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Confidencial até o momento da aplicação. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ ESTADO DE SÃO PAULO concurso público 002. Prova objetiva professor de educação básica i � Você recebeu sua folha de respostas, este caderno, contendo 50 questões objetivas e um tema de redação a ser desenvolvido, e a folha de redação para transcrição do texto definitivo. � confira seus dados impressos na capa deste caderno e nas folhas de respostas e de redação. � Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema, informe ao fiscal da sala para a devida substituição desse caderno. � A folha de redação deverá ser assinada apenas no local indicado; qualquer identificação ou marca feita pelo candidato no verso da folha de redação, que possa permitir sua identificação, acarretará a atribuição de nota zero à redação. � redija o texto definitivo e preencha a folha de respostas com caneta de tinta preta. os rascunhos não serão considerados na correção. A ilegibilidade da letra acarretará prejuízo à nota do candidato. � A duração das provas objetiva e de redação é de 4 horas e 30 minutos, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas e para a transcrição do texto definitivo. � Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorrida 1 hora do início das provas. � Ao sair, você entregará ao fiscal a folha de redação, a folha de respostas e este caderno. � Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas. aguarde a ordem do fiscal Para abrir este caderno. nome do candidato prédio sala carteirainscriçãorG Confidencial até o momento da aplicação. 3 PMJU1904/002-PEB-IConfidencial até o momento da aplicação. conhecimentos gerais Língua Portuguesa Leia a tira para responder às questões de números 01 a 03. (Bill Watterson. O melhor de Calvin, 20.02.2020. https://cultura.estadao.com.br) 03. Assinale a alternativa que completa correta e respectiva- mente as lacunas a seguir, preservando-se a correção gramatical e o sentido do que Calvin afirma no 3o quadro (“Abandonando a representação através da imagem tra- dicional, eu fico livre para me expressar através da forma pura.”): a representação imagem tradicio- nal, eu fico livre para através da forma pura. (A) Ao abandonar … mediante a … me exprimir (B) Já que eu abandono … usando a … falar (C) Por abandonar … se servindo da … me retratar (D) Para abandonar … relacionada à … me encontrar (E) Sem abandonar … por meio da … me manifestar 04. Assinale a alternativa em que a frase encontra-se redigida em conformidade com a norma-padrão de pontuação e de concordância verbal. (A) A expressão por meio da arte, é uma linguagem universal à qual nem todos tem acesso. (B) Houveram no curso da história, artistas expressionis- tas que deixaram um legado importante. (C) A busca de formas de representar o mundo não esbar- ram na liberdade artística, individual e de expressão. (D) Mais de um artista brasileiro figura entre os abstra- cionistas, como Ivan Serpa e Tomie Ohtake. (E) Não é possível medir, a sorte de quem conviveu com os pintores, e que os conheceram. 01. A partir da leitura da tira, é correto afirmar que (A) Calvin sente uma necessidade de expressão que se dá por meio de representações convencionais de objetos pouco tradicionais. (B) uma observação externa acompanhada de um c omentário sobre a obra de Calvin fez com que ele visse a sua obra pelo que ela realmente é. (C) a indignação de Calvin no último quadro é motivada pela crítica feita ao material de que é constituída a sua obra de arte, dado o caráter pouco durável do material. (D) Calvin, por ser uma criança, não compreende o que é uma obra abstracionista, mas tenta convencer o tigre Haroldo de que ele sabe o que está fazendo. (E) há uma crítica velada na obra de Calvin a uma esté- tica embasada na necessidade cotidiana de se retra- tar uma realidade cada vez menos sem cores. 02. Em destaque, encontra-se vocábulo empregado em sen- tido figurado, segundo o contexto em que se encontra: (A) … fase abstracionista. (1o quadro). (B) … mundo de hoje. (2o quadro). (C) … imagem tradicional… (3o quadro). (D) … forma mais visceral. (3o quadro). (E) … obra é monocromática. (4o quadro). 4PMJU1904/002-PEB-I Confidencial até o momento da aplicação. 06. A partir da leitura do texto, pode-se concluir que (A) o texto trata da importância da presença de mulheres na Ciência, de modo a lhes dar mais visibilidade em um meio em que prevalece o sexo masculino. (B) se avançou muito pouco, em 30 anos, no que diz res- peito à inclusão do sexo feminino entre as variáveis de um estudo, o que estagnou a Ciência e a tornou sexista. (C) a imunoterapia contra o câncer poderia ser beneficia- da se os especialistas dessem mais voz para mulheres que estudam essa questão e que estão sendo descon- sideradas. (D) o Google se negou a fazer qualquer tipo de adaptação em suas ferramentas, as quais ofereciam resultados que retratavam a mulher como aquela que deve estar na cozinha. (E) levar em consideração o gênero é importante para que análises e métodos científicos tenham resultados mais confiáveis e mais apropriados para as especifici- dades do sexo feminino. 07. Com relação ao trecho – Quando traduz assuntos r elativos a ciência, tecnologia, engenharia e matemática, a ferramenta costuma utilizar padrões masculinos. –, o vocábulo que melhor define tal comportamento da ferra- menta encontra-se destacado em: (A) … cientistas têm incorporado a análise de sexo e gênero em seus projetos. (B) Em fotos de homens na cozinha, por exemplo, eles costumam ser identificados como mulheres. (C) A primeira reunião entre especialistas do Google e pesquisadores de Stanford para discutir a questão das traduções enviesadas ocorreu em 2012. (D) “É mais difícil corrigir algo quando a plataforma bási- ca está definida. (E) … nas faculdades de engenharia e computação não são ministradas disciplinas que ensinem os estudantes a considerar análise de gênero em suas investigações. 05. Assinale a alternativa que apresenta frase corretamente redigida quanto às regras de regência da língua. (A) Calvin utiliza de neve para criar uma obra, e o tigre Haroldo quer saber como está indo. (B) O menino Calvin emprega sempre palavreado difícil, o qual não abre mão. (C) Terminada a obra, Calvin se dá conta de que ela pode derreter com o passar do dia. (D) O pai de Calvin habilitou-se de fotografar a obra do filho para que eles não se esqueçam dela. (E) Haroldo não se lembra a cor exata da última obra de Calvin, mas a atual tem uma cor só. Leia o texto para responder às questões de números 06 a 08. Qual o impacto da presença de mulheres na ciência e da discussão sobre gênero nos resultados de pesquisas científi- cas? Um artigo publicado mostra, por exemplo, que conside- rar a variável sexo na compreensão de dinâmicas genéticas e hormonais pode trazer inovação à imunoterapia contra o câncer. Em 2017, estudo divulgado revelou que a descoberta de diferenças sexuais em padrões moleculares permite apri- morar o desenvolvimento de remédios para alívio da dor e depressão. Em movimento que teve início no final da década de 1980 e ganhou força a partir dos anos 2000, cientistas têm incorporado a análise de sexo e gênero em seus projetos. A medida tem dado novos rumos a estudos em múltiplas áreas do conhecimento, como biomedicina, demografia, inteligên- cia artificial e filosofia. Em artigo publicado em 2019, autores discutem estudos de caso em áreas como mudanças climáticas, engenharia e robótica. Um desses