Buscar

Relatório Clinica Final Paula corrigido 28 06

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE DE RIO VERDE – UNIBRÁS 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
Paula Vilela Gonçalves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio Verde - Goiás 
Maio 2021 
6 
 
 
PAULA VILELA GONÇALVES 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio Verde - Goiás 
2021 
Relatório apresentado como conclusão do Estágio 
Supervisionado em Nutrição Clínica, do Curso de 
Bacharelado em Nutrição da Faculdade de Rio Verde 
– UNIBRÁS 
 
Professor Orientador: Me Daniela Gonçalves Silva 
Período: Março / Maio de 2021. 
7 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO ESTÁGIO 
 
Identificação da Empresa 
 
Nome: Fundação Cristã Angélica Hospital do Câncer de Rio Verde 
Endereço: Rua Tiradentes, número 822, Bairro Santo Agostinho 
CEP: 75904-660 
Telefone: (64)3612-2400 
 
Área na empresa onde foi realizado o estágio: Serviço de Nutrição Clínica e 
Hospitalar 
 
Data de realização do estágio: 01/03/2021 a 15/03/2021 e 13/04/2021 a 
10/05/2021. 
Duração em horas: 180h 
Nome do profissional responsável pelo estágio: Daniela Gonçalves Silva 
CRN: 4241 
8 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5 
2. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL E ESTÁGIO .................................................................. 6 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................................ 7 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 26 
5. REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 26 
ANEXOS ....................................................................................................................................... 29 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O estágio é fundamental e de grande relevância para o aluno, pois é 
possível compreender na prática o conhecimento teórico obtido através das 
aulas, se tornando também uma oportunidade de se preparar para enfrentar os 
desafios encontrados na vida profissional. Possibilita ao aluno a certeza da 
escolha profissional por meio do aprendizado prático vivenciado no âmbito 
hospitalar e valorizando a importância do nutricionista para manutenção e 
recuperação da saúde dos pacientes (COSTA, 2015). 
Essa preparação tem o objetivo de capacitar o aluno para melhorar o 
estado nutricional dos pacientes , identificar as atribuições e atividades 
desenvolvidas por nutricionistas no âmbito hospitalar, identificar os tipos 
de dietas e suas indicações de acordo com quadro clínico do paciente, 
diagnosticar o estado de saúde dos pacientes através de parâmetros 
clínicos, bioquímicos e nutricionais na admissão e acompanhamento 
semanais e desenvolver ações de promoção e reabilitação da saúde sob 
supervisão (DE FRANÇA, 2012). 
Nas atividades do estágio seguimos a Resolução CFN N º 418/2008, 
que foram admissão nutricional e reavaliação quinzenal dos pacientes através 
de questionários preenchidos de acordo com os dados fornecidos pelos 
pacientes, análise de exames bioquímicos, aferição de medidas 
antropométricas utilizando fita inelástica e registro de aceitação da dieta, 
supervisionadas pela professora orientadora, para diagnóstico nutricional afim 
de traçar metas para o tratamento. 
O período de duração do estágio curricular foi de 180 horas, do dia 
01/03 a 15/03/2021 e 13/04/2021 a 10/05/2021, sendo realizado no turno 
Matutino, das 7:00 horas às 13:00 horas, perfazendo uma carga horária 180 
horas e 45 horas em atividades com orientação docente para elaboração do 
relatório e reuniões, do dia 11/05/2021 a 20/05/2011. Atuamos no setor de 
clínica médica, clínica cirúrgica e UTI do hospital, possibilitando conhecimento 
sobre as diversas patologias ao longo do estágio, tratamento dietoterápico, 
importância da avaliação antropométrica e exames físicos em pacientes 
hospitalizado. 
 
6 
 
 
2. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL E ESTÁGIO 
 
O Hospital conta com 23 leitos ambulatoriais sendo 16 enfermarias e 7 
particulares, além de 10 leitos de UTI. Oferece 5 refeições diárias para os 
pacientes, os cardápios de café da manhã e lanches são sempre iguais no 
mesmo dia, variando entre pães, bolachas, biscoitos, gelatina e mingau, além 
de chá, café, leite e leite achocolatado que são distribuídos conforme 
necessidade. Da mesma forma os serviços de almoço, jantar e ceia sempre 
com 1 tipo de carne, arroz, feijão, 2 guarnições e salada crua, ambos também 
têm os mesmos cardápios nos mesmos dias, exceto quando é servida sopa ou 
caldos no jantar. 
Os cardápios são pensados para que haja a maior adequação possível 
dos níveis de macro e micronutrientes, visando sempre a apreciação dos 
comensais, sem deixar de lado os parâmetros nutricionais. 
As dietas elaboradas devem estar adequadas ao estado clínico do 
paciente, além de proporcionar melhoria na sua qualidade de vida. Portanto a 
dieta hospitalar garante o aporte de nutrientes ao paciente internado e preserva 
ou recupera seu estado nutricional, por ter um papel coterapêutico em doenças 
crônicas e agudas (MAHAN, et al; 2018). 
 Também são feitas dietas em consistências diferentes sendo: geral, 
branda, pastosa, líquida e enteral. Existem também as dietas modificadas em 
relação à nutrientes como exemplo, a dieta hipercalórica, hiperproteica, isenta 
de lactose, rica em fibras, hipossódica e dietas para situações especiais, como 
em casos de diarreia, disfagia, insuficiência renal ou hepática. 
As dietas podem ser padronizadas segundo as modificações qualitativas 
e quantitativas da alimentação normal, bem como da consistência, 
temperatura, volume, valor calórico total, alterações de macronutrientes e 
restrições de nutrientes, com isso podem ser classificadas a partir das suas 
principais características, indicações e alimentos ou preparações que serão 
servidos (MAHAN, et al; 2018). 
 
