Buscar

SOCIEDADES ANÔNIMAS - QUESTÕES PARA ESTUDO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

SOCIEDADES ANÔNIMAS – QUESTÕES PARA ESTUDO
1) Divisão do capital social e os tipos e as classes respectivos;
2) Responsabilidade dos sócios (acionistas, diretores e membros do Conselho Fiscal);
3) Vínculo entre os sócios (sociedade de capital ou de pessoas);
4) Nome empresarial adotado e suas peculiaridades;
5) Escrituração: livros empresariais obrigatórios;
6) Definição de CVM e sua aplicabilidade nas sociedades anônimas;
7) Principais valores mobiliários (conceituar todos os papéis emitidos pela Companhia);
8) Diferenciação entre Bolsa de Valores e Mercado de Balcão;
9) Tipos de acionistas;
10) Órgãos da Companhia.
RESPOSTAS 
1) Capital social é o montante de capital financeiro de propriedade da companhia que os acionistas vinculam ao seu patrimônio como recursos próprios destinados de modo permanente à realização do objeto social. Este capital social é dividido em frações iguais, representadas por títulos negociáveis, denominados ações, que inclusive podem representar uma alternativa de investimento para o público em geral. Não se confunde capital social com patrimônio da sociedade; enquanto este sofre constantes mudanças com o passar do tempo da sociedade, o capital social, a princípio, mantém-se inalterado, a menos que se delibere por seu aumento ou diminuição. Poderá o capital social ser formado com contribuições em dinheiro ou qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação pecuniária, não se permitindo a contribuição com serviços, os quais só são admitidos nas sociedades simples. As ações podem ter ou não valor nominal, conforme for fixado no estatuto, sendo que nas companhias com ações sem valor nominal, o estatuto poderá criar uma ou mais classes de ações preferenciais com valor nominal. Conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares, as ações são diferenciadas nas seguintes espécies: ordinárias, preferenciais, ou de fruição. Na bolsa de valores, são identificadas pelas siglas ON (ordinária, que dá direito a voto) e PN (preferencial, que tem a preferência no recebimento dos dividendos). Ressalta-se que as ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da companhia aberta e fechada poderão ser de uma ou mais classes, podendo as primeiras serem em função de conversibilidade em ações preferenciais, exigência de nacionalidade brasileira do acionista ou direito de voto; e as segundas, em razão de prioridade na distribuição de dividendo, prioridade no reembolso do capital, ou ambos
2) A responsabilidade dos sócios (acionistas) será limitada ao preço de emissão das ações (ou seja: o valor que se deve pagar para subscrever as ações) e, desta forma, os acionistas só assumem o risco de perder o valor investido, não pondo em risco o restante de seu patrimônio pessoal. Diretores e Conselho Fiscal têm deveres de obediência, diligência e lealdade. Os membros do Conselho Fiscal, que possuem como competência a fiscalização dos atos dos administradores, respondem pessoalmente pelos danos decorrentes do descumprimento dos deveres e de atos praticados com culpa ou dolo, ou com violação da lei ou do estatuto. Não respondem, entretanto, por atos ilícitos de outros membros, salvo se foram coniventes ou se concorreram para a prática do ato. Em havendo omissão do cumprimento de deveres, respondem solidariamente com os demais membros pelos danos resultantes dessa omissão, salvo registro em ata de reunião ou assembleia geral, em que o membro dissidente registre sua divergência. Os diretores, por sua vez, respondem individualmente pelos seus atos. O acionista controlador tem deveres e responsabilidade para com os demais acionistas da empresa que nela trabalham e para a comunidade em que atua, e responde pelos danos causados por atos praticados com abuso de poder. 
3) A sociedade anônima é tida como uma típica sociedade de capital, na qual o que mais importa é a contribuição do acionista, e não suas qualidades pessoais. Em outras palavras, o que importa é com quanto dinheiro você contribui (sua contribuição), e não quais suas características de caráter/relacionamento pessoal/habilidades (a pessoa do sócio). A doutrina menciona, entretanto, que atualmente essa forma societária vem sendo mais usada do que era no passado, incluindo também empreendimentos de pequeno e médio porte, sendo que nestas situações poderia ser formada uma sociedade anônima fechada, com poucos acionistas muito próximos entre si (parentes ou não). Diante dessa configuração, então, a jurisprudência vem reconhecendo que algumas sociedades anônimas são sociedades de pessoas, onde se pode verificar um caráter mais pessoal na relação entre os acionistas e, consequentemente, uma affectio societatis mais forte entre eles.
4) Em razão da contribuição financeira ser mais importante que a pessoa do sócio, não há motivos para que a S.A. adotasse a razão social, que usa nome de sócios (por isso, o uso do “anônima”). Desta forma, o nome empresarial da sociedade anônima deve ter a “denominação + acompanhamento”. A denominação está ligada ao nome próprio da empresa, e deve ser indicativa do objeto da sociedade, enquanto que o acompanhamento diz respeito às expressão “companhia” ou “sociedade anônima”, por extenso ou abreviadamente. É vedado, entretanto, a utilização da expressão “companhia” no final, para que não se confunda com a sociedade em nome coletivo. Na denominação da sociedade anônima, excepcionalmente, pode ser incluído o nome de pessoas físicas, fundadores, acionistas, ou pessoas que tenham concorrido para o êxito da empresa.
