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FACULDADE DE RIO VERDE – UNIBRÁS CURSO DE NUTRIÇÃO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Paula Vilela Gonçalves Rio Verde - Goiás Maio 2021 6 PAULA VILELA GONÇALVES RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Rio Verde - Goiás 2021 Relatório apresentado como conclusão do Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica, do Curso de Bacharelado em Nutrição da Faculdade de Rio Verde – UNIBRÁS Professor Orientador: Me Daniela Gonçalves Silva Período: Março / Maio de 2021. 7 IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO ESTÁGIO Identificação da Empresa Nome: Fundação Cristã Angélica Hospital do Câncer de Rio Verde Endereço: Rua Tiradentes, número 822, Bairro Santo Agostinho CEP: 75904-660 Telefone: (64)3612-2400 Área na empresa onde foi realizado o estágio: Serviço de Nutrição Clínica e Hospitalar Data de realização do estágio: 01/03/2021 a 15/03/2021 e 13/04/2021 a 10/05/2021. Duração em horas: 180h Nome do profissional responsável pelo estágio: Daniela Gonçalves Silva CRN: 4241 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5 2. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL E ESTÁGIO .................................................................. 6 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................................ 7 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 26 5. REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 26 ANEXOS ....................................................................................................................................... 29 5 1. INTRODUÇÃO O estágio é fundamental e de grande relevância para o aluno, pois é possível compreender na prática o conhecimento teórico obtido através das aulas, se tornando também uma oportunidade de se preparar para enfrentar os desafios encontrados na vida profissional. Possibilita ao aluno a certeza da escolha profissional por meio do aprendizado prático vivenciado no âmbito hospitalar e valorizando a importância do nutricionista para manutenção e recuperação da saúde dos pacientes (COSTA, 2015). Essa preparação tem o objetivo de capacitar o aluno para melhorar o estado nutricional dos pacientes , identificar as atribuições e atividades desenvolvidas por nutricionistas no âmbito hospitalar, identificar os tipos de dietas e suas indicações de acordo com quadro clínico do paciente, diagnosticar o estado de saúde dos pacientes através de parâmetros clínicos, bioquímicos e nutricionais na admissão e acompanhamento semanais e desenvolver ações de promoção e reabilitação da saúde sob supervisão (DE FRANÇA, 2012). Nas atividades do estágio seguimos a Resolução CFN N º 418/2008, que foram admissão nutricional e reavaliação quinzenal dos pacientes através de questionários preenchidos de acordo com os dados fornecidos pelos pacientes, análise de exames bioquímicos, aferição de medidas antropométricas utilizando fita inelástica e registro de aceitação da dieta, supervisionadas pela professora orientadora, para diagnóstico nutricional afim de traçar metas para o tratamento. O período de duração do estágio curricular foi de 180 horas, do dia 01/03 a 15/03/2021 e 13/04/2021 a 10/05/2021, sendo realizado no turno Matutino, das 7:00 horas às 13:00 horas, perfazendo uma carga horária 180 horas e 45 horas em atividades com orientação docente para elaboração do relatório e reuniões, do dia 11/05/2021 a 20/05/2011. Atuamos no setor de clínica médica, clínica cirúrgica e UTI do hospital, possibilitando conhecimento sobre as diversas patologias ao longo do estágio, tratamento dietoterápico, importância da avaliação antropométrica e exames físicos em pacientes hospitalizado. 6 2. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL E ESTÁGIO O Hospital conta com 23 leitos ambulatoriais sendo 16 enfermarias e 7 particulares, além de 10 leitos de UTI. Oferece 5 refeições diárias para os pacientes, os cardápios de café da manhã e lanches são sempre iguais no mesmo dia, variando entre pães, bolachas, biscoitos, gelatina e mingau, além de chá, café, leite e leite achocolatado que são distribuídos conforme necessidade. Da mesma forma os serviços de almoço, jantar e ceia sempre com 1 tipo de carne, arroz, feijão, 2 guarnições e salada crua, ambos também têm os mesmos cardápios nos mesmos dias, exceto quando é servida sopa ou caldos no jantar. Os cardápios são pensados para que haja a maior adequação possível dos níveis de macro e micronutrientes, visando sempre a apreciação dos comensais, sem deixar de lado os parâmetros nutricionais. As dietas elaboradas devem estar adequadas ao estado clínico do paciente, além de proporcionar melhoria na sua qualidade de vida. Portanto a dieta hospitalar garante o aporte de nutrientes ao paciente internado e preserva ou recupera seu estado nutricional, por ter um papel