 
7 
 
 
 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
Durante o período de estágio realizamos atividades remotas (resolução 
de estudos de caso) e atividades presenciais no hospital. Antes de irmos para o 
hospital fomos orientados sobre todos os procedimentos, o funcionamento do 
local e realizar o passo a passo descrito nos manuais de estágio. 
Ao longo dos dias realizamos coleta de dados de pacientes que já 
passaram por atendimento para desenvolver o relatório que entregamos no 
final do estágio (anexo A e anexo B). 
Existem dois tipos de métodos empregados para se determinar a 
composição corporal, os diretos e indiretos. Os métodos diretos são mais 
precisos, pois levam à mensuração do elemento que compõe o corpo sem 
medidas intermediárias. E os métodos indiretos se baseiam na determinação 
de grandezas que serão usadas para estimar o valor de uma grandeza 
derivada, possuem maior grau de precisão porque são derivados dos diretos 
(TIRAPEGUI & RIBEIRO, 2009). 
A antropometria é um conjunto de técnicas utilizadas para medir o 
tamanho corporal e suas proporções, permitindo avaliar a composição 
corporal dos indivíduos. As medidas mais utilizadas na avaliação 
antropométrica são: o peso, a estatura, as dobras cutâneas (bicipital, tricipital, 
subescapular e supra-ilíaca) e as circunferências de braço, cintura, quadril e 
abdome, altura do joelho e semi envergadura do braço (CUPPARI, L, 2005). 
Outra forma de obtenção do peso e altura, havendo impossibilidade de 
determinar das medidas reais, é a informação autorreferida e estimada. Essas 
medidas podem ajudar a diagnosticar o estado nutricional do paciente 
hospitalizado antes mesmo que seja realizada a avaliação antropométrica 
direta, beneficiando-o com o suporte nutricional precoce, quando necessário 
(PEIXOTOET AL, 2006). 
Em cada leito visitado foi aplicada anamnese clínica e nutricional, em 
que coletamos informações como hábitos de vida, histórico de comorbidades, 
e medicamentos utilizados, além de um questionário de frequencia alimentar e 
8 
 
aceitabilidade(QFA) e recordatório de 24horas. A investigação dos hábitos 
alimentares populacionais é conduzida por métodos capazes de estimar o 
consumo alimentar de populações distintas. 
Classificam-se em retrospectivos os instrumentos que avaliam o 
consumo passado em longo prazo, e em prospectivos os que objetivam captar 
o consumo no tempo presente. Os métodos mais utilizados em estudos 
epidemiológicos são o recordatório de 24h (R24h), o registro alimentar (RA) e 
o questionário de frequência alimentar (QFA) (SILVA; MURA, 2010; 
CUPPARI, 2014). Por meio desses dados podemos obter o diagnóstico 
nutricional e desenvolver a orientação alimentar. 
Após os dados coletados diretamente com os pacientes e prontuário, 
os estagiários desenvolviam os estudos de caso seguindo um roteiro com as 
seguintes etapas: descrição da anamnese aplicada, evolução clínica e 
dietoterápica, avaliação de exames bioquímicos e laboratoriais, de interação 
entre medicamentos e alimentos, descreve a conduta nutricional conforme a 
patologia e literatura, realiza a avaliação nutricional, calcula as necessidades 
nutricionais, prescreve a dieta e elabora orientações de alta. 
 Ao final do estágio é realizada a apresentação e discussão dos casos 
juntamente com a orientadora, sobre todas as etapas realizadas no estudo de 
caso. 
 
ESTUDO DE CASO 1 
1. Identificação 
Nome: D.P. M Leito: UTI 4 
Idade: 56 Sexo: F 
Data Internação: 05/05/21 
Hipótese diagnóstica/diagnóstico: Pneumonia e Avc Bilateral pós Covid 
 
2. Anamnese Clínica 
 
 Não houve coleta de dados pela incapacidade do paciente em responder. 
 
3. Evolução Clínica e Dietoterápica 
 
9 
 
 Paciente encontra-se em finalização de ciclo antibiótico, e desmane de 
oxigênio, para cuidados paliativos pós Avc bilateral de grande extensão. 
Paciente com traqueostomia, edema 2/4, diurese e diacorese normais. 
Alimentação via sonda nasoentérica. 
 
4. Exames Bioquímicos e Laboratoriais 
 
Paciente apresentou maioria dos exames normais, somente com 
leucócitos (22.530) relativamente altos indicando infecção. 
 
 
5. Interação Medicamentosa X Alimentos 
 
 Em relação aos medicamentos utilizados: Meroperen + Vancomicina 
(antibiótico) - sem interações no manejo via sonda; Polimixina B (antibiótico p/ 
infecções do trato urinário) - sem interações no manejo via sonda. 
 
 
6. Conduta Nutricional 
 
 A Organização Mundial de Saúde definiu o AVC como uma síndrome 
clínica caracterizada pelo rápido desenvolvimento de sintomas e/ou sinais 
focais e, algumas vezes, globais (nos pacientes em coma) de disfunção 
neurológica, com uma duração dos sintomas superior a 24h podendo resultar 
na morte, sem outra causa aparente que não a origem vascular (FERREIRA C 
et al,2006). 
 As recomendações indicam um aporte energético de 25 a 35 Kcal por 
quilograma de peso e por dia é adequado para os doentes, exceto em 
situações de sobrepeso ou obesidade, que é o caso da paciente. 
Relativamente às necessidades proteicas é recomendada uma ingestão de 0.8 
a 1.5 g de proteínas por quilograma de peso corporal. Para paciente que não 
apresentem outras comorbidades a ingestão de 1 g de proteína por quilograma 
de peso é adequada. Os lípidos deverão contribuir com cerca de 25 a 35%. 
Relativamente à ingestão de carboidratos ficam entre 50 a 60%, e vitaminas e 
10 
 
minerais devem ser satisfeitas 100% das “Dietary Reference Intakes" (DRI), 
calculadas para indivíduos saudáveis e avaliadas situações específicas de 
carência (MAHAN LK, ESCOTT-STUMP S, 2002). 
Indicação - Dieta enteral normo/ normo. 
 
