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Insta: @camilapontesliberal DOENÇA CARDÍACA ISQUÊMICA - A doença cardíaca isquêmica é uma condição decorrente da obstrução gradual das artérias coronárias por ateromas (placas compostas especialmente de lipídeos e tecido fibroso), que acarreta uma diminuição do fluxo sanguíneo para o miocárdio. Numa situação na qual é exigido um aumento do trabalho do coração, a diminuição do fluxo sanguíneo fica mais crítica, podendo resultar em isquemia do miocárdio. - A isquemia do miocárdio, se transitória, é chamada de angina do peito. - Caracterizada por: sensação de dor, pressão ou queimação na região retroesternal, que pode se irradiar para o epigástrio, para a mandíbula, para a base do pescoço e para o braço esquerdo. - A dor aparece após esforço físico, emoções fortes e situações de estresse, sendo de curta duração (15-20 min) e aliviada com o repouso absoluto. - A administração sublingual de vasodilatadores coronarianos, como o dinitrato de isossorbida (Isordil ®) ou o propatilnitrato (Sustrate®), muitas vezes é suficiente para controlar a crise, por seu rápido início de ação (1-2 min) e por diminuir a pressão de enchimento e a resistência à ejeção cardíaca. - A angina do peito que não cede mesmo no repouso e nem com o uso de vasodilatadores coronarianos, deve ser considerada como risco iminente de infarto do miocárdio e prontamente tratada. - O infarto do miocárdio é a necrose de parte do músculo cardíaco, resultante da insuficiência crítica de irrigação sanguínea da área afetada. - Os sinais e sintomas incluem dor intensa, de duração prolongada (> 30 min), que não é aliviada pela administração de vasodilatadores coronarianos. Além da dor precordial, ocorrem náuseas, palpitação, palidez, sudorese e hipotensão arterial. - Consideravam-se como período crítico os primeiros seis meses pós- infarto do miocárdio, pela maior reincidência de infarto e arritmias. Nesse período, os pacientes eram classificados como ASA IV, em função de seu estado físico. Doença cardíaca isquêmica: protocolo de atendimento • Na consulta inicial, investigar a frequência das crises de angina do peito ou o tempo decorrido desde o infarto do miocárdio, se for o caso. Avaliar a pressão arterial sanguínea e o pulso carotídeo. Anotar todos os medicamentos de que o paciente faz uso e os horários das tomadas. • Entrar em contato com o cardiologista para ser informado sobre as atuais condições cardiovasculares do paciente. De sua parte, informe o tipo de tratamento que irá realizar, com a previsão de duração e os fármacos que pretende empregar (ver exemplo de carta de referência ao médico). Insta: @camilapontesliberal • Se o paciente estiver fazendo uso de um vasodilatador coronariano, argumente com o cardiologista sobre a conveniência de se administrar uma dose profilática de dinitrato de isossorbida 2,5-5 mg (Isordil®), por via sublingual, 1-2 min antes do início do atendimento. • Pacientes que fazem uso contínuo de anticoagulantes como a varfarina devem ter a RNI avaliada preferencialmente em período < 24 h antes de procedimentos que causem sangramento, para evitar o risco de hemorragia. Em pacientes que apresentem RNI estável, é aceitável a avaliação da RNI em um período de até 72h antes do procedimento. Em alguns casos, o médico poderá decidir pela substituição da varfarina por heparina. • Considerar a sedação mínima por via oral com midazolam 7,5 mg, alprazolam 0,5 mg ou lorazepam 1 mg. Caso o paciente já esteja fazendo uso de medicação ansiolítica por indicação médica, avalie os devidos ajustes na posologia, se necessário. • Planejar sessões curtas (30-40 min), agendadas preferencialmente na segunda parte do período da manhã (a partir das 10 h), pois a maior incidência de eventos cardiovasculares acontece ao despertar e ao iniciar as atividades do dia, com pico por volta das 9 h.18 • A anestesia local deve ser indolor, em injeção lenta, após aspiração negativa, com profundidade e duração adequadas. Para os bloqueios regionais, empreguar pequenos volumes de uma solução de lidocaína 2% com epinefrina 1:200.000 ou prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/mL. Na técnica infiltrativa, use articaína 4% com epinefrina 1:200.000. • Monitorize a pressão arterial e a frequência cardíaca durante o procedimento, se possível por meio de um monitor digital de pulso. • Orientar os cuidados pós- operatórios, com especial atenção para se evitar ambientes, atividades ou situações estressantes. • Prescrever medicação pós- operatória para o controle efetivo da dor. Dê preferência aos corticosteroides e aos analgésicos como a dipirona ou o paracetamol, nas doses habituais. Evite o uso de anti- -inflamatórios não esteroides. • Pacientes com implantação recente de stents (até 30 dias) podem ser candidatos à profilaxia antibiótica da endoarterite (ver mais adiante). REFERENCIA - Terapêutica medicamentosa em odontologia [recurso eletrônico] / Organizador, Eduardo Dias de Andrade. – Dados eletrônicos. – 3. ed. – São Paulo : Artes Médicas, 2014.
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