coterapêutico em doenças crônicas e agudas (MAHAN, et al; 2018). Também são feitas dietas em consistências diferentes sendo: geral, branda, pastosa, líquida e enteral. Existem também as dietas modificadas em relação à nutrientes como exemplo, a dieta hipercalórica, hiperproteica, isenta de lactose, rica em fibras, hipossódica e dietas para situações especiais, como em casos de diarreia, disfagia, insuficiência renal ou hepática. As dietas podem ser padronizadas segundo as modificações qualitativas e quantitativas da alimentação normal, bem como da consistência, temperatura, volume, valor calórico total, alterações de macronutrientes e restrições de nutrientes, com isso podem ser classificadas a partir das suas principais características, indicações e alimentos ou preparações que serão servidos (MAHAN, et al; 2018). 7 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Durante o período de estágio realizamos atividades remotas (resolução de estudos de caso) e atividades presenciais no hospital. Antes de irmos para o hospital fomos orientados sobre todos os procedimentos, o funcionamento do local e realizar o passo a passo descrito nos manuais de estágio. Ao longo dos dias realizamos coleta de dados de pacientes que já passaram por atendimento para desenvolver o relatório que entregamos no final do estágio (anexo A e anexo B). Existem dois tipos de métodos empregados para se determinar a composição corporal, os diretos e indiretos. Os métodos diretos são mais precisos, pois levam à mensuração do elemento que compõe o corpo sem medidas intermediárias. E os métodos indiretos se baseiam na determinação de grandezas que serão usadas para estimar o valor de uma grandeza derivada, possuem maior grau de precisão porque são derivados dos diretos (TIRAPEGUI & RIBEIRO, 2009). A antropometria é um conjunto de técnicas utilizadas para medir o tamanho corporal e suas proporções, permitindo avaliar a composição corporal dos indivíduos. As medidas mais utilizadas na avaliação antropométrica são: o peso, a estatura, as dobras cutâneas (bicipital, tricipital, subescapular e supra-ilíaca) e as circunferências de braço, cintura, quadril e abdome, altura do joelho e semi envergadura do braço (CUPPARI, L, 2005). Outra forma de obtenção do peso e altura, havendo impossibilidade de determinar das medidas reais, é a informação autorreferida e estimada. Essas medidas podem ajudar a diagnosticar o estado nutricional do paciente hospitalizado antes mesmo que seja realizada a avaliação antropométrica direta, beneficiando-o com o suporte nutricional precoce, quando necessário (PEIXOTOET AL, 2006). Em cada leito visitado foi aplicada anamnese clínica e nutricional, em que coletamos informações como hábitos de vida, histórico de comorbidades, e medicamentos utilizados, além de um questionário de frequencia alimentar e 8 aceitabilidade(QFA) e recordatório de 24horas. A investigação dos hábitos alimentares populacionais é conduzida por métodos capazes de estimar o consumo alimentar de populações distintas. Classificam-se em retrospectivos os instrumentos que avaliam o consumo passado em longo prazo, e em prospectivos os que objetivam captar o consumo no tempo presente. Os métodos mais utilizados em estudos epidemiológicos são o recordatório de 24h (R24h), o registro alimentar (RA) e o questionário de frequência alimentar (QFA) (SILVA; MURA, 2010; CUPPARI, 2014). Por meio desses dados podemos obter o diagnóstico nutricional e desenvolver a orientação alimentar. Após os dados coletados diretamente com os pacientes e prontuário, os estagiários desenvolviam os estudos de caso seguindo um roteiro com as seguintes etapas: descrição da anamnese aplicada, evolução clínica e dietoterápica, avaliação de exames bioquímicos e laboratoriais, de interação entre medicamentos e alimentos, descreve a conduta nutricional conforme a patologia e literatura, realiza a avaliação nutricional, calcula as necessidades nutricionais, prescreve a dieta e elabora orientações de alta. Ao final do estágio é realizada a apresentação e discussão dos casos juntamente com a orientadora, sobre todas as etapas realizadas no estudo de caso. ESTUDO DE CASO 1 1. Identificação Nome: D.P. M Leito: UTI 4 Idade: 56 Sexo: F Data Internação: 05/05/21 Hipótese diagnóstica/diagnóstico: Pneumonia e Avc Bilateral pós Covid 2. Anamnese Clínica Não houve coleta de dados pela incapacidade do paciente em responder. 3. Evolução Clínica e Dietoterápica 9 Paciente encontra-se em finalização de ciclo antibiótico, e desmane de oxigênio, para cuidados paliativos pós Avc bilateral de grande extensão. Paciente com traqueostomia, edema 2/4, diurese e diacorese normais. Alimentação via sonda nasoentérica. 4. Exames Bioquímicos e Laboratoriais Paciente apresentou maioria dos exames normais, somente com leucócitos (22.530) relativamente altos indicando infecção. 