7. Avaliação Nutricional 
 
CB: 33cm 
AJ: 48 cm 
Peso acamado:109 – 30kg (equipamento) = 79kg 
Peso estimado (branco/mulher) = (48 x 1,01) + (33 x 2,81) – 60,04 
48,48 + 92,73 – 60,04 = 81 kg 
 
Altura estimada: (branco/mulher) = 70,25 + (1,87 x 48) – (0,06 x 56) 
70,25+ 89,76 - 3,36 = 1,57 m 
 
Peso = peso atual – peso resultante do edema (++= 3 – 4 kg) 
P= 81 – 4= 77 kg 
 
Peso ideal = IMC ideal x (altura)² 
Peso ideal = 21 x 2,4336 = 51,1kg 
 
Adequação do peso (%) = peso atual x 100 
peso ideal 
 
77 x 100= 150 (>120= Obesidade) 
 51,1 
 
IMC = Peso atual (kg) = 77 = 31kg/m²( Obesidade) 
Altura2 (m) 1,57 
 
Peso ajustado (obesidade: IMC > 30kg/m2) = (77 – 51) x 0,25 + 51= 57,5kg 
 
 
11 
 
8. Cálculo das Necessidades Nutricionais- 
-Regra de Bolso 
VET = Peso x kcal 
57,5 x 25= 1437 kcal 
 
- HARRIS BENEDICT 
GEB = 655 + 9,6 x P + 1,8 x A – 4,7 x I 
655 + 9,6 x 57,5 + 1,8 x 1,57- 4,7 x 56 = 1104 
GET = GEB + Gasto energético de atividade física 
GET = 1104 + 300( em repouso) = 1404kcal 
 
 
PTN= 1,0 x 57,5 = 57,5g x 4 = 230kcal 16% 
CHO= 60% = 862kcal / 7 = 123g/ dia 
LIP= 1437 - 826 + 230 = 381 kcal / 42g / 24% 
 
9. Prescrição da Dieta 
 
Indicação - Dieta enteral Normocalórica/ Normoproteíca 
NOVASOURCE GI CONTROL - 1000ML 
100ml=150Kcal / 18 g Carboidrato/ 6,0 de proteína/ lip 6,0 
160 ml= 240kcal / CHO- 28,8 / PTN- 9,6 / LIP/ 9,6 
160 ML em 6 refeições dia de 3 em 3 hrs. 
PTN- 57.6g 
 
Água- 
Adulto idoso (30ml/kg) 57,5 x 30 = 1,725 lt/d 
Dieta 1,5 = 76-78% de H2O 
960ml/d = 749 ml de água livre 
1,725 – 749 = 976ml 
976ml fracionado em 12 x dia sendo 30ml após a dieta (evitando entupimento 
da sonda) e 130 ml após 90 min. de cada passagem de dieta. 
 
10. Orientação de Alta 
12 
 
 
Sem prescrição de alta devido ao quadro atual da paciente. 
 
 
ESTUDO DE CASO 2 
1. Identificação 
Nome: S. P. O. Leito: UTI 10 
Idade: 73 Sexo: M 
Data Internação: 05/05/21 
Hipótese diagnóstica/diagnóstico: Pneumonia, IRA (Redução de função renal) 
pós covid-19. 
 
2. Anamnese Clínica 
 
 Não houve coleta de dados pela incapacidade do paciente em responder. 
 
3. Evolução Clínica e Dietoterápica 
 
Paciente encontra-se em sedado, com função renal diminuída e diálise, 
além de distúrbio de coagulação, todas essas complicações vieram pós covid-
19, sem previsão de alta. Traqueostomizado, em respiração mecânica, edema 
2/4, com diuresse e diacorese normais. Alimentação via sonda nasal. 
 
 
4. Exames Bioquímicos e Laboratoriais 
 
Paciente apresentou exames normais, exceto leucócitos (16.350) altos 
indicando infecção. 
 
 
5. Interação Medicamentosa X Alimentos 
 
 Em relação aos medicamentos utilizados: Nora em 20 (medicamento 
usado para controle de batimentos cardíacos), Meroperen (Antibiótico) e 
13 
 
Polimixina B- (antibiótico vias urinárias), nenhum dos medicamentos tem 
interação com nutrição enteral 
 
6. Conduta Nutricional 
 
 Pacientes em HD (hemodiálise) necessitam de dietas hiperproteicas, 
normocalóricas e restritas em líquido, sódio, potássio e fósforo. Devido às 
perdas significativas durante o procedimento hemodialítico, existe indicação de 
suplementação diária de vitaminas hidrossolúveis para pacientes em HD. Com 
a exceção da vitamina D, a suplementação de vitaminas lipossolúveis não é 
recomendada, particularmente de vitamina A, que pode se acumular no 
organismo. 
 Nas palavras de Cuppari (2005, p. 125), “as recomendações de energia 
a quem se submete a sessões de hemodiálise para a manutenção de peso têm 
o valor estimado de 30-35kcal/kg/dia, para a repleção de peso o valor ideal 
varia de 35- 50kcal/kg/dia, e para a redução de peso o valor estimado varia de 
20-30kcal/kg/dia. A recomendação de carboidratos varia de 50-60% e de 
lipídeos de 30-35%. No entanto, para pacientes com mais de 60 anos, parece 
ser suficiente uma ingestão de energia de aproximadamente 30kcal/kg/dia”. 
 
7. Avaliação Nutricional 
 
CB: 30CM 
AJ: 48CM 
Peso acamado: 81,9 – 30kg (equipamento) = 51,9kg 
Pesoestimado (branco/homem) = (48x 1,10) + (30 x 3,07) – 75,81 
52,8+ 92,1 – 75,81= 69kg 
Peso = peso atual – peso resultante do edema (++= 3 – 4 kg) 
P= 69 – 4= 65kg 
Altura (homem) = 64,19 + (2,04 x 48) – (0,04 x 73) 
162,11- 2,92=1.59m 
IMC = 69 = 27kg/m²  Eutrofia 
1.59² 
PI = IMCI x A² (m) 
14 
 
Pi= 22 x 1.59² = 55,6KG 
Adequação da CB (%) = 30 x 100 = 97  Eutrófia 
 30,7 
 
 
8. Cálculo das Necessidades Nutricionais- 
 
Regra de Bolso- 
VET = Peso x kcal 
55,7 x 30 = 1671kcal 
 
 Harris Benedict 
TMB (homem): 66,5 + 13,8 x 55,7 + 5 x 159– 6,8 x 73 = 1132,36 
GET = GEB + Gasto energético de atividade física 
GET = 1132,36 +300(em repouso) = 1432,36kcal 
 
PTN= 1,5 x 55,7 = 84g x 4 = 336 kcal 20% 
CHO= 50% = 835 kcal / 7 = 119g/ dia 
LIP= 1671 - 835 + 336 = 500 kcal / 55g / 30% 
 
9. Prescrição da Dieta 
 
VET= 1671 kcal/d 
Dieta Enteral Hiperprotéica, Normo calórica, glicídica e lipídica. 
 
