Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Celine Monteiro Membranas Biológicas e Sistemas de Transporte Estrutura e Organização A primeira célula provavelmente surgiu quando uma membrana envolveu um pequeno volume de solução aquosa e a separou do resto do universo. Funções Definem os limites externos. Controlam o tráfego molecular ➝ transportadores ➝ movem compostos orgânicos e inorgânicos tanto para dentro quanto para fora da célula. Captam sinais extracelulares (por meio dos receptores) Realizam a síntese de lipídios e proteínas. Realizam a união de células por meio de moléculas de adesão. Participam de processos energéticos ➝ membranas de mitocôndrias e cloroplastos tem papel crucial nos processos de metabolismo. Composição e arquitetura das membranas Composição Geral das membranas Proteínas e lipídeos (quase toda massa) Carboidratos (glicolipídeos e glicoproteínas ➝ associação entre lipídios e proteínas) Diferentes membranas têm composições diferentes de biomoléculas. A proporção relativa de proteína lipídeo varia de acordo com o tipo de membrana ➝ refletir a diversidade de membranas biológicas Membrana Plasmática ➝ Enriquecidas com colesterol e não contém cardiolipinas detectáveis. Membranas mitocondriais contém muito pouco colesterol e esfingolipídios, mas contém fosfatidilglicerol e cardiolipina, que são sintetizados dentro da mitocôndria. Os lipídeos da membrana estão distribuídos de maneira assimétrica, mas não de forma absoluta, como ocorre nas proteínas. Nos eritrócitos, lipídeos contendo colina geralmente são mais encontrados na membrana externa e a fosfaltidiserina é mais encontrada na interna O fosfatidilcolina é o mais encontrado no lúmen da monocamada da membrana de Golgi. Os esfingolipídios e colesterol compõem a maioria dos lipídeos da monocamada externa da membrana plasmática. Mudanças na distribuição dos lipídeos entre as lâminas tem consequências biológicas. Fluxo dos Componentes da Membrana Retículo Endoplasmático, atravessa o aparelho de Golgi e vai em direção à membrana plasmática, por meio de vesículas transportadoras e é acompanhado por mudanças na composição lipídica e disposição ao longo da membrana. bioquímica Celine Monteiro Propriedades fundamentais das membranas Impermeáveis a compostos polares/carregados Permeáveis a compostos apolares. Apresentam aparência trilaminar quando vistas e, secção transversal em microscópio eletrônico. (apolar, polar, apolar ) Espessura de -5 a 8nm (50 a 80A )|||||\ Modelo Mosaico Fluido A maioria das interações entre seus componentes não é covalente , deixando moléculas proteicas e lipídicas livres para se movimentarem lateralmente no plano da membrana – Fluído Vários elementos compondo uma mesma estrutura – Mosaico Elementos Estruturais Bicamada Lipídica Tipo de agregado lipídico na qual duas camadas monolipídicas formam uma lâmina bidimensional. Outro tipo de agregado lipídico é a micela, uma estrutura esférica em que as regiões hidrofóbicas estão agregadas na parte interna e as hidrofílicas na superfície em contato com a água. Estabilidade da Membrana em Meio Aquoso Os grupos polares hidrofílicos interagem com a água em cada superfície da bicamada. Devido as bordas apolares estarem em contato com a água, a lâmina da bicamada é relativamente instável e se dobra espontaneamente a fim de formar uma vesícula - esfera oca -. A superfície das vesículas elimina a exposição de regiões hidrofóbicas, permitindo às bicamadas alcançarem o máximo de estabilidade em meio aquoso. Proteínas que fazem parte da membrana Proteínas Integrais de Membrana ➝ Firmemente associadas à bicamada lipídica (ligadas covalentemente a um lipídio da membrana), sendo removíveis apenas por agentes que interferem com