5. Interação Medicamentosa X Alimentos Em relação aos medicamentos utilizados: Meroperen + Vancomicina (antibiótico) - sem interações no manejo via sonda; Polimixina B (antibiótico p/ infecções do trato urinário) - sem interações no manejo via sonda. 6. Conduta Nutricional A Organização Mundial de Saúde definiu o AVC como uma síndrome clínica caracterizada pelo rápido desenvolvimento de sintomas e/ou sinais focais e, algumas vezes, globais (nos pacientes em coma) de disfunção neurológica, com uma duração dos sintomas superior a 24h podendo resultar na morte, sem outra causa aparente que não a origem vascular (FERREIRA C et al,2006). As recomendações indicam um aporte energético de 25 a 35 Kcal por quilograma de peso e por dia é adequado para os doentes, exceto em situações de sobrepeso ou obesidade, que é o caso da paciente. Relativamente às necessidades proteicas é recomendada uma ingestão de 0.8 a 1.5 g de proteínas por quilograma de peso corporal. Para paciente que não apresentem outras comorbidades a ingestão de 1 g de proteína por quilograma de peso é adequada. Os lípidos deverão contribuir com cerca de 25 a 35%. Relativamente à ingestão de carboidratos ficam entre 50 a 60%, e vitaminas e 10 minerais devem ser satisfeitas 100% das “Dietary Reference Intakes" (DRI), calculadas para indivíduos saudáveis e avaliadas situações específicas de carência (MAHAN LK, ESCOTT-STUMP S, 2002). Indicação - Dieta enteral normo/ normo. 7. Avaliação Nutricional CB: 33cm AJ: 48 cm Peso acamado:109 – 30kg (equipamento) = 79kg Peso estimado (branco/mulher) = (48 x 1,01) + (33 x 2,81) – 60,04 48,48 + 92,73 – 60,04 = 81 kg Altura estimada: (branco/mulher) = 70,25 + (1,87 x 48) – (0,06 x 56) 70,25+ 89,76 - 3,36 = 1,57 m Peso = peso atual – peso resultante do edema (++= 3 – 4 kg) P= 81 – 4= 77 kg Peso ideal = IMC ideal x (altura)² Peso ideal = 21 x 2,4336 = 51,1kg Adequação do peso (%) = peso atual x 100 peso ideal 77 x 100= 150 (>120= Obesidade) 51,1 IMC = Peso atual (kg) = 77 = 31kg/m²( Obesidade) Altura2 (m) 1,57 Peso ajustado (obesidade: IMC > 30kg/m2) = (77 – 51) x 0,25 + 51= 57,5kg 11 8. Cálculo das Necessidades Nutricionais- -Regra de Bolso VET = Peso x kcal 57,5 x 25= 1437 kcal - HARRIS BENEDICT GEB = 655 + 9,6 x P + 1,8 x A – 4,7 x I 655 + 9,6 x 57,5 + 1,8 x 1,57- 4,7 x 56 = 1104 GET = GEB + Gasto energético de atividade física GET = 1104 + 300( em repouso) = 1404kcal PTN= 1,0 x 57,5 = 57,5g x 4 = 230kcal 16% CHO= 60% = 862kcal / 7 = 123g/ dia LIP= 1437 - 826 + 230 = 381 kcal / 42g / 24% 9. Prescrição da Dieta Indicação - Dieta enteral Normocalórica/ Normoproteíca NOVASOURCE GI CONTROL - 1000ML 100ml=150Kcal / 18 g Carboidrato/ 6,0 de proteína/ lip 6,0 160 ml= 240kcal / CHO- 28,8 / PTN- 9,6 / LIP/ 9,6 160 ML em 6 refeições dia de 3 em 3 hrs. PTN- 57.6g Água- Adulto idoso (30ml/kg) 57,5 x 30 = 1,725 lt/d Dieta 1,5 = 76-78% de H2O 960ml/d = 749 ml de água livre 1,725 – 749 = 976ml 976ml fracionado em 12 x dia sendo 30ml após a dieta (evitando entupimento da sonda) e 130 ml após 90 min. de cada passagem de dieta. 10. Orientação de Alta 12 Sem prescrição de alta devido ao quadro atual da paciente. ESTUDO DE CASO 2 1. Identificação Nome: S. P. O. Leito: UTI 10 Idade: 73 Sexo: M Data Internação: 05/05/21 Hipótese diagnóstica/diagnóstico: Pneumonia, IRA (Redução de função renal) pós covid-19. 2. Anamnese Clínica Não houve coleta de dados pela incapacidade do paciente em responder. 3. Evolução Clínica e Dietoterápica Paciente encontra-se em sedado, com função renal diminuída e diálise, além de distúrbio de coagulação, todas essas complicações vieram pós covid- 19, sem previsão de alta. Traqueostomizado, em respiração mecânica, edema 2/4, com diuresse e diacorese normais. Alimentação via sonda nasal. 4. Exames Bioquímicos e Laboratoriais Paciente apresentou exames normais, exceto leucócitos (16.350) altos indicando infecção. 5. Interação Medicamentosa X Alimentos Em relação aos medicamentos utilizados: Nora em 20 (medicamento usado para controle de batimentos cardíacos), Meroperen (Antibiótico) e 13 Polimixina B- (antibiótico vias urinárias), nenhum dos medicamentos tem interação com nutrição enteral 6. Conduta Nutricional Pacientes em HD (hemodiálise) necessitam de dietas hiperproteicas, normocalóricas e restritas em líquido, sódio, potássio e fósforo. Devido às perdas significativas durante o procedimento hemodialítico, existe indicação de suplementação diária de vitaminas hidrossolúveis para pacientes em HD. Com a exceção da vitamina D, a suplementação de vitaminas lipossolúveis não é recomendada, particularmente de vitamina A, que pode se acumular no organismo. Nas palavras de Cuppari (2005, p. 125), “as recomendações de energia a quem se submete a sessões de hemodiálise para a manutenção de peso têm o valor estimado de 30-35kcal/kg/dia, para a repleção de peso o valor ideal varia de 35- 50kcal/kg/dia, e para a redução de peso o valor estimado varia de 20-30kcal/kg/dia. A recomendação de carboidratos varia de 50-60% e de lipídeos de 30-35%. No entanto, para pacientes com mais de 60 anos, parece ser suficiente uma ingestão de energia de aproximadamente 30kcal/kg/dia”. 