NOVASOURCE GI CONTROL - 1000ML 
100ml=150Kcal / 18 g Carboidrato/ 6,0 de proteína/ lip 6,0 
186 ml= 279kcal / CHO-33g / PTN- 11,1g / LIP-11,1g 
186 ML em 6 refeições dia de 3 em 3 hrs. 
 
Água- 
Adulto idoso (30ml/kg) 55,7 x 30 = 1,671 lt/d 
Dieta 1,5 = 76-78% de H2O 
15 
 
960ml/d = 749 ml de água livre 
1,671 – 749 = 922ml 
922ml fracionado em 12 x dia sendo 20ml após a dieta (evitando entupimento 
da sonda) e 130 ml após 90 min. de cada passagem de dieta. 
 
 
10. Orientação de Alta 
 
Sem prescrição de alta devido ao quadro atual da paciente. 
 
 
ESTUDO DE CASO 3 
1. Identificação 
Nome: N.G.P. Leito: 18C 
Idade: 52 Sexo: F 
Data Internação: 03/05/21 
Hipótese diagnóstica/diagnóstico: Infecção de urina por KPC (bactéria super-
resistente). Paciente renal crônico. 
 
 
2. Anamnese Clínica 
 
 Paciente DRC, nega vícios, e outras dislipidemias. Refere dialise 3 x por 
semana, ingestão de água 1 lt dia. Nega alergias e intolerâncias alimentares. 
Referiu apetite diminuído, com aceitabilidade de 50% da comida do hospital. 
Refere diacurese normal e diurese de 500 ml/d. Referiu consumir pão c/ 
manteiga, frutas, verduras A, B e C de 4 a 7 vezes por semana. Já o consumo 
de carnes, ovos, leite e derivados, óleo, massas gerais, refrigerante, suco 
artificial, fast food e embutidos e 1 a 3 vezes por semana. E doces e embutidos 
mensalmente. 
 
 
3. Evolução Clínica e Dietoterápica 
 
16 
 
 Paciente não apresenta edema, com hérnia abdominal, ITU por repetição, 
transferida para enfermaria após 3 dias em UTI. Diacorese e diurese normais. 
Apresenta precaução de contato. Dieta oral- Hipossódica. 
 
4. Exames Bioquímicos e Laboratoriais 
 
Paciente apresentou leucócitos (21,000) altos, PCR (203,4) indicando 
infecção. Lactato aumentado, indicando possível sepse e também pela DRC. 
 
5. Interação Medicamentosa X Alimentos 
 
 Em relação aos medicamentos utilizados: Meropenem- (Antibiótico vias 
urinarias), Metropolol- (Antibiótico), Lorotadina- (Antialérgico), não apresentam 
interação com alimentação oral. 
 
 
6. Conduta Nutricional 
 
 A doença renal crônica (DRC) caracteriza-se pela perda progressiva e 
irreversível da função renal e por uma taxa de filtração glomerular (TFG) menor 
que 60ml/min por um período maior que três meses (ROCHA et. al, 2010). 
 Segundo Martins et al., 2011, os objetivos da terapia nutricional na DRC 
são: recuperar e/ou manter o estado nutricional; minimizar o catabolismo 
proteico; manter o equilíbrio ácido-básico, hidroeletrolítico, de minerais e de 
vitaminas e melhorar o prognóstico. 
 Nas palavras de Cuppari (2005, p. 125) “as recomendações de energia a 
quem se submete a sessões de hemodiálise para a manutenção de peso têm o 
valor estimado de 30-35kcal/kg/dia, para a repleção de peso o valor ideal varia 
de 35- 50kcal/kg/dia, e para a redução de peso o valor estimado varia de 20-
30kcal/kg/dia. A recomendação de carboidratos varia de 50-60% e de lipídeos 
de 30-35%. No entanto, para pacientes com mais de 60 anos, parece ser 
suficiente uma ingestão de energia de aproximadamente 30kcal/kg/dia”. 
Habitualmente o paciente pode ingerir 500 ml de fluidos além da sua diurese 
(DAUGIRDAS JT. et al, 2015). 
17 
 
 
7. Avaliação Nutricional 
 
 Peso referido 75Kg, altura referida 1.55m (não foi feita antropometria, pois 
existia risco de contato). 
 
Peso: 75kg 
Altura: 1.55m 
IMC = Peso atual (kg) = 31 ( Obesidade) 
Altura2 (m) 
Peso ideal = 21 x 2,4025 = 50 
Adequação do peso (%) = 75 x 100= 150 (>120= Obesidade) 
50 
 
Peso ajustado (obesidade: IMC > 30kg/m2) = (75 – 50) x 0,25 + 50= 56kg 
 
8. Cálculo das Necessidades Nutricionais- 
Verificar o valor do peso ajustado e refaça o VET 
Regra de bolso 
VET = Peso x kcal 
56 x 25= 1400 kcal 
 
-Harris benedict 
GEB = 655 + 9,6 x P + 1,8 x A – 4,7 x I 
655 + 9,6 x 56 + 1,8 x 155- 4,7 x 52 = 1227 
GET = GEB + Gasto energético de atividade física 
GET = 1227 + 300(em repouso) = 1527kcal 
 
1400 kcal 
PTN= 1,0 x 56 = 56g x 4 = 224kcal 16% 
CHO= 55% = 770kcal / 7 = 90 g/ dia 
LIP= 1400 - 770 + 224 = 406 kcal / 45g / 29% 
 
18 
 
Água 
500 + 500 (urina 24hrs) = 1lt/d 
Fracionando 100 ml 10 x ao dia. 
 
