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DOENÇA CARDIACA ISQUEMICA

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DOENÇA CARDÍACA 
ISQUÊMICA 
 
 
- A doença cardíaca isquêmica é 
uma condição decorrente da 
obstrução gradual das artérias 
coronárias por ateromas (placas 
compostas especialmente de 
lipídeos e tecido fibroso), que 
acarreta uma diminuição do fluxo 
sanguíneo para o miocárdio. Numa 
situação na qual é exigido um 
aumento do trabalho do coração, a 
diminuição do fluxo sanguíneo fica 
mais crítica, podendo resultar em 
isquemia do miocárdio. 
 
- A isquemia do miocárdio, se 
transitória, é chamada de angina do 
peito. 
 
- Caracterizada por: sensação de 
dor, pressão ou queimação na 
região retroesternal, que pode se 
irradiar para o epigástrio, para a 
mandíbula, para a base do pescoço 
e para o braço esquerdo. 
 
- A dor aparece após esforço físico, 
emoções fortes e situações de 
estresse, sendo de curta duração 
(15-20 min) e aliviada com o 
repouso absoluto. 
 
- A administração sublingual de 
vasodilatadores coronarianos, como 
o dinitrato de isossorbida (Isordil ®) 
ou o propatilnitrato (Sustrate®), 
muitas vezes é suficiente para 
controlar a crise, por seu rápido 
início de ação (1-2 min) e por 
diminuir a pressão de enchimento e 
a resistência à ejeção cardíaca. 
 
- A angina do peito que não cede 
mesmo no repouso e nem com o 
uso de vasodilatadores 
coronarianos, deve ser considerada 
como risco iminente de infarto do 
miocárdio e prontamente tratada. 
 
- O infarto do miocárdio é a necrose 
de parte do músculo cardíaco, 
resultante da insuficiência crítica de 
irrigação sanguínea da área 
afetada. 
 
- Os sinais e sintomas incluem dor 
intensa, de duração prolongada (> 
30 min), que não é aliviada pela 
administração de vasodilatadores 
coronarianos. Além da dor 
precordial, ocorrem náuseas, 
palpitação, palidez, sudorese e 
hipotensão arterial. 
 
- Consideravam-se como período 
crítico os primeiros seis meses pós-
infarto do miocárdio, pela maior 
reincidência de infarto e arritmias. 
Nesse período, os pacientes eram 
classificados como ASA IV, em 
função de seu estado físico. 
 
Doença cardíaca isquêmica: 
protocolo de atendimento 
 
• Na consulta inicial, investigar a 
frequência das crises de angina do 
peito ou o tempo decorrido desde o 
infarto do miocárdio, se for o caso. 
Avaliar a pressão arterial sanguínea 
e o pulso carotídeo. Anotar todos os 
medicamentos de que o paciente 
faz uso e os horários das tomadas. 
• Entrar em contato com o 
cardiologista para ser informado 
sobre as atuais condições 
cardiovasculares do paciente. De 
sua parte, informe o tipo de 
tratamento que irá realizar, com a 
previsão de duração e os fármacos 
que pretende empregar (ver 
exemplo de carta de referência ao 
médico). 
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• Se o paciente estiver fazendo uso 
de um vasodilatador coronariano, 
argumente com o cardiologista 
sobre a conveniência de se 
administrar uma dose profilática de 
dinitrato de isossorbida 2,5-5 mg 
(Isordil®), por via sublingual, 1-2 
min antes do início do atendimento. 
• Pacientes que fazem uso contínuo 
de anticoagulantes como a varfarina 
devem ter a RNI avaliada 
preferencialmente em período < 24 
h antes de procedimentos que 
causem sangramento, para evitar o 
risco de hemorragia. Em pacientes 
que apresentem RNI estável, é 
aceitável a avaliação da RNI em um 
período de até 72h antes do 
procedimento. Em alguns casos, o 
médico poderá decidir pela 
substituição da varfarina por 
heparina. 
• Considerar a sedação mínima por 
via oral com midazolam 7,5 mg, 
alprazolam 0,5 mg ou lorazepam 1 
mg. Caso o paciente já esteja 
fazendo uso de medicação 
ansiolítica por indicação médica, 
avalie os devidos ajustes na 
posologia, se necessário. 
• Planejar sessões curtas (30-40 
min), agendadas preferencialmente 
na segunda parte do período da 
manhã (a partir das 10 h), pois a 
maior incidência de eventos 
cardiovasculares acontece ao 
despertar e ao iniciar as atividades 
do dia, com pico por volta das 9 
h.18 
• A anestesia local deve ser indolor, 
em injeção lenta, após aspiração 
negativa, com profundidade e 
duração adequadas. Para os 
bloqueios regionais, empreguar 
pequenos volumes de uma solução 
de lidocaína 2% com epinefrina 
1:200.000 ou prilocaína 3% com 
felipressina 0,03 UI/mL. Na técnica 
infiltrativa, use articaína 4% com 
epinefrina 1:200.000. 
• Monitorize a pressão arterial e a 
frequência cardíaca durante o 
procedimento, se possível por meio 
de um monitor digital de pulso. 
• Orientar os cuidados pós-
operatórios, com especial atenção 
para se evitar ambientes, atividades 
ou situações estressantes. 
• Prescrever medicação pós-
operatória para o controle efetivo da 
dor. Dê preferência aos 
corticosteroides e aos analgésicos 
como a dipirona ou o paracetamol, 
nas doses habituais. Evite o uso de 
anti- -inflamatórios não esteroides. 
• Pacientes com implantação 
recente de stents (até 30 dias) 
podem ser candidatos à profilaxia 
antibiótica da endoarterite (ver mais 
adiante). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIA 
 
- Terapêutica medicamentosa em 
odontologia [recurso eletrônico] / 
Organizador, Eduardo Dias de 
Andrade. – Dados eletrônicos. – 3. ed. 
– São Paulo : Artes Médicas, 2014.

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