estudos diz respeito à utilização do tradu- tor automático do Google. Quando traduz assuntos relativos a ciência, tecnologia, engenharia e matemática, a ferramenta costuma utilizar padrões masculinos. Algo parecido, mas com sinal inverso, ocorre com algoritmos que produzem, de forma automática, legendas de imagens. Em fotos de homens na cozinha,por exemplo, eles costumam ser identificados como mulheres. A primeira reunião entre especialistas do Google e pesquisadores de Stanford para discutir a questão das tradu- ções enviesadas ocorreu em 2012. Embora tenha assumido o compromisso de resolver o problema naquele mesmo ano, mudanças parciais ocorreram apenas em 2019. “É mais difícil corrigir algo quando a plataforma básica está definida. Daí a importância de se considerar o viés de sexo e gênero des- de o início de uma pesquisa.” Para Londa Schiebinger, pro- fessora de história da ciência na Universidade Stanford, na C alifórnia, Estados Unidos, o equívoco no algoritmo do tradu- tor do G oogle pode estar relacionado, entre outros aspectos, ao fato de que nas faculdades de engenharia e computação não são ministradas disciplinas que ensinem os estudantes a considerar análise de gênero em suas investigações. (Christina Queiroz. O gênero da ciência. https://revistapesquisa.fapesp.br, março de 2020. Adaptado) 5 PMJU1904/002-PEB-IConfidencial até o momento da aplicação. MateMática 11. Uma professora efetuou a correção de certo número de provas em 3 horas. Sabe-se que na primeira hora ela cor- rigiu do número total de provas, que na segunda hora ela corrigiu das provas restantes e que na terceira hora ela corrigiu as últimas 10 provas que sobraram, concluindo a correção. O número de provas corrigidas na segunda hora foi igual a (A) 20. (B) 18. (C) 15. (D) 12. (E) 10. 12. Em uma classe há 3 meninas a mais que o número de meninos, sendo que essa diferença representa 12% do número total de alunos dessa classe. O número de meni- nas dessa classe é igual a (A) 11. (B) 12. (C) 13. (D) 14. (E) 15. 13. Despejando-se totalmente 1 L de água em um reservató- rio cúbico de 1 m de aresta, inicialmente vazio, a altura do nível da água atinge 1 mm, conforme mostra a figura. A quantidade de água necessária para que a altura do nível da água atinja da altura do reservatório é igual a (A) 400 L. (B) 450 L. (C) 500 L. (D) 550 L. (E) 600 L. 08. O trecho – Embora tenha assumido o compromisso de r esolver o problema naquele mesmo ano, mudanças par- ciais ocorreram apenas em 2019. – pode assim ser rees- crito sem prejuízo do sentido e da correção gramatical em: (A) Já que assumiu o compromisso de resolver o pro- blema naquele mesmo ano, mudanças parciais só puderam ser realizadas em 2019. (B) Mudanças parciais teriam ocorrido apenas em 2019, uma vez que tinha se assumido o compromisso de resolver o problema naquele mesmo ano. (C) Tendo em vista que mudanças parciais se deram apenas em 2019, o compromisso de resolver o pro- blema foi assumido naquele mesmo ano. (D) Porque o compromisso de resolver o problema foi assumido naquele mesmo ano, mudanças parciais sobrevieram apenas em 2019. (E) Ainda que o compromisso de resolver o problema naquele mesmo ano tenha sido assumido, mudan- ças parciais se verificaram apenas em 2019. 09. Assinale a alternativa em que a expressão pode ser substituída pelo termo entre parênteses de acordo com a norma-padrão da língua. (A) … permite aprimorar o desenvolvimento de remé- dios… (permite aprimorar-lhes). (B) … cientistas têm incorporado a análise de sexo e gênero… (cientistas têm incorporado-os). (C) … autores discutem estudos de caso… (autores discutem-nos). (D) … traduz assuntos relativos a ciência, tecnologia, engenharia e matemática (traduz-as). (E) … considerar análise de gênero em suas investiga- ções (considerar-lhe). 10. Quanto ao emprego do acento indicativo de crase, assi- nale a alternativa que apresenta frase em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) Os enganos cometidos pelas traduções automáticas à cada dia são menores. (B) Muitos cientistas não estão dispostos à tratar do pro- blema de gênero na Ciência. (C) Discussões sobre gênero hoje não estão limitadas à características biológicas. (D) A imunoterapia é um tratamento que recorre à defe- sa natural do corpo para tratar doenças. (E) Hoje o trabalho de descritores e tradutores pode ser dado à um programa de computador. 6PMJU1904/002-PEB-I Confidencial até o momento da aplicação. r a s c u n h o14. O gráfico de setores registra a distribuição das 280 pessoas que visitaram a Mostra Cultural de uma escola, do primeiro ao quarto dia de exposição. Se o ângulo dos setores que representam o número de visitantes registrados no primeiro dia e no segundo dia medem 126º e 108º, respectivamente, conforme indicado no gráfico, então a diferença entre o número de pessoas que visitaram a Mostra no primeiro dia e no segundo dia foi igual a (A) 12. (B) 14. (C) 16. (D) 18. (E) 22. 15. Após a correção da avaliação de matemática de certa classe, a professora constatou que a média aritmética das 4 maiores notas da classe era 9,25. Decidiu juntar a nota de Taís a esse grupo de 4 notas, e a média dessas 5 notas passou a ser igual a 8,9. A nota de Taís nessa prova foi igual a (A) 8,5. (B) 8,25. (C) 8. (D) 7,5. (E) 7,25. 16. Considere dois produtos, A e B, com preços unitários, em reais, representados por x e y, respectivamente. Sabe-se que a soma de x e y é igual a R$ 460,00, e que se sub- trairmos R$ 50,00 de preço de A e R$ 50,00 do preço de B, o preço de A passa a ser igual ao triplo do preço de B. Nessas condições, é correto afirmar que y é igual a (A) R$ 90,00. (B) R$ 140,00. (C) R$ 190,00. (D) R$ 270,00. (E) R$ 320,00. 7 PMJU1904/002-PEB-IConfidencial até o momento da aplicação. 20. Para um grupo de n professoras comprar um presente a uma colega, cada uma deverá contribuir com R$ 32,00. Entretanto, se o grupo tiver n + 3 professoras, cada uma das participantes do grupo contribuirá com R$ 24,00. Nessas condições, é correto afirmar que o número repre- sentado por n é igual a (A) 5. (B) 6. (C) 7. (D) 8. (E) 9. r a c u n h o 17. Trabalhando de forma simultânea e ininterrupta durante 20 horas, as máquinas M e N, iguais e de mesmo rendi- mento, produziram, juntas, um total de 5 200 unidades de certa peça. Nas mesmas condições, se somente uma das duas máqui- nas trabalhar sem interrupções durante 25 horas, irá produ- zir, da mesma peça, um número de unidades igual a (A) 3 250. (B) 3 200. (C) 3 150. (D) 2 700. (E) 2 550. 18. Uma escola adquiriu canetas esferográficas e lápis pre- tos. Por solicitação da escola, a compra foi entregue em 15 pacotes iguais que continham canetas e lápis, sendo a razão entre o número de canetas e o número de lápis em cada pacote. Se cada pacote continha 2 lápis a mais que o número de canetas, então o número total de lápis entregues foi igual a (A) 180. (B) 200. (C) 210. (D) 220. (E) 230. 19. Um cartaz retangular ABCD foi dividido em uma região quadrada (Q) e duas regiões congruentes com forma- to de triângulo retângulo (T), conforme mostra a figura, cujas dimensões são indicadas em centímetros. Se a área da região quadrada Q é igual a 1 600 cm2, então o perímetro do cartaz retangular ABCD é igual a (A) 220 cm. (B) 210 cm. (C) 200 cm. (D) 180 cm. (E) 160 cm. 8PMJU1904/002-PEB-I Confidencial até o momento da aplicação. 