7. Avaliação Nutricional CB: 30CM AJ: 48CM Peso acamado: 81,9 – 30kg (equipamento) = 51,9kg Pesoestimado (branco/homem) = (48x 1,10) + (30 x 3,07) – 75,81 52,8+ 92,1 – 75,81= 69kg Peso = peso atual – peso resultante do edema (++= 3 – 4 kg) P= 69 – 4= 65kg Altura (homem) = 64,19 + (2,04 x 48) – (0,04 x 73) 162,11- 2,92=1.59m IMC = 69 = 27kg/m² Eutrofia 1.59² PI = IMCI x A² (m) 14 Pi= 22 x 1.59² = 55,6KG Adequação da CB (%) = 30 x 100 = 97 Eutrófia 30,7 8. Cálculo das Necessidades Nutricionais- Regra de Bolso- VET = Peso x kcal 55,7 x 30 = 1671kcal Harris Benedict TMB (homem): 66,5 + 13,8 x 55,7 + 5 x 159– 6,8 x 73 = 1132,36 GET = GEB + Gasto energético de atividade física GET = 1132,36 +300(em repouso) = 1432,36kcal PTN= 1,5 x 55,7 = 84g x 4 = 336 kcal 20% CHO= 50% = 835 kcal / 7 = 119g/ dia LIP= 1671 - 835 + 336 = 500 kcal / 55g / 30% 9. Prescrição da Dieta VET= 1671 kcal/d Dieta Enteral Hiperprotéica, Normo calórica, glicídica e lipídica. NOVASOURCE GI CONTROL - 1000ML 100ml=150Kcal / 18 g Carboidrato/ 6,0 de proteína/ lip 6,0 186 ml= 279kcal / CHO-33g / PTN- 11,1g / LIP-11,1g 186 ML em 6 refeições dia de 3 em 3 hrs. Água- Adulto idoso (30ml/kg) 55,7 x 30 = 1,671 lt/d Dieta 1,5 = 76-78% de H2O 15 960ml/d = 749 ml de água livre 1,671 – 749 = 922ml 922ml fracionado em 12 x dia sendo 20ml após a dieta (evitando entupimento da sonda) e 130 ml após 90 min. de cada passagem de dieta. 10. Orientação de Alta Sem prescrição de alta devido ao quadro atual da paciente. ESTUDO DE CASO 3 1. Identificação Nome: N.G.P. Leito: 18C Idade: 52 Sexo: F Data Internação: 03/05/21 Hipótese diagnóstica/diagnóstico: Infecção de urina por KPC (bactéria super- resistente). Paciente renal crônico. 2. Anamnese Clínica Paciente DRC, nega vícios, e outras dislipidemias. Refere dialise 3 x por semana, ingestão de água 1 lt dia. Nega alergias e intolerâncias alimentares. Referiu apetite diminuído, com aceitabilidade de 50% da comida do hospital. Refere diacurese normal e diurese de 500 ml/d. Referiu consumir pão c/ manteiga, frutas, verduras A, B e C de 4 a 7 vezes por semana. Já o consumo de carnes, ovos, leite e derivados, óleo, massas gerais, refrigerante, suco artificial, fast food e embutidos e 1 a 3 vezes por semana. E doces e embutidos mensalmente. 3. Evolução Clínica e Dietoterápica 16 Paciente não apresenta edema, com hérnia abdominal, ITU por repetição, transferida para enfermaria após 3 dias em UTI. Diacorese e diurese normais. Apresenta precaução de contato. Dieta oral- Hipossódica. 4. Exames Bioquímicos e Laboratoriais Paciente apresentou leucócitos (21,000) altos, PCR (203,4) indicando infecção. Lactato aumentado, indicando possível sepse e também pela DRC. 5. Interação Medicamentosa X Alimentos Em relação aos medicamentos utilizados: Meropenem- (Antibiótico vias urinarias), Metropolol- (Antibiótico), Lorotadina- (Antialérgico), não apresentam interação com alimentação oral. 6. Conduta Nutricional A doença renal crônica (DRC) caracteriza-se pela perda progressiva e irreversível da função renal e por uma taxa de filtração glomerular (TFG) menor que 60ml/min por um período maior que três meses (ROCHA et. al, 2010). Segundo Martins et al., 2011, os objetivos da terapia nutricional na DRC são: recuperar e/ou manter o estado nutricional; minimizar o catabolismo proteico; manter o equilíbrio ácido-básico, hidroeletrolítico, de minerais e de vitaminas e melhorar o prognóstico. Nas palavras de Cuppari (2005, p. 125) “as recomendações de energia a quem se submete a sessões de hemodiálise para a manutenção de peso têm o valor estimado de 30-35kcal/kg/dia, para a repleção de peso o valor ideal varia de 35- 50kcal/kg/dia, e para a redução de peso o valor estimado varia de 20- 30kcal/kg/dia. A recomendação de carboidratos varia de 50-60% e de lipídeos de 30-35%. No entanto, para pacientes com mais de 60 anos, parece ser suficiente uma ingestão de energia de aproximadamente 30kcal/kg/dia”. Habitualmente o paciente pode ingerir 500 ml de fluidos além da sua diurese (DAUGIRDAS JT. et al, 2015). 17 7. Avaliação Nutricional Peso referido 75Kg, altura referida 1.55m (não foi feita antropometria, pois existia risco de contato). Peso: 75kg Altura: 1.55m IMC = Peso atual (kg) = 31 ( Obesidade) Altura2 (m) Peso ideal = 21 x 2,4025 = 50 Adequação do peso (%) = 75 x 100= 150 (>120= Obesidade) 50 Peso ajustado (obesidade: IMC > 30kg/m2) = (75 – 50) x 0,25 + 50= 56kg 8. Cálculo das Necessidades Nutricionais- Verificar o valor do peso ajustado e refaça o VET Regra de bolso VET = Peso x kcal 56 x 25= 1400 kcal -Harris benedict GEB = 655 + 9,6 x P + 1,8 x A – 4,7 x I 655 + 9,6 x 56 + 1,8 x 155- 4,7 x 52 = 1227 GET = GEB + Gasto energético de atividade física GET = 1227 + 300(em repouso) = 1527kcal 1400 kcal PTN= 1,0 x 56 = 56g x 4 = 224kcal 16% CHO= 55% = 770kcal / 7 = 90 g/ dia LIP= 1400 - 770 + 224 = 406 kcal / 45g / 29% 18 Água 500 + 500 (urina 24hrs) = 1lt/d Fracionando 100 ml 10 x ao dia. 9. Prescrição da Dieta Dieta com 1400kcal/dia fracionando em 5 refeições dia. De consistência geral, normoproteica, normocalórica, normoglícidica e restrita em líquido (1lt/d). 