5) Livro de registro de ações nominativas, livro de transferência de ações nominativas, registro de partes beneficiárias normativas, livro de transferência de partes beneficiárias normativas, livro de atas das assembleias, livro de presença dos acionistas, livro de atas das reuniões do conselho de administração, livro de atas das reuniões da diretoria, livro de atas e pareceres do conselho fiscal.
6) CVM é a sigla de Comissão de Valores Mobiliários, a qual é uma entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda, local em que, nas sociedades abertas e atuantes no mercado de capitais, se efetua o registro da sociedade e dos valores mobiliários, tendo a CVM as funções consultiva, fiscalizadora, registraria, de fomento e regulamentar. Assim sendo, a CVM emite pareceres de orientação aos participantes do mercado; fiscaliza a atuação destes participantes; registra as sociedades abertas e os próprios títulos que serão negociados. Destaca-se, no que se refere à sua última função, compete à CVM regulamentar as matérias expressamente previstas nas leis 6385/76 6.404/76, sendo responsável, pois, pela regulamentação de muitos dos dispositivos aplicáveis às companhias abertas. 
7) 
a) Ações: são as cotas ou frações de propriedade de uma Sociedade Anônima; partes beneficiárias (só por cias fechadas): títulos nominativos negociáveis, sem valor nominal, estranhos ao capital social; 
b) Debêntures: títulos de créditos que documentam uma operação de mútuo. É quando a empresa emite títulos para tomar crédito de investidores, pagando juros por isso;
c) Bônus de subscrição: são títulos nominativos negociáveis que conferirão aos seus titulares o direito de subscrever ações do capital social mediante o pagamento do preço de emissão das ações;
d) Commercial paper: nota promissória emitida pela Sociedade Anônima, com o objetivo de captar recursos no mercado para aplicação em sua atividade econômica;
8) A Bolsa de Valores é uma associação privada de sociedades corretoras a qual presta serviços de inegável interesse público. Portanto, não é um órgão que integra a Administração Pública, atuando sob a supervisão da CVM. Ademais, possui como grande finalidade a dinamização das operações do mercado de capitais. Também, constituem-se sob a forma de associações civis ou sociedades anônimas. Em contrapartida, o Mercado de Balcão abrange toda e qualquer operação do mercado de capitais realizada fora da bolsa de valores. Quem atua no Mercado de Balcão são as sociedades corretoras e instituiçõesfinanceiras autorizadas pela CVM.
9) 
a) Acionista remisso: é o acionista em mora, ou seja, aquele que não realiza/integraliza o valor das ações que subscreveu nas condições estabelecidas no estatuto, no boletim ou na chamada, conforme o caso.
b) Acionistas empreendedores/empresários e investidores: os acionistas empreendedores/empresários são aqueles que possuem interesse na gestão dos negócios da sociedade, por isso são titulares, em regra, de ações ordinárias com direito de voto. Os investidores, por sua vez, possuem como interesse apenas um bom retorno do capital o qual investem na companhia. São subdivididos em rendeiros, que pensam em longo prazo, e especuladores, quando visam apenas a ganhos imediatos.
c) Acionista controlador: é o acionista (ou grupo de acionistas vinculados por acordo de voto) titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos na assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores e usa, efetivamente, desse poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia. Para a sua configuração, é necessária a convergência de dois elementos: ser maioria societária (no sentido de possuir ações que lhe garantam a maioria das decisões tomadas pelas 3 últimas assembleias) e fazer uso dos direitos decorrentes desta situação para dirigir a sociedade.
d) Acionista minoritário e majoritário: o acionista minoritário é aquele que não possui o controle da empresa. Ressalta-se que possuem somente ações preferenciais (PN), as quais não oferecem alguns direitos, como por exemplo votar em assembleias. Ademais, possuem as chamadas ações ordinárias (ON) que, apesar de permitirem o voto em reuniões de acionistas, são insuficientes para mudar alguma decisão tomada pelos demais membros da sociedade. Já, o acionista majoritário é o que detém o controle administrativo da empresa, em virtude de possuir o maior número de ações ordinárias, cabendo-lhe, desta forma, o controle acionário.
10) 
a) Assembleia geral: caráter exclusivamente deliberativo que reúne todos os acionistas (com ou sem direito a voto).
b) Conselho de Administração: caráter deliberativo e com vistas a agilizar as decisões da companhia (mínimo 3 membros e somente acionistas).
c) Diretoria: órgão da representação legal da S/A e execução das deliberações da assembleia-geral ou do Conselho de Administração (mínimo 2 membros, acionistas ou não).
d) Conselho fiscal: órgão colegiado de fiscalização dos órgãos de administração (existência obrigatória e funcionamento facultativo; mínimo de 3 e máximo de 5 membros, acionistas ou não).

Continue navegando