23. Em A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva, Santos (in: Ropoli, 2010) defende que muitas decisões precisam ser toma- das pelas escolas ao elaborarem seus Projetos Político- -Pedagógicos, entre as quais destaca algumas, que estão diretamente relacionadas com as mudanças que se alinham aos propósitos da inclusão. Entre os aspectos destacados e defendidos pela autora, para que as esco- las se alinhem às práticas educacionais inclusivas, está a decisão de (A) promover um ensino individualizado para os alunos com deficiência e/ou problemas de aprendizagem. (B) adotar métodos especiais, para o ensino de pessoas com deficiência, o que inclui avaliação diferenciada e terminalidade específica. (C) fazer da aprendizagem o eixo das escolas, garan- tindo o tempo necessário para que todos possam aprender. (D) elaborarcurrículos adaptados às dificuldades dos alunos com dificuldade, que não conseguem acom- panhar o progresso dos demais colegas na aprendi- zagem. (E) adotar a formação de turmas e classes homogêneas, visando reduzir a defasagem de aprendizagem, a distorção ano/série e a reprovação. 24. Castro e Regattieri (2009) afirmam que mais recentemen- te, além de representantes dos filhos, os familiares têm sido estimulados, inclusive pela legislação educacional, “a interagir com os profissionais da educação também como cidadãos que compõem a esfera pública da institui- ção escolar. A participação em conselhos escolares (ou associações de pais e mestres)” é parte “desta tarefa de representação da sociedade civil e de controle social”. De acordo com as autoras, essa dupla função de represen- tante do filho e representante da comunidade (A) contribui para que a escola adote um modelo de direção colegiada e eletiva, na qual o poder é trans- ferido da figura do diretor e as decisões passam a ser tomadas primeiramente pelos pais ou responsáveis. (B) gera muitos conflitos, já que os dados mostraram que as equipes escolares defendem e admitem a partici- pação das famílias na escola apenas nos eventos pontuais, como o dia da família, reunião de pais, mu- tirões e festividades. (C) torna mais complexa a delimitação dos lugares reservados aos pais e mães na escola, mas abre possibilidades importantes de exercício democrático de participação que podem beneficiar todos. (D) é mal recebida e mal compreendida pelas famílias, que, por possuírem pouco conhecimento devido à privação cultural, participam das reuniões unicamen- te para se informar do que foi definido pelos gestores e pelos professores da escola. (E) é um importante exercício de democracia, mas é ine- ficaz e gera problemas de representatividade, visto que muitos pais do Conselho defendem as próprias ideias e desprezam ou ignoram as solicitações das famílias que os elegeram. conhecimentos Pedagógicos e legislação 21. Em uma escola municipal, durante o momento de for- mação continuada, os professores analisaram o mate- rial apresentado na Conferência Nacional da Educação Básica por Celina Arêas, para refletirem sobre as dife- rentes visões a respeito da função social da escola. De acordo com o referido documento, a partir de uma visão neoliberal, a função social da escola é(são) a (A) formação do cidadão e a construção dos conhecimen- tos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário, crítico, ético e participativo, possibilitando o desenvolvi- mento do papel dirigente do sujeito, no próprio destino. (B) difusão da instrução e a transmissão dos conhecimen- tos acumulados pela humanidade e sistematizados logicamente, apresentados a partir de uma gradação lógica, que parte do mais fácil para o mais difícil. (C) ação compensatória das carências que prejudicam o desempenho dos alunos, compensando os pro- blemas sociais nas áreas da saúde, nutrição, segu- rança, família e área cognitiva, por meio de interven- ções, ações e recursos da escola. (D) transmissão de certas competências e habilidades necessárias para que as pessoas atuem competitiva- mente num mercado de trabalho altamente seletivo e cada vez mais restrito. (E) universalização do acesso, a ampliação da jornada escolar e a garantia da permanência bem-sucedida para crianças, jovens e adultos, em todas as etapas e modalidades de educação básica. 22. Martins (2013) escreve a respeito do desenvolvimento dos conceitos científicos e dos conceitos espontâneos nos indivíduos à luz das pesquisas de Vygotsky e Saviani. Ao relacionar a formação de conceitos e a educação esco lar, a autora corrobora a afirmação de Saviani de que (A) é por meio das ações empíricas, espontâneas e as- sistemática que se desenvolve a formação de con- ceitos científicos, sendo que o objetivo de transmis- são do saber sistematizado pela escola só se realiza em detrimento do saber espontâneo. (B) a escola tem função especificamente educativa, pro- priamente pedagógica, ligada à questão do conhe- cimento; é preciso, pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar. (C) a educação escolar calcada nos conhecimentos clás- sicos se identifica com as propostas conteudistas, centradas unilateralmente na transmissão de con- teú do científico em si e por si mesmo. (D) a educação infantil, período de extrema ação empí- rica pela criança, não deve apresentar ou ensinar conteúdos científicos, pois o desenvolvimento nessa fase ocorre naturalmente, e a criança descobre con- teúdos de forma espontânea, através da brincadeira. (E) o ensino que se volta aos objetivos desenvolvimen- tistas é aquele que reproduz na escola a cotidiani- dade, que atribui as possibilidades da aprendizagem às particularidades individuais dos alunos, presentes em seu desenvolvimento real. 9 PMJU1904/002-PEB-IConfidencial até o momento da aplicação. 27. De acordo com o documento Desemparedamento da infância: A escola como lugar de encontro com a natureza, de Barros et alii (2018), a ideia de educação integral tem por base favorecer o desenvolvimento integral do estu- dante, por meio da diversificação de atividades ofereci- das. Nessa perspectiva, para que uma escola se propo- nha a desenvolver a educação integral, é necessário que ela repense os espaços educativos disponíveis aos estu- dantes, seja ela uma escola de educação infantil, ensino fundamental ou médio. De acordo com o referido docu- mento, a esse respeito está correto afirmar que (A) para a maioria das crianças vivendo em grandes centros urbanos, a falta de segurança é uma barreira real para brincadeiras em locais públicos, como praças ou parques. Por isso, a escola deve ser um ambiente protegido, que não permite a saída das crianças para outros espaços, mas que promove experiências de brincar dentro da instituição escolar. (B) a riqueza das experiências sensoriais é uma das características desejáveis de um ambiente escolar, mas o repertório de materiais para brincar deve ser composto exclusivamente por brinquedos atóxicos, industrializados e com selo de garantia. No parque, devem predominar os brinquedos fixos, seguros e próximos ao chão. (C) é necessário compreender que a escola atualmente abarca muitas responsabilidades, mas sua atuação deve estar restrita ao ensino que ocorre dentro dos espaços escolares, especialmente, nas salas de aula, por isso, as escolas devem ser bem equipadas, limpas e organizadas, para garantir aos estudantes seu direito de aprender, brincar e conviver. (D) para inserir experiências naturais e brincadeiras ao ar livre no dia a dia escolar, é preciso ter muito espaço físico e recursos naturais diversos dentro da escola. Assim, infelizmente, escolas pequenas ou localizadas em construções com piso de cimento não podem ofertar experiências em espaços livres e de exploração da natureza às crianças. (E) é preciso levar os espaços escolares para além das salas de aula e potencializar um uso pelos estudan- tes que transcenda as tradicionais funcionalidades da instituição escolar. Faz-se necessário valorizar todo e qualquer espaço da escola, interno ou ao ar livre, assim como os espaços extramuros. 25. Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) identificam seis áreas de atuação da organização e da gestão escolar para melhor aprendizagem dos alunos, defendendo que as atividades e as formas de organização e de gestão da escola podem favorecer ou prejudicar o alcance dos obje- tivos pedagógicos. Na área denominada a organização e o desenvolvimento do ensino, afirmam que a organização do ensino depende de algumas condições imprescindí- veis a ser propiciadas pela escola, e entre essas condi- ções está(ão): (A) autonomia docente, liberdade de cátedra para ensi- nar com atenuada orientação metodológica, contro- les ou exigências pela coordenaçãopedagógica e pelos instrumentos legais. (B) definição do número máximo de alunos com defi- ciência por turma, a ser expresso no Regimento Escolar, bem como o número mínimo de profissio- nais de apoio para esses educandos. (C) priorização do trabalho com os temas relacionados às vivências cotidianas e aos interesses dos alu- nos, evitando-se conteúdos pré-determinados ou enfadonhos. (D) redução progressiva do sistema de avaliação exter- na e independência para avaliar; da maneira, dos critérios e instrumentos que cada professor julgar pertinentes. (E) projeto pedagógico-curricular e plano de trabalho bem definidos, coerentes, com os quais os professo- res se sintam identificados. 26. De acordo com Oliveira (2018), a apresentação dos campos de experiências propostos pela BNCC para a Educação Infantil chama a atenção para dois importantes pontos trazidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI). O primeiro diz respeito ao que se espera do trabalho do conjunto de educadores e famílias, e o segundo ponto traz a concep- ção de criança que guiou toda a discussão acerca das experiências de aprendizagem na Educação Infantil. Esses pontos requerem dos professores e a existência de outras condições de trabalho, assim como uma gestão pedagógica das unidades de Educa- ção Infantil comprometida com a garantia dos direitos das crianças, que, entre outras ações, pode oferecer às famí- lias oportunidades de conhecer os resultados dos proje- tos de investigação das crianças. Uma forma de se apro- priar da proposta curricular na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil é refletir com a equipe escolar sobre como os direitos de aprendiza- gem conduzem o trabalho pedagógico em cada um dos campos de experiências. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva- mente, as lacunas do texto. (A) seis ... formação continuada (B) quatro ... planejamento (C) cinco .... alternância regular (D) cinco ... formação continuada (E) seis ... planejamento 10PMJU1904/002-PEB-I Confidencial até o momento da aplicação. 30. Dahlberg, Moss e Pence (2019) afirmam, em Qualidade na educação da primeira infância, que, quando usamos o termo “documentação pedagógica”, estamos nos referin- do, na verdade, a dois temas relacionados: um processo e um conteúdo desse processo. É correto afirmar que, de acordo com os autores, a documentação pedagógica como conteúdo é (A) o relato fidedigno do que ocorreu na escola, é o registro de uma representação direta do que as crianças dizem e fazem. (B) o registro e a representação, com precisão, do tra- balho desenvolvido e da observação da criança; tais registros devem assumir uma verdade objetiva e racional pelo docente. (C) a observação da criança; é avaliar o desenvolvimento psicológico infantil em relação a categorias predeter- minadas produzidas a partir da psicologia do desen- volvimento. (D) o material que registra o que as crianças estão dizendo e fazendo; consiste no trabalho das crianças e na maneira com que o pedagogo se relaciona com elas e com o seu trabalho. (E) a forma como a escola de educação infantil presta contas do trabalho que realiza aos pais e à sociedade, demonstrando as ações realizadas e aferindo os resultados obtidos. 31. Nacarato, Mengali e Passos (2019), em A matemática nos anos iniciais do ensino fundamental: tecendo fios do ensinar e do aprender, defendem “um ambiente de aprendizagem que tem como característica ser um espa- ço para a atividade intelectual em matemática mediada pelo diálogo e pela leitura e escrita, em que a comunica- ção e a produção de significados são centrais”. Afirmam também que, nesse contexto, a resolução de problemas aparece como potencializadora da comunicação e da produção de significado. De acordo com as autoras, é correto afirmar que a Reso- lução de problemas (A) deve, quando tomada como uma meta, pautar-se pelas especificidades de cada conteúdo, pelos tipos de problemas e pelos métodos de solução utilizados. (B) é definida como qualquer tarefa ou atividade na qual os estudantes têm métodos ou regras específicas, prescritas ou memorizadas, para solucionar um pro- blema. (C) como um processo, depende que o ensino dos cál- culos e das técnicas preceda a apresentação dos problemas, pois, apenas tais instrumentos, tornam possível garantir o raciocínio aritmético correto, sen- do que a heurística da resolução deve ser ignorada. (D) como uma habilidade básica, ainda é pouco usual nas escolas, mas deve se converter no principal obje tivo do ensino de matemática, independente- mente do conteúdo matemático envolvido. (E) é fundamental ao fazer matemático, do mesmo modo que os processos de elaboração de situações- -problema por parte dos alunos. 28. Baptista e Monteiro, em A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o Ensino Fundamental de nove anos, afirmam que os conceitos de alfabetização e letramento ressaltam duas dimensões importantes da aprendizagem da escri- ta. No item dimensão da proposta de ensino: letramento, as autoras apresentam os eixos do plano didático rela- cionados a essa dimensão. Entre esses eixos, está(ão) a (A) identificação e o reconhecimento das letras do alfa- beto (maiúscula e minúscula), da ordem alfabética e do uso adequado da ortografia na escrita de palavras. (B) aprendizagem da direção da escrita para escrever palavras ou frases ditadas e o uso adequado das margens. (C) exploração de suportes de escrita e de gêneros tex- tuais: livros de histórias, livro didático, jornal, cartaz, folhetos e revista em quadrinho. (D) leitura silenciosa de palavras e frases e o uso ade- quado do papel ou do caderno com pauta, bem como de lápis, borracha, apontador e régua. (E) compreensão de diferentes sinais de pontuação e o emprego dos referidos sinais em frases e textos curtos. 29. No documento Ensino Fundamental de 9 anos (Brasil, 2007), os autores Leal, Albuquerque e Morais concordam com o princípio do atendimento à diversidade, e, ao ci- tarem Silva, afirmam que esse autor “chama a atenção para o fato de que a avaliação, numa perspectiva forma- tiva reguladora, deve reconhecer as diferentes trajetórias de vida dos estudantes”, e, para isso, “é preciso (A) evitar a definição de um perfil de saída ou meta para cada etapa de ensino, permitindo que cada aluno aprenda no seu tempo, no seu momento de matura- ção psicológica e intelectual.” (B) questionar a progressão automática, e utilizar diferen- tes instrumentos de avaliação com foco no desempe- nho e na produção de conceitos individuais, para fins de aprovação-reprovação.” (C) flexibilizar os objetivos, os conteúdos, as formas de ensinar e de avaliar; em outras palavras, contextuali- zar e recriar o currículo.” (D) acompanhar os conhecimentos e as habilidades que os estudantes já dominam ou com os quais têm difi- culdades, a fim de reclassificá-los em salas mais adequadas ao desempenho.” (E) esperar o fim do ano letivo para avaliar e constatar se os estudantes aprenderam o que foi estabelecido, deixando o tempo passar, para que cada um apren- da no próprio ritmo.” 