10. Orientação de alta Dentre as recomendações: - Realizar a operação de remolho por no mínimo duas horas para alimentos ricos em potássio, tais como feijão, legumes e vegetais; - Moderar o consumo de algumas frutas ricas em potássio, como banana, mamão, laranja e melão; - Evitar temperos prontos, pois são ricos em sódio. Para temperar sua refeição, prefira ervas e especiarias; - Não comer carambola e não tome o suco natural da fruta, pois contém uma substância tóxica para os portadores de doença renal; - Evitar os alimentos embutidos, enlatados e industrializados, pois contêm muito sódio e fósforo; - Evitar chocolates, achocolatados, café solúvel, refrigerantes, amendoim, nozes, amêndoas e produtos que os contenham, pois são ricos em fósforo; ESTUDO DE CASO 4 1. Identificação Nome: R.M.B. Leito: 11B Idade: 66 anos Sexo: M Data Internação:04/05/21 Hipótese diagnóstica/diagnóstico: Diabetes M. tipo2 com ulcerações MI 19 2. Anamnese Clínica Paciente refere ser DM há 4 anos, hipertenso, fumante (1ct/d), nega alcoolismo, relata baixa ingestão de água. Relata perda de 8kg nos últimos 6 meses por mudança de hábitos alimentares. No histórico alimentar relata comer pão c/ manteiga todos os dias, além de leite e derivados, frutas, vegetais tipos B e C, carnes em geral, ovos, e açúcar no cafezinho. O consumo de vegetais tipo A e massas gerais 1 vez por semana, enquanto doces, embutidos e fast food mensalmente. Apetite satisfatório, e aceitabilidade da dieta hospitalar de 100%. 3. Evolução Clínica e Dietoterápica Paciente apresenta ulcerações nos pés por DM, Hipertensão arterial, com diurese e diacorese normais. Dieta oral- Hipoglicidica e Hipossódica. 4. Exames Bioquímicos e Laboratoriais Paciente apresentou PCR (8,31) aumentado indicando processo infeccioso ou inflamatório. 5. Interação Medicamentosa X Alimentos Em relação aos medicamentos utilizados: Glifage 500mg (tratamento DM): sem interação com nutrientes, podendo ser administrado junto ou após as refeições. Cilostazol- (tratamento de trombose): deve ser tomado em jejum, ou 30 minutos antes ou 2 horas após as refeições. 6. Conduta Nutricional Segundo Tavares et al. (2011), o Diabetes Mellitus (DM) é um conjunto de alterações metabólicas caracterizadas por hiperglicemia crônica, em 20 decorrência da destruição das células beta do pâncreas, resistência à ação e/ou distúrbios da secreção da insulina. O DM é uma doença cujos sinais e sintomasevoluem lentamente, dificultando a descoberta e o estabelecimento de diagnóstico precoce. Assim, muitas pessoas comumente recebem o diagnóstico após a manifestação de complicações da doença, como as cardiovasculares. As Diretrizes para o Tratamento e Acompanhamento do Diabetes Mellitus da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), orienta para adoção de plano alimentar saudável, como aspecto fundamental no tratamento do DM, salientando que a orientação nutricional e o estabelecimento de dieta para controle de indivíduos com DM associados à mudança no estilo de vida são terapias de primeira escolha. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) pode ser conceituada como uma doença crônico-degenerativa de natureza multifatorial, na grande maioria dos casos assintomática, que compromete fundamentalmente o equilíbrio dos sistemas vasodilatadores e vasoconstritores que mantêm os tônus vasomotor, o que leva a uma redução da luz dos vasos e danos aos órgãos por eles irrigados. Na prática, a HAS é caracterizada pelo aumento dos níveis pressóricos acima do que é recomendado para uma determinada faixa etária. Os elementos fundamentais são manter uma alimentação adequada e atividade física regular, evitar o fumo, excesso se sódio e álcool e estabelecer metas de controle de peso (GUSSO; LOPES, 2012). 7. Avaliação Nutricional Peso referido: 75kg Altura referida: 1,62m IMC = 75 = 27 (Sobrepeso) 1.62² CB- 31cm AJ: 48 cm Peso estimado (branco/homem) = (48 x 1,10) + (31 x 3,07) – 75,81 21 52,8+ 95,17 – 75,81= 72kg Altura estimada (homem) = 64,19 + (2,04 x 48) – (0,04 x 66) 162,11- 2,64=1.59m IMC estimado = 72 = 28 kg/m² 1.59² Estado nutricional: Sobrepeso PI = 159² x 24,5= 61 Adequação da CB (%) = 31 x 100 = 115 Sobrepeso 26,8 8. Cálculo das Necessidades Nutricionais- -Regra de bolso VET = Peso x kcal 61 x 25= 1525 kcal -Harris Benedict GEB = 66,5 + 13,8 x 61 + 5,0 x 159 – 6,8 x 66 = 1258 GET = 1258 +300 = 1558kcal 1525kcal PTN= 1,5 x 61 = 91g x 4 = 364kcal 23% CHO= 45% = 686kcal / 7 = 98g/ dia LIP= 1525 - 686 + 364 = 475 kcal / 52g / 32% Água 72 x 3 = 2,160 lt/d 9. Prescrição da Dieta- 1525 kcal/d em 5 ou 6 refeições Ingestão Hídrica de 2,160 lt/d em 11 x 200ml (1 copo americano) 22 Dieta de consistência geral, hipoglicidica e hiperproteica e normocalórica. 