9. Prescrição da Dieta 
 
Dieta com 1400kcal/dia fracionando em 5 refeições dia. 
 De consistência geral, normoproteica, normocalórica, normoglícidica e 
restrita em líquido (1lt/d). 
 
10. Orientação de alta 
 Dentre as recomendações: - Realizar a operação de remolho por no 
mínimo duas horas para alimentos ricos em potássio, tais como feijão, legumes 
e vegetais; 
 - Moderar o consumo de algumas frutas ricas em potássio, como banana, 
mamão, laranja e melão; 
- Evitar temperos prontos, pois são ricos em sódio. Para temperar sua refeição, 
prefira ervas e especiarias; 
- Não comer carambola e não tome o suco natural da fruta, pois contém uma 
substância tóxica para os portadores de doença renal; 
 - Evitar os alimentos embutidos, enlatados e industrializados, pois contêm 
muito sódio e fósforo; 
- Evitar chocolates, achocolatados, café solúvel, refrigerantes, amendoim, 
nozes, amêndoas e produtos que os contenham, pois são ricos em fósforo; 
 
 
ESTUDO DE CASO 4 
1. Identificação 
Nome: R.M.B. Leito: 11B 
Idade: 66 anos Sexo: M 
Data Internação:04/05/21 
Hipótese diagnóstica/diagnóstico: Diabetes M. tipo2 com ulcerações MI 
 
 
19 
 
2. Anamnese Clínica 
 
 Paciente refere ser DM há 4 anos, hipertenso, fumante (1ct/d), nega 
alcoolismo, relata baixa ingestão de água. Relata perda de 8kg nos últimos 6 
meses por mudança de hábitos alimentares. 
 No histórico alimentar relata comer pão c/ manteiga todos os dias, além 
de leite e derivados, frutas, vegetais tipos B e C, carnes em geral, ovos, e 
açúcar no cafezinho. O consumo de vegetais tipo A e massas gerais 1 vez por 
semana, enquanto doces, embutidos e fast food mensalmente. Apetite 
satisfatório, e aceitabilidade da dieta hospitalar de 100%. 
 
 
3. Evolução Clínica e Dietoterápica 
 
 Paciente apresenta ulcerações nos pés por DM, Hipertensão arterial, 
com diurese e diacorese normais. Dieta oral- Hipoglicidica e Hipossódica. 
 
 
4. Exames Bioquímicos e Laboratoriais 
Paciente apresentou PCR (8,31) aumentado indicando processo 
infeccioso ou inflamatório. 
 
 
5. Interação Medicamentosa X Alimentos 
 
 Em relação aos medicamentos utilizados: Glifage 500mg (tratamento 
DM): sem interação com nutrientes, podendo ser administrado junto ou após as 
refeições. Cilostazol- (tratamento de trombose): deve ser tomado em jejum, ou 
30 minutos antes ou 2 horas após as refeições. 
 
6. Conduta Nutricional 
 
 Segundo Tavares et al. (2011), o Diabetes Mellitus (DM) é um conjunto 
de alterações metabólicas caracterizadas por hiperglicemia crônica, em 
20 
 
decorrência da destruição das células beta do pâncreas, resistência à ação 
e/ou distúrbios da secreção da insulina. O DM é uma doença cujos sinais e 
sintomasevoluem lentamente, dificultando a descoberta e o estabelecimento 
de diagnóstico precoce. Assim, muitas pessoas comumente recebem o 
diagnóstico após a manifestação de complicações da doença, como as 
cardiovasculares. 
 As Diretrizes para o Tratamento e Acompanhamento do Diabetes 
Mellitus da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), orienta para adoção de 
plano alimentar saudável, como aspecto fundamental no tratamento do DM, 
salientando que a orientação nutricional e o estabelecimento de dieta para 
controle de indivíduos com DM associados à mudança no estilo de vida são 
terapias de primeira escolha. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) pode ser 
conceituada como uma doença crônico-degenerativa de natureza multifatorial, 
na grande maioria dos casos assintomática, que compromete 
fundamentalmente o equilíbrio dos sistemas vasodilatadores e vasoconstritores 
que mantêm os tônus vasomotor, o que leva a uma redução da luz dos vasos e 
danos aos órgãos por eles irrigados. Na prática, a HAS é caracterizada pelo 
aumento dos níveis pressóricos acima do que é recomendado para uma 
determinada faixa etária. Os elementos fundamentais são manter uma 
alimentação adequada e atividade física regular, evitar o fumo, excesso se 
sódio e álcool e estabelecer metas de controle de peso (GUSSO; LOPES, 
2012). 
 
 
7. Avaliação Nutricional 
 
Peso referido: 75kg 
Altura referida: 1,62m 
IMC = 75 = 27 (Sobrepeso) 
 1.62² 
CB- 31cm 
AJ: 48 cm 
Peso estimado (branco/homem) = (48 x 1,10) + (31 x 3,07) – 75,81 
21 
 
52,8+ 95,17 – 75,81= 72kg 
Altura estimada (homem) = 64,19 + (2,04 x 48) – (0,04 x 66) 
162,11- 2,64=1.59m 
IMC estimado = 72 = 28 kg/m² 
 1.59² 
Estado nutricional: Sobrepeso 
 PI = 159² x 24,5= 61 
Adequação da CB (%) = 31 x 100 = 115  Sobrepeso 
 26,8 
 
 
 
8. Cálculo das Necessidades Nutricionais- 
-Regra de bolso 
VET = Peso x kcal 
61 x 25= 1525 kcal 
-Harris Benedict 
GEB = 66,5 + 13,8 x 61 + 5,0 x 159 – 6,8 x 66 = 1258 
GET = 1258 +300 = 1558kcal 
 
1525kcal 
PTN= 1,5 x 61 = 91g x 4 = 364kcal 23% 
CHO= 45% = 686kcal / 7 = 98g/ dia 
LIP= 1525 - 686 + 364 = 475 kcal / 52g / 32% 
 
Água 
72 x 3 = 2,160 lt/d 
 
 
9. Prescrição da Dieta- 
 
1525 kcal/d em 5 ou 6 refeições 
Ingestão Hídrica de 2,160 lt/d em 11 x 200ml (1 copo americano) 
22 
 
Dieta de consistência geral, hipoglicidica e hiperproteica e normocalórica. 
 