11 PMJU1904/002-PEB-IConfidencial até o momento da aplicação. 34. Camargo et alii (in: Nacarato e Custódio, 2018) afirmam que, de acordo com Van de Walle, o pensamento algébrico penetra toda a matemática e faz parte de nosso coti- diano, e que a capacidade de prestar atenção e observar as regularidades existentes no nosso cotidiano leva-nos a fazer generalizações e aplicá-las a outras situações. As autoras afirmam que, na educação infantil, (A) o uso diário das parlendas de recitação de números, para recordar a sequência numérica e, em seguida, o treino da escrita do numeral devem ser o foco do trabalho do professor, visando ao desenvolvimento do pensamento algébrico. (B) a memorização, a identificação e o treino das figuras geométricas, dos números e das cores precedem e são pré-requisitos para o desenvolvimento do pensa-mento algébrico. (C) o trabalho na perspectiva de desenvolvimento do pensamento algébrico deve priorizar o lúdico, a ima- ginação e o corpo como um todo. (D) as danças, a música e o desenho não contribuem diretamente para o desenvolvimento do pensamento algébrico, no entanto colaboram para que as crian- ças se acalmem e fiquem mais atentas às atividades escritas que apresentam essa finalidade. (E) o desenvolvimento do pensamento algébrico, nas crianças, ocorre naturalmente em fases lineares predeterminadas, de forma espontânea; para tanto, basta que o professor permita que elas brinquem livremente. 35. Em O trabalho do professor na educação infantil, Oliveira, Maranhão e Abbud (2012) escrevem sobre a importância do brincar e, à luz da teoria de Vygotsky, refletem sobre a importância da brincadeira na escola. De acordo com as autoras, é correto afirmar que (A) a expressividade da linguagem do brincar de faz de conta é fruto do desenvolvimento natural das crian- ças, sendo que as crianças do mundo todo brincam de faz de conta da mesma maneira. (B) de acordo com a teoria vygotskyana, a maior parte das brincadeiras infantis não apresenta regra. A criança brinca para libertar-se em sua imaginação das regras socialmente determinadas. (C) a brincadeira é do grupo, e o professor não deve conduzir as ações das crianças durante o brincar. Isso significa que o professor é apenas um observa- dor e não deve interagir na brincadeira ou intervir nos espaços e materiais. (D) brincar é algo que se aprende socialmente, e o contato com a cultura, por meio do professor e dos recursos que ela apresenta, faz avançar significati- vamente a brincadeira. (E) os espaços mais adequados para brincadeiras infan- tis são aqueles espaços estruturados, como brinque- dotecas ou ambientes construídos com móveis plás- ticos, pois permitem ampliar a imaginação da criança com proteção e segurança. 32. Asbahr (in: Facci, Abrantes e Martins, 2016), em Periodi- zação histórico-cultural do desenvolvimento psíquico: do nascimento à velhice, afirma que a atividade de estudo é considerada a atividade principal da criança em idade escolar (de 6-7 anos a 10 anos) e que essa é uma pro- posta que promove o desenvolvimento humano e que tem como característica produzir a constituição de uma neoformação psicológica essencial: a formação do pen- samento teórico. Conforme descreve a autora, os ele- mentos que compõem a estrutura da atividade de estudo são: (A) a compreensão, pelo estudante, das tarefas de estu- do; a realização de ações de estudo; a realização de ações de controle e avaliação. (B) a leitura do conteúdo a ser estudado na atividade de estudo; as respostas aos questionários e a criação de conceitos teóricos pelo estudante; a resolução de situação-problema relacionada à tarefa de estudo. (C) a aula expositiva sobre o tema da tarefa de estudo; o trabalho em duplas ou grupos sobre o tema estu- dado e a apresentação de seminários sobre o tema, dispensando qualquer forma de avaliação. (D) a avaliação inicial com respostas a perguntas sobre o tema que será estudado na tarefa de estudo; o estudo das tarefas, de modo passivo, com leitura e exercícios; a avaliação final. (E) a observação de vídeo predefinido sobre o tema de estudo; a realização de relato oral na aula ou ficha- mento escrito, sobre o que entendeu; acompanha- mento de aula expositiva a res peito do tema de estu- do; validação de conceitos empíricos. 33. O Currículo Jundiaiense da Educação Infantil descreve certo instrumento, construído num trabalho contínuo e participativo, que “retrata o Projeto Político-Pedagógico, evidenciando o que acontece nas diferentes ações, pos- sibilitando a reflexão sobre a prática pedagógica, com- pondo uma parte significativa do processo de planeja- mento, estudo, pesquisa, organização e avaliação, que irão refletir diretamente nas experiências e aprendiza- gens das crianças.” Além disso, esse instrumento “tem como objetivo fortalecer o elo de parceria entre a comu- nidade e a escola, à medida que vai registrando parte da história daquelas famílias e sua participação, garantindo a elas o sentimento de pertencimento. Todos da escola participam da sua construção, pois é o trabalho coletivo desenvolvido que será expresso no documento.” De acordo com o Currículo Jundiaiense, esse instrumento é denominado (A) regimento escolar. (B) portfólio da escola. (C) mural institucional. (D) dossiê avaliativo. (E) modalidade organizativa. 12PMJU1904/002-PEB-I Confidencial até o momento da aplicação. 38. Pinazza (in: Formosinho, 2007) afirma que o trabalho por “projetos concretiza-se na prática educativa quando se consideram como ponto de partida os interesses e as experiências infantis e se propicia a ampliação dessas experiências para outras cada vez mais complexas e ela- boradas”. De acordo com a autora, “isso se faz mediante (A) um método no qual as crianças participam, uma vez por mês, de atividades simbólicas diversificadas, sendo ofertadas ao mesmo tempo e no mesmo espaço, “os cantinhos” de carrinhos, bonecas, casinha, cabele- reiro, médico etc.” (B) a ocorrência de algumas rotinas na escola de edu- cação infantil, ou seja, algumas atividades previstas, recorrentes, com temas e procedimentos predeter- minados, que se realizam diariamente, em horários fixos e de modo uniforme pelas diversas turmas.” (C) uma metodologia que oportuniza às crianças partici- par de comemorações de datas cívicas ou festas tra- dicionais, com atividades ocasionais e pontuais, refe- rentes ao festejo comemorado, como a pintura de um desenho, a leitura de um livro ou a pintura do rosto.” (D) a seleção prévia de um projeto que aborde o tema definido pelo professor, de modo que a duração e a sequência de atividades estejam no início do ano organizadas e determinadas, de forma a estruturar adequadamente a rotina da turma.” (E) um processo de investigação protagonizado pela criança, sob o olhar atento do adulto, que, tendo inten- ções claras em seu trabalho educativo, oferece supor- te, organiza situações e registra as experiências em desenvolvimento.” 