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PROCESSO PENAL II SUJEITOS PROCESSUAIS: DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA 1. JUIZ Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública. Deve o magistrado, uma vez iniciada a ação penal, conduzir o desenvolvimento dos atos processuais, conforme o procedimento previsto em lei, até o final da instrução, quando, então, será proferida sentença. Não se admite, no processo penal, a extinção do feito, sem julgamento de mérito, por inépcia de qualquer das partes, cabendo ao juiz prover à regularidade do processo. • Poder de polícia REGRAS : • Que seja imparcial; • Isenção técnica; EXPLICAÇÃO: Juiz – regularidade processual (conduzir o processo de modo que não tenha nulidades) - requisitar a força pública. Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: (impedimentos – caráter objetivo) • considera-se impedido de atuar o juiz que é parcial, situação presumida pela lei, em casos específicos. Logo, as hipóteses previstas neste artigo, de caráter objetivo, indicam a impossibilidade de exercício jurisdicional em determinado processo. A sua infração implica inexistência dos atos praticados I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; (pode trabalhar na mesma comarca, mas não na mesma vara) II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha; (para cada função só UMA pessoa pode exercitar, não pode fazer duas) III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão; • Assim, se tiver decidido qualquer tipo de questão – excetuando-se despachos de mero expediente, pois a lei fala em matéria de fato ou direito – em primeiro grau, não poderá integrar colegiado de grau superior, para julgar recurso contra decisão proferida no feito. Caso tenha sido convocado a integrar colegiado, sendo ainda juiz de primeira instância, tornando à Vara, deve abster-se de decidir questão envolvendo o processo do qual participou, enquanto estava em segundo grau. IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. (não tem entendimento direto, mas se acontecer algo que possa beneficiar indiretamente uma pessoa, não pode se manifestar; Ex: avó que é juíza e a outra avó que cometeu ilícito, elas não tem parentesco, mas poderia beneficiar indiretamente para que sua neta não tenha a outra vó presa) • Tudo isso é para que não haja parcialidade de quem vai julgar; • OBS: Atuação em outro processo do mesmo réu: não é causa de impedimento. A lei processual penal veda o exercício da jurisdição quando o magistrado tenha atuado, no mesmo processo, contra o réu, devendo julgar novamente o caso (ex.: era juiz de primeiro grau quando julgou o caso; promovido ao Tribunal, tornou a receber, como relator, o mesmo processo: há impedimento). Entretanto, o fato de já ter o juiz conhecido e julgado feito contra um determinado réu, tornando a deparar-se com ele em outro processo não é causa de impedimento. IMPEDIMENTO – OBJETIVO Súm. 206, STF: É nulo o julgamento ulterior pelo júri com a participação de jurado que funcionou em julgamento anterior do mesmo processo. • Duplo grau de jurisdição; Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive. • juízos coletivos - não poderão servir no mesmo processo - entre si parentes, consanguíneos ou afins - em linha reta ou colateral até o terceiro grau. • Havendo parentes na magistratura, há presunção absoluta de parcialidade, caso integrem o mesmo órgão encarregado de julgar um processo. • Ex: 2 desembargadores aqui do MA; Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: (casos de suspeição – subjetivo – sujeitos de análise) I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; (amigo íntimo: frequentar a intimidade, viver a vida familiar, profissional; inimigo capital: aquele que mata, ou provar algo muito sério) II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; (o juiz está julgando o proc. E ele pode beneficiar alguém criando uma jurisprudência) • É possível que, ao julgar um caso de sonegação fiscal, por exemplo, sendo seu filho réu em processo análogo, resolva decidir pelo reconhecimento do princípio da insignificância, considerando atípica a conduta do acusado, visando à formação de jurisprudência positiva ao seu interesse, influenciando o feito de seu descendente. III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; (o juiz tem uma demanda contra uma pessoa que ele está julgando) • Imagine-se que a vítima de um estelionato, igualmente magistrado, seja o juiz do processo de separação judicial do filho do julgador do caso criminal. Não haverá isenção suficiente para absolver, se for preciso, o réu, sabendo que, posteriormente, seu descendente terá importante questão da vida decidida por aquele que ficou inconformado com a sentença proferida. IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; (dizer o que pode ser feito, as teses que pode ser acolhidas) • Ex.: após uma prisão em flagrante, o indiciado, conhecido de certo magistrado, aconselha-se com o mesmo, buscando livrar-se, de algum modo, da imputação. Posteriormente, o processo é distribuído justamente ao conselheiro, que forneceu importantes subsídios para o acusado. Não deve permanecer no caso. V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. • Ex.: o juiz é sócio da empresa acusada da prática de crime ambiental. Torna-se bastante provável a hipótese de buscar absolvê-la, até para não onerar seus próprios ganhos, caso seja a pessoa jurídica condenada criminalmente, envolvendo o pagamento de multa ou outra prestação alternativa. Suspeição – subjetivo – pode se declarar ou ser recusado – por qualquer das partes; • não se trata de vínculo entre o magistrado e o objeto do litígio – o que é causa de impedimento – mas de mero interesse entre o julgador e a matéria em debate. De qualquer forma, cuida-se de nulidade relativa o fato de existir, na condução da causa, um juiz suspeito. Cabe à parte interessada reclamar, a tempo, ingressando com a exceção de suspeição, o afastamento do magistrado. Se não o fizer, mantém-se o juiz na causa. • Momento para arguir a suspeição do juiz: assim que a parte tomar conhecimento do motivo que o torna suspeito para julgar a causa. Passando esse instante processual, já não se poderá reclamar do magistrado, pelo advento da preclusão. Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo. • Ex: o juiz é cunhado da parte, em relação de afinidade, mantendo-se o vínculo para efeito de impedimento ou suspeição, ainda que o seu casamento com a irmã da parte dissolva-se. • Permanece o impedimento no cpp Art. 256. A suspeição não poderáser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la. • Injúria criada não vale; • Ex: Se a parte ofende o magistrado, nos autos ou fora dele, somente para, em seguida, acoimálo de inimigo capital, deve arcar com sua viperina atitude. Não fosse assim e seria muito fácil afastar de determinado processo, ainda que sofra consequências – como um processo-crime por injúria –, um juiz considerado extremamente rigoroso, na visão do réu, ou muito liberal, na ótica do ofendido. 