10 Orientações de alta -Dentre as recomendações: Realizar 5 a 6 refeições diárias, evitando “beliscar” alimentos entre as refeições e permanecer longos períodos sem se alimentar. -Evitar o consumo de alimentos ricos em açúcar, como doces, sorvetes, biscoitos recheados, sucos em pó e balas, preferindo aqueles sem açúcar. Utilize adoçante em substituição ao açúcar, em quantidades moderadas! -Ler os rótulos dos alimentos para verificar se eles possuem açúcar. -Evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em carboidratos complexos como pães, bolos, biscoitos, arroz, macarrão, angu, mandioca, cará, batata e farinhas, preferindo os integrais. -Consuma diariamente verduras (alface, almeirão, couve etc.) e legumes (cenoura, pepino, tomate, abobrinha etc.), preferencialmente crus. -Consumir frutas diariamente. O ideal são três porções diárias (uma porção = 1 maçã média ou 1 banana ou 1 fatia média de mamão ou 1 laranja média). Para evitar o aumento da glicemia, prefira consumir as frutas acompanhadas com leite, aveia, linhaça, granola diet ou como sobremesa após as refeições, sendo preferencialmente com casca ou bagaço, por possuírem maiores quantidades de fibras. -Evitar consumir alimentos ricos em sal como embutidos (presunto, salame e salsicha), temperos prontos (caldos de carnes e de legumes) e alimentos industrializados (azeitonas, enlatados, chips, sopas e molhos prontos etc.). Prefira temperos naturais como alho e ervas aromáticas. Use pouco sal para cozinhar. -Diminuir o consumo de alimentos ricos em gordura (frituras; carnes como pernil, picanha, maçã de peito, costela, asa de frango, linguiça, suã etc.; leite integral; queijos amarelos; salgados e manteiga). Prefira leite semidesnatado ou desnatado e carnes magras (músculo, patinho, lombo etc.). -Consumir peixe, assados e cozidos pelo menos, uma vez por semana. -Reduzir a quantidade de óleo utilizado na preparação dos alimentos e evite o uso da banha de porco. Prefira alimentos cozidos, assados e preparados com pouco óleo. 23 -Praticar atividade física regularmente, sob a supervisão de um profissional capacitado. ESTUDO DE CASO 5 1. Identificação Nome: S.M.R. Leito: 17A Idade: 58 anos Sexo: M Data Internação: 05/05/2021 Hipótese diagnóstica/diagnóstico: Calculose de Rim e Ureter 2. Anamnese Clínica Nega tabagismo, etilismo e outras comorbidades. Relatou que sentiu dores nas costas. Diurese com dor, volume normal e diacorese normal. Paciente refere apetite normal. Não houve relato de aceitabilidade da comida hospitalar por ainda não ter feito refeições no hospital. No histórico alimentar relata ingerir diariamente pão, leite e derivados, frutas, vegetais A, B e C, além carnes vermelhas e brancas e açúcar no café. Refere ingestão semanal de doces, e utiliza banha com gordura para cozinhar. O consumo de massas gerais, ovos e manteiga apenas mensalmente. 3. Evolução Clínica e Dietoterápica Paciente foi admitido com dor na parte inferior das costas e incomodo ao urinar. Foi realizada a coleta de sangue e pedido de exames de ultrassom abdominal e renal. Paciente refere dor na parte inferior das costas e incomodo ao urinar, também referiu ter histórico de ácido úrico alterado, diuresse e diacorese normais. Sem prescrição de dieta até o momento da visita. 24 4. Exames Bioquímicos e Laboratoriais Exames bioquímicos de entrada encontram-se dos dentro dos parâmetros. Foram pedidos exames de imagem (ultrassom abdômen total) 5. Interação Medicamentosa X Alimentos Paciente sem prescrição de medicamentos até o momento. 6. Conduta Nutricional Litíase Renal, comumente chamada de "pedra nos rins" é uma doença ocasionada pelo surgimento de cálculos renais. O acúmulo de substâncias formadoras de cálculos, como cálcio, oxalato e ácido úrico, na urina, assim como, a diminuição de substâncias que inibem a formação de cálculo, como o citrato, podem causar a precipitação e aglutinação de determinadas substâncias formando os cálculos. A recomendação de proteínas para pacientes com litíase é de 0,8 a 1,2 g/kg/ dia, sendo 50% de alto valor biológico, de acordo com o preconizado com a RDA ou DRI. 7. Avaliação Nutricional Peso: 80kg- referida Altura: 1.79m- referida IMC = 80 = 24 (Eutrofia) 1.79² CB: 34cm AJ: 54cm Altura (branco/homem) = 71,85 + (1,88 x 54) = 1.73m Peso (branco/homem) = (54 x 1,19) + (34 x 3,21) – 86,82= 86 kg IMC: 28 – Sobrepeso 25 Peso ideal = 22 x 2,9929 = 65 kg Adequação da CB (%) = 34 x 100 = 122(obesidade) 27,8 8. Cálculo das Necessidades Nutricionais- -Regra de Bolso VET = Peso x kcal VET= 65 X 25= 1625kcal -Harris Benedict GEB = 66,5 + 13,8 x 86 + 5,0 x 173 – 6,8 x 58 GEB = 1723kcal 1625kcal PTN= 1,0 x 65 = 65 g x 4= 260 kcal / 16% CHO= 60% = 975kcal / 7= 139g LIP= 1625 – 975 + 260 = 390kcal / 9 = 43g/ 24% Água 86 x 30 = 2,580 lt/d 9. Prescrição da Dieta- Dieta com 1625kcal/d fracionando em 5 refeições dia. Ingestão hídrica- 2,580 lt/d (em torno de 12 copos americanos) Dieta com consistência geral, normoproteíca e normocalórica e normoglícidica. 