo 17 de gênero masculino e 6 de gênero feminino, leucodermas, a idade média no início do experimento foi de 12 anos e 11 meses e no fim do experimento foi de 14 anos e 2 meses. A média de tempo de tratamento foi de 1 ano e 5 meses. Todos acrescentaram maloclusão de classe II, divisão 1ª. Foram obtidas 46 telerradiografias em norma lateral, no início e após fase de observação dos pacientes. As radiografias foram traçadas e obtidas as cefalografias pelo método descrito por Midtgard et al (1974). Os pacientes foram tratados com aparelho de Herbst com “splints” acrílico, sendo usado 24 horas por dia. O tempo médio do tratamento foi de 12 meses e 1 dia. Os resultados das cefalometrias foram submetidos a estudo estatístico de Desvio Padrão, Coeficiente de Variação, e as qualitativas por freqüência absoluta e relativa. As comparações entre as medianas foi submetido a teste “t de Student” e prova não paramétrica de Wilcoxon. Os resultados foram submetidos a uma criteriosa discussão concluindo-se que: a maxila manteve-se estável na sua posição ântero-posterior e deslocou-se inferiormente de maneira estatisticamente significativa. O comprimento efetivo da mandíbula aumentou deslocando-se anteriormente, altura total da face, tanto anterior como posterior. O controle vertical do aparelho Herbst foi eficaz para impedir rotação em sentido horário da mandíbula. A relação maxilo-mandibular foi favorecida com o uso do aparelho. Não houve mudanças estatisticamente significativas em quanto ao tipo facial. Observou-se uma melhora no perfil de tecidos moles esteticamente significativa, ainda que se manteve convexo ao final do período de observação. 
DIOGO e BERNARDES (2003) determinaram a preferência estética 
dos ortodontistas e leigos em relação ao perfil facial de indivíduos que foram submetidos a tratamento ortodôntico. Compararam as preferências estéticas com os padrões cefalométricos existentes. Os autores selecionaram uma amostra de 90 pacientes tratados ortodonticamente que apresentaram correta função mastigatória, oclusão, fonação, deglutição, respiração e selamento labial. A amostra foi avaliada através de fotografias e radiografias em norma lateral padronizadas. Com plano de Camper paralelo ao solo. Os perfis foram avaliados por 30 examinadores,

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