2. DO MINISTÉRIO PÚBLICO Art. 257. Ao Ministério Público cabe: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste Código; e II - fiscalizar a execução da lei. EXPLICAÇÃO: • Fiscal do processo junto com o juiz – sem nulidades Súm. 234, STJ: A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que lhes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes. EXPLICAÇÃO: • Mesmos casos de impedimento e suspeição do juiz 3. DO ACUSADO E SEU DEFENSOR Acusado: é o sujeito passivo – e também parte – da relação processual. Enquanto transcorre a investigação, deve-se denominá-lo de indiciado, se, formalmente, apontado como suspeito pelo Estado. No momento do oferecimento da denúncia, a terminologia correta é chamá-lo de denunciado ou imputado. Após o recebimento da denúncia, torna- se acusado ou réu. Tratando-se de queixa, denomina-se querelado; Defensor: deve ser sempre advogado, Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes. • O que se permite é o ajuizamento de ação penal contra determinado sujeito, cujos dados qualificativos são desconhecidos, mas sua identidade, como pessoa, é inequívoca. É o que ocorre com o indiciado, que não possui documentos, nem fornece elementos à autoridade policial para obter seu verdadeiro nome, filiação, profissão, entre outros (o que acontece com mendigos, sem endereço ou família, por exemplo), mas é suficiente que a identificação seja feita pelo método dactiloscópico. Não haverá, pois, equívoco no tocante ao autor da infração penal, ainda que se tenha dúvida quanto à sua qualificação. • Correção da qualificação do acusado a qualquer tempo; • Compleição física, sinais característicos e tatuagens Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. (Vide ADPF 395) (Vide ADPF 444) Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável. • Autoridade competente para determinar a condução coercitiva: atualmente, somente o juiz pode determinar a condução coercitiva. O delegado, quando necessitar, deve pleitear ao magistrado que determine a condução coercitiva do indiciado/suspeito ou de qualquer outra pessoa à sua presença • Condução coercitiva para interrogatório - polícia Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor. Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. • Defensor - constituído – público - dativo Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador. EXPLICAÇÃO: • Revogação tácita • Maioridade penal aos 18 anos • Cc 1916 - maioridade civil era aos 21 anos • 18 a 21 anos - cc 1916 • Com o cc 2002 a maioridade civil - 18 anos Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. – defensor é gênero que pode ser defensor constituído (advogado), público ou dativo. Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. EXPLICAÇÃO: • Pode pedir pra mudar o defensor dativo apenas, o público não; Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores serão obrigados, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos acusados, quando nomeados pelo Juiz. EXPLICAÇÃO: • Estatuto da oab; Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. § 1o A audiência poderá ser adiada se, por motivo justificado, o defensor não puder comparecer. § 2o Incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da audiência. Não o fazendo, o juiz não determinará o adiamento de ato algum do processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou só para o efeito do ato. EXPLICAÇÃO: • Infração disciplinar eoab. Art. 266. A constituição de defensor independerá de instrumento de mandato, se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório. EXPLICAÇÃO: • Nessa situação a procuração só na segunda instância; Art. 267. Nos termos do art. 252, não funcionarão como defensores os parentes do juiz. EXPLICAÇÃO: • Impedimento e suspeição; 4. DOS ASSISTENTES – DE ACUSAÇÃO Assistente de acusação: é a posição ocupada pelo ofendido, quando ingressa no feito, atuando, ao lado do Ministério Público, no polo ativo. Trata-se, ao mesmo tempo, de sujeito e parte secundária na relação processual. Não intervém obrigatoriamente, mas, fazendo- o, exerce nitidamente o direito de agir, manifestando pretensão contraposta à do acusado. • É o que vai ajudar o MP; Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. EXPLICAÇÃO: • Cadi – mais próximo exclui o mais remoto Súm. 208, 210 E 448, STF Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que se achar. EXPLICAÇÃO: • Só para recorrer – júri: só para alegações orais em sessão plenária de julgamento – prazo de 5 dias antes para pedir a admissão – 3 dias antes tudo tem que estar no processo – princípio não surpresa no cpc. Art. 270. O co-réu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Ministério Público. Ex: no caso de separação dos processos, que um corréu já tenha sido julgado e condenado. Para buscar a condenação de comparsa seu, que inclusive delatou, pleiteia a intervenção como assistente de acusação. Nota-se, pois, flagrante abuso, visto que seu interesse não é justificado, como ocorre com o ofendido pela prática da infração penal. O mesmo vale para a situação em que os corréus ocupam as posições de autores e vítimas da infração penal, como ocorre no caso de lesões recíprocas. • Caso deputada flor de lis Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598. § 1o O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da realização das provas propostas pelo assistente.§ 2o O processo prosseguirá independentemente de nova intimação do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrução ou do julgamento, sem motivo de força maior devidamente comprovado. EXPLICAÇÃO: • Quantidade de testemunhas – paridade de armas libelo não existe mais desde 2008; SÚM. 208, 210, 448, STF 208. O assistente do Ministério Público não pode recorrer, extraordinariamente, de decisão concessiva de habeas corpus. 210. O assistente do Ministério Público pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na ação penal, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598 do Cód. de Proc. Penal. 448. O prazo para o assistente recorrer, supletivamente, começa a correr imediatamente após o transcurso do prazo do Ministério Público. Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do assistente. EXPLICAÇÃO: • O juiz não fica adstrito à opinião do MP Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão. • Manifestação judicial: despacho – decisão – sentença • Decisão: rese • Sentença: apelação 5. DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA – SERVIDORES E AUXILIARES DA JUSTIÇA Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável. Serventuários e funcionários da justiça: atualmente, são termo correlatos, que designam os funcionários públicos, ocupando cargos criados por lei, percebendo vencimentos pagos pelo Estado, a serviço do Poder Judiciário. São os escrivães-diretores, escreventes, oficiais de justiça, auxiliares judiciários, dentre outros. • Peritos; • Interprete é quem faz tradução de língua estrangeira ou de libras; 6. DOS PERITOS E INTÉRPRETES Perito: é o especialista em determinada matéria, encarregado de servir como auxiliar da justiça, esclarecendo pontos específicos distantes do conhecimento jurídico do magistrado. O perito pode ser oficial – quando funcionário do Estado –, sendo-lhe dispensado o compromisso, pois investido na função por lei, ou nomeado pelo juiz, quando deverá ser compromissado a bem desempenhar a sua função. Intérprete: é a pessoa conhecedora de determinados idiomas estrangeiros ou linguagens específicas, que serve de intermediário entre pessoa a ser ouvida em juízo e o magistrado e as partes. Atua como perito, devidamente compromissado a bem desempenhar a sua função. Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária. Disciplina judiciária: refere-se o artigo em comento à obrigação que possui o perito, seja ele oficial (funcionário público) ou não oficial (de livre escolha do magistrado, porém nos termos disciplinados no art. 159, §§ 1.º e 2.º, do CPP), de cumprir fielmente seu encargo, servindo de auxiliar do juiz na verificação e análise de fatos para os quais se exige conhecimento específico. A disciplina judiciária o coloca em pé de igualdade com os demais funcionários públicos, ainda que se trate de perito não oficial, podendo responder pelos crimes. Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito. • SÚM.361, STF No processo penal, é nulo o exame realizado por um só perito, considerando-se impedido o que tiver funcionado, anteriormente, na diligência de apreensão. Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível. Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; b) não comparecer no dia e local designados para o exame; c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos. • Multa pela categoria profissional Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução. • Condução coercitiva para a realização da perícia Art. 279. Não poderão ser peritos: I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal; II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia; III - os analfabetos e os menores de 21 anos. • Correspondente: ART. 47, I E II, CP 1984. Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes. • Suspeição e impedimento Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. Equiparação dos intérpretes aos peritos: toda a disciplina dos peritos é aplicável aos intérpretes, também auxiliares do juiz, na compreensão de idiomas e linguagens estranhas, merecendo, pois, atuar com imparcialidade e ter conhecimento suficiente a tanto. • Perito oficial - nomeado pelo juiz - perito judicial • Perito não oficial - indicado pelas partes para ser o assistente De perícia • Prova pericial - perito oficial ou judicial - juiz nomeia - imparcial - auxiliar da justiça - obrigações de um servidor público desde prestou o compromisso. • Cada parte - acusação e defesa - pode ter o seu assistente de perito - parcial para acusação ou defesa. Comunicação dos atos Notificação: aquela comunicação que não é obrigada a responder, apenas uma informação sobre determinado assunto. Ex: conselho tutelar te notifica para esclarecer algo ou informar, a parte pode ir ou não. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. • É o chamamento do réu a juízo, dando-lhe ciência do ajuizamento da ação, imputando-lhe a prática de uma infração penal, bem como lhe oferecendo a oportunidade de se defender pessoalmente e através de defesa técnica. • A diferença, no âmbito processual penal, é a desnecessidade de citação para o executado; havendo condenação, o interesse público somente se realiza quando é viabilizada a execução, pressuposto natural do processo de conhecimento. Sob outro aspecto, não há citação de nenhum interessado, além do próprio réu. Citação: regras da citação também são aplicadas a intimação. Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado. EXPLICAÇÃO: Citação por mandado: É feita quando acusado está na jurisdição processante; • mas e se estiver em outra comarca ou Estado de Federação? Será feita por carta precatória. • mas se for estrangeiro ou legação estrangeira? Será feita por carta rogatória. Não se admite a citação através de procurador, mas se aceita uma exceção quando o réu é inimputável, circunstância já conhecida, o que leva a citação à pessoa do seu curador. Diferença entre estrangeiro e legação estrangeira: • Estrangeiro: outro país • Legação estrangeira: consulados e embaixadas Citação Pessoal: aquela que o oficial de justiça vai onde o acusado (que busca o acusado, dando-lhe ciência, pessoalmente, do conteúdo da acusação, bem como colhendo o seu ciente; Citação Hora certa: quando o acusado está tentando se ocupar para fugir à citação; Citação Edital: se o acusado está em local incerto e não sabido; o processo fica suspenso quando cita por edital, a suspensão seria 20 anos para o oficial citar, e mais 20 anos para ocorrer a prescrição, total de 40 anos para o crime prescrever. (obs. Tem que ver qual o tipo de ilícito e o prazo pra esse ato). Se o réu estiver preso no mesmo Estado, embora em Comarca diversa, não pode haver citação por edital • O edital fica publicado por quanto tempo? De 15 a 90 dias. • 30 dias o edital e 10 dias para resposta do réu, quanto tempo devo esperar? 40 dias, 30 do edital e mais 10 da resposta. Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa. Art. 564. Anulidade ocorrerá nos seguintes casos: I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; II - por ilegitimidade de parte; III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: • Também tem intimação pessoal, hora certa e edital (quando pratica o ilícito e desaparece) Art. 352. O mandado de citação indicará: I - o nome do juiz; II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; IV - a residência do réu, se for conhecida; V - o fim para que é feita a citação; VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. EXPLICAÇÃO: Diferença entre fato narrado e descrição jurídica do crime Fato narrado - história do tipo penal Descrição jurídica do crime - artigo do código, quando o fato corresponde ao tipo penal. Citação pessoal ou por hora certa – mesma natureza Citação por edital é uma ficção - por isso tem natureza diferente SÚM. 366, STF Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia. Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante precatória. SÚM. 155, STF É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de testemunha. SÚM. 273, STJ Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado. Art. 354. A precatória indicará: I - o juiz deprecado e o juiz deprecante; deprecante: requerente, quem envia a carta; deprecado: quem recebe. II - a sede da jurisdição de um e de outro; Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações; IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer. Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, independentemente de traslado, depois de lançado o "cumpra-se" e de feita a citação por mandado do juiz deprecado. § 1o Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo para fazer-se a citação. § 2o Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta para não ser citado, a precatória será imediatamente devolvida, para o fim previsto no art. 362. • Precatória itinerante é o nome que se dá à precatória enviada pelo juízo deprecado diretamente a outro juízo, onde provavelmente se encontra o réu (art. 355, § 1.º, CPP). Assim, quando o juiz deprecante, crendo estar o acusado na Comarca X, envia-lhe a precatória, para a citação, pode ocorrer do juiz desta última Comarca verificar estar o acusado, de fato, na Comarca Y, para onde enviará, diretamente, os autos da precatória, sem haver necessidade de esta voltar à origem para nova emissão. • Ex: Juiz de São Luis (deprecante) manda carta precatória para Juiz de Imperatriz (deprecado), ao cumprir a citação chega lá e não encontra o acusado, recebe informações que está em outro local, ai o juiz de imperatriz (deprecante) manda ao juiz de Balsas (deprecado)a carta precatória, e encontra o acusado, o cita e entrega a cópia e o juiz de Balsas devolve a carta para o juiz de São Luís. Verificando-se que o réu se oculta no juízo deprecado, certificada tal circunstância pelo oficial de justiça, a precatória não deverá ser devolvida, embora assim esteja previsto no art. 355, § 2.º, do CPP. Afinal, em caso de ocultação, não mais se aplica a citação por edital e, sim, a citação por hora certa. Hora certa - que o réu se oculta para não ser citado Pessoal e hora certa - mesma natureza - mesmo efeito - processo chega ao fim Edital - quando ele está em local incerto e não sabido Edital - natureza diferente - efeito diferente - processo suspenso Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que conterá em resumo os requisitos enumerados no art. 354, poderá ser expedida por via telegráfica, depois de reconhecida a firma do juiz, o que a estação expedidora mencionará. EXPLICAÇÃO: • Mala direta - digital Art. 357. São requisitos da citação por mandado: I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação; II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa. EXPLICAÇÃO: • No caso de recusa, tem que ter testemunhas. Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço. Trata-se de providência que tem em vista resguardar a intangibilidade do quartel, bem como a hierarquia e a disciplina, características inerentes à conduta militar. Assim, evitando-se que o oficial de justiça ingresse em dependências militares, à procura do réu, encaminha-se a requisição do juiz, por ofício, ao superior, que a fará chegar ao destinatário, no momento propício (art. 358, CPP). O referido ofício deve estar instruído com os mesmos requisitos do mandado (art. 352), para que não haja prejuízo à defesa. O militar, como regra, oficia de volta ao juiz, comunicando-lhe que o subordinado ficou ciente. Quando a permanência do acusado for definitiva, em outra Comarca, faz-se a expedição do ofício por precatória. • Citação deve ser entregue ao superior. Art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição. EXPLICAÇÃO: • Verificar a prática de infração disciplinar. Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Nos moldes da citação do acusado solto, deve ser feita pessoalmente, por mandado, recebendo cópia da denúncia e podendo preparar-se, a tempo, para a defesa escrita, no prazo de dez dias. Súm. 351, STF É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação em que o juiz exerce a sua jurisdição. Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. EXPLICAÇÃO: SÚM 366, STF Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia. Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). EXPLICAÇÃO: citação pessoal ou por hc - pergunta-se: o acusado compareceu ou não compareceu? compareceu - resposta 10d não compareceu - processo vai continuar - decretar a revelia e vai nomear defensor dativo - resposta 10d - processo caminha até a sentença Decretar a revelia - marcar a ausência Nomear defensor dativo - apresentar a resposta em 10 dias Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 4o Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processo observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 364. No caso do artigo anterior, no I, o prazo será fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 (noventa) dias, de acordo com as circunstâncias, e, no caso de no II, o prazo será de trinta dias. Art. 365. O edital de citação indicará: I - o nome do juiz que a determinar; II - o nome do réu, ou, se não for conhecido,os seus sinais característicos, bem como sua residência e profissão, se constarem do processo; III - o fim para que é feita a citação; IV - o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer; V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixação. Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da publicação. EXPLICAÇÃO: • Prazo publicação do edital - 30 dias • Prazo do ato processual - 10 dias • Esperar 40 dias Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) EXPLICAÇÃO: ACUSADO NÃO COMPARECEU - NÃO SABEMOS SE ELE FOI CITADO - FASE DE SUSPENSÃO DO PROCESSO: 1- Decretar a Revelia - marcar a ausência; 2- Nomear Defensor Dativo - todos os atos processuais tem que ser feitos na presença de um defensor; 3- Decretação da Prisão Preventiva, se for o caso; 4- Produzir as Provas Perecíveis; 5- suspender prazo prescricional; 6- suspender o processo. Citação pessoal ou por hora certa - o acusado não apresenta a defesa - o processo não para, continua Até a sentença – decreta revelia – nomeia defensor dativo para apresentar a resposta. Revelia no proc penal tem o mesmo significado do Proc civil? Não, serve apenas para marcar a ausência. • Efeitos da revelia do proc civil não acontecem no proc penal. Citação por edital – o processo não caminha – comunicação ficta – fase suspensão do processo SÚM. 415, STJ O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada. SÚM. 455, STJ A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art.366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo. Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) EXPLICAÇÃO: Comunicação de mudança de endereço – obrigatória sob pena de prisão Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) EXPLICAÇÃO: • enquanto há o cumprimento da rogatória – o que sempre ocorre demoradamente – suspende-se a prescrição, • Outro país. Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão efetuadas mediante carta rogatória. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) EXPLICAÇÃO: Embaixada – consulados Logo, não pode o oficial neles penetrar, razão pela qual o melhor e mais indicado a fazer é encaminhar o pedido de citação, também por rogatória, pela via diplomática. O juiz deve encaminhar diretamente ao Ministério da Justiça, que providencia a remessa ao Ministério das Relações Exteriores, seguindo, então, ao seu destinatário. Não se suspende a prescrição neste caso, pois o réu não se encontra no exterior. • A citação é feita apenas ao acusado. DAS INTIMAÇÕES É o ato processual pelo qual se dá ciência à parte da prática de algum outro ato processual já realizado ou a realizar-se, importando ou não na obrigação de fazer ou não fazer alguma coisa. Nos termos do art. 269 do CPC, o conceito de intimação “é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo”. Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) A lei destaca, no entanto, que a incidência das normas da citação se fará “no que for aplicável”, pois não teria mesmo cabimento intimar por edital uma testemunha ou um perito, para que compareça em juízo ou apresente o laudo. § 1o A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. (Incluído Lei nº 9.271, de 17.4.1996) • Diário oficial; § 2o Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) § 3o A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1o. (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) § 4o A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal. (Incluído pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) • O defensor dativo é o nomeado para patrocinar os interesses do acusado. Equipara-se ao defensor público, que, também por lei, deve ser intimado pessoalmente dos atos processuais. EXPLICAÇÃO: A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente – Diário da Justiça Mp e defensor público e dativo – pessoalmente Art. 371. Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, observado o disposto no art. 357. Possibilidade de intimação diretamente na petição do advogado ou do promotor, se, ao despachar com o juiz, obtém desde logo a decisão – como, por exemplo, a designação ou adiamento para outra data de uma audiência –, razão pela qual se torna desnecessária a intimação formal (art. 371, CPP). Se ele mesmo tomou conhecimento da decisão, vale a sua petição como ciência do ato praticado. Por cautela, deve o magistrado ou o escrivão, como for mais conveniente, colher o “ciente” da parte, tão logo finde o despacho, ou seja, a petição apresentada ao cartório. EXPLICAÇÃO: • Ciência inequívoca Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos. EXPLICAÇÃO: • Intimação do adiamento DOS FATOS E ATOS PROCESUAIS 1. Noções gerais. Fato e ato processuais. O que são fatos? • São os acontecimentos naturais da vida, ex: publicação de um livro; • Se for relevante para o direito serão fatos jurídicos, se não, fatos naturais; Fato jurídico natural x Fato jurídico processual • 1) é quando o fato natural, cria, modifique ou extingue uma situação jurídica; Ex: morte do ofendido; • São objetos de atos processuais; • 2) quando o acontecimento natural estender seus efeitos sobre o processo; Ex: morto o ofendido, o direito de queixa ou representação sucede, passa, transfere-se ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão; • Se verificam dentro do processo; Ato jurídico x Ato processual • 1) consiste numa ação humana que se traduz por declaração de vontade, de pronunciação; • 2) atos para criar, modificar ou extinguir direitos processuais, tendo assim, transcendência jurídica no processo; • Ato jurídico é gênero, ato processual é a espécie; 2. Os atos processuais. Conceito. São os atos jurídicos praticados no processo, pelos sujeitos da relação processual ou por terceiros, e capazes de produzir efeitos processuais. • Ex: Atos praticados pelo juiz, pelos auxiliares; a denúncia, resposta do réu querelado; 3. Critérios para classificação• Pode ser classificado pela sua função, ou pela sua eficácia vinculatória, como também, pelos sujeitos que os praticam; 4. Atos das partes 1) Postulatórios • Aqueles que visam obter do juiz um pronunciamento sobre o mérito ou uma resolução de mero conteúdo processual; • Ex: petições, requerimentos; • Ex: queixa, da acusação, ação pública privada; denúncia, ação pública condicionada; • O fato narrado precisa está bem delimitado; • Se o MP narra o fato mas quando vai descrever o crime e coloca algo de forma equivocada, o juiz só emenda, mas quando narra e coloca de forma correta, só que aparece um novo elemento, uma nova circunstância que vai da ao crime uma nova definição jurídica, tem-se um aditamento na denúncia. 2) Instrutórios • São aqueles que destinam a convencer o juiz da verdade ou afirmação de um fato; • Alegações: exposições circunstanciadas feitas pelas partes; probatórios: são os consistentes na proposição e produção de provas; • Ex: acusação e defesa levadas na audiência (provas produzidas na audiência; • Petição que anexa o rol de testemunhas, alegação final depois da audiência; 3) Reais • são os que se caracterizam por se manifestarem pelo fato, pela coisa e pelo objeto; • Ex: exibição da coisa apreendida, prestação de fiança, apresentação a prisão, reconhecimento de coisa e da pessoa; 4) Dispositivos • Refere-se ao direito material em litígio; • Declaração de vontade destinada a buscar ou a dispor da ação penal, ex: transação (9.099 - negociação com o MP para não aplicação da pena - CRIME MENOR OFENSIVO - juizado transação penal ou composição civil dos danos), desistência (possibilidade de não exercício da ação penal, quando a ação é privada, ex: perempção, denuncia, retratação)e submissão (não existe no direito brasileiro, o MP tem suspeita da prática de um crime e chama a pessoa, podendo negociar a pena com a pessoa, acabando com o processo); 5. Atos dos juízes 1) Decisórios • Todas as manifestações judiciais: 1) despachos, de mero expediente; 2) decisões interlocutórias, quando o juiz decide uma prova, recebe ou não a denúncia, como estas decisões tem postura de definir uma fase, elas são recorríveis, normalmente pelo recurso Reses; 3) sentença, manifestação judicial por excelência, • Decisões (ex: interlocutórias) e despachos de expediente (ex: diga ao Mp); • Partes da sentença obrigatória: relatório, fundamentação, parte dispositiva; 2) Instrutórios • Atividade consistente do juiz de interrogar o réu, em ouvir a vítima e as testemunhas; • Oitiva de testemunhas, acareação, houve um perito; 3) Documentação • Subscrever o termo de audiência, rubricar as folhas dos autos; • Assinatura do termo de audiência; 6. Atos dos auxiliares de justiça Ex.: expedição e entrega de mandado de citação para o oficial de justiça para cumprimento. Uma única execução de ato pode está a movimentação, documentação e execução. 1) movimentação • Destinados ao andamento do processo, ex: quando o escrivão faz os autos conclusos; 2) documentação • Quando o auxiliar da justiça dá a sua fé de que foi realizado o ato determinado pelo juiz, ex: certidão de quando o réu foi citado. 3) execução • Quando os auxiliares cumprem as determinações pelo juiz, ex: intimação do defensor; 7. Atos de terceiros • Interessado e desinteressado; • Desinteressado: Testemunho, peritos, intérpretes, ofendido, fiador do indiciado ou réu; • Interessado: o terceiro de boa-fé que vai pedir a devolução da sua coisa que foi apreendido, ofendido; 8. Atos simples e complexos Atos simples são aqueles que resultam da manifestação de vontade de uma só pessoa, de um só órgão. Ex: sentença, despacho; Atos complexos são aqueles quando, no mesmo auto, observa-se uma policromia de autos, como na audiência, quando muitas pessoas pode se manifestar. Ex: tribunal do júri. 9. Termos São atos de movimentação praticados por auxiliares de justiça. Os termos podem ter significação de prazo como também de documento. • Termo de autuação: atesta que foi iniciado o processo; • Juntada: da a sua fé que foi juntado determinado documento nos autos; • Conclusão: testifica a remessa dos autos ao juiz; • Vista: atesta que os autos estão à disposição de uma das partes; • Recebimento: os autos retornaram ao cartório; • Apensamento: afirma ter apensado outros autos, • Desentranhamento: atesta que desentranhou dos autos, este ou aquele documento; “tirar do processo, ex. desentranha 2 folhas, vai ter que remunerar, e tem que justificar”. Termo concluso: o juiz tem que se manifestar 10. Audiências É o momento processual de todos os procedimentos, ex: proc. Ordinário, sumário... 11. Sessões Reuniões dos órgãos jurisdicionais. Ex: tribunal do juri 12. Limites de lugar Deve-se acontecer no órgão jurisdicional • Precatória: quando reside fora da comarca; • Rogatória: quando reside no exterior; 13. Limites de forma É o aspecto que os atos devem apresentar • Idioma: em língua portuguesa; • Escrito • Publicidade: todos os atos devem ser públicos, mas existem partes do processo que devem ser sigilosos; • Prerrogativa do adv de está no proc.; art.7º , 13,14 , 21,parágrafos 10,11,12,13 estatuto da oab; • Publicidade no inquérito não temos total, só do caderno investigativo, não tendo nenhuma ilegalidade por parte da autoridade policial. • Assinatura: escrita de próprio punho ao final do ato PAREI EM 1:21h 14. Limites de tempo • Prazos e termos 15. Prazo • O ato deve realizar-se, porém tem o período de tempo do qual o ato pode realizar-se • Termo: indica o momento inaugural do prazo e o seu termino, momento final • O prazo em si é o decurso do prazo, quando se desenvolve; • Termo a quo: dia do começo • Ad quem: quando termina • Princípios que rege o prazo: igualdade no tratamento das partes, e da brevidade, que seja mais breve, contínuo, improrrogabilidade, irredutiblidade; • Prazo para denuncia: 5 a 15d, queixa: 6 meses, apelação: 5d, vítima que não se habilitou como assistente: 15d; • Por que o prazo para denuncia é de 15d e a queixa 6 meses? Por conta do sujeito, o MP é um sujeito profissional, não tendo nenhuma pessoal em relação ao ilícito, e já a vitima não, ela tem todo o processo de ter sofrido a violência; • Os prazos são contínuos, não se conta em dias úteis; se ele iniciar em feriado ou fds prorroga para o primeiro dia útil, e se ele finalizar também nesses dias ele vai também prorrogar para o primeiro dia útil; 16. Preclusão É a perda, extinção ou consumação de uma faculdade, quando a parte determinada faculdade pelo seu exercício na ordem legal. Ex: se a parte não interpõe o recurso no prazo legal, não poderá mais fazê-lo. Preclusão temporal: se o promotor não interpõe o recurso no prazo legal, não poderá mais fazê-lo; Preclusão lógica: a preclusão decorre do fato de haver sido cumprida uma faculdade incompatível com o exercício da outra, ex: a parte pode alegar a suspeição do juiz e a ilegitimidade da parte, devendo primeiro arguir a suspeição, se fizer o contrario haverá a preclusão lógica quanto a primeira; Preclusão