10. Orientações de alta -Ingerir bastante líquido. - Moderação na ingestão de alimentos ricos em cálcio (queijos, leite, iogurte, coalhada). -Moderar o consumo de sal e evitar alimentos embutidos, temperos prontos e conservas, dandopreferência a temperos e alimentos naturais. -Consumir mais alimentos integrais e frutas fontes de fibras. 26 -Reduzir o consumo de gorduras e alimentos industrializados. -Incluir na dieta verduras (alface, agrião, rúcula, etc), pois são ricas em nutrientes como minerais, vitaminas, e fibras, que previnem o cálculo renal. -Alimentos fontes de vitamina C, como laranja, abacaxi, acerola, entre outros, não devem ser excluídos da dieta, porém devem ser ingeridos sem excesso, pois podem aumentar a produção de oxalato. -Chá mate e o preto devem ser evitados, pois possuem oxalato (substância causadora de cálculos renais), assim como café, refrigerante, espinafre, nozes, amendoim, frutos do mar, bebidas achocolatadas 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio clinico nos deu a oportunidade de adquirir conhecimentos relevantes e motivadores para o futuro profissional e humano. Foi enriquecedor no âmbito pessoal, uma vez que permitiu fomentar a partilha de saberes e ideias, exposição de dúvidas e o aprendizado com os erros. Na prática clínica, fica claro a particularidade de cada paciente, o que instiga a diferentes formas de abordagem, no sentido de cumprir os objetivos propostos que nem sempre são fáceis de atingir. Além de possibilitar a consolidação de conhecimentos adquiridos ao longo do curso, permitindo uma melhor percepção da realidade do nutricionista. Durante o estágio, a participação foi realizada de forma oportuna, quer pela partilha, quer pela necessidade de conhecer e aprender, tentando ir ao encontro do que era solicitado. O estágio proporcionou um despertar do espirito crítico e da busca por alternativas viáveis para os pacientes. Cada visita, anamnese e troca com paciente foi de incrível, tornando essa experiência além de necessária, única. 5. REFERÊNCIAS 27 BIOMEDICAL RESEARCH, [S.l.], v. 26, n. 2, fev. 2020. ISSN 2357-9730. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/hcpa/article/view/100246/56004>. Acesso em: 18 maio 2021. CUPPARI L. Nutrição Clínica no Adulto. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2005. DE MELLO, Elza Daniel; SCHNEIDER, Márcia Andréa de Oliveira. A IMPORTÂNCIA DA DIETA NO MANEJO DA HIPERCALCIÚRIA. Clinical and Daugirdas JT., Blake PG, Ing TS. Handbook of Dialysis. Fifth Edition. s.l.: Wolters Kluwer Health, 2015. PUC, Apostila de Avaliação Nutrição, Goiânia, 2013. DUARTE A.C.G. Avaliação Nutricional: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. FERREIRA C, PITA F, FERREIRA I, RODRIGUES M, CRUZ VT. Fatores de risco para Acidentes Vasculares Cerebrais. 2006. Disponível em: http://www.spavc.org/Imgs/content/page_104/FRV_para_AVC.pdf. Guia Fármaco X Nutriente. Professora Daniela Gonçalves. GUSSO; LOPES. Tratado de Medicina de Família e Comunidade, 2012. MAHAN LK, ESCOTT-STUMP S, editores. Krause Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. Terapia Clínica Nutricional nos Distúrbios Neurológicos. 10. ª ed. São Paulo: Editora Roca; 2002. MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 14ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. https://seer.ufrgs.br/hcpa/article/view/100246/56004 28 MARTINS, C.; CUPPARI, L.; AVESANI, C.; GUSMÃO, M.G. Terapia Nutricional para Pacientes em Hemodiálise Crônica. Projeto Diretrizes - Associação Médica Brasileira, 2011. MAZZUCCHI, E.; SROUGI, M. O que há de novo no diagnóstico e tratamento da litíase urinária? Revista da associação médica brasileira, São Paulo, v. 55, n. 6, p.723-728, 2009. NERBASS. F.B. Orientação dietética e litíase renal. Jornal brasileiro de nefrologia, Joinville, v. 36, n. 4, p. 428-429, 2014. PEIXOTO MRG, BENÍCIO,MHD, JARDIM PCBV. Validade do peso e da altura auto-referidos: o estudo de Goiânia. Rev Saúde Pública 2006;40(6): 1065-72. RESOLUÇÃO CFN N° 380/2005; Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e dá outras providências. Brasília – DF, Dez, 2005. ROCHA, E. R.; MAGALHÃES, S. M.; LIMA, V. P. Repercussão de um protocolo fisioterapêutico intradialítico na funcionalidade pulmonar, força de preensão manual e qualidade de vida de pacientes renais crônicos. Jornal Brasileiro de Nefrologia. 