10 Orientações de alta 
-Dentre as recomendações: Realizar 5 a 6 refeições diárias, evitando “beliscar” 
alimentos entre as refeições e permanecer longos períodos sem se alimentar. 
-Evitar o consumo de alimentos ricos em açúcar, como doces, sorvetes, 
biscoitos recheados, sucos em pó e balas, preferindo aqueles sem açúcar. 
Utilize adoçante em substituição ao açúcar, em quantidades moderadas! 
-Ler os rótulos dos alimentos para verificar se eles possuem açúcar. 
-Evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em carboidratos 
complexos como pães, bolos, biscoitos, arroz, macarrão, angu, mandioca, cará, 
batata e farinhas, preferindo os integrais. 
-Consuma diariamente verduras (alface, almeirão, couve etc.) e legumes 
(cenoura, pepino, tomate, abobrinha etc.), preferencialmente crus. 
 -Consumir frutas diariamente. O ideal são três porções diárias (uma porção = 1 
maçã média ou 1 banana ou 1 fatia média de mamão ou 1 laranja média). Para 
evitar o aumento da glicemia, prefira consumir as frutas acompanhadas com 
leite, aveia, linhaça, granola diet ou como sobremesa após as refeições, sendo 
preferencialmente com casca ou bagaço, por possuírem maiores quantidades 
de fibras. 
-Evitar consumir alimentos ricos em sal como embutidos (presunto, salame e 
salsicha), temperos prontos (caldos de carnes e de legumes) e alimentos 
industrializados (azeitonas, enlatados, chips, sopas e molhos prontos etc.). 
Prefira temperos naturais como alho e ervas aromáticas. Use pouco sal para 
cozinhar. 
-Diminuir o consumo de alimentos ricos em gordura (frituras; carnes como 
pernil, picanha, maçã de peito, costela, asa de frango, linguiça, suã etc.; leite 
integral; queijos amarelos; salgados e manteiga). Prefira leite semidesnatado 
ou desnatado e carnes magras (músculo, patinho, lombo etc.). 
-Consumir peixe, assados e cozidos pelo menos, uma vez por semana. 
-Reduzir a quantidade de óleo utilizado na preparação dos alimentos e evite o 
uso da banha de porco. Prefira alimentos cozidos, assados e preparados com 
pouco óleo. 
23 
 
-Praticar atividade física regularmente, sob a supervisão de um profissional 
capacitado. 
 
 
ESTUDO DE CASO 5 
1. Identificação 
Nome: S.M.R. Leito: 17A 
Idade: 58 anos Sexo: M 
Data Internação: 05/05/2021 
Hipótese diagnóstica/diagnóstico: Calculose de Rim e Ureter 
 
 
2. Anamnese Clínica 
 
 Nega tabagismo, etilismo e outras comorbidades. Relatou que sentiu dores 
nas costas. Diurese com dor, volume normal e diacorese normal. Paciente 
refere apetite normal. Não houve relato de aceitabilidade da comida hospitalar 
por ainda não ter feito refeições no hospital. 
 No histórico alimentar relata ingerir diariamente pão, leite e derivados, 
frutas, vegetais A, B e C, além carnes vermelhas e brancas e açúcar no café. 
Refere ingestão semanal de doces, e utiliza banha com gordura para cozinhar. 
O consumo de massas gerais, ovos e manteiga apenas mensalmente. 
 
 
3. Evolução Clínica e Dietoterápica 
 
 Paciente foi admitido com dor na parte inferior das costas e incomodo ao 
urinar. Foi realizada a coleta de sangue e pedido de exames de ultrassom 
abdominal e renal. Paciente refere dor na parte inferior das costas e incomodo 
ao urinar, também referiu ter histórico de ácido úrico alterado, diuresse e 
diacorese normais. Sem prescrição de dieta até o momento da visita. 
 
 
 
24 
 
4. Exames Bioquímicos e Laboratoriais 
 
 Exames bioquímicos de entrada encontram-se dos dentro dos parâmetros. 
Foram pedidos exames de imagem (ultrassom abdômen total) 
 
 
5. Interação Medicamentosa X Alimentos 
 
 Paciente sem prescrição de medicamentos até o momento. 
 
 
6. Conduta Nutricional 
 
 Litíase Renal, comumente chamada de "pedra nos rins" é uma doença 
ocasionada pelo surgimento de cálculos renais. O acúmulo de substâncias 
formadoras de cálculos, como cálcio, oxalato e ácido úrico, na urina, assim 
como, a diminuição de substâncias que inibem a formação de cálculo, como o 
citrato, podem causar a precipitação e aglutinação de determinadas 
substâncias formando os cálculos. A recomendação de proteínas para 
pacientes com litíase é de 0,8 a 1,2 g/kg/ dia, sendo 50% de alto valor 
biológico, de acordo com o preconizado com a RDA ou DRI. 
 
7. Avaliação Nutricional 
 
Peso: 80kg- referida 
Altura: 1.79m- referida 
IMC = 80 = 24 (Eutrofia) 
 1.79² 
CB: 34cm 
AJ: 54cm 
Altura (branco/homem) = 71,85 + (1,88 x 54) = 1.73m 
Peso (branco/homem) = (54 x 1,19) + (34 x 3,21) – 86,82= 86 kg 
IMC: 28 – Sobrepeso 
25 
 
Peso ideal = 22 x 2,9929 = 65 kg 
 
Adequação da CB (%) = 34 x 100 = 122(obesidade) 
 27,8 
 
 
8. Cálculo das Necessidades Nutricionais- 
-Regra de Bolso 
VET = Peso x kcal 
VET= 65 X 25= 1625kcal 
 
-Harris Benedict 
GEB = 66,5 + 13,8 x 86 + 5,0 x 173 – 6,8 x 58 
GEB = 1723kcal 
 
1625kcal 
PTN= 1,0 x 65 = 65 g x 4= 260 kcal / 16% 
CHO= 60% = 975kcal / 7= 139g 
LIP= 1625 – 975 + 260 = 390kcal / 9 = 43g/ 24% 
Água 
86 x 30 = 2,580 lt/d 
 
9. Prescrição da Dieta- 
Dieta com 1625kcal/d fracionando em 5 refeições dia. 
Ingestão hídrica- 2,580 lt/d (em torno de 12 copos americanos) 
Dieta com consistência geral, normoproteíca e normocalórica e normoglícidica. 
 