consumativa: decorre da decisão irrevogável; coisa julgada formal e material, o que seria coisa julgada máxima? É quando tem coisa julgada material e formal, quando a matéria foi julgada e quando a forma é única ou última, se tem a máxima preclusão; Preclusão pro judicato: quando ele decide um conteúdo processual; 17. Espécies de prazo • Comuns: aqueles que ocorrem para ambas as partes. • Particulares: ocorre para apenas uma das partes. Ex: alegações finais memoriais, cada um tem seu prazo individual para fazê-lo; • Próprios: quando as partes devem realizar ato processual (especialmente para a defesa). A defesa deixa de recorrer, perde o direito de recorrer; • Impróprios: impostos aos juízese auxiliares. • Legais: estabelecidos pela lei. Ex: resposta do réu em 10d • Judiciais: estabelecidos pelo juiz. • Quando o prazo não tem no texto da lei, se considera no mínimo 5d; 18. Contagem dos prazos Conta-se em dias, horas, minutos: acusação e defesa para alegações orais; e até mesmo anos. Prazo processual: a intimação começa a contar da data da efetiva comunicação, se eu fui intimada hoje, o prazo para resposta começa do dia seguinte, não conta do primeiro dia mas conta o dia do fim; Prazo material: no dia que recebe já conta, conta o dia do começo e não conta o dia do fim; Prazo de dia, conta do dia a dia, de hora de minuto a minuto; Ex: Recebi uma intimação de 24h na sexta-feira ao meio dia, quando termina meu prazo no proc. Penal? Termina segunda 08:01, no primeiro minuto útil do primeiro dia útil; Prazo de 30 dias não é a mesma coisa de mês, porque nem todo mês tem 30 dias. Fixação do dies a quo: da intimação, da audiência, do dia que a parte se manifestar nos autos. Para o juiz contar-se-ão do termo de conclusão, para o MP do termo de vista, quando for domingo ou feriado o próx dia úil. Prazos contínuos: não deverão ser interrompidos na sua duração; Prazos peremptórios: improrrogáveis, sem possibilidade de dilatação; Não são absolutos. DA SETENÇA JURISPRUDÊNCIAS: SÚM. 337, STJ, SÚM. 440, STJ, SÚM. 442, STJ, SÚM 443, STJ, SÚM 444, STJ, SÚM 588, STJ, SÚM 589, STJ, SÚM. VINC. 35, STF, SÚM. 453, STF, SÚM 611, STF, SÚM 710, STF, SÚM 716, SFF É a decisão terminativa do processo e definitiva quanto ao mérito, abordando a questão relativa à pretensão punitiva do Estado, para julgar procedente ou improcedente a imputação. Esta é considerada a autêntica sentença, tal como consta do art. 381 do Código de Processo Penal. Pode ser condenatória, quando julga procedente a acusação, impondo pena, ou absolutória, quando a considera improcedente. Dentre as absolutórias, existem as denominadas impróprias, que, apesar de não considerarem o réu um criminoso, porque inimputável, impõem a ele medida de segurança, uma sanção penal constritiva à liberdade, mas no interesse da sua recuperação e cura. No Código de Processo Penal, no entanto, usa-se o termo sentença, em sentido amplo, para abranger, também, as decisões interlocutórias mistas e as definitivas, que não avaliam a imputação propriamente dita. • em sentido estrito, só recebe a denominação de sentença a decisão pela qual fica decidida a questão principal, ou se resolve algum incidente pondo termo à instância. No primeiro caso, a sentença se diz – definitiva, e, no segundo, interlocutória mista ou com força de definitiva. Os despachos ordinatórios, que disciplinam a marcha do processo são, em acepção ampla, sentenças interlocutórias simples ou meramente interlocutórias. Art. 381. A sentença conterá: I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá- las; II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; IV - a indicação dos artigos de lei aplicados; V - o dispositivo; VI - a data e a assinatura do juiz. Manifestações judiciais: DESPACHO – decisões do magistrado, sem abordar questão controvertida, com a finalidade de dar andamento ao processo (ex.: designação de audiência, determinação da intimação das partes, determinação da juntada de documentos, entre outras); • mero expediente - IRRECORRÍVEIS Decisões – rese decisões interlocutórias: soluções dadas pelo juiz, acerca de qualquer questão controversa, envolvendo a contraposição de interesses das partes, podendo ou não colocar fim ao processo. São chamadas interlocutórias simples as decisões que dirimem uma controvérsia, sem colocar fim ao processo ou a um estágio do procedimento (ex.: decretação da preventiva, quebra do sigilo telefônico ou fiscal, determinação de busca e apreensão, recebimento de denúncia ou queixa, entre outras). São denominadas interlocutórias mistas (ou decisões com força de definitiva) as decisões que resolvem uma controvérsia, colocando fim ao processo ou a uma fase dele (ex.: pronúncia, impronúncia, acolhimento de exceção de coisa julgada etc.); decisões definitivas: são as tomadas pelo juiz, colocando fim ao processo, julgando o mérito em sentido lato, ou seja, decidindo acerca da pretensão punitiva do Estado, mas sem avaliar a procedência ou improcedência da imputação. Nessas hipóteses, somente chegam a afastar a pretensão punitiva estatal, por reconhecerem presente alguma causa extintiva da punibilidade (ex.: decisão que reconhece a existência da prescrição). Diferem das interlocutórias mistas, pois estas, embora coloquem fim ao processo ou a uma fase do mesmo, não avaliam a pretensão punitiva do Estado. Sentenças – apelação Partes da sentença – 381, cpp • Relatório • Fundamentação • Dispositivo • Assinatura manuscrita, digitalizada e digital Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão. • Embargos de Declaração – prazo de 2 DIAS Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave. § 1o Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. § 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos. EXPLICAÇÃO: • EMENDATIO LIBELLI – 383, CPP • fato narrado - história do crime • descrição jurídica do crime – artigo do código • o acusado se defende do fato narrado e não da descrição jurídica do crime • não importa se for mais grave, o juiz vai considerar o fato narrado Dar a definição jurídica do fato é promover o juízo de tipicidade, isto é, adequar o fato ocorrido ao modelo legal de conduta. Exemplo: quando A agride B, visando a matá-lo, sem conseguir o seu intento, dá-se a definição jurídica de “tentativa de homicídio”. A partir disso, surge a classificação do crime, que é o resultado desse processo mental. No exemplo apresentado, temos o réu como incurso no art. 121, caput, c/c o art. 14, II, do Código Penal. Portanto, neste artigo, o que o juiz pode fazer, na fase da sentença, é levar em consideração o fato narrado pela acusação na peça inicial (denúncia ou queixa), sem se preocupar com a definição jurídica dada, pois o réu se defendeu, ao longo da instrução, dos fatos a ele imputados e não da classificação feita. O juiz pode alterá-la, sem qualquer cerceamento de defesa, pois o que está em jogo é a sua visão de tipicidade, que pode variar conforme o seu livre convencimento. Se o promotor descreveu, por exemplo, um furto com fraude (pena de dois a oito anos de reclusão), mas terminou classificando como estelionato (pena de um a cinco anos de reclusão), nada impede que o magistrado corrija essa classificação, condenando o réu por furto qualificado – convenientemente descrito na denúncia (fato narrado)– embora tenha que aplicar pena mais grave. Juiz defere as teses da acusação, tem que indeferir as de defesa (condenação) Juiz indefere as teses de acusação e defere as de defesa (absolvição) Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Não procedendoo órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). • isto é, remete os autos ao Procurador-Geral de Justiça (no âmbito estadual), ou à Câmara Criminal (no âmbito federal), para que se delibere a respeito § 2o Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 3o Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 5o Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). • MUTATIO LIBELLI - 384, CPP Encerrada a instrução - audiência - diligências – af Julgamento – no momento sentença – percebe algo a mais – Novo elemento ou nova circunstância – trás um novo fato narrado – aditar a denúncia Conflito de jurisdição do juiz com atribuição do mp – quem resolve? – art. 28 – Procurador geral de justiça no estado DENÚNCIA ALTERNATIVA: o juiz julgaria de acordo com a última denuncia anterior ou aditamento; • Promotor pode errar o fato narrado? Inépcia da denúncia – 395; desclassificação; mutatio. Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada. • Não está adstrito ao que o mp pedir (ao pedido de ninguém)– justificar convencimento motivado; • Juiz é independente para julgar; • Absolvição: indefere as teses do mp e defere as teses da defesa – condenar: deferir as teses do mp e indeferir as teses da defesa • A cada 90 dias o juiz deve justificar se aqueles elementos que ele fundamentou para prender permanece ativo; • Fundamentação da sentença: art.315, cpp; Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: I - estar provada a inexistência do fato; A inexistência do fato é uma das hipóteses mais seguras para a absolvição, pois a prova colhida está a demonstrar não ter ocorrido o fato sobre o qual se baseia a imputação feita pela acusação. Assim, desfaz-se o juízo de tipicidade, uma vez que o fato utilizado para a subsunção ao modelo legal de conduta proibida não existiu. Se a acusação é no sentido de ter havido, por exemplo, um constrangimento violento de mulher à conjunção carnal (estupro), provado não ter havido nem mesmo a relação sexual, está excluído o fato sobre o qual se construiu a tipicidade, promovendo-se a absolvição do réu. Exclui-se, nesse caso, igualmente, a responsabilidade civil. II - não haver prova da existência do fato; A inexistência de prova da ocorrência do fato não tem a mesma intensidade e determinação do primeiro caso (provada a inexistência do fato), pois, neste caso, falecem provas suficientes e seguras de que o fato tenha, efetivamente, ocorrido. Segue o rumo do princípio da prevalência do interesse do réu – in dubio pro reo, permitindo o ajuizamento de ação civil para, com novas provas, demonstrar a ocorrência do ilícito. III - não constituir o fato infração penal; • quer dizer que o fato efetivamente ocorreu, mas não é típico. Assim, o juiz profere decisão no sentido de que há impossibilidade de condenação por ausência de uma das elementares do crime. Permite-se o ajuizamento de ação civil para debater-se o ilícito em outra esfera do direito. IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) • o réu não participou nem como autor, nem como partícipe, elimina qualquer possibilidade de demanda no cível, posteriormente pleiteando indenização do acusado. É uma absolvição tão segura quando a prova da inexistência do fato. V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) • evidencia a existência de um fato criminoso, embora não se tenha conseguido demonstrar que o réu dele tomou parte ativa. Pode haver coautores responsabilizados ou não. A realidade das provas colhidas no processo demonstra merecer o acusado a absolvição, por não se ter construído um universo sólido de provas contra sua pessoa. Pode-se ajuizar ação civil, para, depois, provar a participação do réu no ilícito civil VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) O reconhecimento de excludentes de ilicitude ou de culpabilidade demonstra a inexistência de crime. Enquanto os incisos I, II e III do art. 386 dizem respeito à tipicidade, este cuida dos outros elementos do crime. Em algumas hipóteses é possível discutir a responsabilidade civil, na outra esfera, como ocorre com o estado de necessidade, mas com o reconhecimento da legítima defesa fecha-se a porta para o pleito de indenização cível. VII – não existir prova suficiente para a condenação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Princípio da prevalência do interesse do réu – in dubio pro reo. Se o juiz não possui provas sólidas para a formação do seu convencimento, podendo indicá-las na fundamentação da sua sentença, o melhor caminho é a absolvição. Logicamente, neste caso, há possibilidade de se propor ação indenizatória na esfera cível, por parte da vítima. Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz: I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade; Sempre que houver sentença absolutória, estando o réu preso, deve ser colocado em liberdade de imediato, em decorrência da presunção de inocência e da cessação dos motivos legitimadores da prisão cautelar. Não mais vige qualquer hipótese para se manter no cárcere o réu considerado inocente por sentença absolutória. II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) ex.: sequestro de bens, restrições descritas no art. 319 do CPP III - aplicará medida de segurança, se cabível. Quando for cabível, aplica-se, na sentença absolutória, medida de segurança, destinada ao inimputável. É a chamada sentença absolutória imprópria, quando o juiz reconhece não ter havido crime, por ausência de culpabilidade, mas, por ter o acusado praticado um injusto penal (fato típico e antijurídico), no estado de inimputabilidade, merece ser sancionado, com a finalidade de não tornar a perturbar a sociedade. Daí por que se sustenta que a medida de segurança é uma espécie de sanção penal, cuja finalidade não é castigar ou simplesmente reeducar o acusado, mas o curar, pois se trata de um doente mental. Por ser medida constritiva da liberdade, não deve ser aplicada senão após o devido processo legal. Justamente em virtude disso considera-se a sentença que a aplica como absolutória imprópria. • CASO DO BRUNO – ELISA SAMUDIO Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008) I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer; II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). III - aplicará as penas de acordo com essas conclusões; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas de segurança, ao disposto no Título Xl deste Livro; VI - determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em resumo e designará o jornal em que será feita a publicação (art. 73, § 1o, do Código Penal). § 1o O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta. (Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012) § 2o O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012) A detração é instituto penal, a ser considerado na fase da execução penal, consistente no desconto na pena final do tempo de prisão cautelar (art. 42, CP), como forma de compensação pelo tempo de detenção provisória, enquanto o processo tem o seu curso. Exemplo: fixada a pena de 8 anos e seis meses de reclusão, obrigatoriamente, o regime inicial seria o fechado (art. 33, § 2.º, a, CP). A inserção do § 2.º ao art. 387 do CPP permite a consideração da detração para o fim de escolha do regime. Ilustrando: se o réu é condenado a 8 anos e seis meses de reclusão e já estiver preso cautelarmente há um ano, para a eleição do regime inicial, deve o magistrado descontar, de pronto, o período de um ano, o que resulta 7 anos e seis meses. Portanto, torna-se cabível o semiaberto (art. 33, § 2.