39. Mantoan (in: Mantoan, 2001) apresenta algumas condições para melhorar as escolas, universalizar o acesso, implementando a inclusão de todos os alunos nas turmas regulares, incondicionalmente, e, assim, democratizar a educação. Entre as sugestões apresentadas, a autora afir- ma que a integração entre as áreas do conhecimento e a concepção transversal das novas propostas de organiza- ção curricular consideram as disciplinas acadêmicas como (A) uma estratégia necessária, no entanto a quantidade de disciplinas ofertadas deve ser drasticamente redu- zida e as salas de reforço ampliadas, pois o excesso de disciplinas ainda é um desafio para os alunos. (B) meios e não fins em si mesmas, e partem do respeito à realidade do aluno, de suas experiências de vida cotidiana, para chegar à sistematização do saber. (C) um entrave à inclusão, de forma que os conteúdos necessitam ser adaptados e as atividades devem ser facilitadas para os alunos que apresentam deficiência. (D) boas referências e estratégias de ensino para os alu- nos com facilidade de aprendizagem; para os alunos com dificuldade, no entanto, a adaptação curricular é a melhor opção. (E) a manutenção do saber elitista e compartimentado, devendo ser abolidas em nome de um ensino indivi- dualizado e em classes específicas, para os alunos com dificuldades. 36. A professora Giovana deverá trabalhar com a sua turma de terceiro ano do Ensino Fundamental, ao longo do ano letivo, a elaboração de diferentes gêneros escritos. A docente, para fundamentar o seu trabalho, consultou a obra Gêneros orais e escritos na escola (Scheneuwly e Dolz, 2004), na qual leu que cada esfera de troca social elabora tipos relativamente estáveis de enunciados: os gêneros. De acordo com a referida obra, considerado o aspecto tipológico, entre os textos da capacidade de lin- guagem dominanterelacionados à cultura literária ficcio- nal narrar, são considerados exemplos de gêneros orais ou escritos: (A) o conto maravilhoso, a fábula e a piada. (B) a narrativa de aventura, as histórias engraçadas e a receita. (C) a narrativa de ficção científica, o regulamento e o conto de mistério. (D) o conto de fadas, a adivinha e o verbete. (E) a lenda, a carta de leitor e a bula de remédio. 37. Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Fundamental, o componente curricular Arte está centrado nas seguintes linguagens: artes visuais, dança, música e teatro. A BNCC propõe ainda que a abordagem dessas linguagens articule seis dimensões do conhe- cimento, de forma indissociável e simultânea, e entre essas dimensões está a fruição. De acordo com a BNCC, é correto afirmar que a dimensão fruição “refere-se (A) às possibilidades de exteriorizar e manifestar as cria- ções subjetivas por meio de procedimentos e fazeres artísticos, tanto em âmbito individual quanto coletivo. Emerge da experiência artística com os elementos constitutivos de cada linguagem, dos seus vocabulá- rios específicos e das suas materialidades.” (B) ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produ- zem e constroem. Trata-se de uma atitude intencio- nal e investigativa que confere materialidade estética a sentimentos, ideias, desejos e representações em processos, acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas.” (C) ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à aber- tura para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa dimensão implica disponibilidade dos sujeitos para a relação continua- da com produções artísticas e culturais oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais.” (D) ao processo de construir argumentos e ponderações sobre as experiências e os processos criativos, artís- ticos e culturais. É a atitude de fazer arte, perceber, analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, apenas como seu criador.” (E) às impressões que impulsionam os sujeitos em di- reção a novas compreensões do espaço em que vivem. Articula ação, produção artística e pensa- mento propositivos, envolvendo aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais.” 13 PMJU1904/002-PEB-IConfidencial até o momento da aplicação. 42. Haja vista a necessidade de valorizar no currículo temas que afetam a sociedade contemporânea e, ao mesmo tempo, incentivar os estudantes a colaborarem ativamen- te para a melhoria da realidade local e global, a equipe de uma escola municipal de Jundiaí iniciou o estudo do documento Transformando nosso mundo: a agenda 2030 para um desenvolvimento sustentável, visando incorporar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentá- vel ao trabalho pedagógico, na busca de uma educação integral e cidadã. De acordo com o referido documento, é correto afirmar que, entre os Objetivos de Desenvolvi- mento Sustentável, está: (A) erradicar o preconceito, a xenofobia e a discrimina- ção em todas as suas formas, em todos os países. (B) promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. (C) assegurar educação de qualidade, garantindo a alfa- betização, o acesso ao ensino médio e à educação profissional e superior gratuita, em especial, para todas as mulheres e meninas. (D) reduzir a emissão de gases na atmosfera, pelos países em desenvolvimento, e aumentar o acesso das pequenas empresas aos serviços financeiros, visando torná-las sustentáveis. (E) combater o ódio, a intolerância e os crimes ciber- néticos contra crianças, adolescentes, mulheres e outras minorias em ambientes virtuais, criando espa- ços virtuais inclusivos, seguros e sustentáveis. 43. A construção do currículo do Ensino Fundamental de Ciências Naturais está pautada na realidade do indivíduo, permitindo que este se reconheça como parte integrante do meio. Com o objetivo de melhor organizar e facilitar a compreensão do Currículo de Ciências do Município de Jundiaí, optou-se por dividi-lo em unidades temáticas de estudos organizadas no decorrer do Ensino Fundamen- tal; são (A) duas unidades temáticas de estudos: ambientes e vida; seres humanos e recursos tecnológicos. (B) quatro unidades temáticas de estudos: fenômenos da natureza; vida; relações; transformações. (C) quatro unidades temáticas de estudos: corpo huma- no; reinos da natureza; ecologia e meio ambiente; Terra e sustentabilidade. (D) três unidades temáticas de estudos: Terra e univer- so; vida e evolução; matéria e energia. (E) duas unidades temáticas de estudos: seres vivos e ecossistemas; estados físicos da matéria e tecnologia. 40. No documento Indicadores da Qualidade na Educação Infantil (MEC, 2009), foram definidas sete dimensões que devem ser consideradas para a reflexão coletiva sobre a qualidade de uma instituição de educação infantil. Na dimensão multiplicidade de experiências e linguagens, no indicador Crianças reconhecendo suas identidades e valorizando as diferenças e a cooperação, um dos itens a serem verificados é se “a instituição disponibiliza mate- riais e oportunidades variadas (histórias orais, brinque- dos, móbiles, fotografias – inclusive das crianças, livros, revistas, cartazes, etc.)” que (A) contemplem meninos e meninas, brancos, negros e indígenas e pessoas com deficiências. (B) permitam às crianças levar para casa e trazer os livros e revistas, por meio de projetos de biblioteca circulante, para favorecer o acesso à leitura por parte das crianças e suas famílias. (C) promovam práticas de leitura para as crianças com atividades subsequentes, como o desenho dos per- sonagens, respostas sobre a leitura e dramatização das histórias. (D) valorizem atividades e realizem comemorações rela- cionadas ao calendário nacional, por exemplo, o Dia do Índio, para que as crianças aprendam como eles vivem, vestem-se e se comportam. (E) visem incluir a história e a cultura afro-brasileira e africana no currículo, mudando o foco etnocêntrico, marcadamente de raiz europeia, para um currículo de foco afro-brasileiro. 