2010; 32(4):359-371. SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE; COLÉGIO BRASILEIRO DE RADIOLOGIA. Nefrolitíase: Abordagem urológica. DIRETRIZES CLÍNICAS NA SAÚDE SUPLEMENTAR. Rio de Janeiro: ANS, AMB, 2011. Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/ans/diretrizes/ nefrolitiase-abordagem_urologica.pdf. 29 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. SEYFFART, Anela; SACHS, Anita; VIGGIANO, Celeste; MENDONÇA, Deise; GOUVEIA, Gisele; BRUNO, Luciana; ALVAREZ, Marlene e col. Manual de Nutrição Pessoa com Diabetes. Brasil, 2009. TAVARES, B. C. et al. Resiliência de Pessoas com Diabetes Mellitus. Revista Texto Contexto em Enfermagem, 20(4), 2011. TIRAPEGUI J, RIBEIRO S.M.L. Avaliação Nutricional: Teoria e Prática. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. ANEXOS Anexo A Protocolo de Avaliação Nutricional e Anamnese PRONTUÁRIO 1) IDENTIFICAÇÃO: Nome:_______________________________________________________________ Acompanhante:________________________________________________________ Data da internação:______________________________Leito: _________________ Data de nascimento:____________Idade:______Sexo:_______ Hipótese diagnóstica/diagnóstico:___________________________________________ Evolução clínica e dietoterápica diária (anotar informações do prontuário): Medicamentos prescritos (para avaliar a interação alimentar) Exames Laboratoriais (analisar as condições que levam à alterações): Data Leucócitos (x 109) HT (%) Hg (g/dl) 30 VCM 3 Ferro (mcg/dl) Uréia (mg/dl) Creatinina (mg/dl) Glicemia (mg/dl) Sódio (mEq/L) Potássio (mEq/L) Magnésio (mg/dl) Fósforo (mg/dl) Cálcio (mg/dl) Triglicérides (mg/dl) Colesterol total (mg/dl) LDL – c (mg/dl) HDL – c (mg/dl) Balanço Nitrogenado (g) Albumina (g/dl) Fosfatase alcalina (U/L) TGO (U/L) TGP (U/L) BT (mg/dl) BD (mg/dl) Outros: Outros: ENTREVISTA COM PACIENTE 2) SITUAÇÃO DE SAÚDE (Entrevista com paciente): Antecedentes Pessoais Tabagismo: Não Sim Qtde. __________________________________ Consumo de bebidas alcóolicas: Não Sim Freq.____________________ Diabetes: Não Sim HAS: Não Sim D. Coronariana: Não Sim Antecedentes Dislipidêmicos: Não Sim Qual?______________________ Outras doenças:_____________________________________________________ Ingestão hídrica (diária) Funcionamento intestinal habitual: Sintomas gastrointestinais (persistem por mais que 2 semanas) ( ) disfagia e/ou odinofagia ( ) diarréia ( ) náuseas 31 ( ) vômitos ( ) anorexia ( ) distensão/dor abdominal Alergias/Intolerâncias alimentares Tabus Alimentares Temperos e Condimentos 3) AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: Antropometria O peso mudou nos últimos 6 meses: Sim ( ) Não ( ) Nas duas últimas semanas: ( ) continua perdendo peso ( ) estável ( ) aumentou Peso aferido:_________ kg Peso habitual/relatado:________kg Peso estimado ______kg (pegar AJ e CB): se não for possível aferir Quantidade perdida:_______kg (pegue o habitual e diminua do atual) Altura aferida:________(m) Altura relatada:________(m) Altura estimada/Altura do joelho/envergadura:___________ : se não for possível aferir IMC:________ (kg/m²) Circunf Braço:________(cm) Circunf Abdominal:________(cm) Altura o joelho: _______ (cm) 4) HISTÓRIA ALIMENTAR Frequencia Alimentar Alimentos Diário (4a 7) Semanal (1 a 3x) Mensal (cada 15 dias) Pão / produtos de padaria Manteiga/margarina Leite e derivados Queijos Frutas Vegetal A abobrinha, acelga, aipo, alcachofra, alface, alfafa, almeirão, aspargo, azedinha, brócolis, bertalha, coentro, couve, broto de bambu, jiló, maxixe, palmito, pepino, rabanete, repolho, salsa, taioba, serralha, tomate etc Vegetal B abóbora ou jerimum, bardana, beterraba, calabura, cenoura, ervilha verde, fava, jurubeba, nabo, quiabo, rábano, repolho-de-bruxelas, vagem etc Vegetal C aipim, araruta, batata-baroa, batata-doce, cará, cogumelo, inhame, jujuba, mandioca, milho verde, etc. Carnes vermelha/porco Carnes frango/peixe Ovo 32 Óleo / banha (quantidade/ per capita): Doces Massa Bebida alcoólica Refrigerante Suco artificial Fast food Embutidos Açúcar Recordatório de 24hrs Data: Tipo de dieta: Data: Tipo de dieta: Ingestão hídrica: Apetite: Funcionamento intestinal: Alimentos Almoço: Jantar: Lanches Ingestão hídrica: Apetite: Funcionamento intestinal: Alimentos Almoço: Jantar: Lanches 5) NECESSIDADES NUTRICIONAIS Gasto Basal: Fator Estresse: Fator Atividade: Fator Térmico: Gasto Energético (Harris Benedict): Gasto Energético (Fórmula de Bolso): Necessidades Proteicas: Necessidades Hídricas: 33 5) CONDUTA NUTRICIONAL (todas as ações que o nutricionista define para o tratamento de cada paciente. Ela engloba questões relacionadas ao estado de saúde atual do indivíduo, buscando soluções alimentares a fim de melhorar sua saúde e qualidade de vida). ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ________ 34 Anexo B Mini Avaliação Subjetiva Global
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