º, b, CP). • Juiz deve mostrar seu convencimento motivado Art. 388. A sentença poderá ser datilografada e neste caso o juiz a rubricará em todas as folhas. • Digitada – rubricada – assinatura: manuscrita – • Digitalização - digital Art. 389. A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos autos o respectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim. Qual momento da publicação da sentença? • Na hora que ele recebe, ele coloca no processo e diz que é a sentença daquele processo e da conhecimento ao MP, se considera a publicação na hora que o juiz entrega ao escrivão e o escrivão tem três dias para notificar o MP. Art. 390. O escrivão, dentro de três dias após a publicação, e sob pena de suspensão de cinco dias, dará conhecimento da sentença ao órgão do Ministério Público. • Secretário judicial tem responsabilidade administrativa Art. 391. O querelante ou o assistente será intimado da sentença, pessoalmente ou na pessoa de seu advogado. Se nenhum deles for encontrado no lugar da sede do juízo, a intimação será feita mediante edital com o prazo de 10 dias, afixado no lugar de costume. • Intimações - pessoais Art. 392. A intimação da sentença será feita: I - ao réu, pessoalmente, se estiver preso; II - ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído, quando se livrar solto, ou, sendo afiançável a infração, tiver prestado fiança; III - ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou não, a infração, expedido o mandado de prisão, não tiver sido encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça; IV - mediante edital, nos casos do no II, se o réu e o defensor que houver constituído não forem encontrados, e assim o certificar o oficial de justiça; V - mediante edital, nos casos do no III, se o defensor que o réu houver constituído também não for encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça; VI - mediante edital, se o réu, não tendo constituído defensor, não for encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça. § 1o O prazo do edital será de 90 dias, se tiver sido imposta pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, e de 60 dias, nos outros casos. § 2o O prazo para apelação correrá após o término do fixado no edital, salvo se, no curso deste, for feita a intimação por qualquer das outras formas estabelecidas neste artigo. Quando o acusado tiver contra si mandado de prisão expedido e não tiver sido encontrado para o devido cumprimento, intima-se da sentença somente o seu defensor. Permite-se que tal ocorra, somente no caso de defensor constituído, portanto da confiança do réu e, provavelmente, em contato com ele. A intimação dá-se pela imprensa oficial. Quando se tratar de dativo, aplica-se o disposto no inciso VI do art.392 (por edital). • A quem deve ser feita a intimação da sentença Art. 393. São efeitos da sentença condenatória recorrível: (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). • REVOGADO SEM NOVA REDAÇÃO LIVRO II DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE TÍTULO I DO PROCESSO COMUM CAPÍTULO I DA INSTRUÇÃO CRIMINAL JURISPRUDÊNCIA STJ 21 243 330 337 347 415 455 522 536 574 STF VINCULANTE 35 156 162 206 423 524 564 603 696 707 712 714 Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 Procedimento comum encontra-se dividido em: • Ordinário (cp) igual ou superior a 4 anos de ppl • Sumário (cp) menor do que 4 anos e maior que 2 anos de ppl • Sumaríssimo (Lei 9.099)menor potencial ofensivo – menor ou igual que 2 anos Procedimento especial: • Tribunal do júri (crimes dolosos contra a vida) EXPLICAÇÃO: ➢ Ilícito - investigação policial - elabora do relatório e envia ao poder judiciário - encaminhamento da investigação ao juiz - juiz manda ao ministério público - 1- denunciar; 2 – diligências (juiz vai deferir); 3- arquivamento (juiz homologar ou não – pgj) - mp denuncia o acusado – juiz analisar se rejeitar ou receber a denúncia - rejeitar - 395 - mp recorrer – rese 581 - juiz recebe a denúncia – citar para comunicar e para resposta em 10 dias - absolvição sumária - audiência de instrução e julgamento - oitiva das testemunhas e acusado - diligências - alegações finais – sentença ➢ Arts. 17 e o 41, lmp - proibição ➢ Crimes dolosos contra a vida – tribunal do júri ➢ Homicídio simples - Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. (especial) ➢ Sequestro e cárcere privado - Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado: Pena - reclusão, de um a três anos. (sumário) ➢ Lesão corporal - Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. (ordinário) OBS: quando se tratar de crime praticado com violência domésticae familiar, com pena máxima menor que 4 anos de ppl (sumário) OBS: inferior a 4 anos: 3 anos 11 meses e 29 dias. ➢ 395 - causas de rejeição da denúncia ➢ 396 – oferecimento, recebimento e rejeição da denúncia, citação e reposta em 10 dias ➢ 397 - absolvição sumária (todos os procedimentos penais de 1º grau em contrário deste Código ou de lei especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art406 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art406 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art395 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 tem absolvição sumária) ➢ 398- revogado sem substituição ➢ Ordinário - aplica-se a todos os outros procedimentos – diligências (parágrafo 5º) ➢ PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. (Revogado). • Rejeição – 395 – RESE - 581 Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. Explicação: ilícito - investigação policial - encaminhamento da investigação ao juiz - juiz manda ao ministério público (1- denunciar; 2 – diligências (juiz vai deferir); 3- arquivamento (juiz homologar ou não – pgj)) 1)mp denuncia o acusado – juiz analisar se rejeitar ou receber a denúncia - rejeitar - 395 - mp recorrer – rese juiz recebe a denúncia – citar para comunicar e para reposta em 10 dias citação - pessoal e por hora certa – edital – o acusado apareceu? – o acusado não apareceu? • citação pessoal ou por hora certa - acusado apareceu - resposta em 10 dias • citação pessoal ou por hora certa - acusado não apareceu - declara a revelia e nomear defensor dativo para apresnetar a resposta em 10 dias • citação por edital - suspensão do processo – 6 providências: 1- declara a revelia 2- nomeia defensor dativo 3- decretar a prisão preventiva, se for Art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação em todas as instâncias. (Incluído pela Lei nº 13.285, de 2016). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13285.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13285.htm#art2 o caso 4- produzir as provas perecíveis 5- suspender o prazo prescricional 6- suspender o processo • 396 – oferecimento, recebimento e rejeição da denúncia, citação e reposta em 10 dias • citação por edital – prazo para defesa só ocorre quando o acusado comparece. Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. • O que deve ser colocado na resposta? Preliminares – provas – perícias – documentos – justiticações – testemunhas: 8 – tudo que pretende usar para provar sua defesa. Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). IV - extinta a punibilidade do agente. • Resposta em 10 dias, absolvição sumária Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art95 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art95 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art396a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 § 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. • Não se recebe denúncia 2 vezes – juiz apenas marca audiência de instrução e julgamento • Oitiva de depoimentos, nesta ordem – ofendido, testemunhas de acusação e defesa, art. 222, cpp, esclarecimentos dos peritos, acareações, reconhecimento de coisas e pessoas e interrogatório do acusado. Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se,
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