10. Orientações de alta 
-Ingerir bastante líquido. 
- Moderação na ingestão de alimentos ricos em cálcio (queijos, leite, iogurte, 
coalhada). 
-Moderar o consumo de sal e evitar alimentos embutidos, temperos prontos e 
conservas, dandopreferência a temperos e alimentos naturais. 
-Consumir mais alimentos integrais e frutas fontes de fibras. 
26 
 
-Reduzir o consumo de gorduras e alimentos industrializados. 
-Incluir na dieta verduras (alface, agrião, rúcula, etc), pois são ricas em 
nutrientes como minerais, vitaminas, e fibras, que previnem o cálculo renal. 
-Alimentos fontes de vitamina C, como laranja, abacaxi, acerola, entre outros, 
não devem ser excluídos da dieta, porém devem ser ingeridos sem excesso, 
pois podem aumentar a produção de oxalato. 
-Chá mate e o preto devem ser evitados, pois possuem oxalato (substância 
causadora de cálculos renais), assim como café, refrigerante, espinafre, nozes, 
amendoim, frutos do mar, bebidas achocolatadas 
 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estágio clinico nos deu a oportunidade de adquirir conhecimentos 
relevantes e motivadores para o futuro profissional e humano. Foi enriquecedor 
no âmbito pessoal, uma vez que permitiu fomentar a partilha de saberes e 
ideias, exposição de dúvidas e o aprendizado com os erros. Na prática clínica, 
fica claro a particularidade de cada paciente, o que instiga a diferentes formas 
de abordagem, no sentido de cumprir os objetivos propostos que nem sempre 
são fáceis de atingir. 
Além de possibilitar a consolidação de conhecimentos adquiridos ao 
longo do curso, permitindo uma melhor percepção da realidade do nutricionista. 
Durante o estágio, a participação foi realizada de forma oportuna, quer pela 
partilha, quer pela necessidade de conhecer e aprender, tentando ir ao 
encontro do que era solicitado. O estágio proporcionou um despertar do espirito 
crítico e da busca por alternativas viáveis para os pacientes. Cada visita, 
anamnese e troca com paciente foi de incrível, tornando essa experiência além 
de necessária, única. 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
27 
 
BIOMEDICAL RESEARCH, [S.l.], v. 26, n. 2, fev. 2020. ISSN 2357-9730. 
Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/hcpa/article/view/100246/56004>. Acesso 
em: 18 maio 2021. 
 
CUPPARI L. Nutrição Clínica no Adulto. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2005. 
 
DE MELLO, Elza Daniel; SCHNEIDER, Márcia Andréa de Oliveira. A 
IMPORTÂNCIA DA DIETA NO MANEJO DA HIPERCALCIÚRIA. Clinical and 
 
Daugirdas JT., Blake PG, Ing TS. Handbook of Dialysis. Fifth Edition. s.l.: 
Wolters Kluwer Health, 2015. 
 
PUC, Apostila de Avaliação Nutrição, Goiânia, 2013. 
 
DUARTE A.C.G. Avaliação Nutricional: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. 1ª 
ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 
 
FERREIRA C, PITA F, FERREIRA I, RODRIGUES M, CRUZ VT. Fatores de 
risco para Acidentes Vasculares Cerebrais. 2006. Disponível em: 
http://www.spavc.org/Imgs/content/page_104/FRV_para_AVC.pdf. 
 
Guia Fármaco X Nutriente. Professora Daniela Gonçalves. 
 
GUSSO; LOPES. Tratado de Medicina de Família e Comunidade, 2012. 
 
MAHAN LK, ESCOTT-STUMP S, editores. Krause Alimentos, Nutrição e 
Dietoterapia. Terapia Clínica Nutricional nos Distúrbios Neurológicos. 10. ª ed. 
São Paulo: Editora Roca; 2002. 
 
MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 
14ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 
 
https://seer.ufrgs.br/hcpa/article/view/100246/56004
28 
 
MARTINS, C.; CUPPARI, L.; AVESANI, C.; GUSMÃO, M.G. Terapia Nutricional 
para Pacientes em Hemodiálise Crônica. Projeto Diretrizes - Associação 
Médica Brasileira, 2011. 
 
MAZZUCCHI, E.; SROUGI, M. O que há de novo no diagnóstico e tratamento 
da litíase urinária? Revista da associação médica brasileira, São Paulo, v. 55, 
n. 6, p.723-728, 2009. 
 
NERBASS. F.B. Orientação dietética e litíase renal. Jornal brasileiro de 
nefrologia, Joinville, v. 36, n. 4, p. 428-429, 2014. 
 
PEIXOTO MRG, BENÍCIO,MHD, JARDIM PCBV. Validade do peso e da altura 
auto-referidos: o estudo de Goiânia. Rev Saúde Pública 2006;40(6): 1065-72. 
 
RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005; Dispõe sobre a definição das áreas de 
atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos 
de referência, por área de atuação, e dá outras providências. Brasília – DF, 
Dez, 2005. 
 
ROCHA, E. R.; MAGALHÃES, S. M.; LIMA, V. P. Repercussão de um protocolo 
fisioterapêutico intradialítico na funcionalidade pulmonar, força de preensão 
manual e qualidade de vida de pacientes renais crônicos. Jornal Brasileiro de 
Nefrologia. 2010; 32(4):359-371. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE; COLÉGIO BRASILEIRO DE 
RADIOLOGIA. Nefrolitíase: Abordagem urológica. 
 
DIRETRIZES CLÍNICAS NA SAÚDE SUPLEMENTAR. Rio de Janeiro: ANS, 
AMB, 2011. Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/ans/diretrizes/ 
nefrolitiase-abordagem_urologica.pdf. 
 