reações hidrofóbicas, como detergentes, solventes orgânicos ou agentes desnaturantes. Assim, são formadas micelas ao redor das moléculas proteicas individuais. ➝ completamente imersas a membrana É possível observar que aminoácidos hidrofóbicos são majoritários na região que atravessa a membrana e hidrofílicos serão encontrados na parte externa. Elas são mantidas na membrana por meio de interações hidrofóbicas com lipídeos. Proteínas Periféricas de Membrana ➝ Associam- se à membrana por interações eletrostáticas e ligações de hidrogênio com domínios hidrofílicos de proteínas integrais e com grupos polares nos lipídeos de membrana. Esse tipo de proteína é liberado com mudanças de PH ou força iônica, por remoção de cálcio por agentes quelantes, ou pela adição de ureia ou carbonato. ➝ Menos imersas Proteínas Anfitrópicas ➝ Podem estar tanto associada a membranas quanto no citosol, isso depende de processos biológicos de regulação. Tipos de Proteínas presentes na Membrana Glicoforina ➝ eritrócito ➝ muito conveniente para estudar estas proteínas ➝ não tem outras Celine Monteiro membranas/organelas ➝ mais simples de estudar - proteína Integral ➝ transmembrana Dinâmica das Membranas Movimento lateral ➝ quebra de ligações fracas e deslocamento lateral ➝ muito rápida ➝ sem necessidade de catalisação. Movimento flip flop ➝ Transição de uma camada a outra ➝ cabeça polar passa por parte hidrofóbica ➝ catalise ➝ enzima Filipase Importância fosfatidil serina no exterior – apoptose Curvatura e fusão de membrana Ex: Proteína Caveolina induz a formação de cavéolas ➝ invaginações ➝ curvaturas A importância desse processo está relacionada com diversos processos biológicos como: Brotamento de vesículas de golgi, endocitose, exocitose, infecção viral, fusão óvulo espermatozoide, separação de membranas na divisão celular Transporte Difusão simples ➝ compostos apolares, a favor do gradiente de concentração. Difusão facilitada ➝ a favor do gradiente eletroquímico ➝ utilização de proteínas de membrana (permeases) ➝ aceleram o processo por diminuição da energia de ativação. Ex: Transportador de glicose (GLUT1) ➝ glicose penetra 50 mil vezes mais rápido que difusão transmembrana não catalisada ➝ eritrócitos ➝ suprimento constante Trocador cloreto bicarbonato ➝ essencial para o transporte de CO2 de tecidos .para os pulmões ➝ O CO2 liberado no plasma sanguíneo entra no eritrócito, é convertido em bicarbonato pela enzima anidrase carbônica, nos pulmões o bicarbonato é reconvertido em CO2, quando então é liberado no espaço pulmonar e exalado. Essa via indireta aumenta a capacidade do sangue de carregar CO2 até os pulmões, uma vez que o bicarbonato é mais solúvel. KT (Constante de transporte) ➝ quanto menor o KT, maior a afinidade desse transportador pela glicose Sistemas Gerais de transporte Uniporte ➝ transporte de um soluto Cotransporte Simporte ➝ transporte de dois solutos na mesma direção. Antiporte ➝ transporte de dois dolutos em direção contrária Transporte Ativo Primário ➝ contra o gradiente eletroquímico ATP Transporte ativo secundário ➝ contra o gradiente eletroquímico, impulsionado pelo movimento iônico, a favor do seu gradiente. Consumo de ATP e contra o gradiente de concentração/eletroquímico Mais comuns ➝ Na+ K+ ATPase ➝ responsável pelo potencial de membrana (de repouso) ➝contrário disso ➝ transmissão do pulso nervoso. Transportadores multifármacos (MDR1) ou glicoproteína P (superexpressa em tumores) ➝ resistente de tumores Celine Monteiro Qual a razão de expressar a proteína? Proteção ! ➝ placenta, BHE Transporte de água ➝ Aquoporinas ➝ selecionar o canal para passagem de água Todas as membranas plasmáticas Secreção de água, saliva, lágrimas em glândulas exócrinas
Compartilhar