41. As Diretrizes Nacionais para a operacionalização do en- sino de música na Educação Básica determinam em seu artigo 1o que, entre outras ações, compete à escola (A) promover o ensino de música como uma área do co- nhecimento obrigatória e um componente curricular complementar, integrado à sua proposta pedagógi- ca, sendo sua prática obrigatória ao aluno por, no mínimo, três horas mensais. (B) utilizar a música como suporte para atender aos pro- pósitos educativos de formação de hábitos, como cantar para memorizar o hino ou outros conteúdos, pois a música como componente curricular deve ser suprimida do projeto pedagógico. (C) ministrar aulas de música, como um componente cur- ricular obrigatório e exclusivo da educação básica, no horário regular de aula, sendo sua prática facultativa ao aluno. (D) desenvolver projetos e ações como complemento das atividades letivas, alargando o ambiente educa- tivo para além dos dias letivos e da sala de aula. (E) incluir o ensino de música no seu projeto político- -pedagógico como conteúdo curricular facultativo, podendo ser substitutivo às aulas de artes e de educação física, mediante anuência da direção da escola. 14PMJU1904/002-PEB-I Confidencial até o momento da aplicação. 46. Segundo a Lei Complementar no 511/2012, Estatuto do magistério Público municipal de Jundiaí, artigo 25, assi- nale a alternativa correta. (A) Promoção é a passagem de um grau para outro ime- diatamente superior, dentro do mesmo nível e grupo a que pertence o servidor; pode ocorrer por titulação ou antiguidade, podendo o servidor concorrer a cada três anos, apenas. (B) A remoção dos integrantes do Quadro do Magistério far-se-á por permuta ou processo de classificação. Poderá ser removido porpermuta o servidor que estiver atuando como especialista de educação ou como regente de turma. (C) A progressão consiste na passagem de um nível para outro imediatamente superior, dentro do grupo a que pertence o cargo ou emprego, mediante avaliação do desempenho (nota mínima cinco), do tempo de servi- ço e da capacitação profissional. (D) É assegurada ao profissional da educação, por inicia- tiva própria, a participação em cursos de aperfeiço- amento profissional, dentro da sua área de atuação, em seu horário de trabalho, desde que haja anuência de sua chefia imediata. (E) A avaliação do desempenho constituirá um processo anual e sistemático de aferição individual do desem- penho e será utilizada para fins de programação de ações de capacitação e qualificação e como critério para a evolução funcional. 47. Conforme o artigo 3o do Decreto no 23.740/2012, que ins- titui o Código de Ética do Servidor Público municipal de Jundiaí, entre outros, é dever do servidor público muni- cipal: (A) informar no prazo de até 24 horas, aos seus superio- res, os motivos de retirar da repartição pública, sem estar autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público. (B) ser probo, leal e justo, escolhendo sempre a melhor e a mais vantajosa opção para o bem comum; man- ter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organi- zação e distribuição. (C) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa- das; ser cortês, inassíduo e pontual no serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao tra- balho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema. (D) exercer suas atribuições com urbanidade, perfeição e agilidade, garantindo e criando situações que o desabone, com o fim de evitar falhas para o usuário; e, ainda, exercer as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas. (E) ofertar apenas produtos originais e recolher os devi- dos impostos legais, quando se engajar em negocia- ções ou realizar qualquer tipo de comércio ou similar dentro das instalações de trabalho. 44. A Lei Federal no 8.069/1990, Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 18B, prevê que: “Os pais, os integrantes da família ampliada, os res- ponsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cui- dar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis”, a diversas me- didas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso. Considerando o referido artigo, o Conselho Tutelar pode- rá aplicar, entre outras, a seguinte medida: (A) obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado. (B) perda da guarda e colocação da criança em família substituta. (C) advertência ao responsável e acolhimento institucio- nal à criança vítima de maus-tratos. (D) suspensão ou destituição do pátrio poder familiar. (E) detenção de seis meses a dois anos. 45. De acordo com o artigo 4o da Lei Federal no 9.394/96, Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante diversas garantias. E, entre essas garantias, está(ão): (A) Educação Básica gratuita e obrigatória de zero aos dezoito anos de idade e o direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (B) processo nacional de avaliação do rendimento esco- lar, em toda Educação Básica, objetivando a aferição de resultados e a melhoria da qualidade do ensino. (C) vaga na escola pública de Educação Infantil ou de Ensino Fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar qua- tro anos de idade. (D) oferta de educação escolar regular e supletiva para jovens e adultos, em modalidades sem reprovação, garantindo-se as condições de acesso e permanên- cia na escola. (E) acesso público e gratuito aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, para todos os que não os concluíram na idade própria. 15 PMJU1904/002-PEB-IConfidencial até o momento da aplicação. 50. Segundo o Parecer CNE/CEB no 20/2009, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, as insti- tuições de Educação Infantil devem assegurar a educa- ção em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo. De acordo com o referido Parecer, a respeito do cuidar e do educar, é correto afirmar que (A) as práticas envolvidas nos atos de alimentar-se, tomar banho, trocar fraldas e controlar os esfíncteres, na escolha do que vestir, na atenção aos riscos de adoecimento mais fácil nessa faixa etária, no âmbito da Educação Infantil, embora não requeiram planeja- mento ou intencionalidade do professor, são práticas que respeitam o direito da criança de ser bem aten- dida nesses aspectos e manter-se limpa e cuidada. (B) educar de modo independente do cuidar é dar con- dições para as crianças explorarem o ambiente de diferentes maneiras (manipulando materiais da natu- reza ou objetos, observando, nomeando objetos, pessoas ou situações, fazendo perguntas etc.) e construírem sentidos pessoais e significados coleti- vos, à medida que vão se constituindo como sujeitos e se apropriando de um modo singular das formas culturais de agir, sentir e pensar. (C) as práticas pedagógicas devem ocorrer de modo a incentivar as crianças a viverem as experiências elaboradas e conduzidas pelo professor, tendo em vista que a compreensão do mundo pela criança é feita através da parcialidade de seus sentidos e por meio do conhecimento que ela constrói na relação extrínseca entre razão e emoção, expressão corpo- ral e verbal. (D) o cuidado, compreendido na sua dimensão neces- sariamente humana de lidar com questões de intimi- dade e afetividade, é característica não apenas da Educação Infantil mas também de todos os níveis de ensino. Na Educação Infantil, todavia, a especi- ficidade da criança bem pequena, que necessita do professor até adquirir autonomia para cuidar de si, expõe de forma mais evidente a relação indissociá- vel do educar e do cuidar nesse contexto. (E) um bom planejamento das atividades educativas favorece a formação de competências para a crian- ça aprender a cuidar de si. Educar cuidando inclui acolher, garantir a segurança e também alimentar a curiosidade, a ludicidade e a expressividade infantis. A dimensão do cuidado, no seu caráter ético, é assim orientada pela perspectiva de promoção da hetero- nomia dos indivíduos e pelo princípio do direito e da proteção das ideias e valores das famílias. 