29 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. SEYFFART, Anela; SACHS, Anita; 
VIGGIANO, Celeste; MENDONÇA, Deise; GOUVEIA, Gisele; BRUNO, Luciana; 
ALVAREZ, Marlene e col. Manual de Nutrição Pessoa com Diabetes. Brasil, 
2009. 
 
TAVARES, B. C. et al. Resiliência de Pessoas com Diabetes Mellitus. Revista 
Texto Contexto em Enfermagem, 20(4), 2011. 
 
TIRAPEGUI J, RIBEIRO S.M.L. Avaliação Nutricional: Teoria e Prática. 1ª ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 
 
 
 
 
ANEXOS 
Anexo A 
Protocolo de Avaliação Nutricional e Anamnese 
 
 PRONTUÁRIO 
 
1) IDENTIFICAÇÃO: 
Nome:_______________________________________________________________ 
Acompanhante:________________________________________________________ 
Data da internação:______________________________Leito: _________________ 
Data de nascimento:____________Idade:______Sexo:_______ 
Hipótese diagnóstica/diagnóstico:___________________________________________ 
Evolução clínica e dietoterápica diária (anotar informações do prontuário): 
Medicamentos prescritos (para avaliar a interação alimentar) 
Exames Laboratoriais (analisar as condições que levam à alterações): 
Data 
Leucócitos (x 109) 
HT (%) 
Hg (g/dl) 
30 
 
VCM 3 
Ferro (mcg/dl) 
Uréia (mg/dl) 
Creatinina (mg/dl) 
Glicemia (mg/dl) 
Sódio (mEq/L) 
Potássio (mEq/L) 
Magnésio (mg/dl) 
Fósforo (mg/dl) 
Cálcio (mg/dl) 
Triglicérides (mg/dl) 
Colesterol total (mg/dl) 
LDL – c (mg/dl) 
HDL – c (mg/dl) 
Balanço Nitrogenado (g) 
Albumina (g/dl) 
Fosfatase alcalina (U/L) 
TGO (U/L) 
TGP (U/L) 
BT (mg/dl) 
BD (mg/dl) 
Outros: 
Outros: 
 
 
 
 
 ENTREVISTA COM PACIENTE 
 
2) SITUAÇÃO DE SAÚDE (Entrevista com paciente): 
Antecedentes Pessoais 
Tabagismo: Não  Sim Qtde. __________________________________ 
Consumo de bebidas alcóolicas: Não  Sim Freq.____________________ 
Diabetes:  Não Sim 
HAS: Não  Sim 
D. Coronariana:  Não Sim 
Antecedentes Dislipidêmicos: Não  Sim Qual?______________________ 
Outras doenças:_____________________________________________________ 
Ingestão hídrica (diária) 
Funcionamento intestinal habitual: 
Sintomas gastrointestinais (persistem por mais que 2 semanas) 
( ) disfagia e/ou odinofagia ( ) diarréia ( ) náuseas 
31 
 
( ) vômitos ( ) anorexia ( ) distensão/dor abdominal 
Alergias/Intolerâncias alimentares 
Tabus Alimentares 
Temperos e Condimentos 
 
3) AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: 
Antropometria 
O peso mudou nos últimos 6 meses: Sim ( ) Não ( ) 
Nas duas últimas semanas: ( ) continua perdendo peso ( ) estável ( ) aumentou 
Peso aferido:_________ kg Peso habitual/relatado:________kg 
Peso estimado ______kg (pegar AJ e CB): se não for possível aferir 
Quantidade perdida:_______kg (pegue o habitual e diminua do atual) 
Altura aferida:________(m) Altura relatada:________(m) 
Altura estimada/Altura do joelho/envergadura:___________ : se não for possível aferir 
IMC:________ (kg/m²) 
Circunf Braço:________(cm) Circunf Abdominal:________(cm) 
Altura o joelho: _______ (cm) 
 
 
 
 
 
4) HISTÓRIA ALIMENTAR 
 
Frequencia Alimentar 
Alimentos Diário (4a 7) Semanal (1 a 3x) Mensal (cada 15 dias) 
Pão / produtos de 
padaria 
 
Manteiga/margarina 
Leite e derivados 
Queijos 
Frutas 
Vegetal A 
abobrinha, acelga, aipo, alcachofra, alface, alfafa, almeirão, aspargo, azedinha, brócolis, bertalha, 
coentro, couve, broto de bambu, jiló, maxixe, palmito, pepino, rabanete, repolho, salsa, taioba, serralha, 
tomate etc 
Vegetal B 
abóbora ou jerimum, bardana, beterraba, calabura, cenoura, ervilha verde, fava, jurubeba, nabo, 
quiabo, rábano, repolho-de-bruxelas, vagem etc 
Vegetal C 
aipim, araruta, batata-baroa, batata-doce, cará, cogumelo, inhame, jujuba, mandioca, milho verde, etc. 
Carnes 
vermelha/porco 
 
Carnes frango/peixe 
Ovo 
32 
 
Óleo / banha 
(quantidade/ per 
capita): 
 
Doces 
Massa 
Bebida alcoólica 
Refrigerante 
Suco artificial 
Fast food 
Embutidos 
Açúcar 
 
Recordatório de 24hrs 
Data: Tipo de dieta: Data: Tipo de dieta: 
Ingestão hídrica: 
Apetite: 
Funcionamento intestinal: 
 
 
Alimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Almoço: Jantar: 
Lanches 
Ingestão hídrica: 
Apetite: 
Funcionamento intestinal: 
 
 
Alimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Almoço: Jantar: 
Lanches 
 
5) NECESSIDADES NUTRICIONAIS 
 
Gasto Basal: 
Fator Estresse: 
Fator Atividade: 
Fator Térmico: 
Gasto Energético (Harris Benedict): 
Gasto Energético (Fórmula de Bolso): 
Necessidades Proteicas: 
Necessidades Hídricas: 
 
 
33 
 
5) CONDUTA NUTRICIONAL (todas as ações que o nutricionista define para o tratamento de 
cada paciente. Ela engloba questões relacionadas ao estado de saúde atual do indivíduo, buscando 
soluções alimentares a fim de melhorar sua saúde e qualidade de vida). 
 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Anexo B 
Mini Avaliação Subjetiva Global

Outros materiais