48. De acordo com a Resolução CNE/CEB no 04/09, que ins- titui “Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educa- cional Especializado (AEE) na Educação Básica, modali- dade Educação Especial”, artigo 10, é correto afirmar que o projeto pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE prevendo, na sua organi- zação, entre outros elementos, a (A) matrícula do aluno com deficiência em classe comum e, exclusivamente, em sala de recursos multifuncio- nais na própria escola, no turno da escolarização. (B) rede de apoio, formada por profissionais da saúde que atuam com os alunos em todas as atividades escolares e equipe multidisciplinar, que prestará aju- da, acompanhamento e atendimento à escola e às famílias. (C) sala de recursos multifuncionais composta de espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos peda- gógicos e de acessibilidade e equipamentos espe- cíficos. (D) formação permanente aos educadores sobre cada tipo de deficiência e sobre como esses alunos apren- dem, visando reduzir os sintomas da deficiência e facilitar a aprendizagem escolar. (E) garantia de redução do número de alunos por turma, nas classes comuns, em que houver matriculado um aluno com deficiência. 49. A Resolução CNE/CEB no 07/2010, quefixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos, prevê que “o Ensino Fundamental deve com- prometer-se com uma educação com qualidade social, igualmente entendida como direito humano”, sendo a educação de qualidade – como um direito fundamental – antes de tudo relevante, pertinente e equitativa. De acordo com a referida Resolução, em seu artigo 5o, parágrafo 2o e inciso III, a equidade alude (A) à importância de tratar de forma diferenciada o que se apresenta como desigual no ponto de partida, com vistas a obter desenvolvimento e aprendizagens equiparáveis, assegurando a todos a igualdade de direito à educação. (B) ao ensino uniforme que incentiva a demonstração de esforço e a aquisição de conhecimentos e habili- dades, evidenciados por meio de atitudes proativas, com foco nas metas pessoais e educacionais, alme- jando alcançar níveis mais elevados de ensino. (C) à possibilidade de atender, de forma padronizada, as necessidades e as características dos estudantes de diversos contextos sociais e culturais, ofertando maiores e melhores recursos às escolas mais provi- das e com melhores resultados. (D) à promoção de aprendizagens significativas do ponto de vista do desenvolvimento pessoal e das exigên- cias sociais, culturais e econômicas; que assegura, a todos, idêntico tratamento em quaisquer aspecto e o igual direito à bonificação e à ascensão social. (E) à garantia de educação igualitária, com as mesmas oportunidades, com progressiva ampliação da jorna- da de estudo, de modo a desenvolver competências para um melhor desempenho individual, acadêmico, e melhoria no alcance de resultados pelo estudante. 16PMJU1904/002-PEB-I Confidencial até o momento da aplicação. redação TexTo 1 A questão de votar como um direito ou um dever vem ganhando a atenção de cientistas políticos, dos políticos e filósofos nestes tempos de crise do sistema democrático, principalmente em países desenvolvidos. Na maioria dos países, votar ou não votar é um direito adquirido pelo cidadão. Neste caso, não votar não implica punições ou sanções para o eleitor – como não poder tirar passaporte ou carteira de identidade – como acontece no Brasil, onde o voto é obrigatório. (José Rodrigues Filho. Votar é um direito ou um dever? https://congressoemfoco.uol.com.br, 2013. Adaptado) TexTo 2 Na realidade, o voto é mais do que um direito, é um compromisso de cidadania, portanto, é um dever. O compromisso do eleitor, como cidadão, é o de ser criterioso na sua escolha. Ele não está escolhendo este ou aquele por ser mais simpático, ser seu amigo, porque tem um aparente bom discurso. O eleitor tem o poder-dever de escolher o candidato que tenha sob todos os aspectos o melhor preparo para administrar o interesse público. Nesta perspectiva, o direito de escolha por parte do eleitor é um compromisso vinculado aos interesses da sociedade. (José Carlos Robaldo. Votar é um direito de cidadania. https://joserobaldo.jusbrasil.com.br, 2015. Adaptado) TexTo 3 Existem alguns argumentos sustentados pelos defensores do voto obrigatório. Segundo essas pessoas, o ato de votar constitui um dever, não um mero direito. A essência desse dever está na ideia da responsabilidade que cada cidadão tem para com a coletividade ao escolher seus mandatários. Além disso, a eleição em que a maioria dos eleitores vota é de legitimidade incontestável, tornando-a insusceptível de alegação pelos derrotados nas urnas de que o resultado eleitoral não corresponde à vontade dos eleitores. Ademais, a participação constante do eleitor no processo eleitoral torna-o ativo na determinação do destino da coletividade a que pertence, interferindo, desse modo, nas prioridades da administração pública, ao sugerir, pela direção de seu voto, aos administradores e parlamentares, quais problemas desejam ver discutidos e resolvidos. Por outro lado, existem alguns argumentos sustentados pelos defensores do voto não obrigatório, o qual é adotado por todos os países desenvolvidos e de tradição democrática. Para essa corrente, o voto facultativo significa a plena aplicação do direito ou da liberdade de expressão. Caracteriza-se mais como um direito subjetivo do cidadão do que um dever cívico e, para ser pleno, esse direito deve compreender tanto a possibilidade de se votar como a consciência determina quanto a liberdade de abster-se de votar sem sofrer qualquer sanção do Estado. Para os defensores do voto facultativo, um número elevado de eleitores, que são obrigados a ir às urnas, vota em branco ou anula seu voto como protesto ou por dificuldade de exercer o ato de votar em função das limitações de compreensão do processo eleitoral. O eleitor que comparece às urnas contra a vontade, apenas para fugir às sanções previstas pela lei, como a não emissão de passaportes, não está praticando um ato de consciência; nesse caso, ele tenderá muitas vezes a votar no primeiro nome que lhe sugerirem, votando em um candidato que não conhece. (Paulo H. Soares. Vantagens e desvantagens do voto obrigatório e do voto facultativo. https://www12.senado.leg.br, 2014. Adaptado) Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: O Voto nas Eleições é um Direito ou um Dever? 17 PMJU1904/002-PEB-IConfidencial até o momento da aplicação. RAS CUN HO NÃO ASSINE ESTA FOLHA REdAçÃO Em hipótese alguma será considerado o texto escrito neste espaço. 18PMJU1904/002-PEB-I Confidencial até o momento da aplicação. 19 PMJU1904/002-PEB-IConfidencial até o momento da aplicação. Confidencial até o momento da aplicação.
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